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Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia

Ou t u b ro 2013

Missão nas Grandes Cidades O Cuidado Extremo de Deus

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“Mão

Feliz”

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Bênçãos

e Maldições


Out ub ro 2013

A r t i g o

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e s p e c i a l

12 A Um Desses Meus Pequeninos D E V O C I O N A L

Missão Nas Grandes Cidades Retomando o método de Cristo.

Por Gerald A. Klingbeil

Eles podem não saber, mas precisam da salvação.

14 O Cuidado Extremo de Deus A

H I S T Ó R I A

A D V E N T I S T A

10 Carta à Família da Igreja! V I S Ã O

Por Silvia Scholtus Roscher

O início da obra em um dos campos de crescimento mais rápido no mundo.

M U N D I A L

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V I D A

Por Ted N. C. Wilson

Reflexões pessoais sobre a NY13.

A D V E N T I S T A

“Mão Feliz”

Por Sandra Blackmer

Em Copenhague, leigos desenvolvem atividade evangelística singular.

SE Ç Õ ES 3 N O T Í C I A S

DO

MUNDO

3 Notícias Breves 6 Notícia Principal

9 S A Ú D E N O M U N D O Contribuindo para Comunidades Mais Saudáveis 26

R E S P O S T A S A PERGUNTAS BÍBLICAS

Bênçãos e Maldições

www.adventistworld.org Online: disponível em 13 idiomas Tradução: Sonete Magalhães Costa

Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. V. 9, Nº 10, Outubro de 2013.

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Adventist World | Outubro 2013

27 E S T U D O B Í B L I C O As Sete Igrejas do Apocalipse: Éfeso 28

TROCA

DE

IDEIAS


Espaço Comprimido

Q

Notícias do Mundo

Jovens

Combatem o Tabagismo

C o z z i

na Europa

C o r r a d o

uatro metros por cinco. Espaço suficiente para fazer uma pequena horta. Esse é, em média, o tamanho dos quartos nas residências aqui nos Estados Unidos. Mas em Dhaka, Bangladesh, região metropolitana mais populosa do mundo, é o espaço para uma famíla viver. Subtraia ainda as áreas comerciais, industriais, estruturas do governo, ruas e calçadas, os depósitos de lixo e as regiões pantanosas; sobra para o residente típico de Dhaka quase o que um corpo deitado no chão ocuparia. “Vieram todos do pó, e ao pó todos retornarão” (Ec 3:20, NVI). Atualmente, o número de pessoas que moram nas grandes cidades do mundo, está estimado em mais de 3,7 bilhões, o que indica que essa concentração de gente tende a crescer. Todos os anos, milhões de pessoas deixam a zona rural e se mudam para as cidades, impelidos pela fome, guerra, doenças e instabilidade econômica. Elas compartilham a esperança inútil de que a dor de viver diminua, de alguma forma, se viverem com outros em uma grande comunidade. As cidades se transformaram em um grande “canteiro de gente espremida” – um fenômeno social, anteriormente desconhecido, para o qual não há regras ou diretrizes e, neste caos, não pode haver profecias de paz e sucesso. Vida comprimida significa que todas as experiências de tristeza, dor, pecado, desânimo e violência, serão também intensificadas e multiplicadas. Não é a toa que os sonhadores do mundo colocaram seus Nirvanas e Utopias em planetas ou ilhas não descobertos e muito distantes. Ninguém espera que algo bom emerja das cidades. Mas a igreja cristã foi chamada para habitar nesse mundo real, e não utópico. Podemos sonhar com a “cidade [...] da qual Deus é o arquiteto e edificador” (Hb 11:10). Mas, agora, somos chamados para servir os bilhões que vivem nas metrópoles, que podem ser tudo, menos o ideal. Vida comprimida (esprimida, apertada) deve urgentemente se tornar um desafio para esta Igreja. Uma missão que viva a verdade que prega, que doe alimento, carregue água e ofereça amizade. Este mês, quando você ler os artigos especiais que dão ênfase ao projeto mundial chamado “Missão nas Cidades”, peça a Deus um coração amoroso e compassivo semelhante ao de Jesus.

Acima: CONGRESSO JOVEM: “Power of One” recebeu milhares de jovens na Sérvia. Direita: CIGARRO versus FRUTAS: Congressista oferece fatias de melancia a fumantes na praça Novi Sad’s Liberty Square.

■■ Em Novi Sad’s Liberty Square, os jovens pediram aos pedestres (fumantes) para trocar o cigarro por frutas frescas, em um dia quente de verão. Os suíços Benjamin Zihlman e Reimo Butscher ficaram surpresos ao ver que a maioria dos fumantes se dispôs a trocar não apenas o cigarro que estava fumando, mas o maço inteiro. Outros mostraram desejo de parar de fumar e se inscreveram para receber mais informações. Zihlman e Butscher planejam manter contato com alguns pelo Facebook, onde oferecerão apoio adicional para ajudá-los a deixar de fumar. A iniciativa foi uma das atividades comunitárias realizadas na segunda maior cidade da Sérvia, no início de agosto, durante o congresso Pan-europeu de jovens “Power of One”. Os jovens também recolheram lixo ao longo do Rio Danúbio, pintaram brinquedos dos parquinhos das escolas fundamentais e doaram sangue. Eles entregaram vários livros, tais como, Gifted Hands, escrito por Ben Carson, famoso neurocirurgião adventista. “É um privilégio ver nossos jovens levando a mensagem às pessoas e compartilhando o evangelho por intermédio do cristianismo prático”, disse Janos Kovacs-Biro, evangelista da Divisão Transeuropeia. De volta ao Centro Esportivo SPENS, após as atividades na região, eles ouviram a mensagem apresentada pelo evangelista David Asscherick, sobre encarar suas próprias lutas.

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tacou a importância de cuidar tanto da saúde física quanto da espiritual, enquanto vivemos centrados em Cristo e na missão que Ele nos confiou. “Essa foi uma mensagem transformadora para mim”, disse Elycia Martins, da Austrália. Ela não foi a única jovem a viajar para o continente europeu. Dois jovens de Papua-Nova Guiné viajaram 87 horas e passaram por sete países durante o trajeto. O congresso recebeu delegações de 45 países. Para os líderes do Ministério Jovem na Europa, o congresso representou um avanço. Nos anos 1990, os líderes da Igreja tentaram organizar um congresso na Sibéria, mas a instabilidade política na região frustrou seus esforços. Dessa vez, os jovens foram lembrados de que o relacionamento com Deus pode dar estabilidade à vida. “Se esse congresso serviu de motivação para os jovens se fortalecerem na fé e levar avante a missão da Igreja, então, penso que atingimos o objetivo principal”, disse Stephan Sigg, diretor de jovens da Divisão Intereuropeia. – Reportagem da TEDMedia

sérios problemas financeiros e não têm recursos para comprar material escolar, livros, uniforme e outros itens exigidos. Por isso, como igreja, realizamos essa feira e exposição para instruir, capacitar e ajudar a diminuir o peso financeiro”. A exposição atraiu milhares de pessoas de toda a St. Ann e vizinhança, que se beneficiaram com livros didáticos ao preço simbólico de JMD$10.00 (10 centavos de dólar); exames de saúde gratuitos; palestras sobre administração financeira e poupança para a educação; e treinamentos de habilidades. Surpreso com as ofertas, Kaydian Williams disse: “Onde no mundo eu encontraria livros escolares a preços tão baixos? Economizei milhares de dólares comprando aqui. Meu filho também foi examinado gratuitamente pelo médico. Isso é realmente muito bom e quero, sinceramente, agradecer à igreja.” Dotlyn Bailey, principal coordenadora do evento e patrocinadora de educação da Igreja de Ocho Rios, disse: “Tivemos cerca de duas mil pessoas.

■■ Prestes a iniciar o novo ano escolar, centenas de pais enfrentam dificuldades para adquirir livros e demais requisitos para os filhos. Entretanto, a Igreja Adventista reconhecendo a situação ajudou a diminuir esse gasto, realizando a 5ª Exposição Anual sobre Saúde, Educação e Habilidades. O evento ocorreu na Igreja de Ocho Rios, no pátio da Urban Development Corporation (UDC). Omri Davis, diretor do Ministério Jovem da Associação do Norte da Jamaica, e o pastor da Igreja de Ocho Rios disseram: “As pessoas enfrentam

B u d d o o - F l e t c h e r

Feira Provê Auxílio para Volta às Aulas

Dy h a n n

Falando para um público de cerca de três mil jovens, Asscherick enfatizou que crescer em Cristo é “uma caminhada, não um salto. Leva tempo”. “Muitos nos disseram que é errado lutar, mas se você luta em sua experiência cristã, se você acha que é difícil aprender a andar com Cristo, significa que você está nadando contra as […] inclinações do mundo”, disse Asscherick, acrescentando que a chave para o crescimento cristão é “continuar se levantando”. Matthew Gamble, pastor da Igreja de Elmshaven, em Santa Helena, Califórnia, pregou sobre crescimento espiritual, dando continuidade ao tema de Asscherick. “Algumas pessoas creem que precisam vencer o pecado para ser aceitas por Cristo. Isso não é bíblico. O evangelho de Jesus Cristo é: Você vai para o Céu pelo que Cristo fez, está fazendo e continuará a fazer.” Asscherick e Gamble dirigiram aproximadamente 17 oficinas durante o congresso. Falando sobre o tema “Estilo de Vida Missionário”, Asscherick des-

C o r r a d o

TRABALHO COMUNITÁRIO: Jovem voluntário pinta o parquinho de uma escola fundamental em Novi Sad, Sérvia, durante atividades na comunidade.

C o z z i

Notícias do Mundo

EXAME DE VISTA: Dra. Tamara Henry usa um tablet para examinar a visão de Britania Clarke durante a 5ª Expo-Saúde, Educação e Habilidades, realizada na Igreja Adventista de Ocho Rios no mês de agosto.


Jovens Adventistas Hospedam Peregrinos da Jornada Mundial da Juventude Católica ■■ Famílias adventistas do Rio de Janeiro ofereceram alojamento a 170 jovens católicos italianos que vieram à cidade para a Jornada Mundial da Juventude no mês de julho. Eles integravam o grupo de milhares de jovens que participaram, por uma semana, das celebrações da Igreja Católica para aprofundar sua espiritualidade. Membros da Igreja Adventista Central do Rio de Janeiro receberam o grupo no aeroporto, e providenciaram

B e r t o l l i F a b i a n a

Uma senhora me disse que estava vindo de muito longe, de St. Mary, para comprar os livros didáticos, e comprou a maioria. Você podia ver os pais checando sua lista de livros à medida que iam comprando. Além disso, centenas de estudantes foram beneficiados pelos exames médicos gratuitos. Isso realmente atrai multidões”. Bailey acrescentou: “Minha única tristeza foi que não tivemos médicos suficientes para a grande demanda. No próximo evento esperamos que os médicos voltem para concluir o processo. Desejamos oferecer mais livros também.” O sucesso do evento foi graças ao apoio de seus colaboradores: Hospital St. Ann’s Bay, National Commercial Bank, Bank of Nova Scotia, HEART Trust, Cuna Mutual, Carlong Books, Kingston Book Shop, Book and Nutrition Centre, Bashco, University of the West Indies, University College of the Caribbean, Victoria Mutual Building Society, Moneague College e o First Regional Cooperative Credit Union. – por Dyhann Buddoo-Fletcher, União Jamaicana.

HOSPITALIDADE ADVENTISTA: Jovens da Igreja Central do Rio de Janeiro oferecem hospedagem a jovens católicos durante Jornada Mundial da Juventude.

transporte e acomodação na igreja durante a semana de peregrinação. “Temos nossas diferenças doutrinárias, mas servimos a um Deus que nos deixou o exemplo de amor pelos semelhantes. Estamos ajudando esses jovens não pela sua religião, mas porque estão precisando, e ajudaríamos os membros de qualquer denominação”, disse Rômulo Silva, um dos líderes da igreja. Durante a semana da jornada, nossas igrejas locais aproveitaram a oportunidade para orar pelos jovens católicos e convidá-los para assistir nossos programas. “Vários deles [jovens] participaram dos cultos, todas as noites, e disseram que gostaram das mensagens”, comentou Rômulo. Ele acredita que “a bondade e a generosidade são mais poderosas para transmitir nossa doutrina do que um sermão”.

Em Costa Rica, Homenagens pela Campanha de Doação de Sangue ■■ A Igreja Adventista foi recentemente reconhecida pelo Banco Nacional de Sangue da Costa Rica, por ser a organização com maior sucesso na obtenção de doadores. A homenagem aconteceu durante as

comemorações do Dia Mundial de Doação de Sangue da OMS, 14 de junho, na cerimônia especial realizada na Universidade de Costa Rica, em San José. Patrícia Contreras elogiou o trabalho da Igreja e destacou o sucesso do método utilizado nas campanhas. De acordo com Contreras, o país consegue apenas 50% das demandas de sangue em relação a doadores voluntários. A meta é alcançar 100%, por meio de novos doadores e daqueles que já doam. Jorge Luis Prosperi, líder da Organização Pan-americana de Saúde (OPS) na Costa Rica, também agradeceu à Igreja por “tão nobre contribuição à sociedade”. Earnal Scott, diretor do Ministério Jovem para Costa Rica, Nicarágua e Panamá, recebeu o prêmio em nome da IASD. “Sabemos que o povo deste país está interessado em salvar vidas”, disse o Pastor Scott. “Uma doação de sangue pode salvar cinco vidas, e a Igreja está preparada para continuar fazendo campanhas e recrutando voluntários para essa nobre missão”. Segundo Scott, os membros de nossas igrejas em Costa Rica, o departamento do Ministério Jovem da União e Associação, a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), e o Banco Nacional de Sangue,

Outubro 2013 | Adventist World

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Notícias do Mundo começaram a campanha “Gota a Gota pelo Meu Semelhante” mais cedo este ano. Para Frank Artavia, profissional adventista que ajuda a coordenar a campanha, o projeto proporcionou grandes oportunidades para testemunhar de Jesus. “Estamos animados porque centenas de jovens de todas as igrejas adventistas locais doaram sangue no Centro Educacional Adventista, em Hatillo. Em março, como parte do dia mundial do jovem adventista, tivemos doadores oriundos de seis áreas rurais que fizeram sua doação nos hospitais da cidade.” – Marilyn Cernas/IAD, de Alajuela, Costa Rica

Por James Standish, Divisão do Sul do Pacífico, de Goroka, Papua-Nova Guiné

Treinamento de

Evangelismo da Saúde em Papua-Nova Guiné

Conferência Histórica para despertar interesse da comunidade

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Adventist World | Outubro 2013

J av i e r

IGREJA É RECONHECIDA: Earnal Scott (esquerda), diretor do Ministério Jovem para a Igreja na Costa Rica, Nicarágua e no Panamá, recebeu o prêmio das mãos de Patrícia Contreras, do Banco de Sangue Nacional de Costa Rica, com a presença de Frank Artavia, coordenador da campanha. A igreja foi reconhecida como a organização mais bem-sucedida na obtenção de doadores de sangue durante a campanha “Gota a Gota por mi Próximo” (Gota a Gota para meu Semelhante).

S o ss a / IAD

N

o Aeroporto de Goroka há um grande outdoor do Milo, famoso chocolate em pó. O slogan diz: “Milo Faz Você Ficar Forte”. O que mais chama a atenção no anúncio? Por incrível que pareça, a imagem de dentes brancos, reluzentes e saudáveis. Há várias coisas boas a serem ditas sobre o Milo, mas força para promover a saúde dental parece um pouco contraditório. E o Milo é apenas um dos alimentos altamente refinados e amplamente divulgados no alto das montanhas de PapuaNova Guiné. Não deveria ser surpresa que com o aumento do consumo de alimentos altamente calóricos e refinados, doenças como diabetes, infartos e derrames cerebrais sejam cada vez mais frequentes. Há, ainda, a ameaça do HIV/AIDS – especialmente quando os homens deixam a família para trabalhar em locais de mineração e cidades distantes. Tradicionalmente, nossa Igreja tem se preocupado com problemas tais como: saúde materna, mortali-

dade infantil, doenças infecciosas e lesões. No entanto, à medida que o país se desenvolve, temos trabalhado também para combater doenças causadas pelo “estilo de vida”. Como parte desse esforço, recentemente, realizamos uma Conferência de Saúde em três locais: Port Moresby, Goroka e Sonoma, perto de Rabaul. O objetivo foi oferecer treinamento prático a fim de que cada igreja, escola ou clínica adventista, se transforme em um centro de educação em saúde. Mais de 1.700 pastores, professores e profissionais de saúde participaram dos eventos. Muitos desses palestrantes estão entre os melhores da região, incluindo os médicos adventistas Oscar e Eugênia Giordano, que dirigiram uma campanha mundial na África do Sul para conter a pandemia de HIV/AIDS. Houve, ainda, vários palestrantes de Papua-Nova Guiné que contribuíram tanto nas questões debatidas quanto na contextualização dos métodos aplicáveis às necessidades locais.


Acima: VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL: A verificação da pressão foi parte do evento de saúde na comunidade. Meio: ALIMENTOS SAUDÁVEIS. Esquerda: Participantes levantam as mãos em resposta ao desafio. Abaixo: LÍDERES PRESENTES À CONFERENCIA DE SAÚDE: Pr. Kevin Prince, Dr. Allan Handysides, Dr. Chester Kuma, Sibilla Jonhson, Dr. Peter Landless e Pr. Leigh Rice. Johnson foi homenageada por sua dedicação ao ministério da saúde.

F o t o s :

C o r t e s i a

d a

S P D

“Esta conferência é parte integrante do programa sobre promoção da saúde em igrejas, escolas, clínicas e hospitais, o qual já é promovido pela Divisão do Sul do Pacífico”, disse Kevin Price, pastor adventista e diretor da equipe. “Estamos determinados a combater a dupla: doenças transmissíveis e as que resultam do estilo de vida, que têm afetado tantas pessoas na região do Pacífico. Creio que nossa mensagem de saúde precisa ser amplamente proclamada. Nunca houve um tempo no qual ela seja tão apropriada”. Segundo Joy Butler, líder do Women of Faith Excellence e participante da

conferência, foram realizados exames médicos e dadas orientações durante a programação. Outro destaque foi a grande quantidade de alimentos, saborosos e nutritivos, oferecidos pela escola (cozidos e assados em fogueiras ao ar livre, em panelas enormes). O Departamento do Ministério da Saúde da Associação Geral (AG) premiou Sibilla Johnson com a Medalha de Distinção, pela dedicação e serviços prestados. Johnson, diretora do Ministério da Saúde em Victoria, foi condecorada em cerimônia realizada no Sonoma Adventist College, durante conferência dirigida pelo ex-líder do

Ministério da Saúde (AG), Dr. Allan Handysides, hoje aposentado, e o diretor atual, Dr. Peter Landless. Johnson iniciou suas atividades em Papua-Nova Guiné em 1982. Há muito tempo a Igreja vem se comprometendo a melhorar a saúde do povo desse país. Ela administra 31 clínicas no país – muitas em regiões remotas – e o recém-adquirido Hospital Komo. A conferência sobre saúde é a primeira fase do programa “Ministério de Saúde Abrangente”, que tem sido promovido pelos líderes da Associação Geral e da Divisão do Sul do Pacífico. – Equipe da Adventist World

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MiSSãO nas cidades

Evangelismo em

Gold Coast

Por Mark A. Kellner, editor de notícias

“O Último Império” chega a famoso ‘parque de diversão’ na Austrália

E

C o l i n

R e n f r e w

vangelista adventista planeja abalar com as três Mensagens Angélicas uma área popular e influente na costa leste da Austrália, em 2014. Anthony Kent, australiano, natural da região conhecida como “Gold Coast” (Costa do Ouro), ao sul de Queensland, realizará uma série evangelística do dia 2 a 30 de maio do próximo ano em seu país. O evento será na cidade de Gold Coast, cuja população é de aproximadamente 600 mil habitantes e tem crescido cerca de 3% ao ano. Segundo as autoridades, Gold Coast é a sexta maior cidade da Austrália e fica em uma das regiões que mais crescem no país. Ela cobre uma área de 1.400 km2, não muito distante de Brisbane, a capital de Queensland, cuja população atual é de 2,1 milhões de pessoas. Os locais para a série “O Último Império” serão: a Igreja Central de Gold Coast, a Igreja de Reedy Creek, em um pequeno subúrbio, e a Igreja de Robina, um bairro recentemente estabelecido, que fica perto de Gold Coast. A maior parte

R e d e A d v e n t i s ta d e N o t í c i a s

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da campanha será realizada em áreas novas. A Igreja não tem uma Associação ou Missão nesses locais, o que torna o evangelismo um pouco mais difícil. “Enfrentamos maiores desafios nas grandes cidades de países como a Austrália. Pois, elas estão se tornando cada vez mais seculares e difíceis de serem evangelizadas, e nas cidades mais novas, não temos uma plataforma deixada por pioneiros como ponto de partida”, explica Kent. “Não temos nenhuma instituição mais antiga para construirmos um centro a partir dela. No meio desse território não há hospital, nem casa publicadora e nenhum escritório de Associação. Temos uma escola ou duas, o que já é animador, mas grande parte dos alunos não é adventista. Porém, essa também, é uma grande oportunidade”. Como lidar com essa situação? Kent insiste que a oração é tremendamente importante. “Sem o poder do Espírito Santo todos os nossos esforços serão em vão. Seria maravilhoso se a Igreja orasse fervorosamente por essas pessoas, para

Acima: PASTORES LOCAIS: Da esquerda para a direita, pastores Wayne Humphries (Surfers Paradise), Sean Berkekey (Central de Gold Coast), Guy Lawson (diretor da escola), Greg Pratt (Reedy Creek), Wes Tolhurts (Coastlife) e Young Je (Igreja Coreana de Gold Coast) na reunião de planejamento para a campanha evangelística “O Último Império”. Destaque: Anthoty Kent será o orador principal da série evangelística que está marcada para maio de 2014, na cidade de Gold Coast, arredores de Queensland, Austrália.

Adventist World | Outubro 2013

que o Senhor as desperte”. Em setembro, Kent visitou a região e se reuniu com os pastores e membros das igrejas locais para organizar os preparativos. Após a visita e até o início das conferências, em maio de 2014, essas congregações e pastores serão treinados para estarem prontos para o evangelismo. “Queremos cristãos adventistas comprometidos, indo até as pessoas, animando-as a buscar outras pessoas e treinando-as para evangelizar”, menciona Kent. “Desejamos capacitar esses membros que estão trazendo seus amigos a ajustar as coisas no processo. E, desse modo, ajudá-los a caminhar com Jesus, desfrutar de uma experiência com Ele e se preparar para o Seu retorno.” Assim, “O Último Império” (veja Adventist World de julho, http://bit. ly/13H45My), é relacional e pessoal, evitando ênfase exagerada na Segunda Vinda, pois pode assustar as pessoas que vivem em uma sociedade altamente secular. A essência da mensagem estará lá, disse Kent, mas com um enfoque pessoal. “Em muitos aspectos, a ênfase será quanto ao futuro das pessoas – como será seu futuro, qual será seu destino. Especificamente, nossa vontade é levar as pessoas a refletirem sobre o que estão enfrentando na vida, e o que acontecerá em seguida no planeta Terra”. Sabendo que muitos vão à região de Gold Coast em busca de outras coisas, menos da fé, Kent tem consciência do difícil trabalho que terá pela frente. Esse não será um passeio no parque; é uma tarefa dura e desafiadora. Gold Coast é um ‘local de diversão’ para muitas pessoas. A grande maioria vai para lá como forma de escape. É um desafio, mas ele está confiante no poder da oração e no calor e amabilidade de nosso povo para com as pessoas. Maiores informações sobre a Associação de Queensland Sul, que está patrocinando “O Último Império”, podem ser encontradas na página http://sq.adventist.org.au/. n


Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless

S aúde

no

M undo

Contribuindo

para Comunidades

Mais Saudáveis

Frequentemente temos ouvido sobre evangelismo da saúde. Mas, na prática, de que maneira minha igreja pode contribuir nessa área?

O

ministério da saúde é uma ferramenta muito eficaz para levar o evangelho às nossas comunidades. Infelizmente, porém, muitas de nossas igrejas são usadas em dois ou três dias da semana apenas. Entretanto, elas também poderiam ser utilizadas nos outros dias, suprindo as necessidades da comunidade. Jesus é nosso exemplo. O livro A Ciência do Bom Viver, de Ellen G. White, um clássico sobre o ministério da saúde, traz logo no início as seguintes palavras: “Nosso Senhor Jesus Cristo veio a este mundo como o infatigável servo das necessidades do homem. ‘Tomou sobre Si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças’ (Mt 8:17), a fim de poder ajudar a todas as necessidades humanas. Veio para remover o fardo de doenças, misérias e pecado. Era Sua missão restaurar inteiramente os homens; veio trazer-lhes saúde, paz e perfeição de caráter.” E continua um pouco mais adiante: “e nenhum dos que a Ele se chegavam saía desatendido.”1 Na página 143 do mesmo livro, encontramos o método de trabalho desse ministério especial: “Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: ‘Segue-Me’” (Jo 21:19). Nós temos o exemplo, o método e as igrejas! Nos últimos sete anos, o objetivo do Ministério da Saúde da Associação Geral tem sido fazer de cada igreja um centro de saúde em sua comunidade. Isso só pode acontecer

quando decidimos ser proativos e suprir as necessidades da comunidade à qual pertencemos – em cidades grandes ou pequenas, ou na zona rural – e nos misturarmos com o povo. As igrejas podem ajudar a manter a higiene e pureza das fontes de água nos bairros ou cidades, ou realizar um curso Como Deixar de Fumar em algum auditório da cidade. Podemos auxiliar no combate à atual pandemia de obesidade e diabetes do tipo 2 que aterroriza tanto os países desenvolvidos quanto emergentes, desenvolvendo programas de diagnóstico e Expo-Saúde para identificar as pessoas portadoras de diabetes e pressão arterial alta, incentivando-as a procurar um médico. Realizar cursos de culinária, ensinar como preparar refeições saudáveis e nutritivas, à base de legumes e verduras, que podem ser muito eficazes no combate à obesidade, diabetes, hipertensão e outras doenças provocadas pelo estilo de vida, inclusive doenças coronarianas e até o câncer. Nossas igrejas poderiam designar um espaço (local apropriado) para exercícios físicos com instrutores voluntários, oferecendo assim, companhia e motivação para muitos. À medida que a amizade vai se desenvolvendo, o ministério da igreja local pode ser ampliado e oferecer cursos de conscientização e recuperação de dependentes químicos, como também, cursos sobre saúde mental e emocional, bem-estar e recuperação da depressão. Temos uma grande quantidade de programas eficazes, baseados em evidências; nossos membros precisam ser informados e treinados para oferecê-los. Fundamentada nas instruções da

Bíblia e do espírito de profecia, a Igreja está dando ênfase renovada a todos os seus ministérios, unindo-os no que agora é chamado de Ministério Global da Saúde. A intenção é quebrar nossos casulos de atuação solitária e nos envolver no método de evangelizar de Cristo, atendendo assim, com sucesso, as necessidades de todos. O Ministério da Saúde, então, torna-se um conduto da mensagem da graça para este mundo necessitado e sem esperança; cada igreja um centro comunitário de saúde (no sentido mais amplo e prático); e, cada membro um “médico missionário” (ministro de saúde, promotor de saúde, etc.). “Atingimos um tempo em que todo membro da igreja deveria utilizar a obra médico-missionária. O mundo é um hospital repleto de enfermidades, tanto físicas como espirituais.”2 Que necessidade; que obra a ser realizada! Temos os prédios, o material e, o mais importante, as pessoas. Vamos avançar e transformar todas as nossas igrejas em centros comunitários de saúde para honrar, glorificar o nome de Deus e salvar a muitos. n 1 Ellen 2 Ellen

G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 17. G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 7, p. 63.

Allan R. Handysides, médico ginecologista, é diretor do Ministério de Saúde da Associação Geral. Peter N. Landless, médico cardiologista nuclear, é diretor associado do Ministério de Saúde da Associação Geral. Outubro 2013 | Adventist World

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V I S Ã O

M U N D I A L

Querida Família Adventista:

T

rabalhar na cidade de Nova York, neste verão, foi uma experiência incrível! Trouxe-me recordações de muitos anos atrás quando ali trabalhei como estagiário e, mais tarde, como pastor distrital. Nancy e eu temos um laço afetivo com essa cidade. Trabalhamos vários anos em sua região metropolitana. Lá

Os nova-iorquinos são exigentes e obcecados pela busca de uma vida melhor. Porém, Deus está agindo por intermédio de membros dedicados, para alcançar essas pessoas com métodos criativos e inovadores.

roupas e seminários. Os membros foram treinados em evangelismo de pequenos grupos e em maneiras de usar as apresentações de estudos bíblicos. Centenas de jovens percorreram a cidade testemunhando de Jesus!

Preparando o Caminho

Atraídos a Cristo

Pouco antes de iniciar nossa mais recente campanha evangelística, alunos da Northeast Evangelism Training School

Foi emocionante ver centenas de pessoas, vindo noite após noite para assistir à série evangelística. Muitas

Carta à Família da Igreja! Mensagem do presidente Por Ted N. C. Wilson

também nasceram duas de nossas filhas. Nova York se tornou nosso segundo lar. Pregar na Igreja de Manhattan da rua West 11th foi emocionante para mim. Há quarenta e dois anos, alguns estudantes de teologia e eu atuamos como pastores estagiários nessa mesma igreja, inclusive o pastor atual, Tony Romeo. Durante a era “hippie”, iniciamos um projeto pioneiro para jovens. Greenwich Village [nome do bairro da cidade] já era naquela época um centro para jovens, e continua sendo (veja “City Lights Burn Out”1). É também um dos lugares mais difíceis, mais sofisticados e mais caros para se morar e trabalhar nos Estados Unidos.

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Adventist World | Outubro 2013

(Escola de Treinamento em Evangelismo do Nordeste) fizeram pesquisas e cadastraram pessoas interessadas em receber estudos bíblicos. Surpreendentemente, em apenas dois períodos de quatro horas, com quatro equipes batendo de porta em porta, os alunos retornaram com 106 inscrições! Mesmo em territórios difíceis, muitas pessoas estão ansiosas à procura de respostas para as demandas da vida. Elas ficam emocionadas quando descobrem a boa notícia das três mensagens angélicas e o breve retorno de Cristo. Outros ajudaram no preparo para as conferências . Foram oferecidos cursos sobre saúde e culinária. Houve trabalho comunitário, compartilhando alimentos,

visitas compareceram e foram atraídas a Jesus à medida que as verdades bíblicas eram apresentadas com o poder do Espírito Santo. Pude presenciar vidas sendo transformadas ao responder às mensagens da Palavra de Deus, assumindo o compromisso do batismo e se tornando parte da igreja remanescente de Deus. Algumas dessas pessoas, inclusive um arquiteto chinês e esposa, planejam testemunhar para sua família na China; o gerente de vendas de uma grande rede de hotéis deseja se tornar ministro do evangelho; uma senhora ucraniana trouxe alguém para traduzir-lhe o sermão todas as noites; um casal que foi batizado e


MiSSãO nas cidades

um senhor que cresceu em Greenwich Village, sentem, agora, a “responsabilidade” de falar do evangelho à sua antiga vizinhança. Quando pregamos a mensagem profética, explicando o livro de Apocalipse, algo acontece tanto em nosso coração quanto no coração daqueles que a ouvem. Senti que meu coração foi renovado pelo Espírito enquanto falava a outros o que significa estar pronto para se encontrar com Jesus. Somente no mês de junho, foram realizadas na área da Grande Nova York mais de cem reuniões evangelísticas, de um total de aproximadamente 400 planejadas para 2013. Líderes da Associação Geral também participaram do evangelismo. As atividades da NY13 consistiram de vários eventos que foram coordenados por uma comissão presidida pelo Pr. Don King, presidente da União do Atlântico, e envolveram a Divisão Norte-Americana (DNA), as Uniões de Columbia e do Atlântico, e as cinco Associações locais: Northeastern, Greater New York, Allegheny East, New Jersey e Southern New England. Houve uma tremenda disposição e cooperação entre todas as instituições, pastores, membros de igreja, ministérios de apoio, e da ASI [Federação de Empresários Adventsitas da DNA]. Com a bênção do Senhor, NY13 mostrou como uma igreja unida pode trabalhar harmoniosamente para atingir o alvo da Missão nas Cidades e evangelizar uma metrópole. A Escola do Campo Internacional

Outra realização da NY13 foi a extraordinária Escola de Evangelismo do Campo Internacional (EECI), dirigida pelos pastores Mark Finley e Robert Costa. Representantes de todas as Divisões mundiais participaram da EECI, frequentando as aulas durante o dia e as reuniões à noite. Mark Finley

fez uma excelente palestra sobre a necessidade do evangelismo em 2013 que inspirou a todos nós. Eu gostaria que todos os pastores, evangelistas e administradores das Divisões, Uniões e campos locais pudessem ter assistido às aulas da EECI. Quando vemos a dedicação renovada, líderes reconsagrando a vida para fazer o trabalho que lhes foi designado, cremos, realmente, que podemos todas as coisas em Cristo que nos fortalece! Evangelizando as Cidades

Atualmente, as Divisões, Uniões e Associações estão trabalhando diligentemente para evangelizar grandes áreas metropolitanas. São aproximadamente 630 centros superpopulosos do mundo. Tudo pelo poder do Espírito Santo. Na Divisão do Sul do Pacífico, uma série evangelística intitulada “O Último Império” foi realizada em 27 igrejas da grande Sydney. Segundo os relatórios, as igrejas da capital australiana ficaram tão animadas com as reuniões que planejam repeti-las no próximo ano! Para mim foi um privilégio incrível participar outra vez na linha de frente dessas atividades. Embora tenha sido um grande desafio abrir espaço em minha agenda para realizar a série de três semanas, foi extremamente compensador! Não trocaria a experiência em Nova York por nada! Em 2014, planejo me envolver em campanhas evangelísticas em Papua-Nova Guiné, Vietnã e Filipinas; e, em 2015, desejo participar do grande evangelismo em Harare, Zimbábue.

criando “centros de influência” nas grandes cidades através de restaurantes vegetarianos; centros de vida saudável ou clínicas; serviços comunitários; distribuição de publicações; seminários e palestras sobre estilo de vida saudável; pequenos grupos; evangelismo pessoal e estudos bíblicos; do envolvimento dos jovens no testemunho pessoal, evangelismo por meio da mídia integrada, e de outras iniciativas que toquem a vida dos seus habitantes. Para os que se julgam despreparados para realizar o trabalho, a boa notícia é: existem recursos maravilhosos, disponíveis para evangelismo público. Nas reuniões em Greenwich Village, usei a série (digital) de estudos chamada ‘Apocalipse da Esperança’, produzida pelo pastor Mark Finley. Esta série tem 28 temas com lindas ilustrações para o público e sermões escritos, para a visualização do pregador. Os sermões podem ser adaptados de acordo com suas necessidades de ilustrações específicas. O sistema funciona perfeitamente, e é excelente ferramenta para quem deseja compartilhar a mensagem de maneira poderosa. Muito obrigado família mundial, pelo que estão fazendo para o Senhor e pela igreja. Estou certo de que Deus continuará nos dirigindo na tarefa de preparar pessoas para o retorno de Jesus. Oremos uns pelos outros e exaltemos a Jesus, Sua justiça, Seu ministério no santuário celestial, o sábado, as três mensagens angélicas e a breve volta do Salvador! n 1 http://www.adventistworld.org/article/1462/resources/english/ issue-2013-1006/city-lights-burn-out-bring-them-the-light-of-the-world

Evangelização Abrangente

É extremamente importante estimular uma abordagem evangelística sustentada e abrangente, que envolva a todos. Como parte do projeto Missão nas Cidades, cada igreja pode fazer parte do evangelismo urbano abrangente,

Ted N.C. Wilson é presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

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D evocional

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le se sentou silenciosamente no último banco da pequenina igreja, no centro da cidade de Lima, capital do Peru. Eu o vi entrar furtivamente no prédio quando comecei o sermão naquela fria e cinzenta manhã. Aquele era o último sábado da semana de evangelismo e os pastores foram enviados às igrejas da capital para ajudar aos milhares de candidatos ao batismo, preparados pelas igrejas locais. Coube a mim uma pequena igreja em uma das áreas mais perigosas da cidade. Naquela manhã de sábado, minha esposa, nossa filhinha de seis meses e eu, tivemos que sair muito cedo do campus da universidade adventista. Quando chegamos à igreja, aproximadamente às nove horas, um irmão nos esperava. “Não se preocupe com seu carro, pastor”, disse ele amigavelmente, “vou tomar conta dele durante todo o período do culto”. Fiquei um pouco preocupado! O centro da cidade de Lima, como muitas outras capitais, é conhecido por sua violência, crimes e viciados em drogas. A maioria deles mora nas ruas. São pessoas maltrapilhas, aparentemente sem rosto, com roupas sujas e esfarrapadas que fazem qualquer coisa para conseguir a droga. Muitos deles, por serem pobres, usam drogas de todos os tipos, cheiram cola, e seu futuro não é nada promissor. Fiquei imaginando se não havia sido imprudência trazer minha esposa e filha comigo. A igrejinha adorava fervorosamente. Não tinha órgão ou piano para ajudar nos cânticos, mas os louvores subiam ao Céu. Assim que cheguei, fiz uma reunião com os candidatos ao batismo. Junto com os anciãos, conversamos sobre o que significa seguir a Cristo e se tornar membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Então, oramos com eles. Preguei e, ao finalizar meu sermão, quando convidei a congregação para se entregar completamente a Jesus, os candidatos se levantaram sorridentes. Estavam prontos! Pouco antes de entrar no tanque batismal, um dos meus alunos, que havia trabalhado como pastor estudante por um

A

m U Desses Meus

Por Gerald A. Klingbeil

equenınos P Não existem rostos sem nomes

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ano naquela igreja, puxou a manga do meu roupão: “Pastor”, sussurrou ele, “há mais alguém que deseja ser batizado”. Parei por um instante e perguntei aos anciãos se conheciam o rapaz. Ninguém o conhecia. Então, cochichei para meu aluno: “Diga a ele que me espere após o culto”, e prosseguimos com o batismo dos outros candidatos. Luís ficou sentado calmamente em um dos bancos da igreja. Quase todos já tinham ido embora. Luís era um dos viciados em drogas do centro de Lima, mas, de algum modo, seu coração foi tocado pelo Espírito de Deus naquela manhã. Enquanto eu o ouvia e falava sobre o plano de salvação de Deus, podia ver uma pequena centelha brilhando em seus olhos. Era só um lampejo, mas havia esperança. Lágrimas

Jesus está a caminho de Jerusalém. Os discípulos, dominados pela emoção do momento, estendem seus mantos sobre um jumentinho e colocam Jesus sobre ele (Lc 19:35). O povo joga seus mantos sobre a rua – no ar ressoam hosanas e gritos de júbilo. Cânticos de louvor acompanham o Salvador. Parece que toda a Jerusalém saiu para saudar o Rei. Quando Jesus chega a um local com vista para Jerusalém, o tempo parece parar sobre o glorioso templo. Lágrimas molham a face de Jesus. Seu corpo se enrijece e o queixo treme. Ele vê o futuro dos habitantes daquela cidade, que não é nada glorioso, e diz: “Se você compreendesse neste dia, sim, você também, o que traz a paz! Mas agora isso está oculto aos seus olhos” (Lc 19:42, NVI). As Escrituras relatam somente duas vezes que Jesus chorou. Ele chorou diante da tumba do seu amigo Lázaro (Jo 11:35), e agora, ao olhar para a cidade de Jerusalém com seus milhares de habitantes e inúmeros visitantes, Ele chora outra vez. As lágrimas de Jesus antecipam o cruel futuro da cidade. As lágrimas de Jesus lamentam a teimosia, o orgulho e a rejeição dos líderes e habitantes. As lágrimas de Jesus são para os perdidos, obstinados e desanimados que não enxergam a salvação. Chorando pelas Cidades

Desde 2008, mais de 50% da população mundial vive em áreas urbanas. O número chega a 75% na maioria dos países desenvolvidos.1 Multidões de seres humanos vivem apinhados na efervescência das cidades, lutando para sobreviver. Muitas vezes solitários e sem relacionamentos capazes de lhes oferecer calor humano, vivem com pequeno conhecimento do Salvador do mundo, Jesus, que ainda chora pelos habitantes das cidades. Os evangelhos relatam a história da morte e ressurreição de Jesus em Jerusalém. O livro de Atos registra a transformação das pessoas naquela cidade e mesmo em outros lugares

do mundo, como resultado do sacrifício de Jesus. Atos descreve um pequeno grupo de crentes que estava pronto e desejoso de falar e mudar o mundo para seu Mestre. Começando por Jerusalém e pelas cidades da Judeia e Galileia, eles foram por todo o mundo, falando para os desanimados, humildes, pobres, ricos, viciados e solitários, que as lágrimas de Jesus também foram por eles, assim como estavam disponíveis gratuitamente, Sua compaixão divina e graça ilimitada. A história deles, e de outros, lembra-nos de que também fomos chamados para lutar e trabalhar pelas pessoas que vivem nas cidades (ou subúrbios) ao nosso redor. Outro Momento de Deus

Ao voltarmos para casa, no campus da universidade, senti-me impressionado e perturbado. Estava feliz por Luís ter aceitado o Salvador que falou diretamente ao coração desse jovem perdido, usuário de drogas, no coração de Lima. Alguns meses depois, após intensos estudos bíblicos ministrados por meus alunos e supervisionado cuidadosamente pelos líderes daquela pequena congregação, Luís também se uniu à Igreja Adventista, tornando-se um discípulo de Jesus. Porém, ao mesmo tempo, eu estava triste por todos os outros que não haviam aceitado o convite divino para uma mudança de vida e salvação eterna. Seus rostos ficaram gravados em minha memória como um lembrete constante das lágrimas do Salvador. Jesus não chora sobre Jerusalém simplesmente devido a emoção ou visão profética. Ele representa o paradigma de como nós também somos chamados a ministrar às pessoas ao nosso redor. Primeiro, não podemos alcançar a outros se nós mesmos não fomos alcançados. Segundo, o evangelismo das cidades (ou qualquer evangelismo) requer o coração, não recursos, planejamento e execução excelentes. Somos chamados para um envolvimento pessoal. Finalmente, que os nossos vizinhos, amigos, ou o grande número de pessoas que ainda não conhecemos, nos vejam como pecadores salvos – não como santos que mal tocam o chão. Talvez não tenhamos cheirado cola ou morado nas ruas, mas aos olhos de Deus estávamos perdidos como qualquer um. É por isso que Ele continua chorando por este mundo. n 1 http://www.prb.org/Educators/TeachersGuides/HumanPopulation/Urbanization.aspx

Gerald A. Klingbeil é editor associado da Adventist World e mora em Silver Spring, Maryland, EUA.

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História Adventista

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DIVI S Ã O

S UL - A M ERI C ANA

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Por Silvia Scholtus Roscher

Cuidado de xtremo E Deus

Primórdios da Igreja Adventista na

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endo sobre os primórdios da IASD na América do Sul, lembrei-me da letra poética do hino Adorai o Rei: “Que língua pode recitar sobre Seu cuidado abundante?”1 Entretanto, descobri que poucas dessas histórias de providência divina foram escritas para as gerações posteriores. As circunstâncias que permitiram a propagação da bendita esperança na América do Sul são tão ricas e variadas quanto as contribuições de cada pessoa deste continente, que decidiu se tornar parte do povo de Deus.2 O Senhor usa os meios mais diversos para realizar Seus propósitos: um folheto, um encontro casual, um sonho, uma cura miraculosa, um testemunho de fé. As três histórias a seguir são apenas alguns elos de um conjunto abrangente de circunstâncias que contribuíram para o crescimento explosivo da Igreja Adventista na América do Sul. Antes do Início

Na metade do século dezenove, vários grupos étnicos imigraram da Europa para a América do Sul. Na medida em que esses imigrantes trocavam cartas com parentes na Europa, recebiam literaturas adventistas, as quais haviam chegado a seu país natal. Assim, antes mesmo dos missionários adventistas chegarem ao continente sul-americano, Deus já estava preparando o terreno e despertando um crescente interesse pela mensagem de esperança. Anos mais tarde, quando chegou o primeiro missionário estrangeiro, os próprios interessados tomaram a frente para ajudá-lo como intérpretes, para que o evangelho fosse espalhado na região. Intervenção Estranha

Em algum momento entre as décadas de1880 e 1890, em Santa Catarina, Brasil, Carlos Dreefke recebeu um pacote de revistas alemãs, vindo dos Estados Unidos. Como não havia solicitado a literatura, a princípio recusou receber o pacote.

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Entretanto, seu vizinho, David Hort, convenceu-o a abrir e, em seguida, as revistas foram distribuídas entre os moradores locais. Curiosamente, a chegada da literatura adventista estava diretamente ligada à decisão que o enteado de Carlos tomara alguns meses antes de viajar para os Estados Unidos, como passageiro clandestino, em um navio alemão. Os missionários adventistas dos Estados Unidos, que estavam interessados em compartilhar o evangelho com as colônias alemãs no sul do Brasil, deram estudos bíblicos ao enteado, conseguiriam o nome e o endereço do padrasto e enviaram o pacote de revistas para Carlos Dreefke. Guillerme Belz, de Gaspar Alto, recebeu o livro de Urias Smith Gedanken über dar Buch Daniel (Reflexões Sobre o Livro de Daniel). Após estudarem a Bíblia, várias famílias começaram a guardar o sábado. Assim, eles se familiarizaram com a mensagem antes que os missionários adventistas chegassem à América do Sul. Batismo a Milhares de Quilômetros

Na cidade de Felícia, província de Santa Fé, Argentina, várias colônias de batistas, vindos da Suíça Francesa, começaram a guardar o sábado em 1885, muito antes da visita de qualquer missionário. Mais uma vez, resultado de um conjunto de circunstâncias “aparentemente estranhas”. Um dia, eles leram em um jornal que receberam da Suíça sobre um batismo adventista realizado no Lago Newchâtel. A história mencionava a revista Les Signes des Temps (Sinais dos Tempos), prontamente, Júlio Dupertuis e esposa, Ida, pediram ao pastor deles, que era batista, para que assinasse a revista para eles. A princípio, o pastor relutou, mas insistiram até que ele cedeu. Após receber as revistas e estudar a Bíblia, a família Dupertuis aceitou as crenças adventistas. Eles, então, começaram a falar


Extrema Esquerda: LIGAÇÕES FAMILIARES: A família de Júlio e Ida Dupertuis tornou-se adventista após ler exemplares da revista Sinais dos Tempos que receberam da Suíça. APRESENTADO AO SONHO: Victor Thomann (esquerda) sonhou com dois homens lendo o Salmo 103. Quando ouviu Bishop (centro) e Davis (direita) lendo a Bíblia em espanhol, reconheceu que o sonho se tornara realidade.

Eduardo foi o responsável pela primeira casa publicadora na América do Sul, que mais tarde foi transferida para a Argentina para se tornar o que é hoje a Asociación Casa Editora Sudamericana.

América do Sul com os vizinhos sobre a nova religião. Por mais de um século, os membros das famílias Dupertuis, Arn, Mathieu, Dobanton e Pidoux têm espalhado a mensagem de esperança na Argentina e em outros lugares. Solução Providencial

Um fator que dificultou a propagação da mensagem adventista na América do Sul foi a falta de literatura nos idiomas locais: português e espanhol. Os colportores vendiam livros em inglês, francês e alemão entre a população de imigrantes. No entanto, mais uma vez a providência de Deus facilitou a divulgação da bendita mensagem. Em 1896, dois colportores estrangeiros, Frederick Bishop e Thomas Davis, chegaram a Santiago, Chile. Tinham diante de si um tremendo desafio, pois não falavam sequer uma palavra em espanhol. Certo dia, estavam andando por uma avenida importante de Santiago enquanto liam em voz alta sua Bíblia em espanhol, para aprender a língua. Por acaso, foram ouvidos por Víctor Thomann. Víctor havia sonhado com dois homens lendo o Salmo 103, por isso, se aproximou deles e começou a conversar. Como Víctor não sabia uma palavra em inglês, eles se comunicaram trocando versos da Bíblia. Como resultado, algum tempo depois, Víctor e seu irmão Eduardo – que já estava guardando o sábado – foram batizados. Os irmãos começaram a frequentar as reuniões com outras pessoas, onde os colportores estavam hospedados. Na verdade, a proprietária, Prudence Nuñez Balada, esposa de um pastor protestante, foi a primeira pessoa a se converter ao adventismo, no Chile. Após o batismo, Victor e Eduardo Thomann dedicaram a vida a imprimir e espalhar a literatura adventista em espanhol, não apenas no Chile, mas também no Peru e na Bolívia.

A História Continua

A literatura adventista não é o único veículo importante de propagação da nossa mensagem hoje. O rádio e a televisão, bem como a internet, complementam a contribuição individual dos membros comprometidos. Para Deus não há barreiras e não existem fronteiras para Sua obra. Estas três histórias são apenas alguns exemplos dos grandes planos do Altíssimo para este continente. O Senhor demonstrou Seu maravilhoso cuidado, por meio de Sua providência ao longo dos anos, em inúmeras ocasiões, contribuindo para o crescimento exponencial da Igreja Adventista do Sétimo Dia na região.3 Algumas histórias sobre os pioneiros adventistas na América do Sul foram registradas e muitas ainda estão esperando para serem escritas. Outras histórias, porém, só serão conhecidas no Céu. Na América do Sul, podemos esperar ainda mais da promessa de Cristo a um dos Seus discípulos: “Você verá coisas maiores do que estas!” A despeito de todos os recursos tecnológicos disponíveis hoje, o cuidado de Deus é abundante e presente. Quão maravilhoso é trabalhar assistido pelo Santo Espírito de Deus, espalhando a mensagem de salvação! Que o Senhor continue os milagres de Sua providência na América do Sul! n 1 The

Seventh-day Adventist Hymnal (Hagerstown, Md.: Review and Herald Pub. Assn., 1985), nº 83. Divisão Sul-Americana é composta pelo seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai. 3 A Divisão Sul-Americana foi organizada em 1916, com 4.903 membros e 88 igrejas. Atualmente, o número de membros ultrapassa 2 milhões, e temos 11.535 igrejas. 2A

Silvia Scholtus Roscher é professora de teologia na Universidade Adventista del Plata, Argentina, e atua como editora do jornal da escola. É autora de muitos artigos e de um livro sobre a história da IASD na América do Sul. Outubro 2013 | Adventist World

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A RTIGO ESPECI A L

Se aprendi algo ao longo dos anos, foi que simplesmente não se pode apresentar a mensagem adventista de modo convencional nas grandes cidades, principalmente em uma cidade como Nova York. Ela é uma das maiores do mundo, com pessoas falando dezenas de idiomas, procurando fazer fortuna e totalmente desinteressadas em assuntos de consequências eternas. Como se diz no Brooklyn: “Forget about it!” (Esqueça!)

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ste seria um “sábio conselho” para alguns lugares, antes do mês de junho. Porém, agora, essa “sabedoria” pode ser guardada em um museu de teorias desmentidas: O nova-iorquino é tão receptivo à mensagem da Igreja Adventista como qualquer outro, e temos resultados que comprovam isso. Ao encerrar o mês de junho, os líderes da Associação da Grande Nova York e da Associação do Nordeste informaram que “mais de duas mil pessoas se uniram à igreja, e um número ainda maior é esperado à medida que o evangelismo continua na cidade durante o verão e outono”. Kevin Sears, diretor assistente da Escola de Treinamento para Evangelismo da Associação do Nordeste, South Lancaster, Massachusetts, sabe que esse modelo de evangelização funciona. Ele foi o coordenador do treinamento e evangelismo em uma das regiões

mais desafiadoras na campanha NY13 – Greenwich Village, bairro de Manhattan, local habitado por pessoas ricas e que, em muitos casos, defendem ou vivem um “estilo de vida alternativo”. Jamais se poderia imaginar que esse seria um lugar nobre para o evangelismo. Pense comigo, disse Sears: “Deus está agindo. Ele está fazendo algo especial. Não importa onde o evangelismo é realizado; Deus já começou a trabalhar no coração das pessoas”. Quantos corações? Em um único dia, dezenas de pessoas aceitaram o convite para estudar a Bíblia. “Eu sabia que não seria fácil.” Sears relembra, ao ser entrevistado: “Lembro-me de que, na primeira semana de evangelismo saíram somente nove alunos do treinamento, divididos em quatro equipes e, em oito horas, matricularam 106 pessoas nos cursos bíblicos. Quando dei a notícia na igreja, todos ficaram impressionados.”

O pastor Tony Romeo, veterano em propaganda e marketing, desejava muito evangelizar esse local, mas estava cauteloso. “Lembro-me dele dizendo: ‘Sabe, Kevin, eu não sei o que vocês pensam que vamos fazer aqui. Aqui é Greenwich Village, e não se faz essas coisas por aqui.’” Agora, o pastor Romeo diz estar impressionado com os resultados: “O que eles realizaram reacendeu o espírito missionário na cidade. Penso que as pessoas estão dispostas a fazer algo maior do que imaginavam. Tentaram convencer as pessoas da comunidade a fazer os estudos, mas essa também foi uma nova tentativa de criar nos adventistas a compreensão do que é realmente a Missão nas grandes Cidades”, disse à Adventist World. A igreja que Romeo pastoreia no coração de Greenwhich Village é histórica e tradicional, e serviu como base de apoio do evento NY13. O pastor Ted N. C. Wilson, presidente da Associação Geral (AG), foi pastor estagiário nessa mesma igreja. Ele recentemente realizou ali uma série evangelística, denominada “Revelação da Esperança”. Outros líderes da AG também fizeram evangelismo em cada um dos cinco distritos da cidade.

Por Mark A. Kellner, , editor de notícias

‘O Método de Cristo’

para as Grandes Cida Treinamento é a chave para centenas

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MiSSãO nas cidades Durante o período em que o Pr. Wilson realizava seu evangelismo, cerca de 150 pontos de pregação participavam simultaneamente. No encerramento da série, aproximadamente 200 pessoas foram batizadas no Ginásio Nassau Veterans Memorial, e os batismos continuaram após o evento. Sears acrescentou que muitos outros candidatos estão se preparando, e esperam ser batizados em breve. “Assim, nos próximos seis a oito meses, talvez dobremos esse número”, disse ele. Um dos alunos permaneceu com o Pr. Tony para dar continuidade ao trabalho. Nas reuniões de quarta-feira, ele tem uma classe bíblica para visitantes frequentada por mais de 40 pessoas. Além disso, esse aluno dirige 10 a 12 estudos bíblicos durante a semana, com uma média de 15 pessoas em cada local. Portanto, embora Greenwich Village seja considerada “solo rochoso”, Sears destaca os resultados: “A princípio, pensamos que esse não seria o local apropriado para termos o líder mundial da Igreja como evangelista. Há muitos outros lugares em Nova York onde teria sido muito mais fácil trabalhar. O que aconteceu, para mim, foi uma prova de que Deus está agindo. Não importa onde vamos, se seguirmos Sua direção, Ele se responsabilizará pelos resultados. E nós só vimos ali

des

de batismos

uma fração desses resultados. Assim, creio que isso é edificação da fé!” Sears relata que não foi apenas o convite de porta em porta que trouxe os nova-iorquinos às reuniões evangelísticas. Recebemos grande ajuda da ênfase dada à mensagem de saúde adventista, algo em que até as pessoas mais abastadas têm interesse. O evento priorizou as palestras sobre saúde como ponte para o evangelismo. Por meio delas, puderam interagir com as pessoas e estabelecer vínculos de amizade. Uma parte daqueles que vieram para as palestras de saúde, ficou para a série profética, e alguns deles foram batizados. As mensagens abordavam o verdadeiro poder por trás da mensagem de saúde. Alguns palestrantes que participaram quebraram seu preconceito a respeito dos programas fOTO S :

M a r k

A .

de saúde, e isso foi muito bom. Essas palestras foram uma parte importante do evangelismo, mas não a única. Elas apenas mostraram – e penso que Deus estava nos ensinando – que o evangelismo deve ser feito corretamente, fazendo o que é chamado de ciclo do evangelismo. Isso inclui a preparação (que não significa apenas entregar folhetos e convidar pessoas), ou seja, estar na comunidade com meses de antecedência. É preciso estudar com as pessoas. John McKneil, ex-presidente da Greenwich Village, em Nova York, assistiu à série evangelística “Revelação da Esperança” do Pr. Ted Wilson. McKneil estava entre os batizados no programa de encerramento do dia 29 de junho,

K e l l n e r

Acima: TREINAMENTO EM EVANGELISMO: Kevin Sears fala sobre o sucesso do treinamento para o evangelismo NY13. Acima: TESTEMUNHO MASSIVO: MIlhares de pessoas participaram do encerramento da campanha NY13 no Nassau Veterans Memorial Coliseum, em Uniondale, Nova York, no dia 29 de junho. Esquerda: PRONTO PARA O BATISMO: Pr. Ted N. C. Wilson, camisa branca, prepara John MacKneil para o batismo. MacKneil assitiu toda a série evangelística dirigida pelo presidente da Associação Geral.


K e l l n e r A . M a r k F OTO S :

Acima: BOAS-VINDAS: Uma família de cinco pessoas e os pastores adventistas, inclusive Ted Wilson, posam para foto após batismo durante a campanha NY13. Esquerda: Ella Smith Simmons, educadora e evangelista veterana, dirige palestras evangelísticas durante a NY13, na Igreja Adventista Éfeso, em Nova York, no famoso bairro do Harlem.

em Long Island. Ele estava emocionado com a experiência. “É uma inspiração ser batizado por este homem de Deus”, disse MacKneil, dentro da água, referindo-se ao Pr. Ted Wilson. “Eu queria ser batizado; eu precisava ser batizado. Sinto-me feliz e motivado para a nova vida”. MacKneil contou que em breve seu irmão também se unirá à igreja. Embora Greenwich Village tenha sido a “sede oficial” do evangelismo NY13, ela está longe de ser o único local. No Harlem, um bairro de Manhattan – cerca de 13 kms ao norte da Igreja de Romeo – Ella Smith Simmons, educadora e vice-presidente da AG, realizou uma série evangelística de quatro semanas. O tema escolhido por Simmons foi: “Tudo na Minha Vida é Importante”. A série iniciou no dia 7 de junho, na Igreja de Éfeso, no centro do Harlem. No sábado, pela manhã, ela falou para os membros da igreja, muitos dos quais

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participaram ativamente na campanha. Simmons disse à igreja que a série evangelística foi planejada para oferecer esperança numa época em que há necessidade de encorajamento: “Jesus pode confortar corações partidos. Nossa consciência pode ficar limpa. Só há uma Pessoa capaz de retirar nossa culpa”. Outra série, amplamente divulgada, com muita oração e apresentada por um orador importado de Seul, marcou o evangelismo NY13 na Igreja Adventista Coreana. Pelo menos 50 pessoas se matricularam para estudos bíblicos, informaram os líderes locais. Sensível à cultura e apresentadas de um modo atrativo aos coreanos, as reuniões começaram no dia 17 de junho, tendo como orador o pastor Kim Dae Sung, presidente da União Coreana, em Seul. Precedendo o trabalho do Pr. Kim, dez jovens da Coreia passaram três meses em Nova York ajudando a preparar o evento. Entre os dez missionários voluntários, a experiência de trabalhar em Nova York impactou tremendamente

a Sulgi Park. Ela tem 21 anos e estuda comunicação multicultural e inglesa na Universidade Adventista Sahmyook, em Seul. “Os três meses nos Estados Unidos terminaram no início de julho, mas o impacto dessa viagem irá permanecer”, mencionou. “A experiência mudou totalmente minha vida. Desejo ser missionária.” Contou ela emocionada a respeito das semanas em que ministrou estudos a coreanos, americanos, jovens e adultos, levando-os a uma maior participação na igreja. Cameron Bowen, pastor das igrejas de Elim e Monte Moriah, também aprovou o evangelismo NY13: “Penso que NY13 é o início de algo que deve continuar. Uma das coisas que acho interessante sobre o grupo de pastores com o qual estou trabalhando, é que a camaradagem é real. Descobri, ainda, que quando as igrejas trabalham juntas, os membros ficam mais animados com o projeto, porque a unidade da liderança leva à unidade dos membros.” Ele trouxe dois candidatos para serem batizados e participou da cerimônia batismal. Ao fazer uma avalização da NY13, Sears enfatiza a importância de priorizar o desafio: “É necessário muita fé para perseverar numa região difícil”, explicou ele. “Nossos alunos avançaram, apesar de enfrentar rejeição e saber que essa é uma área muito difícil. Eles prosseguiram e valeu a pena todo o trabalho”. Quando indagado sobre que mensagem ele tem para outros adventistas que desejam organizar campanhas evangelísticas nas grandes cidades, em outras partes do mundo, Sears citou as palavras de Ellen G. White no livro A Ciência do Bom Viver, p. 143: “Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito”, disse ele. “Quando aplicamos o método de Cristo, vemos que funciona em qualquer lugar do mundo. Assim, o objetivo da escola de evangelismo, realmente não é a doutrina. Ela é muito importante, mas o objetivo é ganhar o coração”. n


MiSSãO nas cidades

A

pós as séries evangelísticas do projeto NY13, o evangelismo Missão nas Cidades será realizado nas localidades selecionadas pelas 13 Divisões da Igreja no último trimestre de 2013 e no primeiro de 2014. Também terá continuidade em outras 130 cidades escolhidas pelas Uniões, em 2014. Além disso, quinhentas Associações, Missões e Campos, planejarão com seus pastores e líderes leigos o evangelismo em suas cidades antes da assembleia da Associação Geral (AG), em 2015. Algumas dessas cidades serão: Lagos; Moscou; Cidade do México; Buenos Aires; Hamburgo (Alemanha); Sydney (Austrália); Londres (Inglaterra); e Bombaim. Tóquio e Manila já iniciaram suas campanhas. Tóquio A Divisão do Pacífico Norte-Asiático (NSD) escolheu Tóquio, metrópole cuja população é de 13 milhões de habitantes. Segundo o Pr. SukHee Han, diretor de comunicação da NSD, a capital do Japão é a cidade menos evangelizada. No planejamento estão oito campanhas evangelísticas, a ser realizadas do dia 7 de setembro a 6 de outubro de 2013: quatro em japonês, e uma para cada idioma – inglês, espanhol, chinês e coreano. GwangEui Hong, evangelista da NSD; Kwon JohngHaeng, coordenador de evangelismo da NSD; e outros diretores de departamentos,

“Mais de um terço dos pobres da grande Manila vive em favelas que estão em constante expansão.1 Essas pessoas também precisam ouvir a mensagem”, diz Venn. A SSD está fazendo parceria com a União Norte Filipina e as Associações Luzon Central e Luzon Centro-Sul a fim de levar “Esperança para a Manila Metropolitana: iCARE” (é o slogan da campanha). Uma abordagem em três áreas está sendo preparada. Estilo de Vida. Essa abordagem de família para família, usa “grupos de atenção”, oração intercessora, doação do livro O Grande Conflito e outras literaturas, ação solidária e serviço comunitário para compartilhar o amor de Deus de forma pessoal. Atualmente, os “grupos de atenção” estão usando o programa WIN Wellness! (Ganhe Bem-Estar!), desenvolvido pelos Drs. John e Millie Youngberg e Dr. Wes Youngberg. Iniciativas para Alcançar a Elite. Seminários de enriquecimento matrimonial e da família, e programas de saúde. Profissionais adventistas também estão sendo preparados para alcançar

“E Agora?” visitaram as igrejas na região de Tóquio para ajudar nas reuniões de reavivamento, treinamentos e seminários. “Jesus@Tokyo” é o slogan para Tóquio 13. Hanada Norihiko, coordenador de evangelismo da União Japonesa, diz que 70% dos membros japoneses foram trazidos para a igreja por familiares e amigos. “É natural que a União Japonesa coloque sua ênfase nos membros”, explica Han. Os organizadores estão incentivando para que eles entrem em contato com antigos participantes da Escola Cristã de Férias e Desbravadores, pessoas com quem se encontraram no projeto His Hands (Suas Mãos) e Grande Conflito. “O evangelismo no Japão é muito difícil, mas nada é impossível com o amor de Deus, a graça de Jesus Cristo e o poder do Espírito Santo”, diz Shimada Masumi, presidente da União Japonesa. Manila Na Divisão do Pacífico Sul-Asiático (SSD), a cidade escolhida foi Manila. Segundo ele, existem ali três grandes desafios. O primeiro é alcançar as massas. A área metropolitana de Manila é formada por 16 cidades com uma população de 11,7 milhões de habitantes. Além disso, alcançar a elite da área será difícil. Dois por cento dos principais líderes do governo, da indústria, das finanças e do entretenimento da grande Manila, estão no distrito comercial da Manila central. F o t o

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Esquerda: Cartaz promocional do Missão nas Cidades, em Tóquio, Japão. Direita: CÍRCULO DE ORAÇÃO: Organizadores da campanha evangelística Jesus@Tokio, oram durante reunião de planejamento.

colegas de profissão. Os centros de influência incluirão restaurantes vegetarianos e lojas de alimentos naturais. A AG está patrocinando o projeto de plantio de dez igrejas, com recursos do dízimo especial. Iniciativas para Alcançar os Pobres. O plano é oferecer treinamento prático de capacitação profissional e incentivar indústrias caseiras, oficinas de subsistência, e tratamentos odontológicos e médicos gratuitos. Será fundamental a participação dos nossos jovens nesses serviços, por intermédio do programa Um Ano em Missão, patrocinado pela SSD. n 1 Fonte

http://www.futurarc.com/index.cfm/projects-2013/2013-manila-city-profile/

Para saber mais, acesse as páginas: www.manila2014.org, www. thegreathope.asia; ou siga no Facebook: OneYearInMissionSSD.

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En t r e v i s ta c o m a L i d e r ança

dependentes do Sen

Bill Knott, editor da Adventist World, e Anthony Kent, ministerial associado da Associação Geral (AG), entrevistam os Pastores Ted Wilson e Mark Finley sobre o envolvimento dos líderes no evangelismo público KNOTT: Pastor Wilson, há áreas mais receptíveis ao evangelismo público do que o Baixo Manhattan, na cidade de Nova York. Por que vocês decidiram realizar uma série evangelística nesse local? WILSON: Foi quase como uma mensagem do Senhor para mim.

E se cremos no conselho de Deus sobre a missão que recebemos, não podemos simplesmente pedir que outros realizem aquilo que é o Seu plano para todos nós. Entretanto, evangelismo público é apenas uma parte da iniciativa que estamos chamando de Missão nas Cidades. O Espírito de Profecia é muito claro sobre como diferentes iniciativas – como centros de influência, igrejas, jovens, serviços comunitários, mídia evangelística, publicações e pregações – devem ser utilizadas para apoiar o evangelismo nas grandes cidades. O evangelismo público é simplesmente uma oportunidade para colher o que esses esforços preliminares plantaram. Enquanto pensava sobre as necessidades de Nova York, reli os conselhos de Ellen White e sua ênfase na evangelização dessa metrópole. A cidade de Nova York é o local certo para iniciar o programa mundial da Missão nas Cidades. Curiosamente, apresentei uma série de três semanas em junho, na mesma igreja onde trabalhei como pastor estagiário, em 1971. Ainda mais interessante é que um dos jovens que trabalharam conosco naquela época, hoje é o pastor dessa igreja! KNOTT: O evangelismo público é comumente chamado de “colheita”, mas, ao que parece, essa série foi um evento “energizante” e, também, uma chance de fincar no solo uma bandeira e inovar a maneira de realizá-lo. Isso fazia parte do que a liderança da Igreja tinha em mente para a NY13?

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Adventist World | Outubro 2013

Ted Wilson

Bill Knott

FINLEY: NY13 não é apenas um evento. A liderança da Igreja

a vê como um processo, uma maneira ampliada e sustentável de alcançar as comunidades urbanas para Cristo. Como resultado, as Associações locais, a União do Atlântico, a Divisão Norte-Americana e a Associação Geral, fizeram da cidade de Nova York sua prioridade, por mais de um ano. Por exemplo, o evangelismo realizado pelo Pr. Ted Wilson no Baixo Manhattan. Começamos com um fim de semana no Hunter College, em janeiro, para inspirar os membros e formar grupos de oração. Centenas deles foram treinados para se envolverem ativamente em pequenos grupos, evangelismo leigo, testemunho pessoal e estudos bíblicos. Houve, ainda, um grande programa sobre saúde. Os jovens aderiram ao programa. NY13 não foi um evento que culminou com a série do Pr. Wilson, mas um programa transformador, para treinar e estimular as igrejas adventistas locais e membros a se envolverem ativamente e compartilhar sua fé. fOTO S :

M a r k

A .

K e l l n e r


MiSSãO nas cidades

e treinados para o trabalho, em harmonia com seus dons. Oferecemos treinamento para ajudá-los a usar os dons espirituais, abrir as Escrituras para outros, fazer palestras sobre saúde e família e organizar ministérios de oração. 3. Igrejas que causam impacto na comunidade estão ativamente envolvidas na comunidade. Quanto mais contato os membros têm com sua comunidade, mais pessoas ganharão para Jesus. 4. As igrejas necessitam de eventos de colheita para participar da colheita propriamente dita. O objetivo dos eventos de colheita é dar a oportunidade a homens e mulheres de ouvir diretamente a Palavra de Deus e fazer sua decisão de seguir a Jesus. 5. Igrejas que se planejam para a colheita, na realidade mantêm o que é colhido. Dizemos: “Não queremos banhá-los e perdê-los”. Queremos imergi-los e instruí-los. As igrejas crescem quando a fé é nutrida e ensinamos o que é discipulado. Tudo o que tentamos na NY13 e tudo o que será tentado no programa Missão nas Cidades em todo o mundo, é desenvolvido a partir desses princípios.

hor Mark Finley

KNOTT: Esses cinco princípios serão efetivos em toda grande cidade do mundo, mas os planos que surgem a partir deles, provavelmente em Harare [Zimbábue], sejam diferentes dos de Manila [Filipinas]. Como administrar isso? WILSON: Toda grande cidade no mundo é, na verdade, um

Anthony Kent

KENT: Ao considerar as maravilhas que aconteceram na primeira fase da NY13, em sua opinião, o que pode ser repetido em outras cidades? A Missão nas Cidades é basicamente um programa que será realizado em todos os lugares, ou os líderes em outras cidades adaptarão partes dele para suprir as necessidades de sua região? FINLEY: Construímos nosso plano sobre o que chamamos

de “cinco princípios eternos”. Esses princípios são válidos sempre e em qualquer lugar, mas as utilizações específicas serão diferentes em outras cidades e culturas singulares. Perguntamos: “O que é eterno em questão de tempo? O que é verdade em todos os lugares?” Encaixamos nossa abordagem em cinco máximas: 1. As igrejas crescem quando estão espiritualmente reavivadas. Assim, enfatizamos a oração, o estudo da Bíblia e o reavivamento espiritual. 2. As igrejas crescem quando os membros estão equipados

conjunto de pequenas comunidades. A igreja depende do conhecimento e das ideias dos membros dessas comunidades menores, sobre o que vai funcionar melhor naquela região. Algumas práticas específicas, porém, são úteis em qualquer lugar. Simplificando, a cooperação sempre ajuda! A cooperação próxima entre os membros que estão espiritualmente revitalizados, e a cooperação próxima entre as igrejas dos bairros em volta da cidade, sempre levam mais pessoas a Jesus. Cada unidade administrativa da Igreja, Associação, União e Divisão depende da sabedoria e dos testemunhos das congregações locais. Para “levar uma cidade a Jesus”, não se pode simplesmente voar por cima dela em um dirigível e jogar folhetos. Na NY13, vimos como os ministérios se apoiaram e trabalharam juntos de forma maravilhosa. Vimos congregações abraçando umas às outras e unidas na colheita. Pela primeira vez, em toda a história, as Associações da Grande Nova York e Nordeste, reuniram-se numa campal, objetivando a missão. Foi energizante! Os membros estavam visivelmente entusiasmados. A NY13, coordenada pela União do Atlântico, promoveu grande incentivo espiritual na metrópole cujas necessidades requerem exatamente esse tipo de esforço cooperativo.

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En t r e v i s ta c o m a L i d e r ança

KENT: Pastor Wilson, o senhor ficou com uma grande tarefa. Não é fácil subir em um palco público e proclamar Cristo e as Três Mensagens Angélicas. Tenho certeza de que houve uma certa dose de estresse e pressão sobre seus ombros. Onde o senhor buscou apoio? E o que diria para outros evangelistas que às vezes questionam se o preço para fazer esse tipo de trabalho não é muito alto? WILSON: Jesus nunca pede para realizarmos algo que Ele

não nos supra com graça e força. Os evangelistas, em qualquer lugar, seguem o exemplo de Cristo, e os evangelhos relatam que Ele Se gastou pregando e curando as pessoas. Quando realizamos Sua missão, podemos nos apoiar totalmente no Senhor; Ele promete sabedoria quando necessitamos. Apoiamo-nos, também, nos especialistas, a quem Deus deu grande experiência e ideias. Quem poderia pensar em melhores coordenadores de séries evangelísticas do que Mark Finley e Robert Costa? Esses dois homens fizeram coisas incríveis. Meu trabalho foi realmente um dos menores. A colaboração dos leigos foi muito importante. Eles compareceram e ajudaram, noite após noite. Quando pregamos a palavra de Deus com esse incentivo, o pregador é fortalecido e motivado!

KNOTT: Vejo nisso um chamado implícito para os líderes em todos os níveis, dizendo: “Lidere pelo exemplo. Saia na frente.” FINLEY: Quando os líderes se comprometem e realizam evan-

gelismo público, enviam a mensagem de que estamos dando prioridade à missão – de que tudo na igreja objetiva a missão. Muito mais importante do que o número de pessoas que serão batizadas na NY13, é a ênfase que os membros e leigos estão colocando na missão. Essa ênfase os manterá energizados por anos. Há, ainda, outro aspecto: A Igreja tem enfatizado o reavivamento e reforma. Aonde o reavivamento leva? Aonde a reforma leva? A uma vida que depende da oração e do estudo da Bíblia. Levam a um desejo de ganhar os perdidos para Cristo. Missão nas Cidades desvia o foco de nós mesmos e o coloca na missão de Cristo em relação às pessoas perdidas – indo ao seu encontro e desenvolvendo amizade com elas, tocando sua vida, suprindo suas necessidades, levando o evangelho – mesmo que seja necessário grande esforço pessoal. Os princípios praticados na NY13 serão igualmente válidos e efetivos em Tóquio, Manila, São Paulo e Moscou. Deus já está realizando uma obra especial pelas grandes cidades do mundo e este é um momento excelente para fazer parceria com Ele em Sua missão. n

Revelar o

Caráter de Deus

Por Ellen G. White

A importância de viver a mensagem de Cristo Deus escolhera Israel para revelar Seu caráter aos homens. Ele queria que eles fossem fontes de salvação no mundo. A eles foram entregues os oráculos do Céu, a revelação da vontade de Deus. Nos primeiros dias de Israel, as nações do mundo, mediante práticas corruptas tinham perdido o conhecimento de Deus. Eles O haviam conhecido antes; mas porque “não O glorificaram como Deus, nem Lhe deram graças, antes em seus discursos se

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desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu” (Rm 1:21). Mas em Sua misericórdia Deus não as riscou da existência. Ele Se propôs dar-lhes nova oportunidade de se familiarizarem com Ele por intermédio de Seu povo escolhido. Mediante os ensinos do sacrifício expiatório, Cristo devia ser exaltado perante todas as nações, e todos os que olhassem para Ele viveriam.

[...] A glória de Deus tinha de ser revelada e Sua Palavra confirmada. O reino de Cristo tinha de ser estabelecido no mundo. A salvação de Deus tinha que se tornar conhecida nas cidades do deserto; e os discípulos foram chamados para fazer a obra que os líderes judaicos deixaram de fazer. Esse texto foi extraído do livro Atos dos Apótolos, páginas 14 a 16. Os Adventistas do Sétimo Dia creem que Ellen G. White (1827-1915) exerceu o dom profético bíblico por mais de 70 anos de ministério público.


V ida

A dventista

MiSSãO nas cidades

Mão feliz Por Sandra Blackmer

G

randes reuniões evangelísticas, programas via satélite que alcançam milhões de pessoas e outras iniciativas, desempenham papel notável na Igreja Adventista e cumprem a missão de pregar o evangelho em todo o mundo. O Espírito Santo tem abençoado esses esforços, convertendo inúmeras pessoas para o reino de Cristo. Louvamos a Deus por isso. Ir a “todo o mundo” para chegar às pessoas, “onde elas estão”. Entretanto, algumas vezes, isso requer uma abordagem diferente dos métodos de grandes iniciativas e largo alcance. Em certos momentos e lugares, o contato pessoal torna-se indispensável para ajudar homens e mulheres em suas necessidades básicas. Essa é a finalidade do projeto Mão Feliz – uma loja de artigos usados (brechó), com 220 metros quadrados – inaugurada em maio de 2012, bem no centro de Copenhague, capital da Dinamarca. Essa loja faz muito mais do que vender roupas usadas – ela está transformando vidas e oferecendo esperança a centenas de pessoas daquela e de outras comunidades. Não Apenas um Brechó

A Mão Feliz desfaz a imagem estereotipada dos brechós. Sua decoração é de bom gosto, os artigos de alta qualidade

e, o mais surpreendente, seus lustres são de cristal. A aparência impecável e as excelentes mercadorias de “segunda mão” não são seus únicos atrativos; ao contrário, os clientes dizem que é a atmosfera espiritual de paz e o carinho dos funcionários que os atrai. “As pessoas vêm à loja e dizem: ‘Eu me sinto em paz aqui’”, diz Anne-May Müller, diretora do Ministério da Família da União Dinamarquesa e voluntária no projeto Mão Feliz. “Muitas vezes nos sentamos para conversar e até para discutir assuntos espirituais”. Cadeiras confortáveis e pequenas mesas estão distribuídas estrategicamente por toda a loja. Chá quente, bebidas geladas, frutas e biscoitos são servidos. As paredes exibem quadros com textos bíblicos e frases de motivação. Há folhas de papel sobre uma mesa e canetas próximas a uma pequena caixa para que os clientes escrevam seus pedidos de oração. No fundo da sala, há mais duas cadeiras e uma mesa preenchendo o pequeno espaço para conversas particulares com o pastor, que vem uma vez por semana no “dia do pastor”. Um cartaz anuncia esse serviço, e as pessoas podem marcar sua entrevista. A insígnia na janela da frente: “Mão Feliz – Igreja Adventista do Sétimo Dia”, não deixa dúvida sobre a denominação a que pertence a iniciativa.

Acima: LOCAL MOVIMENTADO: A boa localização da loja atrai grande clientela. Destaque: MÃO FELIZ: A loja adventista de artigos usados (brechó) está localizada no coração da cidade de Copenhague, capital da Dinamarca.

“A loja oferece oportunidade para que pastor e membros tenham contato com as pessoas que vêm aqui e as convidem para os programas evangelísticos. Ela nos permite desenvolver e manter um relacionamento com a comunidade”, comenta Müller. Essa atmosfera acolhedora não aconteceu por acaso. Com o desejo de fazer as coisas “corretamente”, a diretoria da Mão Feliz contratou um profissional em marcas e patentes. “Ele nos ajudou no marketing da loja, na escolha do nome, missão, e em todos os detalhes da propaganda para os membros da igreja, para o público e para um grupo permanente

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V ida

A dventista

de voluntários que está trabalhando no projeto”, explica Müller. “As condições não eram boas quando entramos, então, reformamos o local. Agora, tem lustres e móveis bonitos. As pessoas podem entrar e se sentar nas cadeiras e sofás, que são uma parte importante do projeto. Queremos que elas desfrutem da loja como um lugar onde possam encontrar paz e descanso. Conversamos e descobrimos que estão ansiosas para falar e para que oremos com elas – mesmo na Copenhague secular e pós-moderna […] “Desejamos que a loja seja digna de seu nome: Mão Feliz! Esforçamo-nos para que o local seja realmente assim, e possamos compartilhar alegria e felicidade com os que necessitam. Mas, que seja feliz também para nós porque podemos ajudar a outros”. A equipe também mantém várias atividades na comunidade como reuniões de oração; estudos bíblicos; apresentações musicais; aulas de reforço para estudantes; e seminários sobre: família, criação e evolução, etc. Müller menciona que a cidade é multicultural e tem muitos imigrantes. Falta conhecimento aos pais para ajudar seus filhos nos deveres escolares. Assim, todas as terças-feiras, crianças entre 10 e 15 anos podem frequentar as aulas de reforço. Jovens universitários e alguns professores dirigem as classes. Idealizado por jovens psicólogos, há um novo programa que realiza seminários sobre maneiras de lidar com a depressão, ansiedade, raiva e outros casos. Portanto, a loja é muito mais que um “brechó”. Ela estabelece relações com a comunidade e organiza todos os tipos de programas. “Mas como é uma loja, creio que temos mais contato com as pessoas do que qualquer outra igreja na Dinamarca”, afirma Müller. Voluntários

Os 30 voluntários que ajudam na loja variam muito em idade, desde adolescentes de 15 anos a idosos entre 70 e 80 anos, sendo que 35% deles não

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Acima: APARÊNCIA IMPECÁVEL: A Mão Feliz inova o conceito do segmento dos “brechós”, com decoração de bom gosto, artigos de alta qualidade e, o mais surpreendente, lustres de cristal. Esquerda: ALIMENTANDO A CLIENTELA: A loja oferece chá quente, bebidas geladas, frutas e outros.

são adventistas. A outra parte, Müller descreve como membros marginalizados. Essa diversidade é tanto positiva como desafiadora. “Com um grupo tão heterogêneo, composto por adventistas conservadores, membros da periferia e não adventistas, às vezes, é difícil conseguir que todos trabalhem de forma integrada. Surgem desafios e temos que ser cuidadosos e amorosos a fim de resolvê-los, mas estamos todos unidos na missão e isso nos mantém trabalhando pelo bem do próximo”, ela diz. Entretanto, essa mistura oferece excelente oportunidade de entrar em contato com as pessoas que não pertencem à igreja e discutir assuntos espirituais. Assim que abriram a loja, as pessoas entravam e diziam: “Esse projeto é fantástico. Posso trabalhar com vocês?” Eles não tinham número suficiente de voluntários para as atividades, e essa foi uma oportunidade de conhecer e trabalhar com outras pessoas. Uma senhora que, segundo Müller, raramente ia à igreja, começou a trabalhar semanalmente na Mão Feliz e agora vai aos cultos quase todos os sábados.

“Não que alguém tivesse falado ou perguntado a ela por que não estava indo à igreja. Simplesmente porque ela agora se sente parte da missão da igreja participando desse projeto.” Dinheiro para a Missão

Membros da igreja e outras pessoas da comunidade doam as mercadorias que são vendidas na loja. No entanto, diferente das lojas de artigos usados na cidade, cujo lucro ajuda no orçamento das denominações, o dinheiro levantado por meio da Mão Feliz mantém a missão internacional e local. Por intermédio da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), a loja doa para lares de refugiados em Burundi e construção de poços em regiões sem água potável. Na Dinamarca, eles alimentam e vestem moradores de rua. “Não podemos servir alimentos a eles em nossa loja, pois não temos uma cozinha e é impossível preparar as refeições aqui”, observa Müller. “Portanto, enchemos a caminhonete que emprestamos da ADRA com muita roupa de frio e sacos com frutas frescas, como laranjas e maçãs, além de


MiSSãO nas cidades

barras de cereais e bebidas. Também levamos material de higiene pessoal, como escova e pasta de dentes, xampu, desodorante – coisas assim – e vamos para os abrigos. Um deles é para mulheres, na maioria, prostitutas, viciadas em drogas e alcóolatras. Batemos à porta e dizemos: ‘Estamos aqui’, e as que desejam alguma coisa vão até a caminhonete. Elas ficam felizes quando nos veem. Em seguida, vamos ao abrigo dos homens.” Algumas vezes, Müller leva seus quatro filhos pequenos para os abrigos. Ela menciona que a experiência é válida para a vida deles e um estágio valioso para servirem no futuro. “Eles adoram! Gostam de ver o sorriso no rosto das pessoas e daqueles que ficam extremamente felizes por ganhar algo simples, como um boné”. Müller conta que os moradores desses abrigos apreciam a visita das crianças.

Plataforma de

Muitos deles têm filhos, mas raramente conseguem vê-los. “Eles me agradecem por levar meus garotos, principalmente porque meus filhos não têm medo deles.” Os Dois Lados de uma Janela

A metáfora que vem à mente de Müller quando se refere à missão da Mão Feliz é a de uma janela pela qual “as pessoas possam olhar para dentro da igreja e ver quanto somos felizes aqui; que não somos tão estranhos e que não há nada o que temer. Mas também queremos ser a janela através da qual a igreja possa olhar para o mundo e ver como é ‘lá fora’; entender o que é ser um cristão adventista e realizar a missão neste país ou mundo em que vivemos”. Às igrejas adventistas que sentem o chamado para começar um ministério em sua comunidade mas estão preocu-

padas com as chances de obter sucesso, o conselho de Müller é “arriscar”. “Encontramos pessoas que realmente precisam de alguém que lhes dispense atenção e amor verdadeiros. Elas estão ansiosas por relacionamentos sinceros. Afinal, essa é nossa missão. É para isso que fomos chamados.” n A Dinamarca tem 5,6 milhões de habitantes e cerca de 1 milhão reside na área da grande Copenhague. Para maiores informações sobre a Mão Feliz, escreva para Berit Elkjaer (berit.e@mail. dk) ou Anne-May Müller (anne-may. muller@adventist.dk).

Sandra Blackmer é editora assistente da Adventist World.

Por Gary Krause

Lançamento do Ministério Global Ellen White falou há mais de cem anos a respeito de uma ideia inovadora para a missão. Ela desejava ver centros adventistas em cada cidade, aos quais chamou de “centros de influência”,1 que estimulariam o envolvimento dos membros com suas comunidades. Esses centros serviriam como plataformas urbanas para o método de ministério de Cristo: misturar-se com as pessoas, mostrar simpatia, ministrar às suas necessidades, ganhar confiança e levar as pessoas a segui-Lo.2 Ela escreveu: “Nas cidades grandes há certas classes [de pessoas] que não podem ser alcançadas pelas reuniões públicas”.3 Mão Feliz é parte de uma rede crescente de centros de influência urbanos do século vinte e um, mantidos pela sede da Missão Adventista, que está impactando comunidades em todo o mundo.4 Eles demonstram o amor de Jesus de modo abrangente e prático, atendendo as necessidades físicas, mentais, sociais e espirituais das pessoas.

Eles conduzem as pessoas a Jesus e à igreja. A Sra. White previu restaurantes vegetarianos, espaços para tratamentos naturais, seminários sobre estilo de vida e reuniões de pequenos grupos. Hoje, eles também oferecem aconselhamento, cuidados da saúde, atividades para jovens, inglês como segunda língua, e o que mais for necessário para chegar às pessoas e ajudar a comunidade. Os centros de influência transformam a verdade em ação. Para mais informação sobre os centros de influência, visite www.MissiontotheCities.org. 1 Ellen

G. White, Testemunhos para a Igreja, v. 7, p. 115. G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 143. G. White, Obreiros Evangélicos, p. 364. 4 A maioria deles é chamada: Centros de Vida e Esperança. 2 Ellen 3 Ellen

Gary Krause é diretor de Missão Global da Associação Geral. Outubro 2013 | Adventist World

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R E S P O S T A S

A

Como podemos interpretar as listas de bênçãos e maldições contidas na Bíblia? Dá a impressão de que devemos servir a Deus por medo.

P E R G U N T A S

Bênçãos e Maldições

A lista mais importante de bênçãos e maldições é encontrada em Levíticos 26 e repetida em Deuteronômio 28. Bênçãos e maldições estão diretamente associadas com a aliança que Deus fez com o povo de Israel, e devem ser interpretadas nesse contexto. 1. Bênçãos da Aliança: Uma aliança é o compromisso mútuo feito entre duas pessoas ou grupos. No caso de Israel, Deus tomou a iniciativa e Israel respondeu com juramento de fidelidade. A aliança é uma metáfora bíblica comum usada para descrever o relacionamento de Deus com Seu povo. Esse tipo de relacionamento é baseado em promessas mútuas de confiança, e inclui obrigações e responsabilidades. A aliança (ou pacto, no AT) era fundamentada na benignidade de Deus manifestada no modo como libertou Israel da escravidão egípcia (Ex 20:1). O relacionamento entre Israel e Deus, seu compromisso de fidelidade exclusiva ao Senhor, foi a resposta de amor à bondade prévia de Deus manifestada a eles. As bênçãos (e.g. fertilidade dos israelitas, da terra e dos animais, vitória sobre os inimigos, prosperidade) eram as promessas de Deus para o povo como Seus parceiros na aliança (Dt 28:1-14). Eram resultado da bênção inicial da redenção/libertação do Egito, pois estavam incorporadas na experiência cotidiana do povo. Essa aliança se fundamentava na promessa divina: “Andarei entre vocês e serei o seu Deus, e vocês serão o Meu povo” (Lv 26:12). Os israelitas se comprometeram com Ele como o único e exclusivo Deus da aliança, e com a preservação da ordem religiosa e social estabelecida por Ele pela lei da aliança. Viveriam dentro da esfera de Sua divina bênção. 2. Maldições da Aliança: Uma vez que aliança pressupõe o desejo de firmar um compromisso mútuo, sempre existe a possibilidade de fragilizar ou simplesmente quebrar esse acordo. Ao listar as maldições da aliança (e.g. infertilidade, derrota pelos inimigos, doenças, perdas de terra, exílio) Deus reconhecia que Seus escolhidos poderiam romper a aliança. O fato dos resultados de tal ação serem classificados como maldições indica que Deus não ignora o que fazemos

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B Í B L I C A S

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como Seus parceiros de aliança. Ele Se importa tanto conosco que responde ou reage de maneira equivalente (Lv 26:21). Ele leva isso muito a sério! As maldições também funcionam como uma intimidação. Deus enfatiza os resultados de quebrar a aliança para nos advertir. Nossa qualidade de vida é gravemente prejudicada quando rompemos o pacto. De uma perspectiva positiva, podemos dizer que a ênfase nas maldições motiva os seres humanos a serem fiéis à aliança. Finalmente, as maldições são descritas como a disciplina de Deus contra a desobediência (26:14, 18, 27). Deus não desiste de nós facilmente. 3. As Bênçãos e Maldições da Aliança: A justaposição de bênçãos e maldições em uma relação de aliança (pacto) pressupõe uma ordem cósmica. Nosso mundo é formado por esferas de bênçãos e maldições. A primeira é vivida dentro da esfera da aliança e a segunda na esfera do pecado, fora da relação de aliança. Paz (shalom) e descanso somente estão disponíveis na aliança com o Senhor, na ordem mundial estabelecida por Ele. Teologicamente falando, as maldições afirmam que fora do relacionamento com o Salvador só experimentaremos caos e uma constante invasão da morte por meio da derrota e do sofrimento. O convite de Deus para buscar Suas bênçãos e evitar as maldições é a maneira dramática de falar sobre escolher a vida em vez da morte (Dt 30:19). Deus prometeu a Israel que mesmo que a aliança fosse quebrada, Ele permaneceria fiel a ela e à Sua promessa de salvação. O perdão sempre estará disponível àqueles que quebram a aliança (Lv 26:40-45). Deus, em Cristo, tomou a maldição sobre Si para nos libertar dela (Gal. 3:13). Entretanto, o conflito entre bênçãos e maldições terá um fim. Por isso, devemos aguardar ansiosamente aquele tempo quando “não haverá maldição nenhuma” (Ap 22:3). n

Ángel Manuel Rodríguez atuou como diretor do Instituto de Pesquisa Bíblica da Associação Geral por muitos anos. Hoje, aposentado, mora no Texas, EUA.


E studo

B íblico

As Sete Igrejas do Apocalipse: Por Mark A. Finley

Éfeso

N

este mês iniciaremos uma série de estudos sobre as Sete Igrejas do Apocalipse. As mensagens para elas diziam respeito a situações específicas em cada igreja mencionada no último livro da Bíblia. Certamente havia mais de sete congregações cristãs na época do apóstolo. As sete igrejas foram escolhidas com um propósito em particular. Elas têm aplicação especial para a igreja cristã nas gerações sucessivas. Representam, assim, a igreja de Cristo numa sequência histórica, começando com a primeira, Éfeso, e prosseguindo até a última, Laodiceia. Nesta curta série de estudos bíblicos, desejamos encontrar a resposta para a seguinte questão: “O que o Espírito Santo está tentando me dizer nestas passagens?” E, acredite: há verdades preciosas sobre a vida espiritual de cada um de nós, presentes nessas mensagens.

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Quem é descrito em Apocalipse 1:12-17? Leia Apocalipse 1:18-20. Que palavras de encorajamento Jesus profere a cada uma das sete igrejas? Jesus encoraja Seu povo com essas palavras de esperança: “Não tenha medo. Eu sou o Primeiro e o Último” (verso 17). O Cristo eterno promete estar com Seus filhos por todas as gerações. “Ele não é um Senhor ausente”; Ele está com o Seu povo. Como diz um hino antigo: “No momento em que dEle preciso, Jesus está perto”.

2

Leia Apocalipse 2:1. Qual é a atividade de Jesus agora? O que são as estrelas e o que representam os sete castiçais de ouro? Veja Apocalipse 1:20. A igreja de Jesus não precisa temer. Ele a está segurando em Suas mãos, andando entre Seus filhos. Apesar dos enormes desafios que sobrevêm a ela, a igreja está segura em Suas mãos e pode enfrentar o futuro com confiança.

3 Leia Apocalipse 2:2, 3. O que Jesus elogiou na igreja de Éfeso? A palavra “Éfeso” significa desejável. Esses primeiros cristãos trabalhavam até a exaustão. Eles perseveraram em face às adversidades. Permaneceram fiéis em meio à perseguição e protegeram a igreja contra falsas doutrinas. Eles odiavam as “obras dos nicolaítas” (verso 6), grupo de hereges radicais que ensinava que o amor libertava e que a obediência à lei era desnecessária. Os cristãos de Éfeso eram leais à doutrina e tinham espírito missionário.

4 Leia Apocalipse 2:4. Qual era a preocupação de Jesus em relação à igreja de Éfeso? Infelizmente, os membros da igreja de Éfeso abandonaram seu primeiro amor. Colocaram o dever à frente da devoção. O que faziam para Cristo tornou-se mais importante do que aquilo que deviam ser em Cristo. Seu trabalho para Jesus era mais importante do que conhecê-Lo.

5 Leia Apocalipse 2:5. Qual foi o conselho dado a fim de mudar a situação? Jesus aconselhou os membros de Éfeso a fazerem três coisas: lembrar, arrepender e voltar. O que você faz quando perde o primeiro amor, quando sua experiência cristã torna-se estagnada? O que você faz quando simplesmente está indo com a maré e fica preso ao formalismo? Você se recorda quando seu coração queimava de amor por Jesus. Arrepende-se e volta para as coisas que fazia quando sua experiência cristã era nova e viva. Volta a dedicar tempo para estar com Jesus, estudando a Bíblia e orando. Você coloca a devoção antes da obrigação. O “ser” antes do “fazer”. Porque o que você é em Cristo é mais importante do que o que você faz para Ele. Você pode “fazer” sem “ser”, mas jamais poderá “ser” e não “fazer”.

6 Cada uma das admoestações para as sete igrejas termina com a expressão “ao que vencer” (Ap 2:7). Em sua opinião, por que Jesus finaliza Suas instruções desta maneira? 7 Jesus desejava que os cristãos de Éfeso crescessem na fé. Que promessa Ele faz aos que vencerem? A igreja do Novo Testamento era composta de pessoas profundamente comprometidas com Jesus. Ela cresceu e floresceu em Seu amor e graça. Cristo lhes encheu o coração e transformou-lhes a vida. Mas, à medida que o tempo foi passando, o dever suplantou a devoção. O trabalho pela igreja sufocou a devoção e ofuscou o culto ao Cristo vivo. O apelo que ecoa pelos séculos é a lembrança de que cristianismo é conhecer a Jesus intimamente. n

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TROCA DE IDEIAS

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Às vezes, pensamos que estamos sozinhos, mesmo quando não estamos.

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Cartas Mapas da Vida

O artigo de Gerald A. Klingbeil intitulado “Mapas da Vida” (AW-julho) motivoume a participar do evangelismo em um campo missionário no Nordeste do Brasil. Às vezes, pensamos que estamos sozinhos, mesmo quando não estamos. O conselho dado no artigo é verdadeiro. Sou muito grata por receber esta revista todos os meses. Os artigos me motivam e dão alegria. Que o Senhor os guarde e abençoe em seu trabalho. Edjane Brito B arra de São Miguel, Paraíba, Brasil A Doce Cantora da Finlândia

Fiquei encantada com o artigo de David Trim, “Planos para um Trabalho Mais Amplo” (AW-julho), sobre os pioneiros

Oraçãow

– Edjane Brito, Barra de São Miguel, Paraíba, Brasil

europeus. Entretanto, houve um engano quanto ao nome de Elsa Luukkanen, evangelista finlandesa. Seu primeiro nome é Elsa, não Else. Ela foi uma evangelista incrível na Finlândia. Embora o artigo a mencione rapidamente, fico feliz por publicarem sua foto. Luukkanen tem uma história fantástica que pode ser encontrada no livro Elsa, Sweet Singer of Finland (Elsa, a Doce Cantora da Finlândia). Marita McLin Wenatchee, Washington, Estados Unidos Mais Forte que a Morte

Li três vezes o último parágrafo do artigo de Sylvia Renz, “Mais Forte que a Morte” (AW-julho)! Aquilo que a consolou, trouxe lágrimas aos meus olhos. Sim, Sylvia, você passou por todo esse sofrimento e, por fim, foi realmente consolada. Acredito em você! Minha mãe tem 89 anos. Frequentemente, ela fala de como pensou que a noite anterior seria sua última e que Deus a deixaria descansar. Eu a animo e

digo que estou feliz por aquela não ter sido sua última noite. Amo muito minha mãe. Ela é minha melhor amiga e já compartilhamos muitas experiências com Deus. Ela é a mulher com quem posso rir a vontade, que é tão doce que, às vezes, penso: “Espero que eu nunca venha a perdê-la, pois é muito preciosa para mim e para os outros”. No dia em que Deus permitir que ela descanse, quero ler aquele último parágrafo muitas e muitas vezes. Tenho esperança que ele me conforte. Sylvia descreve nossa fé e esperança com palavras maravilhosas. Muito obrigada por publicar esse artigo! Waltraud Rühling-Huber Áustria Reacendendo as Chamas do Reavivamento

Quando recebi a Adventist World de janeiro, vi o artigo de Alejo Aguilar “Reacendendo a Chama do Reavivamento”, o qual inclui uma foto do sanatório em chamas em 1902. O

GRATIDÃO

Nossa igreja foi destruída pelo terremoto em janeiro de 2010. Somos mais de 400 membros e não conseguimos terminar a construção por falta de recursos. Por isso, nos reunimos em uma tenda. Una-se a nós em oração para que em breve consigamos o dinheiro para reconstruir nossa igreja. Membro da Igreja, Haiti

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Adventist World | Outubro 2013

Peço que ore por mim. Estou passando por dificuldades. Sinto-me enfraquecido espiritualmente e, há muito tempo, estou à procura de um emprego e não consigo. Ekpendu, Nigéria Minha fé está oscilando e sinto que há um abismo entre mim e Deus, fazendo com que eu não creia na oração. Ore para que Deus me aceite e me ajude. Joshua, Quênia

Obrigado por orar em favor de minha família. Recebemos grandes bênçãos e respostas às orações. Agora, peço orações pela saúde de minha irmã que vai passar por vários exames. Frank, Estados Unidos Por favor, ore por meu amigo que foi preso injustamente. Ore para que ele seja liberto e que o nome de Deus seja glorificado. Linda, Guatemala


5 Alegria

mandamentos da

C e n t r o d e P e s q u i s a d a U n i v e r s i d a d e A n d r e w s

artigo e a foto realmente tocaram meu coração e me fizeram pensar se meu país e a igreja onde frequento estão funcionando com ou sem a direção do Espírito Santo. É verdade que “Não há nada mais importante do que permitir ao Espírito Santo que realinhe nossa vida com os princípios bíblicos”. Compreendi que preciso orar e jejuar mais pelo reavivamento e reforma em meu coração, minha igreja e meu país. Devemos todos prestar atenção à advertência: por favor, atente para nossas igrejas antes que as chamas venham! Agradeço sinceramente a Deus pela existência de uma revista tão maravilhosa como a Adventist World. Lalrodinga Myaungmya, Mianmar

Como enviar as Cartas: Por favor envie para letters@ adventistworld.org. As cartas devem ser escritas com clareza, contendo, no máximo, 100 palavras. Inclua na carta o nome do artigo e a data da publicação. Coloque, também, seu nome, a cidade, o estado e país de onde você está escrevendo. As cartas serão editadas por questão de espaço e clareza. Nem todas as cartas enviadas serão publicadas.

1. 2. 3. 4. 5.

Liberte o coração do ódio (Mt 5:43-48) Liberte a mente das preocupações (Mt 6:25-34) Viva com simplicidade (Mt 6:19-21) Doe mais (Mt 5:42) Espere menos (Mt 6:2)

– Enviado por Joe Cobb, Greenwood, Mississippi, Estados Unidos

300 M i l h õ es Os cachorros têm 300 milhões de células olfatórias, 50 vezes mais do que os humanos. Não apenas isso, seu nariz estende-se desde as narinas até a parte posterior da garganta, dando ao cão uma área olfativa 40 vezes maior do que a do ser humano.

Fonte: Smithsonian

Reavivados por Sua Palavra Uma Jornada de Descobertas através da Bíblia Deus nos fala por meio de Sua Palavra. Junte-se a outros membros em mais de 180 países que estão lendo um capítulo da Bíblia todos os dias. Para baixar o Guia de Leitura da Bíblia, visite: www.reavivadosporsuapalavra.org, ou inscreva-se para receber diariamente o capítulo por e-mail. Para fazer parte desta iniciativa, comece por aqui: 1 DE Novembro DE 2013 • Salmos 86

Agradeço à equipe da Adventist World por orar em meu favor. Enviei um pedido de oração em abril de 2007, onde pedia a Deus uma bolsa de estudos para a universidade, mas não recebi nenhuma ajuda. Ao contrário, Ele usou outros recursos para me ajudar a ingressar na Universidade Bugema. Além disso, após cinco anos de espera, fui contemplado em 2012 com uma bolsa integral para o

mestrado na Universidade de Westminster, em Londres. Dentro de dois meses estarei terminando o curso. Louvado seja o Senhor por ter respondido às orações, mesmo depois de um período de espera mais longo do que planejei. Samuel Buol (natural do Sudão), Inglaterra

Oração & Gratidão: Envie seus pedidos de oração ou agradecimentos (gratidão por orações respondidas) para prayer@ adventistworld.org. As participações devem ser curtas e concisas, de no máximo 50 palavras. Os textos poderão ser editados por questão de espaço e clareza. Nem todas as participações serão publicadas. Por favor, inclua seu nome e o nome do seu país. Os pedidos também podem ser enviados por fax, para o número: 1-301-680-6638; ou por carta para Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, MD 20904-6600, EUA.

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TROCA DE IDEIAS

215A

nos

John Byington, pioneiro da Igreja Adventista, nasceu no dia 8 de outubro de 1798. Filho de pastor metodista, dedicou-se ao ministério leigo por vários anos. Decidiu abandonar a Igreja Metodista Episcopal quando ela se opôs às suas atividades antiescravagistas. Uniu-se, então, à Igreja Metodista Wesleyana e ajudou a construir uma igreja e a casa paroquial em Morley, Nova York. Em 1852, Byington teve acesso a um exemplar da revista Advent Review and Sabbath Herald (Revista do Advento e Arauto do Sábado). Ao ler os artigos sobre o sábado, convenceu-se de que esse dia deveria ser guardado. Em seguida, começou a dirigir cultos aos sábados em sua casa e ajudou a construir uma igreja. Em 1858, Tiago e Ellen White convidaram Byington para ir a Battle Creek onde, com J. N. Andrews e James White, fizeram planos para o crescimento do movimento adventista. Em 1863, Byington aceitou o convite para atuar como o primeiro presidente da recém-organizada Igreja Adventista do Sétimo Dia. Sendo o mais velho entre os outros membros da jovem denominação, John Byington era chamado carinhosamente de “Pai Byington”. Até sua morte em 1887, ele foi dedicado e fiel à causa que tanto amava. F o t o :

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As bananas são ricas em potássio, um mineral que ajuda a regular os níveis de sódio em nosso corpo. Portanto, uma banana por dia (associada a exercícios moderados) pode ajudar a baixar a pressão arterial, evitar o entupimento das artérias e reduzir o risco de ataque cardíaco e derrame cerebral.

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C h u d l e i g h

Os maiores consumidores de açúcar refinado do mundo:

G e r r y

Brasil 55* Rússia 40 México 34 RESPOSTA: Cerimônia de Batismo no Campori Internacional de Desbravadores, em Oshkosh, Wisconsin, Estados Unidos, em 2009. Clubes de mais de 100 países participaram do evento. Outro campori está sendo planejado para agosto de 2014 no mesmo local.

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Egito 32 União Europeia 32 *quilos por pessoa em um ano (2011) Fonte: Departamento de Agricultura dos Estados Unidos


ATÉ

5O

PALAVRAS

Meu

Texto Bíblico favorito n “A

vida será mais refulgente que o meio-dia, e as trevas serão como a manhã em seu fulgor. Você estará confiante […] e repousará em segurança” (Jó 11:17, 18). A história de Jó me faz lembrar de que O Criador se importa comigo.. – Matias, Buenos Aires, Argentina

n “E

lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Ap 21:4). Deus será bem-sucedido em Seu plano para salvar a humanidade. – Enock, Bangui, República África Central

n Quando

enfrentamos dificuldades para escolher entre o que é popular e a vontade de Deus, só precisamos recordar Suas palavras: “Sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês” (Jr 29:11), para nos ajudar a escolhê-Lo sempre – Jade, Cagayan de Oro City, Filipinas

n Minha

promessa preferida está em Josué 3:5: “Santifiquem-se, pois amanhã o Senhor fará maravilhas entre vocês”. Deus já cumpriu essa promessa antes e desejo que Ele faça maravilhas em nossa vida, hoje. – Cynthia, Entre Rios, Argentina

Da próxima vez, escreva com até 50 palavras qual é o seu personagem bíblico preferido. Envie a reposta para: letters@AdventistWorld.org. “50 Words or Less.

“Eis que cedo venho…”

Nossa missão é exaltar a Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança. Editor Adventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão do Pacífico Norte-Asiático. Editor Administrativo e Editor Chefe Bill Knott Editor Associado Claude Richli Gerente Internacional de Publicação Chun, Pyung Duk Comissão Editorial Ted N. C. Wilson, presidente; Benjamin D. Schoun, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Lisa Beardsley-Hardy; Daniel R. Jackson; Robert Lemon; Geoffrey Mbwana; G. T. Ng; Daisy Orion; Juan Prestol; Michael Ryan; Ella Simmons; Mark Thomas; Karnik Doukmetzian, assessor legal.  Comissão Coordenadora da Adventist World Lee, Jairyong, presidente; Akeri Suzuki; Kenneth Osborn; Guimo Sung; Chun, Pyung Duk, Han, Suk Hee Editores em Silver Spring, Maryland, EUA Lael Caesar, Gerald A. Klingbeil (editores associados), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Wilona Karimabadi, Mark A. Kellner, Kimberly Luste Maran Editores em Seul, Coreia do Sul Chun, Pyung Duk; Chun, Jung Kwon; Park, Jae Man Editor On-line Carlos Medley Gerente de Operações Merle Poirier Colaborador Mark A. Finley Conselheiro E. Edward Zinke Administrador Financeiro Rachel J. Child Assistentes Administrativos Marvene Thorpe-Baptiste Comissão Administrativa Jairyong Lee, chair; Bill Knott, secretary; P. D. Chun, Karnik Doukmetzian, Suk Hee Han, Kenneth Osborn, Juan Prestol, Claude Richli, Akeri Suzuki, Ex-officio: Robert Lemon, G. T. Ng, Ted N. C. Wilson Diretor de Arte e Diagramação Jeff Dever, Brett Meliti Consultores Ted N. C. Wilson, Robert E. Lemon, G. T. Ng, Guillermo E. Biaggi, Lowell C. Cooper, Daniel R. Jackson, Geoffrey Mbwana, Armando Miranda, Pardon K. Mwansa, Michael L. Ryan, Blasious M. Ruguri, Benjamin D. Schoun, Ella S. Simmons, Alberto C. Gulfan Jr., Erton Köhler, Jairyong Lee, Israel Leito, John Rathinaraj, Paul S. Ratsara, Barry Oliver, Bruno Vertallier, Gilbert Wari, Bertil A. Wiklander. Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638 E-mail: worldeditor@gc.adventist.org Website: www.adventistworld.org Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coreia do Sul, Brasil, Argentina, Indonésia, Austrália, Alemanha, Áustria e nos Estados Unidos.

V. 9, Nº 10

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