Revista Missão Salvatoriana - Janeiro / Fevereiro e Março de 2020

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/editorial Bem-vindo à primeira edição da Revista Missão Salvatoriana de 2020! Nela, apresentamos uma matéria sobre a chegada dos primeiros Salvatorianos ao Brasil, que abraçaram a missão deixada por nosso fundador, Pe. Jordan, e empenharam-se para propagar o Evangelho em novas terras. Em 2020, a Campanha da Fraternidade fala sobre a compaixão e o cuidado com a vida, em seus diversos aspectos, com o tema: “Fraternidade e vida: dom e compromisso”, e o lema: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10, 33-34). Saiba mais sobre a campanha e a dimensão do cuidado na vida salvatoriana. No último trimestre, a Província celebrou a vocação de diversos confrades, com ordenações presbiterais e jubilares de vida religiosa. A seguir, conheça essas histórias de dedicação à Igreja e aos irmãos. Você sabia que uma nova unidade do Colégio Divino Salvador será inaugurada? Confira quando e onde, nesta edição. Com a chegada da Quaresma, faz-se necessária uma reflexão sobre como bem viver este tempo de silêncio e conversão. Veja mais no artigo que trazemos sobre o tema. Confira também, a nova missão dos Salvatorianos no Moçambique, em Vanduze, os trabalhos realizados e os desafios encontrados pelos missionários.

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Palavra do Provincial Carisma Aconteceu Educação Juventude e vocação Principal Social Comunicação Espiritualidade Missões Comunidades Salvatorianos Tecnologia Infantil

/expediente

Provincial: Pe. Francisco Sydney Macêdo Gonçalves, SDS Editor: Pe. Carlos Jobed Malaquias Saraiva, SDS As matérias não assinadas são de responsabilidade do editor

SUGESTÃO DE CONTÉUDO redação@agenciaarcanjo.com.br

Por fim, veja a matéria sobre a Igreja na era digital, e como a tecnologia pode contribuir na evangelização do mundo atual. Desejamos uma boa leitura!

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EDIÇÃO Aline F S Oliveira DIAGRAMAÇÃO Tuany Pereira

IMPRESSÃO Companygraf

REVISÃO Luísa Borges

TIRAGEM 5.000 exemplares


/palavra do provincial

A Província Salvatoriana Brasileira tem a satisfação de ter este veículo de comunicação: a Revista Missão Salvatoriana, à disposição de cada leitor. Durante o ano de 2019, foi composta uma Equipe de Comunicação, ficando a cargo do nosso confrade Pe. Jobed, sds, a missão de coordená-la. Os membros que compõem a equipe têm, diante de si, a missão de providenciar tudo o que seja necessário para a veiculação da revista, além de deixar atualizados Facebook, Instagram e site da Província. Iniciamos um novo ano, e, com isso, surgem novos projetos, bem como novos desafios e sonhos. Um desses sonhos é tornar Jesus Cristo, nosso Salvador, conhecido e amado por todos. Sabemos que a missão não é fácil, embora, possamos dizer que é um carisma muito atual. Nós, Família Salvatoriana, fomos fundados pelo Padre Francisco Jordan, no dia 8 de dezembro de 1881, em Roma, e, naquela ocasião, ele era bastante jovem. A sociedade do seu tempo atravessava uma série de revoluções. Estamos falando de meados do século XIX. Muitos fatores colaboraram para que o Padre Jordan se sentisse interpelado a fazer alguma coisa. Era nítido que havia uma ignorância religiosa. Sem opção, as pessoas vivenciavam a sua experiência de maneira superficial. Tendo presente esta realidade, Padre Jordan pensou em um grupo de pessoas que se envolvesse diretamente na dimensão apostólica. O seu projeto original era envolver todas as faixas etárias na missão de se tornarem evangelizadores. Padre Francisco Jordan viu na imprensa escrita uma forma clara de divulgar o seu ideal e, principalmente, utilizá-la como instrumento que facilitaria a evangelização. Um ano antes de fundar a Família Salvatoriana, ele alugou alguns cômodos na casa de Santa Brígida, em Roma, para começar com o seu trabalho de tipografia. Em setembro de 1881, já estava sendo publicado: Piccolo Monitore Cattolico (Pequeno Monitor Católico) voltado para crianças; Il Monitore Romano (O Monitor Romano), uma revista voltada para adultos, que continha ensinamentos religiosos para a família cristã; e, a terceira publicação, era Der Missionär (O Missionário), cuja finalidade era promover, proteger e expandir a fé católica, principalmente, nos países de língua alemã. O Padre Francisco Jordan era um homem de muita visão. Já em 1880, acreditava no papel do leigo como protagonista da evangelização, e compreendia que os meios de comunicação social seriam um grande aliado no anúncio da Boa-Nova. Pe. Francisco Sydney de Macêdo Gonçalves, sds Diretor Provincial

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/carisma

A CHEGADA DOS SALVATORIANOS AO BRASIL Pe. Arno Bosing, sds

Conhecemos o velho ditado: “Todo começo é difícil”. E, costuma ser, de certa forma, um passo no escuro. Geralmente, sabemos, mais ou menos, o que queremos. Contudo, não fazemos ideia do que vamos encontrar pelo caminho. Por mais precavidos que sejamos, há sempre espaço para surpresas que podem complicar a vida. Encantados com a visão eclesial do fundador, Pe. Francisco Jordan, os primeiros Salvatorianos abraçaram de corpo e alma a missão salvatoriana na Igreja. Mas, qual era a novidade capaz de encantar

homens, mulheres e crianças? Foi o retorno ao Evangelho, ou seja, ao seguimento de Jesus Cristo. Com efeito, Jesus sempre privilegiou o ser humano a ser salvo. O Evangelho é claro: “A vida eterna é esta: que conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro e a Jesus que enviaste” (Jo 17,3). Jesus privilegia o ser humano a ser salvo. Empenhou-se para que todos conhecessem o Deus único e verdadeiro e seu projeto de vida para todos. Pe. Francisco Jordan insiste que a única missão que Jesus confiou à Igreja é a salvação do ser humano.

Os primeiros passos

Padre Felisberto Schubert

Convencidos disto, muitos Salvatorianos e Salvatorianas se colocaram, sem reserva, a serviço do Evangelho na Europa, Ásia, África, Américas e Oceania. A vinda dos Salvatorianos para o Brasil remonta ao ano de 1896. O Bispo da Diocese de Niterói e Campos, RJ, Dom Francisco do Rego Maia, se dirigiu, por duas vezes a Pe. Jordan, em Roma, pedindo insistentemente para enviar padres para sua diocese.

Em 2 de outubro de 1896, Dom Francisco e Pe. Jordan assinavam o respectivo contrato: nele, Dom Francisco se comprometia a custear a viagem e auxiliar os padres na manutenção, caso necessário. Já Pe. Jordan, se comprometia a enviar, inicialmente, dois padres e um irmão. No dia 10 de outubro, ele escolheu os primeiros dois: Pe. Sabas Battistoni, com 27 anos de idade, e Pe. Ambrósio Mayer, com 23.

Rumo ao desconhecido Dois dias depois, Dom Francisco, Pe. Sabas e Pe. Ambrósio embarcavam em Nápolis, sul da Itália, no navio “Las Palmas” com destino ao Rio de Janeiro. Pe. Sabas tinha, então, três anos como padre, e Pe. Ambrósio apenas dois. Após uma viagem tumultuada e cansativa de três semanas, em 3 de novembro, eles chegavam, finalmente, ao Rio de Janeiro. No Rio, os três se hospedaram com os padres Jesuítas. Três dias depois, refeitos da longa e penosa viagem, eles enfrentaram a última etapa da viagem rumo à nova residência do Bispo, transferida

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recentemente de Niterói para Campos. Agora, antes de por mãos à obra, era preciso aprender a língua do país, familiarizar-se com a realidade do povo e, discernir com o Bispo, o local da missão. Após a visita a diversas localidades, Dom Francisco comunicou a Pe. Jordan, em Roma, o local escolhido: Quatis, pequeno povoado rural, onde havia uma escola que deixara de funcionar por falta de professores. Em 13 de março de 1897, Pe. Sabas escreveu a Pe. Jordan, informando sobre a calorosa acolhida por parte da população.


/carisma

Uma tarefa quase impossível

Padre Alcuino Breuer

Dada a pobreza da população, para se manter, além da escola, foi preciso assumir três paróquias com inúmeras capelas: as paróquias de Quatis, São Vicente Ferrer e a Curatia do Espírito Santo. Como dar conta de tudo isso? Em 1º de maio, chegava o primeiro reforço de Roma: Pe. Nazareno Rocchi e Ir. Juvêncio Tumminelli.

Em novembro de 1897, chegaram também Pe. Alcuino Breuer e Pe. Albano Wohlmut. Eram, agora, cinco padres e um irmão. Assim, em 10 de fevereiro de 1898, não obstante às dificuldades relativas à língua e à precária situação financeira, a escola abria as portas, para felicidade de todos, sobretudo, dos pais.

A situação se torna insustentável Em 10 de fevereiro de 1898, em carta a Pe. Jordan, Pe. Alcuino Breuer se referia a sérios problemas de saúde. Doente e desanimado, retornou à Europa, preocupado com a situação financeira e com a realidade pastoral. A dívida da casa já passava de 3.000 Marcos. As parcas entradas provinham, sobretudo, dos poucos alunos internos.

Dado o crescente endividamento, mesmo contando agora com um padre a menos, eles decidem assumir mais uma paróquia: Santo Antônio de Vargem Grande, distante de Quatis quatro horas a cavalo. No ano escolar de 1899, não obstante tudo, a escola ia relativamente bem. Ela contava, agora, com 18 alunos internos e 30 externos.

Fim de um sonho à luz de uma nova esperança Aos poucos um desânimo total foi tomando conta. Em junho de 1899, Pe. Nazareno e Pe. Albano, se filiaram ao Clero Diocesano. Em dezembro de 1899, a escola fechava definitivamente as portas. Os padres restantes, Sabas, Ambrósio e Nazareno, passaram para o Clero Diocesano e o Ir. Juvêncio, foi para os Beneditinos. Era o fim de um pesadelo. Em 8 de novembro de 1901, chegava ao Rio o Pe. Felisberto Schubert, para tentar reverter a situação. Era tarde demais. Ele constitui o elo

de ligação entre a 1ª e a 2ª etapa da presença Salvatoriana no Brasil. Aos heróis da primeira etapa, nosso respeito, admiração e gratidão! Seus sofrimentos não foram em vão! Pe. Jordan já havia advertido:

Padre Sabas Battistoni

“As grandes obras florescem à sombra da cruz!”

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/aconteceu

Ordenação Presbiteral de Marciel Osvaldo de Souza, sds, em Jatobá – PE Em um tríduo de preparação para a Ordenação Presbiteral, o Diácono Marciel viveu momentos fortes de oração pessoal e comunitária, desde a consciência da vida, em visitas nas escolas, na presença do Bispo Diocesano Dom Gabriel Marchesi, até as cerimônias religiosas, que ocorreram na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Jatobá - PE. Em Itaparica - PE, comunidade onde residem os pais de Marciel, ocorreu uma noite Mariana, junto com a comunidade local. Os jovens e adultos, animados e animadores do Evangelho, se reuniram em espírito fraterno e unidade com o Papa Francisco: “vós jovens, sois o agora de Deus”. O Padre Célio Roberto, sds, colaborou com o tríduo, levando a reflexão da nossa importância em meio à comunidade. Na segunda noite, na sede paroquial em Jatobá, houve um momento de oração pelas vocações e, em especial, pelo então diácono. Buscamos, na pessoa do Venerável Padre Francisco Jordan, olhar para Cristo e intensificar nosso desejo para que tenhamos Santos Pastores. Por fim, realizamos uma última celebração em uma das comunidades mais distantes – Volta do Moxotó – onde falamos da importância do padre e de seu ministério, que o padre não tem a certeza, mas sente o ardor do chamado de Deus. No dia 16 de novembro, realizou-se a ordenação, tendo parentes, a família Salvatoriana, amigos e a comunidade local em espirito de fé e união. Dom Gabriel dirigiu suas palavras para o neo-presbítero, palavras que foram acolhidas com lágrimas pelo Confrade Marciel. Ao redor do altar de Cristo, padres Salvatorianos e Diocesanos confirmavam este ato da eleição e do eleito ao Ministério Presbiteral. Por fim, o Padre Marciel, sds, dirigiu seus agradecimentos ao Deus da Vida e aos amigos que fizeram parte deste processo vocacional. Vocação a serviço da vida e dos irmãos. Desejamos que o Padre Marciel tenha um santo e frutuoso pastoreio em sua vida. Padre Célio Roberto dos Santos, sds

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/aconteceu

Ordenação Presbiteral do Diácono Alfredo Domingos Cumbi Aconteceu no dia 23 de novembro, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima de Jangamo, em Moçambique, a celebração eucarística, na qual o diácono Alfredo Domingos Cumbi, sds, foi ordenado presbítero. A celebração Eucarística foi presidida por Dom Adriano Langa, Bispo da Diocese de Inhambane e concelebrada por vários Salvatorianos, Franciscanos e Diocesanos, com presença das Irmãs Salvatorianas, Franciscanas e Vicentina, autoridades civis, amigos, familiares e o povo cristão. Foi uma celebração bastante animada e marcada de muitas emoções, pelo fato de Alfredo ser o primeiro daquela comunidade e, terceiro padre salvatoriano moçambicano. No dia seguinte, domingo, 24 de novembro, na solenidade de Cristo Rei, Pe. Alfredo presidiu sua primeira missa, seguida de um momento de confraternização na casa de seus pais. “Sou como barro nas mãos do Oleiro (Jr 18,16)”, este foi o lema escolhido pelo Pe. Alfredo para que o acompanhe em todo seu ministério sacerdotal, lançando-se, portanto, totalmente nas mãos do Mestre para servir a Deus e aos irmãos. Desejamos a este nosso confrade e neo-presbítero, um abençoado ministério e profícua missão junto do povo de Deus. Padre Celestino Manuel Madaba, sds

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/aconteceu

25 Anos de Vida Religiosa Jair Carlesso nasceu no dia 1º de junho de 1970, em Tangará - SC. É o 4º filho de Davi Carlesso e Maria Slongo Carlesso. Aos 13 anos, deixou sua família para realizar o sonho de ser padre, ingressando na Sociedade do Divino Salvador, no Seminário Videirense, em Videira - SC, onde permaneceu até 1986 e, em 1987, iniciou uma nova etapa em sua vida no Seminário Nossa Senhora Aparecida, em Conchas - SP. Entrou no Noviciado dia 18 de janeiro de 1994, em Manizales, na Colômbia, e teve como Mestre de Noviços, o Pe. Mario Agudelo. No dia 14 de janeiro de 1995, fez sua Primeira Profissão Religiosa na Sociedade do Divino Salvador, em Conchas – SP; cursou Filosofia na Universidade São Francisco - USF, em São Paulo – SP; de 1995 a 1998, cursou Teologia no Instituto Teológico São Paulo - ITESP, em São Paulo – SP; no dia 15 de fevereiro de 1998, fez sua Profissão Religiosa Definitiva, em Campo Limpo Paulista - SP; de 2002 a 2003, fez pós-graduação em Psicopedagogia no Instituto Teológico Santa Catariana – ITESC, em Florianópolis – SC. No dia 18 de dezembro de 1999, em Tangará - SC, em sua terra natal, recebeu a Ordenação Sacerdotal pela imposição das mãos de Dom Válter Carrijo, sds. Trabalhou em diversos lugares como Reitor nos Seminários do Instituto Videirense, em Videira – SC, Instituto Padre Jordan, em São José dos Pinhais – PR, Instituto Doze Apóstolos em São Paulo – SP, Instituto São José, em Várzea Paulista – SP, Auxiliar na Paróquia Bom Jesus, em São José dos Pinhais – PR, Vigário na Paróquia Imaculada Conceição, de Videira – SC, Vigário na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Moema – São Paulo – SP, Pároco na Paróquia Santo Antônio, de Tangará – SC, Pároco na Paróquia Imaculada Conceição, de Videira – SC, e Pároco na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Moema – São Paulo –SP. Em todo este período, Pe. Jair colaborou como membro das Comissões Provinciais de Formação Inicial, Formação Permanente, Apostolado Salvatoriano, além de equipes da CIS e outros trabalhos prestados à Família Salvatoriana. Atualmente, Pe. Jair reside na Comunidade Salvatoriana de Jundiaí – SP, é Diretor Administrativo dos Colégios Divino Salvador de Jundiaí e Itu – SP.

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/aconteceu 40 Anos de Vida Religiosa

Nelson Barbieri nasceu no dia 16 de dezembro de 1951, em Ibicaré – SC. Em Treze Tílias – SC, na Comunidade da Linha Pinhal, cursou seus primeiros anos de estudos e, aos 11 anos, deixou sua família para realizar o sonho de ser padre, ingressando no Seminário Diocesano de Lages – SC, onde permaneceu de 1962 a 1969. Retornou à sua casa por ocasião da morte do seu pai e, em 1970, iniciou uma nova etapa em sua vida. Realizou suas experiências de trabalho, retomou os estudos com o objetivo de concluir o Ensino Médio e, em 1973, iniciou o curso de Pedagogia em Caçador – SC, onde começou a lecionar para o Ensino Fundamental. Interrompeu a Faculdade de Pedagogia e cursou a Faculdade de Técnicas Agrícolas, em Lages – SC, concluindo em 1974. Após a conclusão do curso, passou a lecionar no Colégio Estadual Professora Adelina Régis, em Videira – SC. Estando em Videira, sentiu novamente o desejo de ser padre. Conhecendo os Salvatorianos e o anseio de traçar o itinerário vocacional, procurou ingressar na vida religiosa salvatoriana. Entrou no Noviciado dia 18 de fevereiro de 1979, em Várzea Paulista – SP, e teve como mestre o Pe. Marcellino Aldo Zanella. Sua Primeira Profissão Religiosa foi no dia 17 de fevereiro de 1980, em Jundiaí – SP. Em 1984, fez seu período de Estágio em Logroño, na Espanha, e sua Profissão Religiosa Definitiva foi em Logroño, no dia 13 de janeiro de 1985. Foi ordenado Diácono no dia 24 de maio de 1987, na Comunidade Sagrada Família, em Grajaú – SP, e Sacerdote no dia 19 de dezembro de 1987, em Videira – SC, pela imposição das mãos de Dom João Oneres Marchiori.

Em seu ministério sacerdotal, Pe. Nelson assumiu com amor tudo o que lhe foi confiado. Em 1988, colaborou como Vice Formador no Instituto Doze Apóstolos, em São Paulo SP - de 1989 a 1992, foi Reitor da Filosofia e Tesoureiro Local no Instituto Padre Jordan, Vila Guarani, São Paulo – SP; em 1992, foi Reitor da Filosofia no Instituto Divino Salvador em Curitiba – PR; de 1993 a 1999, foi Reitor do Instituto Videirense, em Videira – SC; de 2000 a 2005, foi Mestre de Noviços, em Conchas – SP; em 2006, foi Vigário Paroquial na Paróquia Imaculada Conceição de Videira – SC; em 2007, trabalhou como Pároco na Paróquia Imaculada Conceição, de Videira – SC, onde foi eleito Vice Provincial, e, em 2007, Diretor Provincial, passando a residir em São Paulo – SP, cumprindo dois mandatos à frente da Província Brasileira até 2013; em 2014, foi Reitor no Instituto Mãe do Salvador em Fortaleza – CE; em 2015, foi Reitor do Instituto Padre Jordan em São José dos Pinhais – PR; no ano de 2015, foi nomeado Mestre de Noviços do Noviciado Intercontinental Salvatoriano em Manizales, na Colômbia. Em todo este período, Pe. Nelson colaborou como membro de Comissões Provinciais de Formação Inicial, Permanente e Pastoral, além de equipes da CIS e outros trabalhos prestados à Família Salvatoriana e à juventude, especialmente ao Cenáculo de Videira e Conchas.

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Autobiografia 40 Anos de Vida Religiosa

Eu nasci em Vista Alegre! Um pequeno distrito da cidade de Videira, no estado de Santa Catarina, região sul do Brasil. Vim ao mundo no dia 15 de maio de 1960, mas fui registrado na data de 2 de junho, que é quando celebro, oficialmente, o meu nascimento. Filho primogênito de Ângelo Zonta e Gema Gaio, somente com algumas semanas de vida, no dia 26 de junho de 1960, fui batizado pelo Pe. Vicente Hirschle, sds, na capela antiga de madeira de Vista Alegre. Em Vista Alegre, passei toda minha infância no estilo mais simples da vida do interior. Cresci numa pequena casa de madeira, na qual junto com meus pais e irmãos, aprendi os valores de família e de comunidade. Aos domingos, íamos todos rezar na capela dedicada ao padroeiro São José. Aos 12 anos, expressei à minha mãe que queria ir ao seminário, assim como já haviam feito alguns colegas de escola. No ano de 1974, meus pais decidiram deixar o pequeno vilarejo de Vista Alegre para prosseguir a vida na cidade de Videira. No ano seguinte, eu deixaria a casa de meus pais para seguir de vez o meu destino. Eu tinha 14 anos quando recebi o consentimento deles para ir viver para sempre com os Salvatorianos. No dia 18 de fevereiro de 1975, em companhia de outros colegas e ajudados pelo Padre Irmundo Boesing, reitor do Seminário Salvatoriano de Videira, fizemos uma longa viagem de Kombi até a cidade de Conchas, interior de São Paulo. Neste lugar, passei a viver no Seminário Nossa Senhora Aparecida. Passados 4 anos de seminário em Conchas, eu decidi continuar naquele caminho, mesmo sem saber ainda se aquela seria a melhor decisão para mim.

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Com outros 5 colegas, fomos morar num lugar retirado em Várzea Paulista, nas redondezas da cidade de Jundiaí, SP. Ali, iniciamos nossa experiência de vida consagrada apostólica salvatoriana, também chamado “Ano de Noviciado”. Uma das muitas lições que dele aprendi, foi a paixão pela missão apostólica salvatoriana. Naquele tempo, eu completei 19 anos de idade e, professei publicamente meus primeiros votos como religioso salvatoriano. No ano de 1980, passei para uma nova etapa formativa na grande metrópole de São Paulo. Com a devida coragem e juventude, frequentava ao mesmo tempo, disciplinas de dois cursos acadêmicos: Pedagogia e Filosofia. Após 3 anos estudando intensivamente, me formei em orientação e supervisão pedagógica pela Faculdade Moema de São Paulo, e posteriormente, recebi também a graduação em Filosofia, pela Universidade Salesiana de Lorena, São Paulo.


/aconteceu Ainda na capital paulista, no ano de 1984, iniciei o curso de Teologia, no Instituto Teológico São Paulo (ITESP). Ao final desta formação acadêmica, fui me preparando para o compromisso definitivo com a vida apostólica salvatoriana. No dia 11 de outubro de 1985, recebi as ordens menores de Leitorato e Acolitado. No início do ano seguinte, no dia 16 de fevereiro de 1986, fiz minha profissão definitiva com o firme propósito de ser, por toda, a vida uma pessoa consagrada na Sociedade do Divino Salvador. No dia 29 de junho de 1986, festa dos apóstolos Pedro e Paulo na Igreja do Divino Salvador, em Campinas, SP, recebi a ordem do Diaconato. Naquele ano, enquanto concluía meus estudos de teologia, exerci também o ministério diaconal, presidindo matrimônios e realizando batizados, na Igreja Nossa Senhora Aparecida de Moema, em São Paulo. Tendo concluído todas as etapas de formação salvatoriana, no dia 17 de janeiro de 1987, recebi a ordem do Presbiterado na Igreja Imaculada Conceição, de Videira, pelas mãos do saudoso Dom Luiz Colussi, Bispo Diocesano de Caçador. No dia seguinte, na comunidade de Vista Alegre, com alegria no coração, presidi solenemente minha primeira missa, ao lado de meus familiares, salvatorianos/as, amigos e parentes. O lema que escolhi para aquela ocasião foi este: “Ide e anunciai ao povo a Palavra da Vida” (Atos 5,20).

Meu primeiro apostolado como presbítero foi em minha terra natal, no serviço de colaborador das atividades pastorais da paróquia Imaculada Conceição de Videira. Mais do que tudo, minha missão era animar e formar a juventude. Em 1989, iniciei um curso de especialização de pastoral juvenil na cidade de Porto Alegre, RS. Lá, estudei com profundidade os desafios da evangelização juvenil, no Instituto de Pastoral da Juventude (IPJ). Ao retornar à cidade de Videira, continuei meu apostolado com a juventude, assumindo também a responsabilidade de ser o promotor das vocações salvatorianas em toda a região sul. No ano de 1990, fui transferido para a cidade de São Paulo, agora com a tarefa de ser o promotor vocacional salvatoriano em tempo integral. Passei a residir no Instituto Padre Jordan, na capital paulista. No ano de 1993, retornei à cidade de Videira por um breve período de tempo. Na segunda metade daquele ano, retornei a São Paulo para continuar o encargo de promotor vocacional, porém, desta vez fui morar em nossa Sede Provincial. Entretanto, no início de 1995, veio o tempo da crise, muitas incertezas tomaram conta de mim. Tive vontade de largar tudo e pensei até em seguir por outro caminho. Naquela ocasião, fiz um pedido de juntar-me aos missionários salvatorianos que estavam trabalhando no interior do Maranhão. A proximidade com aquela gente humilde me ajudou a curar minhas dores e a superar aquele tempo de prova. Pouco a pouco, fui me dando conta que o radical seguimento a Jesus Cristo era, para mim, um caminho sem volta, pois, como diz o profeta: “Tu me seduziste, Senhor; e eu me deixei seduzir” (Jr 20,7).

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/aconteceu No início do 1996, fui enviado novamente para colaborar nas pastorais da Igreja Imaculada Conceição, na cidade de Videira. Ali, retomei o trabalho com a juventude, montei um grupo de teatro e também colaborei na formação de cristãos leigos e seminaristas. Tomado novamente pelo anseio de aprender ainda mais sobre a tarefa de evangelizar, viajei para a Colômbia, a fim de fazer um curso intensivo na “Casa de la Juventud”. Na cidade de Bogotá, aprendi a falar espanhol e estudei a metodologia de planejamento pastoral latinoamericano, coordenado pelos jesuítas da Pontifícia Universidade de Bogotá. Terminado o curso de 6 meses, retornei à Videira para dar continuidade ao apostolado que desenvolvia nas inúmeras comunidades daquela paróquia. No final do ano de 1998, também fui eleito para ser membro do Conselho Provincial dos Salvatorianos no Brasil. Com isso, assumi a responsabilidade de coordenar e animar as atividades de apostolado salvatoriano, o que me levou a fazer inúmeras viagens entre Santa Catarina e São Paulo. No ano de 2002, fui reeleito para esta mesma função, assumindo também o serviço de superior da Comunidade Salvatoriana de Videira. No final do ano de 2004, recebi a notícia de que havia sido eleito para o cargo de Superior-Provincial dos Salvatorianos no Brasil. A partir daquele dia, senti que era mais pesado o fardo de viver a vocação que eu havia escolhido seguir. Me transferi para São Paulo e, no dia 1º de dezembro daquele ano, assumi oficialmente o serviço de autoridade na Província Salvatoriana Brasileira. Com o apoio dos outros membros do Conselho Provincial, dediquei-me em prosseguir e revitalizar nossa presença apostólica na Igreja do Brasil. Em 2006, quando fui representar o Brasil no XVII Capítulo (Assembleia) Geral dos Salvatorianos, realizado na cidade de Logroño, na Espanha, me elegeram para fazer parte do Conselho Geral dos Salvatorianos, com sede em Roma. A decisão de aceitar ou não tal encargo, e consequentemente, de

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viver fora do Brasil, foi, sem dúvida alguma, um dos momentos mais difíceis de minha opção de vida. Porém, como ensina o Evangelho, a fidelidade a toda e qualquer vocação tem o seu devido preço. Sem saber muito daquele caminho, em novembro do ano de 2006 fui morar em Roma, na Itália. No início deste serviço, “apanhei” muito para aprender os idiomas italiano e inglês. Mas, pouco a pouco, fui descobrindo qual era o meu encargo na área da formação dos salvatorianos em todo o mundo. Cada um de nós tem o dom de ser feliz e seguir em frente, certos de que o futuro pertence àqueles que se deixam moldar pela graça de Deus e acreditam na força dos seus sonhos. Nós, religiosos salvatorianos, somos uma comunidade apostólica presente em mais de 40 países. Por essa razão, eu viajei por todos os continentes, conheci diferentes culturas e fiz muitos amigos em inúmeros países. Tudo isso foi, para mim, uma bênção de Deus, a confirmação de que é bonita esta vocação de centrar a vida em Jesus Salvador e no serviço aos demais. Como bem lembra o evangelista: “Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida pelos amigos” (Jo 15,13).


/aconteceu No ano de 2012, regressei à Vista Alegre junto com meus confrades, familiares e incontáveis amigos para, com eles, celebrar 25 anos de vida presbiteral. No final daquele mesmo ano, terminei meu tempo de serviço de liderança internacional em Roma. Fiz planos para regressar ao meu país, mas, no XVIII Capítulo (Assembleia) Geral dos Salvatorianos, na cidade de Cracóvia, na Polônia, fui eleito para o serviço de Superior-Geral dos Salvatorianos do mundo inteiro. Naqueles momentos de decisão, lembro-me de ter pensado que não existe vocação sem cruz e, tampouco, amor sem renúncia. Assim sendo, com temor e tremor, aceitei exercer este serviço de autoridade, confiando novamente na benevolência de Deus e na ajuda de meus companheiros de caminhada. O privilégio de ter sido chamado a ser memória viva do fundador, Pe. Francisco Jordan, levou a me centrar ainda mais na pessoa de Jesus e responder à minha vocação salvatoriana com mais profundidade. Eu precisava ser o primeiro a viver com autenticidade o jeito de ser salvatoriano, que nada mais é do que ajudar muitos a conhecer, amar e seguir Jesus. Ele é a porta que nos faz conhecer o rosto misericordioso do Deus Vivo e Verdadeiro. Entre outras responsabilidades inerentes a este serviço, exerci com paciência o fardo de viajar continuamente, de falar idiomas distintos e de ficar longe das pessoas mais queridas. Em meio a tudo isso, posso dizer que, em fevereiro de 2017, foi para

mim uma verdadeira graça ter saído às pressas de Roma e ter chegado a tempo para me despedir de meu pai, que agora descansa na paz de Deus. Além do mais, na medida que os cabelos ficam cada dia mais brancos, tenho aprendido a exercer meu encargo de liderança, interagindo com distintas culturas, entendendo melhor o mistério da Igreja Povo de Deus, aprofundando o sentido central do carisma do fundador, me encontrando várias vezes com o Papa Francisco e fazendo uma lista de amigos em todos os continentes. De fato, o importante na vida não é o ponto de partida, mas a caminhada! Quando chegou o ano de 2018, senti uma intensa alegria em participar das festividades do centenário da morte de nosso fundador, ali nos lugares que ele nasceu, estudou e faleceu. Naquele ano, realizouse também o XIX Capítulo (Assembleia) Geral dos Salvatorianos, em Munique, na Alemanha. Naquele evento, eu concluía meu tempo de serviço de liderança na sociedade. Porém, outra vez vi meus planos de regressar ao Brasil serem adiados. Salvatorianos de diferentes países solicitaram através do voto que eu continuasse por mais um período de seis anos no serviço de Superior-Geral. Assim como das outras vezes, tive pela frente a difícil exigência - de toda e qualquer vocação - que exige um êxodo de si mesmo, não para dar algo que se tem, mas para doar-se por inteiro e, por amor Àquele que nos chama, a um serviço gratuito aos demais. Aceitei também fazer isso com um sentimento de que faço um caminho com companheiros de caminhada. Juntos enfrentamos o enorme desafio de fazer o que o Pe. Francisco Jordan faria em nosso tempo. Só posso dizer que, do muito pouco que faço, é precisamente o que mais gosto de ser: uma pessoa espiritual, um seguidor de Jesus, um irmão entre os irmãos, uma vida entregue aos que mais sofrem no mundo. Pe. Milton Zonta, sds Superior Geral

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/educação

Cabreúva ganha unidade do Colégio Divino Salvador em 2021 Por Lívia Haddad

Sempre foi um grande desejo do Padre Jordan que o Evangelho de Jesus, o Salvador, chegasse a todos por meio de uma educação de qualidade. Esse sonho transformador tem se tornado realidade, por décadas, com a instalação do Colégio Divino Salvador no estado de São Paulo. Com mais de 65 anos de história em Jundiaí e 20 anos em Itu, a partir de 2021, o município de Cabreúva contará com uma unidade de ensino de tradição, aliada ao que há de mais moderno e tecnológico no quesito educação. O diretor financeiro da instituição, Padre Jair Carlesso, conta que foram três anos de pesquisas, expectativas e planejamento: “Observamos na região a necessidade de um modelo de escola completo, que atenda de forma integral às expectativas das famílias, além da viabilidade de uma escola de alto nível, como o Colégio Divino Salvador, com grande possibilidade de crescimento”. As pesquisas foram realizadas com o apoio de um grupo de lideranças de Cabreúva e do Prefeito Henrique Martin. Nelas, os pais pontuaram o que buscam em uma instituição, como espaço para educação formal e de sociabilização, acolhimento do aluno e da família e atividades extracurriculares. “Essa expectativa vai muito ao encontro do que já proporcionamos no nosso modelo de ensino”, diz Padre Jair. O prédio será instalado em um terreno de, aproximadamente 17mil m², e ficará no Bairro Jacaré, em frente ao Condomínio Portal Japi. “Estaremos próximos à serra do Japi, possibilitando um maior contato com a natureza, oferecendo ensino do Infantil ao Médio, com a opção de formação bilíngue, sempre aliando o ensinamento humanista com a força e qualidade do sistema COC”, reforça o diretor, que completa: “e ainda teremos a possibilidade de gerar emprego e renda em Cabreúva e região, além de novas oportunidades para os munícipes”. A expectativa é atrair famílias que queiram um modelo de ensino inovador e que atenda a demanda regional com educação de qualidade, humana e cristã católica. “Queremos difundir cada vez mais a nossa missão, com os preceitos do Padre Jordan, de ensinar e educar crianças e jovens à luz dos valores salvatorianos para uma vida melhor”.

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/juventude e vocação

JUVENTUDE SALVATORIANA A Província Salvatoriana Brasileira tem a grande alegria de entregar a vocês estes dois materiais de grande valia para o nosso apostolado junto às juventudes. O primeiro, o subsídio para os assessores (padres, religiosos e leigos) adultos, que nos ajudará a dar um norte em nosso trabalho pastoral. Como salvatorianos, somos chamados a ajudar os jovens a fazerem a experiência do Divino Salvador e, assim, tornarem-se apóstolos de Cristo. Jovens apóstolos anunciando o Salvador, esta é a grande urgência pastoral da Igreja e nosso grande desafio diante de um mundo cada vez mais urbanizado. O assessor é aquele que exerce o ministério do acompanhamento pastoral, sempre na solicitude do Bom Pastor, capaz de doar a vida, de ir em busca daqueles e daquelas que se perdem. Há uma grande falta dessas pessoas hoje para exercer este ministério na Igreja e, nós, como Salvatorianos, deveríamos todos, estar dispostos para assumirmos este desafio. Como nos lembra o lema de nosso XXX Capítulo Provincial: “Eis-me aqui, envia-me!”. Esperamos que este subsídio nos motive a tal abertura de nossos corações para acolhermos esta opção preferencial da Igreja pelas juventudes.

O segundo, “Nossos Encontros, é um material destinado aos jovens, a fim de que nos conheçam cada vez mais. É muito importante esta aproximação, tanto nossa, como assessores junto aos jovens, bem como, dos jovens junto a nós. Como nos lembra o sínodo dos jovens, todo trabalho com as juventudes é um trabalho vocacional. É nessa convivência que eles vão se sentindo atraídos a Deus e, assim, quem sabe, inspirados por nosso testemunho, vão fazendo as suas opções de vida. Os jovens, em grande parte de nossas obras, têm pouco ou quase nada de conhecimento sobre a nossa história, carisma, espiritualidade, missão… precisamos mostrar o nosso rosto, nossa identidade, como bem nos recorda o tema de nosso XXX Capítulo: Salvatorianos – apóstolos para os nossos tempos! Precisamos compartilhar a beleza e a alegria que é nossa família fundada por Padre Francisco Jordan. É urgente e necessário para o nosso tempo. Rezamos para que o Divino Salvador abençoe este nosso apostolado junto às juventudes de nossas obras, para que, cada vez mais, possamos investir tempo, energias e recursos para a evangelização dos jovens. Como nos recorda Papa Francisco, os jovens são o hoje de Deus. Que a Mãe do Salvador interceda por todos nós! Pe. James Wilson Januário de Oliveira, sds Coordenador da Equipe de Juventude Salvatoriana

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Campanha da Fraternidade 2020 Por Agência Arcanjo

Fraternidade e vida: dom e compromisso

Viu, sentiu compaixão e cuidou dele (Lc 10, 33-34)

Para o ano de 2020, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) convida, através da Campanha da Fraternidade, a termos um olhar mais atento e detalhado para a vida. Assim, apresenta o tema “Fraternidade e vida: dom e compromisso” e o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10, 33-34). Fraternidade é a essência do Evangelho. Ela inspira o sonho de um mundo em que tudo seja cuidado com respeito e amor. Hoje, nos deparamos com uma realidade em que muitos estão carentes de expectativas. Mas a vida necessita de cuidados e, cada um, de nós é convidado a ser fraterno através de ações concretas. Primeiro, é necessário abrir os olhos e ver as diversas chagas que afligem a vida, a banalização do mal e a perda do verdadeiro sentido do viver. Neste contexto, o Papa Francisco nos convida a transpor a realidade da indiferença. Esse ato de compaixão é a própria linguagem divina que clama por justiça e solidariedade. Temos o compromisso, como cristãos, de assumirmos a promoção e a defesa da vida, lembrando que ela é um presente de Deus e, por isso, deve ser cuidada. A nossa missão é a missão de Jesus: fazer com que todos tenham vida, e a tenham em plenitude.

Santa Dulce dos Pobres Santa Dulce viveu uma espiritualidade samaritana, vendo no outro o rosto de Jesus. Defendeu a premissa de que não basta ver, não basta sentir a necessidade e o sofrimento do irmão – é preciso, sim, acolher e agir. Exemplo de cuidado e compromisso cristão com aqueles que mais necessitam, esteve sempre convicta

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de que, no amor e na fé, encontramos as forças necessárias para a nossa missão. Por isso, ela é um ícone desta Campanha da Fraternidade, já que viveu na prática os pilares: ‘Viu, Sentiu e Cuidou’.

Texto-Base Lançado pela editora da CNBB, o texto-base convida-nos a um olhar que se eleva para Deus, no mais profundo espírito quaresmal, voltando-se também para os irmãos e irmãs, e identificando a criação como presente amoroso do Pai. No texto, a CNBB afirma que a Campanha da Fraternidade será uma motivação para olhar as diversas realidades, questionando a respeito do sentido que, na prática, se atribui à vida, nas suas diversas dimensões: pessoal, comunitária, social e ecológica. “Não se pode viver a vida passando ao largo das dores dos irmãos e irmãs”, diz um trecho do textobase. Ver, sentir compaixão e cuidar são os verbos de ação que irão conduzir este tempo quaresmal. Para isso, faz o convite para que cada pessoa, cada grupo pastoral, movimento, associação e o Brasil inteiro, motivados pela Campanha da Fraternidade, possam ver fortalecida a revolução do cuidado, do zelo, da preocupação mútua e, portanto, da fraternidade.

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Não se pode viver a vida passando ao largo das dores dos irmãos e irmãs.

Fonte: Portal CNBB


A dimensão do cuidado na vida salvatoriana

Padre Carlos Jobed Malaquias Saraiva, sds Coordenador da Equipe de Comunicação

Em nossos dias, há um forte apelo sob o ponto de vista ético e cristão, à dimensão do cuidado na vida humana. Diante de uma sociedade que se auto intitula pós-moderna pelos seus aspectos de avanços técnicocientíficos e, que vive um momento de mudanças radicais na cultura, na economia, na política e, até mesmo, na religiosidade, devido à pluralidade de ideias, é de fundamental importância não perdermos em nossas relações o compromisso de cuidarmos em todos os sentidos da vida: pessoal, ecológico, social, cultural, lúdico, espiritual etc, para que não corramos o risco de nos tornarmos uma geração destruidora e suicida. Pe. Jordan manifestou na espiritualidade salvatoriana sua preocupação com o ato de cuidar. A partir de seu próprio testemunho de vida mostrou seu grande amor pela obra de Deus. Sua intenção de fundar uma Sociedade que se preocupasse antes de qualquer coisa, com a glorificação da pessoa humana e da Criação, é um exemplo concreto disso. O anúncio do Divino Salvador implica para todo salvatoriano e todas as pessoas de boa vontade fazer acontecer o sonho de Deus, a vida eterna: que a vida seja amada e respeitada, como o valor máximo presente no Reino. Algumas perguntas podem ser feitas nesta perspectiva do cuidado na vida salvatoriana: como e, de que maneira, podemos cuidar de nós mesmos, dos nossos irmãos e da obra de Deus?

Podemos elucidar aqui alguns valores presentes na espiritualidade e no carisma salvatoriano, idealizados por Pe. Jordan, os quais expressam a dimensão do cuidado: conhecer Deus, entendendo essa experiência como um mergulho na grandeza infinita do amor, que gera compromisso com a defesa e cuidado da vida; viver a santidade como vocação, como consciência de um chamado de Deus a ser mais, apostando em um projeto de vida que, de fato, considere os bens de Deus para nós, ajudando outros também a se juntarem nesta frente pela vida. Manifestar a bondade e o amor do Salvador que inclui a todos, construindo dessa forma uma ética social do respeito e da promoção da dignidade humana; viver a verdade, a justiça, a solidariedade e a fidelidade, como valores fundamentais que sustentam relações fraternas. Que este tema esteja, de fato, em nossos momentos de oração, de estudo e de reflexão, a fim de que possamos fortalecer nossa ação pastoral e evangelizadora diante dos desafios apresentados, com muita eficácia. Deixemos ser conduzidos pela mensagem do Evangelho, a exemplo de Jesus Salvador que, em todas as suas ações, evidenciou seu amor e cuidado pela vida, sobretudo, humana.

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/social

IDEOLOGIA DE GÊNERO A “ideologia de gênero” é uma expressão usada pelos defensores da ideia de que gênero é uma construção social. Para eles, não existe apenas o gênero masculino e feminino, mas algo que pode ser mais amplo do que identificação somente com um destes dois. A questão da “ideologia de gênero” é, na realidade, uma discussão que envolve a identidade de gênero. Sobre isso, existem dois posicionamentos opostos: a crença de que só existem dois gêneros biologicamente definidos, masculino e feminino, e a ideia de que o gênero é fruto de uma construção social. A discussão sobre ideologia de gênero alcançou um nível mais acentuado, a partir da teoria gender ou teoria queer da americana Judith Butler, que defende a ideia de que gênero é performativo, isto é, são os próprios atos que determinam as identidades sexuais, chamada performatividade queer, isto é, identidades sexuais instáveis, mutáveis de acordo com as ações que o indivíduo decida realizar ou assumir. A ideologia de gênero defende que o ser humano é “informe”, devendo ser modulado pelo processo político ideológico, por meio de reengenharia social. O gênero deve ser construído socialmente; ”sexo é corpo; gênero é identidade. É fruto da construção sociocultural da sexualidade; nesse sentido, até o momento, foram identificados cerca de 31 gêneros diferentes. Em palavras simples, para os defensores dessa ideologia, a identidade sexual é resultado da interação do indivíduo na sociedade. “Nasce-se homem ou mulher só na questão biológica, mas não na identificação de gênero”. Em outras palavras, seria dizer; viver como “homem ou mulher” é como cada um se sente, ou se autodefine. Até algum tempo atrás, a palavra gênero era usada para definir o sexo de uma pessoa, homem ou mulher, masculino ou feminino. Para a ideologia de gênero, identidade de gênero é a maneira como a pessoa se vê, como ela se autodefine: homem ou mulher. Uma pessoa que nasce com um determinado sexo biológico, mas se sente como sendo do sexo oposto, ela é transgênero ou transsexual. A transexualidade não é considerada doença nem transtorno mental. Na medicina, é considerada uma incongruência de gênero.

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O conceito de identidade de gênero é diferente do conceito de orientação sexual. A identidade de gênero é a maneira como o sujeito se define, isto é, como ele se percebe como homem ou como mulher. A orientação sexual é a forma como a pessoa se relaciona afetivamente. Desse modo, a pessoa que se interessa afetivamente pela pessoa do outro sexo é heterossexual, enquanto a pessoa que se interessa por pessoa do mesmo sexo é homossexual. Existem três tipos principais de identidade de gênero: cisgêneros, transgêneros e não-binários. O cisgênero é o indivíduo que se identifica com o seu gênero de nascença. Isto é, possui características biológicas típicas de um gênero, por exemplo, masculino e se identifica psicologicamente e socialmente, como homem. O transsexual (transgênero) é o sujeito que se identifica com um gênero diferente daquele com o qual nasceu. Por exemplo, se a pessoa nasceu com características femininas, biologicamente falando, e, em relação ao gênero, se sente masculino e com ele se identifica. O não-binário se caracteriza pela mistura entre masculino e feminino ou, indiferença em relação a ambos. Eles fogem da classificação homemmulher. Podem ser uma mistura dos dois ou mesmo assexuados. Como se vê, é uma discussão que envolve diferentes compreensões e que, por consequência, implica problemas relacionados ao conceito de família. Aceitar a ideologia de gênero implica em legitimar também as diferentes formas de “famílias” hoje existentes. Isso demandaria discussões éticas, religiosas e culturais. É um assunto bastante controverso, que foge do propósito deste artigo limitado à ideologia de gênero. Pe. Deolino Pedro Baldissera, sds


/comunicação

Dia Mundial das Comunicações Sociais

Por Agência Arcanjo

O Dia Mundial das Comunicações é celebrado anualmente no domingo da Solenidade da Ascensão do Senhor. A data foi instituída pelo Papa Paulo VI, através do decreto Inter Mirifica, em 1967. O tema escolhido para o 54º Dia Mundial das Comunicações, celebrado em 2 de junho, foi extraído de uma passagem do Livro do Êxodo (10,2): “Para que contes aos teus filhos e aos teus netos. A vida se faz história”. Este tema recorda que toda história nasce da vida, do encontro com o outro. Assim, a comunicação é chamada a colocar a memória em contato com a vida, através da narração. Para comunicar o Reino de Deus, Jesus recorreu ao uso de parábolas. A força de uma história é expressa pela capacidade de gerar mudanças. Uma história exemplar, tem uma força transformadora. É o que experimentamos quando nos deparamos com as histórias de vida dos santos, um aspecto que o Santo Padre adotou ao comunicar a “grande riqueza” oferecida pelo testemunho da vida dos mártires. Mais uma vez, o Pontífice coloca ao centro da sua reflexão a pessoa, com seus relacionamentos e sua capacidade de se comunicar. Com este tema, o Papa afirma que a herança da memória é particularmente preciosa na comunicação. E, pede a todos para frutificarem seus talentos: fazendo da comunicação um meio para construir pontes, unir e compartilhar a beleza de ser irmãos, em um tempo marcado por contraposições e divisões. Fonte: Portal Vatican News

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/espiritualidade

Como bem viver a Quaresma José Wagner da Silva Sampaio – ADS/NE

“Contempla tudo à luz da fé. Todo o teu pensar, falar e agir seja motivada neste sentido” Padre Jordan

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Inicia-se a Quaresma, que nos leva a deixar-nos olhar pelo Eterno, permitindo um tempo para nos nutrirmos interiormente, complementando, à luz da fé, a realidade em que estamos inseridos, através da oração, do jejum e da esmola. Podemos designar Quaresma, como o período de quarenta dias que antecedem a Páscoa, a ressurreição do Divino Salvador. Há, nesse período, o recolhimento em orações, jejuns e esmolas, rememorando os quarenta dias que Jesus Cristo passou no deserto para sofrer todo o peso da cruz. Nesse momento, surge um questionamento: como bem viver a Quaresma? A resposta é pessoal, contudo, três ações deverão estar presentes: a oração, através do silenciamento, escuta e contato com o eu profundo, o jejum, em que tomamos posse da compaixão e, a esmola, ponto central em que damos o que temos e somos. “Vigiai e orai para que não entreis em tentação“ (Mc 14, 38) A oração é fundamental para se perseverar no bem viver esse período. Como diz Pe. Jordan em suas alocuções: “Portanto, rezar, rezar e conservar um coração puro, para que possam discernir o Espírito de Deus e o espírito das trevas. Pela oração vocês hão de reconhecer a Santa Regra, e também encontrarão luzes na meditação da mesma”. Não esqueçamos que, para orar bem, é de extrema importância determinar um lugar próprio, sem que as pessoas atrapalhem, proporcionando intimidade e quanto tempo do dia se doará ao Pai. Pode-se iniciar com a oração do Pai Nosso, seguido da Ave-Maria e ter um momento para louvar, lembrando tudo o que passou no dia, pedindo perdão ao Senhor, fazendo uma prece através de pedidos pessoais e, finalmente ouvir, fazendo silêncio e deixando ressoar a voz do Altíssimo. “E quarenta dias foi tentado pelo diabo e, naqueles dias não comeu coisa alguma, e, terminado eles, teve fome” (Lc 4, 2) O jejum nos ajuda renunciar a algo e, é considerado pela Igreja, um dos remédios contra o pecado, fortalecendo o nosso espírito, que é tentado tanto na carne, como no espírito, nos libertando e abrindo valores da alma, expressando, na Quaresma, nossa solidariedade a prisão, tortura, flagelamento, coroação de espinhos e morte de Cristo Jesus. É abster-se do alimento ou bebidas, pois eles são indispensáveis ao ser humano, nos equilibrando ao que é necessário, nos desprendendo do consumismo. Lembremos que jejuar não se deve demonstrar tristeza, enfado, mas sim, atitude de felicidade que nos liberta. Ele

“Portanto, rezar, rezar e conservar um coração puro, para que possam discernir o Espírito de Deus e o espírito das trevas.” Padre Jordan

confere à oração, a eficácia, como diz o evangelista São Mateus: “Quanto a esta espécie de demônio, só se pode expulsar à força de oração e de jejum”. (Mt 17, 20). “Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me” (Mt 25, 35-36). A esmola é a nossa atitude de caridade e solidariedade fraternal, recebendo o reconhecimento de cristãos amados por Deus, o Todo Poderoso, e pelo próximo. Contudo, o egoísmo nos fecha às necessidades do próximo. Devemos, nesse momento de Quaresma, praticar obras de misericórdia que, em algum dia, responderemos diante de Deus. Como diz Madre Maria dos Apóstolos: “Se esforcem sempre em fazer realmente o bem ao próximo”. Devemos olhar, com pureza, sem pré-conceitos, percebendo a ternura do Divino Salvador, àqueles ao nosso redor, com proximidade, consolando, acolhendo e os transformando. O nosso olhar deve ter atitudes de futuro, acolhida, perdão, afeto, confiança e alegria. Esse é o verdadeiro sentido de dar esmola. Essa deve ser a bússola de nosso carisma salvatoriano para viver bem a Quaresma. Termos a mística do caminhar junto, como um modo de ser, pensar e agir, fazendo com que a pessoa se sinta envolvida constantemente ao redor de uma causa que lhe é essencial: o motivo que impulsiona a ação e a vida. Isso nos torna família salvatoriana.

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/missões

Experiência Missionária em Vanduzi Pe. Celestino Manuel Madaba, sds

A missão salvatoriana em Moçambique deu um passo para frente ao assumir, no início de 2019, um novo campo de apostolado em Vanduzi, diocese de Chimoio, no centro do país. Até então, os salvatorianos estavam apenas na região sul: Chókwè e Maputo. Antes da presença salvatoriana, nunca houveram padres morando em Vanduzi. A então área pastoral era atendida pelos padres da catedral de Chimoio, uma distância de 33km. Quando ainda estávamos na fase de contatos com a diocese de Chimoio, visitamos Vanduzi várias vezes e, em quase todas as visitas, o povo manifestava seu sonho de ter padres morando em seu meio e a elevação da área pastoral à categoria da paróquia. E, o povo viu seu desejo se tornando realidade quando, em março de 2019, Pe. Justin e eu, fixamos residência em Vanduzi e, no dia 16 de junho, em solene celebração eucarística, presidida pelo Dom João Carlos, Bispo da diocese de Chimoio, foi oficialmente elevada a à categoria de paróquia, sob proteção do Divino Salvador. A nova paróquia Divino Salvador de Vanduzi tem 22 comunidades, muitas delas pertenciam às paróquias vizinhas e, com a nova divisão geográfica passaram

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para nossa paróquia. Ainda não conseguimos visitar todas as comunidades, pois faz pouco tempo que a maioria delas foram oficialmente entregues à Vanduzi e também, não tínhamos um transporte que ajudasse a visitar as comunidades da zona rural de difícil acesso devido a situação das estradas. Mas, recentemente, a província financiou um carro e já tem nos ajudado bastante na missão. A missão, nessa nova frente de apostolado, é bastante desafiadora. Muito tem por ser feito, desde a organização e fortalecimentos das comunidades, pastorais e movimentos religiosos existentes, criação da secretaria paroquial, bem como aquisição de um terreno para a construção da futura igreja matriz da nova paróquia, pois a capela atual, construída na época colonial pelos portugueses, tornou-se pequena devido ao crescente número de católicos. Além disso, as lideranças estão sedentas por formação. Se nós salvatorianos, desejamos crescer nessa nova missão, não podemos negligenciar o quesito da formação, pois é por meio dele que edificaremos um apostolado vivo e eficaz. Portanto, é um imperativo que invistamos nesse elemento precioso do nosso carisma, a formação de lideranças.

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/missões No que tange ao nosso dia a dia, além da vida de comunidade e oração, nos engajamos nas várias atividades pastorais: celebrações dos sacramentos, visita aos doentes, celebrações das exéquias, atendimento ao povo, entre outras. E, também, colaboramos com as Irmãs Salvatorianas de Messica e Chimoio, nas mais diversas atividades. Padre Justin e eu moramos em uma pequena casa construída pela comunidade local. Com ajuda da província e do caixa da região missionária, fizemos alguns acabamentos na casinha e construímos muro no espaço da comunidade religiosa, a fim de proporcionar mínimas condições para habitação e vida comunitária. Apesar de se ter tanto trabalho nessa nova frente de apostolado, atualmente não é possível acolher mais membros na comunidade

religiosa devido a falta de espaço na casa. Estamos no processo de aquisição de um espaço para a construção da futura casa da comunidade religiosa, que seja capaz de acolher mais religiosos. Apesar dos desafios, nos anima estar e trabalhar com um povo tão alegre e extremamente acolhedor. Desde a nossa chegada, fomos muito bem acolhidos e, no dia a dia, recebemos do povo inúmeras manifestações de carinho. Juntos, passo a passo, vamos caminhando e tecendo uma história de fé. Isso nos faz acreditar que aqui teremos uma profícua missão salvatoriana. Que o Bom Deus abençoe esta nova missão e que Maria, Mãe do Salvador, nos ampare principalmente nos momentos das dificuldades, para que nunca nos falte ânimo pelo zelo apostólico-missionário.

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/comunidades

Comunidade Salvatoriana de Fortaleza Nascida no ano de 1938, no dia 6 de fevereiro, a Comunidade Salvatoriana de Fortaleza, constitui uma das comunidades da Província Salvatoriana Brasileira na região nordeste. Dom Manuel da Silva Gomes, então Arcebispo de Fortaleza, manifestou interesse em ter os salvatorianos em sua Arquidiocese. Fixando-se no bairro de Parangaba, incialmente, os padres que compuseram essa comunidade tinham como apostolado a administração da Paróquia Bom Jesus dos Aflitos, com sua tradição secular. O primeiro sacerdote salvatoriano que chegou para residir nessa obra foi o Padre Lourenço Hergenhahn, que logo retornou ao sul do país devido uma enfermidade. Em seu lugar tomou posse na paróquia o Padre Berlamino Krause.

Pe. Belarmino Bruno Krause

Pe. Carlos Jobed Malaquias Saraiva, sds Coordenador da Equipe de Comunicação

São oitenta anos de existência de uma comunidade que vive o carisma salvatoriano em meio a uma realidade alegre, profética, de muita religiosidade do povo fortalezense e doação de vida de seus membros. O trabalho apostólico realizado pelos padres consiste no atendimento aos fiéis em confissões, nas celebrações sacramentais, nas formações de lideranças, nas reuniões de conselho pastoral, na gestão administrativa paroquial, no trabalho vocacional com a juventude, entre outros. Que o Divino Salvador continue abençoando essa querida e amada comunidade!

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Seminário Mater Salvatoris

Com o passar dos anos, a Comunidade Salvatoriana de Fortaleza foi se destacando por um trabalho apostólico árduo e exigente, devido a um grande contingente de pessoas que precisa ser atendido, bem como aos inúmeros desafios pastorais. O que antes era a Paróquia Bom Jesus dos Aflitos, composta por onze capelas, foi desmembrado e surgiram duas novas paróquias, a Imaculada Conceição, em 2004 e a São José em 2014. Em 1992, foi reaberto o seminário, o Instituto Mãe do Salvador que funcionou sendo um grande espaço de promoção vocacional até 2015, passando a ser uma casa de encontros e retiros para as lideranças paroquiais.

Pe. Lourenco Hergenhahn

A partir desse momento passou a funcionar no território da paróquia um seminário de formação para novos sacerdotes salvatorianos na região, o Seminário Mater Salvatoris, inaugurado oficialmente em 9 de março de 1952. Com a escassez de vocações na época, em 1974, o prédio passou a ser alugado a uma escola particular, o Colégio Anchieta e, posteriormente, já nos tempos de hoje, para a Faculdade Maurício de Nassau. Após a inexistência do seminário, os padres passaram a residir em uma casa construída ao lado que, até hoje, abriga os religiosos que trabalham neste local.


/salvatorianos

Vocação Salvatoriana No período de 5 a 8 de setembro de 2019, aconteceu em Aparecida – SP, o 4º Congresso Vocacional do Brasil. Participou deste evento o jovem Carlos Daniel Sousa Borba, animador vocacional da Paróquia Sant’Ana, de Coelho Neto – MA. Este congresso teve como finalidade analisar e traçar a trajetória da caminhada da Pastoral Vocacional no Brasil, para que se torne prioridade neste novo momento da história e da evangelização. Implantar uma cultura vocacional como ação evangelizadora, novas perspectivas para a caminhada da pastoral vocacional, aprendendo a ouvir a linguagem do jovem, aproximar-se, conhecer sua realidade e diversidade foram alguns dos destaques principais do congresso. “Foram dias de aprendizado, conhecimento e enriquecimento para que possamos ajudar nossos jovens que estão em busca de um acompanhamento, de um discernimento vocacional. Acredito que, com a realização do 4º Congresso Vocacional do Brasil, a Pastoral Vocacional possa ver vista como uma pastoral de conjunto, em que todos possam estar envolvidos em busca de suas vocações: sacerdotais, religiosas, matrimoniais e leigas”, disse o jovem Carlos Daniel.

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/tecnologia

A Igreja na era digital Por Agência Arcanjo

Diante das mudanças globais, dos avanços tecnológicos e das inovações nas formas de comunicação, a Igreja desperta para uma necessidade de adaptação para seguir na missão do anúncio do Evangelho. Não esquecendo das relações interpessoais e da “Igreja em saída”, conforme proposto pelo Papa Francisco no último Mês Missionário Extraordinário, utilizar-se das mídias digitais é hoje um caminho real para amplificar e difundir a Palavra de Deus. Assim, surgem novas ferramentas específicas para a evangelização, como aplicativos de orações, santo terço, leitura da Bíblia, conteúdos de áudio, músicas e liturgia diária. Também nas redes sociais, a Igreja vem se mostrando atuante. Com seus perfis @pontifex_pt no twitter e @franciscus no instagram, o Papa mantém uma comunicação aberta e acessível, demonstrando como todos podemos usar o espaço que temos no mundo digital para falar de Cristo. “Peçamos juntos para que as redes sociais não anulem a própria personalidade, mas que favoreçam a solidariedade e o respeito pelo outro na sua diferença”, diz o Papa. “A Internet é um dom de Deus e também uma grande responsabilidade”, acrescentou. A Igreja defende a importância de construir uma cidadania na rede como um lugar rico em humanidade. Espaço de encontro e solidariedade, não de discórdia ou desrespeito. Em uma realidade em que, quase metade da população mundial é formada por usuários ativos de redes sociais, essa relevância é indiscutível. “Aproveitemos as possibilidades de encontro e de solidariedade que as redes sociais oferecem. Vamos construir uma verdadeira cidadania na rede e que a rede digital não seja um lugar de alienação”. Papa Francisco Fonte: Portal Vatican News

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