ESCOLA MODELO ADRIANO MEIRELLES
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP ARQUITETURA E URBANISMO
ADRIANO MEIRELES SIQUEIRA JUNIOR
ESCOLA MODELO: FABRICANDO UMA CONSTRUÇÃO MAIS EFICIENTE
RIBEIRÃO PRETO 2019
ADRIANO MEIRELES SIQUEIRA JUNIOR
ESCOLA MODELO: FABRICANDO UMA CONSTRUÇÃO MAIS EFICIENTE
Trabalho apresentado a banca examinadora da Universidade Paulista – UNIP como requisito para obtenção
do
título
de
bacharelado
Arquitetura e Urbanismo. Orientador: Prof. Me. Wellington Pereira
RIBEIRÃO PRETO 2019
em
RESUMO Este trabalho propõe uma reflexão sobre o método construtivo mais utilizado na construção civil nacional da atualidade, a alvenaria de bloco cerâmico e estruturas de concreto armado in-loco, onde são delineadas suas desvantagens e pontos negativos, aliadas à uma proposta de solução, a pré-fabricação de concreto. O projeto deste trabalho é uma escola de ensino tecnológico que ambiciona difundir a pré-fabricação, sendo projetada e construída de tal forma, contudo, fornecendo os recursos e materiais necessários para a fabricação das peças industrializadas, além de oferecer o conhecimento prático e teórico dessa técnica, conferindo a especialização de profissionais nessa área de trabalho, que é crescente e promissora, acarretando assim, maior aceitação, acesso e por fim a almejada difusão desse método construtivo que ostenta benefícios ao homem, ao meio ambiente, à arquitetura e à construção civil, por meio da educação e conhecimento. Palavras-chave: Pré-Fabricação. Escola. Estrutura de concreto. Industrialização. Técnicas construtivas. Estruturas independentes.
ABSTRACT This paper describes a reflection on the construction method most commonly used in the national construction industry today, a ceramic block and reinforced concrete structures on site, where its advantages and points of view are outlined, together with a solution proposal. of concrete. The project of this work is a technological school that aims to prefabricate, being designed and manufactured in such a way, besides providing resources and customized materials for the manufacture of industrialized parts, besides offering the practical and theoretical knowledge of this technique, conferring a specialization of professionals in this work area, which is growing and promising, thus enables greater acceptance, access and finally to a desired diffusion of this constructive method that brings benefits to man, the environment, architecture and construction, through education and knowledge. Keywords: Prefabrication. School. Concrete structure. Industrialization. Constructive techniques. Independent structures.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................9 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..................................................................................18 2.1. Estruturas Independentes...................................................................................18 2.2. Conceitos Corbusianos.......................................................................................19 2.3. Arquitetura, Flexibilidade e Industrialização........................................................20 2.4. O Poder da Arquitetura na Educação..................................................................22 2.5. A Pré-Fabricação de Concreto............................................................................23 2.6. Vantagens e Desvantagens da Pré-Fabricação..................................................25 2.7. A Pré-Fabricação e o Meio Ambiente..................................................................27 2.8. Exemplos de Edificações Pré-Fabricadas...........................................................28 2.8.1. Escola Estadual Parque São Bento.................................................................28 2.8.2. Residência North Fork Bluff..............................................................................28 2.8.3. Casa Gerassi....................................................................................................29 2.9. Detalhes Construtivos Típicos da Pré-Fabricação..............................................29 3. LEITURA URBANA – ÁREA DO PROJETO.........................................................32 3.1. Localização..........................................................................................................32 3.2. Dados Demográficos...........................................................................................33 3.3. Principais Legislações – Escolas........................................................................34 3.4. Imagens da Área de Intervenção........................................................................35 3.5. Mapas de Leitura.................................................................................................50 4. LEITURAS PROJETUAIS......................................................................................57 4.1. Escola de Governo do RN...................................................................................57 4.2. FDE - Escola Várzea Paulista / FGMF................................................................65 4.3. Escola Secundária – I.E.S. Lloixa Saint Joan D’Alacant.....................................72
5. ESTUDO PRELIMINAR: ESCOLA MODELO.......................................................79 5.1. Conceito e Partido...............................................................................................79 5.2. Programa de Necessidades................................................................................80 5.3. Organograma......................................................................................................82 5.4. Fluxograma..........................................................................................................83 5.5. Plano de Massas.................................................................................................84 5.6. Mapa de Fluxos...................................................................................................86 5.7. Setorização..........................................................................................................87 5.8. Maquete Volumétrica...........................................................................................90 6. PROJETO: ESCOLA MODELO............................................................................93 6.1. Implantação com Térreo......................................................................................93 6.2. Implantação com Cobertura................................................................................95 6.3. Planta dos Pavimentos........................................................................................96 6.4. Sistema Estrutural...............................................................................................98 6.5. Cortes................................................................................................................103 6.6. Elevações..........................................................................................................104 6.7. Maquete Volumétrica.........................................................................................105 6.8. Imagens 3D.......................................................................................................106 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................128 8. REFERÊNCIAS....................................................................................................129
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1. INTRODUÇÃO O tema escolhido foca no estudo de métodos e técnicas construtivas diferentes das tradicionais e mais usuais (alvenaria de bloco cerâmico e estrutura de concreto armado in-loco). Tal tema foi escolhido devido à uma inquietação, desagrado e insatisfação do método construtivo convencional. Baseado nos estudos oferecidos durante a graduação, foi evidenciado que uma edificação executada primeiramente
pela
alvenaria
e
posteriormente
pela
estrutura,
gera
um
comprometimento no correto desempenho da construção. Brevemente pontuando, nesse método tradicional o peso da construção não é distribuído somente nas vigas, pilares e fundações, assim, sobrecarregando também a própria alvenaria (vedação) que não é confeccionada e nem preparada para tal função, podendo gerar patologias e acidentes no decorrer do tempo. Esse método mais popular (convencional) também porta consigo, problemas relacionados à execução, como: grande demanda de tempo para conclusão da obra, acúmulo de entulhos, desperdício de materiais, recursos, dinheiro e etc. Figura 1 - Patologias (Fissuras)
Fonte: Zap em Casa, Shutterstock, 2019
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Figura 2 – Instalações Prediais
Figura 3 – Entulho de Obra
Fonte:Pronto Mix, 2013
Fonte: Recilux, 2014
Sabendo disso, será projetada uma “escola modelo” fundamentada em fornecer e orientar conhecimento teórico e prático referente a uma técnica construtiva menos usual e mais eficiente. Em suma, essa escola será projetada apoderando-se dos conceitos ostentados neste trabalho, tornando assim possível, visualizar, tocar, sentir, experimentar, experenciar e viver toda a essência do objeto em questão. Outro fator solene se dá em função da localização do projeto e o destino escolhido foi um terreno em desuso, onde encontra-se uma fábrica de óleo abandonada, consagrada como marco referencial da cidade de Ipuã, SP, tal onde o autor que vos escreve é residente. Pontos positivos do terreno em questão: Ótima localização, próximo ao centro, próximo aos polos de fluxo (social e lazer), próximo aos edifícios institucionais da cidade e rodoviária. A figura 4 (próxima página) expõe o trajeto e a distância da cidade de Ipuã SP em Relação a cidade de Ribeirão Preto SP, constatada aproximadamente 100 km, as imagens e dados foram obtidos pelo Google Earth 2019.
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Figura 4- Mapa da Região (Distância 102 Km)
Figura 5 - Mapa de Ipuã
Fonte: Google Earth, 2019
Fonte: Google Earth, 2019
Figura 6 - Mapa do terreno e entorno
Fonte: Google Earth, 2019
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A proposta de reutilização desse terreno acarreta grandes vantagens para seu entorno, como inibição de vazios urbanos, valorização da área e facilidade de acesso. Contudo será realizada uma descontaminação do solo e será mantida a estrutura (metálica) do bloco principal da fábrica, como lembrete de parte da história da cidade, ao invés de demolir e apagar parte do passado. A estrutura atuará como um monumento, integrante do edifício da escola, complementando a paisagem, enfatizando o valor da estrutura independente, como elemento artístico, além disso, o restante das peças metálicas não utilizadas, serão enviadas para o processo de confecção
do
aço,
reciclando,
reaproveitando,
reutilizando
o
material
e
transformando-o em armadura (vergalhão) para as peças pré-fabricadas na escola. Figura 7- Vista Aérea do terreno
Fonte: Google Maps, 2019
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Figura 8 – Entrada do terreno
Fonte: Própria, 2019 Figura 9 - Vista do edifício principal existente
Fonte: Própria, 2019
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Figura 10 – Estrutura da fábrica existente
Fonte: Própria, 2019
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Figura 11 – Vista panorâmica do edifício existente
Fonte: Própria, 2019
Este trabalho abordará estudos direcionados às possíveis opções aptas à driblar os transtornos existentes na construção civil atual, visando gerar (mesmo que sútil) uma reflexão e revolução nas técnicas construtivas da atualidade e até futuras, tornando-as aceitas e difundidas, sem receios em meio aos leigos, podendo se transformar e evoluir cada vez mais com o decorrer do tempo, sem impactar de forma exagerada o público alvo (clientes e leigos), pois o “novo” infelizmente ainda causa medo e desconfiança. Além disso, serão tratadas questões sobre melhora na elaboração de projetos, resgatando conceitos valiosos de consagrados nomes da arquitetura moderna. Entretanto, é um processo gradativo e cauteloso, para que assim perdure, e de fato alcance o objetivo maior, que é se tornar a técnica construtiva mais usual e adorada, sem correr o risco de ser rejeitada por medo e inseguranças.
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Os materiais que serão utilizados nessa técnica construtiva não tão usual, serão basicamente dois tipos de concreto: Concreto para estrutura e placas de concreto alveolares (menor peso próprio e apta a receber instalações prediais com muita facilidade) para vedação. É de grande valia ressaltar que a utilização do concreto será primordial, devido ao fato de possuir a graça e confiança dos leigos, pois como já foi citado, infelizmente o “novo” causa impactos, muitas vezes negativos, concebendo receios (principalmente em cidades pouco desenvolvidas). O método construtivo será da seguinte maneira: Toda estrutura será realizada e posteriormente será aplicada a vedação (estrutura independente) resultando em plantas livres, de fácil manipulação, modificação etc. A utilização de peças préfabricadas, propiciam privilégios como, emprego de poucos pilares, rapidez na montagem, possível substituição, remoção e reaproveitamento das mesmas. Além dessas singularidades, a escola modelo ostentará conceitos como, ático vazado, efeito chaminé, jardins internos (relação entre natureza, homem e habitar), respeitar e aproveitar topografia e orientação solar, janelas em fita, térreo livre (quando possível), lajes impermeabilizadas com pintura de baixa absorção de calor, aliada a argila expandida, conferindo assim, maior conforto térmico ao interior edifício. Além disso, a escola portará atividades como, uma mini fábrica para confecção (pelos alunos) das próprias peças pré-fabricadas que serão utilizadas nesse movimento, canteiro de obra para aulas práticas, salas de aula, para teoria, laboratórios para ensaios, biblioteca para pesquisa e embasamento e um pequeno auditório para palestras e reuniões, além de ampla área de circulação e interação social, para contemplar e descansar, tanto no terreno, quanto dentro do próprio edifício. As figuras 12 e 13 (próxima página) ilustram construções/projetos utilizando a técnica da pré-fabricação, onde as peças (pilares, lajes, vigas, paredes etc.) são montadas e fixadas por encaixes nas próprias peças, constituindo o corpo e a forma do edifício.
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Figura 12 – Casa Pré-Fabricada (Maquete 3D)
Fonte: Cornetta Arquitetura, 2017
Figura 13 – Estrutura Pré-Fabricada
Fonte: Central Premoldados, 2017
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. Estruturas Independentes Nas palavras de Lucio Costa, a estrutura independente (Costa diz “ossatura”) é o “segredo da nova arquitetura”. As paredes transformadas em pura vedação, “são diferentes quanto ao material de que se constituem, quanto à espessura e quanto aos fins”. (BAHIMA, 2016, p. 5).
"A questão está a sugerir dupla mão: estrutural e construtiva; mas também formal e compositiva." (BAHIMA, 2016 p. 8). Segundo Bahima (2016), Le Courbusier expressou que a arquitetura dependia de uma estrutura pura, promovendo assim, estruturas independentes em sua obra, remetendo à proposta das casas dominó (Dom-Ino), proporcionando liberdade na disposição das paredes internas e externas. De acordo com o que Marquardt (2005) expõe em sua pesquisa, a busca por novos métodos e soluções construtivas, foi intrínseca nos avanços tecnológicos arquitetônicos do século passado. Marquardt (2005) explana que a estrutura independente possibilitou o desfrute dos grandes vãos, favorecendo e qualificando os espaços internos dos edifícios, principalmente grandes ambientes. "A estrutura, juntamente com o domínio das técnicas construtivas foi, e continua sendo, elemento de maior expressão na arquitetura." (MARQUARDT, 2005, p. 88). A estrutura independente confere uma arquitetura mais livre tanto no âmbito do uso, como no âmbito criativo e construtivo, favorecendo assim, engenhosidade e inventividade ao arquiteto, maior flexibilidade, dinamismo e versatilidade ao usuário dessa edificação. “O conceito da estrutura em esqueleto oferece maior liberdade no planejamento e disposição das áreas do piso, sem obstrução de paredes portantes internas ou por um grande número de pilares internos.” (SITROLI, 2015, p. 22). Por fim é de grande valia ressaltar a importância e os benefícios da estrutura independente, como, possibilidade de modificações no layout do edifício, sem comprometer sua força estrutural, possibilidade de criar aberturas (portas, janelas,
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vãos livres) com maior facilidade e rapidez em alvenarias existentes, facilita a implementação de ampliações e reformas, além de conferir grandes vãos inibindo excesso de pilares e paredes que limitam a liberdade de criação e uso, ofertando por sua vez, maior possibilidade de invenções e variações de utilização e formatação dos ambientes internos (prédios, museus, ginásios, galpões, etc.).
2.2. Conceitos Corbusianos Paralelo ao que já foi exposto, podemos absorver alguns pontos Corbusianos, que serão determinantes na confecção do projeto deste trabalho. Não foi apenas a planta livre que surgiu da mente de Le Corbusier em 1926 e tornou-se atemporal, um verdadeiro sinônimo de modernidade em projetos arquitetônicos contemporâneos. Os espaços integrados são uma extensão natural desse conceito. (VIVADECORAPRO, 2017).
Outros elementos visionários foram desenvolvidos por Le Corbusier, que ainda são de grande valia nos dias atuais e muito provavelmente, até futuros. “A fachada livre está entre os 5 pontos da arquitetura moderna de Le Corbusier que mais se destacam. Ela não possui vedações e divisórias em sua estrutura, podendo ser projetada em diversos formatos.” (VIVADECORAPRO, 2017). O site VivaDecora (2017) expõe sua visão sobre as construções sobre pilotis tão difundida pelo arquiteto modernista: “Com o objetivo de permitir que as pessoas pudessem caminhar livremente nos espaços térreos, os pilares proporcionam uma visão ampla e maior espaço físico”. (VIVADECORAPRO, 2017). Por fim, a janela em fita [...]Com o propósito de ampliar a iluminação dos edifícios, a janela em fita recebeu um papel importante no design das construções e se tornou um recorrente na arquitetura contemporânea. Rasgos de variadas geometrias e a presença dos vidros foram aplicados ao conceito, com muita qualidade técnica e beleza. (VIVADECORAPRO, 2017)
Os conceitos Corbusianos citados acima, terão grande importância na criação do projeto deste trabalho, principalmente a planta livre aliada a estrutura independente, conferindo todos os benefícios explanados no capítulo anterior, juntamente com a implementação da fachada livre, ambicionando
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maior harmonia estética ao edifício, além das janelas em fita, visando maior conforto térmico (ventilação) e luminoso. Por fim o edifício em questão ostentará os princípios da construção sobre pilotis, conferindo permeabilidade de pedestres, filtragem dos usuários (alunos, docentes e prestadores de serviços
etc.),
abrigo
para
recreação,
descanso
lazer,
contemplação,
sombreamento, permanência e travessia, espaços externos integrados com internos etc.
2.3. Arquitetura, Flexibilidade e Industrialização Fonyat (2013), disserta que há mais de 2000 anos, Vitruvius propôs que a boa arquitetura seria aquela que ostentasse equilíbrio entre os seguintes padrões de proporções e princípios conceituais: Firmitas, Utilitas e Venustas, ou seja, Solidez, Adequação Formal e Beleza.Ideal sedimentado por Le Corbusier e outros arquitetos, entendendo o termo “forma” como conceito moderno de estrutura, e não mais como aparência, aspecto ou conformação externa de um objeto. É totalmente errada a afirmativa de que a industrialização habitacional redundará em degenerescência das formas artísticas [...]. Não se deve recear a monotonia existente nas casas suburbanas inglesas, desde que seja cumprida uma exigência básica: só as partes da construção serão tipificadas, os corpos erigidos por meio delas hão de variar. (GROPIUS, 1972. p. 196.)
Para a autora Fonyat (2013) o século XXI vive um período de retomada do interesse pela industrialização da construção civil por meio da arquitetura, dinamizando, estimulando e desenvolvendo processos de fabricação inovadores. Além da preocupação social com o crescimento populacional e a sustentabilidade, tais que estão impulsionando e atraindo a atenção mundial para a pré-fabricação. Caiado (2005) alega que devido a tecnologia atual, as indústrias brasileiras relacionadas à construção civil desfrutam crescentemente dos métodos industriais e pré-fabricados na construção de edifícios. "A viabilidade das estruturas pré-fabricadas destinadas a moradias há muito tem servido como um preceito central na arquitetura moderna." (FONYAT, 2013, p. 111).
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Pré-fabricação não é revolucionário, é evolucionário. Os avanços ocorreram através da prática. Cada exemplo histórico oferece uma visão sobre como peças industrializadas podem ser aproveitadas na concepção do desenho de uma edificação, e temas semelhantes sugerem formas com que os arquitetos podem tirar partido da pré-fabricação. Muitas falhas aconteceram devido à falta de um processo integrado com o projeto arquitetônico e o desenvolvimento industrial. (FONYAT, 2013, p. 85).
Fonyat (2013) exemplifica uma série de experiências bem-sucedidas que basearem-se em métodos flexíveis, no ofício e montagem de componentes industrializados, combinados entre si, de diversas formas e maneiras, atendendo programas variados, com velocidade e facilidade de montagem, por meio de sistemas pré-fabricados, alinhados com a arquitetura. Contudo os modelos flexíveis, maleáveis, removíveis, mostraram-se mais bem-sucedidos em relação aos rígidos, fechados, fixos e etc. De acordo com a pesquisa de Fonyat (2013), Le Corbusier confiava que a industrialização poderia propiciar moradia com qualidade à população, com preços acessíveis, paralelo a isso confiava que a arquitetura precisava refletir sobre essa questão, considerando a produção como parte intrínseca do processo. Caiado (2005) argumenta que o produto industrializado ambiciona simplificar, eliminando tudo que não favorece à realização dos objetivos, contudo, reduzir custos, tempo de trabalho, tempo de montagem, acabamentos e etc. Para os autores Alvarenga (2002) apud Caiado (2005) a flexibilidade, a possibilidade de intervenções e modificações no edifício é um fator solene para a industrialização,
viabilizando
edifícios
personalizados,
aptos
a
receberem
ampliações e adequações futuras, além de uma boa aceitabilidade de um empreendimento imobiliário. De acordo com as pesquisas de Caiado (2005) se a racionalização é parte fundamental do processo de uma construção, a pré-fabricação é uma ferramenta eficiente nesta situação, pois é uma fabricação industrial das partes da construção, fora do canteiro, que podem ser posteriormente montadas, alcançando maiores níveis de produtividade e reduzindo desperdícios, evitando cortes e ajustes de componentes.
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"A racionalização construtiva busca o desenvolvimento de um projeto baseado na economia, na eficiência e na otimização aproximando-se do enfoque adotado pela construtibilidade". (CAIADO, 2005 p. 34). No sistema construtivo tradicional aproximadamente 30% dos materiais da obra tornam-se entulho, esse índice é extremamente prejudicial ao bolso do cliente e principalmente ao meio ambiente, já que existe um déficit de infraestrutura em relação ao descarte de resíduos e programas de reciclagem. Já nas obras industrializadas, os principais componentes da obra já chegam prontos e corretos para montagem, inibindo desperdícios e retrabalhos. (CORNETTA, 2019).
2.4. O Poder da Arquitetura na Educação Segundo Doris Kowaltowski, professora da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp, o ambiente escolar funciona como o "terceiro professor". O espaço físico influencia a forma como as pessoas convivem nele e também estimula e facilita o ensino. Para Doris, o projeto arquitetônico deve dialogar com a pedagogia da escola e a construção deve ser feita em parceria com a comunidade escolar. (PALHARES, 2018).
Segundo Palhares (2018) as pesquisas demonstram que os alunos valorizam mais o que é oferecido a eles se o produto (edificação) é valorizado pelos docentes também. Portanto se o edifício é bem cuidado, funcional, atrativo, o discente se dedicará mais ao ensino e ao aprendizado oferecido pelo mesmo. Também é preciso pensar que o ensino não se resume apenas ao conteúdo das disciplinas, mas também passa pela socialização. O ambiente deve permitir uma boa convivência, relações pacíficas e saudáveis. Costumo dizer que a arquitetura é o terceiro professor dentro de uma escola. Precisamos primeiro cuidar do professor, garantir que ele saiba ensinar e seja bem pago para realmente se dedicar à causa. O segundo professor são os materiais didáticos, a tecnologia, a alimentação. E o terceiro, é o ambiente. Ele deve servir à educação e também pode ser usado para ensinar. (PALHARES, 2018).
“A comunidade escolar deve poder se sentir orgulhosa da sua escola, percebendo a sua potencialidade para um ensino de qualidade.” (OFICINADETEXTOS). Assim, o edifício escolar deve oferecer além do conhecimento, conforto em vários âmbitos, térmico, visual, luminoso, acústico, além de gozar de ambientes para recreação, estar contemplativo, para maior descanso e libertação criativa da mente, favorecendo o que está sendo ensinado, abrangendo o professor e o aluno.
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2.5. A pré-fabricação de Concreto O elemento Pré-Fabricado é confeccionado industrialmente, com controle rigoroso
de
qualidade,
dispondo
de
profissionais
adequados,
laboratório,
organização, inspeção e fiscalização. A utilização do concreto pré-fabricado no ponto de vista projetual, deve considerar as devidas possibilidades, restrições, vantagens, produção, transporte e montagem. (SIRTOLI, 2015). As vantagens da pré-fabricação, controle de qualidade, todo o processo de produção das estruturas pré-fabricadas de concreto passa por um rigoroso controle de qualidade. A durabilidade do material é assegurada pela obediência rigorosa das Normas Técnicas Brasileiras. (SITROLI, 2015, p. 19).
As empresas focadas na pré-fabricação devem fornecer diretrizes unificadas para todas as equipes e pessoas envolvidas na escolha de utilização desse método (clientes, arquitetos e engenheiros), concedendo informações referentes ao projeto e a produção dos elementos disponíveis, proporcionando, assim, maior compreensão dos métodos adotados em todas as etapas do projeto, acarretando maior eficiência e benefícios. (SIRTOLI, 2015). Segundo Sitroli (2015) as peças pré-fabricadas industriais são realizadas da seguinte maneira: •
Armação: Consiste no dobramento e cortes das barras de aço e estribos, considerando sempre dimensões das seções e cobrimentos, para maior adequação e compatibilização do projeto;
•
Fôrmas: Utilização de fôrmas metálicas para melhor acabamento dos elementos, entretanto a fôrma precisa ser cuidadosamente executada e zelada,
considerando
limpeza
da
mesma,
nivelamento,
prumo,
estanqueidade, etc. Por fim a desmontagem (após a cura do concreto) é realizada por equipamentos mecânicos. •
Concreto: A concretagem é um processo muito cauteloso, tanto por questões estéticas, quanto de qualidade, primeiro devido ao fato de que as peças ficares expostas (sem reboco) em muitos casos, e segundo, pois são peças estruturais. Sendo assim a atenção é redobrada nas etapas de adensamento (vibração, centrifugação, prensagem e vácuo) e cura (umidade e temperatura adequadas, visando melhor hidratação) que comprometem diretamente a
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resistência e durabilidade das peças (aditivos agentes de cura contribuem positivamente), vale citar que a exposição ao sol e correntes de vento prejudicam tais fatores. •
Acabamento: São realizados os processos de estucagens (argamassa), e o caldeamento (pasta fluida), nas superfícies das peças que sofreram patologias
como
fissuras,
bolhas
e
bicheiras,
ambicionando
maior
homogeneidade e qualidade estética à peça. •
Manuseio: O manuseio é referente basicamente ao cuidado que se deve tomar no ato de retirada das fôrmas, evitando danificar as peças, preocupando-se sempre com o amortecimento de impactos.
Figura 14 – Fôrma metálica para peças pré-fabricadas
Fonte: AEC Web, 2019.
Sitroli (2015) explana alguns cuidados referentes ao transporte e montagem das peças: Deve se escolher o meio de transporte mais adequado para cada elemento respeitando as suas características, caminhões para peças menores, carretas e carretas especiais que consigam suportar vigas de grandes dimensões [...]. Todo o cuidado para não danificar os elementos, por esta razão, e também por questão de segurança, recomenda-se cuidadosa fixação dos elementos para o transporte. (SITROLI, 2015, p 33).
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O local de destino das peças tem que estar bem organizado com o solo compactado para que possa facilitar a circulação dos caminhões, é preciso meios auxiliares como uma grua adequada no local para movimentar os elementos como também é utilizado bobcats para peças de dimensão menor, sendo preciso ter um lugar reservado de destinos para elas. (SITROLI, 2015, p. 33).
2.6. Vantagens e Desvantagens da Pré-Fabricação Segundo Couto e Couto (2007), a pré-fabricação oferece as seguintes vantagens: •
Rotina de produção, pessoal especializado, controle de qualidade desde as matérias primas aos ensaios do produto final;
•
Rapidez de execução, armazenamento em fábrica, elevados ritmos de montagem, planejamento e sistematização das operações a realizar em obra, execução menos dependente das condições atmosféricas, maior facilidade em cumprir prazos e controlar os programas estabelecidos;
•
Possibilidade de vencer grandes vãos, melhorar a funcionalidade dos espaços eliminando pilares e fundações, ausência de escoramentos, pilares podem ser lançados com toda a sua altura (projetos padronizados), redução da necessidade de formas e andaimes, que implicam um custo muito elevado;
•
Segurança estrutural: Possibilidade de usar ensaios de uma peça, permitindo corrigir eventuais defeitos. Ensaios com ultrassom, ensaios de carga com leitura direta (visual) ou com leitura indireta (instrumentos);
•
Segurança de trabalho: Redução de acidentes que está diretamente relacionada ao número de horas de trabalho no canteiro, que no caso da préfabricação é muito inferior, devido ao nível de profissionalismo e com a eficácia dos equipamentos;
•
Reaproveitamento, em fábrica das formas, pela grande quantidade de elementos iguais que se fabricam;
•
Possibilidade de desconstrução e reaproveitamento das peças/construção;
•
Significativa redução da área do canteiro, redução da produção de resíduos e ruído em obra, diminuição dos gastos de energia, redução dos custos de fiscalização, redução dos custos de manutenção;
•
Crescente qualidade e eficiência, no processo construtivo, aperfeiçoamento da segurança das operações (devido à experiência adquirida), mesmo por solucionar a escassez de mão-de-obra habilitada e experiente.
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Couto e Couto (2007) concluem que a pré-fabricação é competitiva, fornece maior qualidade, durabilidade, confiabilidade, segurança e uma gestão mais eficiente. Entretanto, comparada com a obra tradicional, ainda enfrenta alguns desafios e barreiras - que devem ser encaradas e ultrapassadas como: •
Necessidade (na maioria dos casos) de recorrer a elementos adicionais, como parafusos e cantoneiras, além de grande rigor e controle nas ligações;
•
Maior exatidão no estudo do projeto e maior necessidade de controle de fabricação, além de muito rigor nas formas e armaduras;
•
Necessidade de recorrer quase exclusivamente a mão-de-obra especializada.
Paralelo a isso, Sitroli (2015) expõe alguns pontos negativos referentes à préfabricação: Já algumas desvantagens da utilização da pré-fabricação são o preço relativamente alto, a necessidade de o projeto ser modular, a possibilidade de apresentar fissuras na junção entre placas, mão-de-obra especializada. (SITROLI, 2015, p 21). Desvantagens decorrentes a colocação das peças pré-fabricadas nos locais definitivos, limitação no transporte cuidado na carga, descarga e na movimentação dos elementos. As limitações no caso do transporte seriam, de maneira geral, os gabaritos de transporte e no caso da montagem seriam a disponibilidade e as condições de acesso de equipamentos para sua realização. (SITROLI, 2015, p 21).
Por fim, em entrevista realizada com um arquiteto conhecedor e praticante do uso de peças industrializadas de concreto, foi relatado que tal técnica custa em média aproximadamente R$ 3.000 por metro quadrado (CORNETTA, 2019). Enquanto o método convencional para edificações de classe alta, custam a partir de R$ 2.000, tonando-se em média 33% mais barato. Dados estimados na região metropolitana de Ribeirão Preto.
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2.7. A Pré-Fabricação e o Meio Ambiente [...] "a maioria das atividades de construção continuam a produzir um impacto muito desfavorável sobre o meio ambiente em termos de consumo de energia, utilização irracional de recursos naturais, poluição, ruído e desperdício durante a produção". (COUTO; COUTO, 2007, p. 4) Para Couto e Couto (2007) a pré-fabricação têm um papel determinante no sentido de tornar as atividades da construção mais sustentáveis. Segundo os autores, o programa PREPARE (Preventative Environmental Protection Approaches, grupo dedicado à análise de construções, considerando tecnologias eficientes do pré-fabrico) declarou os seguintes potenciais benefícios do pré-fabricado (casa típica): •
Redução de 50% no consumo de água;
•
Redução de 50% na utilização de materiais de pedreira;
•
Redução de 50% no consumo de energia. Os autores afirmam que naturalmente diminuindo o período das obras,
diminuirão os impactos causados no local, paralelo a isso, outro fator importante a ressaltar é a redução de resíduos resultantes da obra, na utilização dos préfabricados. Além da capacidade que esse método possui, de desconstrução, recuperação de materiais e componentes, reutilização e reciclagem. O pré-fabricado é muito mais do que apenas um conceito ou moda; ele oferece de fato ao setor da construção a possibilidade de se redefinir e afirmar enquanto indústria de produção e representa uma das mais positivas saídas para enfrentar os principais desafios e exigências com que o setor se depara. (COUTO; COUTO, 2007, p. 5)
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2.8. Exemplos de edificações Pré-Fabricadas 2.8.1. Escola Estadual Parque São Bento Figura 15 – FDE Campinas - Escola Estadual Parque São Bento
Fonte: ArchDaily, 2011
Arquitetos: BVY Arquitetos Localização: Campinas, SP, Brasil Ano do projeto: 2008 Descrição: A construção do edifício parte de uma lógica rígida, determinada pela modulação da estrutura pré-fabricada e pela economia de materiais. O projeto tira proveito da lógica estrutural, utilizando as vigas de concreto como elementos de sombreamento das salas de aula e de identidade visual da escola. 2.8.2. Residência North Fork Bluff Figura 16 - Residencia North Fork Bluff
Fonte: ArchDaily, 2019
Arquiteto: Resolution 4 Architecture Localização: Mattituck, Estados Unidos Ano do projeto: 2017 Descrição: É uma casa pré-fabricada, composta por quatro unidades modulares que foram fabricadas em Scranton, Pensilvânia, enviadas e instaladas no local.
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2.8.3. Casa Gerassi Figura 17 – Casa Gerassi
Fonte: Anual Design
Arquiteto: Paulo Mendes da Rocha Localização: São Paulo, SP, Brasil Ano do projeto: 1989 Descrição: A residência destaca-se por sua estrutura formada por peças préfabricadas de concreto armado e protendido, formada por vigas, pilares e lajes.
2.9. Detalhes Construtivos Típicos da Pré-Fabricação Fundação: São executadas as estruturas de sustentação da edificação com a finalidade de descarregar os esforços no solo. Um dos métodos mais utilizados são por blocos ou sapatas com cálice (maior apoio ao pilar). Figura 18 – Blocos com cálice
Fonte: QiSuporte, 2018
Figura 19 – Blocos com cálice
Fonte: Top Premo, 2019
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Superestrutura: São as estruturas que irão suportar todos os esforços construtivos e de uso de uma edificação. É nessa etapa das obras que são montados os pilares, as vigas e as lajes, por guinchos, máquinas operadores, operários e etc. Figura 20 – Estrutura Pré-Fabricada
Figura 21 – Ligação das peças
Fonte: QiSuporte, 2018
Fonte: Mounir Debs, 2017
Figura 22 – Montagem das peças
Fonte: Prefor, 2019
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Vedação: São as paredes que vão definir as diferentes áreas de uma edificação. Podem ser executadas por blocos de concreto, blocos cerâmicos, placas de concreto, placas de EPS, etc. Contudo preferencialmente opta-se por divisórias alveolares, vazadas, facilitando as instalações prediais, assim, ambas podem ser executadas na mesma etapa da construção, evitando desperdício de materiais e de tempo de trabalho (mão-de-obra). Figura 23 – Placa de Concreto Alveolar
Fonte: Prática Estruturas, 2019.
Instalações prediais: Baseia-se nas instalações elétricas (mangueiras, fios e etc.) e hidráulicas (tubulações, canos e etc.), aliado com um sistema de vedação alveolar ou vazado, as instalações são feitas na mesma etapa que as paredes, visando maior dinamismo e rapidez na execução da obra. Figura 24 – Instalações dentro dos blocos
Fonte: S&R reparos, 2019
Figura 25 – Instalações dentro dos blocos
Fonte: Selecta, 2019
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3. LEITURA URBANA – ÁREA DO PROJETO 3.1. Localização A cidade de Ipuã (seta vermelha) encontra-se no Estado de São Paulo “próximo” a divisa com Minas Gerais, há 100 km da cidade de Ribeirão Preto SP. Figura 26 - Estado de São Paulo
Fonte: IBGE, 2017 Figura 27 – Área de estudo
Fonte: Google Earth, 2019
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3.2. Dados Demográficos Segundo as informações encontradas no portal do IBGE, referentes à população, a cidade de Ipuã – SP apresentou 14.148 pessoas no censo de 2010 (estima 16.209 para 2018), constituindo uma densidade demográfica de 30,37 habitantes por km². Em relação ao rendimento e trabalho, o IBGE expõe que os trabalhadores formais (2016) possuem um salário médio mensal equivalente a 2,1 salários mínimos, contudo 33,9% desses trabalhadores possuem um rendimento mensal per capita de até meio salário mínimo em (2010). Complementando no âmbito da economia, apresentou PIB per capita (2016) de R$ 22.446,38, resultando em um IDHM (2010) de 0,749. Sobre território e ambiente, o município possui uma área territorial (2017) de 466,461 km², portando 95,5% de esgotamento sanitário adequado (2010), aliado a um bom índice de arborização das vias públicas (2010) de 95,9%, entretanto somente 26,9% das vias públicas possuem boa urbanização. No
âmbito
educacional
o
município
apresentou
um
número
de
8
estabelecimentos de ensino fundamental (2017) e 3 de ensino médio, resultando em uma taxa de escolarização de 6 a 14 anos (2010) de 98%. Concluindo, devido ao fato de o projeto em questão ser uma escola de ensino tecnológico, seu público alvo possui uma faixa etária média de 20 a 49 anos de idade. Segundo os dados do DATASUS 2012, no município de Ipuã – SP existem 7.088 pessoas que se encaixam nesses parâmetros, sendo 3.753 do sexo masculino e 3.335 do sexo feminino.
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3.3. Principais legislações de edificações destinadas a ensino - Escolas A prefeitura municipal de Ipuã faz uso do Decreto nº 12.342, De 27 de Setembro De 1978, em prol das avaliações e aprovações de projetos e obras na cidade, tal que determina as seguintes normas e regulamentos relacionados à Edificações Destinadas a Ensino - Escolas: Artigo 102 - A área das salas de aula corresponderá no mínimo a 1,00 m² por aluno lotado em carteira dupla e de 1,20 m², quando em carteira individual. Artigo 103 - Os auditórios ou salas de grande capacidade das escolas, ficam sujeitos também às seguintes exigências: I - área útil não inferior a 0,80 m² por pessoa; II - ventilação natural, ou renovação mecânica de 50 m³ de ar por pessoa, no mínimo, no período de 1 hora. Artigo 104 - A área de ventilação natural das salas de aula deverá ser no mínimo igual à metade da superfície iluminante, a qual será igual ou superior a 1/5 da área do piso. § 4.º - O número de escadas será de 2 no mínimo, dirigidas para saídas autônomas. § 5.º - As rampas não poderão apresentar declividade superior a 12% e serão revestidas de material não escorregadio, sempre que acima de 6%. Artigo 113 - As áreas de recreação deverão ter comunicação com o logradouro público, que permita escoamento rápido dos alunos, em caso de emergência: para tal fim, as passagens não poderão ter largura total inferior a correspondente a 1 cm por aluno, nem vãos interiores a 2 metros. Artigo 114 - Às escolas ao ar livre, parques infantis e congêneres, obedecerão às exigências deste Regulamento no que aplicáveis. Artigo 115 - Os reservatórios de água potável das escolas terão capacidade, adicional à que for exigida para combate a incêndio, não inferior à correspondente a 50 litros por aluno.
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3.4. Imagens da Área de Intervenção Figura 28 – Mapa de fotografias
20 21 22 6 2
1
5
19
18
1
3
17 2
16
4
3 15
4 5
6 14
13 3 7 9 8
13 10
12 11
Fonte: Google Maps, 2019
As setas vermelhas orientam a direção da visão das imagens capturadas (entorno imediato), aliadas à uma numeração para facilitar a compreensão de qual vista está sendo ilustrando nas próximas páginas. Já as setas azuis possuem a mesma função, contudo abordando a área interna do terreno, facilitando a compreensão total da área de estudo.
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Figura 29–Vista do Entorno, Direção 1
Fonte: Própria, 2019 Figura 30 - Vista do Entorno, Direção 2
Fonte: Própria, 2019
37
Figura 31- Vista do Entorno, Direção 3
Fonte: Própria, 2019 Figura 32 - Vista do Entorno, Direção 4
Fonte: Própria, 2019
38
Figura 33- Vista do Entorno, Direção 5
Fonte: Própria, 2019 Figura 34- Vista do Entorno, Direção 6
Fonte: Própria, 2019
39
Figura 35- Vista do Entorno, Direção 7
Fonte: Própria, 2019 Figura 36- Vista do Entorno, Direção 8
Fonte: Própria, 2019
40
Figura 37- Vista do Entorno, Direção 9
Fonte: Própria, 2019 Figura 38- Vista do Entorno, Direção 10
Fonte: Própria, 2019
41
Figura 39- Vista do Entorno, Direção 11
Fonte: Própria, 2019 Figura 40- Vista do Entorno, Direção 12
Fonte: Própria, 2019
42
Figura 41- Vista do Entorno, Direção 13
Fonte: Própria, 2019 Figura 42 - Vista do Entorno, Direção 14
Fonte: Própria, 2019
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Figura 43- Vista do Entorno, Direção 15
Fonte: Própria, 2019 Figura 44- Vista do Entorno, Direção 16
Fonte: Própria, 2019
44
Figura 45- Vista do Entorno, Direção 17
Fonte: Própria, 2019 Figura 46- Vista do Entorno, Direção 18
Fonte: Própria, 2019
45
Figura 47- Vista do Entorno, Direção 19
Fonte: Própria, 2019 Figura 48- Vista do Entorno, Direção 20
Fonte: Própria, 2019
46
Figura 49- Vista do Entorno, Direção 21
Fonte: Própria, 2019 Figura 50- Vista do Entorno, Direção 22
Fonte: Própria, 2019
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Figura 51 - Vista do Terreno, Direção 1
Fonte: Própria, 2019
Figura 52 - Vista do Terreno, Direção 2
Fonte: Própria, 2019
48
Figura 53 - Vista do Terreno, Direção 3
Fonte: Própria, 2019
Figura 54 - Vista do Terreno, Direção 4
Fonte: Própria, 2019
49
Figura 55 - Vista do Terreno, Direção 5
Fonte: Própria, 2019
Figura 56 - Vista do Terreno, Direção 5
Fonte: Própria, 2019
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3.5. Mapas de Leitura O mapa abaixo, ilustra um zoneamento feito pelo autor, por meio de anรกlise funcional das รกrea da cidade, jรก que a mesma nรฃo possui zoneamento original. Figura 57 - Mapa de Zoneamento
Fonte: Google Earth, 2019 Editado pelo Autor
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O mapa abaixo, ilustra um recorte na área de intervenção, em um raio de 400 metros do terreno em questão, apresentando assim, o uso e ocupação do solo do entorno do projeto que será produzido, identificando os solos ocupados por habitação, comércio e serviços, equipamentos públicos, áreas agrícolas, áreas verdes e vazios urbanos. Figura 58 - Mapa de Uso do Solo
Fonte: Prefeitura Municipal de Ipuã, 2019 Editado pelo Autor
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O mapa abaixo, aprofunda-se na identificação dos equipamentos urbanos existentes no entorno da área de intervenção (raio de 400 metros), apresentados por áreas de ensino, onde possui 4 creches, 1 escola de ensino básico, 2 escolas de ensino fundamental completo e 1 escola para portadores de necessidades especiais, conta com áreas de patrimônio municipal, como prefeitura, rodoviária, centro de lazer, parque de exposições (para grandes eventos), estádio de futebol, além das praças e lagoas que recebem grande fluxo de pessoas nos fins de semana, e áreas dos abastecedores da cidade, como energia elétrica, água e esgoto. Figura 59 - Mapa de Equipamentos Urbanos
Fonte: Prefeitura Municipal de Ipuã, 2019 Editado pelo Autor
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O mapa abaixo, apresenta a predominância em relação à altura das edificações existentes no entrono da área de intervenção, evidentemente em sua maior parte térreas de até 4 metros de altura, com algumas exceções de edificações pouco maiores em gabarito, de até 8 metros, concluindo existe apenas um edifício de maior altura (4 pavimentos), porém localiza-se fora da área de recorte. Figura 60 - Mapa de Gabarito
Fonte: Prefeitura Municipal de Ipuã, 2019 Editado pelo Autor
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O mapa abaixo, ilustra a análise funcional do traçado viário urbano da área em questão, identificando o uso real das vias existentes, independentemente de sua original função, evidenciando a hierarquia e uso de cada via. Figura 62 - Mapa de Hierarquia Viária Funcional
Fonte: Prefeitura Municipal de Ipuã, 2019 Editado pelo Autor
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O mapa abaixo, ilustra as curvas de níveis da área de intervenção, (intervalo de 1 metro, totalizando 6 metros de desnível) almejando compreender os desníveis de toda à área, promovendo assertividade no conceito do projeto, paralelo à orientação solar, que é um fator determinante na execução de uma boa arquitetura. Figura 63 - Mapa de Topografia e Insolação
Fonte: Prefeitura Municipal de Ipuã, 2019 Editado pelo Autor
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O mapa abaixo, ilustra em corte o desnível do terreno da área de intervenção, que em média encontra-se um declive de 6 metros de altura, como mostra a figura à cima. Contudo analisando a proporção de comprimento e altura, conclui-se que o desnível não é tão acentuado, devido à dimensão do terreno na área da linha de corte que é de aproximadamente 103 metros de comprimento, resultando em uma inclinação próxima à 6%. Figura 64 – Perfil Topográfico do terreno
12.727 m²
Fonte: Prefeitura Municipal de Ipuã, 2019 Editado pelo Autor
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4. LEITURAS PROJETUAIS 4.1. Escola de Governo do RN Figura 65 – Fachada Principal Escola de Governo do Estado do Rio Grande do Norte
Fonte: ArchDaily, 2016
Arquitetos: Carlos Ribeiro Dantas e Arquitetos Associados Localização: Psa. do Centro Administrativo - Lagoa Nova, Natal - RN, Brasil Ano do projeto: 2010 Descrição: Pela necessidade de aperfeiçoamento dos servidores públicos quanto aos conhecimentos de gestão pública, em terreno com aproximadamente 12.000,0m², foi projetada a Escola de Governo do Estado do Rio Grande do Norte. Além das atividades ligadas ao ensino, a criação de biblioteca e arquivo suprirá a inexistência de local apropriado para reunião de informações referentes à gestão pública, formando um importante acervo de memória do Estado do RN. O complexo poderá também servir a outros públicos, recebendo eventos externos em seus auditórios.
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Local: A escola foi projetada dentro de um complexo de edifícios da prefeitura, construídos nos anos 80, na imagem a baixo podemos observar em vermelho o complexo e em branco a escola, que com seu volume marcante horizontal apresenta um estilo arquitetônico moderno diferenciando-se das edificações antigas ali presentes. Deve-se destacar também um grande ícone arquitetônico em seu entorno que é o estádio arena das dunas, projetado para a copa do mundo de no Brasil. Figura 66 – Localização e entorno
Fonte: ArchDaily, 2016
Topografia: O terreno apresenta uma topografia com pouquíssimos desníveis, facilitando sua implantação e construção, porém o solo é arenoso, assim como em todo o território do RN, por isso tiveram um cuidado especial nesse âmbito, por fim conta com uma boa área permeável no seu terreno e entorno. Figura 67 – Vista panorâmica do edifício
Fonte: ArchDaily, 2016
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Implantação e Setorização: Figura 68 – Implantação / Térreo
Comum / Área Verde / Convívio Pedagógico / Administrativo / Circ. Vertical
Fonte: ArchDaily, 2016
Devido ao fato, da escola estar inserida no complexo de edifícios, foi proposta uma integração entre eles, por meio de jardins e passeios. A implantação (térreo) usufrui de um porte-cochere, aliado com um estacionamento para alunos em uma de suas laterais, entretanto do lado oposto
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possui um estacionamento para o setor administrativo, desfrutando dos recuos e saliências do edifício, além disso existe uma subestação, salas da administração e praça de alimentação logo na entrada “posterior”, camarins com acesso independente à área externa, salas de aula, setor pedagógico, secretaria, banheiros, auditórios flexíveis e um amplo pátio, que é um hall de entrada da fachada de acesso principal. Por meio das rampas e escadas acessa-se o pavimento superior, que porta de imediato, a sala de conferência (reuniões e eventos), a sala de controle dos auditórios, banheiros e guarda volumes, posteriormente encontra-se a biblioteca e salas de estudo, por fim o arquivo, acessado por duas passarelas que uni os blocos, que por sua vez possui uma escadaria em meio aos jardins internos locados próximos ao pátio. Figura 69 – Pavimento Superior
Comum / Circ. Horizontal / Convívio Pedagógico / Administrativo / Circ. Vertical
Fonte: ArchDaily, 2016
61
Organização Espacial: O edifício possui brises horizontais integrados à sua volumetria, nas duas fachadas longitudinais, atuando também como platibandas, ocultando a cobertura metálica com baixa inclinação, favorecendo a estética esbelta e laminada da edificação. Possui também aberturas circulares no teto do pátio principal e jardins internos oferecendo boa iluminação e ventilação às salas e ambientes abertos do edifício, como o refeitório. O grande pátio, que por sua vez não possui vedações, recebendo constantemente ventilação e iluminação natural. Figura 70 – Cortes Transversais
Brise
Área Livre
Cobertura
Ventilação / Auditórios / Escola
Cobertura Cobertura
Ventilação / Auditórios / Escola
Fonte: ArchDaily, 2016
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Orientação Solar: As fachadas envidraçadas com brises horizontais recebem a incidência solar sudeste e oeste. Já a fachada norte incide no volume dos auditórios, que não possuem aberturas vulneráveis à incidência solar desta orientação, por fim a fachada posterior, sudoeste, recebe o pôr do sol no jardim que percorre o centro do edifício, adentrando algumas salas, refeitório, biblioteca, arquivo e até parte do grande pátio, provavelmente proporcionando uma preciosa vista no horizonte. Figura 71 – Fachada Norte
Fonte: ArchDaily, 2016
Volumetria e Forma: São dois blocos distintos em dimensões, porém conectados, uma lâmina branca (escola) e um anexo dourado (auditório), sobressalente em gabarito e posicionamento. O partido arquitetônico é a estrutura, que cumpre papel determinante na plástica do conjunto, marcado pelos brises fortes de linhas horizontais, rampas, saques e balcões. A escola possui dois pavimentos, com volumes paralelos distribuídos nos dois andares que criam vazios para a entrada de ventilação e luz natural.
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Fachadas e Materiais: As fachadas possuem características horizontais, fortemente destacadas, projeto em lâmina, conceituando e expressando, continuidade, caminho e longitude. Predominantemente na cor branca, porém muito colorida, devido ao pôr do sol, as nuvens, o céu e a vegetação refletidos nos vidros que percorrem o edifício, além do dourado nas faces externas do auditório, auferido por painéis metálicos. Figura 72 – Fachada Oeste
Fonte: ArchDaily, 2016
Figura 73 – Fachada Sudeste
Fonte: ArchDaily, 2016
Lógica Estrutural: A estrutura implantada em concreto, com fechamentos em alvenaria, cumpre papel determinante na plástica do conjunto, exibindo pilares redondos e vigas robustas, vencendo grandes vãos, principalmente no grande pátio. Porém o vão mais impactante é o do auditório que possui pilares somente nas extremidades e treliças metálicas para tal função. Figura 74 – Pátio, estrutura
Fonte: ArchDaily, 2016
Figura 75 – Rampas, estrutura
Fonte: ArchDaily, 2016
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Conforto Térmico e Acústico: No andar superior foram projetados brises horizontais, estendendo os beirais, proporcionando sombra em ambos pavimentos. As salas de auditório não possuem aberturas, evitando incidência solar no seu interior, gerando maior conforto térmico, visual, acústico e contemplativo, e seus painéis móveis possuem isolamento acústico. Figura 76 – Grande pátio
Gesso
Aberto
Brises
Fonte: ArchDaily, 2016
Sistema de aberturas: A abertura mais interessante localiza-se no grande pátio, que possui dois grandes vazios na laje superior (pé direito duplo) em forma circular, fechados por vidros, favorecendo a iluminação natural ao ambiente. Nas salas do térreo foram projetadas janelas pivotantes e adoção de bandeiras, possibilitando o efeito chaminé. Já no pavimento superior, ostentaram conceitos modernistas de Le Coubusier, como a janela em fita unido a fachada livre, formando um pano envidraçado sem interrupção de pilares.
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4.2. FDE - Escola Várzea Paulista / FGMF Figura 77 – Fachada Principal Escola Várzea Paulista
Fonte: ArchDaily, 2008
Arquitetos: FGMF - Forte, Gimenes e Marcondes Ferraz Arquitetos Localização: Várzea Paulista, São Paulo - SP, Brasil Ano do projeto: 2008 Descrição: Fruto de um programa da FDE, Fundação para Desenvolvimento do Ensino, as escolas estaduais de primeiro e segundo grau construídas pelo Governo do Estado de São Paulo apresentam em comum a escolha do sistema construtivo, dos componentes industrializados, o programa de salas e áreas de convivência, a articulação entre os espaços e a intenção de criar para os ocupantes das escolas, um lugar confortável e com arquitetura de qualidade para a prática do ensino.
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Local: A escola foi executada na Várzea Paulista de São Paulo, demarcada em branco, próxima ao parque ecológico Chico Mendes, na seta azul. Figura 78 – Localização e entorno
Fonte: Google Earth, 2019
Topografia: A intenção deste projeto foi, desde o princípio, criar uma grande integração entre os espaços públicos e os semi-públicos, entre o espaço interno e o externo. Desta forma, o acidentado terreno foi tratado de forma a proporcionar uma grande praça de acesso à escola que, quando tem seus portões abertos, se transforma em um agradável espaço de convivência para a comunidade. Figura 79 – Vista panorâmica do edifício
Fonte: ArchDaily, 2008
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Implantação e Setorização: Figura 80 – Implantação / Térreo
Comum / Área Verde / Convívio Pedagógico / Administrativo / Circ. Vertical
Fonte: ArchDaily, 2008
O edifício possui um bloco com três pavimentos, sendo o piso térreo, onde se localiza a quadra poliesportiva com grande pé-direito ao lado do espaço de convivência da comunidade, que atua como hall de entrada da escola, nesse pavimento concentram-se as funções administrativas, refeitório cozinha e banheiros, além do galpão coberto, com pé-direito duplo e totalmente aberto para a área de lazer externa. Os demais pavimentos são ocupados pelas salas de aula, salasambiente, informática e depósitos, além de salas de professores e diretores.
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Figura 81 – Primeiro Pavimento
Pé direito duplo
Pé direito duplo
Circ. Horizontal / Convívio Pedagógico / Administrativo / Circ. Vertical
Fonte: ArchDaily, 2008
Figura 82 – Segundo Pavimento
Circ. Horizontal / Pedagógico / Circ. Vertical
Fonte: ArchDaily, 2008
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Organização Espacial: O edifício possui brises verticais integrados à sua volumetria, na fachada principal, aliado as vigas de respaldo que atuam ocultando a cobertura metálica com baixa inclinação, favorecendo a estética esbelta e laminada da edificação. O acesso se dá no pavimento térreo, filtrado pelo hall de entrada (área de convivência) e em seguida encontra-se o galpão com pé direito duplo, que é o elemento organizador de toda a escola, é um local de múltiplo uso, que é usado por alunos para diversas atividades, mas também pela comunidade nos finais de semana e eventos especiais, ele fica totalmente aberto para o espaço exterior, sendo
assim,
bem
ventilado
e
iluminado,
contando
com
sombreamento para maior conforto nesse âmbito. Figura 83 – Vista do acesso principal do edifício
Quadra
2° Pav. 1° Pav. Área de Convivência
Térreo
Acesso Principal
Fonte: ArchDaily, 2008
elementos
de
70
Orientação Solar: A fachada principal encontra-se quase paralela ao eixo Norte, sendo assim, recebe a incidência solar do Oeste, considerada intensa, usufruindo portanto, de brises deslocados da edificação em toda fachada, almejando maior conforto térmico aos ambientes voltados à essa orientação solar, Já em sua fachada oposta, conta com brises verticais translúcidos, aumentando a sensação de que não há um limite claro entre o exterior e interior do prédio. Já as fachadas orientadas para Norte e Sul são praticamente opacas por completas. Figura 84 – Brise Oeste
Figura 85 – Brise Leste
Elemento Vazado
Fonte: ArchDaily, 2008
Brise Translúcido
Fonte: ArchDaily, 2008
Volumetria e Forma: São dois blocos distintos em dimensões, porém conectados, um bloco azul, predominantemente opaco (quadra), e uma lâmina em concreto aparente decorada com cheios e vazios devido aos cobogós (escola), sobressalente em gabarito e posicionamento, contudo possui formato retangular e longilíneo, expressando horizontalidade. Fachadas e Materiais: Na fachada frontal possui elementos vazados com aberturas irregulares agrupados de modo a formar um grande mosaico que filtra a luz, este mosaico garante interessantes visuais, tanto pelo lado interior, que parece emoldurar a paisagem, quanto do lado de fora, quando se assemelha a um gigantesco painel. Durante a noite, quando as salas de aulas estão acesas, o mosaico perde sua força e a escola ganha um caráter mais leve e diáfano, por fim tanto a estrutura, quanto o mosaico são expostos de concreto aparente, gerando um aspecto brutalista.
71
Figura 86 – Fachada Frontal
Figura 87 – Fachada Posterior
Fonte: ArchDaily, 2008
Fonte: ArchDaily, 2008
Lógica Estrutural: A estrutura da escola é toda composta de elementos prémoldados de concreto. Este sistema, escolhido em função da garantia da qualidade de execução, da rapidez da montagem e do custo acessível, dá o caráter da escola. A estrutura é modular e corresponde às dimensões dos ambientes principais internos, por fim a mesma extrapola os limites do prédio, sustentando também os elementos de sombreamento (cobogós). Figura 88 – Vista interna do galpão
Aberto
Laje Pré-Fabricada
Pé Direito Duplo
Fonte: ArchDaily, 2008
72
4.3. Escola Secundária – I.E.S. Lloixa Saint Joan D’Alacant Figura 89 – Fachada Principal da Escola
Fonte: ArchDaily, 2012
Arquitetos: Orts –Trullenque Arquitectos Localização: Lloixa, Alicante, Espanha Ano do projeto: 2010 Descrição: O projeto propõe um sentido de lugar para uma tipologia de edificação tantas vezes descontextualizada por suas condicionantes e estrutura fechada/protegida e ao mesmo tempo que deve ser público. Por um lado, a proposta, prevê que os edifícios que compõem o conjunto ocupem somente uma parte do perímetro do terreno, transformando-se num espaço fechado ao mesmo tempo que translucido e se relaciona com seu entorno imediato. Por outro lado, no lado nordeste do terreno, conformam-se os espaços exteriores, uma praça que define e distribui os acessos e que dá ao edifício o caráter público requerido, mais além de sua escala.
73
Local: O projeto foi implantado em uma área onde já existe uma tipologia marcante, residencial. A quebra da única tipologia nos arredores causada pela escola, a torna um espaço em destaque. Figura 90 – Localização e entorno
Fonte: Google Earth, 2019
Topografia: A topografia do terreno influência no projeto. Pode se notar dois blocos, o bloco principal na parte mais alta do terreno, e o bloco das quadras poliesportivas, no nível mais baixo. O “centro” do terreno, onde a topografia está em declive, ficou à disposição da área de permanência e ao uso social. Entre o bloco principal há jardins permeáveis, assim como grande parte da área social (pátio externo). Figura 91 – Corte Longitudinal do terreno
Pátio Externo
Bloco Esportivo / Bloco Escolar
Fonte: ArchDaily, 2012
74
Implantação e Setorização: Figura 92 – Implantação
A
B
Quadras / Bloco Esportivo / Bloco Escolar / Pátio Externo Fonte: ArchDaily, 2012
O acesso à escola é dado através de uma rampa com baixa inclinação (entrada A), onde os alunos, professores e funcionários entram e saem. Nos fundos se localizam as quadras poliesportivas e o pátio externo, onde existe uma segunda entrada
(B)
destinada
ao
público,
área
possui
um
declive
natural
de
aproximadamente 2 metros (quase imperceptíveis devido sua grande extensão) entre a escola e as quadras. O acesso principal determina um caminho que segue um eixo de continuidade longitudinal desde o in Nos fundos se localizaea socdemarcando o corredor principal que se espalha pela escola com corredores lizaea social perpendiculares.
75
Figura 93 – Pavimento Térreo
Área iluminação Administrativo Circ. Vertical Pedagógico Convívio Comum
Fonte: ArchDaily, 2012
O térreo da escola é constituído por grandes corredores que dão acesso a área administrativa, salas de aula, salas de informática, banheiros e serviços. A área externa tem um grande espaço social ao ar livre, duas quadras poliesportivas não cobertas e uma quadra poliesportiva coberta. O segundo pavimento teve o uso exclusivo para a pedagogia e banheiros. Figura 94 – Pavimento Superior
Área iluminação Circ. Vertical Pedagógico Convívio Comum
Fonte: ArchDaily, 2012
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Organização Espacial: O edifício se constitui em dois pavimentos, sendo o superior recuado da fachada principal, resultando em uma fachada esbelta e horizontal, destacada principalmente pelos brises verticais, que se replicam no pavimento superior, tanto na fachada posterior, como salas paralelas aos jardins internos (área de iluminação), filtrando a incidência solar direta (norte e nordeste) nos ambientes internos. Complementando, a cobertura da escola é simplesmente a própria laje, contudo impermeabilizada, já a cobertura do bloco esportivo conta com estrutura e telhas metálicas. Figura 95 – Fachada Principal da Escola Nordeste
Fonte: ArchDaily, 2012
Orientação Solar: A fachada principal orienta-se à nordeste e a posterior à Oeste, portanto ambas recebem brises verticais e também horizontais, que são a extensão dos beirais, sombreando as fachadas envidraçadas.
77
Volumetria e Forma: A escola consiste em um bloco único, porém possui um ressalto próximo ao meio do edifício, que é o pavimento superior. Contudo sua forma é em lâmina, bastante horizontalizada e moderna. Por fim, a escola destaca-se em meio a tipologia residencial existente na área, assim, o edifico se tornou um ponto de referência. Figura 96 – Fachada Posterior da Escola Oeste
Fonte: ArchDaily, 2012
Fachadas e Materiais: As fachadas principais (frontal e posterior) são longilíneas, compostas simplesmente por concreto armado aparente emoldurando os painéis de vidro que percorrem toda a elevação, além de contar com os brises verticais contrastando o conceito horizontal do edifício. Complementando, grande parte da escola apresenta concreto armado aparente, painéis de vidro, tanto janelas, como portas e divisórias, como nas áreas de iluminação (jardins internos), por fim ostenta em algumas áreas, cores quentes e vívidas no interior do edifício, destacando-se em meio a neutralidade do brutalismo do prédio.
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Figura 97 – Hall de Entrada
Figura 98 – Área de Iluminação
Concreto
Fonte: ArchDaily, 2012
Fonte: ArchDaily, 2012
Lógica Estrutural: A estrutura foi pensada a fim de seguir a planta do projeto, sendo assim, a planta não é livre, contudo, contudo a estrutura é independente e devido a amplidão do edifício, ainda sim, é possível fazer algumas alterações no layout original, caso necessário. Por fim a laje utilizada foi a nervurada, possibilitando a realização de grandes vãos, nesse edifício, vãos até de 14 metros aliada a pilares metálicos perfil I. Figura 99 – Corredores – Pav. Superior
Figura 100 – Foyer - Térreo
Grandes Vãos Poucos Pilares Pilares Embutidos Fonte: ArchDaily, 2012
Fonte: ArchDaily, 2012
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5. ESTUDO PRELIMINAR: ESCOLA MODELO 5.1. Conceito e Partido Baseado na problemática abordada neste trabalho (desperdício de materiais, recursos, dinheiro, tempo, possíveis patologias, acidentes etc.), será intrínseca a criação de um edifício apto a concretizar a ideia ainda abstrata (para uma grande parcela da população) de uma construção mais eficiente e que caiba no bolso. Paralelo a isso o conceito principal do projeto consiste em proporcionar um terreno amplo, aberto, livre e público, constantemente utilizado e visitado (como há décadas não acontece), tanto por pessoas que apenas estão “cortando caminho”, passeando por áreas sombreadas e contemplativas, buscando descanso e lazer em meio a natureza, ar puro e almejando qualidade de vida, quanto por pessoas que ali estudam, lecionam ou trabalham. Por fim o projeto almeja atender toda a cidade, não apenas seu entorno imediato atraindo cada vez mais público ao local, instigando-os a conhecer à escola, sendo assim, seu próprio projeto o promoverá, sua própria obra se tornará seu marketing, e o maior beneficiado será o cidadão, que se especializará em um mercado crescente e promissor. O partido proposto para realização de tais ideologias será a construção de uma escola de ensino tecnológico fundamentada em oferecer conhecimento prático e teórico a seus alunos, visando maior compreensão e aprimoramento da técnica construtiva utilizada, ensinada e produzida na escola, o concreto pré-fabricado. Colaborando com esse edifício, será aproveitada a amplitude do terreno, criando uma grande praça com passeios/calçamento em eixos que favoreçam a travessia do lote etc. No âmbito da contemplação, seu principal agente será um espaço lúdico onde se encontrará o “memorial” da estrutura da antiga fábrica. Contudo, grande parte da área de intervenção proverá o terreno livre, proporcionando permeabilidade dos pedestres e ciclistas, gerando uma construção mais funcional e flexível. Por fim o acesso à escola acontecerá por meio de circulação vertical, com controle de restrição aos alunos, docentes e prestadores de serviços da mesma.
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5.2. Programa de Necessidades A escola vai oferecer uma mini fabrica para confecção dos produtos industrializados, canteiro de obras para aulas práticas, salas de aula para fornecer a base teórica, laboratório para realização de ensaios, biblioteca, facilitando à pesquisa, por fim, um modesto auditório afim de receber palestras e reuniões. Com isso, a grade curricular para que a escola modelo possa preparar seus alunos, contará com os conceitos e partidos de fundação e impermeabilização, montagem da estrutura, montagem da vedação, racionamento de materiais, operação de máquinas, instalações prediais, leitura de projeto, segurança do trabalho, ergonomia e exercícios laborais, acabamentos (piso, reboco, pintura), montagem de cobertura (telhado), instalações de esquadrias, drenagem e escoamento de águas pluviais, no intuito de produzir uma arquitetura mais eficiente, viável, vantajosa, e sobretudo satisfatória. A escola portará equipamentos básicos, como, banheiros para os alunos (masculino, feminino e PcD), refeitório, lanchonete, despensa, estacionamento, espaços de convivência, sala de materiais de limpeza. Além das áreas de serviços, como, recepção, secretaria, administração, diretoria, sala dos professores, arquivo, depósito, por fim banheiro para os funcionários adequados com as normas de acessibilidade, atendendo os portadores de necessidades especiais, assim como toda a edificação. Ademais, a escola ostentará áreas verdes, favorecendo a edificação, o solo, o ar, o microclima, o meio ambiente em geral, os frequentadores e todos os prestadores de serviço da mesma. Segundo os dados do DATASUS 2012, no município de Ipuã – SP existem 7.088 pessoas que se encaixam no perfil da faixa etária de 20 a 49 anos de idade, sendo assim estima-se uma média de 100 alunos por período, que serão dois, diurno e noturno, totalizando 200 alunos por semestre, que se formarão em 3 semestres.
A seguir: Tabela do programa de necessidades, baseado nas legislações do Decreto nº 12.342, De 27 de Setembro De 1978.
Pedagógico
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Atividade
Área
Quantidade
Área Total
Sala de Aula
50 m²
4 Un.
200 m²
Laboratório
40 m²
2 Un.
80 m²
Canteiro de Obras
300 m²
1 Un.
300 m²
Fábrica
200 m²
1 Un.
200 m²
Banheiros
15 m²
2 Un.
30 m²
Estacionamento
25 vagas
25 Un.
25 vagas
Administrativo
810 m² Atividade
Área
Quantidade
Área Total
Recepção
18 m²
1 Un.
18 m²
Secretaria
40 m²
1 Un.
40 m²
Administração
20 m²
1 Un.
20 m²
Diretoria
20 m²
1 Un.
20 m²
Sala de Reuniões
40 m²
1 Un.
40 m²
Sala de Professores
40 m²
1 Un.
40 m²
Arquivo e Depósito
34 m²
1 Un.
34 m²
Banheiros
3 m²
4 Un.
12 m²
Estacionamento
20 vagas
20 Un.
20 vagas
Convívio / Social
224 m² Atividade
Área
Quantidade
Área Total
Pátio
450 m²
1 Un.
450 m²
Refeitório
130 m²
1 Un.
130 m²
Biblioteca
100 m²
1 Un.
100 m²
Auditório
140 m²
1 Un.
140 m²
Banheiros
7,5 m²
4 Un.
30 m²
Serviços
850 m² Atividade
Área
Quantidade
Área Total
Lanchonete
24 m²
1 Un.
24 m²
Depósito
10 m²
1 Un.
10 m²
Sala Materiais Limpeza
12 m²
1 Un.
12 m²
Banheiros
3 m²
2 Un.
6 m² 52 m²
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5.3. Organograma
83
5.4. Fluxograma
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5.5. Plano de Massas O posicionamento do edifício foi definido a partir do eixo principal de travessia que o terreno oferece funcionalmente, conferindo aos pedestres que por ali fazem a travessia, uma relação de interação com o edifício da escola mesmo sem precisar adentrar fisicamente o prédio, porém, adentram visualmente, devido sua materialidade de vidro, oferecendo transparência, resultando em uma troca de relações interno-externo, abrigando os transeuntes em uma praça coberta pública aliada à uma lanchonete que atende tanto a escola como a praça e seu entorno. Figura 101 – Implantação
Fonte: Prefeitura Municipal de Ipuã, 2019 Editado pelo Autor
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Figura 102 – Pavimentos
15 m
Fonte: Feito pelo Autor, 2019
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5.6. Mapa de Fluxos A figura abaixo é uma síntese dos fluxos, as setas vermelhas representam os eixos principais de travessia e permeabilidade do terreno, aliado as setas azuis, que representam os fluxos secundários, responsáveis pela ligação dos fluxos e ambientes, favorecendo o pedestre que ali passeia ou “corta” caminho. Figura 103 – Implantação com fluxos
Fonte: Prefeitura Municipal de Ipuã, 2019 Editado pelo Autor
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5.7. Setorização A figura abaixo ilustra uma pré-paginação dos pisos aliado com a setorização de ambientes, calçadas, passeios e eixos de travessia. Os ambientes criados são dois pontos de observação nas esquinas, visando contemplação aproveitando o nascer e o pôr do sol, possui grandes áreas para piqueniques, descanso e lazer em meio à natureza, além da praça com pisos de concreto e madeira, sob a estrutura da antiga fábrica. Figura 104 – Implantação Setorizada
Fonte: Prefeitura Municipal de Ipuã, 2019 Editado pelo Autor
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Figura 105 – Planta Pavimento TÊrreo
Fonte: Feito pelo Autor, 2019
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Figura 106 – Planta Pavimento Superior
Fonte: Feito pelo Autor, 2019
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5.8. Maquete Volumétrica Figura 107 – Maquete Volumétrica
Fonte: Própria, 2019
Figura 108 – Maquete Volumétrica
Fonte: Própria, 2019
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Figura 109 – Maquete Volumétrica
Fonte: Própria, 2019 Figura 110 – Maquete Volumétrica
Fonte: Própria, 2019
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Figura 109 – Maquete Volumétrica
Fonte: Própria, 2019
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6. PROJETO: ESCOLA MODELO 6.1. Implantação – Térreo A implantação abaixo ilustra os eixos principais, secundários e as calçadas, com paginação de piso intertravado drenante, madeira e concreto, respectivamente. Além dos ambientes de estar e contemplação situados entre os pontos de observação (esquinas) e o edifício da escola, um próximo ao canteiro de obras e o outro à nova fábrica. Por fim destaca a vegetação paralela aos eixos e ambientes de descanso, favorecendo o conforto estético (beleza da natureza) e térmico, por meio do sombreamento e qualificação do ar. Figura 110 – Implantação com Térreo
Fonte: Própria, 2019
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A figura abaixo é uma síntese dos fluxos, as setas vermelhas representam os eixos principais de travessia e permeabilidade do terreno, aliado as setas azuis, que representam os fluxos secundários, responsáveis pela ligação dos fluxos e ambientes, favorecendo o pedestre que ali passeia ou “corta” caminho. Por fim, os círculos verdes representam as principais áreas de permanência, descanso e contemplação na praça descoberta da escola Figura 111 – Implantação com Térreo - Setores
Fonte: Própria, 2019
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6.2. Implantação – Cobertura A implantação abaixo ilustra a cobertura do edifício escolar, onde foi elaborada uma laje alveolar (mais leveza) impermeabilizada, de cor reflexiva e com pouco poder de absorção, aliada à aplicação argila expandida sobre a mesma, o que favorece o conforto térmico no interior da edificação. Já a cobertura da nova fábrica possui telhado Shed para obtenção do efeito chaminé, com telha metálica com EPS (sanduiche), enquanto a antiga fábrica (estrutura) recebe cabos de aço para posterior aplicação de vegetação como cobertura, conferindo um espaço muito agradável, além de contemplativo. Figura 112 – Implantação com Cobertura
Fonte: Própria, 2019
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6.3. Plantas dos Pavimentos A planta abaixo ilustra o eixo principal atravessando o térreo do edifício escolar (fluidez pública), onde foi criada a praça coberta, com espaços de estar, descanso e contemplação, possui ligação direta com o canteiro de obras e catracas para restringir o acesso ao setor pedagógico (pavimento superior). A praça coberta é munida com auditório, banheiros, lanchonete, espelhos d’água por questões estéticas e de conforto térmico, além do setor administrativo para atender o público da escola. Por fim os espaços de estar dessa praça interna exerce interação visual com o refeitório da escola, que por sua vez também se relaciona com a praça externa, proporcionando sensações de troca “interno-externo”. Figura 113 – Pavimento Térreo
1 PRAÇA COBERTA 2 LANCHONETE 10
3 DESPENSA 9 4 REFEITÓRIO
11 8
5 AUDITÓRIO
7
6 RECEPÇÃO
01 8 ADMINISTRAÇÃO
12
6
7 SECRETARIA
5
9 DIRETORIA 10 ARQUIVO 11 S. DE REUNIÕES 12 S. MAT. LIMPEZA 4
2
Fonte: Própria, 2019
3
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A planta abaixo ilustra o setor pedagógico acessado por rampas com acesso restrito, onde o ultimo patamar distribui o fluxo para duas direções, à biblioteca e ao pátio, que por sua vez exerce papel de foyer filtrando o acesso às salas de aula, laboratórios, espaço de estar e leitura, sala dos professores, banheiros e o refeitório no pavimento térreo, acessado por escadas engastadas em passarelas que “cortam” tal ambiente (pé direito duplo). Por fim o pavimento superior oferece mais um espaço contemplativo, alcançado pela passarela engastada por cabos de aço em sua fachada principal, espaço semelhante às varandas das salas de aula, que por sua vez oferecem sombreamento e possibilidade de abertura total das portas, para maior ventilação, aliada ao brise móvel, apto à controlar a quantidade de iluminação solar. Figura 114 – Pavimento Superior
1 LEITURA 2 SALAS DE AULA
4
3 LABORATÓRIOS
3 01
4 BIBLIOTECA
3
5 S. PROFESSORES 2
6 PÁTIO
2 2 2
6
5
Fonte: Própria, 2019
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6.4. Sistema Estrutural (Pré-Fabricado) As plantas abaixo ilustram a situação e distribuição dos pilares, os vão e os balanços. No pavimento térreo observa-se os átrios do refeitório (pé direito duplo) e das rampas de acesso, paralelas à passarela da fachada principal engastada por cabos de aço em seu comprimento de aproximadamente de 60 metros de vão, travadas nas extremidades, uma por pilar e a outra por viga. O segundo pavimento ilustra as vigas transversais (cobertura do pavimento superior) responsáveis por suportar a carga dos cabos de aço engastados nas vigas da passarela longitudinal (piso do pavimento superior). Por fim todas vigas possuem altura de 1,00 metro. Figura 115 – Plantas Estruturais – Térreo e Superior
Fonte: Própria, 2019
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A imagem abaixo ilustra o sistema de montagem da estrutura do edifício da escola, onde sintetiza a locação dos pilares. Figura 116 – Sistema Estrutural
Fonte: Própria, 2019
A imagem abaixo ilustra o sistema de montagem da estrutura do edifício da escola, onde sintetiza a locação das vigas longitudinais, que suportam a laje do pavimento térreo e da cobertura. Figura 117 – Sistema Estrutural
Fonte: Própria, 2019
100
A imagem abaixo ilustra o sistema de montagem da estrutura do edifício da escola, onde sintetiza a locação das vigas longitudinais engastadas por cabos de aço e as vigas transversais, que as suportam por meio dos cabos de aço. Figura 118 – Sistema Estrutural
Fonte: Própria, 2019
A imagem abaixo ilustra o sistema de montagem da estrutura do edifício da escola, onde sintetiza a locação das lajes, resultando na volumetria final. Figura 119 – Sistema Estrutural
Fonte: Própria, 2019
101
A imagem abaixo ilustra o sistema da estrutura independente, onde nenhuma vedação foi aplicada, proporcionando esse imenso pátio livre para a criatividade. Figura 120 – Sistema Estrutural
Fonte: Própria, 2019
A imagem abaixo ilustra as vigas engastadas por cabos de aço, em um vão de quase 60 metros, apoiadas em outra viga em um balanço de 6 metros. Figura 121 – Sistema Estrutural
Fonte: Própria, 2019
102
A imagem abaixo ilustra o sistema das 58 vigas transversais com cabos de aço apoiando (tração) as vigas que suportam a passarela da fachada principal. Figura 122 – Sistema Estrutural
Fonte: Própria, 2019
A imagem abaixo ilustra os encaixes das vigas nos pilares, vale ressaltar os pilares de centro que se encaixam faceando por trás das vigas e não as interrompe. Figura 123 – Sistema Estrutural
Fonte: Própria, 2019
103
6.5. Cortes Os cortes abaixo ilustram os desníveis modificados do terreno, onde no longitudinal observa-se um talude de corte e um de aterro em cada extremidade, de dimensões proporcionais e equilibradas, evitando grandes desníveis para acesso ao térreo do edifício da escola, enquanto no transversal observa-se apenas um talude, entretanto, também de dimensão semelhante às citadas acima. Em relação ao edifício pode-se observar no corte longitudinal, a estrutura da escola, que por sua vez possui um espaço vazio entre o forro termo-acústico das salas do pavimento superior e a laje de cobertura, tal, é responsável por manter circulação de ar, favorecendo o conforto térmico, por fim, o corte ilustra os desníveis do auditório no térreo. Já no corte transversal, onde também observa se as rampas, a passarela engastada nas vigas transversais, a escada do refeitório. Em ambos cortes, observa-se a relação com a estrutura da antiga fábrica, com a vegetação e a proporção do pé direito do térreo e do pavimento superior. Figura 124 – Corte Longitudinal e Corte Transversal
Fonte: Própria, 2019
104
6.6. Elevações As elevações abaixo ilustram a forma e a composição do edifício, no sentido longitudinal e transversal, respectivamente. A fachada Sudoeste é laminada e possui brises verticais móveis (pivotantes) em toda sua extensão, que contrastam sua longevidade, já na fachada transversal (Norte) o destaque são os brises trançados (espécie de mosaico, que por sua vez sobressai ao edifício contornando o reservatório de água), tal fachada praticamente não expõe seu interior à insolação direta, devido ao brise e a parede opaca da biblioteca e da sala de arquivos. Figura 125 – Elevação Sudoeste e Elevação Norte
Fonte: Própria, 2019
105
6.7. Maquete Volumétrica A maquete volumétrica apresentada abaixo ilustra a relação de gabarito, entre o edifício da escola, a vegetação da praça, a estrutura mantida da antiga fábrica e as edificações do entorno, além de expor de maneira física em escala diminuta a sensação dos ambientes de estar, descanso e contemplação criados no terreno. Figura 126 – Maquete Volumétrica
Fonte: Própria, 2019
106
6.8. Imagens 3D Vista aérea do terreno (vista do canteiro de obras), ilustra os eixos, a vegetação, volumetria da escola e sua relação com a praça. Figura 127 – Vista Aérea
Fonte: Própria, 2019
Vista aérea do terreno (vista da fábrica), ilustra os eixos, a vegetação, volumetria da escola e sua relação com a praça. Figura 128 – Vista Aérea
Fonte: Própria, 2019
107
Entrada principal da praça, eixo arborizado e contemplativo, que permeia o térreo da escola, levando de uma esquina à outra, facilitando a travessia da quadra. Figura 129 – Eixo Principal da Escola
Fonte: Própria, 2019
Entrada principal do térreo da escola (praça coberta), que permite a fluidez pública que por ali “corta caminho” para atravessar a quadra. Figura 130 – Eixo Principal da Escola
Fonte: Própria, 2019
108
Entrada principal do térreo da escola (praça coberta), que permite a fluidez pública que por ali “corta caminho” para atravessar a quadra. Figura 131 – Eixo Principal da Escola
Fonte: Própria, 2019
Eixo principal que leva ao canteiro de obras, situado entre o eixo secundário da antiga fábrica e o ponto de observação do amanhecer. Figura 132 – Eixo Principal do Canteiro de Obras
Fonte: Própria, 2019
109
Eixo principal que leva ao canteiro de obras, situado entre o eixo secundário da antiga fábrica e o ponto de observação do amanhecer. Figura 133 – Eixo Principal do Canteiro de Obras
Fonte: Própria, 2019
Eixo principal que leva à nova fábrica, situado entre as áreas de piquenique e o ponto de observação do pôr do sol. Figura 134 – Eixo Principal da Nova Fábrica
Fonte: Própria, 2019
110
Eixo secundário da antiga fábrica, onde foi mantida a estrutura metálica de seu corpo. Foram instalados cabos de aço e vegetação para sombreamento do eixo. Figura 135 – Eixo Secundário da Antiga Fábrica
Fonte: Própria, 2019
Eixo secundário da estrutura antiga fábrica, que leva o público que alí passeia até à nova fábrica e se aproxima da entrada da escola (interação com os edifícios). Figura 136 – Eixo Secundário da Antiga Fábrica
Fonte: Própria, 2019
111
Ambientes de estar, descanso e contemplação próximo ao eixo sombreado da antiga fábrica. Arquibancadas no talude da escola com forração aconchegante. Figura 137 – Eixo Secundário da Antiga Fábrica
Fonte: Própria, 2019
Eixo Secundário da escadaria, que filtra da rua e calçada até o eixo da antiga fábrica, aproximando o transeunte à entrada da nova fábrica e da escola. Figura 138 – Eixo Secundário da Escadaria
Fonte: Própria, 2019
112
Foram criados ambientes sombreados que se estendem do eixo da antiga fábrica, as vezes cortando o terreno e as vezes sobressaindo ao mesmo. Figura 139 – Espaços de descanso – “Estar de Corte”
Fonte: Própria, 2019
Ambientes de estar e descanso sombreados, com pontos de fuga contemplativos (vista do “Estar de Corte”) Figura 140 – Espaços de descanso – “Estar de Corte”
Fonte: Própria, 2019
113
Ambiente de estar, descanso e contemplação que sobressai ao terreno, com desníveis para se sentar, andar, se deitar, enfim, utilizar ao modo mais conveniente. Figura 141 – Espaços de descanso – “Estar de Aterro”
Fonte: Própria, 2019
Ambientes de estar sombreados com bebedouros, criados próximos à escola e ao canteiro de obras, para se utilizar de espontâneas maneiras e vontades. Figura 142 – Área de Piquenique do Canteiro
Fonte: Própria, 2019
114
Ambientes de estar sombreados, criados próximos à escola e à nova fábrica, para se utilizar de espontâneas maneiras e vontades. Figura 143 – Área de Piquenique da Fábrica
Fonte: Própria, 2019
Ambientes de estar sombreados com bebedouros, criados próximos à escola, e à nova fábrica, para se utilizar de espontâneas maneiras e vontades. Figura 144 – Área de Piquenique da Fábrica
Fonte: Própria, 2019
115
Vista geral dos ambientes de piquenique, arquibancadas no talude, espelho d’água com bancos, vegetação e fachada Nordeste da escola. Figura 145 – Área de Piquenique da Fábrica
Fonte: Própria, 2019
Vista do espelho d’água em níveis com cascata, que alcança desde o refeitório até o auditório e banheiro público, com passarela de acesso direto à praça. Figura 146 – Maquete Volumétrica
Fonte: Própria, 2019
116
Vista sob o balanço, onde a ausência de um pilar confere maior interação do ambiente de estar externo (arquibancadas) e interno da escola. Figura 147 – Fachadas Norte e Sudoeste (vista alinhada em Oeste)
Fonte: Própria, 2019
Ambiente de estar e descanso nas arquibancadas do talude com forração aconchegante, próximo ao eixo que leva ao canteiro de obras. Figura 148 – Vista sob o balanço da estrutura
Fonte: Própria, 2019
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Vista do canteiro de obras, e seu acesso por rampa e escada integradas, situadas próximas à entrada do edifício escolar. Figura 149 – Canteiro de Obras
Fonte: Própria, 2019
Vista interna da nova fábrica, onde pode-se observar a sensação do pé direito e o conforto luminoso do ambiente, além do poder contemplativo dado pela praça. Figura 150 – Interior da Nova Fábrica
Fonte: Própria, 2019
118
Ambiente de estar, descanso e contemplação, criado com o intuito de observar de maneira estratégica o nascer do sol. Figura 151 – Ponto do Amanhecer
Fonte: Própria, 2019
Vista do amanhecer no ponto de observação estrategicamente situado em uma das esquinas do terreno do edifício escolar. Figura 152 – O Amanhecer
Fonte: Própria, 2019
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Ambiente de estar, descanso e contemplação, criado com o intuito de observar de maneira estratégica o pôr do sol. Figura 153 – Ponto do Pôr do Sol
Fonte: Própria, 2019
Vista do pôr do sol no ponto de observação estrategicamente situado em uma das esquinas do terreno do edifício escolar. Figura 154 – O Pôr do Sol
Fonte: Própria, 2019
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Ambientes de estar em um patamar próximo à entrada da praça coberta, integrada ao canteiro de obras, e visão privilegiada da passarela engastada (Pav. Superior). Figura 155 – Ambiente de Estar da Praça Coberta
Fonte: Própria, 2019
Eixo principal (piso de madeira) que permeia o térreo da escola (praça coberta), paralelo ao auditório, espelhos d’água e rampas de acesso restrito por catracas. Figura 156 – Praça Coberta (Eixo Principal)
Fonte: Própria, 2019
121
Acesso ao pavimento superior (setor pedagógico) restringido por catracas. Foi criado um ambiente de estar sobre o espelho d’água que se relaciona com a praça externa. Figura 157 – Acesso por Catracas
Fonte: Própria, 2019
Eixo principal (piso de madeira) que permeia o térreo da escola (praça coberta), com bancos para estar, contemplação e interação com o auditório, mesmo de fora. Figura 158 – Praça Coberta (Eixo Principal)
Fonte: Própria, 2019
122
Ambiente de estar em outro patamar da praça coberta, com acesso à lanchonete, que porta arquibancadas no talude à sua volta. Figura 159 – Ambiente “Píer”
Fonte: Própria, 2019
Vista de um ambiente criado no patamar da rampa que acessa a praça coberta, que remete a sensação de um píer, flutuando sobre a água (Estar e Contemplação). Figura 160 – Ambiente “Píer”
Fonte: Própria, 2019
123
Vista interna do auditório, onde pode-se observar a relação com a praça externa, a fábrica e o espelho d’água que contribui para o conforto térmico do ambiente. Figura 161 – Auditório
Fonte: Própria, 2019
Vista interna do auditório, onde pode-se observar a relação com a praça externa e interna. Contudo a sala pode ser fechada e iluminada de acordo com a necessidade. Figura 162 – Auditório
Fonte: Própria, 2019
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Vista interna do refeitório, pode-se observar a escada engastada nas passarelas, o pé direito duplo e a relação com o espelho d’água (conforto) e a praça externa. Figura 163 – Refeitório
Fonte: Própria, 2019
Foi criado um ambiente de estar com vista para a rua, no patamar da rampa que acessa o pavimento superior (setor pedagógico). Figura 164 – Patamar “Flutuante”
Fonte: Própria, 2019
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Vista externa do patamar que parece flutuar sobre o espelho d’água, próximo à rampa de acesso à praça coberta. Figura 165 – Patamar “Flutuante”
Fonte: Própria, 2019
Patamar no meio da rampa que distribui tanto para a biblioteca à frente, quanto ao pátio à traz. Observa-se também a passarela engastada e o espaço de leitura. Figura 166 – Rampa de Bifurcação
Fonte: Própria, 2019
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Vista em uma das extremidades da rampa de bifurcação, que leva à biblioteca e ao pátio. Observa-se também a passarela engastada e a praça coberta no térreo. Figura 167 – Rampa de Bifurcação
Fonte: Própria, 2019
Vista ao chegar da rampa ao pátio, que distribui as pessoas às suas salas ou ao refeitório, porta bancos e paginação de piso em madeira com jardins. Figura 168 – Pátio
Fonte: Própria, 2019
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Vista do extremo oposto à biblioteca, próximo a sala dos professores, onde pode-se observar a sensação interna do pátio em relação ao pé direito e iluminação natural. Figura 169 – Pátio
Fonte: Própria, 2019
Vista interna das salas de aula, que possui como ponto de fuga, à vegetação da praça externa atrás dos brises (móveis) e a varanda de sombreamento. Figura 170 – Sala de Aula
Fonte: Própria, 2019
128
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao entender a necessidade de melhorias das técnicas construtivas atuais, conclui-se que a industrialização das edificações é uma boa solução para essas problemáticas, contudo ainda cara e com pouca mão de obra qualificada. Sendo assim, a escola modelo apresentada confere a superação desses dois obstáculos, já que a mesma vai ensinar (qualificar profissionais), fornecer as peças industrializadas (fabricar) e ser feita da própria técnica (exemplo real), portanto é um ciclo completo, visando atingir o principal objetivo traçado, que é difundir tal técnica, mostrando que é possível, viável e além de tudo é bonito (contrariando a ideia de galpões industrializados sem efeito estético agradável e etc.). Assim, fica uma reflexão aos arquitetos, engenheiros e construtores em geral: Estamos preparados para industrializar edifícios belos? Como no caso de outros elementos industrializados (carros, mobiliários etc.). Concluindo, esses foram os objetivos deste trabalho, valorizando a estética, a funcionalidade, a flexibilidade, o racionamento de materiais e recursos, explanar as atribuições criativas dos arquitetos, engenheiros, entre outros, a importância da estrutura acima dos adornos (vinculação das áreas profissionais ‘arquitetura e engenharia’), por meio da industrialização.
129
8. REFERÊNCIAS
GROPIUS, Walter, Bauhaus: novarquitetura. São Paulo: Perspectiva, 1972. SÃO PAULO (Estado). Decreto nº 12.342, de 27 de setembro de 1978. Aprovação do Regulamento a que se refere o artigo 22 do Decreto-lei 211, de 30 de março de 1970, que dispõe sobre normas de promoção, preservação e recuperação da saúde no campo de competência da Secretaria de Estado da Saúde. Disponível em <http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/1978/decreto-1234227.09.1978.html>. Acesso em: 24 mar. 2019. BAHIMA, Carlos, Estrutura independente e parede portante: Origem e evolução da proposição de Lucio Costa. 2016. 24f. Pesquisa - Universidade federal do Rio Grande do Sul UFRGS, Porto Alegre, 2016. CAIADO, Kneipp, Estudo e concepção de edifícios em módulos pré-fabricados estruturados em aço. 2005. 132f. Dissertação de mestrado – Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2005. COUTO, Armanda; COUTO, João Pedro, Vantagens produtivas e ambientais da pré-fabricação. 2007. 5f. Pesquisa – Universidade do Minho, Guimarães, 2007. FONYAT, Mariana, A pré-fabricação e o projeto de arquitetura. 2013. 196f. Dissertação de mestrado – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013. MARQUARDT, Seina, A estrutura independente e a arquitetura moderna brasileira. 2005. 101f. Dissertação de mestrado - Universidade do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005. SIRTOLI, Alex, Industrialização da construção civil, sistemas pré-fabricados de concreto e suas aplicações. 2015. 75f. Trabalho de conclusão de curso Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, 2015. ANUALDESIGN, Casa Gerassi. Disponível em: <https://www.anualdesign.com.br/saopaulo/projetos/1246/casagerassi/#prettyPhoto>. Acesso em: 21 Mar. 2019 ARCHDAILY, FDE Campinas - Escola Estadual Parque São Bento / bvy arquitetos. 2011. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/01-9727/fdecampinas-escola-estadual-parque-sao-bento-bvy-arquitetos>. Acesso em: 30 Mar. 2019. ARCHDAILY, Escola Secundária / Orts-Trullenque Arquitectos. 2012. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-20583/escola-secundaria-orts-trullenquearquitectos>. Acesso em: 6 abr. 2019. ARCHDAILY, FDE - Escola Várzea Paulista / FGMF. 2012. Disponível em em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-19508/fde-escola-varzea-paulista-fgmf>. Acesso em: 30 Mar. 2019.
130
ARCHDAILY, Escola de Governo do Estado do Rio Grande do Norte / Carlos Ribeiro Dantas Arquitetos Associados. 2016. Disponível em em: <https://www.archdaily.com.br/br/784803/escola-de-governo-do-estado-do-riogrande-do-norte-carlos-ribeiro-dantas-arquitetos-associados>. Acesso em: 27 Mar. 2019. ARCHDAILY, Residência North Fork Bluff / Resolution: 4 Architecture. 2017. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/909781/residencia-north-fork-bluffresolution-4-architecture>. Acesso em: 01 abr. 2019. CENTRAL PREMOLDADOS, Inovando conceitos, simplificando soluções,2017. Disponível em:<http://centralpremoldados.com.br/home/>. Acesso 16 Mar. 2019. CORNETTA ARQUITETURA, Casa Pré-Moldada, 2017.Disponível em:<https://cornettaarquitetura.com.br/casa-pre-moldada-lif2/>. Acesso em 16 Mar. 2019. DEBS, Mounir, Concreto Pré-Moldado Fundamentos e Aplicação. 2ª Edição. São Paulo. Oficina de textos, 2017. EAC WEB, Fôrmas Metálicas para Galpões Pré-Fabricados têm montagem ágil e segura, 2019. Disponível em: <https://www.aecweb.com.br/emp/cont/m/formasmetalicas-para-galpoes-prefabricados-tem-montagem-agil-e-segura_8129_5382>. Acesso em 28 Mar. 2019. ESTADÃO, A arquitetura escolar e seu papel no aprendizado. 2018. Disponível em: <https://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,a-arquitetura-escolar-e-seupapel-no-aprendizado,70002202508>. Acesso em: 10 jul. 2019. IBGE, Panorama, 2019. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/ipua/panorama>. Acesso em: 21 Mar. 2017. OFICINA DE TEXTOS, Arquitetura de qualidade: mais eficácia na educação. Disponível em: < https://www.ofitexto.com.br/comunitexto/arquitetura-de-qualidademais-eficacia-na-educacao/>. Acesso em: 10 jul. 2019. PRÁTICA ESTRUTURAS, Placa parede ventilada. 2019. Disponível em: <https://praticaestruturas.com/placa-parede>. Acesso em: 04 abr. 2019. PREFOR, Pré-Moldados. 2019. Disponível em: <http://www.preforengenharia.com.br/pre-moldados.html>. Acesso em: 04 abr. 2019. PRONTO MIX, Alvenaria racionalizada de Blocos de Concreto, 2013.Disponível em: <http://prontomix.blogspot.com/2013/01/alvenaria-racionalizada-de-blocos-de.html>. Acesso em 16 Mar. 2019. QISUPORTE, Lançamento de fundações pré-moldadas. 2018. Disponível em: <https://suporte.altoqi.com.br/hc/pt-br/articles/360001942773-Lan%C3%A7amentode-funda%C3%A7%C3%B5es-pr%C3%A9-moldadas>. Acesso em: 04 abr. 2019. RECILIX, Entulho e resíduos de obras devem ser enviados para reciclagem, 2014. Disponível em: <https://recilux.wordpress.com/2014/05/07/entulho-e-residuos-deobras-devem-ser-enviados-para-reciclagem/>. Acesso em 16 Mar. 2019.
131
S&R REPAROS, Instalações prediais em edificações de alvenaria estrutural. 2019. Disponível em: < http://www.engenhariasr.com.br/2018/04/veja-o-queconsiderar-para-a-execucao-das-instalacoes-prediais-em-edificacoes-de-alvenariaestrutural/>. Acesso em: 04 abr. 2019. SELECTA, Detalhes Construtivos Instalações Elétricas. 2019. Disponível em: <http://www.selectablocos.com.br/alvenaria_estrutural_detalhes_construtivos_15.ht m>. Acesso em: 04 abr. 2019. TOP PREMO, Fundação. 2019. Disponível em: <http://www.toppremo.com.br/fundacao.ASP>. Acesso em: 04 abr. 2019. VIVADECORAPRO, Os 5 pontos da arquitetura moderna de Le Corbusier e sua influência nas construções atuais. 2017. Disponível em: <https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/cinco-pontos-da-arquiteturamoderna/> Acesso em: 08 fev. 2019. WHEATER SPARK, O clima típico de qualquer lugar da Terra. Disponível em: <https://pt.weatherspark.com/y/30103/Clima-caracter%C3%ADstico-emIpu%C3%A3-Brasil-durante-o-ano>. Acesso em: 28/08/2019. ZAP EM CASA, Rachaduras na parede – Saiba como identificar o perigo, 2015. Disponível em: <https://revista.zapimoveis.com.br/rachaduras-na-parede-saibacomo-identificar-o-perigo/>. Acesso em 21 mar. 2019.
R NO TE
AV. AL BI
NO LE ONET TI
5,00
E OD O NT ÇÃ PO VA R SE OB
4,47
AC ES ES C SO O LA
4,50
2,00
À
6,00 5,30 6,50
8%
6%
4,07
A UR ÃO UT TR ETAÇ ES G VE OM
i=
CO
/ ÃO TAR ES PLAÇ M E NT
8%
i= 15%
C
C
2,87
4,47
i=
4,
3,67
/ ÃO TAR ES PLAÇ EM T ON
G AC UI E ND SS AS O TE
2,20
i=
4,47 6,00
A
O EIX ZADO RI BO R A
5,87 8,00
3,67 % i= 8
5,27 % i= 8
O
SS ACE
3,00 4,47 ES SO
7,50
FA N CH O A R DA TE
AC
6,00
7,00 O EIR S NT CA OBRA E D
8%
5,00
i=
/ T AR E ES NIQU E U PIQ
OS UR DO BE BE
7,50
7,00
5,8
7
A UR ÃO UT TR ETAÇ ES G E MV CO
5,27
5,27
F SU AC D HA O D ES A TE
5,00
B
SSO ACE
i=
8%
7,00
4,47
%
i= 5
6,00 5,00 A
RIC
FÁB
4,00
0 3,5
i=
8%
4,50
RUA GENERAL OSÓRIO
RUA LUIZ PEREIRA
i=
8%
7,00
SO O ES HÃ AC MIN CA
5,00
6,72
/ TAR E ES NIQU E IQU
3,50
P
i=
8%
i=
8%
S
4,30
7,52
i=
8%
5,30
8,00
5,80
D
BE
BE
4,30
4,00
S
RO OU
4,30
AC ES ES C SO O LA
À
B
A
IMPLANTAÇÃO COM TÉRREO ESCALA 1:500
E OD O NT ÇÃ PO VA R SE OB
5,00
8,00
AV. JOSÉ ALVES FILHO
DECK DE MADEIRA
PISO INTERTRAVADO
CONCRETO POLIDO
CIMENTADO
ESPELHO D'ÁGUA
GRAMA / FORRAÇÃO TÍTULO:
Projeto Arquitetônico RESPONSÁVEL:
FOLHA A2:
01 / 08
Adriano Meirelles Siqueira Junior ASSUNTO:
DATA:
Implantação - Térreo
ESCALA:
27/11/2019
1:500
E RT NO
AV. AL
BINO
LEON
ETTI
SA RE IC SE O R TR VA AN TÓ ÇA RI DO O
A UR UT CA TR ES ÁBRI F A TIG AN
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B
1,0
%
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A
A
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RUA GENERAL OSÓRIO
RUA LUIZ PEREIRA
A
A AR S P ÃO BO CA ETAÇ G VE
A
B
AV. JOSÉ ALVES FILHO
IMPLANTAÇÃO COM COBERTURA ESCALA 1:500
TÍTULO:
Projeto Arquitetônico RESPONSÁVEL:
FOLHA A2:
02 / 08
Adriano Meirelles Siqueira Junior ASSUNTO:
DATA:
Implantação - Cobertura
ESCALA:
27/11/2019
1:500
A
SOBE
5,00 i= 8%
5,00
NOR
TE
13 ARQUIBANCADA
ACESSO
13
14
5,00
VIGA LONGITUDINAL
5,27
13
6,00
10
CIRCULAÇÃO DE AR
LAJE - PISO DO PAV. SUPERIOR
BARREIRA VEGETAÇÃO
0,20
6,00
6,00
ACESSO CANTEIRO
1,70
11
8
13
14
6,00
6,00
2,10
6,00 5,27
2,50
ARQUIBANCADA
9
2,10
6,00
i= 8%
i= 8%
SOBE
0,70
3 2 1
SOBE
PISO
DETALHES - CORTE WC TÉRREO ESCALA 1:100
6,00
CONCRETO POLIDO
6,00
7
5,87 6,00 ACESSO
6,00
6
SOBE
6,00
12
13
5,00
5 10,00
4,50
01
2,38 1,40
2,38
FEMININO
0,78 FEMININO
6,00
ANTEPARO
i= 5%
BANCOS NO TALUDE
6,00
C
2,23
SHAFT 7,00
1,75
0,20
MASCULINO
1,00
2,70 MASCULINO
2,90
C 0,20
13
3,10
6,10
6,20
0,50 0,80
13
6,00
FF
MM
6,00
DETALHES: PLANTA WC - TÉRREO ESCALA 1:100
SOBE
i= 8%
CASCATA
1 PRAÇA COBERTA
PLATAFORMA ELEVATÓRIA
S
6,00
6,00
2 LANCHONETE 3 DESPENSA
6,50
3 2 1
4
4 REFEITÓRIO BANCO
13
5 AUDITÓRIO
6,72
13
B
6 RECEPÇÃO AÇO CORTEN
B
7 SECRETARIA DECK DE MADEIRA
SOBE 6,00
6,00
2
3
7,50
CONCRETO POLIDO
i= 8%
6,00 MÁRMORE POLIDO
14
11 REUNIÕES 12 MAT. LIMPEZA 13 ESTAR / DESCANSO
ESPELHO D'ÁGUA 14 CIRCULAÇÃO ARQUIBANCADA
13
GRAMA / FORRAÇÃO
M - SANITÁRIO MASCULINO
PISO INTERTRAVADO
F - SANITÁRIO FEMININO
7,00 ACESSO 7,52 A
SOBE
PLANTA BAIXA - TÉRREO ESCALA 1:200
TÍTULO:
i= 8%
BANCO PATAMAR
9 DIRETORIA 10 ARQUIVO / DEPÓSITO
ÁREA INTERNA (ESCOLA)
13
8 ADMINISTRAÇÃO
Projeto Arquitetônico RESPONSÁVEL:
FOLHA A2:
03 / 08
Adriano Meirelles Siqueira Junior ASSUNTO:
DATA:
Planta Térreo
ESCALA:
27/11/2019
1:200
A
NOR
TE
10,00
7
10,00
VIGA TRANSVERSAL
4
10,00
LAJE IMPERMEABILIZADA i= 1,0%
CIRCULAÇÃO DE AR
1,00
9
PAREDE DULPA
0,20
JARDIM EMBUTIDO
3
7
1,30
i= 6,25%
10,00
3,50
01
1,20
10,00
3
0,15
2,50
10,00
5,00
BRISE MÓVEL
GUARDA CORPO CABOS / JARDIM
SOBE
10,00
2
8
10,00
2
8
PISO
DETALHES - CORTE WC PAV. SUPERIOR ESCALA 1:100
9,00
BRISE
CONCRETO POLIDO
SOBE
10,00
1,50
2
10,00 i= 5%
ANTEPARO
M
SHAFT
8
1,70
FEMININO
C
2,98
0,20
MASCULINO
0,73 1,18
C
2,90
8
10,00
9
4,83
0,50 0,88
BRISE MÓVEL
2
10,00
2,98
3,10
i= 6,25%
1,95
1,75
1,75 BRISE
DETALHES: PLANTA WC - PAV. SUPERIOR ESCALA 1:100
F
PASSARELA
10,00 10,00
PLATAFORMA ELEVATÓRIA
D
6
PATAMAR DE CHEGADA
10,00
B
7
1 ESTAR / LEITURA
B
SOBE
2 SALAS DE AULA 3 LABORATÓRIOS
7,50 AÇO CORTEN
9 10,00 10,00
5
DECK DE MADEIRA
7
JARDIM EMBUTIDO
4 BIBLIOTECA 5 PROFESSORES 6 PÁTIO / ESTAR
CONCRETO POLIDO
JARDIM EMBUTIDO
ÁREA INTERNA (ESCOLA)
7 CIRCULAÇÃO 8 VARANDAS 9 MIRANTE / PASSARELA
GRAMA / FORRAÇÃO BANCO DE MADEIRA
M - SANITÁRIO MASCULINO F - SANITÁRIO FEMININO
PLANTA BAIXA - PAV. SUPERIOR ESCALA 1:200 A TÍTULO:
Projeto Arquitetônico RESPONSÁVEL:
FOLHA A2:
04 / 08
Adriano Meirelles Siqueira Junior ASSUNTO:
DATA:
Planta Pavimento Superior
ESCALA:
27/11/2019
1:200
1,20 APIO V105 E V106
ENCAIXE P1
ENCAIXE P1
VISTA VIGA 101 ESCALA 1:200
VIGAS TRANSVERSAIS (25X100) SUPORTAM VIGAS V105 E V106 POR CABOS DE AÇO
V101 APOIA V105 E V106
APOIO DE LAJE
VIGAS LONGITUDINAIS (25X100) TRAVAM AS VIGAS TRANSVERSAIS
LAJE PRÉ-FABRICADA 1,00M h=0,20m V 101
P1
P1
P1
VIGAS TRANSVERSAIS RECEBEM A 2ª LAJE
P3
P3
P3
V105 E V06 APOIA A LAJE (PASSARELA)
CONEXÃO PILAR-VIGA
LAJE ALVEOLAR
P3
P3
P3
P3
P3
P3
P3
P3
P3
P3
P3
P3
P3
0,02
V 107
V 201
V 202
V 203
V 102
V 103
V 104
P3
P4
P5
0,50
1,20
VIGA
PLANTA ESTRUTURAL - TÉRREO ESCALA 1:200
PLANTA ESTRUTURAL - PAV. SUPERIOR ESCALA 1:200
0,50
1,00
1,20
P3
P1
P2 V105 E V106 APOIADAS
0,25
P4
0,10 0,20
0,20
LAJE
CABOS
P1
VIGA LAJE
V 105
V 106
V105 E V06 ENGASTADAS POR CABOS
P1: PILAR DE EXTREMIDADE = 100x25 - CONCRETO APARENTE 0,05
0,25
P2: PILAR DE EXTREMIDADE = 200x25 - CONCRETO APARENTE P3: PILAR DE CENTRO = 25x30 - CONCRETO PINTADO DE PRETO
TÍTULO:
Projeto Arquitetônico
P4: PILAR DE EXTREMIDADE = 25x30 - CONCRETO APARENTE CORTE PASSARELA ESCALA 1:50
P3
CORTE ENCAIXE P3 ESCALA 1:50
RESPONSÁVEL:
P5: PILAR EM "L" = 100x200x25 - CONCRETO APARENTE
FOLHA A2:
05 / 08
Adriano Meirelles Siqueira Junior ASSUNTO:
DATA:
Planta Estrutural
ESCALA:
27/11/2019
1:200
VIGAS TRANSVERSAIS
ESTRUTURA (ANTIGA FÁBRICA)
CIRCULAÇÃO DE AR
LAJE IMPERMEABILIZADA i= 1,0%
LAB. 10,00
BIBLIOTECA 10,00
LAB. 10,00
S. AULA 10,00
S. AULA 10,00
FORRO TERMO-ACÚSTICO
S. AULA 10,00
S. AULA 10,00
PLATAFORMA
WC 10,00
10,00
SALA PROF. 10,00
JARDIM EMBUTIDO 8,00
ARQUIVO 6,00
DIRETORIA 6,00
ADM 6,00
4,47
SECRETARIA 6,00
RECEP. 6,00
WC 6,00
AUDITÓRIO 5,00
REFEITÓRIO 6,00
LANCHONETE 6,00
PERFIL TOPOGRÁFICO ORIGINAL
CORTE LONGITUDINAL - AA ESCALA 1:200
RESERVATÓRIO
VIGA TRANSVERSAL
LAJE IMPERMEABILIZADA i= 1,0%
VIGA LONGITUDINAL CABOS DE AÇO
BRISE MÓVEL PASSARELA
BRISE MÓVEL PÁTIO 10,00
ESTRUTURA (ANTIGA FÁBRICA)
PATAMAR 6,72
MOSAICO TRANÇADO 10,00
REFEITÓRIO 6,00
FÁBRICA (NOVA)
BANCO ESPELHO D'ÁGUA
PERFIL TOPOGRÁFICO ORIGINAL
CORTE TRANSVERSAL - BB ESCALA 1:200
PRAÇA COBERTA - AUDITÓRIO
REFEITÓRIO - PÉ DEIREITO DUPLO TÍTULO:
Projeto Arquitetônico RESPONSÁVEL:
FOLHA A2:
06 / 08
Adriano Meirelles Siqueira Junior ASSUNTO:
DATA:
Cortes
ESCALA:
27/11/2019
1:200
MOSAICO TRANÇADO (BRISE)
RESERVATÓRIO
LAJE IMPERMEABILIZADA i= 1,0% VIGA TRANSVERSAL
BRISE MÓVEL
FACHADA SUDOESTE ESCALA 1:200 MOSAICO TRANÇADO (BRISE)
VIGA TRANSVERSAL
BRISE MÓVEL MOSAICO TRANÇADO GUARDA CORPO (CABO DE AÇO)
ESPELHO D'ÁGUA BANCOS
FACHADA NORTE ESCALA 1:200
FACHADA NORTE - SUDOESTE
FACHADA NORDESTE TÍTULO:
Projeto Arquitetônico RESPONSÁVEL:
FOLHA A2:
07 / 08
Adriano Meirelles Siqueira Junior ASSUNTO:
DATA:
Elevações
ESCALA:
27/11/2019
1:200
EIXO PRINCIPAL
VISTA LESTE - PÔR DO SOL
FACHADA NORDESTE - EIXO DA FÁBRICA
FACHADA SUDOESTE - PÔR DO SOL TÍTULO:
Projeto Arquitetônico
EIXO DA FÁBRICA
RESPONSÁVEL:
FOLHA A2:
08 / 08
Adriano Meirelles Siqueira Junior ASSUNTO:
DATA:
Imagens 3D
ESCALA:
27/11/2019
1:500