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Um olho no céu, outro na lavoura

Agricultores recorrem aos seguros agrícolas para proteger suas lavouras de perdas produtivas causadas, principalmente, por fenômenos climáticos

O seguro agrícola é uma forma eficaz que os produtores rurais têm de se proteger contra imprevistos que possam afetar suas plantações. O segundo secretário da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Fabricio Murini, reforça que essa é uma proteção contra perdas recorrentes de fenômenos climáticos e adversidades que afetam as áreas produtivas. “Os seguros agrícolas são fornecidos por seguradoras ou através dos programas do Governo Federal com o objetivo de resguardar o produtor de qualquer tipo de prejuízo que possa ter em sua lavoura”, explica. Normalmente as empresas oferecem seguros para grãos, hortas, pomares, máquinas agrícolas, pecuária, entre outros.

Os agricultores também têm à disposição o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), que visa isentar o produtor rural de obrigações financeiras relativas aos financiamentos rurais de custeio agrícola quando a lavoura assistida tiver sua receita reduzida por causa de eventos climáticos ou pragas e doenças sem controle. “O Proagro tem como foco principal os pequenos e médios produtores, embora esteja aberto a todos dentro do limite de cobertura estabelecido na regulamentação”, esclarece Murini. O programa possui duas modalidades, aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN): o Proagro Mais, que atende aos agricultores familiares do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), e o Proagro, voltado aos demais agricultores.

Para o dirigente, o seguro agrícola deve ser contratado antes da implantação da lavoura para garantir a cobertura durante todo o ciclo da cultura, possibilitando a inclusão de máquinas e equipamentos utilizados na produção. “Diante do alto investimento na produção agrícola, o seguro agrícola é uma garantia de proteção para que o produtor rural não venha a ter prejuízos através de fatores climáticos adversos e que comprometem a produtividade como um todo, proporcionando mais segurança e estabilidade para quem produz”, justifica. “Vale lembrar que serão amparadas as lavouras que já tenham emergido na área contratada”, complementa. Além disso, todos os sinistros precisam ter laudo técnico que comprove os prejuízos. Para não correr o risco de ficar sem cobertura, os contratantes de seguros agrícolas precisam ficar atentos a aspectos importantes, como o zoneamento agrícola de riscos climáticos vigente para a safra, para a cultivar e para a unidade da federação onde se situa

Futuro motivador

a área cultivada. O agricultor também pode perder a indenização quando as coordenadas geodésicas na proposta do seguro não forem de acordo com a lavoura implantada, quando não comprovar a certificação da sementes utilizada na área e os laudos de solo atualizados, e quando descumprir outras exigências contratuais feitas pelas seguradoras. Sempre que houver dúvidas, a recomendação é para que os produtores busquem informações com suas representações de classe ou com os agentes financeiros que fazem as operações de crédito e contratação dos seguros agrícolas.

O meteorologista Flavio Varone, coordenador do Simagro-RS, aposta em um futuro motivador. Em 2023, serão remodeladas as 20 estações antigas e que serão integradas à rede existente, além da instalação de novas 48 unidades que estão sendo adquiridas. A novidade promete deixar a rede muito robusta, com cerca de 100 estações em operação contínua, com os dados enviados em tempo real e distribuídos automaticamente. “O aumento da rede vai proporcionar a melhoria no monitoramento”, comemora. “Será implementado um novo sistema de previsão de tempo e clima, com uma nova tecnologia baseada em inteligência artificial e redes neurais, o que proporcionará maior índice de acerto nas previsões e, consequentemente, menor dano e prejuízo ao setor agropecuário.”

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