MEMÓRIA
Adamor Lopes Pimenta, aos 83 anos. Natural de Paraná da Eva (AM), nasceu numa família católica que se converteu ao adventismo em 1945 como fruto de uma campanha evangelística dirigida pelo pastor Gustavo Storch. Porém, Adamor foi batizado somente em 1949 pelo pastor Walter Streithorst. Na infância, ele teve que deixar de estudar para ajudar o pai na agricultura. Aos 18 anos mudou-se para Manaus, onde serviu ao Exército de 1956 a 1959. Foi colportor na Missão Baixo Amazonas, em Belém (PA), e contador na Missão Costa Norte, em Fortaleza (CE). Depois de graduar-se em Teologia no então IAE (atual Unasp), em 1970, trabalhou como pastor distrital no Acre, tesoureiro da Missão Costa Norte e da Missão Central Amazonas, onde ajudou a fundar a Clínica Adventista de Manaus (atual Hospital Adventista de Manaus). Foi tesoureiro também do Instituto Adventista Agroindustrial (IAAI). De 1979 a 1989, serviu como presidente da Missão Baixo Amazonas (Belém), da Missão Central Amazonas (Manaus) e da Associação Amazônia Ocidental (Porto Velho). Sua liderança foi caracterizada por investimento em lanchas assistenciais para atender os ribeirinhos, campanhas de evangelismo de colheita, construção de escolas e sede administrativa, além da abertura de novos distritos pastorais. Por três anos foi secretário da União Norte-Brasileira e por seis anos presidiu essa mesma região administrativa. Aposentado desde 1998, trabalhou voluntariamente por três anos na capelania do 44
Hospital Adventista de Belém. Ele chegou a escrever uma autobiografia intitulada Norte
do Brasil: Memórias de um Líder. Deixa a esposa, Ruth Linhares, com quem foi casado por 60 anos, um filho e duas filhas, sete netos e cinco bisnetos. Geraldo Soares de Almeida, aos 91 anos, em Fortaleza (CE), vítima de pneumonia. Natural de Fortaleza (CE), foi funcionário público por mais de 30 anos. Serviu à igreja por mais de seis décadas, sempre engajado em atividades missionárias. Ajudou a plantar igrejas e levou inúmeras pessoas ao batismo. Foi tesoureiro, professor da Escola Sabatina, secretário e primeiro-ancião de igreja. Destacou-se por sua fidelidade nos dízimos e liberalidade nas ofertas, principalmente em ajuda a colportores e na doação de literatura. Também pregou em presídios e foi um pai muito dedicado à família. Tinha fortes hábitos devocionais: chegou a ler a Bíblia inteira 88 vezes e vários livros de Ellen G. White, além de interceder por amigos e familiares. Deixa a esposa Maria Luiza, oito filhos, 15 netos, 24 bisnetos e um trineto. Gilson Caetano de Andrade, aos 64 anos, em Ariquemes (RO). Portador de diabetes tipo 2, foi vítima de Covid-19. Desde criança, foi atuante nas igrejas capixabas pelas quais passou. E por mais de 44 anos serviu como líder, plantador de igrejas e evangelista em diversas cidades de Rondônia. Mais recentemente
era membro da Igreja do Colonial. Destacou-se também por sua liderança espiritual na família. Deixa a esposa, Vilma, três filhos e seis netos. João Lamborghini, aos 91 anos, em São Roque do Canaã (ES), vítima de AVC. Foi batizado já idoso, aos 85 anos, tornando-se membro da Igreja de Santa Júlia (ES). Porém, muito antes de se unir oficialmente à igreja, ele já se considerava adventista. Deixa a esposa, Alícia, sete filhos, 17 netos e 14 bisnetos. João Soares da Silveira, aos 78 anos, em Belo Horizonte (MG), vítima de câncer. Era membro da Igreja Central da capital mineira, na qual foi muito atuante como ancião e diretor do Ministério Jovem, do Clube de Desbravadores e do Ministério Pessoal. Destacou-se como esposo dedicado e exemplar, pai carinhoso e muito temente a Deus. Deixa a esposa, Léa, dois filhos e uma filha. Lídia Fumie Kanai Nogueira, aos 60 anos, em São Paulo (SP), vítima de Covid-19. Em 1981, graduou-se em Teologia no antigo IAE, atual Unasp, campus São Paulo. Por muitos anos foi professora da Escola Sabatina infantil. Criou muitas amizades por onde passou, fazendo com que uma grande rede de intercessão se formasse em favor da sua recuperação. Deixa o esposo, filho e neto.
Luiz Nunes, aos 78 anos, vítima de câncer no sangue (mieloma múltiplo). Natural do Rio de Janeiro, foi batizado em 1963, e em 1965 começou a trabalhar como instrutor bíblico. Em 1970, iniciou a graduação em Letras na Universidade Gama Filho, porém dois anos depois recebeu o chamado para ser professor de português e cursar Teologia no extinto Educandário Nordestino Adventista (ENA). Entre 1975 e 1982, trabalhou como pastor distrital e líder do Ministério Jovem, de Mordomia Cristã e Evangelismo da Missão Nordeste. Foi também secretário ministerial e evangelista da Missão Mineira Central e da União Norte-Brasileira. Residia em Cachoeira (BA) desde 1987, onde serviu como professor e diretor do curso de Teologia da Faculdade Adventista da Bahia (antigo Iaene). Luiz Nunes foi o primeiro aluno a defender publicamente sua tese no programa adventista de doutorado em Teologia no Brasil, em 1998, no Unasp. Ele prestou relevante contribuição à igreja como pastor, evangelista e professor. Como evangelista, coordenou e realizou séries públicas em grandes cidades do país, levando milhares de pessoas ao batismo. Como professor, lecionou diversas disciplinas, sempre enfatizando a proclamação do evangelho e a graça de Deus. Em sua gestão como diretor do seminário, reformulou as diretrizes internas do curso, bem como sua base curricular. Aposentado desde 2005, continuou a lecionar no seminário e a pastorear voluntariamente as duas igrejas que ajudou a plantar nas localidades de
R e v i s t a A d ve n t i s t a // Agosto 2020