Revista Missão 360° - Missão Adventista - Vol 8 No 4

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SUL DA ÁSIA

Uma Vida Redirecionada

E Ricky Oliveras, Departamento da Missão Adventista

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ra a primeira vez que Gabriel se aproximava daquela aldeia remota na montanha, e ele não tinha ideia do que o esperava. No entanto, ele havia ouvido uma voz mansa e suave o impressionando a ir. Gabriel havia tirado um ano de licença escolar por causa de seus problemas de saúde. Um amigo, porém, contou-lhe sobre uma aldeia onde as pessoas nunca haviam ouvido falar de Jesus. Embora sua saúde estivesse piorando, Gabriel se sentiu compelido a ir para lá. “Quando parti para a aldeia, eu sabia que minha saúde estava muito debilitada e que poderia até mesmo morrer”, disse Gabriel. “Mas, tenho uma paixão que é levar o evangelho aos que ainda não foram alcançados. Eu disse a Deus: ‘Agora que me trouxe aqui, o Senhor precisa cuidar de mim. Eu estou confiando e dependendo totalmente de Ti em relação a todos os meus problemas de saúde’.” Após chegar à aldeia, Gabriel descansou e orou durante uma semana. Em seguida, ele teve que viajar uma longa distância para se consultar com um médico. Um exame de sangue revelou que sua saúde havia sido restaurada! Com sua oração atendida, Gabriel voltou à aldeia pronto para colocar todas as suas energias no serviço à comunidade. No entanto, ele rapidamente compreendeu os desafios que enfrentaria. Devido a alta

altitude fazia muito frio no lugar; ele tinha que caminhar longas distâncias subindo e descendo estradas íngremes para conseguir água; por fim, os moradores nada conheciam a respeito dos princípios básicos de saúde. Embora Gabriel tivesse permissão dos líderes da aldeia para estar lá, muitos se opuseram à sua presença. “Foi muito difícil para eles me aceitarem”, disse Gabriel. Foi quando ele pensou em uma forma de chegar a seus corações. Não havia escola na aldeia, então ele transformou sua casa em uma sala de aula. As crianças o amavam e, com o passar do tempo, os moradores da aldeia começaram a convidá-lo para passar mais tempo entre eles. Logo Gabriel estava conversando sobre princípios de saúde com os moradores, e, às vezes, eles até falavam sobre fé. “Levou quase quatro meses para que eu conseguisse me tornar amigo deles”, disse Gabriel. “Fiquei muito feliz quando finalmente me aceitaram como parte daquela aldeia!” Os aldeões começaram a perguntar a Gabriel o que ele possuía em sua vida que o fazia ser tão feliz. Essa era a oportunidade pela qual ele estava orando, e assim ele passou a compartilhar o amor de Jesus. Os moradores gostavam de ouvir sobre a esperança de Gabriel em Cristo, um conceito libertador do qual eles nunca haviam ouvido. Muitos aceitaram a Jesus e passaram a se reunir aos sábados. Embora portas maravilhosas estivessem se abrindo, por muitas vezes Gabriel sentiu-se desanimado e solitário. As condições eram difíceis, mas ele nunca desistiu. Depois de algum tempo, ele passou a ir caminhando até as outras aldeias, o mais longe que conseguia, para pregar o evangelho. Após este tempo em ministério, Gabriel entendeu que ele desejava apenas uma coisa: seguir a vontade de Deus para sua vida. Seu desejo de se aprofundar no estudo da Bíblia o levou a se matricular na faculdade de teologia da Universidade 1 Adventista de Spicer.


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