PAISAGEM AFLUENTE

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PAISAGEM AFLUENTE ADRIANA RAMALHO



FUNDAÇÃO ARMANDO ALVARES PENTEADO FAAP FACULDADE DE ARTES PLÁSTICAS

PAISAGEM AFLUENTE

Adriana de Menezes Ramalho

São Paulo, novembro de 2007


FICHA CATALOGRÁFICA: RAMALHO, Adriana de Menezes Paisagem afluente. Adriana de Menezes Ramalho Trabalho de graduação interdisciplinar - FAP/FAAP - São Paulo, 2007 PALAVRAS CHAVES: 1. paisagem 2. Amazonas 3. água 4. video-instalação


FUNDAÇÃO ARMANDO ALVARES PENTEADO FACULDADE DE ARTES PLÁSTICAS CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO ARTÍSTICA HABILITAÇÃO EM ARTES PLÁSTICAS

PAISAGEM AFLUENTE

Trabalho de Graduação Interdisciplinar, vinculado à disciplina Desenvolvimento de Projeto Integrado II, apresentado como exigência parcial para obtenção de certificado de conclusão de curso.

Aluna: Adriana Ramalho Orientadora: Regina Johas

São Paulo, novembro de 2007



Para meus queridos pais e realizadores de sonhos, Ant么nio e Yette.



AGRADECIMENTOS À minha querida orientadora, professora e artista, Regina Johas, pela sabedoria, incentivo, orientação e simpatia. Ao corpo docente da FAAP, com o qual pude obter valiosa formação. Aos funcionários e técnicos das oficinas de artes da FAAP, pela paciência e carisma. À Nelly Falcão, pelo interesse e respeito à arte-educação, incentivando e valorizando meu desenvolvimento criativo durante o ensino médio. À Suelly Moss, que permitiu meu primeiro contato com o trabalho criativo, oferecendo-me a oportunidade de ilustrar o caderno “Tribo” (1997/1998) do Jornal Amazonas em Tempo de Manaus. À Cristina Calderaro e ao Jornal A Crítica, onde fui ilustradora do caderno “Bem Viver”(1999/2004), oferecendo-me a liberdade de desenvolver ilustrações “não tradicionais” profissionalmente. À Maria Carolina Ávila e todos os amigos de faculdade que participaram indiretamente do desenvolvimento deste trabalho. À Márcia Fernandes, Daniel Ferreira, Ariel Martini e Nana, pela ajuda na leitura de correção deste trabalho.



TOPOFILIA “ A superfície da terra é extremamente variada. Mesmo um conhecimento casual com sua geografia física e abundância de formas de vida, muito nos dizem. Mas são mais variadas as maneiras como as pessoas percebem e avaliam essa superfície. Duas pessoas não vêem a mesma realidade. Nem dois grupos sociais fazem exatamente a mesma avaliação do meio ambiente. A própria visão científica está ligada a cultura. Uma visão entre muitas.” Yi-Fu Tuan



SUMÁRIO 1.0. INTRODUÇÃO

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2.0. PAISAGEM AFLUENTE

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3.0. DISTÂNCIA

VÍDEO-INSTALAÇÃO

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3.1. PROJETOS PARA DISTÂNCIA

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3.2. IMAGENS PARA DISTÂNCIA

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4.0. FONTE

VÍDEO-INSTALAÇÃO

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4.1. PROJETOS PARA FONTE

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4.2. IMAGENS PARA FONTE

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5.0. DESENHO COM ÁGUA

VÍDEO-INSTALAÇÃO

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5.1. PROJETOS PARA DESENHO COM ÁGUA

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5.2. IMAGENS PARA DESENHO COM ÁGUA

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6.0. OUTROS PROJETOS DE VÍDEO-INSTALAÇÃO

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6.1. FLUTUANTES

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6.2. DERIVADOS DE SERES VIVOS

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6.3. HORIZONTE

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7.0. DESENHOS DE PAISAGENS 7.1. OUTROS DESENHOS DE PAISAGENS

FRAME DE VÍDEO

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8.0. BIBLIOGRAFIA

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9.0. DVD

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1.0. INTRODUÇÃO

ILUSTRAÇÃO

Para o meu Trabalho de Graduação Integrado desenvolvi três projetos principais de vídeo-instalação: Distância, Fonte e Desenho com água detalhados nos capítulos três, quatro e cinco. No capítulo seis serão mostrados três projetos secundários de vídeo-instalação e, no capítulo sete, desenhos de paisagens. Em meados de 2007, comecei o processo de criação e desenvolvimento de projetos de vídeo-instalação baseados na pesquisa plástica de paisagens, resultantes da observação da influência do meio ambiente sobre o indivíduo. Nesses projetos, busco potencializar detalhes de paisagens comuns ampliando detalhes de imagens em projeções de escala arquitetônica, elaborando ambientes artificiais construídos com “vídeo olhares”. Ao longo da pesquisa tomei como ponto referencial textos de Yi-fu Tuan do livro “Topofilia”, que me permitiram refletir sobre o elo afetivo entre a pessoa e o lugar ou ambiente físico. “Arte e Mídia”, de Arlindo Machado, tem especial importância no desenvolvimento do meu trabalho criativo, estudos e pesquisa, pois possibilitou uma reflexão ampliada sobre o uso de mídias tecnológicas em meu trabalho plástico. O livro mostra, de forma simples e completa, uma visão geral sobre o uso das novas mídias na arte e como isso se desenvolveu. Desde como a inserção dessas mídias na arte se deu de maneira experimental, até o avanço tecnológico, que foi aproveitado de forma equivocada, pois sem o tempo suficiente de amadurecer o domínio de um meio ou técnica, os novos produtos tornaram-se mais superficiais. Também são fundamentais para esta pesquisa o texto de Laymert Garcia sobre paisagens artificiais, onde o autor explana sobre o olhar poético e artístico mediado pelas novas tecnologias, e o texto “Vídeo e Água” de Hugo Fortes, que possibilitou diferentes “leituras” e reflexões sobre essa relação entre o vídeo e a água, além de obter novas referências artísticas para minha pesquisa plástica.

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2.0. PAISAGEM AFLUENTE No começo da reflexão sobre meu trabalho, meus interesses estavam diretamente ligados a mostrar a grande diferença social e ambiental entre Manaus e São Paulo, com conteúdos baseados nas experiências da vivência pessoal nessas duas cidades. Deixei a discussão social de lado e resolvi pensar apenas sobre o ambiente e a paisagem. Posteriormente, percebi que falar de ambientes antagônicos não era mostrar simplesmente minha vivência nesses lugares, mas sim entender a relação das pessoas com o meio em que elas vivem, observando a dificuldade do homem em lidar com o ambiente natural no meio do desenvolvimento urbano e tecnológico. Em seguida, buscar a melhor forma de expressar meus pensamentos sobre a paisagem dessas cidades. As diferenças entre Manaus e São Paulo são inúmeras. Eu especificava claramente que minha discussão era sobre a dissemelhança entre essas duas cidades. Por um lado, mostrava a paisagem “romântica” de Manaus e a sua proximidade com a natureza selvagem, ocultando suas características de cidade grande e industrial. Por outro lado, mostrava a paisagem arquitetônica caótica de São Paulo, composta por um milhão de prédios sem nenhum horizonte natural visível. Minha experiência de vida e preferência regional estavam diretamente ligadas a Manaus. Logo percebi que romantizar um lugar específico e degradar outro não me permitia desenvolver um trabalho que se distinguisse de uma simples opinião pessoal. Tentando elaborar um assunto universal, direcionei minha pesquisa a paisagens opostas, naturais e urbanas, usando Manaus e São Paulo como fontes de imagens, indiferente à preferência regional pessoal. Por mais que Manaus seja uma cidade industrial e tecnológica, ela é cercada pela Floresta Amazônica e banhada pelos rios Negro e Solimões, importantes elementos naturais extremamente presentes na vida das pessoas que lá residem. Assim como a maioria dos habitantes nativos de Manaus, eu nunca tinha dado o menor valor à natureza exuberante presente em minha vida cotidiana até vir morar em São Paulo e perceber o quão extraordinário é viver em uma cidade grande e bem próxima ao ambiente natural. Nas minhas “visitas” a Manaus, durante esses três anos que moro em


FRAMES DO VÍDEO-REGISTRO DO TESTE DE INSTALAÇÕES.

São Paulo, pude observar a indiferença com que a maioria das pessoas vêem a floresta e os rios ao redor, e como essas pessoas causam a destruição constante desse meio natural, que ocorre em toda cidade grande e em desenvolvimento. Estudando a idéia de paisagens naturais e urbanas através do desenho, percebi a simplicidade de representar o meio urbano por meio de retângulos e linhas retas, contrapondo a dificuldade de representação de uma floresta sem usar ícones comuns como a folha e a árvore. Nos meus trabalhos de desenho e vídeo, principalmente de vídeo, a proximidade visual com os ambientes naturais é claramente percebida nos ângulos e closes em que as imagens são captadas. Em contraponto, as imagens dos ambientes urbanos são captadas com grandes afastamentos ópticos. Desde o início da produção dos meus trabalhos de vídeo-instalação, as imagens de água, rios e cachoeiras sempre estiveram presentes, mesmo que eu tenha feito tais imagens de forma aleatória no fim de 2006. Logo nas primeiras reuniões de orientação para o Trabalho de Graduação Integrado no início de 2007, tornou-se explícita a importância da “imagem água” casualmente presente em todos os projetos que apresentei para Regina Johas, que viria a ser minha orientadora. Foi então que somei à minha pesquisa de paisagens este elemento natural repleto de significados que vão desde fluidez, transparências, fluxo e transição à fonte de vida e entidade espiritual.

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3.0. DISTÂNCIA

VÍDEO-INSTALAÇÃO

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“O Brasil não conhece essa Amazônia real, porque sua realidade não é avaliada, tampouco divulgada. O Brasil, todavia, precisa perceber a Amazônia hoje, não só como uma paisagem, não como um bioma somente, não só como uma fronteira... A Amazônia é uma região geográfica deste país comportando as características vitais de qualquer ambiente ocupado pelo ser humano, quer em sua vertente urbana, quer em sua vertente rural. Tem vida política, religiosa, comercial, industrial. Por isso também polui, também invade, também cresce desordenadamente e sua população sobrevive em favelas nas periferias das cidades. Nela também há violência como em qualquer outra região do país. Há, porém, um aspecto que a torna diferente das demais regiões. Essa diferença resulta tanto de sua configuração geofísica como da história de sua colonização. Nela, são os rios que imperam e são esses rios os detentores do ritmo de vida do homem, dos bichos e da própria floresta. Nesse mesmo rio está o principal meio de comunicação, de locomoção e de subsistência do amazônida. É nesse rio que está a delimitação do mapa de habitação e desenvolvimento da região. Lembre-se que a relação do homem com o rio é tão intensa que chega a ser poética.” Vera Maria Fonseca de Almeida-Val


Esta vídeo-instalação é composta por duas imagens captadas nas margens do Rio Negro próximas à cidade de Manaus. Uma é projetada em três paredes, mostrando uma margem de rio poluída e suja. A outra é projetada no chão, mostrando a imersão corporal em uma margem de água limpa, repleta de transparências e reflexos de luz natural. Este trabalho é resultante de uma crítica social explícita, porém meu interesse de discussão está voltado principalmente a mostrar os efeitos causados ao ambiente natural, e não os motivos que levam à paisagem poluída, como o desenvolvimento social, econômico ou cultural do lugar.

FOTOGRAFIAS DIGITAIS


3.1. PROJETOS PARA DISTÂNCIA


MEMORIAL DESCRITIVO Dimensões: Três projeções de 3,45 X 3,05m. Uma projeção de 1,45 X 1,05m direcionada para o chão. Equipamento necessário: Quatro projetores multimídia. Dois aparelhos de DVD. Dois amplificadores de som. Um distribuidor de sinal com no mínimo uma entrada e três saídas. Mídia: Dois CDs-DVD (“paredes” e “chão”) com filmes em Loop de cinco minutos. 19


3.2. IMAGENS PARA DISTÂNCIA


FRAMES DO VÍDEO-REGISTRO DO TESTE DE INSTALAÇÕES.

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FOTOGRAFIA DIGITAL

4.0. FONTE

VÍDEO-INSTALAÇÃO

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As imagens deste trabalho foram captadas na “Fonte Três Marias”, uma fonte de água mineral na cidade de Presidente Figueiredo, interior do Amazonas. A água desta fonte natural é canalizada e distribuída para a cidade onde ela se encontra. Ou seja, os moradores de Presidente Figueiredo têm água mineral em suas torneiras. Além disso, ela é considerada a segunda água mais pura do planeta, só perdendo para as águas provenientes dos blocos polares. Esta instalação é composta por dois vídeos. O primeiro é projetado em um canto de 90°. O outro é projetado em um recipiente de água transparente, estabelecendo um conflito entre o verdadeiro e o falso, entre o material e o virtual. Busco recriar a fonte e transportá-la para lugares onde poderão ser levantadas questões que passeiam pela criação de ambientes totalmente artificiais, instigando a simples observação do movimento contínuo natural da água ao emergir da superfície, acompanhado do som maquínico da bomba que distribui a água para a cidade, e de sussurros humanos que se assemelham a “mantras”, envolvendo o indivíduo em uma situação próxima à meditação e à transcendência recorrente da repetição.

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4.1. PROJETOS PARA FONTE


MEMORIAL DESCRITIVO Dimensões: Duas projeções de 2,65 X 3m em um canto de 90°. Uma projeção de 1,45 X 2m direcionada para o recipiente de água posicionado no chão. Equipamento necessário: Três projetores multimídia, dois aparelhos de DVD. Dois amplificadores de som. Um distribuidor de sinal com no mínimo uma entrada e duas saídas, para o vídeo das paredes. Um recipiente de acrílico de 1,45 X 1,05m e 15 cm de altura, contendo água. Mídia: Dois CDs-DVD (“paredes” e “chão”) com filmes em Loop de cinco minutos. 25


4.2. IMAGENS PARA FONTE

FOTOGRAFIA DIGITAL

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FRAMES DO VÍDEO-REGISTRO DO TESTE DE INSTALAÇÕES.


5.0. DESENHO COM ÁGUA

VÍDEO-INSTALAÇÃO

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O elemento água está explicitamente presente nos projetos de vídeo-instalação até agora citados, porém sempre fazendo parte de um composto de elementos a fim de buscar uma percepção única da relação do homem no ambiente em que vive, seja este ambiente próximo ou distante de paisagens naturais. Nesta vídeo-instalação, porém, os elementos referentes a paisagens urbanas ou naturais foram completamente abstraídos, resultando em um trabalho pictórico construído com águas de diferentes rios e cachoeiras. Junta a fluidez e a ausência de uma forma fixa natural das águas desses lugares com recortes geométricos precisos, colocando de forma fisicamente impossível enormes massas de água dentro de aquários imaginários explícitos. O trabalho beira a vizinhança do belo e do bom, brincando com cores utópicas e trágicas.

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5.1. PROJETOS PARA DESENHO COM ÁGUA


MEMORIAL DESCRITIVO Dimensões: 8X4m Equipamento necessário: Dois projetores multimídia. Dois aparelhos de DVD. Dois amplificadores de som. Mídia: Dois CDs-DVD (“lado esquerdo” e “lado direito”) com filmes em Loop de cinco minutos .

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5.2. IMAGENS PARA DESENHO COM ÁGUA

FOTOGRAFIA DIGITAL E FRAMES DO VÍDEO-REGISTRO DO TESTE DE INSTALAÇÃO.

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FRAMES DE Vテ好EO

6.0. OUTROS PROJETOS

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6.1. FLUTUANTES Duas imagens juntas: uma aérea, dependente de um grande afastamento corporal, e outra em close, dependendo de uma grande aproximação. Primeiro imagino a construção arquitetônica organizada como fator destrutivo, caótico. Depois, ao olhar a água em movimento com reflexos multicoloridos, me impressiono com a beleza visual, orgânica e calma que isso me proporciona, mesmo que por apenas um segundo, até perceber que essa beleza é resultante de óleo de motor de barcos na superfície de um rio vivo por tempo determinado. Em um ambiente preparado, projeto imagens de dois pontos de vista opostos e me coloco dentro dessas situações simultaneamente. Independentemente da distância física ou mental que as pessoas se encontram diante das imagens, elas sempre estarão próximas da destruição do meio em que vivemos. FRAMES DO VÍDEO-REGISTRO DO TESTE DE INSTALAÇÕES.

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MEMORIAL DESCRITIVO Dimensões: Duas projeções de aproximadamente 4,05 X 4,45m em um canto de 90°. Equipamento necessário: Dois projetores multimídia. Dois aparelhos de DVD. Dois amplificadores de som. Mídia: Dois CDs-DVD (“cidade esquerdo” e “água direita”) com filmes em Loop de cinco minutos.


6.2. DERIVADO DE SERES VIVOS FRAMES DE VÍDEO

Esta vídeo-instalação é composta por duas imagens. Uma é comum à paisagem urbana capturada com o movimento do carro. Outra é comum à paisagem natural, capturada de uma cachoeira. As duas imagens são separadas por uma linha vertical, que delineia a distância física das duas paisagens. Ao mesmo tempo, são reunidas em um só corpo através de diversas linhas horizontais, onde tudo caminha na mesma direção.

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MEMORIAL DESCRITIVO Dimensões: 8 X 4m Equipamento necessário: Dois projetores multimídia. Dois aparelhos de DVD. Dois amplificadores de som. Mídia: Dois CDs-DVD (“linha natural esquerda” e “linha artificial direita”) com filmes em Loop de cinco minutos.


6.3. HORIZONTE

Este projeto é composto por vídeos captados durante a viagem de barco a Parintins em Julho de 2007, cujo horizonte é filmado na diagonal e projetado em duas paredes que se juntam em ângulo menor que 90°. Estas proporções permitem a criação de um horizonte artificial no desenvolvimento do trabalho, proporcionando um grande contraste à amplidão e à relação de infinito oferecidos pelo horizonte real.

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MEMORIAL DESCRITIVO Dimensões: Cada projeção com aproximadamente 4 X 3m em um ângulo menor que 90°. Equipamento necessário: Dois projetores multimídia. Dois aparelhos de DVD. Dois amplificadores de som. Mídia: Dois CDs-DVD (“horizonte esquerdo” e “horizonte direito”) com filmes em Loop de cinco minutos.


7.0. DESENHOS DE PAISAGENS

DESENHO DA SÉRIE “PAISAGENS UTÓPICAS” TÍTULO: COCÁ DIMENSÕES: 50 X 23,5 cm TÉCNICA: NANQUIM S/ PAPEL ANO: 2006

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Minha pesquisa plástica é hoje voltada para a criação de projetos de vídeo instalações. Entretanto, não poderia deixar de citar meus trabalhos de desenhos de paisagens antecedentes a esses projetos e indicá-los como produções referentes ao início da minha pesquisa. Ao desenhar paisagens compostas por linhas delicadas em grandes superfícies brancas de papel com cortes retangulares, percebi o uso do espaço neutro para potencializar a idéia ou sentimento a ser transmitido. Posteriormente, somei “cores de luz” digitalmente a esses desenhos, e os apresentava através de projeções em grande escala em sala de aula. Foi quando aconteceu a passagem das minhas criações bidimensionais para o tridimensional.


7.1. OUTROS DESENHOS

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DESENHOS DA SÉRIE “PAISAGENS UTÓPICAS” TÍTULOS: PROTEÇÃO 2 FLORESTA E CIDADE DIMENSÕES: 50 X 23,5 cm TÉCNICA: NANQUIM S/ PAPEL ANO: 2006




8.0. BIBLIOGRAFIA ALMEIDA-VAL, Vera Maria Fonseca de. A Amazônia não é só paisagem!. Cienc. Cult. [online]. jul./set. 2006, vol.58, no.3 [citado 02 Novembro 2007], p.24-26. Disponível na World Wide Web: <http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0009-67252006000300012&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 0009-6725. FORTES, Hugo. Poéticas Liquidas; a água na arte contemporânea. 2006. Tese (Doutorado em Artes) - Universidade de São Paulo. FREIRE, Cristina. Arte conceitual. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006. MACHADO, Arlindo. Arte e mídia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar 2006. MACHADO, Arlindo. Pré-cinema e pós-cinema. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006. RUSH, Michael. Novas mídias na arte contemporânea. São Paulo: Martins Fontes, 2006. SACCONI, Luiz Antonio. Mini-dicionário Sacooni da língua portuguesa. São Paulo: Atual editora LTDA, 1996. SANTOS, Laymert Garcia dos. Politizar as novas tecnologias. O impacto socio-técnico da informação digital e genética. São Paulo: Editora 34, 2003. TUAN, Yi-Fu. Topofilia. Atitudes e valores do meio ambiente: um estudo da percepção. São Paulo: DIFEL, 1980.

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9.0. DVD 1. ESTUDOS DE VÍDEO INSTALAÇÕES: DESENHO COM ÁGUA, DISTÂNCIA E FONTE. 2. DISTÂNCIA - PAREDES. 3. DISTÂNCIA - CHÃO. 4. FONTE - PAREDES. 5. FONTE - CHÃO. 6. DESENHO COM ÁGUA - LADO ESQUERDO. 7. DESENHO COM ÁGUA - LADO DIREITO.

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