Jornal do Santuário - Edição Maio de 2016

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Jornal do

SANTU SANT UÁRIO

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Joinville, 01 de Janeiro de 2013 | Ano 01 | N° 01

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Expediente CELEBRAÇÕES NO SANTUário

MENSAGEM DO PÁROCO • Segunda-feira - 19h30 (pelos falecidos) • Terça-feira - 16h (pelas intenções da rádio e internet) e 19h30 • Quarta-feira - 19h30 (pelas famílias) • Quinta-feira - 7h, 16h (pelos enfermos) e 19h30 • Sexta-feira - 7h, 12h30 e 19h30 • Sábado - 7h (devocional mariana) e 19h • Domingo - 6h30, 8h, 9h30, 11h30, 17h e 19h • 1ª sexta-feira do mês: 7h, 12h30, 16h, 19h30 e 23h • Missa com tradução em Libras: 4° domingo do mês - 19h • Missa dos Grupos Bíblicos de Reflexão: 2ª terça-feira do mês - 19h30 INFORMAÇÕES importantes • Atendimento de confissões, orientação espiritual e bênção de objetos Terça a sexta-feira - 8h30 às 11h | 14h30 às 17h Sábado - 8h30 às 11h • Adoração Eucarística Quinta-feira - 8h às 19h30 • Grupo de Oração RCC Quinta-feira - 20h30 • Santuário Jovem Sábado - 20h • Terço dos Homens Segunda-feira - 19h

Por padre Sildo César da Costa, scj

Queridos paroquianos e devotos do Sagrado Coração de Jesus: se aproxima nossa 99ª Festa do Sagrado Coração de Jesus. Neste ano do Centenário, queremos aproveitar cada momento que antecede as comemorações dos 100 anos de nossa Paróquia. A Festa do Sagrado Coração de Jesus é um acontecimento histórico na vida da comunidade. Lembrar que mantemos vivo alguns aspectos da festa, que não se perderam ao longo do tempo. Continuamos com as novenas, sempre com um destaque importante. Convidamos sacerdotes e também comunidades para se fazerem presentes na novena e na festa. Também mantemos a ideia de celebrar com alegria a festa popular. O primeiro ato que fazemos em preparação para a Festa é pedir a ajuda do povo de Deus para doar prendas. Esta forma de ajuda vem de longa data. E na festa popular não faltam os pratos tradicionais: pinhão, quentão, amendoim, maçã do amor, bolos, pastéis, chocolates... e não faltando o tradicional galeto e churrasco de uma boa festa de igreja. Dizem que tem um sabor diferente. Esse ano, recuperamos a figura dos festeiros: convidados especiais para a festa, com a missão de serem divulgadores e colaboradores. Desde já, agradeço às famílias que aceitaram o convite. Além dos festeiros, teremos também os “Amigos do Coração”. A comunidade em geral é convidada a participar da novena e da festa, sendo os Amigos do Coração. A cada dia da novena, estaremos convidando as diversas pastorais e movimentos para serem os “noveneiros”. A participação das pastorais e movimentos é uma forma de agradecer todas as pessoas que se dedicam à evangelização no Santuário. A cada dia da novena teremos bênçãos especiais e na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus (3 de junho) iremos abençoar os veículos (carros, caminhões, motos...), das 8h30 às 19h30. Não poderia esquecer que para termos uma festa religiosa é necessário os voluntários, que se dedicam preparando com todo o cuidado e zelo os detalhes da festa. Têm pessoas que há anos trabalham na festa, outras que pela primeira vez virão ajudar. Temos ainda, pessoas que são de outras comunidades, paróquias, mas tem na sua história um amor muito grande pelo Sagrado Coração de Jesus. Enfim, teremos uma linda festa. A programação completa da Festa está na contracapa desta edição. Meu convite é para nos organizarmos e colaborarmos com 99ª Festa do Sagrado Coração de Jesus. Maio é o mês de Maria e também o mês das mães. Lembrar-se de Maria como mãe e pedir a ela que abençoe nossas mães, dando saúde, força na caminhada, e que sejam elas a coluna mestra de nossas famílias. O que seria de nós sem as nossas mães? Ainda em maio, temos a celebração de Corpus Christi com a preparação dos tapetes, num olhar carinhoso à Eucaristia. Nossa participação neste dia estará dividida em dois ambientes: no Santuário, com a missa às 9h; e também no segundo dia da novena do Sagrado Coração de Jesus, com a missa às 19h30. Teremos ainda a celebração diocesana às 15h na Praça Nereu Ramos, presidida por Dom Irineu e concelebrada pelos padres de toda a Diocese. Depois, seguiremos em procissão à Catedral. Preparemos o nosso coração, pois maio será muito abençoado. Jesus manso e humilde de Coração: fazei o nosso coração semelhante ao Vosso!

hORÁRIOS DAS RÁDIOS Rádio Clube (AM 1590) Segunda a sexta 7h55 - Nos Caminhos da Palavra 11h55 - O Pão da Palavra Sábado 7h - A Voz do Santuário 7h30 - Direção Espiritual Rádio Difusora Arca da Aliança (AM 1480) Domingo 8h - Transmissão da missa Rádio Cultura (AM 1250) 1ª semana do mês (segunda a sexta-feira) 11h - Refletindo a Palavra

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Geral Por Ivone Moreira

Indulgências A palavra indulgência tem sua origem no vocábulo latino indulgentiam. É uma graça concedida pela Igreja, de que resulta a remissão total ou parcial dos pecados. De acordo com o Catecismo da Igreja Católica (§1471), “A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel bem-disposto obtém em certas condições determinadas, pela intervenção da Igreja que, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, por sua autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos santos”. “A indulgência é parcial ou plenária, conforme libera parcial ou totalmente da pena devida pelos pecados”, diz Paulo 6º em sua Indulgentiarum Doctrina. O pecado tem duas consequências: a culpa e a pena. O Papa Francisco, em sua Bula Misericordiae Vultus (O Rosto da Misericórdia, nº 22), explica: “No sacramento da Reconciliação, Deus perdoa os pecados, que são verdadeiramente apagados; mas o cunho negativo que os pecados deixaram nos nossos comportamentos e pensamentos permanece. A misericórdia de Deus, porém, é mais forte também do que isso. Ela torna-se indulgência do Pai que, pela Esposa de Cristo, alcança o pecador perdoado e liberta-o de qualquer resíduo das consequências do pecado, habilitando-o a agir com caridade e crescer no amor em vez de recair no pecado”. O Catecismo da Igreja Católica, no §1498, nos ensina: “Pelas indulgências, os fiéis podem obter para si mesmos e também para as almas do Purgatório, a remissão das penas temporais, sequelas dos pecados”. Neste Ano da Misericórdia, para obtermos uma indulgência plenária para nós mesmos ou para as almas, devemos: a) fazer uma confissão individual, rejeitando todos os pecados; b) receber a Sagrada Eucaristia; c) realizar a Profissão de Fé durante a Santa Eucaristia; d) rezar pelo Santo Padre (o Papa), ao menos, um Pai-Nosso e uma Ave-Maria, e nas intenções que ele tem no coração para o bem do mundo e da Igreja; e) passar pela Porta Santa; f) praticar uma ou mais “Obras de Misericórdia”. Peregrinação até a Porta Santa – Peregrinar é um sinal peculiar no Ano Santo: representa o caminho que cada pessoa realiza na sua existência. A Porta Santa está aberta em cada catedral ou nas igrejas estabelecidas pelo bispo diocesano, e nas quatro Basílicas Papais em Roma, como sinal do profundo desejo de verdadeira conversão. Aqui, em nossa cidade, são igrejas de peregrinação: a Catedral São Francisco Xavier (Centro) – dia 3 de cada mês; o Santuário Sagrado Coração de Jesus (Bucarein) - 1ª sexta-feira de cada mês; e a Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Costa e Silva) – dia 27 de cada mês. Também são locais de peregrinação em nossa diocese: o Santuário Senhor Bom Jesus, de Araquari – dia 6 de cada mês;

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o Santuário Nossa Senhora da Graça, em São Francisco do Sul – dia 8 de cada mês; a Paróquia Nossa Senhora do Rosário, no bairro Nereu Ramos, em Jaraguá do Sul – dia 17 de cada mês; a Paróquia Puríssimo Coração de Maria, em São Bento do Sul – 1º sábado de cada mês; e o Santuário Nossa Senhora Aparecida, em Mafra – dia 12 de cada mês. “... ao atravessar a Porta Santa, deixar-nos-emos abraçar pela misericórdia de Deus e comprometer-nos-emos a ser misericordiosos com os outros, como o Pai o é conosco”. (MV, 14) Prática das “Obras de Misericórdia” – “Todas as vezes que um fiel viver uma ou mais dessas obras pessoalmente obterá, sem dúvida, a indulgência jubilar” (Papa Francisco). São obras de misericórdia corporais: dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos. São obras de misericórdia espirituais: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, perdoar as ofensas, consolar os aflitos, suportar com paciência as pessoas molestas, rezar a Deus pelos vivos e defuntos. Neste Ano da Misericórdia, além dessas práticas, o Papa Francisco, em carta encaminhada a D. Rino Fisichella, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, permite que a indulgência também seja conferida a todos aqueles que, por motivos graves, não poderão peregrinar aos lugares santos: pessoas doentes e impossibilitadas, idosos, encarcerados, fiéis falecidos e fiéis que frequentarem igrejas da Fraternidade Pio 10. Que neste Ano Santo da Misericórdia, saibamos aproveitar a oportunidade para vivê-lo intensamente, procurando ir ao encontro dessa fonte inesgotável de misericórdia que nasce do Coração de Deus.

Foto: Filipe Natali

ANO DA Misericórdia

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“Na Eucaristia se comunica o amor de Deus por nós: um amor tão grande que nos alimenta com o Seu próprio ser”, proferiu o Papa Francisco na homilia de Corpus Christi em 2014. E essa mensagem se atualiza mais uma vez para os devotos do Coração, que unidos a um só propósito celebram com a Diocese o Corpo e o Sangue de Cristo na Solenidade de Corpus Christi deste ano. A festa de Corpus Christi acontece sempre 60 dias depois do Domingo de Páscoa, na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, em alusão à Quinta-feira Santa quando Jesus instituiu o sacramento da Eucaristia: “Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim” (Lc 22,19). Durante Corpus Christi são celebradas missas festivas e as ruas são enfeitadas com tapetes artesanais para a passagem da procissão, conduzida pelo bispo, ou pelo pároco da comunidade, em que o Santíssimo Sacramento é acompanhado pelos fiéis. A tradição de enfeitar as ruas começou em Ouro Preto/MG. Quando a procissão pelas vias públicas é feita, atende a uma recomendação

do Código de Direito Canônico (Cân 944) que determina ao bispo diocesano que a providencie, onde for possível, “para testemunhar publicamente a veneração para com a santíssima Eucaristia, principalmente na Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo” (Cân 395). A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo vem do Século 8. A Igreja Católica sentiu a necessidade de relembrar a presença real de Cristo no pão consagrado. A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano 4, com a Bula Transiturus de 11 de agosto de 1264. A necessidade de levar a Eucaristia às ruas torna a presença real de Cristo conhecida e venerada, como assim de fato, Ele merece. A procissão traz um caminho de amor e adoração, em que Cristo na presença transubstancial – aquilo que se transforma em outra substância – faz-se humilde, num simples pedaço de pão. Papa Francisco, ao fim de sua homília, falou sobre a importância da procissão eucarística: “na procissão, nós seguiremos Jesus realmente presente na Eucaristia. A Hóstia é o nosso maná, mediante a qual o Senhor nos dá a Si mesmo”. Por Arcanjo Comunicação Católica

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Os preparativos no Santuário para a celebração de Corpus Christi iniciam alguns meses antes, quando são adquiridos e preparados os materiais que serão utilizados para a confecção dos tapetes que enfeitarão a rua do Príncipe, no trajeto entre a Catedral e a Praça Nereu Ramos - local onde acontece a tradicional celebração e procissão diocesana. Também, antecipadamente, são definidos os desenhos que serão confeccionados no espaço reservado ao Santuário. Bem cedo, no dia, uma equipe de voluntários trabalha arduamente na montagem dos tapetes, sendo tudo finalizado até meio-dia. Confira nas fotos como foi a confecção dos tapetes em anos anteriores.

NOVIDADE! Neste ano, o Santuário contará com o seu próprio tapete de Corpus Christi, para a missa das 9h. Prestigie!

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CELEBRAÇÕES DE CORPUS CHRISTI (26/5) Santuário: missa às 9h e 19h30 Missa e procissão diocesana: 15h (Praça Nereu Ramos)

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Santuário Por Carin Montes

Foto: Arquivo Provincial Padre Lux

Memória do Centenário Nesta edição, começamos a relembrar os fatos e acontecimentos durante a década de 1960. Em 27 de janeiro de 1963, o padre Henrique Zicke entregou a Paróquia ao padre Erico Ahler, scj, e aos vigários: padre Ambrósio Gies, scj e padre Júlio Lenfers, scj.

Durante o tempo em que o padre Erico esteve à frente da Paróquia, foram executados os seguintes trabalhos: instalação da sacristia, colocação de vidro catedral nas janelas e instalação de novas portas na igreja, aplicação da barra de pedras nas paredes para evitar umidade e instalação dos quadros da Via-sacra (doação generosa de amigos da Alemanha). Além de ser um grande vigário, padre Erico prestou relevante serviço à sociedade através de aconselhamentos espirituais para autoridades políticas e empresariais da cidade e do estado. Na área educacional, foi professor e diretor do Colégio Celso Ramos por vários anos.

Foto: arquivo institucional do Santuário

LEMBRANÇAS

Pe. Erico Ahler, scj

Alguns dos acontecimentos durante sua gestão Agosto de 1965 – Provisão para usar o salão do antigo “Linense E. C.”, para

Padre Erico e Hans Dieter Schmidt

fins de culto religioso, bem como doar a imagem de São Judas Tadeu à respectiva Sociedade (hoje Paróquia São Judas Tadeu) 8 e 9/7/1967 – A festa anual da Paróquia foi proclamada como “Festa do Cinquentenário”

Após um período de enfermidade, faleceu em 16/9/1985 no Hospital Regional de Joinville após receber os sacramentos da Igreja. A missa de corpo presente teve a participação de mais de 50 padres, estando a igreja do Sagrado Coração de Jesus superlotada. Uma grande comitiva o acompanhou até o local do seu sepultamento no cemitério do Seminário de Corupá.

3/12/1967 – Acontece a ordenação sacerdotal do primeiro paroquiano: padre José Francisco (Monsenhor Juca)

Foto: arquivo institucional do Santuário

Junho de 1968 – no último domingo de cada mês, era celebrada uma missa na Comunidade do Parque Getúlio Vargas (Guanabara). Foi instalada uma comissão para providenciar o acesso ao terreno doado para construção de uma capela (hoje Paróquia São João Batista, no Fátima) Dezembro de 1969: concluída a construção do Salão Paroquial e da residência provisória dos padres da Paróquia

Missa de corpo presente de padre Erico

Padres Coadjutores

Francisco Schlosser (1963-1964)

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Aloisio Hellmann (1964-1965)

Pedro Paulo Dias (1965-1966)

Rudy Mildner (1966-1967)

Edi Inácio (1967-1971)

Otto Seidel (1968-1969)

Miguel Spies (1968-1970)

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Espiritualidade Por Padre Lucas Scheid, scj

DiA DAS MÃES

Pentecostes: formação missionária da Igreja

Foto: Reprodução/Internet

Há uma relação profunda entre o Espírito Santo e a missão da Igreja, sendo Pentecostes o marco inicial desta realidade. Entre os judeus, Pentecostes era uma festa de alegria que celebrava a colheita do trigo. Depois da morte e ressurreição de Jesus, ela se tornou a festa da vinda do Espírito Santo sobre a comunidade cristã de Jerusalém (Atos 2,1-7). Chama-se Pentecostes porque acontece no quinquagésimo dia depois da festa da Páscoa. Jesus havia ordenado que os apóstolos não se afastassem de Jerusalém até que fossem “batizados com o Espírito Santo”. Isto aconteceu exatamente no dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos em forma de “línguas de fogo” (Atos 2,3-4). O Espírito Santo desceu com poder sobre os apóstolos, reunidos com Maria em oração no Cenáculo. E eles ficaram “repletos do Espírito Santo”. A partir deste fato, nasceu a Igreja e a missão dos apóstolos de anunciar a Boa-Nova pelo mundo inteiro (Mc 14,15; Mt 28,19-20): “vós sereis minhas testemunhas” (Atos 1,8). Os apóstolos foram fiéis a esta ordem de Jesus, e a Igreja, fundada sobre os apóstolos, começou a sua missão pelo mundo de anunciar Jesus Cristo, vivo e ressuscitado: “quem n’Ele crer terá a vida eterna”. Assim, a Igreja de Jesus Cristo continua, sob a força do Espírito Santo, a sua vocação e missão através dos séculos. Portanto, a natureza e missão da Igreja é ser missionária. Neste sentido, entra a universalidade da vocação em Jesus Cristo pela Igreja como sacramento de salvação. Cada batizado transforma-se em “discípulo missionário” de Jesus Cristo no mundo, por sua palavra e testemunho de vida sob a ação do Espírito Santo. Este é o grande dom do Ressuscitado em Pentecostes, dom do Pai e do Filho, derramado no coração dos fiéis, que são fortalecidos e iluminados pelo poder e força do Espírito Santo. Assim, a Igreja está em estado permanente de missão, anunciando Jesus a todas as nações, povos e línguas, realizando a “evangelização”. Por Sua vinda, o Espírito Santo faz o mundo entrar nos “últimos tempos”, o tempo da Igreja, que tem por missão anunciar, testemunhar, atualizar e difundir a “Boa-Nova da Salvação a todos os povos”. Invoquemos sempre o Espírito Santo, dizendo: “Vem Espírito Santo, enchei os corações de Vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor”.

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Por Roseli Nabozny

Como ser mãe, profissional e serva de Deus ao mesmo tempo? Uma das pessoas mais importantes de nossa vida e do mundo é, sem dúvida, a figura da mãe, pois num mundo de individualismo, a mãe poderá despertar o interesse e cuidado pelos outros. Num mundo de indiferenças e preconceito, a mãe saberá dizer que somos todos irmãos, e que devemos nos amar com amor incondicional. Num mundo de muitos ídolos e de pregações milagrosas, a mãe deverá transmitir o carinho pela Eucaristia e fé Osni, Roseli e Gabriela Nabozny nos sacerdotes. A exemplo de São Francisco de Assis, que cuidou dos leprosos, a mãe deverá ensinar aos filhos o cuidado pelos abandonados, o espírito solidário, o senso de justiça e igualdade. Sim, ser mãe é uma experiência única. Cada fase traz em si os desafios e alegrias que vão delineando a formação de uma nova vida. A infância do filho exige de nós, pai e mãe, os cuidados diários, muitas noites sem dormir, horas e horas brincando, conversando, contando estórias. Tempo para ajudar a fazer as tarefas, participar das reuniões e festas escolares. Ir à missa, incentivar a participação na catequese. Enfim, a paciência para ensinar, ensinar, ensinar... Chega a adolescência. Aos poucos, vamos deixando de ser as pessoas mais importantes, de sermos as melhores companhias e os amigos começam a ganhar espaço na vida do filho. Nesta fase, não precisam mais de ajuda, mas sim de limites, conversas abertas e acolhedoras, de uma postura firme. E isso exige de nós, pais, dedicação mesmo depois de um dia exaustivo. Conciliar o trabalho, as tarefas do lar, os compromissos sociais é um desafio para a mulher e mãe, nos dias atuais. Há momentos em que nos sentimos cansadas, sem saber o que dizer ou fazer diante das dúvidas que surgem ao educar um filho. Mesmo diante de tantas incertezas, sempre acreditei no diálogo e no respeito as diferenças. Aprendi que ensinamos muito mais pelos exemplos do que pelas palavras, que é preciso insistir nas nossas referências familiares, nos valores, na fé em Deus. Hoje, colho os frutos de ser mãe de uma jovem, que estuda, trabalha, é emauísta, devota de São Francisco de Assis, a quem amo muito. Ao mesmo tempo, penso nas mães que sofrem a dor do filho desaparecido, assassinado, encarcerado. Penso com tristeza nas mães que não conseguem cuidar dos seus filhos e os abandonam; nas mães que abortam os seus filhos por medo, desespero. Tenho compaixão das mães que incansavelmente acompanham o sofrimento dos filhos que usam drogas. Enfim, ser mãe não é uma fatalidade ou acaso, é uma vocação. Por isso, abraço a minha vocação com muito amor e agradeço imensamente a Deus pela graça recebida de ser mãe. Agradeço a minha mãe pelos exemplos e dedicação, e ao meu esposo, que sempre esteve ao meu lado sendo pai, e muitas vezes, sendo mãe, enquanto trabalhava ou cumpria meus compromissos sociais e na Igreja. Ser mãe é uma vocação para toda a vida. Ser mãe é tudo de bom. Feliz Dia das Mães!

Foto: Arquivo pessoal

ESPÍRiTO SANTO

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