EDIÇÃO 119 | DEZEMBRO/2021 E JANEIRO/2022 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
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A SALVAÇÃO Leia a Palavra do Pároco: a luz de Jesus intercede a escuridão
4 PARTIDA A NOVOS DESAFIOS
Despedida do Padre Carlos: uma nova missão dedicada ao Evangelho
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LINHA DO TEMPO
Relembre os momentos que marcaram a atuação da Paróquia São Luís Gonzaga em 2021
EDITORIAL
POR AGÊNCIA ARCANJO
POR PE. DIOMAR ROMANIV, SCJ
PALAVRA DO PÁROCO
Bem-vindos à revista A Palavra!
Querido paroquiano,
Bem-vindos à Revista Palavra! Nesta edição de Ano Novo, na transição entre os meses de dezembro e janeiro, somos marcados por um momento especial de renovação, onde
Quanto mais intensa é a escuridão, mais fácil se vê a luz, e mesmo que ela seja pequenina ou esteja longe, a luz se destaca nas trevas! Que a celebração do Natal deste ano seja vivida também nesta certeza. Que, no meio da escuridão do mundo, consigamos ver com mais destaque a luz que nesta noite brilha para a humanidade! É Jesus que nasce para nos envolver com sua luz!
celebramos o nascimento de Jesus e saudamos mais um ano de conquistas sob a graça do nosso Senhor. Em 2022, novos desafios virão, por isso reiteramos a necessidade do encontro com Cristo, direcionando nossas angústias, aflições e alegrias na renovação da força espiritual que nos move e nos guia. Iniciamos esta edição com os votos de esperança na palavra do pároco, que na luz enxerga o caminho contra a escuridão das trevas e ressignifica a celebração do Santo Natal em paz, humildade e amor. Ao renovar os votos para um novo ano, renovamos também as esperanças de novas realizações. Nesta edição, apresentamos uma entrevista inédita com o Padre Carlos Marcos Nicolodelli, que assume a missão de pároco e reitor do Santuário Santa Rita de Cássia, em Curitiba. Em um ano de incertezas, ainda impactado pela pandemia, as atuações da Paróquia São Luís Gonzaga e das comunidades foram readaptadas, logo recebemos novamente a presença ilustre dos fiéis nas celebrações das missas, nos dando fé e confiança para um período imprevisível, como relatamos na Retrospectiva de 2021. Em celebração ao Natal, finalizamos esta edição apresentando os presépios das comunidades da Paróquia São Luís Gonzaga. Desejamos que neste Ano Novo, a Luz do Senhor reine com amor e alegria em sua vida. Uma ótima leitura para você!
mensageirodossonhos.com.br
Deixemo-nos tocar por uma realidade da vida presente que nos ajuda a celebrar o Santo Natal. Pensemos num casal, passando por um momento difícil na sua vida, marcado pelo medo, preocupações, situações adversas. De repente esse casal descobre que vai ter um filho. Surge na vida deles uma série de perguntas: por que neste momento? Por que desse jeito? Por que esta criança vem agora? Quando a criança nasce na vida daquela família, no meio de todos os questionamentos e medos, começa a brotar uma esperança, uma alegria que há tempos não se sentia, um novo sentido para viver...e a vida passa a ser outra! Os problemas continuam, as dificuldades também, mas a presença desta criança faz com que tudo isso seja menos importante, porque o mais importante é estar com a criança e cuidar dela. Ela se torna o centro da vida daquele casal. A vida e a casa têm uma paz intensa e profunda. A vida ganha um brilho diferente, até um cheiro novo aparece naquela casa. Há, sobretudo, um sentido/motivo diferente para viver! Queridos irmãos e irmãs, talvez hoje nos sintamos assim. Somos envolvidos pelo mistério do Natal no contexto de incertezas, medos, problemas, dificuldades. Abramo-nos à experiência do exemplo deste casal: acolhamos o menino que nasce entre nós, façamos com que Ele seja o centro de nossa vida e sintamos brotar a esperança, uma alegria que quem sabe há tempos não sentimos, e encontremos um novo sentido para viver. Se os problemas continuam, e as dificuldades também, o nascimento do Menino Deus faz com que tudo isso ganhe um novo sentido! Se Ele se tornar o centro/o mais importante da nossa vida, sentiremos renascer uma paz intensa e profunda e encontraremos novo brilho para a vida e novo sentido para viver! Cantemos ao Senhor, bendizendo o seu nome! Anunciemos a salvação! Nos é dado o Salvador, um menino, que deitado na manjedoura transmite paz e esperança, irradia uma luz que a todos ilumina, e nos enche de profunda e verdadeira alegria!
2 | REVISTA A PALAVRA
3 | REVISTA A PALAVRA
IGREJA
POR GUÉDRIA MOTTA
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Despedida
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Padre Carlos assume nova missão em 2022
Aos 72 anos, ele será pároco e reitor do Santuário Santa Rita de Cássia, em Curitiba.
A Paróquia São Luís Gonzaga se despede, em dezembro, do padre Carlos Marcos Nicolodelli que, em 5 de fevereiro de 2022, assume sua nova missão como pároco e reitor do Santuário Santa Rita de Cássia, em Curitiba. Aos 72 anos, o sacerdote vive o saudosismo de quem deixará muitos amigos em Brusque, mas, ao mesmo tempo, se enche de alegria e coragem para assumir este novo desafio.
Trajetória
Padre Carlos Marcos Nicolodelli é natural de Jaraguá do Sul (SC). Saiu de casa aos 11 anos para estudar no Seminário Menor e concluiu o Ensino Fundamental e Médio em Rio Negrinho e Corupá. Fez o Noviciado em Jaraguá do Sul, em 1969, e logo depois esteve pela primeira vez em Brusque, cursando Filosofia, entre 1970 e 1971. A caminhada formativa seguiu em Taubaté (SP), com a conclusão da Teologia, em 1975. No dia 2 de fevereiro de 1970 fez seus votos religiosos e em 13 de dezembro de 1975 foi ordenado padre em Jaraguá do Sul. A primeira missão assumida foi como formador e, posteriormente, reitor do Seminário São Judas Tadeu, em Terra Boa (PR), onde padre Carlos esteve em duas ocasiões: entre 1976 e 1981; e de 1995 até 2003, totalizando 15 anos de serviço no local. Em 1982, assumiu como pároco em São Bento do Sul, na Paróquia Puríssimo Coração de Maria, onde também esteve entre 2010 e 2015. Já em 1989 foi designado pela Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (SCJ) para assumir o trabalho vocacional no Brasil. Até 1994 o padre Carlos proferiu palestras, visitou paróquias e acompanhou vocacionados, além de visitar países da América do Sul e Europa. Nesta ocasião ele residia em Jaraguá do Sul, na Paróquia São Sebastião. Em 2004, padre Carlos passou três meses em Florianópolis na Paróquia de Canasvieiras e, logo depois, chegou a Brusque, onde permaneceu até 2008, assumindo no ano seguinte a Paróquia São Judas Tadeu, em Rio do Sul. Padre Carlos voltou para Brusque em 2016, e agora aguarda sua nova transferência, rumo à Curitiba.
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POR GUÉDRIA MOTTA
Revista A Palavra: O senhor passou os últimos cinco anos em Brusque. Quais os principais projetos assumidos neste período? Padre Carlos Nicolodelli: Nos primeiros quatro anos, além dos trabalhos de atendimento na Secretaria e na Matriz, atuei mais na Comunidade Nossa Senhora de Fátima (Jardim Maluche) e na Comunidade Santa Paulina (Lagoa Dourada). Nesses últimos dois anos, estive assessorando a Comunidade Sagrado Coração de Jesus (Guarani) e Cristo Rei (São Luiz). Também estive envolvido com o Movimento do Cursilho e com os jovens do Ovisa, chamado de Jovisa. Fui, ainda, encarregado pela Pastoral da Acolhida, que funciona muito bem. Revista A Palavra:
IGREJA
Revista A Palavra:
Como o senhor avalia a Paróquia São Luís Gonzaga? Padre Carlos Nicolodelli: É uma paróquia distinta, que sempre contou com o trabalho mais abrangente dos padres. Normalmente, as paróquias não têm toda essa quantidade de sacerdotes. Aqui, cada padre acompanha e assessora uma comunidade, mas fazemos rodízio de celebração. Brusque também tem boas lideranças e um trabalho pastoral muito forte. Vejo engajamento, fé e presença nas celebrações. É um povo generoso e vemos isso pela ajuda que prestam à comunidade, através da Ação Social na Matriz e nos bairros. Impressiona a liderança bem formada e instruída. Isso é uma graça em uma paróquia.
Revista A Palavra:
Qual o sentimento desta transferência?
Quais lembranças o senhor leva de Brusque?
Padre Carlos Nicolodelli: As pessoas me perguntam se estou feliz. Sim, estou feliz. Esta paróquia está cheia de amigos e conhecidos, foi onde criei laços. Porém, já estou com uma boa idade e, quando me transferem para assumir a responsabilidade de pároco e reitor de um santuário, enxergam em mim condições de assumir isso. Então, me sinto feliz, pois se trata de uma grande valorização. De um lado, o saudosismo da partida e, de outro, a alegria pela responsabilidade que estão me confiando. Aqui em Brusque temos uma comunidade de padres que se entendem bem, um ajuda o outro, é um ambiente feliz. Mas, em 46 anos como padre, já passei por muitas transferências. Não é uma dificuldade, é uma normalidade. Sabemos que é preciso deixar o lugar onde se trabalha porque ainda temos valor para outros serviços. O padre não pertence a uma paróquia ou comunidade. O padre está à disposição do serviço da Igreja. Onde é chamado, deve ir feliz evangelizar.
Padre Carlos Nicolodelli: Sempre tive uma resposta muito bonita do povo, com aceitação e carinho em todas as comunidades que trabalhei. São pessoas que nos valorizam e estimulam. Levo isso como força e vem daí a saudade que vou sentir. Fui muito valorizado pelos paroquianos e isso me enche de alegrias e dá forças para continuar. Agradeço aos amigos que incentivam e rezam por mim.
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RETROSPECTIVA
POR GUÉDRIA MOTTA E JULIANE FERREIRA
Retrospectiva 2021
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Fé e esperança: o ano da readaptação
POR GUÉDRIA MOTTA E JULIANE FERREIRA
“Jesus, o Senhor, vive”. Começamos 2021 num cenário de incertezas, ainda em tempos de pandemia. Após um período de tamanha imprevisibilidade, não só na rotina de vida da comunidade cristã, incluída a dimensão litúrgica, o retorno às atividades pastorais e na celebração de missa com presença de fiéis, compreendemos que 2021 traria muitos desafios. O início de um novo ano traz esperança, adaptação. Por isso, relembramos agora como a Paróquia São Luís Gonzaga viveu cada mês deste ano que termina!
Janeiro Iniciamos 2021 acolhendo dois novos sacerdotes que passaram a residir na casa paroquial e a auxiliar nos serviços pastorais: Pe. Cristiano Tiago Araújo e Paulo Vanderlei Riffel. A missa que os apresentou à comunidade foi no dia 31. Ainda em janeiro, a paróquia deu início ao serviço de revitalização do complexo paroquial.
RETROSPECTIVA
Março Uma semana inteira de devoção e celebração ao patrono da Igreja: São José. Um quadro do santo permaneceu exposto no presbitério da igreja Matriz São Luís Gonzaga e, após as celebrações, passou a fazer parte da decoração permanente da igreja, como um ícone para inspiração e devoção. No bairro Primeiro de Maio, a Igreja São José Operário comemorou 25 anos de trajetória. A data foi celebrada em comunidade. O findar do mês também foi o início de um tempo de profunda espiritualidade: a Semana Santa. A celebração do Domingo de Ramos deu início ao período, no dia 30 de março.
Abril
Fevereiro
Diferente de 2020, neste ano a Semana Santa foi vivida com presença do público nas igrejas. Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio; Celebração da Paixão e Morte de Jesus; Oração em memória às vítimas da Covid-19; Vigília Pascal; Aurora festiva e Missa de Páscoa. Vive Jesus, o Senhor! Ainda em abril, a Paróquia iniciou o período do sacramento da Primeira Comunhão, com celebrações no dia 24 de abril, período este que se estendeu até o mês seguinte.
Celebramos em comunidade a Quarta-feira de Cinzas. O tradicional rito de bênção e imposição das Cinzas precisou ser adaptado por conta da pandemia da Covid-19. Desta vez, sacerdotes e ministros foram ao encontro do povo. Também em fevereiro, a Paróquia suspendeu as celebrações abertas ao público em obediência ao decreto estadual. Com portas fechadas, a igreja rezou com os fiéis por meio de missa transmitida on-line.
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RETROSPECTIVA
POR GUÉDRIA MOTTA E JULIANE FERREIRA
POR GUÉDRIA MOTTA E JULIANE FERREIRA
Julho
Maio Um mês que tem Maria como Mãe. São várias celebrações marianas, mas, no primeiro dia de maio, São José foi o protagonista. Celebramos o Dia do Trabalho com missa e bênção. O Dia das Mães inclina-nos a devoção à Mãe Santíssima. Maio também concluiu o período da Primeira Comunhão e Crisma na Paróquia. As crianças da catequese e os fiéis ofertaram flores à Maria, formando um lindo, perfumado e colorido jardim. Desse jardim, tiramos as flores para a coroa de Maria, além disso, plantamos essas mesmas flores no entorno da escadaria da Matriz.
Em julho, 186 leigos foram enviados como ministros extraordinários da Sagrada Comunhão, em missa na igreja Matriz. A Paróquia recebeu neste mês um presente especial: na missa dos 148 anos, foi entregue pelas mãos do Bispo Emérito Dom Murilo Krieger um cálice do Papa João Paulo II. Este precioso objeto litúrgico já vem sendo muito bem utilizado nas celebrações.
Agosto Junho Em junho celebramos Corpus Christi, com Solenidade em honra ao Corpo de Cristo. O Sagrado Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria foram celebrados com festa. Bem vivemos a Semana de São Luís Gonzaga, com missas presididas, dia a dia, por sacerdotes que serviram nossa paróquia em anos anteriores.
8 | REVISTA A PALAVRA
RETROSPECTIVA
Como paróquia, celebramos a Semana da Família com missas especiais ao longo de uma semana do mês vocacional que a Igreja propôs. Na mesma oportunidade, a missa contemplou a Assunção de Nossa Senhora.
9 | REVISTA A PALAVRA
RETROSPECTIVA
POR GUÉDRIA MOTTA E JULIANE FERREIRA
POR GUÉDRIA MOTTA E JULIANE FERREIRA
Novembro
Setembro
Dez missas no dia 2 de novembro marcaram o Dia de Finados na paróquia. A programação foi desenvolvida em igrejas das comunidades e na Capela da Ressurreição, no Cemitério Municipal Parque da Saudade. O Apostolado da Oração celebrou 150 anos de presença no Brasil, e, em Brusque, uma missa especial marcou a data com solenidade. Em novembro, concluímos a melhoria externa e interna da Matriz, com a limpeza, manutenção e reparos. Por isso, em alguns períodos as missas foram celebradas no auditório e no Salão Paroquial, adaptando-se a este importante momento de cuidado e zelo.
Demos início ao processo de limpeza, manutenção e reparos na igreja Matriz. Um procedimento longo diante da dimensão da igreja, mas necessário para melhor acolher os fiéis e visitantes. A limpeza na estrutura externa deu início ao processo. A capela inaugurada no final de setembro na Secretaria Paroquial passou a reservar um espaço à oração pessoal de quem busca orientação espiritual ou o sacramento da Confissão. No último dia do mês, a paróquia celebrou os 11 anos de dedicação da igreja Matriz.
Outubro
Os 117 anos da presença Dehoniana em Brusque foram bem celebrados na missa festiva que comemorou a data. Também em outubro, com alegria, iniciou-se oficialmente na Ação Social Paroquial o projeto Fraldas Solidárias. Dia 12, celebramos Nossa Senhora Aparecida, com programação iniciada na comunidade da padroeira, no Steffen, e concluída na igreja Matriz.
10 | REVISTA A PALAVRA
RETROSPECTIVA
Dezembro Era novembro quando iniciou o tempo do Advento, preparação de quatro semanas que antecedem o Natal. Assim, durante o mês, foi possível apreciar o presépio, a árvore de Natal que, este ano, tem nove metros de altura, e a Coroa do Advento, com o simbolismo de suas velas. Já em 7 de dezembro foi celebrado o encerramento do Ano de São José, instituído pelo papa Francisco, para a comemoração dos 150 anos de proclamação do santo como guardião universal da Igreja Católica. A Solenidade de Cristo Rei, a Cantata de Natal do Colégio São Luiz e a doação de 350 quilos de alimentos à Ação Social feita pelo Brusque Futebol Clube também marcaram este último mês do ano.
11 | REVISTA A PALAVRA
PRESÉPIOS
POR GUÉDRIA MOTTA
Admirabile Signum
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Os presépios da Paróquia São Luís Gonzaga e a inspiração da Carta Apostólica de 2019
Igreja Matriz São Luís Gonzaga “O sinal admirável do Presépio, muito amado pelo povo cristão, não cessa de suscitar maravilha e enlevo. Representar o acontecimento da natividade de Jesus equivale a anunciar, com simplicidade e alegria, o mistério da encarnação do Filho de Deus. De fato, o Presépio é como um Evangelho vivo que transvaza das páginas da Sagrada Escritura. Ao mesmo tempo que contemplamos a representação do Natal, somos convidados a colocar-nos espiritualmente a caminho, atraídos pela humildade d’Aquele que Se fez homem a fim de Se encontrar com todo o homem, e a descobrir que nos ama tanto, que Se uniu a nós para podermos, também nós, unir-nos a Ele”. Comunidade Santo Antônio “A origem do Presépio fica-se a dever, antes de mais nada, a alguns pormenores do nascimento de Jesus em Belém, referidos no Evangelho. O evangelista Lucas limita-se a dizer que, tendo-se completado os dias de Maria dar à luz, «teve o seu filho primogênito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria» (2, 7). Jesus é colocado numa manjedoura que, em latim, se diz praesepium, donde vem a nossa palavra presépio”. Comunidade Nossa Senhora de Fátima “Uma grande emoção se deveria apoderar de nós ao colocarmos no Presépio as montanhas, os riachos, as ovelhas e os pastores! Pois assim lembramos, como preanunciaram os profetas, que toda a criação participa na festa da vinda do Messias. Os anjos e a estrelacometa são o sinal de que também nós somos chamados a pôr-nos a caminho para ir até à gruta adorar o Senhor. Ao contrário de tanta gente ocupada a fazer muitas outras coisas, os pastores tornam-se as primeiras testemunhas do essencial, isto é, da salvação que nos é oferecida”. Comunidade Sagrado Coração de Jesus Queridos irmãos e irmãs, o Presépio faz parte do suave e exigente processo de transmissão da fé. A partir da infância e, depois, em cada idade da vida, educa-nos para contemplar Jesus, sentir o amor de Deus por nós, sentir e acreditar que Deus está conosco e nós estamos com Ele, todos filhos e irmãos graças àquele Menino Filho de Deus e da Virgem Maria. E educa para sentir que nisto está a felicidade. Na escola de São Francisco, abramos o coração a esta graça simples, deixemos que do encanto nasça uma prece humilde: o nosso «obrigado» a Deus, que tudo quis partilhar conosco para nunca nos deixar sozinhos”. 12 | REVISTA A PALAVRA
POR GUÉDRIA MOTTA
PRESÉPIOS
Comunidade São Francisco de Assis “Quinze dias antes do Natal, Francisco chamou João, um homem daquela terra, para lhe pedir que o ajudasse a concretizar um desejo: «Quero representar o Menino nascido em Belém, para de algum modo ver com os olhos do corpo os incômodos que Ele padeceu pela falta das coisas necessárias a um recém-nascido». Mal acabara de o ouvir, o fiel amigo foi preparar tudo o que era necessário segundo o desejo do Santo. No dia 25 de dezembro, chegaram a Gréccio muitos frades, e também homens e mulheres da região, trazendo flores e tochas para iluminar aquela noite santa. À vista da representação do Natal, as pessoas lá reunidas manifestaram uma alegria indescritível, como nunca tinham sentido antes”. Comunidade Nossa Senhora de Lourdes “Por que motivo suscita o Presépio tanto enlevo e nos comove? Antes de mais nada, porque manifesta a ternura de Deus. Armar o Presépio em nossas casas ajuda-nos a reviver a história sucedida em Belém. O Presépio é um convite a «sentir», a «tocar» a pobreza que escolheu, para Si mesmo, o Filho de Deus na sua encarnação, tornandose assim, implicitamente, um apelo para O seguirmos pelo caminho da humildade, da pobreza, do despojamento, que parte da manjedoura de Belém e leva até à Cruz, e um apelo ainda a encontrá-Lo e servi-Lo, com misericórdia, nos irmãos e irmãs mais necessitados”. Comunidade São José Operário “Pensemos nas vezes sem conta que a noite envolve a nossa vida. Pois bem, mesmo em tais momentos, Deus não nos deixa sozinhos, mas faz-Se presente para dar resposta às questões decisivas sobre o sentido da nossa existência. Merecem também uma referência às paisagens que fazem parte do Presépio; muitas vezes aparecem representadas as ruínas de casas e palácios antigos que, nalguns casos, substituem a gruta de Belém, tornando-se a habitação da Sagrada Família. Este cenário diz que Jesus é a novidade no meio dum mundo velho, e veio para curar e reconstruir, para reconduzir a nossa vida e o mundo ao seu esplendor originário”. Comunidade Santa Paulina “No Presépio, os pobres e os simples lembram-nos que Deus Se faz homem para aqueles que mais sentem a necessidade do seu amor e pedem a sua proximidade. Jesus, «manso e humilde de coração» (Mt 11, 29), nasceu pobre, levou uma vida simples, para nos ensinar a identificar e a viver do essencial. Do Presépio surge, clara, a mensagem de que não podemos deixar-nos iludir pela riqueza e por tantas propostas efêmeras de felicidade. Nascendo no Presépio, o próprio Deus dá início à única verdadeira revolução, que dá esperança e dignidade aos deserdados, aos marginalizados: a revolução do amor, a revolução da ternura”.
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PRESÉPIOS
POR AGÊNCIA ARCANJO
POR GUÉDRIA MOTTA
INFANTIL
Comunidade Cristo Rei “Maria é uma mãe que contempla o seu Menino e O mostra a quantos vêm visitá-Lo. N’Ela, vemos a Mãe de Deus que não guarda o seu Filho só para Si mesma, mas pede a todos que obedeçam à palavra d’Ele e a ponham em prática (cf. Jo 2, 5). Ao lado de Maria, em atitude de quem protege o Menino e sua mãe, está São José. Geralmente, é representado com o bordão na mão e, por vezes, também segurando um lampião. São José desempenha um papel muito importante na vida de Jesus e Maria. É o guardião que nunca se cansa de proteger a sua família”. Comunidade São João Batista “O coração do Presépio começa a palpitar, quando colocamos lá, no Natal, a figura do Menino Jesus. Que surpresa ver Deus adotar os nossos próprios comportamentos: dorme, mama ao peito da mãe, chora e brinca, como todas as crianças. Como sempre, Deus gera perplexidade, é imprevisível, aparece continuamente fora dos nossos esquemas. Assim o Presépio, ao mesmo tempo que nos mostra Deus tal como entrou no mundo, desafia-nos a imaginar a nossa vida inserida na de Deus; convida a tornar-nos seus discípulos, se quisermos alcançar o sentido último da vida”.
Comunidade Nossa Senhora Aparecida “Quando se aproxima a festa da Epifania, colocam-se no Presépio as três figuras dos Reis Magos. Tendo observado a estrela, aqueles sábios e ricos senhores do Oriente puseram-se a caminho rumo a Belém para conhecer Jesus e oferecer-Lhe de presente ouro, incenso e mirra. Estes presentes têm também um significado alegórico: o ouro honra a realeza de Jesus; o incenso, a sua divindade; a mirra, a sua humanidade sagrada que experimentará a morte e a sepultura. Os Magos ensinam que se pode partir de muito longe para chegar a Cristo. Não se deixam escandalizar pela pobreza do ambiente; não hesitam em pôr-se de joelhos e adorá-Lo”. Comunidade Santa Rita de Cássia “Diante do Presépio, a mente corre de bom grado aos tempos em que se era criança e se esperava, com impaciência, o tempo para começar a construí-lo. Não é importante a forma como se arma o Presépio; pode ser sempre igual ou modificá-la a cada ano. O que conta, é que fale à nossa vida. Por todo o lado e na forma que for, o Presépio narra o amor de Deus, o Deus que Se fez menino para nos dizer quão próximo está de cada ser humano, independentemente da condição em que este se encontre”.
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15 | REVISTA A PALAVRA
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