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Síndrome do Ovário Policístico Dieta e atividade física auxiliam

SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO

DIETA E ATIVIDADE FÍSICA AUXILIAM AS PACIENTES COM DIFICULDADE DE EMAGRECER

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A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é uma das doenças mais comuns entre as mulheres em idade reprodutiva, de 15 a 44 anos. A SOP afeta 6 a 12% das mulheres em idade fértil e é o motivo mais comum de disfunção da ovulação - o que leva a ausência e ciclos irregulares de menstruação, além de infertilidade (representando 75% de casos de infertilidade relacionadas à ovulação).

Além de todos esses problemas, a SOP também é um distúrbio que provoca alteração dos níveis hormonais pela produção excessiva de hormônios, como explica a nutricionista Carol Pacheco, pósgraduada em Nutrição Clínica e Esportiva: “esta condição é caracterizada por uma alteração endócrina e disfunção ovariana, com um risco aumentado de desenvolver resistência à insulina, infertilidade e obesidade. As mulheres que têm SOP sentem dificuldade para emagrecer devido

às alterações hormonais, e a resistência à insulina.”

Entre as principais consequências estão o aumento do apetite, a perda da sensação de saciedade, indisposição e ainda o desejo por alimentos calóricos, o que leva a um dado que chama a atenção. Estudos apontam que mais da metade das mulheres com SOP apresentam sobrepeso e obesidade. Nestes casos, o melhor a fazer, de acordo com a nutricionista, é buscar um acompanhamento médico multidisciplinar com ginecologista e nutricionista, com dieta focada na diminuição de carboidratos e na introdução de ingredientes ricos em proteínas e gorduras boas.

A alimentação adequada e específica é a maior aliada das mulheres com SOP. O foco do tratamento dietético é restabelecer os desequilíbrios funcionais envolvidos na síndrome. Primeiramente é importante desinflamar o corpo e equilibrar os níveis de insulina. Carboidratos de alto índice glicêmico, como açúcar e farinhas refinadas, são alimentos com alta quantidade de gordura que devem ser evitados, pois hábitos alimentares ruins podem contribuir para a piora do quadro, conta ela.

Carol Pacheco alerta ainda que é importante manter hábitos saudáveis para ajudar no controle da doença e na manutenção do peso desejado: “Para quem possui essa síndrome, o controle do peso e a realização de atividades físicas são importantes, já que mulheres com essa condição têm mais chances de apresentarem problemas cardiovasculares após a menopausa”.

Ela ensina que o ideal é optar por alimentos anti-inflamatórios, como cúrcuma, gengibre e Ômega-3, e buscar outras estratégias: “é um conjunto de atitudes, como a redução do consumo de carboidratos simples e de farinha branca

Foto: Divanildo Silva

para ajudar no controle da resistência à insulina, um fator primordial na regulação da SOP. Ingerir alimentos ricos em cromo, como brócolis e aveia, pois o cromo é um micronutriente que regula a resistência à insulina. Vale também adicionar chás que otimizam a resposta glicêmica, como o verde, e incluir na dieta alimentos que vão ajudar a diminuir o stress e a ansiedade, como as fontes de magnésio (espinafre, sementes de abóbora, banana, caju, amêndoa e aveia). Outra dica é aumentar o consumo de fibras, com cereais integrais, incluir sementes no iogurte ou em vitaminas, e adição de canela e fibra psyllium à fruta”, finaliza.

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