Intitulo provisoriamente a antologia de poemas de “Caminhos”. Já que o Zeitgeist (espírito do tempo) permeia toda nossa cultura. E em tempos sombrios são os caminhos que trilhamos que possibilitam engendrar novas perspectivas, novas formas de ver e de agir, tentando responder as questões que interrogam nosso tempo. A palavra é instrumento de arte, não apenas pelo som pelo som, mas pelo significado que cada uma delas nos convidada a meditar, como se ela conseguisse emergir das profundezas do ser, com uma grande força, pensarmos sobre o espírito no ato da criação, pois essa antologia gira nesse diapasão: cada leitor pode começar por onde quiser, como um admirador de Picasso, de Van Gogh, de Renoir ou de Tarsila do Amaral. A palavra jogada ao vento, sem significado, é apenas som inócuo. Anulando quaisquer perspectivas de mundo, anulando compreensões que devemos ter sobre as experiências do passado e visões que projetamos do futuro, para daí interpretarmos o presente.