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CORPO, ESPAÇO E INTERATIVIDADE: UMA ANÁLISE A PARTIR DA EXPOSIÇÃO DE ANISH KAPOOR Adriana Amaral dos Santos Centro Universitário Belas Artes de São Paulo Curso de Artes Visuais 1. Objetivos Entender como se dá o processo de recepção da obra de arte pelo espectador na contemporaneidade e suas estratégias de construção. Mostrar a abertura da obra por meio das possíveis articulações entre corpo, espaço e interatividade.

momento apresento a “Interatividade, do ato ao acontecimento” e a coloco como resultado da receptividade por parte de ambos: corpo e espaço como sujeitos da ação, o que Didi-Huberman irá chamar a atenção para o possível deslocamento que vai do objeto específico para uma relação específica, uma dialética intersubjetiva.

2. Material e Método

4. Conclusões

O parâmetro de investigação foi a exposição Ascension de Anish Kapoor (SP, 2007). A análise será a partir da minha própria experiência como o espectador da obra, tendo os teóricos Umberto Eco, Stéphane Huchet e Didi-Huberman como os interlocutores dessa discussão, os quais, em suas particularidades apontam a intersubjetividade como principal característica na construção da participação ativa do espectador contemporâneo.

Os trabalhos de Anish Kapoor me pareceu criar essa relação com o espectador, que ao colocar-se na obra é provocado a encontrar algo nesse tempo e espaço e sem perceber encontra a si mesmo como integrante. Isso se dá no momento em que o espectador percebe a impotência e insuficiência do olhar passivo, e sente a necessidade de um deslocamento a procura de algo que lhe seja reconhecível, que vai além do aspecto físico, mas também de um pensar a partir de sua própria construção que se torna revelador. Por isso a interatividade pode ser considerada um fenômeno que se dá entre espectador e obra pela ordem do acontecimento, do revelar subjetividades.

3. Resultado e Discussão No primeiro momento falo do “Corpo, a presença do estranho”, em que abordo Umberto Eco a partir de sua apropriação do conceito de crise, que coloca a abertura da obra em uma perspectiva que vê a arte como provocação de experiências. É nesse ponto que chamo tal processo de possível criação de estratégias, aberturas, para levar o espectador a um estado latente de interação. No segundo momento tenho o “Espaço, da provocação ao reconhecimento”, uma discussão com Stéphane Huchet que pensa no espaço e na presença do corpo, contemporaneamente, como materiais da arte. Se compararmos com a independência do objeto na arte moderna, podemos dizer que as relações perceptivas e de comportamento do espectador em relação à arte mudaram. Na contemporaneidade o espaço em relação ao objeto e ao espectador tornaram-se significativos. No terceiro

5. Referências Bibliográficas DIDI-HUBERMAN, Georges. O que vemos, o que nos olha. São Paulo: Ed. 34, 1998. ECO, Umberto. Obra Aberta: forma e indeterminação nas poéticas contemporâneas. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 2005. HUCHET, Stéphane. A instalação em situação. In: NAZARIO, Luiz e FRANÇA, Patrícia (orgs.). Concepções contemporâneas da arte. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006.


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