Boletim
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA JOÃO PESSOA - PARAÍBA www.adufpb.org.br adufpb@terra.com.br
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SETEMBRO/2016
Mobilização docente:
O DESSERVIÇO PRESTADO PELOS QUE CRIAM E ECOAM BOATOS No dia 16 de agosto do corrente ano os professores e professoras da UFPB participaram de Assembleia da ADUFPB que teve como pauta discutir os ataques aos direitos e às universidades públicas. Concretamente, naquela oportunidade a Diretoria do sindicato apresentou uma análise de conjuntura e destacou o conjunto de medidas já adotadas pelo governo Temer e algumas propostas que estão tramitando no Congresso Nacional: os cortes e contingenciamento do orçamento de 2016 da UFPB e o anúncio de cortes de 45% no orçamento das universidades públicas para o ano de 2017; a proposta de congelamento dos investimentos do Estado brasileiro em Educação e Saúde – previsto na PEC 241 -, a tramitação do PLP 257, que, ao renegociar as dívidas de estados e municípios, irá agravar ainda mais a sangria de recursos públicos para o pagamento das dívidas interna e externa. Estes foram alguns dos elementos discutidos durante a assembleia da categoria, o que foi seguido por indicações por parte da Diretoria do sindicato e dos demais professores(as) presentes. A diretoria da ADUFPB apresentou a agenda de mobilização com a realização de debates, visitas aos centros e departamentos, também a criação de uma Comissão de Mobilização. Professores(as) apresentaram duas propostas de paralisação para ser apreciada pela assembleia: a primeira delas, no dia 24/08, foi efetiva e exitosamente realizada. Desenvolveram-se atividades de divulgação, mobilização e esclarecimento não apenas para a categoria docente, mas para a comunidade universitária da UFPB como um todo. A outra deveria ser precedida de uma articulação dos três segmentos da UFPB (Estudantes, Técnico-administrativos e Docentes), sendo sugerida como data indicativa para sua realização, no debate com os demais segmentos, o dia 06/09. Ou seja, a data deveria ser apresentada ao conjunto da comunidade acadêmica como proposta inicial e, somente depois disso, construída a atividade de paralisação, com a realização de Assembleia reunindo docentes, estudantes e servidores(as) técnico-administrativos(as). Após duas reuniões da Comissão de Mobilização, professores e estu-
dantes decidiram por adiar a realização da paralisação e, consequentemente, da Assembleia Comunitária. Portanto, a Comissão de Mobilização e a Diretoria Executiva da ADUFPB comunicam à categoria docente que no próximo dia 06/09 as atividades não serão paralisadas e convida docentes, estudantes e técnico-administrativos para a próxima reunião da Comissão de Mobilização no dia 14/09, às 15h, na sede da ADUFPB. Além disso, convoca a categoria para debater nas salas de aula, nas reuniões de Departamentos e Centros, as condições objetivas que estamos enfrentando nas atividades de ensino, pesquisa e extensão, resultado da política de cortes e contingenciamentos do orçamento da UFPB, que estão atingindo diretamente nossas condições de trabalho, além das bolsas e do financiamento das agências de fomento. Os desafios são enormes para aqueles comprometidos com a defesa da qualidade dos serviços prestados pela UFPB à população brasileira, seja na formação profissional, seja no desenvolvimento de estudos, pesquisas, ciência e tecnologia, seja nas atividades de extensão. É preciso discutir com a sociedade o fato de que os cortes sistemáticos do orçamento e nas bolsas e financiamentos ameaçam o funcionamento e qualidade da universidade pública. Como manter a qualidade ou mesmo o funcionamento das atividades sem os recursos necessários? Todos conhecem bem os impactos de cortes orçamentários. Basta partirmos do conhecimento prático construído no cotidiano de nossas vidas pessoais e profissionais, quando temos reduzidos os recursos em 60%. Cabe questionar: como iremos adquirir e manter os meios, equipamentos e instrumentos tão necessários para nossas atividades? Os computadores, aparelhos de Datashow, impressoras e aparelhos de ar-condicionado ficarão sucateados. Passagens e diárias para participar de congressos, realizar pesquisas e tantas outras questões minimamente indispensáveis estão sofrendo cortes. E a manutenção e conservação, incluindo a segurança nos campi universitários, tendem a se deteriorar. O quadro delineado é grave e quem tem colocado isso