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BEM-ESTAR
COMO SE PROTEGER DA NOVA PANDEMIA CORONAVÍRUS
PETER LANDLESS E ZENO L. CHARLES-MARCEL
m dezembro de 2019, em Wuhan, província de Hubei, na China, foi descoberta uma nova e agressiva forma de infecção respiratória. Trata-se do coronavírus, da mesma família daquele que causou a epidemia da SARS (síndrome respiratória aguda grave) em 2002 e 2003. A transmissão ocorre por meio de gotículas de tosse ou espirro espalhadas pelas pessoas infectadas e que contaminam o corpo pelo trato respiratório (pulmões). Os sintomas são febre, tosse, dor muscular, falta de ar e fadiga. Porém, algumas pessoas podem ter diarreia e outras podem apresentar sintomas muito leves ou nenhum indício. A evolução da doença pode levar a uma pneumonia grave, com destruição do tecido pulmonar e até a morte. Até 11 de março, quando a OMS decretou estado de pandemia, o vírus da Covid-19 havia se espalhado por 114 países, 122 mil casos haviam sido confirmados e mais de 4,5 mil mortes registradas. Muitos países adotaram medidas para conter a propagação. Uma delas é E
colocar sua população em quarentena, como fizeram a China e a Itália, entre muitos outros países. Outra é limitar a entrada no país de pessoas procedentes das regiões mais afetadas, como foi feito nos Estados Unidos, suspendendo os voos vindos da Europa.
O período de contágio varia entre dois e 14 dias e o tempo de quarentena (isolamento de pessoas) é de duas semanas. Ainda não há disponibilidade de medicamento antiviral específico nem de vacina, restando apenas proceder com o tratamento dos sintomas. Apesar de ser prioridade, a produção de uma vacina pode demorar até 2021, a fim de que sua eficácia e segurança sejam comprovadas.
Aqueles que não foram imuni zados contra a gripe parecem ter sintomas mais graves e resultados piores. Por isso, no Brasil, a campanha de vacinação, iniciada no fim de março, vai priorizar os grupos mais vulneráveis: crianças, idosos e profissionais de saúde.
Ainda é difícil precisar qual seja a taxa de mortalidade da Covid-19, já que nem todos os casos foram
relatados, mas a estimativa é de 2 a 3%, índice menor que o H1N1, por exemplo. Vale lembrar que o estado de pandemia tem que ver com o alcance da doença e não com sua agressividade ou letalidade.
Para se proteger, é importante levar em conta algumas recomendações internacionais: 1. Higiene pessoal. Lave mais frequentemente as mãos com água e sabão ou as higienize com alguma solução à base de álcool. 2. Etiqueta social. Cubra sua tosse e espirro usando um lenço ou seu braço dobrado. Evite o contato próximo com quem está tossindo ou espirrando. Leve consigo suas máscaras, caso precise usá-las em ambientes de grande aglomeração, como em aeroportos, shoppings, salas de aulas e no transporte público. 3. Cuidado pessoal. Evite tocar ou esfregar os olhos, nariz e boca. Se começar a tossir e sentir mudanças na respiração, procure ajuda médica imediatamente e relate seu histórico de viagens e de saúde. Cuide com o contato direto com animais e produtos animais em feiras livres e consuma somente alimentos bem cozidos, produtos limpos e leite pasteurizado. Tome a vacina contra a gripe e não viaje para regiões endêmicas.
Há uma conscientização mundial em torno do problema. Por isso, este não é o momento para entrar em pânico, mas sim para se proteger e confiar em Deus. ]
PETER LANDLESS, é cardiologista e diretor
do Ministério da Saúde da sede mundial