Revista Ícone - Agosto e setembro de 2019 by Agência Arcanjo 2022

REVISTA ÍCONE -

AGOSTO/SETEMBRO 2019

A SERVIÇO DO REINO DE DEUS Por Pe. Vencesla u Nie c kas z

Nasci em Moema, município de Itaiópolis (SC), no dia 16 de fevereiro de 1956. Filho mais velho de Estanislau e Bronislava Hilko Nieckasz (in memoriam). Somos em dois irmãos. Meus pais sempre trabalharam na lavoura. Passamos por muitas dificuldades, porém, nunca se perdeu a esperança. Meus pais eram muito religiosos. O zelo pela religião, o cultivo da oração do terço, a participação nas missas da comunidade, nas celebrações da Palavra, nas novenas da Comunidade, nos grupos de família, foi sempre uma marca da família. Quando compramos o primeiro rádio, foi uma grande conquista, um presente. Além dos programas sociais, se dava valor às missas transmitidas. Aos domingos e dias santos de guarda, sempre ouvíamos a Rádio Aparecida e outras emissoras. Até os 17 anos de idade trabalhei na lavoura. A partir dos 12 para 13 anos, já passava pela cabeça fazer uma experiência em algum seminário. Até esta data tudo o que eu sabia sobre a vida de seminário era através da Revista Entre Amigos dos padres Vicentinos de Curitiba. Esta revista ajudou muito no desenvolvimento de minha vocação. Em 30 de setembro de 1977, dia de São Jerônimo, fui então fazer uma experiência no Seminário São José em Blumenau (SC). Fiquei lá até o final de 1978. Em 1980, entrei no Seminário Divino Espírito Santo de Joinville (SC), formando o primeiro grupo do novo Seminário. Estudei em Joinville até 1984, depois em Brusque (SC) e, finalmente, Teologia, em Florianópolis (SC). Em 12 de fevereiro de 1989 fui ordenado diácono e em 15 de outubro, dia de Santa Tereza D’Ávila, fui ordenado sacerdote, na Matriz Santo Estanislau, em Alto Paraguaçu, por Dom Gregório Warmeling. Até o final daquele ano fui ajudando onde precisava. Em janeiro de 1990, fui auxiliar o Pe. Valdir na Paróquia do Iririú a pedido de Dom Gregório. Em 22 de abril, assumi como pároco. Todo início é difícil. Você está inseguro. Tem muitas ideias, mas pouca prática. O dia a dia da paróquia é diferente do das pastorais em que participava nos fins de semana, como seminarista. Em março de 2000, assumi como pároco da Catedral São Francisco Xavier, permanecendo até maio de 2004, quando fui transferido para ser o primeiro pároco da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, onde estou até a data de hoje.

EXPEDIENTE

EDITORIAL

A Revista Ícone é uma publicação da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, sob a responsabilidade do Pe. Venceslau Nieckasz e, mantida por meio do dízimo dos paroquianos e dos patrocinadores.

O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para evangelizar” (Lc 4,18) O que mais me ajudou foi a meditação da Palavra de Deus, a oração pessoal, a leitura de livros, o incentivo do povo, sua solidariedade, a devoção Mariana, as celebrações. Além disso, a amizade e a fraternidade com vários sacerdotes, tanto diocesanos como religiosos, a consciência da missão, o encontro com pessoas simples, a gratidão das pessoas humildes. Em cada celebração que eu presido sempre lembro o meu lema sacerdotal: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para evangelizar” (Lc 4,18). E com a graça e o amor de Deus, fé e muita oração, meditando e ouvindo a voz do bom pastor, Jesus Cristo, no dia 15 de outubro de 2019, completo 30 anos de vida sacerdotal. Sempre ouvindo, meditando e refletindo sob a luz da Palavra de Deus.

SUGESTÃO DE CONTEÚDO: redacao@agenciaarcanjo.com.br

DIAGRAMAÇÃO: Hannah Cancio

PRODUÇÃO:

www.agenciaarcanjo.com.br facebook/agenciaarcanjo 47 3227.6640

REVISÃO: Larissa Graça

TIRAGEM: 2.000 exemplares

Foto capa: Petri Fotos e Filmagens

REDAÇÃO: Taty Feuser

IMPRESSÃO: Gráfica Volpato

REVISTA ÍCONE -

AGOSTO/SETEMBRO 2019

IGREJA

BÍBLIA: ALIMENTO DO CRISTÃO Por Agênci a Arcanj o

Setembro é o mês da Bíblia. A Bíblia é como um sacrário, é livro santo, vivo e eficaz sempre atual, inspirado pelo Espírito Santo, livro inesgotável, pela presença de Deus que se revela, se comunica. A Palavra é motor, move a criação, a história da salvação, a vida e espiritualidade cristã, move a ação e a missão. A Bíblia é pão. Alimento, comida, sustento, delícia doce como o mel. A Bíblia é fonte. É um manancial, um poço, chuva que lava, purifica, sacia. Transforma-se em rio, cascata, oceano do amor de Deus. A Bíblia é luz. Brilha sete vezes mais que o sol. Faz arder o coração, aquece, inflama, ilumina, dissipa as trevas, é esplendor da verdade. A Bíblia é rocha, fundamento, alicerce, segurança, pilar de toda a realidade. Pela Palavra Deus criou todas as coisas. Quem crê e pratica a Palavra constrói sua casa sobre a rocha.

A Bíblia é espada. Transpassa os corações, penetra nas junturas, nos ossos, na medúla. Com esta espada do Espírito combatemos o pecado e todo mal. A espada da Palavra transpassa o coração dos ouvintes. A Bíblia é semente. Somos semeadores da Palavra pelo exemplo e pela pregação. Esta semente que se transforma numa grande árvore e produz muitos frutos. A Bíblia é espelho. Ela reflete o rosto de Jesus. Para ter olhos fixos em Jesus, precisamos ter olhos fixos na Bíblia, desde o amanhecer. Na Bíblia enxergamos a nós mesmos. Ela espelha a nossa vida. Você é voz da Palavra, porque sua vida é o Evangelho em boas obras e boas ações. Ad a pt a çã o d o t ex t o d e D o m O rla ndo B randes

CONHECENDO A FÉ COM PE. ANDERSON Bíblia vem do grego Biblos e significa “Os livros”. A Bíblia Católica contém 73 livros: 46 do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento.

AGOSTO/SETEMBRO 2019

CENTRAL

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P or Agência Arca njo

Instituído em 1981, o Mês Vocacional tem como objetivos conscientizar as comunidades da responsabilidade que elas compartilham no processo vocacional. A cada domingo do mês de agosto, a celebração litúrgica é dedicada a uma vocação específica. É um mês voltado para a reflexão e a oração pelas vocações e os ministérios, de forma a pedir a Deus sacerdotes que sejam verdadeiros pastores e sinais de comunhão e unidade no seio da Igreja. 1º domingo: é o dia das vocações sacerdotais. O sacerdote age em nome de Cristo e é Seu representante dentro da comunidade. Ao padre compete ser pastor e pai espiritual para todos. Pela caridade pastoral, ele deve buscar ser sinal de unidade e contribuir para a edificação e crescimento da comunidade de forma que ela se torne cada vez mais atuante e verdadeira na vivência do Evangelho. 2º domingo: celebramos a vocação da família na pessoa do pai. Em tempos de violência e perda de valores, a valorização da família é essencial para a sociedade como um todo. A família é chamada por Deus a ser testemunha do amor e da fraternidade, colaboradora da obra da criação. O pai na família é fundamental. Seu papel de educador, em colaboração com a mãe, é um dos pilares da unidade e bem-estar familiar cujos frutos são filhos bem formados e conscientes do que significa ser cristão e cidadão. O pai é representante legítimo de Deus perante os filhos e é sua missão conduzi-los nos caminhos de Cristo, da verdade, da justiça e da paz. Cabe aos pais que o amor, a compaixão e a harmonia reinem no lar. 3º domingo: recorda-se a vocação à vida consagrada, ou seja, religiosos, religiosas, consagradas e consagrados nos vários institutos e comunidades de vida apostólica e também nas novas comunidades. Homens e mulheres que consagraram suas vidas a Deus e ao próximo.

[...]não podemos nos esquecer da vocação primeira e mais importante de todas: a vocação à vida cristã e, consequentemente, à santidade!” Desta vocação brotam carismas e atuações que enriquecem nossas comunidades com pessoas que buscam viver verdadeiramente seus votos de castidade, obediência e pobreza. São testemunhos vivos do Evangelho. Perseverantes, os religiosos estão a serviço do povo de Deus por meio da oração, das missões, da educação e das obras de caridade. Com sua vida consagrada, eles demonstram que a vida evangélica é plenamente possível de ser vivida, mesmo em um mundo excessivamente material e consumista. São sinais do amor de Deus e da entrega que o homem é capaz de fazer ao Senhor. 4º domingo: celebramos todos os leigos que, entre família e afazeres, dedicam-se aos trabalhos pastorais e também missionários. Os leigos são colaboradores dos padres na catequese, na liturgia, nos ministérios de música, nas obras de caridade e nas diversas pastorais existentes. Ser leigo atuante é ter consciência do chamado de Deus a participar ativamente da Igreja e do Reino contribuindo para a caminhada e o crescimento das comunidades rumo à Pátria Celeste. Assumir esta vocação é doar-se pelo Evangelho e estar junto a Cristo em sua missão de salvação e redenção. É nesta data que se comemora o Dia dos Catequistas, eles são, por vocação e missão, os grandes promovedores da fé na comunidade cristã preparando crianças, jovens e adultos não só para os sacramentos, mas também para darem testemunho de Cristo e do Evangelho no mundo. Ao participarmos dessas celebrações não podemos nos esquecer da vocação primeira e mais importante de todas: a vocação à vida cristã e, consequentemente, à santidade! Todos somos vocacionados à santidade e fora desse caminho não temos como viver bem qualquer que seja a nossa vocação pessoal.

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AGOSTO/SETEMBRO 2019

CENTRAL

PADRE PE. VALDONÍ NEZZE Deus chama o homem para a vida sacerdotal, que vai acontecendo ao longo da existência. Já no ventre materno o profeta Jeremias foi consagrado para servir a Deus (Jr 1,5). E é assim em relação a todas as pessoas. Uma criança, por exemplo, pode ser chamada por Deus em pequenas atitudes que ela tem mesmo ainda pequena, como ao falar de Jesus, assumir gestos piedosos e até se imaginar e cogitar tornar-se padre ou religiosa. Em relação ao jovem, acontecem muitos questionamentos na hora de tomar decisões sobre o futuro de sua vida, por um lado ele pode pensar na carreira profissional mas, por outro, sentir um chamado a viver uma vida de oração e ainda mais proximidade com Deus, e quem sabe doar-se a realizar trabalhos samaritanos. Deus chama a cada um de nós, precisamos estar atentos aos sinais que Ele apresenta. Silenciar o coração, a mente e na suave brisa ouvir Deus falar.

DIÁCONO PERMANENTE DIÁCONO JIRNEI LUIZ BRACIAK Dado que o diácono é simultaneamente pai e esposo, exerce uma profissão civil e se consagra na comunidade eclesial pelo Sacramento da Ordem, abrange assim três grandes dimensões: familiar, profissional e eclesial. O diácono assume o serviço comum a todos os cristãos, ser sinal sacramental do Cristo servidor. Mas, o discernimento vocacional deve levar em consideração não só critérios objetivos, também requisitos pessoais, espirituais, familiares e comunitários. Como diácono permanente, tenho a graça de servir a Igreja com a certeza de que Deus me chamou pessoalmente a este serviço. Com o apoio e as orações da comunidade, e a compreensão da minha família, coloco o meu ministério nas mãos de Deus, buscando a fidelidade nas orações, no serviço do altar, na pregação da palavra e na caridade.

PAI IVONIR MEURER Ser pai é uma vocação de amor, um dom de Deus. Ser pai é amar incondicionalmente, é uma entrega total. É um chamado para a construção da família e para testemunhar o Cristo. Esse chamado de Deus é um convite a seguir Jesus e ensinar isso aos filhos. Os filhos precisam muito que seu pai testemunhe e viva a vida ensinando os valores e princípios que tanto precisamos nos dias de hoje.

LEIGO

CATEQUISTA – JANI BUDAL

Todos somos chamados pelo Batismo e confirmados pelo Crisma a cooperar com o crescimento da comunidade, colaborando e servindo nos diversos ministérios e movimentos da Santa Igreja. O trabalho dos leigos é fundamental para que se efetive a divulgação e mensagem do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

PASTORAIS E MOVIMENTOS

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AGOSTO/SETEMBRO

2019

PROGRAMAÇÃO SEMANA DA FAMÍLIA - Missa de Abertura da Semana da Família 10 de agosto (sábado) 18h

- Missa Família (vocação e juventude)

“A FAMÍLIA, COMO VAI?” SEMANA NACIONAL DA FAMÍLIA DE 11 A 17 DE AGOSTO Por Zai ra Ap . da Ro s a A lc h ie r i e Marceli no Alchi eri

A família deve ser olhada como a célula central de nossa sociedade, porque é nela que somos concebidos, é nela que nascemos, é nela que nos sentimos pertencentes, nutridos, amados, protegidos e é a partir dela que temos o primeiro contato com o meio comunitário e social. Nossas famílias necessitam compreender e reassumir sua responsabilidade na sociedade, responsabilidade esta de educar, proteger, prover, conduzir os seus. Nossas famílias precisam ter uma direção, um norte com bases sólidas. Indo ao encontro dessa necessidade, anualmente a Pastoral Familiar na Igreja no Brasil dedica uma semana para debater assuntos pertinentes à família e neste ano traz como tema: “A família, como vai?”. Nesta edição, a Semana Nacional da Família quer mostrar a necessidade da família vivenciar uma profunda experiência de Jesus e da Sua Palavra para conseguir vencer os desafios e dificuldades que encontra em seu caminho, e assim compreender seu papel evangelizador na Igreja e na sociedade” (A Hora da Família, 2019). Devemos nos perguntar: E nossa família, como vai? Precisamos conhecer a realidade de nossas famílias, quem são as famílias de nossa comunidade? Como as famílias estão enfrentando os desafios no seu cotidiano? Nossa família tem suporte para lidar com o uso abusivo de substâncias psicoativas? Nossa família está orientada para lidar com questões de gênero? Nossa família conhece e tem acesso às políticas públicas? Enfim estas e outras questões que invadem nossos lares. Responder a estas perguntas é um desafio também para a Igreja nos dias de hoje. O que se percebe é que a família busca e precisa aprofundar cada vez mais a sua missão na Igreja e na sociedade para conquistar um papel decisivo e central.

11 de agosto (domingo) 19h

- Missa pelos familiares falecidos 12 de agosto (segunda-feira) 19h15

- Missa do GBR com procissão luminosa 13 de agosto (terça-feira) 19h15

- Missa da Saúde e bênção dos viúvos 14 de agosto (quarta-feira) 16h

- Missa da Cura “A família, como vai?” 15 de agosto (quinta-feira) 19h15

- Show da Família 16 de agosto (sexta-feira) 19h15

- Missa de Encerramento da Semana da Família 17 de agosto (sábado) 18h

- Casamento Comunitário 17 de agosto (sábado) 19h30

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AGOSTO/SETEMBRO 2019

MISSÕES Os últimos quinze dias antes da celebração jubilar foram marcados por um tempo de graça: as missões. Vários momentos e vivências marcaram este tempo forte. Encontros nas casas, caminhadas, visita aos enfermos, celebrações com casais, crianças, jovens, enfermos etc. E fechando com chave de ouro, chegou até nós, vindo de Roma, o ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro que permanecerá em nossa paróquia.

PRESENÇA REDENTORISTA Durante as duas últimas semanas antes de celebrar o nosso jubileu, a Paróquia organizou missões com a ajuda dos padres redentoristas. No dia 29 de junho, nosso bispo Dom Francisco Carlos presidiu a celebração de encerramento das missões e em ação de graças pelos 50 anos da nossa comunidade.

HOMENAGEM No dia 26 de junho, a Câmara de Vereadores de Joinville prestou uma linda homenagem e entregou uma placa comemorativa à nossa comunidade, por iniciativa do vereador Fábio Dalonso. Estiveram presentes na homenagem o vigário paroquial Pe. Anderson, coordenadores de pastorais e várias pessoas da comunidade.

CELEBRAÇÃO JUBILAR No dia 30 de junho tivemos a nossa celebração jubilar, momento em que pudemos agradecer a Deus por estes 50 anos de história. E o fizemos de uma forma bem alegre e festiva. Tivemos missa sertaneja e uma linda confraternização jubilar, com um ótimo churrasco de igreja, apresentação da dupla Junio e Júlio, grupo folclórico “Amigos do Chimarrão” e apresentação de dança do Colégio Pedro Ivo, que todos os anos concorre no Festival de Danças de Joinville, além de show circense e muitas atrações para a criançada.

ACONTECEU