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QUARTA-FEIRA, 05 DE ABRIL DE 2017

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - JOÃO PESSOA - PARAÍBA www.adufpb.org.br - adufpb@terra.com.br

GREVE GERAL

DIA 28/04 O BRASIL VAI PARAR! A Diretoria ExecuƟva da ADUFPB se dirige a toda comunidade acadêmica da UFPB para abrir um amplo e democráƟco debate acerca da convocatória feita por todas as Centrais Sindicais do país para construirmos, no dia 28 de abril, a Greve Geral dos trabalhadores(as) brasileiros(as) contra as medidas do governo Temer. Em 2016, esse debate já havia sido pautado entre nós em razão das necessidades à época, especialmente em razão das propostas de ajuste fiscal empreendidas pelo governo federal, que culminou com a aprovação da PEC do limite dos gastos sociais, atual Emenda ConsƟtucional 95. Portanto, a Diretoria da ADUFPB sente-se mais uma vez instada a se manifestar para evitar que qualquer desinformação sobre as caracterísƟcas disƟnƟvas a respeito desses dois instrumentos de luta dos trabalhadores - Greve Geral e Greve Específica – possam se transformar em óbices para nossa parƟcipação neste importante momento da história das lutas no país. Como já afirmamos noutra oportunidade, o atual momento políƟco brasileiro caracteriza-se, a nosso ver, pela inquesƟonável intenção do governo ilegíƟmo de Michel Temer de servir de forma abjetamente submissa à representação social - nacional e internacional - do capital renƟsta globalizado, no senƟdo da superação da crise - mais uma, cíclica, inerente ao próprio processo de produção capitalista em sua dinâmica - de acordo com os ditames emanados por essa representação. Para tanto, busca de um modo geral “jogar a conta” da mencionada crise nas costas da classe trabalhadora brasileira, usando, como principal instrumento para aƟngir essa finalidade, a reƟrada dos direitos arduamente conquistados pelos trabalhadores, ao longo de muitos anos de lutas, desde o final do século XIX e início do século XX: esse é o real objeƟvo do governo quando apresenta as reformas trabalhista e da previdência social. Não temos dúvidas de que o processo em curso, no qual os propósitos estão niƟdamente manifestos, caso seja bem sucedido, irá penalizar, com toda a sua dureza, o conjunto dos integrantes da sociedade brasileira que obtêm sua subsistência por meio de seus salários. Esses serão alijados, ainda mais do que já o são, de seus direitos ao trabalho protegido, aos beneİcios previdenciários, à saúde, à educação e demais políƟcas públicas, gratuitas e de qualidade. O conjunto dos trabalhadores brasileiros, por intermédio

de diversas Centrais Sindicais, sindicatos de base, frentes de lutas e demais organizações políƟcas, em presença no cenário brasileiro contemporâneo, vem buscando, coleƟvamente, amadurecer a concepção e efeƟvação de uma estratégia que possa barrar esse verdadeiro sequestro de seus direitos. E, nesse processo de construção táƟco-estratégico, configura-se como elemento de importância capital a realização de uma GREVE GERAL, envolvendo o máximo possível aqueles a serem mais duramente aƟngidos pelas medidas governamentais pretendidas - muitas delas já anunciadas e outras em processo de implementação. Ou seja, o horizonte almejado para a abrangência da greve é a totalidade dos trabalhadores brasileiros. Isso posto, é evidente que, por conta da abrangência pretendida e das condições concretas da atual realidade brasileira, a previsão é que ela seja de curta duração, como alerta e sinalização da postura mobilizada, disposta à luta e resistência dos trabalhadores brasileiros, frente à ameaça de reƟrada de seus direitos. GREVE ESPECÍFICA Cabe expressar, ainda, que não está, no atual momento, colocada dentre as perspecƟvas de luta, nem da ADUFPB, nem do ANDES-SN, qualquer indicação de GREVE ESPECÍFICA DOCENTE, nos moldes do movimento paredista realizado nacionalmente pelos professores das IFES em anos anteriores. Ainda que tenhamos a clara percepção da existência de uma forte arƟculação entre as dimensões específica e geral das lutas dos trabalhadores, tal instrumento de luta tem sua aplicabilidade adequada a outro contexto, bastante disƟnto do que se apresenta no presente. Por fim, nunca é demais repeƟr, as decisões e definições dos instrumentos de luta a serem acionados em cada contexto que se apresente foram, são e serão, SEMPRE, tomadas pela categoria, soberanamente e democraƟcamente, em suas instâncias próprias de deliberação. Neste senƟdo, aproveitamos a oportunidade para CONVOCAR TODOS OS DOCENTES para nos dias 18 e 19 de abril parƟciparem da rodada de Assembleias, que terá como principal pauta o debate e a decisão da categoria sobre a Greve Geral do dia 28.04.2017. Diretoria ExecuƟva da ADUFPB


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QUARTA-FEIRA, 5 DE ABRIL DE 2017

Diretoria do ANDES-SN divulga nota sobre

Greve Geral de 28 de abril A diretoria do ANDES-SN divulgou na úlƟma segunda-feira (3), por meio da Circular 087/17, uma nota na qual ressalta a importância da construção da Greve Ge-

ral de 28 de abril para barrar os ataques que os governos federal, estaduais, municipais e o Congresso Nacional têm desferido aos direitos dos brasileiros.

NOTA DA DIRETORIA DO ANDES-SN A hora é agora! Unir e mobilizar para a greve geral em 28 de abril! A diretoria do ANDES-SN reunida em Brasília, no período de 30 de março a 2 de abril de 2017, avaliou que a construção das lutas nos dias 8, 15, 28 e 31 de março foi posiƟva e acertada, demonstrando a disposição e a possibilidade da classe trabalhadora de se mobilizar, reagindo à crise econômica e políƟca pela qual passa o país. As ações do mês de março demonstraram que o empenho do ANDES-SN, junto com outras enƟdades e movimentos sociais, no senƟdo de construir a unidade de ação é o caminho para barrar as contrarreformas em curso. Junto com o aumento quanƟtaƟvo e qualitaƟvo das lutas e da indignação social contra o ilegíƟmo governo TEMER, mergulhado profundamente na lama da corrupção, há também uma evidente crise no sistema políƟco insƟtucional que tende a se agravar nos próximos dias. Temos que intensificar os esforços de esclarecimento e mobilização da nossa categoria e da população, além de ampliar a unidade na luta. Entendemos que o Sindicato deve ampliar o seu empenho, a parƟr das ações da diretoria, das secretarias regionais e das seções sindicais, no senƟdo de conƟnuar fortalecendo e construindo a unidade entre as diferentes categorias, movimentos sociais e populares, centrais sindicais, sindicatos, frentes e fóruns nos municípios e estados, para construir a GREVE GERAL. Esse é o momento de ampliarmos a mobilização interna em nossas insƟtuições de ensino, fazendo panfletagens, assembleias dos três segmentos, debates e visitas aos departamentos; dialogando com os pro-

fessores/as sobre os riscos das contrarreformas da Previdência (PEC 287) e trabalhista, da terceirização e dos cortes de verba, para a classe trabalhadora e para os serviços públicos, destacando seus impactos para a educação pública. Também devemos intensificar a pressão sobre os deputados/as e senadores/as nos estados, exigindo posicionamento público contrário às contrarreformas em pauta. Entendemos que a crise pela qual passam as universidades estaduais e municipais é a expressão avançada da políƟca regressiva do governo federal, que privilegia os interesses do bloco políƟco-social no poder, em detrimento dos interesses dos trabalhadores/as e do povo, que está sendo imposta ou reproduzida pelos governos estaduais e municipais, contra a qual temos que nos mobilizar para combater. Manifestamos, enfaƟcamente, nossa maior solidariedade e disposição de luta junto com os/as professores/as, a comunidade acadêmica e a população dos estados e municípios que estão sendo objeto de ataques selvagens nos seus direitos! A hora é agora! Temos que dar uma resposta à altura dos ataques que estamos sofrendo. Mobilizar, resisƟr e avançar na organização dos professores/as em arƟculação com os demais trabalhadores/as para defendermos os serviços públicos e os direitos. Nenhum direito a menos! Fora Temer! Rumo à GREVE GERAL em 28 de abril! Brasília, 2 de abril de 2017 DIRETORIA DO ANDES-SN

Boletim produzido pela ASCOM/ADUFPB. Jornalistas responsáveis: Renata Ferreira e Ricardo Araújo. Revisão: Nana Viscardi.


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