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Ordenação Presbiteral Padre Danilo

No dia 11 de fevereiro, memória de Nossa Senhora de Lourdes, na Paróquia Nossa Senhora do Belém, em Descalvado - SP, aconteceu a ordenação

Todo ano, na celebração do Dia Mundial do Doente, o Papa publica uma mensagem apelando por melhores condições de tratamento e atenção às pessoas em situação de enfermidade. Neste ano, o Santo Padre nos convida a refletir com o tema:

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“Trata bem dele!” (Lc 10,35): A compaixão como exercício sinodal de cura, nos motivando a caminharmos juntos na experiência de fragilidade e doença.

Ao apoderar-se das palavras de Ezequiel (34,3-4.15-16), ressalta o duro juízo do profeta sobre aqueles que exercem poder sobre o povo, e afirma que a experiência da doença e da fragilidade nos coloca no centro da solicitude do Senhor. Colocando em evidência a parábola do Bom Samaritano, o Papa remete-nos à sua encíclica Fratelli tutti, que faz uma leitura atualizada daquela. Na parábola, somente o samaritano, objeto de desprezo, “deixa-se mover pela compaixão e cuida daquele estranho na estrada, tratando-o como irmão”. Para superar os atentados à vida e à sua dignidade, “basta um momento de atenção, o movimento da compaixão”, para gerar um mundo mais fraterno.

Ao afirmar que não estamos preparados para a doença, a idade avançada, a vulnerabilidade e a fragilidade, somos tentados a abandonar o outro, ou nos afastarmos para não sermos um peso na sua vida, emergindo assim a solidão e o sentimento de injustiça. Confrontada com o exemplo do bom samaritano e as circunstâncias históricas atravessadas, a Igreja torna-se um verdadeiro “hospital de campanha” na sua missão de cuidar.

A parábola do Bom Samaritano sugere a prática da fraternidade organizada para opor-se ao mal. A recomendação do samaritano ao estalajadeiro: “Trata bem dele!”, Jesus estende a todos:

Enfim, “Não tem valor só o que funciona, nem conta só quem produz. As pessoas doentes estão no âmago do povo de Deus, que avança juntamente com eles como profecia duma humanidade onde cada qual é precioso e ninguém deve ser descartado”.

Pe. Fábio Eduardo Pinto, M.I. Central

Fraternidade e Fome – CF 2023

Estamos nos preparando para celebrar o tempo mais forte e significativo na liturgia da Igreja. Tempo em que fazemos memória do mistério salvador de Jesus: sua paixão, morte e ressurreição. Dentro do ciclo da Páscoa, a Igreja nos convida a iniciar essa caminhada com o tempo da Quaresma, quarenta dias que antecedem a Páscoa.

O Tempo Quaresmal nos faz um grande convite à conversão. Tal atitude não pode ser superficial e estética, mas sim profunda e estrutural. O profeta Joel nos ajuda a compreender a necessidade de uma verdadeira conversão quando diz: “rasgai o coração e não as vestes” (Jl 2,13). Uma conversão integral da ser humano que se dá em três dimensões: pessoal, eclesial, social.

Na dimensão pessoal, a partir do encontro pessoal com Jesus, somos convidados a estabelecer uma relação de amizade com Ele: “eu vos chamo de amigos” (Jo 15,15). Nesta relação é necessário se abrir e acolher sua identidade, para aprendermos a responder quem é Jesus: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Mt 16,13). A partir do conhecimento da pessoa de Jesus, a conversão se dá na nossa configuração a Ele: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus” (Fl 2,5).

Na dimensão eclesial somos chamados, neste Tempo Quaresmal, a tomar consciência de uma verdade: “Somos povo que está a caminho e busca a santidade”. Nascemos do querer de Deus, porque Ele nos reúne em seu amor. Estamos a caminho e aprendemos cada dia os passos de Jesus. Buscamos a santidade na medida em que conhecemos nossa missão de cristãos e vivemos os valores do Reino. Nos desviamos muitas vezes do caminho e pecamos quando não fazemos de Jesus o centro da nossa fé. Quando o nosso querer se impõe sobre a criatividade do Espírito, quando as nossas comunidades não dão testemunho de Jesus, quando nos esquecemos do nosso compromisso com as pessoas fragilizadas.

Na dimensão social, a Igreja no Brasil traz sempre um tema para a nossa reflexão, desde 1961, durante a Quaresma, na Campanha da Fraternidade. Para o ano de 2023 o tema será: “Fraternidade e Fome” e o lema: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16). Mas, qual a importância dessa campanha para nós? A Campanha da Fraternidade é um meio eficiente para nos ajudar neste nosso processo de conversão. Sabemos dos grandes dramas sociais do nosso país. Reconhecemos que a pobreza tem aumentado e que o rosto dos vulneráveis têm diversas facetas. Precisamos, também, nos converter, proposta de toda Quaresma. Não basta mantermos um assistencialismo. É preciso abraçar a metodologia da mudança sistêmica/estrutural.

A CF 2023 tem o objetivo de sensibilizar a sociedade e a Igreja para enfrentarem o flagelo da fome, sofrido por uma multidão de irmãos e irmãs, por meio de compromissos que transformem esta realidade a partir do Evangelho de Jesus Cristo (objetivo geral da CF 2023, manual da CF 2023). O tema também está relacionado com as palavras do Papa Francisco na mensagem para os 75 anos da ONU para a alimentação e a agricultura, em outubro de 2020:

“Para a humanidade, a fome não é apenas uma tragédia, mas também uma vergonha. Em grande parte, é provocada por uma distribuição desigual dos frutos da terra, à qual se acrescentam a falta de investimentos no setor agrícola, as consequências das mudanças climáticas e o aumento dos conflitos em várias regiões do planeta. Por outro lado, descartam-se toneladas de alimentos. Diante desta realidade, não podemos permanecer insensíveis ou paralisados. Somos todos responsáveis.”

“Eis o tempo de conversão, eis o dia da Salvação. Ao Pai voltemos e junto cantemos: eis o tempo de conversão”. Assumamos este Caminho Quaresmal, iluminados pela vivência da nossa fé. Sejamos uma Igreja santa, capazes de testemunharmos Jesus Cristo e de amar os famintos que têm fome e sede de justiça.

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