MONGÓLIA
O Trabalho dos “Sonhos”
Brasileira, Milena Fernandes Mendes atua como professora de inglês na Escola Tusgal, em Ulaanbaatar, Mongólia. Ela também faz parte de um programa semanal de notícias, a primeira jornalista brasileira na história da televisão da Mongólia.
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que poderia ser melhor do que receber a oferta de trabalho dos seus sonhos? Foi isso o que pensei quando, há dois anos, recebi um convite para trabalhar como produtora de um canal de esportes. Estava por me formar em Jornalismo e não podia acreditar nessa oportunidade maravilhosa que caiu no meu colo. Visto que eu tinha certa experiência na produção e que amava esportes, parecia ser o trabalho perfeito para mim. Porém, hesitei em aceitar devido a outra oferta de trabalho que recebera. A Missão da Mongólia, sabedora de que eu era professora experiente, havia me convidado para servir como voluntária em sua escola. Por várias semanas, orei sobre minhas duas escolhas, sentindo-me dividida entre perseguir a minha paixão pelo jornalismo e por servir aos outros. Então o diretor de Comunicação da Missão da Mongólia me perguntou se eu estaria interessada em fazer algumas reportagens e produzir vídeos além de ensinar inglês. Não precisei escolher; eu poderia fazer os dois! Comprometi-me em servir na Mongólia e, por fim, senti paz.
Então recebi outra oferta maravilhosa de trabalho. Desta vez, com o bem-sucedido empresário e cantor brasileiro, Leo Chaves. “Senhor, Tu queres que eu testemunhe para o Leo?”, orei. “Ou o Senhor deseja que eu ensine na Mongólia? Se a Tua vontade é que eu ensine, por favor, faça com que minhas passagens por via eletrônica de meu voo cheguem até o dia 30 de novembro”. Recebi as passagens no dia 28 de novembro. Exatamente no dia seguinte, Leo ligou para mim para saber se eu havia tomado a decisão, e lhe contei a respeito da resposta de Deus à minha oração. Depois de 40 horas de viagem e um dia congelante de janeiro, finalmente cheguei à Missão Mongólia. Mal conseguia ficar acordada enquanto seguia meu anfitrião até o dormitório feminino, que seria meu novo lar. Vi em meu telefone os códigos de acesso que poderia necessitar para abrir as portas de fora e internas para o dormitório e despenquei na cama. No dia seguinte, almocei na casa de alguns missionários. Foi ótimo, mas decidi sair cedo para dormir um pouco mais. Estava na metade