Assembleia Geral dos professores Dia 13, segunda-feira, 15h no auditório do ICHF, bloco P, Gragoatá.
Seção Sindical do ANDES-SN Filiado à CSP/CONLUTAS
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Em reunião com Planejamento, servidores voltam a cobrar respostas à pauta Valcir Araujo
ADUFF SSind
Acompanhe a agenda das atividades pelo blog da greve
Luiz Fernando Nabuco
Associação dos Docentes da UFF
Valcir Araujo
Mais setores param e greve no serviço público ganha força BRASÍLIA. Caravana defende
Greve dos docentes atinge 40 instituições federais de ensino; seguridade social entra em greve e escolas federais também vão parar; funcionalismo prepara marcha a Brasília para 2ª quinzena de julho; pressão reúne os o t A . I Ó R sobre governo aumenta E NIT tos para n e m g e s s trê reitor o m o c o g exigir diálo
Luiz Fernando Nabuco
educação pública e rejeita cortes e privatização
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Jornal da ADUFF
Editorial
Há alternativas!
(mas só com muita resistência e luta)
F
echamos a última semana sob lidade. Como educadores, não pode os influxos políticos de um re mos nos calar ante essa situação. Por trocesso abominável. Porém, a roda outro lado, o avanço da pauta da direi viva não para de girar, e iniciamos ta reacionária no Congresso Nacional uma nova semana revigorados por tem se combinado cada vez mais com uma mensagem clara de que, sim, a retirada de direitos dos trabalhado há alternativas. res e a aprovação de todas as medidas O país acordou ainda menos de de “austeridade” do ajuste fiscal do go mocrático na quinta-feira, dia 2 de verno federal. As bancadas “da bala”, julho, depois que um golpe regimen “da bíblia” e da “cerca” são todas unâni tal do presidente da Câmara dos De mes em defender tal pauta. É no bojo putados, Eduardo Cunha, permi da reação a essas políticas que nossa tiu a aprovação da PEC da redução greve vem se construindo. Já o reca da maioridade penal que havia do do povo grego tem repercussões sido rejeitada na véspera. internacionais. Tende a ser A mensagem Domingo, 5 de julho, um reforço ao alerta que porém, fomos (o tentamos levar adian veio do berço mundo todo) dor te aqui – no nosso da democracia mir confiantes de espaço da greve na antiga, a Grécia, com a educação superior que outro cami nho é possível vitória incontestável da – de quão danosas e a mensagem são as consequên veio do berço da resistência às políticas de cias da “austerida democracia anti ‘austeridade’ e aos seus de” para a maioria ga, a Grécia, com desastrosos efeitos da população. a vitória incontestá E no ponto em que sociais vel da resistência às po estamos, postos todos os líticas de “austeridade” e aos obstáculos, até que estamos seus desastrosos efeitos sociais. nos saindo bem com nossa greve. Os Mas, o que nossa greve tem a ver que diziam que a greve acontecia em com as manobras de Eduardo Cunha momento errado, já que diante do e a vitória do povo grego no referen ajuste fiscal não teríamos nenhuma do? Tudo. O que a juventude de nosso chance de conquistas salariais, agora país precisa é de menos prisão e mais acompanham com atenção o notici educação: pública, gratuita e de qua ário, depois do anúncio do Ministério
do Planejamento de uma proposta de reajuste para todo o funcionalismo. Para quem afirmava que a gre ve não decolaria, é difícil admitir que agora sejam já cerca de 40 seções sin dicais em greve, com a greve nacional generalizada dos técnico-adminis trativos e as dezenas de instituições vivendo greves estudantis, ao que se soma o anúncio de greves em várias categorias do funcionalismo federal. Para todos aqueles que entoaram a velha cantilena de que a greve esvazia a universidade, deve ser preciso fazer muito esforço para tapar a vista ante as centenas de atividades de greve (den tro dos campi e nas ruas) que já acon teceram e continuam acontecendo em todas as unidades da UFF, em Niterói e fora da sede. Para um reitor como o nosso, “desaparecido”, que se recusa a re ceber trabalhadores e estudantes em greve em sua universidade e se es conde atrás de um “comitê gestor”, em pose de rainha da Inglaterra, deve ser estranho ler em todos os grandes veículos de comunicação as declarações do novo reitor da UFRJ, que não teme fazer o debate público sobre o desastre dos cortes no orça mento das instituições e trata a gre ve como sinal positivo de vitalidade da universidade. Até aqui, portanto, estamos avan çando e demonstrando que vale a pena
lutar, mas ainda não conquistamos efe tivamente garantias de atendimento de nossa pauta. A proposta do MPOG é absolutamente insuficiente, pois sequer representa uma reposição das perdas salariais decorrentes da inflação pro jetada pelo próprio governo. O MEC nos recebeu, mas não se comprome teu com nenhum item de nossa pauta e os cortes de verbas por enquanto es tão mantidos. Nas UFF, o tal “comitê gestor” recebeu os comandos depois de muita pressão, mas sequer se compro meteu a retirar as ações judiciais que in viabilizam uma relação realmente de mocrática com as entidades represen tativas dos três segmentos. Por isso, as assembleias gerais dos docentes da UFF das últimas semanas repudiaram a postura do MEC, rejei taram a proposta do MPOG e cobra ram da reitoria a abertura efetiva de negociações em torno da pauta inter na. E apostaram na ampliação da luta. O ato de 1º de julho em Niterói, com passeata, debate e arraial da greve foi avaliado por todos como um sucesso. O esforço para uma participação ex pressiva na caravana a Brasília e nas atividades de mobilização nacional lá construídas pelo conjunto dos servi dores, foi recompensado com um ato de proporções significativas. Não à “austeridade”! Há alternati vas! Nos ensinam os gregos. Sigamos ensinando nós, com nossa luta.
Agenda de atividades Sexta, 10 de julho
Segunda, 13 de julho
UFF em Niterói 10h - Plenária unificada dos três segmentos Local: Campus do Gragoatá UFF em Friburgo 9h - Café da manhã e roda de conversa com terceirizados Varanda do Casarão 10h30min - Discutindo a terceirização com os docentes Corpo a corpo com os professores que estiverem no campus 13h30min - Cinema e Debate Exibição do documentário “Privatização e Distopia do Capital”, de Silvio Tendler Local: Sala de aula a definir
15h - Assembleia geral de greve dos docentes da UFF. Auditório do ICHF, Bloco P, campus do Gragoatá.
Quinta, 16 de julho UFF em Rio das Ostras Aulão de Greve: “Reggae: ritmo, história e política”. Com o prof. Márcio Malta (UFF/ Campos dos Goytacazes) e DJ Gustah (estudante de História UFF/Campos). Às 16h, no auditório do Puro, com violão e discotecagem. Em seguida ao debate, haverá um baile.
Terça, 21 de julho Reunião de negociação no Ministério do Planejamento
Presidente: Renata Vereza – História/Niterói • 1º Vice-Presidente: Gustavo França Gomes– Serviço Social/Niterói • 2º Vice-Presidente: Juarez Torres Duayer – Arquitetura • Secretário-Geral: Elizabeth Carla Vasconcelos Barbosa – Puro • 1º Secretário: Isabella Vitoria Castilho Pimentel Pedroso – Coluni • 1º Tesoureiro: Wanderson Fabio de Melo – Puro • 2º Tesoureiro: Edson Teixeira da Silva Junior – Puro • Diretoria de Comunicação (Tit): Paulo Cruz Terra – História/Campos • Diretoria de Comunicação (Supl): Marcelo Badaró Mattos – História/Niterói • Diretoria Política Sindical (Tit): Sonia Lucio Rodrigues de Lima – Serviço Social/Niterói • Diretoria Política Sindical (Supl): Wladimir Tadeu Baptista Soares – Faculdade de Medicina • Diretoria Cultural (Tit): Ceila Maria Ferreira Batista – Instituto de Letras • Diretoria Cultural (Supl): Leonardo Soares dos Santos – História/Campos • Diretoria Acadêmica (Tit.): Ronaldo Rosas Reis – Faculdade de Educação • Diretoria Acadêmica (Supl): Ana Livia Adriano – Serviço Social/Niterói
Biênio 2014/2016 Gestão ADUFF em Movimento: de Luta e pela Base
Editor Hélcio L. Filho Jornalistas Aline Pereira Lara Abib
Projeto Gráfico Luiz Fernando Nabuco Diagramação Gilson Castro
Imprensa imprensa.aduff@gmail.com Secretaria aduff@aduff.org.br
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Valcir Araujo
Caravana a Brasília defende fim dos cortes na educação
Caravana em Defesa da Educação Pública percorre a Esplanada dos Ministérios, no dia 7 de julho em Brasília
Da Redação da Aduff
A
Caravana em Defesa da Edu cação Pública reuniu, segundo os organizadores, cerca de cinco mil pessoas em Brasília, na terça-feira (7), e percorreu a Esplanada dos Ministérios levando faixas, bandei ras e palavras de ordem que con tradizem o discurso usado pelo go verno federal para justificar o cor te de R$ 9,4 bilhões no orçamento do setor. “Que contradição, a Pátria Educadora precariza a educação”, cantaram os manifestantes, numa referência ao lema escolhido pela presidente Dilma para o seu segun do mandato. O ‘clima’ da greve nas instituições federais de ensino mar cou o ato público. O protesto e o manifesto entre gue ao Ministério da Educação, de finido na véspera na Reunião Na cional da Educação Federal, ques tiona ainda o dinheiro público di recionado para o financiamento de cursos privados e as políticas de pri vatização via organizações sociais ou Ebserh, a empresa criada para administrar hospitais. Servidores e estudantes destacaram que os re cursos do Fies poderiam ser melhor empregados se investidos na cria ção de vagas, com infraestrutura e pessoal adequado, nas universida des públicas. Os docentes, técnico-adminis trativos e estudantes reivindica vam ser recebidos pelo ministro da
Educação, Renato Janine Ribeiro. Mas foram ‘recepcionados’ por po liciais militares e seguranças que cercavam as entradas do ministé rio. “Muito ruim sermos recebidos assim, com policiamento em frente ao ministério. Isso já indica que o governo não está aberto ao diálogo com a categoria. E se assim perma necer, teremos que radicalizar nos sas ações e mobilização com os ser vidores públicos federais, porque só através da unidade conseguiremos pressionar o governo”, disse Kate Paiva, professora do Coluni, que in tegrou a delegação da Aduff-SSind que participou da marcha. “O mi nistro e o secretário se recusaram a receber o movimento grevista. Permitiram que os representantes do Andes-SN e da Fasubra proto colassem um documento, [mas fo ram] ambos acompanhados de dois seguranças”, relata Nina Tedesco, professora de Cinema na UFF. A caravana foi organizada pelas entidades sindicais nacionais dos trabalhadores do setor – Andes -SN, Fasubra e Sinasefe – e de es tudantes (Anel, Esquerda da UNE e Fatec). A delegação da Aduff foi composta por cerca de 25 profes sores, além de estudantes, cujo des locamento à capital federal teve o apoio do sindicato. “Avalio que o ato foi muito bonito, com pessoas que vieram de várias partes do país. Não sei se fomos a maior delega ção, mas, com certeza, fomos uma das mais animadas”, resumiu Nina.
Planejamento levará a Dilma impasse na negociação com servidores Valcir Araujo
“Que contradição, a Pátria Educadora precariza a educação”, cantaram cerca de 5 mil manifestantes, que contestaram as privatizações, defenderam a greve e criticaram Janine por não receber movimento
Reunião no Planejamento, no dia 7 O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, disse que levará ao ministro da pasta, Nelson Barbosa, e à própria presidente da República, Dilma Rousseff (PT), a rejeição do conjunto do funcionalismo federal à contraproposta salarial apresentada pelo governo, com base em acordo plurianual. Os servidores disseram ao secretário designado para coordenar as negociações que querem discutir tendo como parâmetros acordo anual e patamar de reposição bem superior aos 5,5% oferecidos para janeiro de 2016. Voltaram a cobrar, ainda, respostas para os demais pontos da pauta de reivindicações. Realizada na terça (7), foi a primeira reunião do Planejamento com as entidades sindicais do funcionalismo, que integram o Fórum dos Federais, após o governo apresentar a contraproposta que fixa previamente quatro parcelas anuais como parâmetros de reajuste de janeiro de 2016 a janeiro de 2019 (5,5%, 5%, 4,75% e 4,5%, totalizando 21,3% daqui a quatro anos). O sindicato Nacional (Andes-SN) participou da reunião.
O secretário insistiu na proposta plurianual, mas não descartou a possibilidade de o governo recuar com relação a isso ou flexibilizá-la com cláusulas de revisão. Disse ainda, contrariando a reunião anterior, que a discussão sobre benefícios e outros itens não está condicionada à concordância com relação ao reajuste salarial. Os servidores cobraram uma resposta rápida para questão salarial. Propuseram que a próxima reunião ocorra na terça-feira (14), mas Mendonça argumentou que isso não seria possível. Disse que iria levar essas questões não só ao ministro, mas também à presidente Dilma, que viajará à Rússia. Sugeriu, então, o dia 21, data que poderá ser antecipada. O resultado da reunião naturalmente não agradou aos servidores. A proposta salarial, considerada rebaixada, parece, inclusive, ter lançado mais setores à paralisação. De todo modo, dirigentes sindicais observam que as reações do governo demonstram que as greves incomodam e que o desfecho dessa disputa segue em aberto.
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Jornal da ADUFF
Docentes rejeitam contraproposta do governo e greve continua Assembleia manteve greve e avaliou que as negociações com governo e mesmo a proposta apresentada, que ainda não contempla reivindicações, decorrem do movimento grevista Aline Pereira Da Redação da Aduff
ocentes reunidos em D assembleia rejeitaram a contraproposta salarial do
governo, mantiveram a gre ve na UFF e aprovaram ini ciativas para pressionar mais a presidente Dilma e a Rei toria. A oferta do Ministério do Planejamento não agra dou a maioria dos professo res e foi considerada inad missível porque “ignora as perdas salariais dos últimos cinco anos e projeta uma derrota para os próximos quatro anos”, como afirma trecho da carta do Comando Local de Greve Docente da UFF à assembleia do dia 2. O governo propôs prefi xar os índices de reajuste para os próximos quatro anos, em parcelas aplicadas em janei ro com base nos recursos dos seguintes percentuais sobre a folha de pagamento: 5,5% em 2016; 5% em 2017; 4,75% em 2018 e 4,5% em 2019, sem pre em janeiro. O funcionalis mo defende reajuste linear de 27,3% para 2016, índice que, acrescido de ganho real de 2%, repõe as perdas acumuladas desde 2010. Além disso, o Executi vo não tratou das outras rei vindicações, como data-base, política salarial permanente com correção das distorções e reposição das perdas; retirada dos projetos que atacam direi tos trabalhistas e previdenci ários, paridade entre ativos e aposentados. “Se aceitarmos
essa proposta, aceitaremos as perdas futuras que ela impõe. Esse aumento não repõe a in flação e as perdas pretéritas, estimadas por entidades re presentativas do funcionalis mo público em 25%”, disse Victor Araújo, professor da Economia/Niterói. “Temos que rejeitar a proposta não só pela condição salarial, mas porque não apresenta hori zontes em relação às condi ções de trabalho. Lutamos contra a destruição da uni versidade e da educação pú blica”, disse Elizabeth Barbo sa, docente do Serviço Social/ Rio das Ostras e dirigente da Aduff-SSind, que salientou que as reuniões com o gover no e a proposta em si já são resultado greve, que começou com 18 seções sindicais e, após um mês, conta com quase 40.
Manifestação do dia 1º começou no Huap: não à Ebserh
Cadê o reitor? Os docentes aprovaram que seja solicitada ao reitor, Sidney Mello, a indicação de membros da administração central, com efetiva autono mia de negociação e delibera ção, para receber o Comando Local de Greve para dar iní cio às negociações com os três segmentos da UFF. Criticaram muito o fato de o reitor não receber os repre sentantes dos Comandos Lo cais de Greve para dialogar, mesmo após 30 dias de para lisação. “Ele foi eleito pela co munidade acadêmica e quem se coloca à frente é o Comitê Gestor. O reitor parece despre zar o movimento grevista. E o
desprezo é a forma mais per versa de lidar com o outro. E nós não somos invisíveis”, dis se Francine Helfreich, profes sora do Serviço Social/Niterói. Gustavo Gomes, professor do Serviço Social/ Niterói e dire tor da Aduff-SSind, disse que o reitor deveria estar presen te diante da crise. “A primeira atitude deveria ser debater de mocraticamente com a comu nidade acadêmica, expondo a real situação para técnicos, alu nos, professores e terceirizados. O corte no orçamento da UFF é de 47% em relação ao inves timento de capital; a precarie dade das condições de trabalho tende a aumentar; várias obras
não têm prazo para serem con cluídas; o contrato de 25% dos terceirizados vai ser cancelado – hoje, temos 1.500 funcioná rios nessas condições na uni versidade”, disse.
Encaminhamentos aprovados Outros encaminhamentos também foram discutidos e aprovados: intensificar o envio de cartas e comunicados aos parlamentares, solicitando que se manifestem no Congresso contra os cortes na Educação e a ameaça de contratação de professores por organizações sociais (OS); propor ao Co mando Nacional de Greve
(CNG) o contato com reito res que se posicionam contra essa política para a educação para formar uma frente; in dicar ao Comando Local de Greve a redação de um docu mento para discutir a questão do calendário acadêmico na universidade; enviar comuni cados aos jornais denunciando a postura antidemocrática do reitor; realizar vigílias durante as possíveis reuniões entre os representantes do Comando Local de Greve e a reitoria. A próxima assembleia acontece no dia 13 de julho, segunda-feira, às 15h, no Ins tituto de Ciências Humanas e Filosofia – ICHF/ Bloco P.
Luiz Fernando Nabuco
Servidores do INSS e das escolas federais decidem parar; greve no Judiciário ‘derrota’ no Senado proposta do governo
Passeata e busca de diálogo com a população, no dia 1º
Mais setores do funcio nalismo decidiram entrar em greve, dando corpo à campa nha unificada. Após seis anos sem participar das greves, os trabalhadores do INSS para ram agências da Previdência na terça (7). A saúde federal também tende a parar. Os professores e técnico -administrativos das esco las federais de ensino básico e profissional, representados pelo Sinasefe, param a partir do dia 13. Os setores da ad
ministração organizados na Condsef indicaram o início da greve para o dia 22 próximo, data em que se articula mar cha a Brasília. Os técnico-administra tivos das universidades fe derais estão em greve desde 28 de maio – há paralisação, segundo a Fasubra, em 60 instituições. Os servidores do Judiciário Federal e do MPU estão para dos desde 10 de junho. No dia 30, reuniram quase dez mil no
entorno do Senado para pres sionar e aprovar projeto de re estruturação salarial que prevê reajuste médio na carreira de 56%, parcelado em seis vezes até 2017. Utilizando-se os pa râmetros do governo de índi ce sobre o conjunto da folha salarial, corresponderá a um reajuste médio de 30% na re muneração. O governo diz que vai vetá-lo. O resultado dessa disputa tende a ter influência direta sobre todo o funcionalismo.
Luiz Fernando Nabuco
Greve unificada dos servidores ganha corpo com novas adesões
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Lara Abib Da Redação da Aduff
N
a tarde do dia 1° de ju lho, os três segmentos da UFF, - em greve desde o dia 28 de maio -, organi zaram atividades conjuntas que duraram cerca de nove Passeata em Niterói e o ‘Arraiá’ na Reitoria horas para exigir que Sidney so, a comunidade acadêmica das pessoas da janela quan Mello, reitor da UFF, rece da UFF dialogou com a po do puxou “bate na palma da besse o movimento grevista pulação através de panfleta mão quem defende a edu e negociasse a pauta interna gens e músicas que convo cação” e “tira a tesoura da de reivindicações com técni cavam para a defesa da edu mão e defende a educação”, cos, professores e estudantes. cação pública, gratuita e de em alusão aos cortes do go A manifestação, que con qualidade e contra o ajuste verno. Entretanto, quando a tou com mais de 300 pessoas fiscal do governo e o corte passeata chegou à sede ad – de Niterói e da UFF fora no orçamento da Educação. ministrativa da universida da sede –, saiu do Hospital A avenida do hospital, de, a porta da reitoria estava Antônio Pedro (Huap) e foi recebeu um “buzinaço” de trancada com correntes. até a reitoria da universida apoio. Em Icaraí, os mani Comissão formada por de com o objetivo de entre festantes pediram e ganha integrantes dos três seg gar a pauta interna unificada ram uma salva de palmas mentos, após muita pres dos três setores. No percur
‘Ajuste’ pode criar novo ‘padrão’ de financiamento para educação, diz Leher
Debate sobre a crise na universidade reuniu entidades nacionais dos três segmentos e reitor eleito da UFRJ, Roberto Leher Hélcio Lourenço Filho Da Redação da Aduff
No debate organizado pelos comandos de greve so bre a crise nas universidades, o novo reitor da UFRJ fez um alerta a quem acredite que o aperto é passageiro ou conjun tural. “Isso vai virar um novo padrão de financiamento [das universidades públicas]”, disse o professor Roberto Leher, no
evento que reuniu estudantes, docentes e técnico-adminis trativos, ao defender a mobili zação contra essa política. Ele criticou o uso de re cursos públicos para financiar o setor privado da educação. “O Fies está sendo repassado não mais para empresas edu cacionais, mas para fundos de investimento controlados pelo capital financeiro”, disse. O presidente do Andes -SN, Paulo Rizzo, defen
Debate reúne docentes, técnicos e estudantes
deu fortalecer o movimento para “enfrentar a crise mais profunda que a universidade brasileira sofreu em toda a sua história”. Ele disse ainda que a profundidade da cri se deve ser medida não pe los aspectos agora visíveis, mas pelas saídas que estão sendo apontadas para ela. E afirmou que os reitores têm obrigação de dizer que do jeito que está não é possível administrar as universidades. Marco Júnior, dirigente da Fasubra, alertou que a ter ceirização extrapola os car gos extintos e avanças sobre outros setores. Disse ainda que o fortalecimento da gre ve passa pelas pautas locais. As estudantes Naiara, da Anel, e Maiara, da Esquer da da UNE, também parti ciparam da mesa do debate – ambas destacaram a neces sidade de lutar por políticas que permitam a permanên cia do estudante na univer sidade. A reitora da Unifesp, Soraya Smaili, não pode comparecer.
Luiz Fernando Nabuco
são, acabou sendo recebida por pró-reitores do Comitê Gestor. O dia de manifestações também teve debate na en trada do Cine-UFF – o local não foi liberado pela Reito
ria – sobre a crise na uni versidade pública brasileira. Ao final, a comunidade uni versitária confraternizou no ‘Arraiá da Greve’, embalada pelo forró do conjunto Sota que do Nordeste. Luiz Fernando Nabuco
Em ato, UFF quis saber: ô reitor, cadê você!?
Luiz Fernando Nabuco
Luiz Fernando Nabuco
‘Greve na UFF’ pressiona reitor, debate crise na universidade e confraterniza no forró
Reunião com Comitê Gestor, no dia 1º
Comandos de greve são recebidos pelo Comitê Gestor, mas sem o reitor A manifestação conjunta do dia 1º de julho fez o Comitê Gestor voltar a receber os comandos de greve, após os pró-reitores, pressionados, determinarem a abertura dos cadeados que trancavam a porta de acesso à Reitoria. O reitor, porém, mais uma vez estava ausente. A reunião durou pouco mais de uma hora e não avançou em relação às negociações. O Comitê Gestor apresentou documento em que diz que o reitor quer dialogar, mas condiciona a realização de qualquer audiência com o magnífico ao estabelecimento de um cronograma de trabalho, primeiramente, com os representantes da reitoria. “Uma pessoa isolada não tem varinha de condão para resolver todos os problemas da instituição; pró-reitores definem as políticas e as colocam em prática”, disse José Rodrigues, chefe de gabinete.
Docentes, técnicos e estudantes em greve compreendem que é importante que o reitor da universidade se apresente para dialogar/negociar com o movimento paredista. “O reitor é a figura política eleita. O momento de greve é um momento político”, disse a professora Renata Vereza, presidente da Aduff-SSind. A professora Eblin Farage, também criticou a postura do reitor. “É a primeira vez na história da UFF que o reitor da Universidade não recebe o Comando de Greve. Não queremos desmerecer o Comitê Gestor, mas vocês não foram eleitos; foram indicados para as pró-reitorias. Aliás, podemos até discutir a inclusão de mais um ponto de pauta em nossas reivindicações: que o Comitê Gestor, a partir de agora, seja escolhido pela comunidade acadêmica por meio do voto”, disse. (AP)
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NOTAS DA ADUFF Breu da crise O escurinho do debate na entrada do Cine-UFF fez al guns lembrarem que a crise na universidade levou a dívidas com a Ampla, a empresa de energia, que atrapalha a con clusão de algumas obras. No polo de Nova Friburgo, onde os três segmentos estão em greve, a clínica de Fonoaudio logia, que funciona numa casa alugada na cidade, ficou fecha da por cerca de 40 dias devi do ao atraso no pagamento da conta de luz, só normalizado no dia 1º de julho. A informa ção que circulava no campus era que o valor da conta em atraso estava em R$ 400,00.
Sem graça
Como diz José Simão, o Brasil é o país da piada-pron ta. Pena que muitas vezes de mau gosto: a luz da clínica da fonoaudiologia de Friburgo foi cortada no dia seguinte à visita do Comitê Gestor da UFF ao campus da região Serrana Fluminense.
Sem luz
Pela educação pública
O presidente do Andes-SN, o sindicato na cional dos docentes, Paulo Rizzo, teve que falar no escuro durante o debate sobre a crise nas uni versidades, na entrada do Cine-UFF, promovido pelos três segmentos em greve na instituição: do centes, estudantes e técnicos. Além de não per mitir o uso do auditório, a Reitoria deixou os ma nifestantes no escuro por um período, só permi tindo que as luzes fossem acessas após insistência Parte da delegação da Aduff-SSind que participou da Caravana a Brasília em dos sindicatos. Defesa da Educação Pública.
Por que não foi?
Grécia
A ausência do reitor da UFF, Sidney Mello, na reunião do Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Nível Superior (Andifes), em junho, continua sendo motivo de críticas na universidade. O não comparecimento do reitor num momen to de crise como o atual ficou sem explicação.
Reitor contra o ditador
As redes sociais não perdem tempo. Logo após o povo grego votar em plebisci to contra os planos de austeridade da ‘Troi ka’, anunciavam que o presidente da Câma ra, Eduardo Cunha, estava de malas pron tas para Grécia, onde asseguraria um novo plebiscito...
O novo reitor da UFRJ, Ro berto Leher, foi muito aplau dido quando disse em seu dis curso de posse que vai propor cancelar o título de ‘doutor honoris causa’ concedido em 1972 ao ditador Médici.
Contra a redução da idade penal De ensaio do fotógrafo Marcelo Moura contra a redução da maioridade penal
Profissionais do Núcleo de Estu dos da Saúde do Adolescente da Uni versidade do Estado do Rio de Janei ro (Nesa/Uerj), responsável pela aten ção integral à saúde de meninos e me ninas de 12 a 18 anos, elaboraram ma nifesto contra a PE C 171/1993, que propõe a redução da maioridade pe nal. A equipe multidisciplinar se ba seia em estudos científicos para afir mar que a “área responsável pelas ava liações de risco e tomada de decisões em longo prazo, é uma das últimas re giões cerebrais a amadurecer” – o que explicaria a curiosidade, a impulsi vidade e a agressividade comuns na adolescência. Elas têm a força
Durante o ato realizado por professores, técnicos e estudantes grevistas da UFF nos gramados da reitoria, no dia 1º, duas representantes de cada segmento estiveram no gabinete do reitor para ne gociar a pauta unificada da categoria. Foram recebidas pelo Comitê Gestor, cons tituído por pró-reitores da gestão de Sidney Mello, que parecem ter assumido o pro tagonismo frente às questões políticas na instituição. De um lado, seis homens pela administração central. Do outro, seis mulheres aguer ridas, reivindicando dialogar com o ausente reitor eleito.
Chaplin e Dilma A ‘peça’ publicitária utilizada pelo Palá cio do Planalto nas redes sociais para divul gar o Plano de Proteção ao Emprego ge rou uma avalanche de críticas. Mas também houve quem assinalasse que o uso da famosa imagem de Charles Chaplin nas engrena gens de uma máquina era bem apropriada. Em “Tempos Modernos”, de 1936, Carlitos é um operário submetido ao trabalho pra ticamente escravo em uma fábrica, que ao final acaba fechada. É também confundido com um líder sindicalista de esquerda e é preso e perseguido por isso. O Planalto ti rou a peça do ar e divulgou nota explican do que o fez por considerá-la inapropriada. O Programa de Proteção ao Emprego pre vê a redução salarial em 30%, e de jornada, para supostamente evitar demissões. Meta de dessa redução salarial seria devolvida ao trabalhador pelo FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).
Eles ressaltam que não defen dem a impunibilidade de adolescentes in fratores, mas afirmam que o Estado “não está sendo capaz de ‘recuperar’ adolescen tes que foram abandonados e excluídos desde a sua infância e que são triplamen te penalizados pela violência social, pela exploração e por medidas restritivas de sua liberdade, em ambientes superlotados e insalubres. Cabe ao Estado estabelecer alternativas de reintegração social, edu cacional, cultural e em saúde, ampliando as possibilidades de apoio a aqueles que se encontram em situação de maior vul nerabilidade”, afirma o documento (cuja íntegra está em http://www.nesa.uerj.br/ download/maioridade_penal_2015.pdf). Arbitrariedade O ex-presidente e mi nistro do Supremo Tribunal Federal Ayres Britto criti cou a manobra regimental do presidente da Câmara, deputado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com a qual conseguiu votar e aprovar a redução da maioridade pe nal, menos de 24 horas após a matéria ter sido rejeitada. Ao programa Roda Viva, da TV Cultura, disse ainda que entende que a questão da maioridade está entre as cláusulas pétreas, que só po dem ser modificadas em re formas constitucionais.
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Greve de ‘ocupação’ espalha cine-debates na UFF Exibição de filmes quase sempre provocam debates sobre temas associados à greve e às relações de trabalho; ou simplesmente agregam quem está na luta em defesa da universidade pública
Lara Abib Da Redação da Aduff
esde o início da paralisação, os D professores da UFF defendem um movimento grevista de ocupa
ção dos espaços da universidade. A tática é combater o vazio deixado por uma reitoria que não negocia e por um governo que não respon de às demandas da categoria com a ampliação e o fortalecimento de es paços de diálogo. Nesse contexto, os cine-debates têm ganhado destaque na greve deste ano. Fixo, itinerante, em auditório ou ar livre, há sempre quem passe, pare e fique até o final. Foi o que aconteceu na manhã do dia 30 de junho, no pilotis do Blo co D/Gragoatá, quando os professo res Demian Melo e Zuleide de Sil veira exibiram o filme belga “Dois Dias, Uma Noite”, dirigido pelos ir mãos Dardenne. Cerca de 20 pesso as acompanharam a vida de Sandra, jovem mãe e casada, que descobre a possibilidade da perda do emprego após um período em licença médica. Individualismo, competição entre os trabalhadores e desemprego, retrata dos no filme foram problematizados no debate que veio a seguir, dialo gando com questões próprias do co tidiano da universidade. As exibi ções, sempre de um novo filme, es tão acontecendo toda a semana, no mesmo local.
Exibição de filme durante a greve no campus da UFF no Valonguinho, em Niterói No mesmo dia, à noite, no Valon versidade para o público. Esse lugar te pode escolher o tema do filme de guinho, outro grupo de professores é um espaço de produção e sociali acordo com o que está sendo deba exibiu ‘Chaos’, um filme de Étienne zação de conhecimento; deve estar tido na semana, ou dialogando com Ghys Lorenz e Jos Leys. De acordo aberto à sociedade e não fechado em questões específicas dos campi”. Felipe Rivero, professor do curso de muros, principalmente em período E não é só em Niterói que as Matemática e um dos organizado de greve”, ressaltou. sessões estão acontecendo. No dia res do evento, o filme, ao contrário Desde o ínico da greve, a pro 8 de julho, em Rio das Ostras, o do que acontece na maioria das exi fessora Tatiana Poggi, em conjunto cine-debate, organizado pelos pro bições, não foi escolhido pela capa com professores da História, Mate fessores Rodrigo Cazes e Wander cidade de discussão que o tema pro mática e Física realiza cine-debates son Mello, exibiu “ABC da Gre porciona. “Para quem não é da área, semanais e itinerantes pela universi ve”, documentário de Leon Hirsz nem sempre é fácil entender as apli dade, no período da noite. “A gente man sobre movimento operário no cações práticas da matemática. Esse faz embaixo dos prédios para cha ABC Paulista. Na quinta-feira (9), é um filme que explica a teoria do mar atenção de quem está passando. em Nova Friburgo, o filme da vez é caos, o efeito borboleta, os sistemas É uma atividade legal porque chama “Privatização e Distopia do Capi dinâmicos. A ideia era abrir a uni atenção dos alunos e porque a gen tal”, de Silvio Tendler.
Filme belga provoca debate sobre precarização do trabalho Não é a primeira vez que “Dois Dias, Uma Noite”, em que Sandra tem que convencer seus colegas de trabalho a abrir mão de um bônus para que ela não seja demitida, é exibido numa atividade de mobilização na UFF. Durante uma paralisação no campus Volta Redonda, também foi ponto de partida para um debate sobre a precarização e o aviltamento das relações de trabalho. Para a professora Renata Vereza, presidente da Aduff-SSind que participou do debate em Vol-
ta Redonda, “Dois dias, Uma Noite” permite muitas discussões interessantes, sendo uma delas o individualismo como ideologia do capital. “Há um incentivo aos projetos individuais e não aos coletivos. Isso é muito conveniente para quem manda, porque juntos, nós temos muita força. Por outro lado, dizer que não podemos fazer nada aplaca a nossa consciência e diminui a nossa inserção na coletividade. Os direitos que ainda temos são resultado de um processo coletivo de lutas”, avaliou.
Na recente exibição no campus Gragoatá, o professor Demian Melo abordou as diferentes dinâmicas que o desemprego assume no capitalismo desde a sua origem. “O início do filme discute isso. Nos anos 80, quando começa a ocorrer um processo de transferência das plantas industriais dos países centrais do capitalismo para a Ásia, muitos sociólogos, inclusive com visão etnocêntrica, começaram a defender a ideia do fim do trabalho e do proletariado. Não observaram a dinâmica global de transferência
dessas plantas para regiões com mão de obra mais barata”, disse. A professora Zuleide de Silveira disse que o ‘tempo’ é um dos aspectos fundamentais do filme. “A trabalhadora tem dois dias e uma noite, isto é, um final de semana, para reverter a situação adversa em que se encontra. É o tempo individual dela, o tempo de descanso, o tempo com a família que entra em conflito com o tempo do capital, muito mais veloz”, disse.
Sarau da Greve no Mar de Tethys “Não há outro caminho se não pela ação humana para enfrentar o que quer nos desumanizar”, disse Jonathan, aluno do curso de História, durante sarau realizado ao final da tarde da terça-feira (7). O evento da greve, realizado ao redor do Mar de Tethys, lendário barco que, há anos, está “ancorado” próximo ao bloco B, no campus do Gragoatá, reuniu cerca de 50 pessoas. Foi possível apreciar as charges do professor Márcio Malta, o Nico; os registros fotográfi cos de algumas atividades de greve feitas pelo repórter-fotográfico Luiz Fer nando Nabuco; os primeiros acordes da estudante de violino e professora do curso de História/Niterói Tatiana Poggi; música irlandesa, e ainda as canções interpretadas por Nathy Cristo. Houve também leitura dramatizada das duas primeiras cenas de “A Revolução na América do Sul” (1961), de Augusto Boal, interpretadas pelos professores Kênia Miranda e José Rodrigues e pelos estudantes Daniel e Alice. E teve, ainda, muita poesia.
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Julho (1ª quinzena) de 2015 • www.aduff.org.br
Jornal da ADUFF
Greve em Volta Redonda contesta cortes e evasão Professora diz que cortes no orçamento já comprometem pesquisas; estudantes acampam no campus para exigir alojamento, bandejão e bolsas, problemas comuns a quase todos os campi do interior João Marcos Coelho
Niara Aureliano free-lancer para o Jornal da Aduff
corte no orçamento das univer O sidades federais preocupa cada vez mais estudantes e professores
da Universidade Federal Fluminen se (UFF) em Volta Redonda. Cor te nas bolsas de iniciação científica destinadas aos campi do interior, nas ajudas de custo para viagens a con gressos e simpósios e nas bolsas des tinadas a estudantes de outros mu nicípios devem comprometer ainda mais a formação dos alunos e o tra balho docente na UFF, aumentando a evasão nos campi da cidade. Durante o ‘Arraiá da Greve’, na quarta-feira (1º), professores e es tudantes do Aterrado comentaram que o impacto da redução está se intensificando na UFF. “O corte atacou Volta Redonda. Havia um programa da Reitoria até ano pas sado, que distribuía bolsas de ini ciação científica para os campi do interior, mas está acabando, fazen do com que os alunos daqui tenham que concorrer a um processo geral com outros campi para conseguir bolsas, prejudicando a produção e transmissão de conhecimento cien tífico no interior”, afirmou Roberto Preu, professor do Departamento de Psicologia. Segundo o Comando de Greve
Cartaz dos estudantes no acampamento no Aterrado, na UFF em Vota Redonda: reivindicações comuns à maioria dos campi Estudantil, que acampa na entrada do campus do Aterrado desde o iní cio de junho, após o corte de R$ 9,4 bi da Educação as bolsas emergen ciais destinadas aos estudantes que moram em outras cidades e bolsas de pesquisa e extensão passaram a ser suspensas. “Antes quem era assis tido por alguma bolsa, não tem mais essa renda. Se não tem onde comer e onde morar, fica complicado perma necer na universidade”, disse Alice Tavares, graduanda em Psicologia. Dentre as reivindicações dos es
tudantes, está a manutenção das bolsas emergenciais enquanto se aplica medidas efetivas de comba te à evasão, que, para os estudan tes, é a construção do bandejão e do alojamento no campus do Aterra do. Os estudantes exigem reunião imediata com o reitor Sidney Mello para negociação das pautas estu dantis. “Queremos começar um di álogo aberto para apresentação for mal das nossas reivindicações com a Reitoria. Até então, não fomos atendidos”, completou Alice.
O corte de 30% do orçamento da UFF também está prejudican do pesquisas e integração de co nhecimentos acadêmicos no país. Para a professora do curso de Di reito, Carla Appollinário, todas as pesquisas já estão comprometidas de forma direta na universidade. “Desde a graduação, incentiva mos a participação dos alunos nas atividades acadêmicas. Desde o ano passado, não recebemos mais o apoio da Reitoria para partici par de congressos, como ajudas no custeio das passagens, alimenta ção, tendo que procurar meios pró prios para conseguir participar. A participação dos alunos fica sacri ficada, já que há cortes ou atrasos nas bolsas. Eles têm bons artigos, são aprovados nos congressos, mas não há verbas para garantir a par ticipação”, salientou. Para o sociólogo e professor do Departamento Multidisciplinar do Aterrado Gustavo Bezerra, a res posta à reitoria e ao governo deve ser a intensificação da greve para conseguir as vitórias que reivindi cam os professores e estudantes. “Precisamos intensificar a greve em todos os campi, convencer nos sos colegas, estudantes e técnicos a aderir, e assim arrancar nossas rei vindicações. Não podemos aceitar estes cortes na Educação”, finalizou o professor em greve.
Falta até passagem para ir trabalhar, diz terceirizada de Volta Redonda máximo que podemos fazer é Segundo a trabalhadora, os pro -alimentação referente a janeiro, não muitos trabalhadores terceirizados “O um dia de paralisação quan fissionais terceirizados estão sofren recebi o valor das férias de novembro na UFF, isso quer dizer que precisa do os nossos salários e vales atrasam, do com os atrasos constantes de pa do ano passado e o dissídio de mar de gente, tem lugar pra trabalhar, ço do ano passado. O dissídio deste ano também não tem previsão de re cebimento. Até o nosso FGTS está atrasado desde junho e não recebe mos sequer uma previsão”, lamentou. Para Tatiana, os atrasos são refle xo da terceirização, que só cresce. “Há
mas não abrem concurso, contra tam como trabalhador terceiriza do. Acho que deveria ter concurso com a quantidade de vagas que a universidade precisa, porque falta muito servidor e professor”, finali zou Tatiana. (NA)
‘Arraiá da Greve’ no dia 1º: mais fotos na página da Aduff no Facebook
João Marcos Coelho
gamentos de salários e direitos traba lhistas, escancarando os problemas da terceirização: “A UFF afirma que a única empresa com a qual está em dia é a empresa em que eu trabalho, mas nossos salários estão sempre atrasan do. Ainda estou recebendo meu vale
João Marcos Coelho
quando não temos sequer a passagem pra vir trabalhar. Mas nós terceiriza dos não podemos fazer greve”, lamen tou a profissional terceirizada Tatiana, ao dizer que não pode se juntar à greve dos técnico-administrativos da UFF, iniciada no mês de maio.
Estudantes acampados em Volta Redonda: luta por alojamento e para permanecer na UFF