A nova geração: a digital
Nas escolas existem hoje as primeiras gerações que cresceram com o comando à distância numa das mãos e o rato na outra. Não podemos prever as modificações cognitivas que poderão surgir da passagem de uma cultura baseada na escrita para uma cultura multimédia apenas com a observação das diferenças notórias entre uma geração e a próxima, entre os nossos pais, nós, e os nossos filhos. Deveríamos começar por ter em conta os sistemas de ensino e de educação e a forma como procedem ao processamento deste novo paradigma da sociedade e da comunidade educativa. Em relação à velocidade de informação, a geração digital tem muita experiência
em
processar
informação
rapidamente,
a
quantidade
de
informação e de canais que se recebe é enorme, a selecção de uma relação corresponde a um impulso rápido que nem sempre é calculado e nem sempre implica uma reflexão posterior. Os novos alunos têm um melhor processamento e uma atenção mais diversificada e é cada vez mais frequente realizar várias tarefas em simultâneo. Contudo, não significa que o façam bem, apenas significa que fazem muito, embora sem perfeição. Se repararmos, o texto ilustrou a imagem durante muitos anos, a imagem e os gráficos utilizavam-se para acompanhar e ilustrar um texto. Neste momento, o papel do texto nos meios tecnológicos é elucidar sobre algo que primeiro foi experimentado como imagem. Um bom exemplo podem ser os “smileys”, essa série de caracteres que tentam expressar alguma emoção nos textos. Também a ruptura na linearidade no acesso à informação por parte desta nova e denominada, geração digital é a primeira que experimentou um acesso não linear às fontes de aprendizagem. As TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) fizeram crescer nos mais jovens uma forma de organização da informação totalmente diferente à utilizada na escrita convencional. Os livros acabam por lhes ser tão estranhos como os hipertextos aos nossos pais. A salientar também, o facto da conectividade da geração digital estar a crescer num mundo sincronizado. Por este motivo, esta nova geração tende a pensar de forma diferente quando enfrenta um problema – qualquer pessoa em