Revista A Imaculada - Edição Novembro de 2016

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músicos

PROGRAMAÇÃO

ADVENTO

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Em novembro, celebra-se nacionalmente o Dia do Músico. Conheça mais sobre a atuação e espiritualidade do músico na igreja.

Com a proximidade da Festa da Padroeira Imaculada Conceição, uma programação especial foi preparada. Fique por dentro!

No fim deste mês a paróquia já começa a se preparar para o Natal, que inicia com o tempo litúrgico do Advento. Saiba mais.


R E V I S TA

RIO

DOS

CEDROS|SC

PA L AVRA DO PE. JOSÉ

Por Pe. José Vidalvino Fontanela da Silva

Eucaristia: memorial permanente de Jesus A Igreja católica sempre reconheceu a Eucaristia como memorial da paixão, morte e ressurreição de Cristo. A Eucaristia é a atualização do memorial que Jesus nos deixou na última ceia quando pronunciou: “Fazei isto em memória de mim” (Lc 22,19). Em cada celebração eucarística se atualiza esse memorial. Na Eucaristia, Jesus Cristo se encontra presente em corpo, sangue, alma e divindade. Em João capítulo 6, antes do seu sacrifício, o Senhor já havia dito que nos daria a Sua carne e Seu sangue como alimento: “E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo. (...) Como pode este homem dar-nos de comer a sua carne? Então Jesus lhes disse: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6,51-58). Jesus quando institui a Eucaristia, foi bem enfático ao dizer “Isto é o meu corpo” (Lc 22,19). Ele não disse que o pão iria simbolizar o Seu corpo, mas confirma “Isto é o meu corpo”. O mesmo com o vinho. “Este é o cálice do meu sangue”. Ainda ordena os discípulos “fazei isto em memória de mim”. Na oração da consagração Jesus confirma o que já havia anunciado no evangelho de João capítulo 6, “o pão que eu ei de dar é a minha carne”. A Eucaristia se torna o memorial permanente de Jesus, o

SANTO DO MÊS

Senhor se fez pão pelas suas próprias mãos. Transformando o pão e o vinho em seu corpo e sangue. Diego Fernandes em sua música Tomai e Come, relata: “Como pode alguém não crer nesse milagre aqui no altar? Como pode alguém dizer que é simbolismo? Como pode alguém dizer, não é meu corpo, nem meu sangue? Pois quem come a minha carne está em mim!” Não há simbolismo na Eucaristia, tanto que os apóstolos continuaram celebrando a ceia do Senhor da mesma forma e pronunciando as mesmas palavras ditas por Jesus (cf. I Coríntios 11,24). Neste mês de novembro a nossa paróquia volta sua atenção para as primeiras eucaristias de nossos catequizandos. Continuamos a atualizar esse sacrifício de comunhão e de pertença ao Senhor, pois, “quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6,58).

Por José Cardoso Bressanini

Santo André Apóstolo

Foto: Reprodução/Internet

Editorial

A IMACULADA

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No dia 30 deste mês, a Igreja celebra a festa de Santo André Apóstolo. Nascido em Betsaida, Santo André é filho de Jonas, e irmão de Simão Pedro. Sua família possuía uma casa em Cafarnaum, onde Jesus costumava se hospedar quando pregava na cidade. Logo após a vinda do Espírito Santo, Santo André ajudou a fortalecer a Igreja nascente na Palestina. Depois, porém, partiu para anunciar o Evangelho em vários lugares da região, fixando-se em Patras, na Grécia. Lá, formou uma comunidade cristã forte, modelo para outras comunidades. Ali surgiu uma igreja viva, rica em discípulos e missionários. Santo André não obedeceu à autoridade do governador, desafiando-o a reconhecer em Jesus um juiz acima dele. Afirmou também que os deuses pagãos não passavam de demônios. Por estes motivos foi condenado à crucificação. Para espanto dos carrascos, aceitou com alegria a sentença, afirmando que, se temesse o martírio, não estaria “pregando a grandeza da cruz, onde morreu Jesus”. Porém, pediu para ser crucificado numa cruz em “X”, por não se achar digno de padecer como Jesus.

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A IMACULADA RIO

Por Daiane Possolli

Etern idade

O serviço do músico na evangelização

Por Pe. Raul Kestring

No dia 2 de novembro comemoramos “todos os fiéis defuntos”. O próprio Missal Romano assim se expressa. Pode-se até perguntar: mas também recordamos os que morreram em pecado? Com certeza, não cabe a nós, humanos, julgar alguém. O próprio Jesus nos sentenciou: “Não julgueis” (Lc 6,37). Quem julga com verdadeira justiça é somente Deus, onisciente, justo, misericordioso. Assim, para a Igreja e para todos nós, o Dia de Finados, em primeiro lugar, é dia de oração. Em gesto de caridade, numa obra de misericórdia, rezamos pelo descanso eterno de todos os que morreram. Naturalmente, somos levados a pedir por aqueles que amamos, nossos familiares, amigos, benfeitores. E citamos até seus nomes no momento da oração pelos mortos, durante a celebração eucarística. Não podemos, porém, restringir-nos aos nossos entes queridos. Alargamos o nosso coração para todos os mortos, em qualquer tempo, em qualquer lugar. A Igreja é mãe. Ela nos regenera a todos pelo Batismo. Assim, ela deseja ardentemente que todos os seus filhos e filhas alcancem, por sua piedade, penitência e pela misericórdia de Deus, a eternidade feliz, a visão de Deus face a face. A reflexão profunda sobre a nossa vida deve integrar o Dia de Finados. Pois sabemos que, um dia, chegará também para cada um e cada uma de nós, o momento de deixar este mundo. A melhor opção, sem dúvida, nesse sentido é lembrarmos dos santos e santas. São eles que apontam para nós como podemos chegar àquela meta que eles já atingiram. Há pouco mais de três meses, meu pai foi chamado por Deus para a vida eterna. Ele herdou da sua mãe, nossa avó paterna, uma grande devoção a Santa Terezinha do Menino Jesus. Pouco antes de morrer, pedia que lhe fosse vestida uma camiseta com a estampa dessa santa. Encontrava nela coragem, esperança, para a hora da partida que, com certeza, sentia aproximar-se. O mesmo devemos fazer nós, sem deixar para depois. Sabemos como são inseguros os nossos dias. Além disso, não sabemos o dia, a hora, que Deus planejou para este nosso último chamado. Por outro lado, muito mais do que uma roupa externa, revistamo-nos da fé, da esperança e da caridade. Nunca é demais lembrar a advertência do Senhor: “Portanto, vigiai, pois não sabeis o dia, tampouco a hora em que o Filho do homem chegará” (Mt 25,13)!

Foto: Reprodução/Internet

Foto: Arquivo pessoal

O Dia de Finados para a Igreja e para todos nós

Nos últimos anos a música na igreja têm sofrido uma grande transformação, tanto na sua prática quanto no seu conceito. Se antes se pensava na música tradicional dos encontros dominicais, hoje percebemos que ela pode ser executada como forma de louvor e adoração nos mais diversos momentos das celebrações, ao som das guitarras e instrumentos de percussão, traduzindo, além do que a letra nos ensina, um sentimento de liberdade em relação ao ato de aproximar-nos de Deus. A Bíblia nos apresenta várias passagens que nos mostram a importância da música na evangelização, que reforçam a ideia da música como meio de instrução e de oração. Nesse sentido, o “Ministério de Música” tem o importante papel de colaborar no crescimento espiritual da igreja, permitindo um encontro intra e interpessoal que venha a atender as necessidades do povo de Deus, de maneira que todos possam expressar a fé e se aproximar de Cristo de forma comum. Quando o Ministério de Música e a comunidade sentem e praticam isso, criamos nas celebrações mais um caminho para nos aproximar do que lá fomos buscar. A música deixa de ser apenas uma parte da celebração, e se transforma em caminho de oração, assumindo o papel de nos transportar à presença do Altíssimo e fazendo com que sejamos capazes de sentir o poder o Espírito Santo que em nós habita. Músicas com letras que façam pensar, que façam sentir. Deus nos convida a sermos seus instrumentos. Eu escolhi por meio da música, profetizar, evangelizar e levar às pessoas a Palavra de Deus que me faz sentir parte da messe que O acompanha, me aproxima das pessoas e me faz enxergar o outro como irmão. Ouvir a voz da igreja entoando-se à minha, faz com que me remeta à harmonia celestial, ao som de anjos na Terra, onde ao mesmo tempo em que regem o coro das pessoas de fé, nos proporcionam a tão almejada paz que o nosso coração precisa. Que a nossa música seja uma “Prece em Canto”!

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CEDROS|SC

Igreja

Dia do músico

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Imaculada Conceição refere-se a um dogma que a Igreja declarou a concepção da Virgem Maria sem mancha do pecado original. Desde o início de sua existência, a Virgem Maria foi preservada do pecado pela graça de Deus. O dogma declara também que a vida da Virgem Maria transcorreu completamente livre do pecado. Santa Bernadete Soubirous (1844-1879), a jovem que viu Nossa Senhora em Lourdes, disse que Nossa Senhora se auto definiu dizendo assim: “Eu sou a Imaculada Conceição”. Isso aconteceu em 1858, apenas quatro anos após a definição do dogma. No dia 8 de dezembro de 1854, dia da festa, o Papa Pio IX, com a Bula intitulada Deus Inefável, definiu oficialmente o dogma da Santa Imaculada Conceição de Maria. Durante séculos os teólogos discutiram sobre como Maria poderia ter sido preservada da mancha do pecado original, salvaguardando a doutrina da redenção operada por Cristo em favor de todas as criaturas. Foi o bem-aventurado franciscano Duns Scoto, no século XIII, que encontrou o argumento sobre a conveniência da Conceição Imaculada de Maria: “Deus podia criá-la sem mancha, porque a Deus nada é impossível (Lc 1,37); convinha que Deus a criasse sem mancha, porque estava predestinada a ser a Mãe do Filho de Deus; e se Deus podia, se convinha, Deus a criou isenta do pecado original, ou seja, Imaculada”. Diante desta sutil argumentação, os teólogos concordaram em aceitar a doutrina. De fato, a partir disso, a doutrina da Imaculada Conceição fez também rápidos progressos na consciência dos fiéis.

Sempre que precisarmos podemos recorrer a Maria com toda a confiança, justamente porque ela é Imaculada, sem mancha, sem pecado, sem impurezas. Ela é cheia, plena, repleta da graça de Deus e, por isso, pode ouvir nossos pedidos e súplicas e apresentá-los ao Pai, diante de quem ela está no céu. Nossa mãe celestial nos ama com um amor puro, santo e divino. Assim, com esta confiança, recorramos a ela sempre, pois ela intercede por nós. Através desta oração podemos pedir a ela que olhe por nós, nos guarde e nos ilumine: Virgem Santíssima, que fostes concebida sem o pecado original e por isto merecestes o título de Nossa Senhora da Imaculada Conceição e por terdes evitado todos os outros pecados, o Anjo Gabriel vos saudou com as belas palavras: Ave Maria, cheia de graça; nós vos pedimos que nos alcanceis do vosso divino Filho o auxílio necessário para vencermos as tentações e evitarmos os pecados e, já que vós chamamos de Mãe, atendei-nos com carinho maternal e ajudai-nos a viver como dignos filhos vossos. Nossa Senhora da Imaculada Conceição, rogai por nós. Por Morgana Maria Bona Bertoldi

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RIFA

CEDROS|SC

Reunião

A importância da assembleia de pastoral A assembleia paroquial de pastoral é a reunião dos Coordenadores, agentes de pastoral e representantes da comunidade, com seus pastores (sacerdotes). Por isso, é fundamental a participação e a comunhão de todos, em vista de nossa missão evangelizadora. Todos, somos chamados a ser Igreja, todos, somos chamados a sermos discípulos-missionários de Jesus Cristo, e todos somos chamados a agirmos em comunhão. Isto porque, o “Ide” que caracteriza o mandato missionário pressupõe a vida em comunidade e o trabalho conjunto de lançar as redes. Somente em comunhão é possível realizar a missão que o Senhor confiou à sua Igreja, respondendo aos desafios de nossa realidade social e eclesial. Uma Assembleia Paroquial é o lugar mais indicado para ouvirmos os gritos de nossas lideranças, traduzilos de necessidades para ações concretas. Estas, tem como meta a formação e dinamização de nossa Igreja enquanto rede de comunidades missionárias. Sendo assim, nossa assembleia de pastoral que irá se realizar no dia 12 de novembro, tem a missão de celebrar os frutos da ação evangelizadora de nossa paróquia, bem como avaliar a caminhada feita e lançar luzes para o futuro.

Novo Diácono

Por Pe. José Vidalvino Fontanela da Silva

Por José Cardoso Bressanini

Ajude-nos a conquistar um novo som!

A liturgia é a comunicação do mistério de Deus. Para que haja uma boa comunicação nas celebrações é preciso ter um bom equipamento de som, onde todos os fiéis possam compreender com clareza a mensagem de Deus. Foi pensando nisso que a coordenação vem pedir a sua colaboração da aquisição da rifa para ajudar a trocar o som da igreja matriz. A rifa será sorteada no dia 11 de dezembro de 2016, às 18h, data que teremos a alegria de entregar a chave e os documentos deste carro (foto) para um sortudo.

Acampamento juvenil/sênior Entre 4 e 8 de janeiro de 2017, acontecerá a sétima edição do acampamento juvenil/sênior da Paróquia Imaculada Conceição. Será a sua oportunidade de começar o ano dando um novo rumo em sua vida. A oportunidade de começar uma vida nova. Venha participar! As inscrições acontecem de 7 a 27 de novembro 2016.

Por Pe. José Vidalvino Fontanela da Silva

Ordenação diaconal de José Bressanini O seminarista José Bressanini nasceu em 4 de março de 1988, em Blumenau, filho de Adenildo Bressanini e Arlete Coelho Cardoso. Ingressou no seminário menor da Diocese de Blumenau Mãe de Jesus em julho de 2005. De 2006 a 2008 fez o curso de Filosofia na faculdade São Luiz, em Brusque. Em 2009, iniciou os estudos teológicos no Instituto Teológico de Santa Catarina (ITESC), em Florianópolis. Concluindo os estudos em 2015, iniciou o estágio pastoral, na paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição em Rio dos Cedros. José junto ao seminarista Fernando Steffens, se ordenou diácono transitório no dia 16 de outubro. A Paróquia Imaculada Conceição e a Diocese de Blumenau

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Foto: Arquivo pessoal

Foto: Repreodução internet

Vida Pastoral

A IMACULADA

se alegram com os novos diáconos que em breve serão ordenados sacerdotes para a Igreja diocesana. Serão dois novos sacerdotes para a Diocese de Blumenau. O diácono José continuará trabalhando pastoralmente em nossa paróquia. Vamos rezar pedindo ao Senhor da messe que mande mais vocações para a nossa Igreja.

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Infantil

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Para bem se preparar para o nascimento do menino Jesus, a Igreja inicia em novembro as preparações para o tempo litúrgico do Advento (adventus), palavra do Latim que significa vinda ou chegada. Geralmente quando as pessoas esperam por alguém importante costumam arrumar muito bem sua casa, preparam o ambiente, cozinham as melhores refeições, servem os melhores pratos e talheres, entre outras coisas. No Advento não é diferente, pois a Igreja toda se prepara durante quatro semanas para a chegada de Jesus. Durante essas semanas que antecendem o Natal, o preparo e a expectativa do nascimento, de uma nova esperança toma conta das pessoas. A igreja é preparada, a liturgia, os cantos, entre outros. O advento busca preparar e orientar o povo para o “caminho da luz”. Luz representada nesse contexto por uma coroa de quatro velas: azul, roxa, verde e branco. À medida que o Natal se aproxima uma vela por vez é acesa durante a celebração dominical, como forma de concretização de que Cristo, assim como as velas, está trazendo a chama necessária para iluminar a vida do Seu povo. O Catecismo da Igreja Católica orienta que: “Ao celebrar cada ano a liturgia do Advento, a Igreja atualiza esta espera

do Messias: comungando com a longa preparação da primeira vinda do Salvador. Pela celebração da natividade e do martírio do precursor, a Igreja se une a seu desejo: ‘É preciso que Ele cresça e que eu diminua’ (Jo 3,30)” (CIC 524). A luz de Cristo vem para renovar as forças, revigorar o servir de todos os paroquianos. A espiritualidade vivenciada nesse tempo litúrgico remete ao tempo de espera, o Kairós, um tempo de graça. Pois para que Cristo nascesse foram necessários anos de preparação, com sinais, sacrifícios, profetas enviados por Deus para confirmar no coração do povo que o Verbo encarnado viria a terra. Firmado na Palavra em João 1,14: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade”. Que desta forma, a Paróquia Imaculada Conceição consciente de que o Advento é um caminho de preparo para a vinda do Salvador, possa viver e respirar, de fato, a cada celebração, cada vela iluminada, um acender da chama de Deus em todo coração, que bate ansiosamente por um novo encontro real e verdadeiro com Seu filho Jesus Cristo. Por Arcanjo Comunicação Católica


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