Informativo da REDE MINEIRA DE INOVAÇÃO

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ANO 1 NÚMERO 5

Informativo

REDE MINEIRA DE INOVAÇÃO

Foto FIEMG

RMI no Conselho de Tecnologia e Inovação da FIEMG

Reunião dos representantes do Conselho de Tecnologia e Inovação da FIEMG, realizada em agosto Lucilaine Silva

A RMI (Rede Mineira de Inovação) faz parte do Conselho de Tecnologia e Inovação da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), representado por seu presidente Renato Nunes. Esta conquista é fruto do trabalho desenvolvido pela diretoria da RMI, visando fortalecer e ampliar as parcerias. O projeto teve início em julho. “Alimentamos uma expectativa extremamente positiva no que se refere à expansão de novas parcerias. Acredito que este convite é resultado de todas as conversas que temos mantido com as instituições e representa uma conquista de toda diretoria e, sobretudo, de todos os nossos associados”, ressalta Renato Nunes.

Encontros anuais

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Para o vice-presidente da RMI, Paulo Nepomuceno “a inserção da Rede Mineira de Inovação no Conselho da FIEMG aumentará a credibilidade da instituição no Estado”. A RMI participou da primeira reunião do Conselho de Tecnologia e Inovação da FIEMG como membro, em 28 de agosto. A diretora Ana Cristina de Alvarenga Lage representou o presidente Renato Nunes no encontro. Em face às questões apresentadas na reunião, vale destacar o plano de ação 2013/2014 , com ações estratégicas que poderão ser potencializadas com o apoio da RMI. “Estamos motivados com a parceira, pois os pontos convergentes que serão trabalhados contribuirão para o desenvolvimento das empresas mineiras”, acredita Ana Lage.

Inovação nas universidades

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RMI em busca de novas parcerias Fomentar a identificação e execução de projetos para o fortalecimento do movimento de incubadoras e parques tecnológicos do Estado. Esse é um dos objetivos da Rede Mineira de Inovação, que deu início ao projeto de captação de novos parceiros para proporcionar aos seus associados a obtenção de resultados sempre mais expressivos. O propósito é, nas palavras da atual equipe gestora, atrair projetos e recursos para um atendimento diferenciado às incubadoras e parques científico-tecnológicos mineiros.

Innovation Camp

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editorial

Incubadoras, Aceleradoras e a ação da RMI

Os ecossistemas idealizados com o objetivo de propiciar estímulo e apoio à criação ou geração de empreendimentos intensivos em conhecimento, são ambientes complexos, não só pela natureza e peculiaridades das entidades que neles devem estar presentes, como pelas funções e atribuições dessas entidades (que se apresentam quer de forma complementar quer, por vezes, de forma concorrencial), e ainda pela necessidade de se estruturar e implantar um processo de gestão eficiente e eficaz das interações que se desenvolvem, ou deveriam desenvolver-se, entre esses mesmos agentes. Incubadoras e Aceleradoras são somente duas entidades que se fazem presentes em tais ambientes, mas que, por outro lado, se constituem em organizações chave de todo o processo, uma vez que lhes cabe, entre outras, a função essencial, de ancorar e coordenar as ações de participação, cooperação e interação dos demais integrantes do ecossistema, em prol da criação e implantação de mecanismos e apoios destinados a reduzir o risco dos negócios a níveis que possam ser considerados aceitáveis pelos empreendimentos nascentes. Em tempos mais recentes, algumas políticas, programas e apoios, principalmente governamentais, têm colocado em maior evidência a importância e a atuação das Aceleradoras. Citam-se, a título de exemplo, os programas Startup Brasil, Inovativa Brasil e SEED. Identificação e seleção de ideias ou projetos, investimento inicial, capacitação de empreendedores, desenvolvimento de modelos e planos de negócios, tutoria e mentoria, testes de mercado, desenvolvimento de clientes, utilização de redes de relacionamento e exposição a possíveis investidores, são atividades típicas desenvolvidas ao longo dos processos de aceleração. Mas que também são, ou deveriam ser, ainda que talvez em outras escalas de tempo e intensidade, atividades essenciais dos processos de incubação. Então, se o objetivo maior, as etapas e as atividades dos processos de geração de empreendimentos são idênticos ou muito similares, quer a sua nucleação se dê a partir de Aceleradoras ou Incubadoras, quais seriam as diferenças marcantes entre estas entidades/organizações e seus procedimentos? As Aceleradoras visam, fundamentalmente, identificar e propiciar a criação de empresas que possuam ideias, produtos ou serviços inovadores, que permitam, por sua vez, vislumbrar a possibilidade de crescimentos substantivos e rápidos (clientes/usuários, emprego, receita, escalabilidade), de forma continuada. O que encontra eco em algumas áreas e setores, principalmente no das tecnologias da informação, comunicação e conteúdos. Já nas Incubadoras, este nicho constitui-se somente numa parcela dos empreendimentos buscados e apoiados. A esse respeito, é importante registrar que a construção de um tecido empresarial consistente, ainda que este seja o que integra a vertente da economia baseada no conhecimento, não se pode basear, somente, na existência de empresas de alto impacto! Como consequência da sua atuação com este foco, resulta que a estruturação do processo de nucleação de competências e da arregimentação de parcerias, no âmbito do ecossistema de geração de empreendimentos, desenvolvido pelas Aceleradoras, com destaque para a formatação dos processos de identificação e seleção, do financiamento inicial, da tutoria/ mentoria, da exposição ao capital investidor e do acesso ao mercado, é, indubitavelmente, o seu grande diferencial e ponto forte. Já nas Incubadoras, no entanto, faz-se mister constatar (sem fazer análises de causalidade que aqui não cabem), que na sua grande maioria, este é o seu ponto mais fraco. Coopetir então é preciso, pois complementaridades existem. A Rede Mineira de Inovação, ao desenvolver o seu promissor Programa de identificação e expansão de novas parcerias e de consolidação daquelas já existentes com entidades do ecossistema acima mencionado, busca, não só, eliminar ou minimizar estes pontos fracos, mas principalmente, estimular uma reflexão, entre os seus associados e entidades parceiras, sobre a Missão, Objetivos, Estruturação e Metas dos Programas de Geração de Empreendimentos e da sua efetiva contribuição, quantitativa e qualitativa, para construção de uma sólida vertente da Economia Baseada no Conhecimento no estado de Minas Gerais. Renato Nunes Presidente da RMI

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CIAEM

Apoio ao empreendedorismo no Triângulo Mineiro Divulgação CIAEM

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O Centro de Incubação de Atividades Empreendedoras (CIAEM) é uma Incubadora de Negócios Inovadores de Base Tecnológica multidisciplinar, com sua área de atuação voltada para os diversos setores da economia. O objetivo central da instituição é apoiar os empreendedores de Uberlândia e região para fortalecer o setor produtivo do município. Desde sua instalação, em 2004, foram abrigados 25 projetos de incubação residente e não residente. Desse total, 11 empresas já se graduaram e geram 152 empregos diretos e indiretos. O CIAEM tornou-se, neste ano, o programa permanente de empreendedorismo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), por meio de sua vinculação à Diretoria de Inovação e Transferência de Tecnologia. O centro de Incubação conta Contato

com uma estrutura sólida em sintonia com a missão de “ser uma incubadora de referência nacional na construção do desenvolvimento social e econômico brasileiro, incentivando a cultura empreendedora, através da criação de novas empresas inovadoras e duradouras”. A incubadora tem fomentado o empreendedorismo de base tecnológica através de programas específicos de disseminação da cultura de inovação e de seus programas de prospecção, que já estão na quinta edição. Essa iniciativa teve como objetivo o desenvolvimento econômico da região. A equipe do CIAEM tem compromisso com a ética e responsabilidade e busca amparar o estágio inicial de empresas nascentes para que elas alcancem o sucesso no mercado.

CIAEM - Centro de Incubação de Atividades Empreendedoras Av. João Naves de Ávila, 2121, Bloco 5L – Campus Santa Mônica – Universidade Federal de Uberlândia (UFU) CEP: 38.408-100 / Fone / Fax: (34) 3239-4518

expediente

O informativo da RMI é uma publicação trimestral da Rede Mineira de Inovação.

Av. Afonso Pena, 4.000, 3º Andar, Cruzeiro, Belo Horizonte/MG - CEP: 30130-009. Contato: (31) 3281-2011; E-mail: rmi.comunicacao@rmi.org.br; Site: www.rmi.org.br Presidente: Renato de Aquino Faria Nunes. Vice-Presidente: Paulo Augusto Nepomuceno Garcia. Diretoras: Adriana Ferreira de Faria e Ana Cristina de Alvarenga Lage. Assessora de Comunicação: Lucilaine Silva. Projeto Gráfico e Diagramação: Contexto Assessora em Comunicação - (35) 8828-0861. Edição: Bill Souza (MTB – 25.949/SP); Revisão: Ana Cristina de Alvarenga Lage, José Osmar Dutra e Mírian de Jesus. - Edição Impressa: 500 exemplares Parceiros RMI


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Destaque

Lucilaine Silva

Gestores e representantes das incubadoras e parques mineiros durante reunião da RMI

Encontros anuais da RMI A Rede Mineira de Inovação realiza três encontros durante o ano para propiciar a integração do movimento e definir rumos estratégicos para o desenvolvimento científico, tecnológico e empresarial de Minas Gerais. Participam dos encontros diretores, gestores de incubadoras e parques tecnológicos, associados e parceiros da RMI. A primeira reunião anual de 2013 aconteceu, em abril, na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), em Belo Horizonte. Os

temas abordados foram: a atração de novos investimentos para o desenvolvimento dos habitats de inovação; a busca por novos parceiros e a consolidação de projetos que beneficiam os associados. O segundo encontro, em agosto, foi realizado no Centro de Incubação de Atividades Empreendedoras (CIAEM), em Uberlândia. Na pauta, debate sobre a implementação da plataforma Cerne (Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos) e o painel que discutiu as vantagens e desvantagens das in-

Rede tem três novos associados A Rede Mineira de Inovação conquistou três novos associados. São eles: a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Universidade Estadual de Montes Claros, o Parque Científico e Tecnológico de Uberaba e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - Senac. Agora, fazem parte da rede 24 incubadoras, dois parques tecnológicos e uma instituição educacional de direito privado. A nova incubadora associada atua com empreendimentos de base tecnológica em diferentes áreas de conhecimento. Já o parque de Uberaba pretende abrigar empresas que ofereçam produtos e serviços nas áreas de Tecnologia da Informação, Bio-

tecnologia, Eletro Eletrônica, Ciências Médicas, Eletro Mecânica, Engenharias e Agronegócio. O Senac Minas atua na capacitação profissional na área de comércio de bens, serviços e turismo. Podem se associar à Rede instituições que representam incubadoras de empresas, parques tecnológicos, polos e tecnópolis, agências ou entidades governamentais, empresas, organizações não governamentais ou pessoas físicas que tenham como objetivo a pesquisa, o empreendedorismo, a inovação e o surgimento e fortalecimento de empreendimentos inovadores em Minas Gerais. Informações: (31) 32812011 ou rmi.comunicacao@ rmi.org.br.

cubadoras e das aceleradoras de empresas. O evento contou com a participação de um dos grandes nomes do empreendedorismo inovador, professor José Alberto Sampaio Aranha, diretor do Instituto Gênesis da PUC-RJ. A terceira e última reunião do ano está programada para novembro e acontecerá nas instalações do Parque Científico-Tecnológico e da Incubadora de Empresas de Itajubá, durante a comemoração do Centenário da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI).

Editais EDITAL 13/2013 – FAPEMIG A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), lançou o Edital 13/2013 destinado ao Programa de Apoio à Inovação Tecnológica em Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Tecnova Minas Gerais. Microempresas e empresas de pequeno porte, sediadas em Minas Gerais, podem apresentar as propostas. O programa prevê apoiar projetos voltados para as áreas de agronegócio, biotecnologia, eletroeletrônico, energias alternativas, meio ambiente, mineral-metalúrgico, petróleo e gás e tecnologia da informação e comunicação. As propostas devem ser submetidas até o dia 18 de novembro. Acesse o site www.fapemig.br e confira o edital. EDITAL – CENTEV O Parque Tecnológico de Viçosa está com processo de seleção contínuo, ou seja, a qualquer momento as empresas interessadas podem submeter suas propostas. O Parque Tecnológico é um complexo organizacional de caráter científico e tecnológico, que abriga empresas de base tecnológica e instituições de pesquisa e desenvolvimento. Acesse o site www.centev.ufv.br e confira o edital.


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Parques Tecnológicos

Representantes dos parques tecnológicos mineiros durante Seminário Uberaba Inovadora

Instituições reescrevem cenário mineiro de inovação Jositone Oliveira

Rafael Melo

Inovação compartilhada e desenvolvimento regional são marcas dos Parques Científico-tecnológicos em Minas Gerais. O Estado abriga atualmente seis parques, que estão em fase de implantação ou de operação graças à união de esforços entre governo, universidades e empresas. “Os parques tecnológicos são ambientes de negócios típicos da nova era do conhecimento, em que o acúmulo e a qualidade dos intangíveis de uma empresa determinam sua competitividade no mercado”, explicou a gestora executiva de projetos do Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), Mariana de Oliveira Santos. Nesse contexto, prossegue Mariana Santos, o permanente contato entre gestores de tecnologia, acadêmicos e demais agentes do sistema de inovação é crucial, pois amplia as possibilidades de compartilhamento de habilidades, equipamentos e conhecimentos no desenvolvimento de novos produtos. “Portanto, os parques destinam-se a reunir empresas que desenvolvam e comercializem produtos e serviços de alto valor agregado, bem como todas as atividades de apoio à inovação tecnológica, de forma a dinamizar a interação entre os residentes e desses empreendedores com outros agentes que complementem as atividades do parque, no que se diferem significativamente dos

Parque Tecnológico de Itajubá distritos industriais tradicionais”, ressalta a gestora do BH-TEC. Ela explica que esses ambientes planejados permitem a interação entre o meio acadêmico e o setor empresarial. Também facilitam a transferência de tecnologias geradas nas universidades para o mercado e incentivam os esforços de inovação das empresas por meio do uso compartilhado de espaços de pesquisa e laboratórios. O gerente de acompanhamento empresarial do Parque Tecnológico de Viçosa (tecnoPARQ), Marcos Rodrigues, lembra ainda que um empreendimento desse porte precisa ter como meta a atração e fixação de empresas, com o objetivo de dinamizar e alavancar o desenvolvimento econômico local.“É um ciclo que envolve a atração de novas empresas para o ambiente do parque e, paralelamente, a busca por investimentos para as

O grande potencial nos setores de Energia e Engenharia caracteriza o Parque Científico-tecnológico de Itajubá, implantado no campus da Universidade Federal de Itajubá (Unifei). A Fase I, inaugurada em dezembro passado, contempla três Centros de Estudos, Investigação e Inovação (CEII): Eficiência Energética, Materiais Biofuncionais Avançados e Qualidade da Energia e Compatibilidade Elétrica em Redes Inteligentes. Um quarto centro – Núcleo em Tecnologias em Educação e Gestão - está em construção. Também faz parte dessa etapa um condomínio de empresas, onde se localizam a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de Itajubá (INCIT), que abriga 23 empresas em seu Programa de Incubação, e sete empresas graduadas.

empresas instaladas, propiciando a dinamização e consolidação da economia regional”.


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Parque Tecnológico de Viçosa O Parque Tecnológico de Viçosa (tecnoPARQ), gerido pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), abriga atualmente seis empresas residentes. O empreendimento está em operação desde abril de 2011 e a expectativa é que o número de empresas instaladas dobre até o final deste ano. O tecnoPARQ é uma unidade do Centro Tecnológico de Desenvolvimento Regional de Viçosa (CENTEV/UFV), que é um órgão da UFV responsável por promover a interação entre a universidade, o setor público e o setor privado, visando o desenvolvimento econômico da região. O tecnoPARQ é o vetor de indução do desenvolvimento econômico local. A fim de atender à sua missão proposta, o tecnoPARQ foi planejado como um ambiente de inovação diferenciado, tanto no que diz respeito ao seu funcionamento e estruturação, quanto no que tange aos produtos, serviços e benefícios oferecidos para a comunidade empresarial, acadêmica e a sociedade em geral. Os planos de expansão do tecnoPARQ incluem a urbanização de uma área de 40 hectares, que será destinada à instalação de empresas e de centros tecnológicos, como o a criação do Museu Histórico, Museu Interativo de Ciência e Tecnologia e o Centro Tecnológico de Biossegurança e Quarentena Vegetal (CTBQV), que prestará serviços na área de defesa fitossanitária e sanidade vegetal.

Parque Tecnológico de Lavras Em fase de implantação, o Parque Científico e Tecnológico de Lavras (Lavrastec) é fruto de uma parceria entre Universidade Federal de Lavras (UFLA) e o Governo de Minas Gerais. A previsão é que o Lavrastec entre em operação até 2015. “Diversas empresas estão entrando em contato e demonstram interesse em se instalarem no parque. No momento, as obras contemplam a infraestrutura, com a urbanização do local onde o parque está sendo implantado”, explica o assessor de Inovação e Empreendedorismo da UFLA, professor Wilson Magela.

André Berlinck

Parque Tecnológico de Uberaba O Parque Científico e Tecnológico de Uberaba está em fase de implantação. Acaba de receber apoio da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia para a construção do primeiro prédio institucional, que abrigará o escritório de negócios do Parque, o Núcleo de Inovação Tecnológica, a sede do Instituto Parque, a incubadora de base tecnológica e empresas associadas ao Parque. O Parque de Uberaba possui como âncoras a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) e poderá sediar o primeiro Centro Nacional de Turbinas a Gás do Brasil, além de receber laboratórios de referência em prototipagem rápida e para o setor de fertilizantes. O edital de chamada de empresas será publicado nas próximas semanas. Osvaldo Afonso

Parque Tecnológico de Juiz de Fora Desenvolvimento e vantagem competitiva para Região da Zona da Mata Mineira são os objetivos do Parque Tecnológico de Juiz de Fora, atualmente em fase de implantação. A declaração é do secretário de Desenvolvimento Tecnológico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Paulo Nepomuceno, também vice-presidente da RMI (Rede Mineira de Inovação). “Já estamos em contato com uma empresa âncora da área de semicondutores, a Nanium, que demonstrou interesse em estar integrada ao parque”, ressalta Nepomuceno. De acordo com o secretário, técnicos da Fundação Dom Cabral coordenam a elaboração do plano de negócios e a capacitação da equipe que irá atuar no parque.

Parque Tecnológico de Belo Horizonte O Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC) conta atualmente com 17 empresas residentes e uma associação de empresas de biotecnologia. “O BH-TEC, em um ano e meio de operação, já apresenta resultados importantes e está aprimorando os serviços de apoio às empresas residentes”, conta a gestora executiva do parque, Mariana de Oliveira Santos. Um dos centros a ser instalado no parque é o Centro de Pesquisa René Rachou, da

Fundação Oswaldo Cruz, que levará para o BH-TEC cerca de 500 pesquisadores. O parque, prossegue a gestora, está em plena expansão de sua infraestrutura para abrigar mais empresas tecnológicas e novos centros de pesquisa. O BH-TEC é resultado de parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Governo de Minas Gerais, Prefeitura de Belo Horizonte, SEBRAE Minas e a FIEMG – sócio-fundadores do empreendimento.


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Análise

Diferenças dos mecanismos de estímulo à formação de empreendimentos José Alberto Sampaio Aranha Diretor do Instituto Gênesis da PUC-RJ

A discussão de mecanismos de estímulo às startups tem sido um tema muito discutido no movimento da ANPROTEC e, para ajudar os gerentes de incubadoras, venho propor um exercício de identificação das diferenças desses mecanismos através do preenchimento da tabela (nesta página). Uma startup é uma empresa nova, embrionária ou ainda em fase de constituição, que conta com projetos promissores, ligados à pesquisa ou desenvolvimento de ideias inovadoras, e que precisa de clientes. As startups buscam modelos de negócio, enquanto as empresas já existentes os executam. O grande objetivo deste processo é sair do conhecimento/ ideias e alcançar o cliente de forma sustentável. Para tanto, devem gerar produtos e serviços sustentáveis e, uma das formas mais competitivas, é sair da concorrência, trabalhando em nichos e alternativas de mercado. Os mecanismos mais comuns são: Coworking – É a união de um grupo de pessoas, empresas e organizações que trabalham independentemente umas das outras, mas que compartilham espaços. Para as startups, têm surgido alguns mecanismos que aplicam conceitos similares, em que se aluga o espaço de uma ou mais mesas, ocupando e utilizando a infraestrutura do local, como internet, salas de reunião, etc. com o beneficio de poder inte-

ragir com outros empreendedores, trocando ideias e ajudando a solucionar problemas. Incubadoras – Conforme a Anprotec, são entidades promotoras de empreendimentos inovadores que têm por objetivo oferecer suporte para que eles possam desenvolver ideias inovadoras e transformá-las em negócios de sucesso. Aceleradoras – São mecanismos de apoio a startups que não estão ligadas a centros acadêmicos e são mais focadas aos negócios altamente escaláveis, isto é, que podem crescer rapidamente. São geralmente lideradas por empreendedores e empresários com sucesso prévio, e são financiadas com capital privado (capital empreendedor). Inovadoras – São mecanismos que utilizam o processo de experi-

mentação “lean startup”, que consiste na constante busca por um casamento perfeito entre o produto e o cliente, na identificação de uma oportunidade de mercado. Capital empreendedor – É um mecanismo fundamental no desenvolvimento de spin offs no mercado de capital. Em resumo, esse documento pode ajudar os gerentes a fazerem uma autoavaliação do seu modelo e a criarem uma identidade baseada em seus pontos fortes. Após esse exercício, eles podem criar seu próprio mecanismo e até acrescentar novas variáveis. O desafio, no entanto, de todos os gerentes é fazer com que se chegue da ideia ao cliente de forma sustentável e escalável com o menor custo e risco possíveis.

Programa gera inovação nas universidades mineiras Transferir resultados das pesquisas acadêmicas para o mercado é o objetivo do Programa de Incentivo à Inovação (PII). A iniciativa, fruto da parceria entre o SEBRAE-Minas e Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SECTES), financia os projetos selecionados dentro das universidades participantes. Isso gera inovação e novas empresas. “O Brasil tem a 13ª maior produção científica do mundo, no entanto, a conversão dessa pesquisa em inovação, em patentes e novos negócios, é muito baixa. O PII vem justamente gerar uma mudança cultural para atender essa demanda”, diz o gerente de Inovação e Sustentabilidade do SEBRAE-Minas, Anízio Vianna.

Na primeira etapa são selecionados os projetos de maior aplicabilidade, baseada em informações contidas no formulário de inscrição e em critérios estabelecidos pela banca de avaliação. Ela define quais os projetos com potencial inovador serão contemplados para a elaboração de um estudo de viabilidade técnica, econômica, comercial e de impacto ambiental e social (EVTECIAS). Na segunda fase, a seleção é baseada nas informações dos EVTECIAS, na qual é selecionada até metade dos projetos que apresentaram maior potencial de mercado. Eles irão receber aporte de recursos para o desenvolvimento de um protótipo e para a estruturação das informações em um plano

de negócio estendido. Ao todo, o programa recebeu mais de 500 projetos e investiu R$ 7 milhões para viabilizar os que foram contemplados: O programa já está na 15ª edição e foi aplicado em 11 universidades mineiras. “O trabalho de nossa equipe e os recursos da FAPEMIG, com a parceria do SEBRAE, permitiram a continuidade do programa. Entendemos que a maior contribuição do PII está na difusão da cultura empreendedora nas instituições participantes. É preciso cuidar agora para que aquelas que não tiveram oportunidade possam ter essa oportunidade”, ressalta o superintendente de Inovação Tecnológica da SECTES, José Luciano de Assis Pereira.


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Empreendedorismo

Innovation Camp debate o cenário mineiro

Estímulo ao empreendedorismo e inovação em Minas Gerais. Essa foi a proposta do Innovation Camp, realizado no Instituto de Arte Contemporânea e Jardim Botânico (Inhotim). Participaram do evento em torno de 150 convidados, entre estudantes de pós-graduação e representantes dos setores relacionados aos temas. A iniciativa faz parte da 2ª edição do Programa Mineiro de Empreendedorismo na Pós-Graduação e é realizada pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais (SECTES), a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG), por meio do Sistema Mineiro de Inovação (SIMI) e execução do Instituto Inovação. “O encontro entre estudantes e profissionais gerou reflexões originais e reforçaram posturas empreendedoras. Essa interação alimenta de forma dinâmica o ciclo de inovação”, contou a professora da Universidade do Estado de Minas Gerias (UEMG), Samantha Cidaley. “São ações como essa que tornam o empreendedorismo tão forte em Minas Gerais”, completou. Durante os dias 21 e 22 de agosto, em um processo de imersão, foram rompidos padrões estabelecidos e propostas novas formas de pensar e agir. Também

houve, com a orientação de mentores de diversas áreas, o aprimoramento de modelos de negócios e a superação de desafios. Vinte planos de inovação, inscritos no Programa Mineiro de Empreendedorismo na Pós-graduação, foram apresentados. E, por fim, em dinâmica coletiva, foi construído um manifesto com a visão do grupo sobre o futuro da inovação em Minas Gerais – a Carta Innovation Camp. Ainda sobre o cenário mineiro, o coordenador da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da UFMG (INOVA), Aluir Dias Purceno, disse: “Minas Gerais tem grande destaque nacional e mundial no campo do empreendedorismo, tanto por seu histórico de ações pioneiras, quanto pelo seu

Minas sedia primeiro Startup Weekend Incentivo à criação de ideias e negócios inovadores marcou o primeiro Startup Weekend (SW) de Minas Gerais, realizado na Universidade Federal de Itajubá (Unifei). O evento reuniu 120 estudantes e profissionais envolvidos com o empreendedorismo. Startup é uma empresa jovem e extremamente inovadora em qualquer área ou ramo de atividade. “Oportunidades como o SW são muito importantes para a criação de redes de contatos e inspiração dos alunos. Queremos realizar um evento desse porte a cada semestre para fomentar o espírito empreendedor dos participantes”, disse o diretor de empreendedorismo da Unifei, Fábio Fowler. Fowler lembra que foi a pri-

Divulgação SECTES

Estudantes de pós e empreendedores participaram do evento, em agosto

meira vez que uma universidade brasileira sediou o SW, rede empreendedora que promove esse tipo de evento em diversos países. A organização foi feita pelo Centro de Empreendedorismo da Unifei (CEU), com apoio do SEBRAE - Minas. O evento aconteceu entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro. Os participantes assistiram a palestras sobre o tema e, depois, dividiram-se em equipes para cumprir o desafio proposto pela organização: cada grupo teve 54 horas para gerar uma startup. Os dois melhores projetos, de um total de 16, foram premiados com a participação no Brazilian Application Seminar (BRAPPS), que será em abril de 2014. São eles: AgroSmart e Dbook.

desempenho atual. O que falta é uma melhor equalização entre os centros de pesquisa e inovação do Estado”. “Por isso a Rede Mineira de Inovação (RMI), que permeia as instituições com o papel de criar interação e trocas entre elas, é de fundamental importância. A RMI tem o potencial de distribuir e uniformizar o grau de desenvolvimento entre esses centros”, acredita o coordenador. A próxima etapa será em novembro, na qual os alunos produzirão vídeos que serão avaliados e selecionados por um júri. Dentre os cinco selecionados para a final, o vencedor ganhará uma viagem a um centro de tecnologia internacional. Mais informações http:// empreender.simi.org.br/.

Feira e Encontro Mineiro de Inovação Acontecerá na Universidade Federal de Itajubá (Unifei) o Encontro Mineiro de Inovação. O encontro será realizado durante a Feira de Inovação Aberta, entre os dias 4 e 6 de novembro. A Feira contará com palestras, casos de sucesso, minicursos, talk show sobre “Desafios e Oportunidades de Inovar no Brasil” e uma Agenda de Relacionamento SEBRAE. As palestras e minicursos abordarão temas como “Propriedade Intelectual”, “Urgência da Inovação nas Micro e Pequenas Empresas” e “Marketing para Inovação Aberta”. As apresentações serão feitas por convidados como FIAT, Endeavor, TV Globo, WeNovate além de representantes de órgãos públicos e do meio acadêmico. Informações: www.inovacaoitajuba.com.br.


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Empresa mineira participa de festival de tecnologia em Londres

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A startup iOasys participou de um dos maiores festivais internacionais de tecnologia, o Digital Shoreditch, realizado na Tech City, polo britânico de inovação e empreendedorismo. A façanha foi possível porque a empresa conquistou o primeiro lugar na etapa Minas Gerais do Concurso de Startups Brasil - Reino Unido. A competição foi promovida pelo UK Trade & Investiemnt (UKTI) e contou com o apoio da Fumsoft para a pré-seleção. De acordo com o empreendedor Walter Galvão, “o que nos motivou a participar foi a expectativa de validar a nossa ideia, pois teríamos a oportunidade de expor os nossos produtos a uma banca criteriosa e, ao mesmo tempo, obter um feedback sobre o projeto”. Ele participou do evento ao lado do sócio Gilson Vilela. “Ganhar o prêmio, apresentar o projeto e receber convite do governo britânico para abrir uma estrutura no Reino Unido, tudo isso abriu muitas portas e aumentou a nossa

Arquivo pessoal

Lucilaine Silva

Os sócios Gilson Vilela e Walter Galvão durante evento Digital Shoreditch

visibilidade no mercado”, completa. Para Vilela, “foi uma experiência incrível poder apresentar a empresa durante o festival para pessoas do mundo inteiro. Fizemos muitos contatos com empresas inglesas e também brasileiras, presentes no evento”. O projeto apresentado pela iOasys é uma plataforma voltada para empresas de treinamento e educação, com interesse em disponibilizar seu conteúdo em dispositivos mó-

veis. A plataforma tem o objetivo de facilitar o ensino a distância e propor atividades mais dinâmicas. Fundada em 2012 por dois jovens amantes da tecnologia, a iOasys é uma startup mineira focada em desenvolvimento de soluções para plataformas mobile. Já foram publicados nove aplicativos e outros quatro projetos entram no ar nos próximos meses. A empresa participa do projeto de Aceleração de Startups da incubadora mineira Fumsoft.

HABITAT avança para expansão de seu prédio A HABITAT, incubadora de empresas gerida pela Biominas Brasil, com o apoio da Secretaria de Estado de Ciência Tecnologia e Ensino Superior (SECTES), está colocando em marcha um projeto de expansão do seu prédio. O objetivo é ampliar a sua capacidade para apoiar o desenvolvimento de empresas de base tecnológica no

setor de Ciências da Vida. A HABITAT está localizada em uma área total de nove mil m² com área construída de três mil m². A expectativa é que sejam construídos aproximadamente mais dois mil m², com salas de uso privativo e novos ambientes de uso compartilhado. Essas novas salas poderão ser usadas por novos projetos ou

ainda por empresas mais avançadas, que fazem parte do programa de incubação e que estão com seu processo de graduação estacionado devido à carência de espaços adequados para a transferência. Nessa etapa, a equipe da HABITAT trabalha na elaboração do projeto arquitetônico executivo e dos projetos complementares.

Sucesso nascido na incubadora do Inatel Mila Oliveira ACS Inatel

“Tornar meu sonho realidade e com o menor risco possível”. É assim que o ex-aluno Bruno Mecchi Gouvêa, sócio do Grupo Giga, define o motivo de ter ingressado na Incubadora de Empresas e Projetos do Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações), em Santa Rita do Sapucaí, sul de Minas Gerais. Hoje, o grupo conta com três unidades de negócio. “A incubadora despertou o vírus do empreendedorismo e impulsionou minha carreira. Tive assessoria nas áreas de gestão empresarial, comercial e em desenvolvimento de produtos. Todos foram fundamentais para tocar a empresa, fazê-la crescer”, lembra Mecchi, de 29 anos, ao contar sobre a criação Nibtec, voltada para

o desenvolvimento de soluções, softwares e produtos usando a tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID) para identificação, segurança e rastreabilidade. Quando a empresa foi graduada, já com o nome de ‘Giga Security’, compunha o quadro societário da empresa o pai, Cláudio Gouvêa, e o irmão dele. “Na época, meu pai e meu irmão possuíam outro empreendimento, a Giga Stamp. Então, a Nibtec se uniu em parceria à Giga Stamp e se tornou Giga Security. Com isso, formou-se um grupo empresarial no ramo da metalurgia de precisão e na área de segurança eletrônica, o Grupo Giga. Depois vieram outras empresas, como a Giga Antenas (vendida) e a Giga Eco para fortalecer a marca”, conta o jovem, natural de Campinas. As empresas com ideias ino-

Arquivo pessoal

vadoras são procuradas por investidores financeiros. Bruno conta que durante o período de incubação chegou a ser procurado por alguns investidores. “No início, quem investiu na empresa foi meu pai. Isso fez com que crescêssemos mais rápido. Neste ano, recebemos um investimento pesado, da SOMFY, empresa francesa que atua no mercado de motores para abrir e fechar cortinas, e no negócio de automação residencial e segurança eletrônica. A empresa está entrando nesses dois mercados para ter uma solução completa para residência, comércio e empresa”, explica.


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