SEMANA DA FAMÍLIA
Entre 11 e 19 de agosto teremos uma programação especial para as famílias, em nossa Igreja Matriz e também nas comunidades. Não deixe de participar!
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TESTEMUNHO
Neste Ano Nacional do Laicato e mês das vocações, trazemos depoimentos de cinco leigos atuantes em diferentes pastorais de nossa Paróquia. Confira!
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ANIVERSÁRIO
Para celebrar os 105 anos de fundação de nossa Paróquia, entrevistamos um dos nossos paroquianos, que nos contou boas histórias. Não deixe de ler!
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Editorial
A IMACULADA RIO
DOS
CEDROS|SC
PAL AVRA DO PADRE
Por Pe. José Vidalvino Fontanela da Silva
A ação da Igreja nasce do próprio Evangelho
A Igreja é ação concreta na evangelização do mundo, não sendo aparte, mas estando no mundo como sinal e instrumento do Reino de Deus. É para a missão que a Igreja existe! Jesus quando envia os discípulos, os envia em missão: “Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura” (cf. Mc 16,15). Toda ação da Igreja é para a evangelização. Por essa razão, a Igreja se renova à medida em que se encarna nas diversas realidades de nossa sociedade, se tornando sal e luz, servindo como Jesus Cristo serviu. Toda a ação pastoral da Igreja deve ser entendida como missão que nasce do próprio Evangelho, tendo e sendo uma adesão sincera e honesta a Jesus Cristo. A Igreja deve ter e fazer essa adesão a Jesus, que exige uma busca contínua de renovação permanente em suas
SANTO DO MÊS
estruturas, atualizando a sua linguagem para os dias atuais. Não é pregar um novo Evangelho, mas pregar o Evangelho de forma nova. Toda renovação autêntica exige conversão de pessoas e de estruturas. O Documento 100 - Comunidade de comunidades: uma nova paróquia, no parágrafo 51 afirma: “A conversão pastoral é uma urgência e supõe um processo de transformação permanente e integral, o que implica o abandono de um caminho e escolha de outro”. Já o Documento de Aparecida, no parágrafo 172, nos fala que a renovação das paróquias exige a reformulação de suas estruturas, onde eu acredito que está o ponto central na evangelização, “reformulação de suas estruturas”, mas abandonar as estruturas que temos não é fácil. O Documento de Aparecida e o Documento 100 chamam esse processo de “revisão das estruturas obsoletas” (DAp. 365 e 45-50 do Doc. 100). Essas estruturas não conseguem mais corresponder com a realidade atual, principalmente no mundo juvenil. A mudança de mentalidade implica em mudança de estrutura, que se dá quando fazemos a nossa adesão verdadeira a Jesus. Fazer essa opção por Jesus exige de nós atitude, coragem e fé. Somente quem é capaz de se abandonar por inteiro a Jesus é capaz de passar pelo processo de uma verdadeira conversão em sua vida. A sua conversão pessoal vai te levar a ter a coragem de passar pela conversão pastoral, que automaticamente vai te levar à conversão para a missão, que é o compromisso comunitário de se doar aos outros.
Por Agência Arcanjo
Em 18 de agosto a Igreja recorda Santa Clara de Assis, ou simplesmente Santa Clara, fundadora do ramo feminino da Ordem Franciscana, também conhecida como Damas Pobres ou Clarissas. Nasceu em 1193, em Assis, na Itália. Aos 18 anos ela foge da casa dos pais rumo à capela da Porciúncula, onde é recebida por São Francisco de Assis e seus discípulos, tendo seus lindos cabelos loiros cortados. Tal ato era considerado um voto de pobreza, e de certa forma, uma exigência para a entrada na vida religiosa. Um milagre consagrou Santa Clara para sempre na história, na ocasião em que os mulçumanos tentam invadir o convento, e ela, mesmo acamada e doente, faz questão de ir até o portão de entrada. Ali, em lágrimas, ela pega o ostensório com o Santíssimo Sacramento e clama: “Senhor, guardai estas Vossas servas, porque eu não as posso guardar!”. Então, inexplicavelmente, todos, tomados de grande medo, fugiram sem saquear o convento. Assim como São Francisco, Santa Clara de Assis marcou uma época e trouxe à Igreja Católica mais uma linda história de amor, devoção e fé.
SUGESTÃO DE CONTEÚDO: redacao@agenciaarcanjo.com.br www.agenciaarcanjo.com.br facebook/agenciaarcanjo 47 3227.6640 TIRAGEM 4.000 exemplares
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DIAGRAMAÇÃO Gabriel Bodnar REDAÇÃO Marco Farias REVISÃO Fernanda Felício IMPRESSÃO: Gráfica Vigraf
Foto: Reprodução/Internet
Santa Clara de Assis
Produção
A revista A Imaculada é uma publicação da Paróquia Imaculada Conceição, sob a responsabilidade do Padre José Vidalvino Fontanela da Silva e mantida exclusivamente por meio do dízimo dos paroquianos.
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A IMACULADA RIO
DOS
CEDROS|SC
SEMANA DA FAMÍLIA
Igreja
O Evangelho da Família, alegria para o mundo
De 11 a 19 de agosto, nossa Paróquia celebrará juntamente com toda a Igreja do Brasil a Semana Nacional da Família. Promovida pela Pastoral Familiar, este ano o tema escolhido para reflexão é “O Evangelho da Família, alegria para o mundo”. Confira a programação, convide sua família e venha celebrar com a gente! 11/8 - sábado - Igreja Matriz “Dia dos Pais” 18h20: Terço dos Homens 19h: missa solene de abertura da Semana da Família 12/8 - domingo - Igreja Matriz “Recordar e agradecer” 19h30: missa em memória de todos os falecidos (trazer por escrito o nome dos falecidos) 13/8 - segunda-feira Comunidade São Francisco de Salles “A solidariedade das famílias” Durante o dia: visita aos enfermos 19h: missa (trazer um kg de alimento não perecível)
16/8 - quinta-feira - Comunidade São João e Comunidade Santo Antônio (Pomeranos) “Oração pelos enfermos” Durante o dia: visita aos enfermos 19h: missa (trazer um kg de alimento não perecível) 17/8 - sexta-feira Comunidade São Sebastião “Direito à vida” 19h: novena de N. Sra. Desatadora de Nós Comunidade N. Sra. do Caravaggio Durante o dia: visita aos enfermos 19h: missa (trazer um kg de alimento não perecível)
14/8 - terça-feira - Comunidade N. Sra. Auxiliadora e Comunidade N. Sra. das Dores “A solidariedade das famílias” Durante o dia: visita aos enfermos 19h: missa (trazer um kg de alimento não perecível)
18/8 - sábado - Igreja Matriz “Conscientização das famílias” 8h: panfletagem (contra as drogas e o aborto) 13h: catequese para noivos 19h: missa
15/8 - quarta-feira - Comunidade São Miguel (Rio Milanês) e Comunidade Matriz “A família aos pés de Jesus” Durante o dia: visita aos enfermos 19h: missa - Comunidade São Miguel* 19h30: missa com novena - Igreja Matriz* (trazer um kg de alimento não perecível) *Após a missa, haverá uma hora de Adoração
19/8 - domingo Comunidade Santa Ana 18h: missa
VOCAÇÃO
Igreja Matriz 8h: espiritualidade para os pais dos catequizandos 19h30: missa solene com bênção aos casais 20h30: confraternização (trazer um prato para partilha)
Por Aristides João Campestrini
Ser pai conforme a vontade de Deus
Em 12 de agosto celebramos mais um Dia dos Pais. Momento de expressar nossa gratidão, amor e perdão. Deus tem uma ordem especial para os homens de modo geral: que governem bem a sua casa, criem seus filhos com amor, disciplina e, principalmente, com bons exemplos. Se pararmos para pensar a nossa existência como cristãos, vamos perceber que o lar é a nossa primeira igreja, onde a nossa fé é amadurecida, as lutas são travadas e vencidas, e assim somos preparados para a vida. Dentro destes princípios, os homens se deparam com alguns desafios. O primeiro deles é ser líder espiritual para a sua família. Deus deu a responsabilidade de ministrar a graça de Deus, tendo uma palavra de Deus para os filhos e para a esposa. Outra necessidade é ser um marido que ama a mãe dos seus filhos, tanto quanto Cristo amou a Igreja. O homem amando sua esposa cria um ambiente seguro para ela e para os seus filhos. O caminhar com Deus faz com que haja uma renúncia de si em favor da esposa e dos filhos, da mesma forma que Cristo fez com Sua
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Igreja. Importante também é ser um protetor do seu lar. Proteger é zelar pelos seus, seja no campo emocional, físico ou espiritual, disciplinando com amor e paciência. Uma forma de proteger é afastar tudo e todos que querem destruir o lar. A família pode ser rica e moderna, sem abandonar os princípios éticos, morais e religiosos. Ser pai é um privilégio que não se pode negar. Na paternidade o homem exerce sua semelhança com Deus, desfrutando as alegrias e prazeres que só um pai, que segue o coração de Deus, conhecerá. Feliz Dia dos Pais! Aristides (ao centro) e família
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No mês de agosto, celebra-se a vocação, sob os diversos aspectos de que se reveste. A vida é um chamado à missão. O sacerdócio, o matrimônio, a vida religiosa e o laicato são o foco de cada domingo do oitavo mês do ano. Nesse universo eclesial e humano, não podemos nos furtar de destacar a vocação do leigo. Isso porque o leigo e a leiga, em sua dignidade e missão, emergiram somente a partir do Concílio Vaticano II. Por quase dois milênios reservaram-lhes a base da pirâmide eclesial e, por consequência, a atitude da submissão e da simples obediência. Reconheçamos, mesmo assim, centenas de santos e santas forjados nessa condição. É sintomático, no entanto, que na mentalidade do povo tenha se generalizado um significado que não corresponde ao sentido original da palavra leigo. Muitas pessoas ainda hoje entendem o leigo como aquele que sabe pouca coisa ou não sabe nada.
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Na verdade, a palavra “leigo” tem origem na antiga e culta língua grega (laôs). Ali, “leigo” significa “povo”, mas não no sentido pejorativo, como se difundiu. Leigo, povo organizado, assim se entendia! Gente consciente, criativa, participativa, responsável. Acrescente-se que a palavra “liturgia” tem seu início, em sua raiz, a palavra “povo”: “povo em ação” seria a tradução literal a partir da língua grega. Vivemos, neste ano de 2018, o Ano dos Leigos e Leigas. Está sendo um tempo de graça, pois a reflexão e a conversão vão recuperando o lugar e a missão do laicato na Igreja e na sociedade. Associando a isso à palavra de Jesus: “Vós sois o sal da terra! Vós sois a luz do mundo!” (Mt 5,12-14). Os leigos são verdadeiros sujeitos eclesiais, aptos a atuar na Igreja e na sociedade. Por Pe. Raul Kestring
“Para nós, ser Ministros da Eucaristia é estar na presença de Deus doando nossas vidas aos nossos irmãos. Levamos Jesus até eles, vendo a alegria, e muitas vezes até uma lágrima que escorre dos olhos simplesmente por estarem na presença do Senhor, é algo extremamente gratificante. Somos gratos a Deus por ter nos escolhido para esta missão, e hoje, não imaginamos nossa vida longe desse Deus tão maravilhoso que nos ama e nos aceita assim como somos. Levar uma vida como Ministro é saber doar-se por completo ao nosso Deus, é amá-Lo tanto ao ponto de abandonar todos os nossos pecados, deixar nossa vida velha para trás e viver a nova vida ao lado de um amor que nunca terá fim. Todas as vezes que estamos diante de Deus na Santa Hóstia, somos convidados a refletir se estamos fazendo a vontade d’Ele ou se apenas estamos esperando algo em troca. Agradecemos todos os dias por essa missão!” Adenilson e Rosineide Drutas
“Há quatro anos minha vida mudou por completo, quando realizei o primeiro acampamento de Formação para Adolescentes Cristãos (FAC) e entrei para o ministério de música ao lado de pessoas iluminadas, que são família para mim. Sirvo hoje pelo ministério mas também com os jovens do grupo Adoradores de Cristo, com missas jovens e acampamentos. Minha maior alegria é trabalhar para o Senhor, sou grata por todos que estão comigo e por tudo que tenho, principalmente o dom da vida. Servir, sem dúvida, é o que me alegra, me dá força todos os dias e faz a vida valer a pena. Servir, é para mim, uma forma de agradecer a Deus todo o bem que Ele me faz.” Alessandra Luiza Odorizzi
“Desde o nosso Batismo, recebemos o ensinamento cristão que devemos sempre, em primeiro lugar, respeitar o domingo como “Dia do Senhor” e não como dia de descanso ou de festa! E levamos isto para a nossa vida! Assim, desde nossa juventude sempre estivemos engajados na Igreja, servindo à comunidade nas mais diversas atividades pastorais! Temos uma dedicação especial ao Grupo de Reflexão, do qual participamos desde que constituímos a nossa família. Se surgir outro compromisso no mesmo horário, sempre vamos primeiro ao encontro do nosso Grupo de Reflexão e depois ao outro compromisso. Nós, como cristãos leigos e leigas, devemos ser “sal da terra e luz no mundo”, pois pelos sacramentos recebemos a graça de sermos Igreja!” Jacinto e Maria Elaine Peter
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Vida Pastoral
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A IMACULADA RIO
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MOBILIZAÇÃO
Por Pe. José Vidalvino Fontanela
Reforma
Por Rosi Vicenzi Zanghelini
III Café Colonial
A Capela São Bernardo vai passar por uma reforma geral: vamos ter que trocar todo o telhado, e devido à infiltração da chuva, o seu estuque está condenado, tendo que também ser trocado por forro de madeira. Diante dessa necessidade, a coordenação da Capela pede o auxílio de toda a comunidade para a reforma de sua igreja. Você pode contribuir comprando rifas e participando da festa do padroeiro em 19 de agosto. Você também pode ajudar com doação em dinheiro: diretamente com a coordenadora Mônica Andreazza; deixando na Secretaria da Paróquia; ou via depósito bancário. Desde já, a comunidade de São Bernardo agradece a todos os colaboradores!
Contribua para a reforma! Banco do Brasil Agência: 3316-2 Conta-corrente: 85500-6
IGREJA EM AÇÃO
EVENTO
Já iniciamos os preparativos para mais um grandioso evento, que será realizado em 22 de setembro, nas dependências do salão paroquial, a partir das 13h. Devido ao sucesso do II Café Colonial, para a terceira edição vamos aumentar o espaço físico e reestruturar toda a organização, visando um maior conforto aos participantes. Estamos vendendo antecipadamente bilhetes da rifa, no valor de R$ 5, para a compra de brindes que serão sorteados entre os participantes. Os cartões do Café Colonial estão disponíveis para compra com a equipe organizadora do evento, na Secretaria da Paróquia e com as crianças e jovens da Catequese. Adquirindo o cartão para o Café Colonial, você ganha uma cartela para o bingo, para concorrer a três prêmios em dinheiro: R$ 500, R$ 300 e R$ 200. No dia, haverá mais rodadas de bingo, com os prêmios que estão sendo arrecadados no comércio. Você também pode contribuir, doando brindes ou até mesmo com ingredientes para fazermos os pratos. Os donativos podem ser entregues até 19 de setembro na Paróquia. Não deixe de participar e ajudar nossa casa mãe!
Por Malena Andrade
II Encontro Diocesano da Pastoral da Sobriedade Aconteceu, entre 29 de junho e 1° de julho, o II Encontro Diocesano da Pastoral da Sobriedade, como encerramento da Semana Nacional de Combate às Drogas. Atendendo mais um evento do calendário diocesano, o encontro contou com a condução de Edinho dos Santos, representante da Pastoral em âmbito nacional, que com louvor, ministrou as palestras para enriquecimento e alegria dos participantes, reforçando o compromisso e o engajamento ao serviço evangelizador que a Pastoral da Sobriedade propõe. Concluindo o Encontro, foi realizada uma caminhada pela cidade, em nome da paz. Essa ação confirma a nova proposta de uma “Igreja em saída”, resgatando os leigos flagelados pela miséria e pela dependência química do álcool e demais substâncias. Acolher a necessidade do outro com real caridade é o que buscamos, nos colocando neste lugar tão sofrido, excluído e desestruturado, e se preparar para acolher a dor do outro é de suma importância.
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Com muita alegria, aguardamos a festa dos 20 anos da Pastoral da Sobriedade, que acontecerá na Canção Nova, em novembro. Venha você também vivenciar essa proposta de vida nova!
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A IMACULADA DOS
CEDROS|SC
Especial
RIO
INFANTIL
PÉROL AS LITÚRGICAS
Por Pe. José Cardoso Bressanini
Os cantos que são o rito: o “Glória”
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O “Glória” termina com um final majestoso, incluindo o Espírito Santo. É importante lembrar que esta inclusão não constitui, em primeira instância, um louvor explícito à terceira pessoa da Santíssima Trindade. O Espírito Santo aparece relacionado com o Filho, pois é neste que se concentram os louvores e as súplicas: o Cristo se mantém no centro de todo o Hino de Louvor. Ele é o Kyrios, o Senhor que desde todos os tempos habita no seio da Trindade.
Foto: Reprodução/Internet
O Hino de Louvor remonta aos primeiros séculos da era cristã. Na Instrução Geral do Missal Romano, lemos que o “Glória” é um hino antiquíssimo e venerável, pelo qual a Igreja congregada no Espírito Santo glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro. Não é permitido substituir o texto deste hino por outro (IGMR n. 53). Esta definição nos deixa claro que ele é um hino doxológico (de louvor/glorificação) que canta a glória de Deus e do Filho. Porém, o Filho se mantém no centro do louvor, da aclamação e da súplica. Para que um canto de “Glória” seja litúrgico, ele precisa obrigatoriamente conter todo o Hino de Louvor contido no Missal Romano. Portanto, é falsa a ideia de que basta ter as invocações “glória ao Pai, glória ao Filho e glória ao Espírito Santo”, para que o canto seja um verdadeiro Hino de Louvor. Este Hino não é, portanto, uma aclamação trinitária, mas sim, cristológica. Como ele é o próprio rito, deve ser cantado integralmente. O “Glória” pode ser dividido em três partes. A primeira é o canto dos anjos na noite do nascimento de Cristo: “Glória a Deus nas alturas e paz [...] amados”. Já a segunda contém os louvores a Deus Pai: “Senhor Deus, Rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso: nós Vos louvamos [...] graças por Vossa imensa glória”. A terceira, por sua vez, tem os louvores seguidos de súplicas e aclamações a Cristo: “Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito, Senhor Deus [...] só Vós sois o Santo, só Vós o Senhor, só Vós o Altíssimo Jesus Cristo”.
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Estamos em festa! Neste mês, celebramos os 105 anos de fundação de nossa Paróquia. Como forma de recordar e bem celebrar a data, a A Imaculada entrevistou o Sr. Olivio Vasselai, de 79 anos. Ele nos contou fatos, acontecimentos e dificuldades que foram enfrentados nestes mais de cem anos de história. Confira! (AI) A Imaculada: Qual a importância de nossa Paróquia para a cidade de Rio dos Cedros? (OV) Olivio Vasselai: A Paróquia Imaculada Conceição é o “porto seguro” espiritual dos riocedrences, local onde nós aprendemos de nossos pais a participar ativamente da Igreja, onde os padres e freiras nos ensinavam o Catecismo da Igreja Católica. Hoje, nossa Paróquia nos oferece outras formas de participarmos ativamente da religião católica, pois é uma igreja viva, de portas sempre abertas para quem se dispõe a vivê-la santamente. (AI): Como é sua história com a Paróquia Imaculada Conceição? Quando começou? (OV): Quando eu era menino, estava sempre pronto para ser coroinha, pois os padres tinham que celebrar missa diariamente. Assim, quando tinham uma viagem marcada, celebravam a missa durante a madrugada, e para isso, tinha que ter no mínimo um coroinha presente.
Hoje sou Ministro da Eucaristia: fui chamado por Deus para esta missão, levo a Comunhão aos doentes, como levei por 16 anos aos meus pais. Nossa Paróquia tem muitos Ministros, mas precisa de muitos mais, pois a obra é grande e os operários são poucos. (AI): Nestes 105 anos, quais foram as maiores dificuldades enfrentadas? (OV): Meu avô, Ricardo Vasselai, ajudou nos mutirões para a construção da igreja antiga, que ficava no morro, onde hoje é a Casa de Retiros. Acho que sempre foi a participação de todos os católicos de Rio dos Cedros que levaram para frente nossa religião. Sim, houve altos e baixos, com diversas dificuldades, como a locomoção dos padres para as capelas no interior da cidade. Padre João tinha um cavalo para ir às capelas do interior para celebrar a missa uma vez a cada dois meses. Vendo esta dificuldade para se deslocar, os fabriqueiros – como eram chamados os que administravam a Paróquia – resolveram fazer uma campanha para comprar um jipe. Meu pai, Lino Vasselai, foi a São Paulo junto com o padre José Balestieri buscar este tal jipe, e a partir dali, as visitas às capelas puderam ser mais frequentes. Foram os fabriqueiros, também, que iniciaram a construção de nossa bela igreja atual, há 105 anos, com a ajuda incessante dos católicos riocedrenses. Por Morgana Bertoldi