Revista A Palavra - Edição de Setembro de 2021

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EDIÇÃO 115 | SET/2021 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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DIÁLOGO A FAVOR DA VIDA

A importância de falar sobre suicídio, um assunto bastante presente em nosso contexto social.

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EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ

A celebração que fortalece o símbolo maior da vitória de Jesus sobre o mundo.

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RELÍQUIA DE SÃO JOÃO PAULO II

Confira o presente entregue por Dom Murilo Krieger pelos 148 anos de fundação da Paróquia.


EDITORIAL

POR AGÊNCIA ARCANJO

Bem-vindo à revista A Palavra! Setembro é um mês especial. O primeiro grande motivo é a celebração do mês da Bíblia, a Palavra do Pai, o grande presente que ele nos deixou para orientar caminhos e acalmar nossa alma nos tempos mais difíceis. Ela tem a palavra certa para cada um dos momentos que vivemos, mas precisamos aprender a inseri-la em nosso dia a dia. Em nossa matéria de capa vamos falar sobre o melhor processo de leitura para compreendê-la por completo. Neste mês também comemoramos o Setembro Amarelo, dedicado à prevenção ao suicídio. Para falar sobre o tema, convidamos o psicólogo Marco Antônio Rodrigues a esclarecer alguns pontos essenciais para entender melhor o quadro psicológico evolutivo que leva as pessoas a negarem o direito à própria vida. Neste mesmo sentido, vamos falar sobre a Pastoral da Escuta, que está voltando às suas atividades normais, o que é uma grande notícia devido aos problemas psicológicos que somente se agravaram como reflexo da pandemia. Nesta edição você ainda vai conferir o relato de Juliana e Fernando sobre os desafios do matrimônio e a Festa da Exaltação da Santa Cruz, além de descobrir qual presente que o arcebispo emérito de São Salvador, Dom Murilo Krieger recebeu de João Paulo II e que agora doará para nossa paróquia. Boa leitura e fiquem com Deus!

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mensageirodossonhos.com.br


POR PE. DIOMAR ROMANIV, SCJ

PALAVRA DO PÁROCO

A Palavra está perto de você! Querido paroquiano, “A palavra está perto de ti, em tua boca e em teu coração. Essa palavra é a palavra da fé que proclamamos. Se pois, com tua boca confessares Jesus como Senhor e, no teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo” (Rm 10,8-9). O mês da Bíblia, que é setembro, nos convida a voltarmos nossa atenção e sensibilidade para a Palavra do Senhor, que está ao nosso alcance. Ela, de fato, está tão perto de nós: a encontramos na Bíblia que temos em nossa casa, meditamos em cada missa que participamos, partilhamos em cada encontro de catequese que realizamos, na escola paroquial de teologia, no áudio “A Palavra” que diariamente publicamos, na revista mensal que elaboramos e em tantas ações pastorais que realizamos; podemos lê-la nos diversos aplicativos disponíveis para o nosso celular, nas diversas mensagens que recebemos nos tantos grupos que estamos conectados! Falando em celular, certa vez o Papa Francisco fez uma comparação muito interessante, que nos ajuda a valorizar a Bíblia Sagrada. Dizia ele: “O que aconteceria se usássemos a Bíblia como usamos o nosso celular? Se a levássemos sempre conosco (ou pelo menos um Evangelho de bolso), o que aconteceria? Se voltássemos quando a esquecemos, se a abríssemos várias vezes por dia; se lêssemos as mensagens de Deus contidas na Bíblia como lemos as mensagens em nosso celular, o que aconteceria? É uma comparação paradoxal, mas faz pensar…” Este mês é propício para respondermos a estas perguntas e também para fazer um propósito de ler e meditar diariamente um texto bíblico! Que a Palavra de Deus não esteja somente perto de nós! Que ela esteja em nós, gravada em nosso coração, onde a meditamos e dela tiramos a inspiração para a nossa vida! Que também ela esteja em nossa boca e assim a anunciemos através de nossa partilha, de nossos testemunhos e de conselhos que podemos dar aos outros! Tenha um bom e abençoado mês da Bíblia!

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IGREJA

POR GUÉDRIA MOTTA

Campanha da Fraternidade 2021 Diálogo sobre a saúde mental Psicólogo Marco Antônio Rodrigues fala sobre o Setembro Amarelo Para conjugar a Campanha da Fraternidade de 2021, que reforça a necessidade do diálogo, com o Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio, o psicólogo Marco Antônio Rodrigues (Marquinho), também formado em Filosofia e Teologia, traz algumas reflexões sobre os transtornos mentais, que aumentaram consideravelmente no último ano, acentuados pela pandemia da Covid-19.

“No Brasil são registrados 12 mil suicídios por ano, que representam mil suicídios por mês e quase 33 suicídios por dia no país. E o motivo principal são as doenças emocionais, com ênfase na depressão, bipolaridade, uso de álcool e outras drogas. O suicídio é uma grave consequência dos transtornos emocionais, neste momento potencializados pela pandemia”, afirma o psicólogo.

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Imagem divulgação

Uma pesquisa divulgada há dois meses aponta para a elevação de 52% nos transtornos de ansiedade, 48% nos transtornos de humor, cerca de 18% para o consumo de álcool e outras drogas, além de 10% no número de casos de suicídio.


POR GUÉDRIA MOTTA

IGREJA

Atenção Muitas vezes os sintomas podem estar camuflados, especialmente se a pessoa não se sente à vontade para expor que não está bem. Mas os sinais, quando percebidos, não devem ser negligenciados, pela profundidade e gravidade da doença. “Percebemos alterações de humor, uma tristeza constante, sem causa aparente. Uma melancolia ou desânimo, sem um motivo claro para se estar assim. A pessoa perde a capacidade de sentir prazer com as coisas, sente vontade de ficar isolada e se irrita ao encontrar outras pessoas. Pode haver alterações de sono, de apetite, picos de irritação, desânimo e fadiga”, lista Marquinho.

De acordo com o psicólogo, problemas cognitivos também podem ser observados, como esquecimentos, dificuldade em manter o foco, atenção e concentração. Além disso, há uma diminuição do desejo sexual e pensamentos negativos a respeito da vida. “Se eu não existisse seria melhor, se eu não acordasse seria melhor”, são ideias que podem surgir com certa recorrência. “Depressão é uma doença silenciosa e grave. Quando comparada a uma planta, ela não atacaria as folhas ou as raízes, mas a seiva, que é a nossa vontade. A depressão é uma doença da vontade, até chegar ao ponto de que não há mais vontade de viver”, explica.

Como ajudar Respeito, acolhimento e evitar julgamentos são boas abordagens para o início de uma conversa. Frases de efeito, como não se ter motivo para estar assim, ainda que ditas com boas intenções, podem aumentar o sentimento de culpa de quem sofre. “São quatro os pilares de tratamento. O primeiro deles é médico. É importante buscar um psiquiatra, que é quem entende melhor desta química emocional”, diz Marquinho.

“O segundo é o atendimento psicológico, porque o remédio não conserta histórias e nem o manejo de atitudes em relação à vida e à existência”, completa. O psicólogo ainda lista a atividade física para a retomada do autocuidado e o cultivo da espiritualidade, já que toda recuperação tende a ser melhor quando a pessoa tem algo em que se firmar.

E você, como está? Você consegue parar por 10 minutos e se perguntar como está se sentindo? “Todas as coisas têm nome. Mesa, cadeira, flores...mas nem sempre conseguimos dar nome aos nossos sentimentos. Quando dou nome, tomo posse disso. Quando digo que sinto tristeza, tomo posse da tristeza e consigo dar um direcionamento diferente”, sugere Marquinho. Uma vez identificado e nomeado, o passo seguinte é se questionar o que é possível fazer

com aquele sentimento e, por consequência, se autorizar a fazer. “Não é tentar, é experimentar. Fazer um experimento. Talvez conversar com alguém de confiança, consultar um psicólogo, agendar um médico. Vamos nos manter firmes, cuidar da nossa mente e do nosso corpo. Caso surja algo importante, que tenhamos liberdade, simplicidade e coragem de procurar ajuda profissional”, recomenda.

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ENTREVISTA

POR GUÉDRIA MOTTA

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Comunidade sem sair de casa Casados há 15 anos, Juliana e Fernando Bittelbrunn falam sobre a doce missão assumida na criação de três filhos.

Prestes a completar 15 anos de casamento, Juliana e Fernando Bittelbrunn vivem as alegrias e os desafios de uma grande família. Pais da Isadora (11), Mateus (9), e Gabriel (4), eles destacam que a missão nem sempre é fácil, mas se torna gratificante pela possibilidade de viver em comunidade dentro da própria casa.

Família Bittelbrunn

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POR GUÉDRIA MOTTA

Revista A Palavra:

Sempre foi o desejo do casal ter uma família com mais filhos? Juliana Bittelbrunn: Nossos filhos são presentes de Deus através de nosso alinhamento de projeto de vida com Ele. Dizemos isso porque desde o namoro falamos em ter mais de dois filhos. Fernando tem duas irmãs. Eu tenho dois irmãos e uma irmã. Já viemos de famílias maiores, aprendemos que quem tem irmãos tem com quem contar caso haja dificuldades e até mesmo na hora da partida dos pais, os irmãos são apoio e suporte um do outro. Acreditamos que, mesmo que tenhamos muitos desafios por termos uma família maior, quando se tem fé, Deus providencia.

Revista A Palavra:

Houve o apoio ou incentivo da família e da comunidade nesta decisão? Juliana Bittelbrunn: Sempre somos chamados de malucos por querer ter mais filhos.

ENTREVISTA

Revista A Palavra: Quais são os valores ensinados para essa boa convivência entre os irmãos?

Juliana Bittelbrunn: Praticamos os valores que recebemos de nossos pais: respeito, amor e fé. Todos os dias enfrentamos uma pequena batalha, cada um quer fazer do seu jeito e tenta se impor. Brigam, muitas vezes não querem partilhar, não querem ir à missa e fazem birras para rezar. Estamos aqui para ensiná-los o caminho a seguir e orientá-los. Não é fácil. Mas, como dissemos, pequenas batalhas diárias são vencidas através do nosso posicionamento como pais na defesa dos nossos valores.

Revista A Palavra: Quais os benefícios de se crescer em uma grande família?

Juliana Bittelbrunn: Já vivemos em comunidade sem sair de casa. Acreditamos e amamos isso. Na troca com o outro aprendemos muito. Nosso desejo de ter mais filhos foi pensado em um apoiar o outro, um contar com o outro.

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POR AGÊNCIA ARCANJO

Chegamos ao mês de setembro, um dos momentos mais importante para nós, católicos, por ser o mês da Bíblia, a Palavra de Deus que nos orienta, consola, tranquiliza e encoraja a enfrentar os desafios do mundo. Mas você sabia que setembro foi escolhido como mês da Bíblia porque no dia 30 recorda-se São Jerônimo, que traduziu textos bíblicos para o latim? Sim, e no Brasil a data começou a ser aplicada em 1971 devido ao cinquentenário da Arquidiocese de Belo Horizonte (MG), sendo levada adiante até ser assumida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e estender-se pelo país inteiro. E você, tem o costume de ler a Bíblia diariamente ou precisa de uma dica de

por onde começar? Se este é o seu caso, preparamos orientações que vão facilitar a leitura dos 73 livros sagrados que são bem diferentes, têm diversos estilos e foram escritos em épocas distantes. Por isso, selecionamos dois planos de leitura para você ter disciplina e dedicação para ler a Palavra de Deus. A dica é iniciar a leitura a partir dos livros mais fáceis de compreender, como os quatro Evangelhos e os Atos dos Apóstolos. As cartas menores de Paulo e as de João, os livros históricos do Antigo Testamento, as cartas dos apóstolos, os livros sapienciais, os profetas e o Apocalipse, por fim. Os Salmos podem ser lidos e rezados em paralelo. Entendido isso, vamos aos dois planos bíblicos.


1º - LEITURA ORANTE A Leitura Orante é uma prática de leitura diária da Bíblia. Para que a Palavra do Senhor toque seu coração, faça uma oração e peça o auxílio do Espírito Santo.

“Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. - Enviai, Senhor, o vosso Espírito, e tudo será criado; e renovareis a face da terra. Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo Senhor nosso. Amém”.

Passo 1 Faça a leitura com atenção Leia atentamente um trecho da Bíblia. Pode ser da liturgia do dia ou algum trecho que você tenha escolhido para o seu momento de oração. O mais importante é procurar descobrir o contexto em que o texto foi escrito: quem são os personagens, a situação vivida, qual foi a reação deles àquela Palavra ouvida. Não esqueça de grifar os textos que mais chamam a atenção.

Passo 2 Medite e aplique a Palavra em sua vida Leia e medite um texto por dia, lembrando que não é a quantidade que importa, mas a qualidade. Depois não deixe de fazer a reflexão: “O que essa Palavra diz para mim? É momento de entender que a Palavra de Deus foi escrita especialmente para você. Aplique-a em sua vida.

Passo 3 - Faça sua oração Depois de meditar sobre a palavra, faça sua oração. O que você pensou na meditação, deve se transformar em louvor ao Senhor. É o momento de clamar a Deus para que você dê uma resposta concreta a Ele, com a sua vida, por meio do ensinamento das Escrituras.

Passo 4 - Contemplação Agora que você orou e falou com Deus é hora de ficar em silêncio para escutar o que Ele tem a dizer sobre seus questionamentos. Permita que o Espírito Santo de Deus te conduza neste momento de contemplação, sinta a presença d’Ele contigo e permaneça na presença d’Ele.

2º - LEITURA DE LITURGIA DIÁRIA Seguir a Liturgia Diária é seguir as leituras da missa diária durante um ano inteiro. A Igreja estabeleceu uma sequência de leituras bíblicas que se repetem a cada três anos, nos domingos e nas solenidades. As leituras desses dias são divididas em ano A, B e C. No ano A, leem-se as leituras do Evangelho de São Mateus; no ano B, o de São Marcos e no ano C, o de São Lucas. Já o Evangelho de São João é reservado para as ocasiões especiais, principalmente as grandes festas e solenidades. Nos dias da semana do Tempo Comum, há leituras diferentes para os anos pares e para os anos ímpares, tirando o Evangelho, que se repete de ano a ano. Deste modo, os católicos, de três em três anos, se acompanharem a liturgia diária, terão lido quase toda a Bíblia. Aos católicos são ofertados dois modos para esta prática: um é o calendário litúrgico que pode ser adquirido nas livrarias católicas da cidade; o outro modo é a partir da vivência e oração da liturgia diária, que você pode acompanhar em diversos portais católicos. Seja qual for o seu caminho, a leitura diária da Bíblia é um guia de orientação para os católicos. No mês da Bíblia, assim como nos demais meses do ano, não deixe de ler o que Deus tem a nos falar. A Bíblia é a Palavra viva, o escudo que nos protege e nos deixa muito mais fortes.


ESPIRITUALIDADE

PADRE TIAGO ARAÚJO, SCJ Imagem divulgação

Festa da Exaltação da Santa Cruz No dia 14 de setembro, a Igreja celebra a Festa da Exaltação da Santa Cruz. Não é novidade para nós, católicos, que a cruz e até mesmo o Crucificado sejam sinais constantemente lembrados na manifestação da nossa fé. Traçamos a cruz em nossas orações, carregamo-la no peito, encontramos a cruz nas Igrejas, nos livros, nas paredes etc. Por que a Igreja não vê problema com este forte símbolo ou esta devoção? A explicação é simples. No período anterior a Jesus Cristo a cruz, ou até mesmo o ato da crucifixão, era visto como uma grande vergonha, a aplicação desta pena estava reservada aos piores sujeitos da sociedade. Diz São Paulo: “nós, porém, anunciamos Cristo crucificado, que para os judeus, é escândalo, para os gentios é loucura, mas para aqueles que são chamados, tanto judeus como gregos, é Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. Pois o que é loucura de Deus é mais sábio do que os homens, e o que é fraqueza de Deus é mais forte do que os homens” (1Cor 1,23-25). Com Cristo tudo é resignificado, ganha nova compreensão e, através desta pedagogia constantemente oferecida pelo Mestre, temos a capacidade de perceber que a cruz não é o fim, mas foi o caminho trilhado por Jesus em vista da salvação humana. Se outrora a cruz lembrava morte, com Cristo representa a vida nova do ressuscitado. Do madeiro gélido, rústico e seco brotou a esperança, jorrou os sacramentos, nasceu a Igreja. Do coração de Cristo transpassado no alto da cruz podemos compreender o amor que Ele tem por cada um de nós. Queridos irmãos, Jesus não nos engana, muito menos nos confunde! 10 | REVISTA A PALAVRA

Em São Lucas 9,23 podemos ler: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e sigame”. Se isso não bastasse, é também no alto da cruz que Jesus fala: “Mulher eis teu filho!” Depois disse ao discípulo: “Eis tua mãe!” . (Jo 19, 26-27).

Não devemos ter vergonha da cruz. A pessoa mais importante que já existiu sobre a face da Terra serviu-se deste sinal, demonstrou para nós que a cruz não é fim, apenas o meio.


POR GUÉDRIA MOTTA

Pastoral da Escuta Um lugar para expor angústias, sem medo de recriminação ou preconceitos

Em 2020, por conta das restrições de saúde e segurança impostas pela contenção da Covid-19, a Pastoral da Escuta teve sua atuação suspensa na Paróquia São Luís Gonzaga. Mas, este ano, devido à queda considerável no número de casos confirmados da doença , início da vacinação e as medidas de distanciamento social divulgadas pelo Governo de Santa Catarina permitiram esta retomada de reuniões e atendimentos. Desta forma, a Pastoral da Escuta está aberta à comunidade, independente da religião, todas as quintas-feiras, das 8h30 às 10h30, das 16h às 18h e das 19h às 21h, no Salão Paroquial (anexo ao Auditório). Para ter acesso ao serviço, no entanto, é indispensável o agendamento, através do telefone (47) 3351-1258.

PASTORAIS

“A Pastoral da Escuta é formada por 10 voluntários, sendo que sete deles realizam os atendimentos. É um serviço aberto a qualquer pessoa que necessite conversar, desabafar, independentemente de sua crença religiosa”, explica a coordenadora da Pastoral, Sabina Terezinha Merico.

Saiba mais A Pastoral da Escuta começou sua formação com a orientação do padre Adilson Colombi, que até hoje acompanha o projeto, especialmente nos encontros mensais. Em março de 2018, os voluntários participaram de dois dias de curso com o Mestre em Psicologia, Adalto Chitolina, com mais de 30 anos dedicados à escuta e orientação pessoal. “Após esta formação, passamos aos nossos encontros mensais para o estudo da matéria, sob a orientação do padre Adilson”, lembra Sabina. Segundo ela, a escuta ajuda qualquer pessoa, porque desperta nela a consciência de se ouvir e de se ajudar nos mais diversos momentos da vida. “Portanto, ela ajuda a minimizar conflitos e, assim, criar bons relacionamentos”, ressalta. A coordenadora destaca que o distanciamento social, estratégia indispensável para conter a propagação do novo coronavírus, acabou favorecendo o aparecimento de alterações comportamentais, impactando na saúde mental das pessoas e, por consequência, elevando os casos de depressão. “Nesse momento é muito importante que as pessoas tenham um canal onde possam falar de seus problemas, de suas angústias, sem recriminações e preconceitos. Um lugar onde elas sejam acolhidas”, ressalta Sabina. 11 | REVISTA A PALAVRA


Semana da Família

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Com uma programação de celebrações e bênçãos especiais desde o dia 9 de agosto, a Paróquia São Luís Gonzaga encerrou no dia 15 de agosto a Semana da Família. A celebração contou com grande participação da comunidade e com uma importante reflexão sobre o papel de cada pessoa nos laços parentais. Além disso, ao final da missa, também foram realizadas as bênçãos das chaves das casas e dos carros da comunidade presente.

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Assunção de Maria A Paróquia São Luís Gonzaga celebrou com solenidade a Assunção de Maria - o dia em que Maria chegou aos céus e foi acolhida. Para isso, a imagem da Virgem Maria do presbitério foi especialmente decorada. Contemplamos a imagem de Maria para aprender dela a viver os valores do Reino de Deus!

Cachorro-quente

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Missa Coroinhas Coroinhas e Acólitos de nossa paróquia participaram no domingo, dia 15 de agosto, da Santa Missa em homenagem a São Tarcísio - padroeiro dos coroinhas, acólitos e cerimoniários. A celebração foi presidida pelo padre Tiago Araujo Scj.

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Durante a Semana da família de 2021, vários grupos se revezaram para a venda do tradicional cachorro-quente da igreja Matriz.


Missa com os jovens

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Com o tema “O meu coração deseja te encontrar”, a Missa com os Jovens de agosto foi presidida pelo Pe. Elinton Costa, da Comunidade Bethânia e concelebrada pelo padre Tiago Araújo. O encontro Eucarístico com a juventude acontece toda última quinta-feira do mês, na igreja Matriz.

No mês de agosto os inscritos na Escola Paroquial de Teologia estudaram os evangelhos de Mateus e Marcos, com aulas ministradas pelo Padre Carlos Nicolodelli. As aulas ocorrem todas as quintas-feiras no auditório da matriz, com início às 19h30. A taxa de inscrição é de R$ 25,00, que pode ser feita na primeira aula.

Vídeos vocacionais

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Escola de Teologia

Durante o mês vocacional, a paróquia divulgou vídeos especiais com testemunhos de cada uma das vocações, semana a semana! Padre Diomar nos presenteou contando sua bonita trajetória na vocação sacerdotal. Assistimos ao testemunho de amor da família do Jean e Rubia…A perseverante caminhada vocacional do Rafael Stiz, o exemplo da Anizia Beppler na vocação leiga em sua comunidade e os mais de 40 anos de vida da Ana Regina Stocker Petermann dedicados à catequese.

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COMUNIDADES

POR GUÉDRIA MOTTA

Paróquia recebe relíquia de S. João Paulo II

Gratidão Pe. Diomar recebeu o presente muito emocionado e com grande gratidão a Dom Murilo, relembrando a visita que fez à Roma. “Saber que um Santo tocou num cálice que hoje está aqui, como presente para nossa paróquia, é um sinal de fé muito bonito. O Papa João Paulo II fez história na Igreja e nós crescemos ouvindo seu nome e rezando por ele. Lembro quando tive a oportunidade de estar em Roma, um dos lugares que mais me marcou na Basílica foi estar ali, junto do túmulo deste Santo, rezando e lembrando de seu rosto, de seu jeito de cativar as pessoas. E agora, como padre, podendo rezar e celebrar a missa nesse cálice que ele usou, com certeza será um momento de fortalecer, renovar a fé e recordar que nós vivemos em comunhão com toda Igreja. Agradeço ao Dom Murilo por este presente, por este olhar especial direcionado a esta paróquia, que também é parte da história dele”, ressaltou.

Presente foi entregue por Dom Murilo na missa que comemorou os 148 anos de fundação da Paróquia

Por ocasião do aniversário, Dom Murilo trouxe um presente, que foi entregue à comunidade com muito entusiasmo. Ele, que faz questão de lembrar o quão presente a Paróquia São Luís Gonzaga esteve em sua vida, especialmente a Igreja Matriz, onde foi coroinha, foi ordenado padre e também bispo e acompanhou a história de sua própria família na fé, pensou em um presente que pudesse sempre ser visto e despertasse a oração da comunidade que acompanha com tanto carinho. “Quem faz aniversário espera presente. Eu pensei, o presente que eu posso dar à paróquia é um objeto que para mim é muito querido e importante. Em 1990 fui em visita ao Papa São João Paulo II, Papa na época, Santo hoje, e ele me deu um cálice lindíssimo, que na frente possui a figura dos discípulos de Emaús e na patena o brasão do Papa. Pensei: vou dar este presente à paróquia que faz parte da minha história. Hoje estou trazendo, vou deixar este cálice aqui, um cálice que eu ganhei de um Santo, uma verdadeira relíquia, para que a ligação da Paróquia com os santos padres, Pedro no início, João Paulo II quando deu o cálice, Papa Francisco hoje, esteja sempre transformada em oração. Se há alguém nesse mundo de Deus que precisa de orações, é o Papa. Que esta comunidade, lembrando-se e vendo o cálice, sinta a maior motivação para rezar pelo Papa”, disse na ocasião. 14 | REVISTA A PALAVRA

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Os 148 anos da Paróquia São Luís Gonzaga foram celebrados com uma Santa Missa em julho, presidida pelo arcebispo emérito de São Salvador, Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger e concelebrada pelo pároco Pe. Diomar Romaniv. A celebração foi marcada por momentos de muita emoção e fez memória a todas as pessoas que dedicaram suas vidas à paróquia.


POR AGÊNCIA ARCANJO

INFANTIL

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EDIÇÃO Raissa Lemos Rocha

Esta é uma publicação da Paróquia São Luís Gonzaga, sob responsabilidade do Pe. Diomar Romaniv, scj e da Pascom da Paróquia, situada na Rua Padre Gatone, 75 - Centro, Brusque/SC. www.paroquiasaoluisgonzaga.com

DIAGRAMAÇÃO Letícia Sales SUGESTÃO DE CONTEÚDO redacao@agenciaarcanjo.com.br www.agenciaarcanjo.com.br facebook.com/agenciaarcanjo (47) 3227-6640

REVISÃO Stella Bousfield IMPRESSÃO Gráfica Volpato TIRAGEM 1.500 exemplares


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