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A FUNÇÃO SOCIAL DO ARQUITETO JUNTO A REQUALIFICAÇÃO DA MORADIA PARA FAMÍLIAS DE BAIXA RENDA
Heyder Philippe de Brito Cunha
RESUMO: O ponto a ser discutido no texto é a forma com que a arquitetura é vista e aceita pela população de baixa renda, ou até mesmo da forma com que ela é ofertada. Vemos hoje que para muitos, arquitetura se trata de um artigo de luxo, se tornando até mesmo fútil na visão da população, principalmente quem vive nas comunidades de renda reduzida. A falta do conhecimento da profissão do arquiteto gera o que vamos tratar como autoconstrução promovendo modelos arriscados de habitação. E diante dos problemas estudados na Região Metropolitana do Vale do Aço foram descritas leis e estratégias que viriam a amenizar as consequências negativas estimulando de forma acessível a atuação do arquiteto nas comunidades.
PALAVRAS-CHAVE: Autoconstrução. Baixa renda. Habitação. Aproximação.
1. INTRODUÇÃO
Como consequência à autoconstrução, neste caso construções sem a participação do arquiteto nas fases de estudo do espaço, projeto e execução, a própria população gera espaços sem “intenções”, que segundo o arquiteto Lúcio Costa: Arquitetura é antes de mais nada construção, mas, construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando a determinada intenção. [...] pode-se então definir arquitetura como construção concebida com a intenção de ordenar e organizar plasticamente o espaço, em função de uma determinada época, de um determinado meio, de uma determinada técnica e de um determinado programa. ” (COSTA, 1995).
Com isso nota-se o distanciamento ao conhecimento da real função da arquitetura nas comunidades de baixa renda, onde talvez ela seja mais necessária.