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Monitoramento aliado do campo

Os agricultores gaúchos contam com o suporte do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS), um projeto que consiste na implantação de um sistema de monitoramento agroclimático e na elaboração de produtos específicos para o setor agropecuário do Estado. As informações geradas auxiliam no planejamento e suporte para medidas de curto, médio e longo prazo em todas as regiões produtoras. “O objetivo é gerar informações e produtos agroclimáticos para contribuir com o desenvolvimento do setor no Rio Grande do Sul, visando antecipar eventuais mudanças nas condições do tempo e clima que possam interferir nas atividades socioeconômicas”, explica o meteorologista Flavio Varone, coordenador do Simagro-RS.

Atualmente, são 30 estações instaladas em regiões produtoras, em áreas de culturas diversas e que coletam os dados diretamente no campo, dentro da propriedade. “As instalações representam uma parceria, onde o Simagro fornece a estação e o produtor disponibiliza a internet para envio dos dados e a estrutura para fixar o equipamento”, enfatiza Varone. Por meio deste trabalho conjunto, são fornecidos inúmeros produtos aplicados diretamente ao setor agropecuário, que são gerados a partir de modelos meteorológicos em forma de índices agroclimáticos. “Os índices são gerados a partir de pesquisas e servem para auxiliar o produtor gaúcho nas suas mais diversas atividades.”

Segundo o meteorologista, os principais índices são o para aplicação do 2,4D; ocorrência de ferrugem na soja; esterilidade espiguetas de arroz; baixo rendimento e germinação mínima do milho; conforto térmico animal, e riscos de geadas e de incêndios. “Os dados das estações meteorológicas são utilizados para o monitoramento climáticos, onde são gerados produtos para monitoramento de estiagem, balanço hídrico, excesso ou deficiência de umidade no solo, entre outros. O controle das condições de tempo e clima é essencial, ou mais que isto, é estratégico. O monitoramento é fundamental desde o processo de preparo do solo até a colheita e o transporte, o que evita perdas e diminui a possibilidade de prejuízos.”

Para Varone, os ganhos do sistema para a agropecuária gaúcha são incontáveis. “O principal é a Secretaria de Agricultura ter um sistema próprio de previsão e monitoramento, com a construção de uma rede de estações própria de informações, algo que nunca existiu, e onde os dados são distribuídos livremente e auxiliam os produtores e os fiscais agropecuários nas suas atividades”, ressalta. Outro ponto crucial é que os produtos gerados são específicos para o setor, ou seja, o produtor não precisa recorrer a outras fontes para elaborar sua decisão nas ações dentro da sua propriedade.

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