EDIÇÃO 109 | FEVEREIRO E MARÇO DE 2021
Um mês de conversão! POR AGÊNCIA ARCANJO
Trazemos, nesta edição, uma reflexão sobre o tempo da Quaresma. A situação nos impõe uma maneira diferente de vivermos esse momento, prezando pela saúde, com uma série de cuidados e atenção às atitudes fundamentais para prevenir o contágio da Covid-19. Confira os detalhes na página 10. Neste ano, celebrando os 150 anos do Decreto Quemadmodum Deus, o Papa Francisco convocou o “Ano de São José” com a Carta Apostólica “Patris Corde – Com coração de Pai”, publicada no dia 8 de dezembro de 2020. Leia mais sobre este ano especial no caderno “Espiritualidade”. E, ainda sobre o ano de São José, veja nesta edição como ficarão as celebrações ao dia deste santo tão especial. Confira mais detalhes sobre a Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2021, com o tema “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor” e o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade”. Conheça os dois novos sacerdotes acolhidos em nossa Matriz: Pe. Paulo Vanderlei Riffel e Pe. Cristiano Tiago Araújo. Em fevereiro, celebramos o Dia de Nossa Senhora de Lourdes. Confira como foi, juntamente com outros acontecimentos de nossa paróquia e comunidades.
Boa leitura!
PALAVRA DO PÁROCO
PE. DIOMAR ROMANIV, SCJ
Queridos paroquianos, Durante a pandemia que estamos vivendo, uma das palavras que mais ouvimos é a palavra isolamento. A Quaresma é um tempo de isolamento espiritual! O tempo quaresmal nos convida ao isolamento para que, afastados do mundo e das coisas do mundo, evitemos ser contaminados pelo pecado e, se contaminados pelo pecado estivermos, evitemos espalhar o mal e fazer outros pecarem! É tempo oportuno para nos ensinar novos hábitos e para recuperar valores humanos e cristãos que, por vezes, deixamos para trás – eis, portanto, um tempo de conversão, de voltarmos para Deus com todo o nosso coração (cf. Jl 2,12)! Ao afastar-se das coisas do mundo para viver este retiro quaresmal, deverá sobrar bastante tempo e precisaremos saber como nos ocupar com ele; a proposta bíblica é para que estejamos mais perto do Senhor benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia (cf Jl 2,13) e nos ocupemos com a oração, o jejum e caridade, feita com intensidade e discrição, numa atitude de intimidade com o Pai, que tudo vê e tudo acompanha (cf. Mt 6,1-6.16-18). Além do isolamento social, a pandemia exige de nós certos cuidados de proteção como o uso da máscara, do álcool e evitando o contato com as pessoas! Essas três atitudes também podem inspirar-nos para viver bem a quaresma. A máscara, que tapa nossa boca, lembra da importância do silêncio na quaresma. Adverte-nos para a boca que deve se fechar para não falar demais, não promover intrigas nem fofocas, não dizer palavrões e não espalhar o mal. Ajuda-nos a evitar a gula e os tantos e diversos vícios! O álcool purificador nos recorda que “neste tempo favorável, que neste dia de salvação” (2 Cor 6,2), devemos purificar nossas mãos para não fazer nenhum mal; devemos purificar nossos olhos para não olhar com maldade e malícia; devemos purificar nosso coração para não guardar sentimentos nem desejos maus; devemos purificar nossos pés para que não nos levem aos lugares longe de Deus; devemos purificar nosso corpo para que não esteja contaminado pelo pecado! Evitemos o contato com pessoas que nos levam a pecar; evitemos o convívio com aquelas pessoas que despertam em nós o mal e colocam em risco a nossa salvação! Nestes dias quaresmais, através dos exercícios e dos cuidados que tomaremos, o Senhor, na imensidão do seu amor, haverá de nos purificar; nos lavará todo inteiro do pecado; apagará completamente a nossa culpa; criará em nós um coração puro; nos dará de novo um espírito decidido! (cf. Sl 50).
IGREJA
POR GUÉDRIA MOTTA
Campanha da Fraternidade 2021 Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor A Quaresma é um tempo de conversão individual e, já no primeiro dia desta caminhada, durante a Quarta-Feira de Cinzas, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tradicionalmente lança a Campanha da Fraternidade que, em 2021, é ecumênica e incentiva o diálogo para a promoção da paz. Por essa razão, a Paróquia São Luís Gonzaga, através de seus meios de comunicação, abordará o tema “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor” durante todo o ano, refletindo os diferentes eixos apontados pelo Texto-Base, à luz do que se vive em Brusque. “O objetivo geral da Campanha da Fraternidade (CF) este ano é avaliar, pensar e identificar caminhos para superar as polarizações e violências, através do diálogo, testemunhando unidade na diversidade”, explica o pároco, padre Diomar Romaniv. Um trecho da oração da CF 2021 diz assim: “Ajuda-nos a testemunhar a beleza do diálogo como compromisso de amor, criando pontes que unem, em vez de muros que separam e geram a indiferença e o ódio”. “Queremos criar pontes que nos aproximam dos outros, através da fraternidade. Como Igreja, vamos olhar para a realidade do nosso povo e buscar elementos que nos ajudem a superar a violência. Em março, conforme o tema já proposto pelo Papa Francisco no mês anterior, vamos avaliar o cuidado com as mulheres, para que sejam protegidas pela sociedade e tenham seus sofrimentos superados”, detalha o pároco.
IGREJA
POR GUÉDRIA MOTTA
Para superar a violência contra a mulher Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram um aumento no número de violência contra a mulher. São 5% a mais de denúncias de lesão corporal, totalizando 266 mil casos no país. Em relação a 2019 também foi registrado um aumento de 3,8% no acionamento da Polícia Militar e 7% a mais de feminicídios. “Uma sociedade de paz é fundamentada no diálogo e na fraternidade. Para que nós tenhamos paz, precisamos nos importar com o outro. Quando falamos em violência contra a mulher, é importante saber que o problema também é nosso. Não devemos fechar os olhos porque isso não é uma questão privada. A violência diz respeito à sociedade como um todo e não podemos permitir que essas situações se perpetuem diante de nossos olhos”, afirma a psicóloga da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso de Brusque, Aline Pozzolo Batista. A profissional orienta que, diante da suspeita de violência doméstica, o melhor a se fazer é conversar, acolher e apoiar a vítima. Ao mesmo tempo, é importante incentivá-la à denúncia e ao conhecimento de seus direitos.
“Caso a mulher não queira denunciar, por medo ou outra razão, denuncie você. Isso pode ser feito de forma anônima, basta discar 180 ou 181. É importante que a violência saia das quatro paredes e se transforme em denúncia. Todos nós somos convidados a construir uma sociedade mais justa, fundamentada na paz”, ressalta Aline.
GERAL
POR JULIANE FERREIRA
2021: ano de São José E no mês de março, como ficam as comemorações ao Dia de São José? Para celebrar os 150 anos da declaração do Esposo de Maria como Padroeiro da Igreja Católica, o Papa Francisco convocou 2021 para o “Ano de São José”. Logo, o Dia de São José é comemorado anualmente em 19 de março, celebrando a figura do “pai terreno” de Jesus Cristo e esposo de Maria. Para festejar esta data de forma especial, na semana de 15 a 19 de março, serão realizadas na paróquia, celebrações homenageando-o. Dia 19 de março, ocorrerá a missa festiva na matriz e, no dia seguinte, 20, missa solene na comunidade São José Operário, da Primeiro de Maio. Esta missa contará com a presença dos fundadores da capela, como forma de homenagear além do Santo do ano, os fiéis que idealizaram e edificaram uma capela dedicada a ele.
GERAL
POR GUÉDRIA MOTTA
Inicia a revitalização do complexo paroquial Obras estiveram concentradas no Salão de Festa e Centro Catequético A Paróquia São Luís Gonzaga já está executando as primeiras obras previstas no grande projeto de revitalização de todo o complexo paroquial. Os esforços iniciais se concetraram no salão de festas, centro catequético e de atividades pastorais, visando a adequação do prédio às normas vigentes de acessibilidade e segurança. “É uma estrutura que precisou ser reorganizada para atender as necessidades pastorais que temos hoje. Uma delas é o número maior de salas para a catequese e formações. Hoje, a Iniciação à Vida Cristã (IVC), que prepara crianças, adolescentes e jovens para receberem os sacramentos, é um processo contínuo de cinco anos. Da mesma forma, a Catequese para Noivos é formada por 10 encontros e a Catequese de Batismo, por quatro encontros. Isso demanda espaço e um número significativo de salas”, explica o pároco, padre Diomar Romaniv. A pandemia da Covid-19 contribuiu para o início das obras, já que desde março de 2020, não há concentração de pessoas no local. “Fizemos as divisões das salas maiores e quase duplicamos o número de salas disponíveis. Estruturamos cada uma no contexto da Iniciação à Vida Cristã, com uma mesa ao centro e cadeiras em volta, um lugar específico para o anúncio da Palavra de Deus e uma frase para inspiração das pessoas que ali estão”, conta padre Diomar. Segundo ele, esta primeira intervenção ainda é pequena diante de tudo que precisa ser feito, incluindo o estacionamento do complexo paroquial. “No salão também temos agora três grandes salas multiuso, que facilitarão encontros maiores. Além disso, logo ao lado, está o nosso auditório, que comporta quase 500 pessoas”, lembra o pároco.
ENTREVISTA
POR GUÉDRIA MOTTA
Foto: Arquivo pessoal
‘Fratelli tutti – todos somos irmãos’ Padre Silvano João da Costa fala sobre a Encíclica de Papa Francisco Revista A Palavra
O que nos ensina a mansidão de São Francisco de Assis?
Padre Silvano João da Costa: O Papa Francisco escolheu como seu nome de
pontificado Francisco, tendo como exemplo Francisco de Assis. A mansidão de Francisco se caracteriza pela abertura, por ver no outro não aquilo que é o diferente que exclui, que distancia, mas o diferente que aproxima. Aquilo que o outro tem de diferente, faz me aproximar dele e me aproximar de Deus. Então a mansidão de Francisco se dá nesta abertura para o diálogo, para a escuta, que faz com que o ser humano se aproxime do outro como quem tem algo a aprender, como que esse outro tem algo também a nos dizer. Revista A Palavra
Pensamos ter aprendido com o passado, mas persistem os conflitos, os preconceitos, a polarização, a falta de respeito com o meio ambiente. Existe um caminho rumo à unidade?
Padre Silvano João da Costa: Desde Jesus, e o Papa Francisco nos relata na
encíclica também, o grande caminho é a abertura ao diálogo. O Papa vai usar o exemplo da história do Bom Samaritano, aquele que encontra o ferido pelo caminho e tem compaixão. Todos temos limites e todos temos qualidades. O que exclui é quando eu me aproximo e me apego aos limites do outro e aí eu vou viver sempre cobrando do outro. Agora, quando eu vejo aquilo que ele já é, o que ele já tem de qualidades, isso me aproxima, isso faz com que o diálogo surja, faz com que a gente possa ser um, porque todos somos filhos de Deus.
Revista A Palavra
O que o Papa nos fala, através da encíclica, sobre nossa apatia ao sofrimento do outro?
Padre Silvano João da Costa: O grande ponto é a apatia. Hoje se tem a indiferença
com a dor do outro. Vivemos no automático, e isso o Papa vem dizer que é o grande ruído da sociedade de hoje, o grande desperdício, porque a indiferença do rosto do outro, faz com que não exista o crescimento do ser humano. O outro na minha vida exige de mim um crescimento. Reconhecer o outro é ver também em mim o que está faltando. Quando você olha para o espelho, você se arruma, se ajeita e pode dizer ‘puxa, eu olhando aqui nesse espelho posso ver em mim o que está faltando, o que precisa ser organizado na minha vida’. O outro é um espelho na nossa vida e, às vezes, as pessoas não querem esse espelho, o sofrimento do outro já não me afeta mais. Essa é a grande crise, a indiferença, o individualismo, que o Papa vai combater. Precisamos ultrapassar isso, precisamos ser pessoas com altruísmo, que se compadecem com a dor do outro. Precisamos ser o Bom Samaritano, que no caminho percebe. Hoje vivemos uma crise de percepção, não percebemos mais o outro que comigo caminha.
ENTREVISTA
POR GUÉDRIA MOTTA
Revista A Palavra
Nossa cidade hoje tem o rosto do migrante. O que a encíclica do Papa nos ensina sobre ele?
Padre Silvano João da Costa: O Bom Samaritano não fez o bem somente para
aquele que estava ferido no caminho. E se nos perguntarmos o que de bem e de bom fez o ferido para o Bom Samaritano? Quando a gente ajuda alguém nos sentimos bem, como é bom ver o outro feliz por causa de um gesto, de uma atitude que tivemos. E quando a nossa cidade acolhe o migrante, acolhe as pessoas que estão em sofrimento, dá a esta pessoa um acalento, uma segurança, a possibilidade de sonhar, de constituir a sua família, uma terra, um emprego. Mais do que nós ajudarmos esses que vêm à nossa cidade, o quanto que essas pessoas também nos ajudam e aqui precisamos ter memória, porque muitos de nós somos filhos de imigrantes, italianos, alemães, portugueses, que vieram para cá e foram acolhidos nessa terra. Então estamos fazendo o mesmo que fizeram por nossos avós, bisavós, tataravós, acolhendo e dando a eles possibilidade de se realizarem enquanto pessoas.
Revista A Palavra
O que o Papa chama de “amor político”?
Padre Silvano João da Costa: Amor político é o amor do diálogo. O Papa pede que
nós tenhamos um equilíbrio, que só se dá com pessoas que sabem dialogar. Ninguém tem a verdade só para si, mas a verdade se constrói com o diálogo. Lembro muito bem que Jesus tem essa pedagogia da pergunta, ele vai questionando, e à medida que as respostas vão surgindo, ali vão surgindo as certezas de uma caminhada. A nossa política o Papa diz que tem que ser caminhada nisso, não na polarização, mas no diálogo que coloque o ser humano e sua dignidade como princípio, como fim. Isto é, a dignidade à vida. Então a política que não gera vida não pode ser dita que é um ato político, porque a política tem que gerar o bem comum, a solidariedade, a subsidiariedade, a fraternidade. E o Papa vai condenar todo extremismo que traz para uma pessoa o ter a verdade em si, pois a verdade está no encontro com o outro, na vivência da sociedade. E a organização de uma sociedade no âmbito da política se constrói quando eu tenho os meus ouvidos para ouvir, uma boca para dialogar e ali então o coração para encontrar a verdade que possa dignificar o ser humano.
Revista A Palavra
É possível estabelecer uma relação entre a encíclica do Papa e a Campanha da Fraternidade de 2021?
Padre Silvano João da Costa: A Campanha da Fraternidade nos pede o diálogo
pelo amor. E o amor está presente em tudo. A mensagem de Jesus em todas as religiões está baseada no amor. E quando o Papa coloca ‘Fratelli tutti – todos somos irmãos’, somos irmãos pelo amor, o amor que nos gerou, o amor que irá nos acolher um dia, o amor que caminha conosco. E quando nós agimos por amor, nós falamos por amor, tudo se torna mais ameno, menos pesado. Então a Campanha da Fraternidade pede de cada um de nós esse amor, um amor que é dialogado, um amor que pode ser compreendido como essência de tudo. Tiveram alguns intérpretes da Sagrada Escritura que disseram que Pentecostes, a linguagem única, era o amor. Como que todos compreendiam outros falando diversas línguas e entendiam aquilo que falavam? E uma das interpretações que se dá é porque a linguagem do amor é universal. E vejo isso: o amor se reconhece em qualquer idioma, em qualquer religião, em qualquer situação que a gente está.
POR AGÊNCIA ARCANJO
A pandemia do coronavírus (Covid-19) alterou muitas realidades. No âmbito litúrgico não foi diferente. Neste momento de Quaresma, a situação nos impõe uma maneira diferente de vivermos este tempo, prezando pela saúde, com uma série de cuidados e atenção às atitudes fundamentais para prevenir o contágio da doença. Em tempos sem pandemia, viveríamos as atividades especiais paroquiais, como procissões, confissões, via-sacra, missas especiais, grupos de oração, adoração, entre outros. Porém, mesmo tudo isto não sendo possível, não devemos deixar de lado nossa espiritualidade, mas sim, continuarmos a adaptar esse período à nossa realidade: vivendo esse tempo de interiorização de maneira resguardada. A Quaresma é o tempo que a Igreja nos proporciona para que possamos preparar nossos corações para a celebração maior do cristianismo, que é a Páscoa do Senhor. Assim como o Natal possui um tempo de preparação com o advento, a Páscoa também é precedida por um período de preparação, a Quaresma - tempo constituído por quarenta dias antes do Tríduo Pascal. O tempo quaresmal é marcado por um tripé que sustenta nossa vida interior. Este tripé é formado pela oração, pelo jejum e pela caridade. Devemos aproveitar este tempo para intensificar nossa vida de oração e nossa espiritualidade, para nos prepararmos da melhor forma para a Páscoa de Jesus.
#Oração Na Quaresma, cada um de nós é convidado a praticar a oração e refletir sobre a vida, as atitudes diárias, sempre buscando a conversão. É na oração que nos dedicamos à reflexão e à meditação da Palavra de Deus, para recordarmos o sacrifício de Jesus Cristo. O tempo quaresmal é o momento da oração que nos leva à aproximação, à escuta e ao conhecimento do grande amor à Jesus pelas pessoas, pois vivendo uma vida de oração, entendemos o verdadeiro propósito que Deus tem para nossa vida e, assim, amamos Sua vontade.
#Jejum
“
Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choros, e com pranto
“
(Joel 2,12)
O jejum é uma forma de penitência interior, tendo o poder de interferir em nosso espírito, corpo e alma, para que possamos nos deixar ser guiados pelo Espírito e não pelos desejos da carne. A prática do jejum aflige nossa alma, para que tenhamos um domínio maior das nossas emoções e não sejamos dominados por ela.
#Caridade Somos reconhecidos como cristãos por meio do amor a Deus e ao próximo. Porém, o egoísmo e a falta de atitude perante as necessidades dos irmãos são grandes! A Quaresma nos leva a refletir desde pequenas a grandes obras misericordiosas e nos propõe um aspecto da vivência da caridade e da solidariedade fraterna. Uma forma de colocar a caridade em prática, é verificando as necessidades do próximo ou, até mesmo, de sua própria comunidade. Seja realizando doações ou se tornando voluntário em uma pastoral, a prática da caridade é uma atitude que pode transformar a vivência do tempo quaresmal.
ESPIRITUALIDADE
POR AGÊNCIA ARCANJO
Carta Apostólica Patris Corde, de Papa Francisco
Por ocasião do 150º aniversário da declaração de São José como padroeiro universal da Igreja Celebrando os 150 anos do Decreto Quemadmodum Deus, o Papa Francisco convocou o “Ano de São José” com a Carta Apostólica “Patris Corde – Com coração de Pai”, publicada no dia 8 de dezembro de 2020. No documento, o pontífice partilha 7 reflexões pessoais sobre São José, essa figura extraordinária, tão próxima da condição humana de cada um de nós.
1. Pai amado A grandeza de São José consiste, sobretudo, sobre ele ser o pai putativo de Jesus e esposo da Santíssima Virgem Maria. Por esse papel, São José foi um santo sempre amado pelo povo cristão. Com numerosas igrejas por todo o mundo, o povo confirma esse amor. O pontífice aponta sobre a devoção de muitos santos por São José. “Muitos Santos e Santas foram seus devotos apaixonados, entre os quais se conta Teresa de Ávila que o adotou como advogado e intercessor, recomendando-se instantemente a São José e recebendo todas as graças que lhe pedia; animada pela própria experiência, a Santa persuadia os outros a serem igualmente devotos dele”, fala.
2. Pai na ternura Com grande amor e devoção, José observou Jesus crescer, em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e de seu povo. Segundo o Papa, “A ternura é a melhor forma para tocar o que há de frágil em nós. Muitas vezes o dedo em riste e o juízo que fazemos a respeito dos outros são sinal da incapacidade de acolher dentro de nós mesmos a nossa própria fraqueza, a nossa fragilidade. Só a ternura nos salvará da obra do Acusador (cf. Ap 12, 10). Por isso, é importante encontrar a Misericórdia de Deus, especialmente no sacramento da Reconciliação, fazendo uma experiência de verdade e ternura”.
3. Pai na obediência Assim como Deus fez com Maria, fez com José, apresentando-lhe seu plano de salvação e revelando a José seus propósitos por meio de sonhos. Angustiado com a gravidez inexplicável de Maria, José recebe ajuda do anjo para compreender seu grave dilema e incômodo com as circunstâncias. Após entender a situação, superou seu drama e salvou Maria, obedecendo a todos os pedidos de Deus.
ESPIRITUALIDADE
POR AGÊNCIA ARCANJO
4. Pai no acolhimento José, então, acolhe Maria e confia nas palavras do anjo. “A nobreza do seu coração fá-lo subordinar à caridade aquilo que aprendera com a lei; e hoje, neste mundo onde é patente a violência psicológica, verbal e física contra a mulher, José apresenta-se como figura de homem respeitoso, delicado que, mesmo não dispondo de todas as informações, se decide pela honra, dignidade e vida de Maria. E, na sua dúvida sobre o melhor a fazer, Deus ajudou-o a escolher iluminando o seu discernimento”.
5. Pai com coragem criativa Outra caraterística importante é sua tamanha coragem criativa. Ela se pronuncia e vem do alto, sobretudo nas dificuldades. Às vezes, são precisamente as dificuldades que fazem sair de cada um de nós recursos que nem pensávamos ter.
6. Pai trabalhador Um aspeto que caracteriza São José é a sua relação com o trabalho. São José era um carpinteiro que trabalhava honestamente para garantir o sustento da sua família. Com ele, Jesus aprendeu o valor, a dignidade e a alegria do que significa comer o pão fruto do próprio trabalho.
7. Pai na sombra No documento, o Papa Francisco cita o escritor polaco Jan Dobraczyński, que em seu livro A Sombra do Pai, narrou a vida de São José em forma de romance. Com a sugestiva imagem da sombra, apresenta a figura de José, que é, para Jesus, a sombra na terra do Pai celeste: guarda-O, protege-O, segue os seus passos sem nunca se afastar d’Ele. Ainda segundo o pontífice “Não se nasce pai, torna-se tal... E não se torna pai, apenas porque se colocou no mundo um filho, mas porque se cuida responsavelmente dele. Sempre que alguém assume a responsabilidade pela vida de outrem, em certo sentido exercita a paternidade a seu respeito”.
Com coração de pai: assim José amou a Jesus, designado nos quatro Evangelhos como “o filho de José”.
Paróquia São Luís Gonzaga recebe dois novos sacerdotes Em 31 de janeiro, às 19h, na igreja Matriz, a Paróquia São Luís Gonzaga celebrou a missa de acolhida de seus dois novos sacerdotes: Pe. Paulo Vanderlei Riffel e Pe. Cristiano Tiago Araújo. Assim como o pároco, padre Diomar Romaniv e os outros três vigários paroquiais, Pe. Flávio Morelli, Pe. Adilson José Colombi e Pe. Carlos Marcos Nicolodelli, os dois religiosos Dehonianos devem assumir a missão pastoral, na Matriz e Comunidades.
Padre Paulo tem 50 anos e é natural
de Boa Vista do Buricá (RS). Em 21 de dezembro de 2020, ele completou 18 anos de sacerdócio e, nesta caminhada de serviço, esteve sempre envolvido como o Apostolado Paroquial. “Me sinto feliz por ter sido agraciado com a vida religiosa Dehoniana. E a graça de servir a Cristo como sacerdote nas comunidades e famílias”, afirma.
Em Brusque, padre Paulo morou entre 1993 e 1996, ainda no período formativo. Após a ordenação foram seis anos de serviço em Crissiumal (RS), cinco anos na Diocese de Joinville e mais sete anos junto à Arquidiocese de Florianópolis. Nesses últimos quatro anos, padre Paulo foi pároco em Botuverá. “É a primeira vez que trabalho em uma Paróquia com 12 Comunidades, em uma cidade toda urbana. Mas venho com ânimo e alegria, para servir a igreja local e me unir à comunidade religiosa. Estou contente e confio em Deus para servir como sacerdote, religioso e ser presença de Sua graça às pessoas”, enfatiza.
Padre Cristiano Tiago tem 34 anos, é natural de Guaramirim (SC) e foi ordenado em 19 de dezembro de 2020, pela imposição de mãos de Dom Francisco Carlos Bach, bispo da diocese de Joinville. Ele morou em Brusque entre os anos de 2011 e 2014, enquanto acadêmico de Filosofia e agora retorna à cidade para sua primeira missão.
“Entre 2011 e 2013 morei no Convento SCJ. Foi um tempo maravilhoso, de grandes aprendizados. A caminhada formativa é sempre uma proposta que necessita de adesão. O ano de 2014, na Casa Padre Dehon, foi igualmente intenso. Ali a dimensão psicológica e comunitária foi desenvolvida com mais afinco. Com certeza isso dá ferramentas para que a vida se torne mais leve e, consequentemente, auxilia na vida pastoral e apostólica que somos convidados a viver com o povo de Deus”, destaca Pe. Tiago que, como seminarista, por diversas vezes participou de missas na Paróquia e contribuiu nas festas e eventos realizados. Apesar de ser apenas o início de sua caminhada, o sacerdote chega com o coração aberto para aprender e servir. “Acredito que os desafios de trabalhar como vigário na paróquia São Luís Gonzaga sejam proporcionais à grandeza desta Igreja. Entretanto, da minha parte, todo o trabalho será feito com o zelo e a atenção que o ministério exige. Em outras palavras, aprenderei a ser padre junto com meus confrades e com o povo de Deus, e isso só acontece quando o coração está aberto para acolher. Este é meu sentimento e expectativa para este novo tempo de Deus na minha vida”, ressalta.
Bênção de São Brás.
O Convento Sagrado Coração de Jesus acolheu neste início do ano oito seminaristas, que permanecerão por três anos em Brusque. São eles: Daugmar Kraus (Guaramirim), Felipe Maia (Guarapuava), Felipe Potter (Itajaí), Henrique Silva (Rio Negrinho), Jackson Dognini (Itajaí), João Pedro (Joinville) Marlon Gonçalves (Joinville) e Márcio Rech (São Martinho).
Padre Tiago propõe reflexão durante missa que celebrou a apresentação de Jesus no Templo e a bênção das velas.
Quarta-Feira de Cinzas na igreja Matriz.
O dia de Nossa Senhora de Lourdes, 11 de fevereiro, mais uma vez recebeu uma missa solene na igreja localizada no bairro São Pedro, em Brusque, e que a tem como padroeira. Muitos fiéis fizeram questão de acompanhar a celebração, com um pedido especial: saúde e cura às pessoas doentes, já que a data também celebra o Dia Mundial dos Enfermos. Presidida pelo padre Lúcio Tardivo, da Comunidade Bethânia e concelebrada pelo pároco da Paróquia São Luís Gonzaga, padre Diomar Romaniv, a missa contou com muitos momentos de reflexão.
INFANTIL
POR AGÊNCIA ARCANJO
Estamos vivendo o tempo da QUARESMA. Nesta época, devemos nos preparar para a Páscoa de Jesus, com atos de caridade, oração e jejum (Mt 6,1-6. 16-18).
ANUNCIE AQUI!
mensageirodossonhos.com.br
io Revista
ANUNCIE AQUI!
A Pastoral da Comunicação da Paróquia São Luís Gonzaga realiza uma missão em diferentes áreas. Além da revista, temos programa diário na rádio, transmissão da Santa Missa pela rádio, redes sociais e TV a cabo (TV cidade, TV Brusque e TV Ser). Estamos nas redes sociais (Facebook, Instagram, YouTube). Seu patrocínio nos ajuda neste empenho na evangelização.
ANUNCIE AQUI!
ANUNCIE AQUI!
tt
Esta é uma publicação da Paróquia São Luís Gonzaga, sob responsabilidade do Pe. Diomar Romaniv, scj e da Pascom da Paróquia, situada na Rua Padre Gattone, 75 - Centro, Brusque - SC. www.paroquiasaoluisgonzaga.com
EDIÇÃO Aline F S Oliveira SUGESTÃO DE CONTEÚDO redacao@agenciaarcanjo.com.br www.agenciaarcanjo.com.br facebook.com/agenciaarcanjo (47) 3227-6640
DIAGRAMAÇÃO Tuany Pereira REVISÃO Ariane Miranda