ADORO VIVER BEM – Start no verão! É hora de se preparar para a estação mais quente do ano

Fotos: Reprodução

@redealphafitness

START NO VERÃO!

É HORA DE SE PREPARAR PARA A ESTAÇÃO MAIS QUENTE DO ANO

Se existe uma estação que combina com saúde, sem dúvidas é o Verão. Não é à toa que essa também é a época do ano na qual as pessoas mais se preocupam com o corpo e com a alimentação. Mas especialistas recomendam cautela nessa corrida desenfreada pelo “corpo de verão” e chamam atenção para a importância de manter os hábitos saudáveis o ano inteiro.

Para o especialista em educação física, Leandro Dias, Coordenador da Rede Alpha Fitness, mais importante do que focar somente no “projeto verão”, é promover mudanças equilibradas na rotina.

AO CUIDAR DO SEU CORPO, VOCÊ TAMBÉM PREVENIRÁ UMA SÉRIE DE PROBLEMAS, COMO DIABETES, DOENÇAS CARDÍACAS, HIPERTENSÃO E COLESTEROL ALTO, POR EXEMPLO. ALÉM DISSO, HÁBITOS SAUDÁVEIS GARANTEM UM ENVELHECIMENTO MAIS TRANQUILO, COM MENOS PREOCUPAÇÕES E IDAS AO MÉDICO, EXPLICA.

O profissional sugere a troca por um “projeto saudável”, para que se torne mais longínquo, e avisa que ainda dá tempo de correr atrás do prejuízo sem neuras. “Primeiro de tudo: não seja radical! Dietas mirabolantes podem parecer a melhor saída para emagrecer até o verão, mas perder peso dessa maneira não é saudável e nem sempre traz resultados”, comenta. A dica de Leandro é procurar um nutricionista o mais rápido possível, e que juntos, conversem sobre uma alimentação que promova essa perda de peso.

Leandro lembra que praticar exercício físico é indispensável para manter o organismo funcionando corretamente e eliminar toxinas, facilitando a perda de gordura. Mas é necessário ter paciência, afinal se exercitar não garante um corpo

perfeito em poucos dias. “O excesso de treino é um cuidado que deve ser tomado, pois ele pode implicar em lesões musculares e causar doenças. O exagero é sempre perigoso. Sabemos que muita gente está querendo entrar em forma em poucas semanas, mas é necessário respeitar os limites do seu corpo. Comece progressivamente, vá ajustando a intensidade e a carga ao longo das primeiras semanas. Assim, é possível perceber os primeiros resultados, com disciplina e constância”, acrescenta.

Outra dica do profissional é ter boas noites

de sono. Isso é essencial para manter o metabolismo funcionando corretamente e promover o ganho muscular. Dormir bem ajuda a manter o tônus, evita o acúmulo de gordura e melhora o desempenho físico. “O que importa é manter-se firme

na rotina de treinos e de alimentação saudável. Beba bastante água e não se esqueça: ter paciência é um dos segredos para um corpo e uma mente saudável!”, finaliza ele.

AMAZÔNIA:

GIGANTE PELA PRÓPRIA NATUREZA

Entre outras mil foi tu Brasil que teve a sorte de possuir entre suas tantas belezas, um lugar tão fascinante, rico e importante como é a Amazônia. Com seus quase 7 milhões de km quadrados de área, a floresta guarda um terço das

árvores e 20% de toda água doce do planeta, e é tão grande, que se fosse um país, seria o 6° maior do mundo.

Convido você para viajar comigo em direção à selva amazônica e, junto aos ribeirinhos, nos desconectarmos do restante do mundo para desfrutarmos desta experiência transformadora, onde o principal atrativo é sentir a natureza se manifestar. Texto: Diego Brandão Oberosler

PRIMEIRA PARADA: MANAUS

A nossa viagem começa na capital do estado do Amazonas, com seus mais de 2 milhões de habitantes. De lá seguimos por aproximadamente 4 horas de viagem, na maior parte do tempo, a bordo de um barco. Dos rios que percorremos, o primeiro foi um dos mais interessantes: o encontro do Rio Negro e do Rio Solimões, cujas águas de cores e temperaturas diferentes andam lado a lado sem se misturar por vários quilômetros.

do Rio Juma e é gerida por um casal de ribeirinhos, Maria e Jerry, nativos do lugar que cuidam carinhosamente da experiência dos visitantes, desde a saída de Manaus, à alimentação. Além deles, um importante personagem da nossa experiência foi o nosso guia indígena, Chilton. Originário da tribo Macuxi, localizada na Guiana, país fronteiriço ao Brasil, ele foi o grande responsável por nos mostrar a selva e as magias dela.

ONDE NADAM OS JACARÉS

Na primeira noite, Chilton nos colocou em um barco, nos entregou lanternas e navegamos rio acima para o que chamam de focagem de jacarés. O objetivo era encontrá-los através do brilho refletido

pelos olhos dos répteis que habitam o local em abundância, sempre com muito cuidado na aproximação. De prêmio, recebemos uma linda e completa aula sobre eles.

No dia seguinte, acordamos bem cedo e assistimos ao nascer do sol. A experiência mágica, de total desconexão do mundo, foi inesquecível e revigorante por conta do silêncio total para captar todos os sons da floresta. Ficamos atentos a cada manifestação da mata e da fauna, enquanto assistíamos com apreço cada momento do sol surgindo. Após voltarmos à pousada, tomamos um delicioso café da manhã feito carinhosamente pela dona Maria. O calor que fazia aquele dia foi um dos fatores que nos encorajou a entrar no rio que margeava a pousada, repleto de jacarés, cobras e piranhas. Apesar do iminente risco, segundo os ribeirinhos, esses animais não costumam passar por lá, já que teriam lugares mais fartos de alimentos para eles se estabelecerem ao longo do rio. Com isso, entramos confiantes. Tirando o susto que tomamos

com um tronco de árvore que mais parecia um jacaré, valeu o mergulho.

O DESCONFORTÁVEL E INESQUECÍVEL PERNOITE NA SELVA

Ir para a Amazônia é viver uma imersão. É como se tivéssemos voltado no tempo, para nossas raízes. Nós queríamos experimentar ao máximo, viver a floresta

na íntegra. Dessa forma, quando nos ofereceram a possibilidade de passarmos a noite na selva e dormirmos na mata, não pensamos duas vezes.

Levamos o básico necessário para a sobrevivência até o outro dia pela manhã. Além de alimento, nosso guia já havia providenciado redes, cordas e, para nossa sorte, mosquiteiros. O local escolhido por ele foi uma grande ilha rodeada por um mesmo rio, a ideia era estarmos na floresta, mas o mais longe possível dos

perigos da selva.

Ao descermos do barco, levamos os mantimentos para o acampamento. Lá já havia um local ideal para colocarmos as redes e acender a fogueira em segurança. A primeira missão antes que anoitecesse era encontrar madeiras secas para nossa fogueira para em seguida aproveitar mais a noite e nos divertir, compartilhando histórias, cozinhando e rindo. E que bom que rimos antes de dormir, pois a selva nos reservava ainda momentos de tensão e desconforto mais adiante. Para tentar ser o mais ilustrativo possível, imaginem dormir em uma rede. Agora, acrescente calor intenso, muita umidade, visitas de insetos, aranhas gigantes e infinitos mosquitos que não estavam nem aí para os nossos repelentes. Para completar, um grupo de bugios gritaram durante boa parte da noite como se houvesse algo grande acontecendo. Na cabeça desses turistas já não tão corajosos naquele momento, era aviso de um ataque.

A título de informação, o bugio é uma espécie de macaco típico da floresta amazônica, e o seu grito é o mais alto entre todos os animais presentes na natureza brasileira, sendo possível ouvi-lo a quilômetros de distância. Sendo assim, já deu para imaginar como foi difícil pegar no sono. Honestamente, quando o sol enfim nasceu, a sensação foi de alívio e

gratidão. Ficamos maravilhados com a experiência que vivemos, e apesar de recomendar, eu admito que dificilmente

repetiria esse passeio.

Após essa selvagem experiência, regressamos à cidade e fomos desbravar outras regiões próximas à Manaus, como a de Presidente Figueiredo, conhecida principalmente por suas exuberantes cachoeiras. Lá, são mais de 100 cachoeiras, além de diversas grutas, trilhas, cavernas e muitos outros lugares dignos de visitação pela beleza que guardam.

Em meio a tantos momentos emocionantes, curiosos e únicos, o sentimento que fica, além do deslumbre,

é o de gratidão e muito orgulho. Orgulho por saber que esse lugar tão espetacular e relevante para o planeta está aqui, na nossa terra, no nosso país. Voltamos certos de que viajar o mundo é maravilhoso, mas desbravar o que é nosso é respeitar a nossa história, valorizar nosso povo e contemplar a nossa “terra adorada” é fundamental.

Diego Brandão é administrador, professor e empreendedor, além de mochileiro especialista em perrengues. Desbravador obstinado, já coleciona mais de uma centena de destinos pelo mundo e acredita no poder que cada experiência tem de transformar nossas vidas definitivamente.