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ANO 39, Julho/Agosto de 2009, nยบ 250


Associação de Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo

editorial Filiada a Confederação das Federações de Eng. Agrônomos do Brasil (Confaeab)

Presidente Arlei Arnaldo Madeira aeasp@sti.com.br 1º vice José Antonio Piedade dsmm@cati.sp.gov.br 2º vice Angelo Petto Neto petto@widesoft.com.br 1º secretário Ana Meire Coelho Figueiredo Natividade anikka@lexxa.com.br 2º secretário Francisca Ramos de Queiroz Cifuentes ninacifuentes@hotmail.com 1º tesoureiro Luis Alberto Bourreau bourrea@terra.com.br 2º tesoureiro Rene de Paula Posso reneposso@uol.com.br Diretor Glauco Eduardo Pereira Cortez Glauco.cortez@uol.com.br Diretor Luiz Ricardo Viegas de Carvalho ricardoviegas@terra.com.br Diretor Marcos Roberto Furlan furlanagro@yahoo.com.br Diretor Nelson de Oliveira Matheus Júnior nmatheus@sp.gov.br Diretor Sebastião Henrique Junqueira de Andrade aeasp@sti.com.br Diretor Tulio Teixeira de Oliveira taliooliveira@hotmail.com

Mudança é vital

CONSELHO DELIBERATIVO Aguinaldo Catanoci, Arnaldo André Massariol, Celso Roberto Panzani, Fernando Penteado Cardoso, Francisco José Burlamaqui Faraco Genésio Abadio de Paula Souza, Henrique Mazotini, José Amauri Dimarzio, José Maria Jorge Sebastião, José Paulo Saes, Luiz Henrique Carvalho, Luiz Mário Machado Salvi, Pedro Shigueru Katayama, Tais Tostes Graziano, Valdemar Antonio Demétrio

rimônia que busca prestigiar os engenheiros agrônomos que

CONSELHO FISCAL: André Luis Sanches, Anthero da Costa Satiago, José Eduardo Abramides Testa Suplentes: Francisco Frederico Sparenberg Oliveira, João Jacob Hoelz, Celso Luis Rodrigues Vegro

Talvez a melhor das qualidades humanas seja a capacidade de mudar e de adaptar-se. As transformações, é verdade, podem nos parecer boas ou ruins, de acordo com o nosso ponto de vista, mas uma coisa é certa, sem elas não estaríamos vivos. A democracia é um regime bom exatamente porque permite que haja alternância de pessoas no comando das instituições e eu fico feliz de ver isto acontecer aqui na AEASP. Em junho promovemos eleições para escolher o presidente e a nova diretoria, fico honrado por ter sido reeleito, sinal de que estou no caminho certo. Foram reeleitos e eleitos diretores. A AEASP também realizou Assembléia do Conselho Fiscal para verificação das contas da instituição, e ficamos satisfeitos de apresentar as contas saneadas. O nosso objetivo é fazer o melhor uso possível dos recursos da entidade. A AEASP também trabalhou bastante para manter o ótimo nível da tradicional Festa da Deusa Ceres, importante cese destacaram ao longo do ano em diversas áreas. Conforme havíamos prometido na última edição do JEA, abrimos espaço para mostrar quão bonito foi o evento deste ano. E o engenheiro agrônomo do ano 2008, Shiro Nishimura, foi entrevistado pelo JEA. É uma boa oportunidade para sabermos um pouco mais sobre a história deste colega que tanto nos honra. Nesta gestão que se inicia pretendemos jogar nosso foco em três grandes temas: qualidade do alimento, sustentabilidade e bioenergia. Esse tripé vai sustentar todas as discussões e ações da entidade, dada a relevância deles. No mundo globalizado quando se fala em agricultura, inevitavelmente se fala em um desses temas.

Órgão de divulgação da Associação de Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo Conselho Editorial Ana Meire Coelho F. Natividade Ângelo Petto Sebastião Junqueira Diretor Responsável Nelson de Oliveira Matheus Jornalista Responsável Adriana Ferreira (mtb 42376) Colaboradora: Sandra Mastrogiacomo Secretária: Alessandra Copque Tiragem: 10.000 exemplares Produção: Acerta Comunicação Diagramação: Sígride Gomes Redação Rua 24 de Maio, 104 - 10º andar CEP 01041-000 - São Paulo - SP Tel. (11) 3221-6322 Fax (11) 3221-6930 aeasp@sti.com.br/aeasp@aeasp.org.br Os artigos assinados não refletem a opinião da AEASP. Permitidaa reprodução com citação da fonte.

E vamos tratar do assunto “qualidade dos alimentos”, nesta edição do JEA em um ótimo artigo sobre as declarações da ANVISA acerca dos pimentões. Também estamos dando continuidade a tão importante discussão acerca do Código Florestal. O JEA deste mês traz mais outros temas relevantes para os colegas. Esperamos que gostem! Boa leitura! Arlei Arnaldo Madeira

Rua 24 de Maio, 104 - 10º andar CEP 01041-000 São Paulo - SP Tel. (11) 3221-6322 Fax (11) 3221-6930 aeasp@sti.com.br/aeasp@aeasp.org.br


agrônomo é notícia

Agrishow e Cidade da Bioenergia: cada uma em seu lugar Está descartada a possibilidade de a Agrishow 2010, considerada a maior feira do agronegócio da América Latina, mudar-se para São Carlos, futura Cidade da Bioenergia. Ela permanecerá em Ribeirão Preto, de acordo com seu presidente Cesário Ramalho. “A Agrishow vai permanecer em Ribeirão Preto porque é a grande cidade da agricultura brasileira, lá vivem as pessoas ligadas ao agronegócio. E agora com o apoio definitivo da Secretaria da Agricultura e do secretário João Sampaio, conseguimos superar as dificuldades históricas que envolviam essa questão da permanência em Ribeirão Preto. Hoje há sinergia com a prefeitura da cidade”, afirma Ramalho. A decisão, porém não afeta os planos da Prefeitura de São Carlos que promete continuar investindo na construção da Cidade da Bionergia, que consumirá R$ 80 milhões, dos quais R$ 53 mi serão bancados pelo governo federal e tem previsão de ser inaugurada em abril de 2010. Ramalho faz questão de ressaltar que a Agrishow e a Cidade da Bioenergia são coisas distintas. “A Cidade da Bioenergia é um grande pólo de ciências a Agrishow é a segunda maior feira de agronegócios do país e queremos que seja a primeira. A Agrishow deve se firmar não só como uma feira de máquinas, mas principalmente de tecnologia agrícola”, salienta o dirigente.

Cesário Ramalho, presidente da Agrishow

O presidente da Agrishow conta que para 2010 estão previstas algumas mudanças como: a ampliação da área, modificação da entrada daFeira, para facilitar o acesso. Além disso, a Secretaria da Agricultura vai dispor de uma área para mostrar suas pesquisas em cana de açúcar.

Brasil na reunião do Comitê do Codex Alimentarius

Francisco Frederico Sparenberg Oliveira, conselheiro da AEASP e gerente de articulação nacional da ABNT

O avanço das normas elaboradas por organismos privados ou setoriais e a preocupação que o fato vem causando a órgãos como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) foi um dos temas em discussão na reunião anual do Comitê do Codex Alimentarius, que aconteceu entre os dias 29 de junho e 4 de julho, em Roma, na Itália. O engenheiro agrônomo Francisco Frederico Sparenberg Oliveira, conselheiro da AEASP, esteve no Codex, representando a Asso-

ciação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), como gerente de Articulação Nacional. “A preocupação dos organismos internacionais é considerada justa, porque o aumento das chamadas normas privadas impõe dificuldades para a comercialização. Os produtores tornam-se cativos de um só mercado e, portanto, ficam a mercê das regras que ele estabelece, dentre outros fatores”, comenta Sparenberg. A ABNT tem atuado fortemente no sentido de congregar as cadeias de produção, para que possam criar um padrão brasileiro que evidencie a qualidade de produtos e processos no setor agrícola. Tal iniciativa deverá facilitar a comercialização tanto no âmbito nacional como no internacional. A Comissão do Codex Alimentarius foi criada em 1963 pela FAO e pela OMS para desenvolver normas alimentares, orientações e textos relacionados, tais como códigos de boas práticas no âmbito do FAO. The main purposes of this Programme are protecting health of the consumers and ensuring fair trade practices in the food trade, and promoting coordination of all food standards work undertaken by international governmental and non-governmental organizations. Os principais objetivos deste programa estão relacionados à proteção à saúde dos consumidores e assegurar práticas comerciais justas no comércio de alimentos, além de promover a coordenação de todas as normas alimentares trabalho realizado pelas organizações internacionais, governamentais e organizações não-governamentais.

Na defesa da categoria O Ministério da Educação e Cultura (MEC) consultou, até 31 de julho passado, a sociedade sobre a mudança do nome do curso de Engenharia Agronômica para simplesmente Agronomia e da titulação de Engenheiro Agrônomo para Agrônomo. A AEASP, assim como a ESALQ, mantém sua posição pela manutenção do nome do curso como Engenharia Agronômica, tendo em vista os prejuízos que tal modificação poderia acarretar para a categoria. A Associação se posicionou junto ao MEC, e a campanha realizada pela ESALQ conseguiu que milhares de emails de exalunos se manifestassem contra a intenção de tal mudança. Na opinião de Arlei Arnaldo Madeira, presidente da AEASP,

tal atitude do MEC representa falta de clareza quanto ao perfil profissional do Engenheiro Agrônomo e demonstra uma minúscula posição para o desenvolvimento acadêmico e profissional do Engenheiro Agrônomo. “Pensar grande seria consultar a comunidade sobre como melhorar a formação acadêmica e o ensino da Engenharia Agronômica nas 234 faculdades existentes no Brasil, para a graduação de profissionais cada vez mais competentes e à altura do desenvolvimento da agropecuária e do agronegócio do Brasil!”, diz o dirigente. E finaliza: “bons exemplos já existem nas boas escolas, que sabem acompanhar o desenvolvimento tecnológico e olham para o futuro com grandeza”. JORNAL DO ENGENHEIRO AGRÔNOMO

agrônomo é notícia


entrevista

Tradição e inovação Shiro Nishimura é o quarto e último presidente da família Nishimura na ordem sucessora a assumir o comando da Jacto Máquinas Agrícolas, em 2000. Um dos principais responsáveis pelo processo de profissionalização da companhia, deixou o cargo em dezembro de 2007 para fazer parte do Conselho Administrativo. Formado em engenharia agrícola pela Unesp-Jaboticabal, ele abandonou seu sonho de ser boiadeiro em Rondonópolis, em 1991, para dedicar-se integralmente aos negócios da família. Para Shiro, a mistura da perseverança, segundo ele, uma característica bastante japonesa, com a amizade do brasileiro ajudam a explicar o sucesso da companhia. O respeito pelos costumes aliado ao desejo de inovar marcam a trajetória pessoal e profissional do quarto filho dos sete que o senhor Sunji Nishimura teve com dona Chieko. Ele cresceu na cidade de Pompéia, em um ambiente que preservava os costumes orientais, mas estudou em escola pública e se inteirou dos hábitos locais. Entre os jogos de futebol e os trabalhos escolares, ajudava o pai a montar pequenas peças da futura companhia, quando chegava do colégio. A integração dos costumes se deu aos poucos. Até completar oito anos, Shiro e seus irmãos só comiam comida japonesa, aos 12, o menino era fluente no idioma japonês, mas ia mal no português, foi quando passou a dedicar-se exclusivamente aos estudos da língua nativa. “Quando eu tinha oito anos, entrou uma cozinheira pernambucana em casa, a Madalena, aí, nós começamos a comer feijão, arroz e carne. A Madalena melhorou nossa comida”, conta ele, entre risos. E emenda. “Eu me sinto brasileiro completamente, eu tenho cara de japonês, mas não sou”. Como forma de agradecer ao país que o acolheu, há 30 anos o pai de Shiro criou a Fundação Shunji Nishimura, que oferece ensino técnico profissionalizante na área agrícola para centenas de jovens crianças na cidade de Pompéia. Shiro tem forte atuação na entidade. Shiro também foi presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA/ABIMAQ) no período de 1999/2001 e reeleito em 2001/2003. Durante 14 anos, ele deu sua colaboração à CSMIA, tanto em sua gestão, como nas gestões de Francisco Matturro (Marchesan) e Fabrício de Morais (Jumil). Foi grande colaborador do Sistema Agrishow, sendo o responsável pela criação da Agrishow Cerrado, em Rondonópolis. Também foi incentivador e responsável pela participação da CSMIA nas Feiras de Guanajuato (México), Expochacra (Argentina) e Nampo Show (África do Sul). Graças à participação nessas feiras, muitas empresas familiares começaram a exportar os seus produtos pela primeira vez. Durante os oito anos que esteve à frente da Jacto transformoua em uma empresa de estrutura administrativa piramidal (onde a decisão vem de cima para baixo), em uma empresa orgânica (decisão compartilhada em vários níveis hierárquicos) com a consultoria do Sr. Victor Pinedo. Esta iniciativa transformou totalmente a Jacto e introduziu na companhia a visão de futuro. Sob seu comando a Jacto construiu a primeira fábrica de pulverizadores fora do Brasil, em Rayong, Tailândia, visando abastecer o mercado asiático. Shiro também foi diretor da Associação Brasileira de Agribusiness (ABAG) e é membro Conselho Superior do Agronegócio, (COSAG – FIESP).

Entrevista JEA - Um dos segmentos do agronegócio mais prejudicados com

a crise foi o de máquinas e implementos. Como a Jacto está lidando com a crise e como o senhor acha que esse segmento pode evitar novos solavancos?

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entrevista

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Shiro - A crise atingiu todas as empresas do segmento e nós estamos lidando com a crise como sempre com muito cuidado. A nossa sobrevivência é baseada na tecnologia e inovação, solavancos são conseqüências da condução macroeconômica, portanto não somos atores. Sofremos muito para conquistar o mercado externo, pois foram anos de trabalho e investimentos, mas hoje estamos perdendo exportações. A competitividade internacional é uma realidade e devemos ter ações que permitam aliviar os custos internos no Brasil, se decidirmos manter e criar novos empregos de qualidade.

JEA - Qual o principal desafio para o engenheiro agrônomo hoje em dia?

Shiro - Agronomia hoje é uma profissão muito importante porque

além de apoiar o produtor rural, como nos meus tempos, tem pela frente desafios maiores, pois precisa atender as demandas do comercio mundial, o aumento da demanda por alimentos, energia limpa. Também é preciso fornecer dados de rastreabilidade sanidade, que são exigências atuais. O mundo daqui há 30 anos vai necessitar de mais alimentos ainda e as fronteira de produção estão diminuindo portanto o grande desafio dos que agora se formam é produzir mais com menos, vai precisar de criatividade e muita pesquisa, aliada à boa extensão rural

JEA - Se pudesse voltar no tempo, faria agronomia novamente? Shiro - Sim, faria. Vocação não é medido pelo tempo, vocação é um sacerdócio, acima de tudo é amar o que se faz.

JEA - O senhor pensaria em seguir carreira política? Shiro - Seguir carreira política só se for setorial, portanto não é carreira pública.


artigo

Quem é o vilão no caso do pimentão? Por Anita de Souza Dias Gutierrez, do Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp (CQH)

O pimentão pertence à família botânica das solanáceas, a mesma do tomate, da berinjela e de muitas outras hortaliças. Ele é uma das hortaliças mais cultivadas no Brasil e no mundo. O descobrimento da América por Colombo permitiu a sua utilização em todo o mundo e forneceu à humanidade uma importante fonte de vitamina A. No Brasil o pimentão é a principal hortaliça cultivada em ambiente protegido. Ele permite uma vida digna para pequenos produtores que cultivam cerca de mil m2 de estufa, uma área igual a um décimo de hectare. Só no estado de São Paulo, em vinte e três municípios, de 14 regiões agrícolas, existem três mil hectares, que produzem 60 mil toneladas de pimentão. O Entreposto Terminal de São Paulo da Ceagesp comercializou 48 mil toneladas de pimentão em 2008, proveniente de nove estados e de 303 municípios brasileiros. O estado de São Paulo responde com seus 193 municípios por 64% do volume total. Os produtores são pequenos. A remessa média é de 38 caixas (10 quilos) por produtor de pimentão amarelo, 51 caixas por produtor de pimentão vermelho e 158 caixas por produtor de pimentão verde. Um caminhão truck pode carregar a produção de 17 produtores de pimentão amarelo ou de 13 produtores de pimentão vermelho ou de quatro produtores de pimentão verde. As recentes manchetes de jornais e revistas, inspiradas pelas informações da Anvisa e pelas declarações do Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, criaram um movimento de rejeição ao pimentão e às hortaliças desastroso para os produtores e para os consumidores. Afinal, o que está acontecendo? Quem é o responsável por essa situação? O que deve ser feito para prevenir futuros problemas? A Anvisa coleta as amostras de pimentão e de outras frutas e hortaliças nos supermercados, para fazer a análise de resíduos de agrotóxicos, uma atividade louvável. Entretanto, na informação dos resultados ela não identifica o responsável e condena todos os agentes da cadeia de produção do pimentão. A Anvisa é o órgão responsável pela fiscalização da rotulagem nas embalagens de alimentos, mas não fiscaliza a rotulagem das frutas e hortaliças. O Procon é o órgão responsável pela fiscalização da identificação do produto e do seu responsável, mas não fiscaliza as frutas e hortaliças. A falta de rotulagem impede a identificação do responsável pelo produto, situação solucionada pela Anvisa, quando estende a acusação para todos os produtores de pimentão do Brasil, culpados ou não. Os resultados das análises de 1.773 amostras de 17 frutas e hortaliças foram divulgados pela agência no último dia 15 de abril. Foram analisadas 101 amostras de pimentão, 65 amostras apresentaram irregularidades. A maior parte das irregularidades (53 amostras – 80% das análises com resíduos) o produtor não consegue evitar, pois se devem à utilização de agrotóxicos não registrados para a cultura. Essa situação exige o posicionamento da Anvisa, do MAPA e do Ibama numa questão, que vem se arrastando há muitos anos no Brasil, já resolvida nos países europeus, no Japão, nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos. A Portaria nº 94, submetida à Consulta Pública, em 27 de junho de 2008, é a grande esperança dos produtores das pequenas culturas, entre elas as frutas e hortaliças, para uma solução definitiva dessa situação. Foram encontradas irregularidades de fato em 13 das amostras analisadas de pimentão (12,87% das amostras analisadas). Quem são os produtores responsáveis por esses pimentões? O que eles fizeram de errado? Aplicaram o agrotóxico fora do pe-

ríodo de carência recomendado ou numa dosagem maior que a recomendada? A obrigação dos órgãos de fiscalização é identificar o culpado e prevenir futuras ocorrências pela punição e orientação do culpado e nunca punir todos os produtores de pimentão. A defesa nunca é a melhor alternativa, mas é sempre a situação colocada para os agricultores– que são considerados responsáveis pela gripe suína, pelo desmatamento da Amazônia, pelo aquecimento global, por escravidão e pelos resíduos de agrotóxicos das frutas e hortaliças.

Algumas medidas, simples e factíveis ajudariam muito a prevenir a repetição de mais um episódio que prejudica tanto os produtores e alarma os consumidores: 1. Exigência de rotulagem nas embalagens de frutas e hortaliças para garantir a identificação do produto e do seu responsável. 2. Exigência da identificação do fornecedor do produto na gôndola do supermercado, de preferência com a colocação da caixa que vem do produtor na gôndola – sistema de manuseio mínimo. 3. Exigência, na publicação dos resultados do monitoramento de resíduo de agrotóxico pelos órgãos governamentais, a obrigatoriedade de identificação do responsável e das medidas tomadas para a prevenção de futuros problemas. 4. Solicitação às autoridades que não façam declarações que comprometam todo um setor, sem assumir a sua parte de responsabilidade no problema e identificar os culpados. 5. Publicação definitiva da Portaria nº 94, colocada em Consulta Pública em 27 de junho de 2008, que estabelece critérios e procedimentos a serem adotados para o estabelecimento de limites máximos de resíduos, para as culturas com suporte fitossanitário insuficiente e para a inclusão destas culturas na monografia dos agrotóxicos registrados para uso agrícola. 6. Um trabalho contínuo de estimulo à compreensão da agricultura pela população urbana, no seu esforço de produção de alimentos, fibras, energia, preservando o meio ambiente e garantindo a segurança do alimento.

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Todos os homenageados da noite

Noite de festa para a agronomia paulista A AEASP realizou, em São Paulo, a tradicional entrega do troféu “Deusa Ceres” e do “Prêmio do Mérito Agronômico” com as medalhas “Fernando Costa”. As distinções são conferidas aos profissionais que se destacam nos diferentes campos da Agronomia. O galardão principal, o troféu “Deusa Ceres”, foi entregue ao engenheiro agrônomo do ano, Shiro Nishimura, atuante empresário da Jacto Máquinas Agrícolas. Já as medalhas “Fernando Costa” contemplaram os engenheiros agrônomos Agostinho Mario Boggio, Extensão Rural e Assistência Técnica; Cláudia Vieira Godoy, Pesquisa; Guilherme Luiz Guimarães, Iniciativa Privada; Laércio Valentin Giampani, Iniciativa Privada; Santin Gravena, Iniciativa Privada; Natal Antônio Vello, Ensino; Nelson Rentero (Revista Balde Branco), Comunicação Rural; Túlio Teixeira de Oliveira, Liderança do Agronegócio; empresa Tatu Marchesan Implementos e Máquinas Agrícolas, Empresa de Agronegócio e Carlos Henrique Augusto, Estudante Associativista. O evento, realizado no Clube Sírio, reuniu cerca de 300 pessoas e contou com nomes de expressão no meio político, tais como o secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano, o deputado federal Guilherme Campos, o presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, Barros Munhoz, o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, além de empresários e representantes de entidades de peso do setor agropecuário. Shiro Nishimura declarou sentir-se feliz e honrado em receber o título de Engenheiro Agrônomo do Ano. Em seu discurso de agradecimento fez questão de dizer que a homenagem que recebeu é também uma homenagem a toda a colônia japonesa que tanto contribuiu pela agricultura brasileira. Emocionado, agradeceu à família, aos funcionários e aos amigos. Roberto Rodrigues foi incumbido de falar sobre o premiado. Ele destacou o empenho de Shiro para valorizar o agronegó cio brasileiro e também ressaltou seu espírito associativista. “Na vida muitas coisas podem ser relativizadas, mas o valor de homens como o Shiro não se contesta”, definiu Rodrigues.

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Crテゥdito das fotos: Luciana de Araテコjo Magalhテ」es


meio ambiente

Reserva florestal: uma proposta para aproveitar oportunidades de mudança A atual crise econômica exige medidas que aproveitem as oportunidades que se apresentam. O Brasil tem todas as condições de se aproveitar disso e se firmar como o maior produtor mundial de alimentos, fibras e energia renovável, além de “produtos ecossistêmicos” não tradicionais, utilizando modelos pioneiros de desenvolvimento com tecnologias baseadas em baixo carbono e recicláveis. Para isso precisa modernizar sua legislação, incorporando os avanços científicos ocorridos nos últimos quarenta anos. Um desses casos é a legislação florestal, cujo Código Florestal Brasileiro (CF) completa 44 anos neste ano, sendo lei ainda vigente. No entanto, no CF há uma aberração técnica e socioeconômica chamada Reserva Florestal Legal – RFL, cujo conceito , de 1965, refere-se a essa área como no mínimo 20% daquela ainda coberta por florestas ou vegetação nativa, que precisaria ser mantida em caso de desmatamento, excluídas as áreas de preservação permanente. Em nenhum momento, porém, a reserva referia-se à área da propriedade e sim à área ainda coberta por vegetação na propriedade. Essa reserva acabou sendo inócua para os Estados do Sul e Sudeste do Brasil, visto que em 1965 já se havia ocupado a fronteira agrícola. Entretanto, em 2001 foi editada uma Medida Provisória (MP) - ainda não votada - que gerou uma nova figura legal criando no interior de todas as unidades produtivas brasileiras uma área com características de unidade de conservação que, como dispõe o artigo 225 do CF/ 88, são atribuídas ao Poder Público e à coletividade. Com essa MP, todas as atividades agrosilvopastoris que estavam sedimentadas perderam numa penada, no mínimo, 20% da sua capacidade produtiva cujas atividades agropecuárias passaram, daquele momento em diante, a serem consideradas nocivas ao meio ambiente, independentemente de elas ainda não serem proibidas legalmente. Restringir e reduzir a produção do território rural produtivo em uma época de conquista de mercados com produção ambientalmente adequada e certificada é um contrasenso absoluto. O que se precisa é ter produção ambientalmente adequada em 100% da área e tecnologia para isso já existe.

Impactos socioeconômicos

A área para recomposição da reserva legal equivale a mais da metade de toda área estadual ocupada com pastagens, que era de 8,07 milhões de hectares em 2008, implicando na redução da área agropecuária paulista (lavouras, pastagens e florestas econômicas) dos atuais 20,5 milhões de hectares para 16,4 milhões de hectares. Desses 20,5 milhões de hectares, quase 2,5 milhões são ocupados com florestas de propriedade privada, correspondendo, grosso modo, à área de preservação permanente existente no Estado de São Paulo, sendo 2 milhões relativos às matas ciliares e meio milhão aos terrenos inclinados e topos de morro. Assim, precisariam ser destinados à reserva legal mais de 4 milhões de hectares. Estimativas dos impactos podem ser feitas pelo valor médio da produção por unidade de área, que em 2008 era de pouco mais de dois mil reais por hectare. Assim, a redução da renda agropecuária bruta paulista atingiria o montante de mais de 8 bilhões de reais, que somados aos custos da recomposição que custarão no mínimo mais 16 bilhões de reais, atingiriam R$ 24,0 bilhões, ou seja, 56,0% da riqueza gerada pela agropecuária paulista em 2008. Mais grave é que se eliminariam empregos na mesma proporção.

Uma proposta

Do ponto de vista estritamente técnico científico, o que se reivindica é que a legislação garanta uma produção agrosilvopastoril sustentável, conservando a diversidade biológica no território estadual como um todo, utilizando-se as Classes de Capacidade de Uso das Terras como suporte. Ou seja, nada que fosse baseado em percentuais de cada propriedade, mas, sim, em qualidade e quantidade

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meio ambiente

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absoluta de área. Estudos já realizados para o Estado de São Paulo indicam que a proporção de terras aptas para usos florestais pode ser superior a 30%, ou seja, 50% maior do que a percentagem que a legislação florestal federal determina como mínimo. Assim, numa política pública estadual pró-ativa, a proporção de vegetação nativa conservada deve ser definida para o Estado como um todo e não para propriedades individualizadas, podendo ter como base regiões com características ambientais semelhantes. Fundamental considerar que essas áreas estarão também produzindo serviços ecossistêmicos de grande relevância, que precisam ser remunerados adequadamente, respeitando-se os preceitos constitucionais do art. 225 da CF/ 88. Uma forma de dar início a uma política pública de pagamentos por serviços ecossistêmicos seria utilizar valores baseados no custo de oportunidade médio das terras do Estado. Fazendo-se uma hipotética evolução para 30 anos, que seria o prazo previsto para a adequação ambiental, esse dispêndio anual estaria ao redor de R$ 37 milhões, no primeiro ano, acumulando quantias semelhantes por ano até que se chegasse ao ponto desejado. No último ano e a partir daí, haveria uma estabilização em torno de R$ 1 bilhão anuais, ou seja, de 2,5 a 3% do valor atual da produção agropecuária estadual , volume perfeitamente absorvível pelo atual sistema de impostos vigente no Estado, representando não mais do que 30% do ICMS arrecadado no setor rural. Esse esquema pode embasar um novo paradigma de desenvolvimento, fugindo dos esquemas baseados em carbono fóssil e “metal-mecânico”. Há que expandir a agricultura para onde ela for viável e restringi-la onde outras atividades forem potencialmente mais interessantes. Nesse sentido, por exemplo, não há porque usar a Amazônia para a agricultura se ela é o maior produtor de equilíbrio climático do planeta. Assim como se comercializam produtos agrícolas, tem-se que fazê-lo com os serviços ecossistêmicos não tradicionais. Essa discussão é interessante pelo momento que o planeta atravessa. É preciso saber o que se quer quanto ao futuro e aproveitar as oportunidades. Não se trata, portanto, de maior rigor nas punições, nem de estabelecer mais proibições, mas de aproveitar os avanços dos conhecimentos feitos nos campos ambiental e dos agronegócios, para reverter o quadro de degradação porventura existente e manter o potencial sócio econômico dos agronegócios.


artigo

DESMATE ZERO Fernando Penteado Cardoso* *Eng.Agr.Sênior, ESALQ-USP1936, Presidente da Fundação Agrisus **Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Sinop, Alta Floresta e Matupá.

Desmatamento zero implica em tolher o direito atual de abrir 20% das áreas florestadas, bem como em impedir a produção de alimento dos safristas, ditos posseiros ou pequenos agricultores. Implica também na renúncia à captação da energia solar através da fotossíntese, viável onde chove e faz calor, mas que não acontece à sombra do dossel arbóreo. Imagine-se nosso país coberto de mata até hoje. Onde o progresso e desenvolvimento que viabiliza a vida, o conforto e a segurança dos que amam a floresta sem que a conheçam na intimidade? A Amazônia tem 4,4 milhões de km2 dos quais 3/4 ou 4/5 são terras inundáveis, ou pedregosas ou inacessíveis em que neste milênio ninguém vai tocar por ser economicamente inviável. Pode-se estimar que 3 milhões de km2 de floresta são permanentes por força da natureza: um ônus para o país. Não seriam suficientes para satisfazer todas as repetidas virtudes climáticas e botânicas da floresta? Agora, querer desperdiçar aquele milhão de km2 aproveitável e dotado de transporte fluvial, é mesmo que optar pela pobreza, pelo atraso, pelo subdesenvolvimento permanente. Valerá a pena? Qual o fundamento ético de cercear a produção de alimentos em benefício da humanidade? Vejamos: O estado de MT, nos últimos 27 anos, mostrou que a área com cereais aumentou 6,6 Mi ha; a produção de cereais cresceu 21 Mi t; o bovino proliferou mais 12 Mi de cabeças; apresenta um honroso Índice de Desenvolvimento Humano- IDH de 0,800 para a média de 6 cidades novas**. Estaríamos arrependidos do que foi feito? Foi um erro substituir a flora natural pela agropecuária? Seria justo condenarmos o trabalho dos realizadores desse estupendo feito econômico, dessa notável conquista social? Entendemos as campanhas internacionais temerosas de nossa concorrência. Urge reagir contra o repeteco de seus argumentos

falaciosos e demagógicos. Devemos nos orgulhar do feito de nossos patrícios pioneiros, que abriram a mata para deixar entrar sol e assim produzir alimentos, criar riqueza e promover civilização.

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formação

Faculdade Cantareira tem o único curso de Agronomia no município de São Paulo A preocupação com o meio ambiente e a crescente participação da cadeia produtiva do agronegócios no PIB brasileiro foram as responsáveis, pela criação da Faculdade Cantareira, em 1999, a qual é mantida pela Associação João Meinberg de Ensino de São Paulo, fundadora do Colégio Jardim São Paulo, umas das referências de ensino de qualidade na capital paulista há mais de 60 anos. O primeiro curso implantado foi o de Agronomia, até hoje o único da Região Metropolitana da Grande São Paulo, que tem como principal objetivo formar profissionais para este momento mágico da produção de alimentos e de energia renovável que o Brasil e o mundo estão vivendo. No ano de 2005, considerando somente as faculdades, a instituição recebeu a melhor avaliação do Enade, dada pelo Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) / MEC (Ministério da Educação), em todo o país, para o curso de Agronomia. Em 2008, foi novamente reconhecida pelo MEC, que também autorizou a ampliação dos números de vagas. Atualmente, o mercado abrange uma gama enorme de opções de trabalho. O engenheiro agrônomo pode atuar em propriedades rurais – sistemas solo, água, plantas, animais, equipamentos e tecnologia –, cooperativas agrícolas, indústrias, comércio, bancos, exportação, instituições de ensinos e pesquisas, entre outras. Esta é uma área abrangente e com sólidas perspectivas de crescimento. O agrônomo também pode trabalhar em paisagismo, climatologia, meio-ambiente, ecossistema e outros setores que estão em expansão, como biotecnologia e biocombustível. Além dos laboratórios específicos, a Faculdade Cantareira possui uma Fazenda Experimental, localizada no bairro Boa Vista – Mairiporã – SP. A área, de 150 hectares, é composta por salas de aulas, laboratórios de campo, oficinas mecânicas, galpões para equipamentos, estufas, diversas instalações para criações, refeitório e lanchonete. Na área vegetal, a fazenda conta com hortas hidropônica e orgânica, pomar, estufas experimentais, viveiros de mudas, culturas anuais, plantas medicinais e ornamentais, além de outros cultivos. Na área animal a fazenda mantém diversas criações de pequenos e grandes animais.

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opnião

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Espírito santo dos resíduos Os fiscais agropecuários de todo o Brasil se reuniram no mês de julho na insulada Vitória, em evento conjunto com o Seminário Nacional de Agrotóxico. Na pasta comemorativa distribuída aos participantes constava: a programação, bloco de rascunho, caneta ecológica (envoltório de papelão no lugar do plástico) e folhetos diversos. Entre esses últimos um pequenino, como que sem pretensões, com os resultados do PARA – Programa de Analise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, no Estado do Espírito Santo. Resultados consolidados dos monitoramentos de 2003 a 2008. Durante o seminário esses dados foram melhor ilustrados e dissecados pela Engenheira de Alimentos Eliany A. Oliveira D’Avila, do IDAF – Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal. Vejam a Tabela com algumas nossas adaptações. Como se percebe, a informação sobre os resíduos de agrotóxicos é exposta ao público de forma séria e responsável, um tributo à verdade. Cada alimento advindo de determinada cultura agrícola traz claramente o número de amostras, quantas apresentaram ou não problemas de resíduos, quantos ingredientes ativos apresentaram-se com resíduos acima do LMR permitido e quantos se apresentaram com resíduos não autorizados para a cultura. Nunca é demais esclarecer que o LMR significa a quantidade diária do ingrediente ativo que o indivíduo pode ingerir todos os dias de sua vida sem efeitos maléficos. E essa quantidade diária é estabelecida com grandes margens de segurança. Ou seja, mesmo que você tenha comido um alimento com LMR acima do permitido, você só sentiria algum dano em casos muito excepcionais. Ou você é tão persistente que come o mesmo alimento contaminado todos os dias e em excesso para ultrapassar as margens de segurança? Quanto aos usos não autorizados, o raciocínio é o mesmo, com a atenuante de que as quantidades encontradas podem ser apenas traços, sem importância o suficiente para serem explicitados nas tabelas.

Pode comer sossegado seu pimentão! Mas nem por isso devemos relaxar dos cuidados. E nesse sentido, o programa tem o seu mais relevante papel ao apontar quais as lavouras onde as práticas culturais estão necessitando de reciclagem técnica, através de coletas trimestrais no CEASA/ES. Por que a alface, o mamão, o morango e o tomate apresentam altos índices de uso de produtos não autorizados? Certamente, o principal motivo é a falta de produtos registrados para essas culturas. O governo federal prometeu lançar uma Instrução Normativa Conjunta (MAPA, ANVISA e IBAMA) para minimizar essa situação, estimulando o registro por parte das empresas para as chamadas pequenas culturas ou culturas com pouco suporte fitossanitário (Portaria MAPA nº 94 de 24jun2008, em consulta pública). Por que o tomate apresenta 10 ingredientes ativos (13,8%) acima do LMR permitido em um universo de 72 amostras? Aqui, trata-se de mal uso. Em vista desse tipo de indicador, o governo do Espírito Santo

Crédito: Aenda.

Eng.º Agrônomo Túlio Teixeira de Oliveira, diretor executivo da Associação Brasileira dos Defensivos Genéricos (AENDA)

RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS NO ESPÍRITO SANTO – 2003 a 2008 Nº de Amostras Quantidade ing. ativo insatisfatório Culturas Geral Satisfatório Insatisfatório NA (ia) > LMR (ia) Abacaxi

06 05 (83,3%) 01 (16,7%)

01

--

Alface

60 47 (78,3%) 13 (21,7%)

13

--

Arroz

09 09 (100,0%) --- (00,0%)

--

--

Banana

62 62 (100,0%) --- (00,0%)

--

--

Batata

76 74 (97,4%) 02 (02,6%)

02

--

Cebola

07 07 (100,0%) --- (00,0%)

--

--

Cenoura

59 53 (89,8%) 05 (10,2%)

05

--

Feijão

09 09 (100,0%) --- (00,0%)

--

--

Laranja

65 62 (95,3%) 03 (04,7%)

04

04

Maçã

65 61 (93,8%) 04 (06,2%)

04

02

Mamão

63 47 (74,6%) 16 (25,4%)

19

--

Manga

07 07 (100,0%) --- (00,0%)

--

--

Morango

66 33 (50,0%) 33 (50,0%)

40

04

Pimentão

07 03 (42,8%) 04 (57,2%)

06

--

Repolho

07 06 (85,7%) 01 (14,3%)

01

--

Tomate

72 65 (90,3%) 07 (09,7%)

13

10

Uva

07 06 (85,7%) 01 (14,3%)

01

--

NA = quantidade de ingredientes ativos não autorizados para a cultura >LMR (ia) = quantidade de ingredientes ativos acima do limite máximo de resíduo

instituiu o PROGRAMA MORANGO SAUDÁVEL, que já colheu resultados, pois em 2008 as amostras insatisfatórias no morango foram apenas 2, contra 20 em 2003.

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Contas equilibradas Em assembléia, o Conselho Fiscal da AEASP se reuniu para discutir e avaliar receita e despesas da entidade. Rubens Pironi, auditor externo, responsável pelas contas da instituição, apresentou seu parecer. Segundo o profissional, a AEASP se encontra com boa saúde financeira e ressaltou: “são poucas as instituições que se encontram com a saúde financeira que estamos constatando aqui. E podemos verificar que os recursos financeiros foram bem gastos, o que se nota no trato das despesas efetuadas”.

Conselho Fiscal reunido na AEASP

A agronomia mostra sua força Julho foi um mês de acontecimentos importantes para a AEASP, ocorreram eleições para a escolha do corpo diretivo e presidência da Casa, que resultaram na entrada de novos membros e na reeleição do presidente Arlei Arnaldo Madeira, além de Assembléia do Conselho Fiscal e Cerimônia de posse dos novos membros. A chapa “A Força da Agronomia” com a diretoria e conselho deliberativo e fiscal recém eleitos, a entidade pretende efetuar uma série de mudanças. Três grandes temas pautarão as ações da AEASP : qualidade do alimento, sustentabilidade e bioenergia. A idéia é ampliar parcerias com instituições públicas e privadas, paulistas e nacionais, de setor do agronegócio. A Cerimônia de Posse ocorreu em 15 de Julho, em solenidade na sede social da AEASP. Os nomes dos membros estão listados no expediente do JEA, na página 2.

Membros da AEASP comparecem à sede da entidade para registrar seu

Novos tempos A globalização trouxe inovações e novos conceitos para o mundo, para as empresas e para os profissionais. O associativismo é ainda um forte elo na valorização da agronomia, e por isso a Associação de Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo ( AEASP) é considerada entidade fundamental para a defesa dos interesses dos profissionais da agronomia. Os três anos da gestão 2006-2009 foram dedicados à modernização administrativa e regimentária, melhoria de cadastro, controle financeiro e patrimonial e às melhorias na infra-estrutura da sede. Agora é preciso avançar na abrangência de atuação da AEASP em três temas fundamentais para os novos tempos: Qualidade de Alimentos; Sustentabilidade; Bionergia; A atuação em cima dessas bandeiras, obrigatoriamente destacará, ainda mais, a importância do profissional, engenheiro agrônomo para as demandas da nova economia, calcada no conceito de sustentabilidade.

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Novo time de diretores na sede da AEASP

Ações propostas:

• Fomentar a capacitação e reciclagem dos profissionais; • Descentralização da AEASP, através da criação das Delegacias Regionais; • Criação de Conselho Institucional com representantes de todos os segmentos do Agronegócio, visando o debate e encaminhamento de proposituras e medidas para a valorização, crescimento e desenvolvimento da agropecuária; • Transformar o JEA em porta voz dos profissionais e tribuna da Agronomia e Agricultura.


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Mudanças no Clube dos Agrônomos No início de agosto o Clube dos Agrônomos, em Campinas, foi palco de um evento que reuniu 80 pessoas para dar as boas vindas à nova diretoria, recém eleita. O eng. agr. Celso Roberto Panzani deixou a presidência executiva do Clube e em seu lugar assumiu o eng. agr. Fernando Gallina, diretor de pesquisa e desenvolvimento para a América Latina da Syngenta. O Clube dos Agrônomos é um espaço para atividades de lazer e esportes dedicado ao associado da AEASP. Com 70 anos, foi em sua antiga sede que nasceu a AEASP, nos primeiros tempos, sob o comando de José Fernando Lazzarini, lá eram promovidos bailes e nestas festas muitos dos sócios da AEASP conheceram suas esposas, recorda o atual presidente do conselho deliberativo, eng. agr. Nelson Paulieri Sabino, que esteve ao lado de Lazzarini nesse período. O respeito à tradição e à história do Clube aliado ao desejo de tornar esse espaço cada vez mais atrativo para as novas gerações está na base dos planos dessa gestão que se inicia. Gallina diz que as mudanças são naturais, mas não haverá radicalismos, visto que todos reconhecem os progressos da gestão de Panzani. Mas algumas prioridades foram listadas pelo presidente, tais como: rever os critérios para a admissão de novos sócios, para que o processo seja mais inclusivo; estreitar a relação entre o clube e a comunidade, para que ele seja cada vez mais um agente capaz de promover ações benéficas para

Da esquerda para a direita: Fernando Gallina, Celso Roberto Panzani e Nelson Paulieri Sabino

seu corpo de associados e para a sociedade de maneira geral. Ainda nessa linha, o Clube deverá ser cada vez mais atuante nas discussões acerca das questões ambientais. O uso dos recursos do clube para estabelecer parcerias, como forma de angariar fundos para seu sustento, também é algo que está nos planos da nova gestão. O presidente menciona uma possível parceria com escolas locais para que os estudantes possam fazer visitas monitoradas ao bosque que o Clube mantém com espécies nativas, além do aluguel da quadra e de outros equipamentos para universidades e empresas realizarem treinamento.

Congresso Brasileiro de Agribusiness Entre os dias 10 e 11 de agosto ocorreu a 8ª edição do Congresso Brasileiro de Agribusiness, promovido pela Associação Brasileira de Agribusiness (Abag). Nesta edição, a sustentabilidade e a crise mundial foram os temas que nortearam os debates, que aconteceram durante dois dias, no WTC em São Paulo. Durante a cerimônia de abertura, Carlo Lovatelli, presidente da associação, iniciou o discurso explicando que a palavra crise, quando escrito em chinês, compõe-se de dois caracteres: um representa perigo e o outro representa oportunidade. Sobre a sustentabilidade, Lovatelli disse que é um processo contínuo e não pode se basear apenas em ações pontuais e conhecidas. “ Sustentabilidade envolve diferentes práticas empresariais, mas sempre atreladas ao compromisso com o diálogo, a transparência e o processo de comunicação verdadeiro com os agentes envolvidos”. O evento reuniu renomados especialistas para debater as questões relacionadas ao agronegócio sustentável, Roberto Rodrigues, Kátia Abreu, Delfim Neto, dentre outras importantes personalidades foram palestrantes. As novas diretrizes para o 9º Congresso em 2010 foram definidas em torno da necessidade de se criar políticas públicas.

Agenda ExpoAzeite 2009 - Feira de azeites Data: 08 de setembro de 2009 Descrição: evento voltado para profissionais e interessados no setor. Local: Centro Fecomércio de Eventos - São Paulo - SP Site do Evento: http://www.expoazeite.com.br Fruit & Log Brazil - Feira Internacional de Frutas e Derivados, Tecnologia de Processamento e Logística Data: 08 a 10 de setembro de 2009 Descrição: evento exclusivo para profissionais do setor. Local: Expo Center Norte - São Paulo - SP Site do evento: http://www.fruitelog.com.br

Carlo Lovatelli, presidente da Abag

Frutal 2009 - Feira de Produtos e Serviços - 16ª Semana Internacionalde Fruticultura, Floricultura e Agroindústria Data: 14 a 17 de setembro de 2009 Descrição: frutas e verduras orgânicas; destilarias de cachaça; vinículas; indústria de suco de frutas; flores; plantas ornamentáis; etc. Local: Centro de Convenções do Ceará - Fortaleza - CE Site do Evento: http://www.frutal.org.br 4º Rural Tecnoshow Data: 28 de setembro a 03 de outubro de 2009 Descrição: novas tecnologias para o agronegócio. Local: Parque de Exposição Ney Braga - Londrina - PR Site do Evento: http://www.srp.com.br

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Produzir mais e melhor Crédito: Antonio Carriero

Aperfeiçoar os processos de qualidade e segurança dos alimentos é a missão do ITAL TetraPack”, conta o diretor geral do Instituto, Luis Madi. O instituto possui certificação segundo a norma ISO 9001:2000 e tem, entre suas análises microbiológicas e físico-químicas, ensaios acreditados pelo Inmetro e pela REBLAS/ ANVISA. Para as empresas, o ITAL oferece serviços de consultoria, capacitação e análises, com garantia de isenção e competência. A missão da entidade é desenvolver pesquisa, produzir inovação, oferecer assistência tecnológica e difundir o conhecimento técnico-científico para o agronegócio, em benefício da sociedade. “Nós temos clareza que vai vir uma onda de desenvolvimento de produtos alimentícios onde o Brasil será um dos principais países atuantes nesse setor. Por isso, nós precisamos nos desenvolver na parte tecnológica”, prevê o diretor da instituição. “A ideia é criar e adaptar o Tecnolat, para que ele atue numa área que nunca trabalhamos que é o sorvete. Se observarmos o mercado, notaremos que o sorvete (que era uma coisa totalmente empírica) hoje passa a ser um segmento estratégico no mercado brasileiro, em termos de nutrição. Assim, o ITAL, junto com o conselho consultivo do Tecnolat, estará criando ali uma planta de processamento de sorvete artesanal e industrial que será inaugurada em 2010, no aniversario de 47 anos do instituto”, conta Luis Madi. O ITAL também está envolvido no projeto O Brasil Foods Trend 2020, em parceria com a FIESP e oito entidades setoriais, além da EPSM e da Faculdade Anhembi Morumbi, que irá diagnosticar o que deverá estar acontecendo na área alimentícia nos próximos 10 anos. O documento abrangerá uma análise que irá desde os hábitos alimentares até varejo e distribuição de alimentos no Brasil, levando em conta a idade média da população, número de pessoas e hábitos de alimentação fora do lar. Os resultados serão divulgados no final do ano.

O ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos) pertence à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) que, por sua vez, faz parte da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. O órgão realiza atividades de pesquisa, desenvolvimento, assistência tecnológica e difusão do conhecimento nas áreas de embalagem e de transformação, conservação e segurança de alimentos e bebidas. O ITAL foi criado em 1963, a partir de uma unidade do Instituto Agronômico (IAC). Naquele período, o IAC-APTA começava a trabalhar com tecnologia de equipamentos para a indústria de alimentos. Houve a percepção de que o estado de São Paulo teria a necessidade de possuir um Instituto que trabalhasse com a área de pesquisa, inovação tecnológica e desenvolvimento na industrialização de alimento. A partir disso, foi desenvolvido um projeto (integrado com a FAO - Food and Agriculture Organization), para a criação do ITAL. Hoje, o Instituto se destaca por desenvolver tecnologias que ampliam o “tempo de prateleira” dos produtos e viabilizam o aproveitamento de resíduos de processamentos. Os projetos ligados à saúde do consumidor e à segurança alimentar estão no foco da atividade científica do ITAL-APTA. São desenvolvidos produtos diet, light e funcionais, como o hambúrguer light e enriquecido com colágeno, proteína benéfica à saúde. O Instituto se concentra em três grandes áreas, tecnologia, ciência e qualidade de alimentos e embalagem. A área de tecnologia inclui unidades especializadas em produtos cárneos, cereais, chocolate, balas, confeitos, produtos de panificação, laticínios, frutas, hortaliças, engenharia de processos industriais e tecnologia de pós-colheita. Já a área de ciência e qualidade dos alimentos abrange laboratórios de análises químicas, físicas, sensoriais e microbiológicas. E a área de embalagem possui núcleos especializados em materiais metálicos, de vidro, plástico, celulósicos e de distribuição e transporte. O Governo do Estado está investindo na modernização dos Institutos. “Esse ano faremos a inauguração das novas instalações da planta de processamento e acondicionamento asséptico do Tecnolat (Centro de Tecnologia de Laticínios do ITAL). Essa obra é só o início de uma reforma que em 2010 abrangerá os espaços reservados para as pesquisas com queijos, leites, iogurte e sorvetes. Assim, começaremos com a parte dos laboratórios do convênio com a

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Crédito: JAM Fotos Aéreas e Técnicas

Luis Madi, diretor geral do ITAL


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A educação como fonte para o desenvolvimento

Crédito: Andef.

*Luís Carlos Ribeiro é engenheiro agrônomo e gerente de Educação e Treinamento da Associação Nacional de Defesa Vegetal, Andef

O Brasil tem diante de si um desafio crucial, se pretende tornar consequente o enorme potencial econômico que ostenta. Trata-se do desafio chamado Educação. A preocupação confirma-se diante do grau de analfabetismo da população brasileira, ainda acima de 10,0% em 2006, correspondente a pessoas de 15 anos ou mais, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE. Trata-se de uma taxa bastante elevada, sobretudo quando comparada às de outros países do continente sul-americano, como Uruguai, Argentina e Chile, cujas taxas variam entre 2,0% e 4,0%. Mas há outro dado revelado no estudo que interessa mais diretamente aos setores envolvidos nas atividades agropecuárias: a maior população de analfabetos está no meio rural. E o que chama a atenção é o número persistentemente elevado. A população da zona rural tem em média 4,5 anos de estudo, enquanto a do meio urbano tem 7,8 anos. Estudos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Inep, indicam que, se for mantido o ritmo atual de evolução, a população rural levará mais de 30 anos para atingir o atual nível de escolaridade da população urbana. A literatura acadêmica registra diversos estudos que atestam como a decisão estratégica de nações investirem em Educação as elevou ao patamar do desenvolvimento. No Brasil, a garantia da Educação básica – formação de crianças e adolescentes – é dever constitucional do Estado. Ainda assim, a iniciativa privada vem, há vários anos, desenvolvendo enorme esforço, com investimentos significativos, no sentido de reduzir o fosso do conhecimento. Bons exemplos a serem citados são o Sistema S, com destaque para o SESI, para o qual as empresas destinam boa parte de suas receitas à Educação, na forma de tributos ou mesmo de investimentos deliberados. Outra iniciativa, mais recente, digna de todo louvor e apoio, é o programa Todos Pela Educação, mantido por dezenas de empresas e com a participação de educadores, gestores públicos e representantes da sociedade civil. Se, nas últimas décadas, o campo vem exibindo desempenho excepcional, as indústrias de defensivos agrícolas têm contribuído fortemente para esses resultados: seus investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento, por exemplo, totalizaram em 2007 expressivos US$ 78 milhões. Mas tão importante quanto esses recursos é o fato de essas indústrias estarem investindo na sustentabilidade do meio rural através de outra iniciativa magnífica: a educação e o treinamento do homem do campo. Apenas uma mostra parcial do significativo investimento em ações

de stewardship pelas indústrias de defensivos agrícolas pode ser conferida no livro lançado este ano pela Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (FEALQ), da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Esalq/USP. A publicação traz os números consolidados das atividades que participaram do 12º Prêmio Mérito Fitossanitário, iniciativa da Andef que reconhece ações de profissionais, indústrias, distribuidores, cooperativas e centrais de recebimento de embalagens com mais destaque nas iniciativas de educação e treinamento no campo e de responsabilidade socioambiental. Para sua realização, o Prêmio tem o apoio da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários, Andav; Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, Inpev; e Organização das Cooperativas Brasileiras, OCB. Para se ter uma idéia do alcance desses programas, destaquemos alguns dados: sete empresas associadas à Andef colocaram no campo, em 2008, 751 técnicos, ou 72% do total desses profissionais das indústrias. Eles desenvolveram 7.202 atividades, como palestras, dias de campo e treinamentos. Com suas ações educativas, sociais e ambientais, as empresas atingiram 9.713.068 pessoas, com investimento de R$ 9.850,926 milhões. Em outras palavras, as indústrias de defensivos agrícolas, com o apoio das entidades parceiras, têm feito exemplarmente sua parte ao levar aos agricultores e trabalhadores do campo o tema da responsabilidade socioambiental.

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É fácil contribuir! Os engenheiros agrônomos e profissionais da área tecnológica que preenchem a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) podem estar deixando de preencher o campo 31 do formulário, no qual o responsável tem o direito de destinar 10% do valor à entidade de classe de sua preferência. Ao preencher o campo com o número 058, da AEASP, o profissional estará automaticamente fazendo sua contribuição à associação, ajudando assim a manter o trabalho da Entidade de defesa e desenvolvimento da agronomia brasileira. Se o emissor deixar o campo 31 em branco a alíquota não é repassada para nossa entidade e vai direto para o Confea. Os tipos de ARTs específicas para o engenheiro agrônomo são as de Obras, Serviços, Receituário Agronômico, Desempenho de Cargo/Função e Crédito Rural.

DETALHES IMPORTANTES: Será considerada nula a Anotação de Respon-sabilidade Técnica, quando: 1. a qualquer tempo, verificar-se a inexatidão de quaisquer dados nela constantes; 2. o Conselho Regional verificar a incompatibilidade entre as atividades técnicas desenvolvidas e as atribuições profissionais dos responsáveis técnicos respectivos; 3. for caracterizado o exercício ilegal da profissão, em qualquer outra de suas formas. (artigo 9º - Resolução nº 425/98 do Confea).

Tradição e Informação Para anunciar no JEA ou recebê-lo, entre em contato: Rua 24 de Maio, 104 - 10º andar CEP 01041-000 - São Paulo - SP Tel. (11) 3221-6322 Fax (11) 3221-6930 aeasp@sti.com.br/aeasp@aeasp.org.br

O Jornal do Engenheiro Agrônomo é uma publicação que completa 40 anos de existência em 2010. Ao longo dessas quase quatro décadas de atuação, este veículo tem atuado como uma tribuna para os profissionais da agronomia e para o setor agronômico, de modo geral. Seu público leitor é formado por engenheiros agrônomos, sócios da Associação de Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo, autoridades, políticos e demais profissionais ligados à agropecuária. Se você precisa levar sua mensagem, seu produto ou serviço para esse público, anuncie no JEA.


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