Especial:
Exposição Nacional HB
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ANO XI Edição 130 30 de Maio à 25 de Junho de 2014 R$ 8,00
Foto: Edisson Larronda
jornal.terraecampo@hotmail.com
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on Facebook: jornal terra e campo
65ª Exporosul
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www.jornalterraecampo.com.br
grandes negócios em Rosário do Sul
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Editorial
Expediente
Charge
O fechamento de uma edição é sempre motivo de apreensão, pois afinal, somos meio que pais, que aguardam impacientes na sala de espera. Queremos ver logo a “carinha do filho”, são horas e horas, literalmente correndo atrás da notícia, ligações intermináveis, arquivos perdidos que precisam ser encontrados, artes de anúncios que precisam ser refeitas. É sempre assim, fazer jornalismo é como um vício: eu diria um vício salutar. Que te deixa apreensivo, às vezes até angustiado, mas guando o jornal fecha. Ufa! Todo mundo respira aliviado com a sensação de dever ou “prazer”, cumprido.
General Osório, 1400 Galeria Acosta sala 10 Fone: (53) 3252.2183 Diretor: Éverton Neves Depto. Comercial: Lindamar Neves Jornalista responsável: Éverton Neves DRT 13145 Projeto gráfico: Luiz Antônio Machado Jr. Diagramação : Matheus Ferreira da Silva
Silva Tavares 1187 - Canguçu/RS
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Este é um grande exemplo pela caminhada vitoriosa da COOPAR. São dezenas de anos de um trabalho sério, prezando sempre o cooperativismo sadio
Miguel Rossetto - Ministro do Desenvolvimento Agrário
Índice
Envio de materiais, fechamento redação: até o dia 23 Fechamento publicitário: até o dia 20.
Colaboradores: Dejalmo Prestes, Fernando Furtado Velloso, Gerson Pinto, Cristiano Costalunga Gotuzzo, João Bosco, Fabiana Gonçalves, Daniel Barros,Emerson Sabedra. Tiragem: 10.000 exemplares Abrangência: Regiões Sul e Campanha. Foto Capa: Edisson Larronda Conselho Editorial & Assessoria:
Frase destaque
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Melhor ainda quando temos uma edição repleta de temas interessantes que com certeza irão acrescentar na vida dos produtores. Nesta edição em especial quero destacar a participação do nosso mais novo colunista, trata-se de uma dos mais renomados especialistas de vinhos do Brasil – Fernando Zamboni – é um mestre na arte dos vinhos que em muito vai engrandecer o nosso veículo e propiciar momentos especiais para os apreciadores do vinho em sua coluna. Obrigado Zamboni pelo apoio e confiança – teremos que fazer um brinde – então um brinde a nossa nova edição, aos amigos colaboradores, aos produtores e ao nosso mais novo parceiro – Fernando Zamboni - Saúde! Boa Leitura!
Fundado em outubro de 2002 Grafik Gráfica Expressa CNPJ: 05.038.806/0001-92
Agenda de Leilões/ Eventos......4
Especial Exporosul ...................16
Especial
Fenovinos ......... ........5
Especial Cultura.......................18
Mercado / Repórter Rural..........6
Especial Eqüinos ....................20
Raças - Braford ............................7
O Universo dos Vinhos.............21
Pecuária em destaque...............8
Perfil...........................24
Especial Cultura.......................10
Info Afubra...............................28
Especial Mercado do Leite........12
Especial Mercado do Boi ..........29
Manejo do Milho BT ..................14
Especial Cavalo Crioulo............31
O Jornal Terra & Campo não se responsabiliza por conceitos emitidos em colunas e artigos assinados e não devolve originais, publicados ou não.
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Calendário de Leilões - Abril e Maio Cavalos: 07/06
Cotações Agropecuárias
Gado Geral: Remate Cabanha Escondida Local: Agro Pastoril Uruguaiana/RS Horário: 21:00h
Local: Parque de 04/06 Exposições de Santiago Santiago/RS Horário: 16:00h
Remate Maufer 13/06 Local: Pista J Esteio/RS Horário: 21:00h
Local: Parque de 05/06 Exposições de Itaqui Itaqui/RS Horário: 19:00h
Leilão Estância 14/06 da Liberdade Local: Pista J Esteio/RS Horário: 21:00h
Local: Sindicato de 11/06 Pinheiro Machado Pinehiro Machado/RS Horário: 20:00h
Remate Cabanha 20/06 Dom Alberto Local: Vacaria/RS Horário: 21:00h
Estância 2 Meninas e 11/06 Convidados - São Chico Local: Parque de Exposição São Francisco de Assis/RS Horário: 18:00h
Leilão Cabanha 21/06 São Marcos Local: Vacaria/RS Leilão Estância Rio 27/06 da Pedra e Amigos Local: Araranguá/SC Canal Rural Horário: 21:00h
11/06 Local: Parque de Exposições Lindolfo Jacques Santo Antônio das Missões/RS Horário: 15:00h 13/06 Local: Parque Cambará Cruz Alta/RS Horário: 15:00h
Entre 26/05 à 30/05/2014 | Fonte: EMATER/RS
Eventos - Junho 03 a 06/06 V Feira de Novilhas selecionadas | São Gabriel/RS 04 a 10/06 VI Feira de Fêmeas | Santa Vitória do Palmar/RS 11/06 II Feira de Terneiros e Vaquilhonas | Rosário do Sul/RS 13 e 14/06 XXIII Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas | São José do Ouro/RS 20 a 30/06 II Feira de Reprodutores e Reposição | Santiago/RS 20 a 30/06 XI Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas | São Pedro do Sul/RS
Cabanha Figueira realiza remate de liquidação A Cabanha Figueira, um dos principais criatórios do estado na raça Hampshire Down, realiFoto: Divulgação
za no dia 14 de junho, as 16 hs no Sindicato Rural de Cachoeira do Sul o seu remate de liquida-
Foto: Everton Neves
ção. Serão ofertados 24 ovelhas PO importadas, 26 ovelhas PO, 05 carneiros PO importados, 11
cordeiras PO, 10 cordeiros PO. O criatório teve início no ano de 1998 na cidade de Garibaldi na Serra Gaúcha pelo seu idealizador Renê Guedes Dal Piaz, após alguns anos foi transferida para a cidade de Farroupilha pelo fato de ter uma área maior para a criação dos animais. Onde atualmente encontra-se sua sede definitiva, tendo seu “Afixo Malbec.
Grande Campeã Expointer 2013 - Malbec 160.
Em busca do aprimoramento genético a Cabanha superou barreiras e com muito esforço trouxe recentemente animais importados da Argentina das Cabanhas “La Angelita” e “Unelen” com um padrão racial e qualidade genética inglês.
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Estância Santa Cecília conquista dois grandes campeonatos na Fenovinos 2014 Foto:Gabriel Beco
Foto:Gabriel Beco
ESPECIAL
FENOVINOS
Uma das mais conceituadas da Raça Corriedale, a Cabanha Santa Cecília, de Luis Cláudio Lemieszek Pereira, o conhecido Claudinho, conquistou mais duas importantes premiações na raça, durante a Fenovinos – Feira Nacional Rotativa de Ovinos, que este ano aconteceu em Santiago/RS. Com apenas dois animais Corriedade inscritos, um macho e uma fêmea, a Santa Cecília levou os dois grandes campeonatos. Nos machos, o Grande Campeonato e a Melhor Conformação da Raça ficaram com JEP335. Já nas fêmeas, as mesmas premiações foram para JEP370. Segundo Pereira, a Fenovinos é a terceira exposição mais importante do ano para os ovinocultores, ficando atrás da Feovelha (Pinheiro Machado) e da Expointer (Esteio). Ele comentou que os animais da Fenovinos eram de alto nível, com participação maciça de produtores. “Estou muito
satisfeito de ter conquistado os dois grandes campeonatos, com apenas dois animais. Tivemos 100% de aproveitamento”, disse.
Em 2013 a Santa Cecília foi líder do Ranking e atualmente lidera a parcial do Ranking com 100 pontos à frente do segundo colocado.
O produtor comentou que o ano de 2014 está sendo muito importante para a Santa Cecília, pelo grande número de premiações nas exposições e também por estar, até o momento, na liderança do Ranking Anual de Criadores de Corriedale. “Nós estamos vencendo muitas exposições. Todas que participamos com machos, vencemos, e com as fêmeas foram quase todas. Nos rústicos nós também estamos em destaque”, comemora.
A Cabanha de Ovinos A premiada criação de ovinos é uma tradicional atividade da estância. Em 2005, os ventres das raças Corriedale, adquiridos junto à renomada Cabanha Cerro Agudo, de Pedras Altas/RS, deram origem aos atuais plantéis puros da Estância Santa Cecília. Hoje, o rebanho Corriedale carrega o afixo JEP. Em sua primeira participação na Feovelha, em 2008, várias pre-
miações foram conquistadas por ambas as raças. E, debutando em Esteio, no mesmo ano, mais dois destaques: o Primeiro Prêmio da categoria Carneiro da raça Corriedale, e a conquista na categoria Borrega Dente de Leite. Em Caçapava do Sul/RS, durante a exposição de primavera de 2008, a Estância obteve o título de Grande Campeão Carneiro da raçaCorriedale, e Grande Campeã Borrega Ideal. E na exposição de Bagé, os Grandes Campeões das raças Corriedale e Ideal, nas categorias macho e fêmea, representavam a Estância. Foto:Divulgação
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Marco Medronha mmedronha@hotmail.com
REPÓRTER RURAL
Foto: Acrissul
Ouvir e observar Estimativa da safra de soja da INTL FCStone reafirma que a produção brasileira será de 87,6 toneladas A estimativa da consultoria apresentada no início de maio mantém os números para a safra 2013/2014 de soja divulgados em abril. Alguns estados sofreram adequações.
tendo um nível ainda confortável. Estimativa realizada para a safra de milho prevê um aumento de 500 mil toneladas em relação ao último estudo
Na revisão da estimativa de safra de maio realizada pela INTL FCStone, consultoria de gerenciamento de risco com foco em commodities, foram feitos ajustes em produtividades de alguns estados, especialmente os que colhem a soja mais tardiamente, no entanto a produção brasileira continua estimada em 87,6 milhões de toneladas.
A estimativa de safra de milho realizada em maio pela da INTL FCStone trouxe uma produção de 71,72 milhões de toneladas para o ciclo 2013/14, um aumento de quase 500 mil toneladas em relação à projeção de abril. Não houve alterações nos números da primeira safra, cuja produção esperada continuou em 30,8 milhões de toneladas.
No Paraná, o clima seco prejudicou fortemente a safra do noroeste do estado, levando a uma produção 15% menor do que a esperada inicialmente. No Rio Grande do Sul, a maior parte da colheita foi realizada em abril, e mostrou rendimento pouco abaixo das expectativas. Com isso, o volume produzido deve ser de aproximadamente 13 milhões de toneladas.
No caso da segunda safra, houve uma pequena correção na área plantada e a produtividade média foi elevada para 4,85 toneladas por hectare, devido a revisões no rendimento esperado de alguns estados, que puderam ser mais bem avaliados com o avanço da safra. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, as expectativas para a segunda safra estão boas, apesar de parte do cultivo ter ocorrido fora da janela ideal de plantio.
Como se espera uma redução da demanda internacional nos próximos meses, principalmente da China, foi feito um ajuste nas exportações brasileiras e no consumo doméstico, que deve ser praticamente mantido inalterado em relação ao ciclo anterior. O estoque final deve ser de 3,21 milhões de toneladas, ou 3,8% do uso total do país, man-
Com isso, a produção estimada da “safrinha” ficou em 40,87 milhões de toneladas. Em relação ao balanço de oferta e demanda da safra 2013/14, houve um leve aumento nos estoques finais, que alcançaram 6,81 milhões de toneladas.
Foto: Divulgação
MERCADO
Defendo o pensamento de que todo o comunicador deve ser um bom ouvinte. Estar com a mente aberta para escutar de tudo e a todos é o caminho mais seguro para a comunicação dialógica. Nosso meio rural é potencialmente rico em histórias e estórias e as pessoas estão quase sempre ávidas a encontrar alguém com quem possa compartilhá-las. Eis uma ótima oportunidade, para o profissional do jornalismo: escutar sem pressa, melhorar seus conteúdos e inseri-los em contextos mais abrangentes.
dor é medido pela capacidade de perceber com clareza, sem julgamentos. A vida nos oferece diariamente inúmeras oportunidades de aprender pela observação e, agir por impulso, sem a reflexão, nem sempre é a melhor saída.
Ouvir e observar ajuda também na reflexão, a comunicação é potencializada quando o comunicador reúne estas qualidades básicas e raras no jornalismo contemporâneo. O processo de observar pode ser comparado a um estado de espírito, nesse devemos nos despir de pré-conceitos e refletir sobre o fato observado, sem deixar que as emoções dos nossos sentidos comprometam nossas ações. O olhar esperado do observa-
Aprendi, no campo, junto com o agricultor, a compreender e praticar tempos distintos: que a agilidade necessária nas redações é importante para a eficiência do trabalho no fechamento das edições; que o tempo para escutar e observar o meio rural não tem nada a ver com isso. Equalizar essa questão é o desafio constante daquele que conta histórias para os meios de comunicação.
A necessidade imposta pelas novas ferramentas e tecnologias para comunicação, parece nos levar para um mundo “aparentemente” fértil de conteúdos, mas ao mesmo tempo desconectado das vivências e da capacidade de ouvir.
Foto: Divulgação
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Foto: Alta Genetics
A raça Braford surgiu oficialmente na Flórida (EUA), na década de 60. Já no Brasil, em 1967, o criador Rubem Silveira Vasconcellos, de Rosário do Sul (RS), iniciou a importação de Zebuínos americanos, da raça Brahma, visando cruzá-los especificamente com bovinos Hereford, a fim de criar uma nova raça bi-mestiça, logo criadores do Rio Grande do Sul começaram a perceber as vantagens do cruzamento entre os herefords e zebús e incentivados por programas de cruzamentos governamentais difundiram os cruzamentos no estado.
BRAFORD
A Braford moderna congrega a fertilidade, habilidade materna, precocidade, temperamento dócil, volume e qualidade da carne do Hereford com a capacidade de adaptação aos trópicos, resistência aos ectoparasitas, rusticidade e rendimento de carcaça dos zebuínos, além do benefício indiscutível da heterose, que qualifica ainda mais sua carne.
Detentor de excepcional massa muscular; é incomparável na missão de produzir bezerros. A fêmea Braford é precoce e fértil. Tem comprovado potencial de entrar em reprodução, totalmente a campo, entre 14 e 18 meses de idade. Com peso médio adulto de 450Kg (15@), tem excelente facilidade de parto e habilidade materna, desmamando aos 6 - 8 meses bezerros que podem ter O macho Braford é extrema- mais de 50% do peso materno. mente fértil, viril e precoce, novilho Braford é muito precoadaptando-se muito bem às con- ce na terminação, podendo ser dições de reprodução a campo. abatido, em terminação exclu
Fonte: www.hereford.com.br
RAÇAS Foto: Alta Genetics
sivamente a campo, aos 18 - 24 meses de idade e peso entre 380 e 480 Kg, apresentando rendimentos de carcaça entre 52 e 58%. Tem carcaça bem conformada, bom perfil muscular; alto rendimento de cortes comestíveis e, o que é mais importante, tem cobertura de gordura e marmorização, o que garante a boa conservação das características de sabor e suculência quando no resfriamento realizado pelos frigoríficos, garantindo também a excelente apresentação dos cortes na gôndola.
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PECUÁRIA EM
DESTAQUE
As Provas de Touros, antigamente chamadas somente de Provas ou Testes de Ganho de Peso, seguem ativas no segmento dos reprodutores taurinos e contribuem com reprodutores provados, renovação nas baterias das centrais de inseminação e um pouco de discussões e polêmicas neste meio. Recentemente (23/maio) participei da apresentação dos resultados da 4ª PAC ANGUS EMBRAPA, Prova de Avaliação de Reprodutores à Campo na EMBRAPA CPPSUL (Bagé), e fiquei motivado a refletir sobre este assunto. Em linhas gerais, as provas ou centros de teste são locais para comparar o desempenho de reprodutores em condições iguais de manejo, alimentação, instalações, etc. As medidas são tomadas de acordo com a metodologia científica para este fim para que os resultados sejam válidos e não contestáveis. Vou me restringir a comentar e opinar sobre as diferentes provas em taurinos, pois este é grupo genético onde tenho atuação e vivência. Na atualidade dispomos de dois centros de teste de desempenho ativos: o PAC Embrapa (prova a pasto em Bagé, RS) e o CP CRV LAGOA (prova em confinamento em Sertãozinho, SP).
Outras iniciativas com reprodutores taurinos e sintéticos já foram importantes nesta atividade e devem ser citadas as provas realizadas no CAT – Chalet (Uberlândia, MG), no IZ (Sertãozinho, SP) e nas unidades da FEPAGRO (RS). Internacionalmente são referências de modelos de sucesso o Midland Bull Test (EUA), em atividade por mais de 50 anos, e a Central de Prue-
Centro de Provas de Touros: fale bem ou fale mal, mas pense nelas.
ba de Toros de Kiyú no Uruguai, com mais de 35 anos medindo o desempenho de reprodutores. Muitos são os “críticos” a este tipo de prova como método de seleção animal, por considerarem que as provas são curtas, por darem muito valor somente ao ganho de peso ou por envolverem número pequeno de animais, diferentemente da avaliação genética (DEP). Parte da argumentação é verdadeira, mas não completamente: atualmente as provas são bem mais completas e analisam outras características além do simples ganho de peso (incluindo medidas de ultrassom para carcaça, eficiência alimentar, padrão racial, etc). Em breve teremos nestas provas até o uso de marcadores moleculares e a genômica fará parte destas avaliações. Sendo assim muitos avanços estão sendo incluídos nas provas de touros e as tornando mais completas. De outra parte, além da avaliação técnica dos animais as provas tem importante função de fomento às raças e criadores e de valorização comercial dos touros. Provas a pasto x confinamento É bastante polêmica a questão de qual modalidade é mais útil para a nossa pecuária: provas á pasto ou em confinamento. Infelizmente este tema muitas vezes sai do campo técnico e cai em preferências pessoais ou ideológicas e assim as discussões são pouco (ou nada) produtivas. De um lado buscamos animais que produzam de forma eficiente e com baixo custo nos campos nativos do RS e de outro temos a demanda por alto desempenho em confinamento pelos pecuaristas que usam genética de taurinos para cruzamento. Na EMBRAPA realiza-se uma prova de touros a campo (Angus e Hereford) buscando mimetizar a situação media do produtor gaúcho, porém muitos criticam que os níveis de ganho de peso alcançados pelos animais são baixos (GMD inferiores a 1,0 kg/ dia) e que assim realizamos uma
seleção maior para rusticidade do que para potencial de ganho de peso. Já no Centro de Performance CRV Lagoa a prova ocorre em confinamento e a tecnologia de medição de eficiência alimentar (GrowSafe) vem tendo seu uso ampliado. Este teste é contestado por alguns pesquisadores por ser de curta duração, mas também fica no ar um “ranço” entre o que é feito pelo setor público versus iniciativas exitosas da iniciativa privada. As provas a pasto (com limitação de desempenho) e em confinamento (oportunizando maximizar desempenho animal) podem produzir resultados diferentes, ou seja, o melhor touro em uma pode não ser em outra. Compete a nós (selecionadores) saber explorar bem o mérito de cada prova e eleger para participação a modalidade com mais identidade com o sistema de produção dos animais ou do cliente buscado. A prova de Kiyú (Uruguai) já alcançou 38 edições com a raça Hereford em sistemas pastoris (campo nativo e pastagens melhoradas ou cultivadas) e os touros são verdadeiramente reconhecidos pelo mercado em seu leilão anual, seja por pecuaristas ou por centrais de inseminação. Os reprodutores ingressam na prova com 11 a 13 meses (de 400 a 450 kgs) e terminam com 18 a 20 meses (pesando 600 a 650 kgs). Nos EUA, país onde a avaliação genética (DEP) é fortíssima, são avaliados em Midland mais de 1 mil touros por ano em confinamento, porém usa-se alta participação de volumoso para que a dieta (e animal) aproxime-se das condições de produção do criador daquele país. Em 2013 foram avaliados em Midland mais de 580 touros somente da raça Angus (pretos). Multiplicação de genética nacional
Não há como contestar que as provas são importantes provedoras de reprodutores para as centrais de inseminação e que se tornaram uma das principais fontes de re-
ARTIGO Foto: Divulgação
Fernando Furtado Velloso - Médico Veterinário (CRMV RS 7238) Inspetor Técnico – Associação Brasileira de Angus Sócio da Assessoria Agropecuária FFVelloso & Dimas Rocha
novação de baterias de touros de algumas empresas, especialmente da CRV Lagoa. No caso da raça Angus, líder de venda de sêmen no Brasil (com mais de 3 milhões de doses em 2013), a genética nacional corresponde por aproximadamente 1 milhão de doses do total e deste grupo muitos são touros selecionados via provas, logo não devemos desconsiderar este assunto. Ainda seguirão alguns “críticos” desmerecendo o valor das provas, porém entendo ser melhor selecionar um touro por este método do que por outros menos objetivos ainda muito usados (somente o fenótipo, premiações, pedigree, etc). O principal usuário da genética de taurinos no Brasil (especialmente do grupo genético Angus e Hereford) faz cruzamento para produzir uma desmama pesada que será direcionada para sistemas de recria e engorda intensivos (suplementação ou confinamento). A grande maioria da população de animais ½ Nelore – ½ Angus são engordados em confinamentos e muitos para programas especiais de carne. Assim sendo, é buscado potencial para altos desempenhos e para qualidade de carne. Outro perfil de usuário, o do sul do Brasil, busca genética para eficiência no rebanho de cria (à campo) e de bom desempenho nos sistemas de recria e engorda. Para estes a escolha de genética é um tarefa bem mais complexa. Na luta pela valorização de genética nacional, independente de raça, as provas de touros são sim ótimas alternativas para acessar as centrais de inseminação. A necessária aproximação, participação, ajustes e valorização destas provas são as vias para darmos força ao negócio do produtor de genética e uma das vias para prover genética provada para a pecuária brasileira.
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Vendas ultrapassam R$ 500 mil no 10º Leilão Genética Vacacaí As médias do remate foram de R$ 6.723 para os Red Angus e de R$ 9.561 nos Aberdeen.
Em um remate que comemorou a 10º edição em Campo Grande, MS, Cabanha Vacacaí faturou, no último 2 de maio, R$ 554.230,00 com a venda de 70 touros Angus pretos e vermelhos. As médias do remate foram de R$ 6.723 para os Red Angus e de R$ 9.561 nos Aberdeen. Realizado durante a Expogrande, uma das maiores feiras agropecuárias do MS, o Genética Vacacaí teve pista limpa, e o grande número de compradores reincidentes foi um dos pontos altos do leilão, uma vez que a seleção dos animais é feita especialmente pensando no Brasil Central.
Foto:Carlos Eduardo Nogueira
tros anos e isso é uma das coisas que nos deixam mais satisfeitos. Se o comprador volta, é sinal que deu certo”, aponta Southall.
Segundo o proprietário da Cabanha Vacacaí, Alfredo William Southall, o remate superou as
Ele comentou ainda que é necessário acabar com a cultura de que
Leilão Querência fatura R$ 2,75 milhões com a venda de 740 animais Angus O remate, realizado no dia 08 de maio, no Sindicato Rural de Santana de Livramento (RS), colocou à venda 740 animais entre fêmeas (novilhas e vacas) Angus em idade de reprodução ou prenhas, além de 21 vacas doadoras de embriões e 41 touros jovens. Toda a oferta foi comercializada e alcançou o faturamento de R$ 2.752.950,00. Entre as fêmeas PO, a oferta foi de 360 animais, com faturamento total de R$ 1.254.750,00 e média geral de R$ 4.100,49. As novilhas foram comercializadas a uma média superior a R$ 4mil e as 42 vacas prenhas foram vendidas pela média de R$ 6.296,43; Já entre as fêmeas PC, foram comercializadas 372 fêmeas PC, com receita de R$ 986.250,00 e média geral de R$ 2.651,21. O remate vendeu ainda 21 novilhas de excelência pela média de R$ 11.328,57. Quanto à oferta de reprodutores, foram comercia-
Foto:Carlos Eduardo Nogueira
expectativas, sendo um dos melhores nos últimos anos. “O leilão andou muito bem. Nossa genética diferenciada, selecionada diretamente para o produtor do Brasil Central está dando muito certo. Prova disso é que 80% dos lotes foram vendidos para produtores que já haviam adquirido nossa genética, em ou-
lizados 24 touros Aberdeen Angus de 24 meses pela média de R$ 7.688,75 e 3 touros Aberdeen Angus de 36 meses pela média de R$ 5.200,00 mil e outros 14 touros Red Angus de dois anos de idade pela média de R$ 5.314,29. No total, foram 41 machos, com faturamento de R$ 274.050,00 e média geral de R$ 6.684,15. “Com orgulho, realizamos o maior remate da história da Querência, num total de 740 animais entre fêmeas e machos Angus PO e PC. Esta edição foi muito especial para nós e para a raça, pois foi a maior oferta de animais Angus em 2014”, destacou o criador anfitrião Luiz Felipe Ferreira da Costa, da Angus Querência. De acordo com Luiz Felipe, o remate consolidou o bom momento da raça Angus, em termos de valorização da genética e a busca de carne de qualidade.
as raças britânicas não dão certo no centro do país. “A procura é muito grande e a cada ano está melhorando. Um cliente comprou 19 touros, e isso é prova de que as raças britânicas estão dando certo por aqui”, termina.
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30 DE MAIO À 25 DE JUNHO DE 2014 Foto: Adilson Roccini
ESPECIAL
del Alma Gaucha completa onze anos CULTURA Sonido Grupo mostra a identidade cultural do Rio Grande do Sul e países latino-americanos. O grupo Sonido del Alma Gaucha foi criado em 2003 com o intuito de levar aos palcos a cultura do gaúcho, dos uruguaios e argentinos e em 2014 completa 11 anos desde sua criação. Hoje, além de conhecido internacionalmente, o Sonido já se apresentou em mais de 40 cidades gaúchas, além de conquistar vários prêmios, distinções e homenagens ao longo de sua trajetória. Segundo Alessandro Mattos, integrante desde a formação do Sonido, uma das maiores conquistas do grupo foi o recente trabalho chamado “Piá”. Direcionado ao público infantil, o Piá foi um grande desafio para os integrantes. “Fazer música direcionada ao público infantil nos dá apenas duas opções: acerto ou erro. Até o presente momento, acreditamos que as crianças estão aceitando e, se o tempo consolidar este trabalho, será uma esperança para a renovação da cultura e da música produzida no e para o Rio Grande do Sul”, comenta Mattos. Sobre as mudanças que o grupo
passou ao longo do tempo, Mattos conta que o trabalho em grupo é um exercício de democracia e resiliência. Além de a carreira artística não ter uma estrutura formal e visível, como as demais, há muitas variantes durante o processo de criação, estruturação e a efetiva consolidação de uma marca musical no mercado. Hoje, da formação original, apenas Mattos e Vinícius Leite continuam no Sonido, mas a base de instrumentistas está junta há pelo menos seis anos, que refletem em confiança mútua na hora de subir aos palcos. Atualmente o Sonido del Alma Gaucha já conta com quatro CDs lançados, tendo sua estréia neste formato em 2008, quando lançaram o Confraria de Fronteira. Desde então o grupo já lançou o Hermanos Pampeanos (2009), o Rio-grandense e Platino (2011) e o Piá (2013), que mostra o pioneirismo do grupo ao levar a música regional gaúcha ao público infantil, tendo também indicação ao Prêmio Açorianos da Música em 2014 na
categoria ‘Melhor Álbum Infantil’. Alguns dos prêmios conquistados na carreira estão Troféu Talentos da Terra, da RBSTV, em 2007 e 2008; o troféu Vencedores em 2009 e 2010; o prêmio Bravo – Dr. Álvaro de Godoy, em 2010; Música mais popular do 9º Canto Sem Fronteira, em 2011, e a indicação ao Prêmio Açorianos da Música, em 2014, pelo CD Piá. Uma das próximas metas do Sonido é a gravação de um DVD. “Entre nossos planos para o futuro está a produção do tão esperado DVD. É um projeto caro, delicado e demanda muito planejamento”, conta Mattos.
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30 DE MAIO À 25 DE JUNHO DE 2014 Foto: Adilson Roccini
Entrevista Quantos anos o Sonido completa em 2014? AM: Onze anos desde a fundação e seis desde o primeiro CD. Quais as maiores conquistas até agora? AM: Olha, graças a Deus, já tocamos em mais de 40 cidades do RS, no estado de São Paulo, no Uruguai, Argentina e no Paraguai. Também recebemos alguns prêmios, distinções e homenagens ao longo deste tempo, mas lhes digo que uma das maiores conquistas é ter concebido o recente trabalho chamado “PIÁ”. Fazer música direcionada ao público infantil nos dá apenas duas opções: Acerto ou Erro. E até o presente momento acreditamos que as crianças estão aceitando e, se o tempo consolidar este trabalho, será uma esperança para a renovação da cultura e da música produzida no e para o Rio Grande do Sul. Já houve alguma mudança (em
qualquer sentido: integrantes, pensamento, etc.) que foi muito significativa para o grupo? AM: Trabalhar em grupo é um grande exercício de democracia e resiliência, portanto as mudanças de formação são normais. Além disso, a carreira artística não tem uma estrutura formal e visível como as demais, o que nos leva a ter muitas variantes durante o processo de criação, estruturação e a efetiva consolidação de uma marca musical no mercado. Sobre a formação, desde a fundação em 2003 tenho comigo apenas um colega, o Vinícius, mas a base de instrumentistas toca junto há pelo menos seis anos, o que se transforma em confiança na hora de subir ao palco. Quanto à ideologia sofreu apenas adaptações, mas permanece com a mesma essência: Mostrar musicalmente a identidade cultural entre Rio Grande do Sul e países latino-americanos, como Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile e Bolívia.
Quantos trabalhos lançados? dicações ao Prêmio Açorianos da Música em 2010; Homenagem Produzimos:CD “Confraria de da Câmara Municipal de VeFronteira” em 2008. CD “Her- readores de Bagé pelos 10 anos manos Pampeanos” em 2009 em 2013; Indicações ao Prêmio (indicado ao Prêmio Açorianos Açorianos da Música em 2014. da Música na categoria Melhor Disco regional em 2010). Ino- Quais os planos a curto e longo vou trazendo um clipe multimí- prazo? dia: Um vídeo para a música “A arte pela história de um povo”. Produzir o tão esperado DVD CD “Rio-grandense e Platino” do Sonido, pois é um proem 2011. Produzido pelo acor- jeto caro, delicado e dedeonista Luciano Maia o álbum manda muito planejamento. destaca os ritmos latino-americanos que caracterizam o grupo. CD “PIÁ” em 2013. Mais uma vez o pioneirismo; o 4º CD da carreira foi o 1º a trazer música regional gaúcha ao público infantil e também teve indicação em 2014 ao Prêmio Açorianos da Música na categoria “Melhor Álbum Infantil” Quais prêmios o Sonido já recebeu? Troféu “Talentos da Terra” da RBSTV em 2007 e 2008; Troféu “Vencedores” 2009 e 2010; Prêmio “Bravo” – Dr Álvaro de Godoy – 2010; Música mais popular da 9ª Edição do Festival Canto Sem Fronteira em 2011; In-
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Pomerano Alimentos inaugura indústria de laticínios ESPECIAL
O MERCADO
DO LEITE
A COOPAR Cooperativa Mista de Pequenos Agricultores da Região Sul de São Lourenço do Sul inaugurou no dia 24 de maio a sua nova Fábrica de laticínios. A unidade localizada as margens da BR 116, será destinada para a produção de queijo mussarela. O evento contou com a presença do Ministro do Desenvolvimento Agrário Miguel Rossetto produtores associados e de lideranças da região. “Este é um grande exemplo pela caminhada vitoriosa da COOPAR. São dezenas de anos de um trabalho sério, prezando sempre o cooperativismo sadio, uma relação democrática, transparente com
os associados, esta é uma experiência vitoriosa do ponto de vista econômico”, comenta Rossetto. Para o presidente da COOPAR Zilmar Caetano de Almeida a inauguração da fábrica de laticínios foi mais uma etapa vencida “Essa indústria aqui tem muito a crescer, é uma etapa que foi vencida, e com isso pode gerar muitos empregos e ajudar a família de muita gente, quero dizer que esta conquista da COOPAR hoje,
não é só da cooperativa e de seus associados, ela é uma conquista de todos nós” conclui. Foto: Everton Neves
No ano de 2013, a Pomerano Alimentos obteve o faturamento de 33 milhões sendo 9,5 milhões, resultado dos produtos industrializados. A média do valor pago pelo litro de leite ao produtor ficou em R$ 0,93. A nova indústria, conta com investimentos que ultrapassam cinco milhões de reais, com a aquisição e implantação de uma linha de produção de queijos totalmente automatizada, com equipamentos nacionais e italianos.
Foto: Everton Neves
Foto: Everton Neves
A Pomerano Alimentos conta atualmente com 500 produtores distribuídos em cinco municípios da Região Sul. A média dos pro dutores é de 140 litros/dia, considerada baixa, porém o volume de leite é grande garante Fábio Bender – Gerente da Indústria, o que garante a produção de cerca de três toneladas de queijo/dia.
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Manejo Integrado Milho Bt Por Roberto Fossa Barcelos Engenheiro Agrônomo RC Agroeste Sementes O milho Bt é obtido por meio da transformação genética de plantas de milho com genes da bactéria Bacillus thuringiensis, os quais resultam em proteínas com ação inseticida. Uma inovação que exige muita pesquisa, investimento e a adoção de programas de Manejo de Resistência de Insetos (MRI) para a sua preservação. Mas que negócio é esse de resistência de insetos? A resistência é uma característica genética pré-adaptativa, ou seja, pode estar presente na população de insetos antes da utilização de quaisquer dos métodos de controle. Pode ocorrer então a seleção dos indivíduos naturalmente resistentes a determinada tática de controle. E o que o Manejo de Resistëncia de Insetos (MRI) tem a ver com isso? O MRI é o manejo das populações de insetos, para evitar que a frequência de indivíduos resistentes aumente, causando falhas no controle. Assim, o MRI destaca-se como um importante componente dos programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP). As boas práticas de MRI devem
ser adotadas simultaneamente para atingir os melhores resultados. Dentre as práticas de MRI em culturas Bt, destaca-se a adoção de áreas de refúgio, permitindo que uma quantidade significativa de insetos-alvo da tecnologia não seja exposta às proteínas Bt, sendo essas áreas então fontes de insetos suscetíveis. No entanto, diversas práticas de MIP devem ser adotadas concomitantemente visando atingir os melhores resultados. 1) Adoção de áreas de refúgio O plantio e a manutenção das áreas de refúgio representam o principal componente do plano de Manejo de Resistência de Insetos (MRI) das culturas Bt. O objetivo do refúgio é manter uma população de insetos-praga-alvo da tecnologia Bt sem exposição à proteína Bt. Dessa forma, insetos suscetíveis, quando adultos, podem acasalar com qualquer raro indivíduo naturalmente resistente que sobreviveu no milho Bt. Assim, a suscetibilidade poderá ser transmitida aos descendentes, garantindo a sustentabilidade da eficácia de controle. São diversas configurações para a sua área de refúgio. A área de refúgio pode ser elaborada seguindo diversas configurações. O objeti-
vo é proteger a tecnologia Bt sem prejudicar o seu negócio. Escolha a melhor para a sua propriedade.
cultivo no período de entressafra. Além disso, podem ser fontes de lagartas em ínstares mais avançados de difícil controle pela tecnologia Bt.do de Pragas (MIP). 4)Tratamento de sementes O Tratamento de Sementes (TS) busca o controle de pragas subterrâneas e iniciais da cultura. Os danos causados por essas pragas resultam em falhas na lavoura devido ao ataque às sementes após a semeadura, danos às raízes após a germinação e à parte aérea das plantas recém-emergidas.
2) Dessecação antecipada seguida de inseticida A dessecação antecipada disponibiliza palhada seca, facilitando a operação do plantio e promovendo a proteção ao solo. Em caso de presença de pragas na área, recomenda-se a aplicação de inseticida logo em seguida, visando à redução da população inicial de pragas, o controle de lagartas residentes em ínstares mais avançados e à manutenção do estande inicial da lavoura. 3) Controle de plantas daninhas Algumas plantas daninhas podem hospedar pragas das culturas subsequentes, permitindo que uma quantidade significativa de insetos sobreviva nas áreas de
5)Monitoramento seguido de inseticida O monitoramento é fundamental. A partir dele, toma-se a decisão de realizar ou não uma aplicação complementar de inseticida na lavoura. Amostragem: Para amostragem da lagarta-do-cartucho, deve-se amostrar 20 plantas em sequência, em pelo menos 5 pontos da lavoura (5 subamostras), totalizando 100 plantas. A avaliação do nível de ação para lagarta-do-cartucho é feita com base em uma escala visual de danos de zero a nove (0-9), conhecida como Escala Davis. O nível de ação é atingido quando 20% das plantas apresentam nota igual ou superior a 3.
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Primeiro abate certificado da raça Corriedale é feito no Marfrig de Alegrete Mercado consumidor tem mais uma opção de carne ovina com garantia de qualidade.
O mercado consumidor ganha uma nova opção de consumo de carne ovina. Nesta segunda-feira (12), ocorreu o primeiro abate com Certificado de Qualidade da carne ovina da raça Corriedale, na planta do Frigorífico Marfrig de Alegrete. A partir de agora, os cortes de qualidade dos cordeiros Corriedale estarão disponíveis em pontos de venda do Rio Grande do Sul e outros estados. A operação resulta de convênio firmado pela Associação Brasileira de Criadores de Corriedale (ABCC) e o grupo Marfrig. Convidado especial, o deputado Luiz Fernando Mainardi (PT), ex-secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, comemorou o primeiro abate. Para ele, este é mais um passo importante para continuar promovendo a ovinocultura gaúcha, que vem
Foto: Divulgação
experimentando, nos últimos três anos, um ciclo de desenvolvimento. “Com o abate, fechamos o ciclo para oferecer ao consumidor final um produto de qualidade, dentro dos padrões de sanidade exigidos e certificados”, comentou Mainardi. O deputado lembrou das ações do Programa de Fortalecimento da Ovinocultura gaúcha, desenvolvido desde 2011 pelo Governo do Estado e coordenado pela secretaria da Agricultura. Segundo ele, programas como o Mais Ovinos no Campo, que beneficiou mais de três mil produtores e contribuiu para que houvesse, no período, um aumento de 420 mil cabeças no rebanho ovino do Estado, foram decisivos. Ele citou, ainda, a reativação do Fundovinos, que vem financiando programas articulados na Câmara Setorial da Ovinocultura, e progra-
mas como o Proeso, que se dedica a garantir a sanidade dos animais e a modernização das inspetorias de defesa agropecuária. “Além de garantir a oferta de um produto de
qualidade, o convênio vai assegurar a regularidade no fornecimento e representará uma nova alternativa de renda para os corriedalistas de nosso Estado”, concluiu Mainardi.
Remate virtual da raça Devon fatura R$ 460.350,00 A Associação Brasileira de Criadores de Devon (ABCD) realizou na noite do último sábado (24/05) a segunda edição do seu leilão virtual, transmitido via internet, nas dependências do Hotel Serra Azul, em Gramado, durante a 31ª Convenção Brasileira de Criadores da raça. Em um ambiente de requinte, os criadores de diferentes partes do Brasil – Rio Grande do Sul, Bahia, Santa Catarina, entre outros – acompanharam atentos ao remate realizado durante o jantar. Um total de 159 exemplares, divididos em 22 lotes de Devon PO, PC, definidos, cruzas e Bravon foram comercializados pelo valor de R$ 420.850,00, com destaque para a venda das novilhas PO prenhes, com média de R$ 5.050,00. O animal mais valorizado foi o touro Saudade Belmur B13 3606, da Cabanha Saudade, propriedade de José Carlos Senna, adquirido por R$ 10 mil pelo criador Eduardo Duval, da Estância Ginkgo, de
O faturamento total do leilão virtual foi de R$ 460.350,00, um aumento de quase 50% com relação ao total arrecadado em 2013. “Temos muitos motivos para celebrar esses resultados, que escancaram a evolução e a valorização da raça nos últimos anos”, diz Gilson Hoffmann, presidente da ABCD.
com as presenças do ex-ministro da Agricultura, Luiz Fernando Cirne Lima, do prefeito de Capão Bonito do Sul, Danilo Barreto da Costa, do secretário-adjunto de Planejamento de Gramado, Paulo Roberto da Silva, e do proprietário do Hotel Serra Azul, Gino Perini. Nesta 31ª edição da Convenção, foi entregue o primeiro troféu Luiz Fernando Cirne Lima ao criador Cláudio Ribeiro, de Camaquã (RS), por seus anos de dedicação à raça Devon no Brasil. “Receber um troféu que leva o nome de um dos principais divulgadores da raça pelo mundo afora é algo que me deixa sem palavras. Aprendi e aprendo até hoje com os ensinamentos do professor Cirne Lima”, afirma Ribeiro.
O leilão virtual foi realizado pela Rédea Remates, com transmissão ao vivo pelo site C2Rural, e contou com a apresentação de Guilherme Minssen. O evento movimentou mais de 130 pessoas, contando
Além do remate, a Convenção realizou duas palestras técnicas durante a tarde de sábado (24/05) nas dependências do hotel. O zootecnista Eduardo Condorelli, do Sistema Farsul, falou sobre o
Dom Pedrito (RS). “Essa aquisição trará ainda mais qualidade para o meu plantel. O Saudade Belmur é um touro de reconhecidos predicados por sua linhagem genética”, afirma Duval. Além dos animais, foram leiloadas 170 doses de sêmen pelo valor de R$ 39.500,00, com destaque para o sêmen coletado de Stonegrove High’n’Mighty, com dose vendida à R$ 800,00.
novo Código Florestal e o Cadastro Ambiental Rural (CAR), traçando um panorama do atual momento da agropecuária brasileira e esclarecendo dúvidas sobre as novas regras vigentes no país. O leiloeiro Guilherme Minssen abordou as Oportunidades e desafios de mercado para a raça Devon, afirmando que existe um enorme nicho de crescimento para a raça no Brasil, em função da sua pureza genética. “O Devon foi a raça que mais cresceu no país em 2013 em número de venda de sêmen, mas os números ainda podem melhorar muito”, disse. A apresentação de Minssen gerou um debate rico entre os criadores, com diferentes pontos de vista e intercâmbio de informações e dados. “Agradeço a todos por este belíssimo evento. Queremos ver a raça cada vez mais forte, e momentos de integração e de troca de conhecimento como esses são importantes para nossa evolução”, destaca Hoffmann.
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ESPECIAL
EXPOROSUL A 65ª Exporosul teve lançamento comercial no dia 20 de maio, no Parque de Exposições Ananias Vasconcellos. A feira, que incorpora a IX Fenacitrus em sua programação, acontece entre os dias 8 e 12 de outubro de 2014 em Rosário do Sul. O presidente do Sindicato Rural do município, Airton Oliveira Marçal, destaca que a região atravessa um momento positivo, tanto na pecuária como na agricultura, e isso gera uma ótima expectativa para a realização de uma grande feira agropecuária este ano. “A exFoto: Edisson Larronda
Airton Oliveira Marçal.
65ª Exporosul promete fomentar, mais uma vez, grandes negócios em Rosário do Sul pansão da área de agricultura e a valorização dos preços na pecuária certamente vão alavancar o sucesso da nossa expofeira”, enfatiza. Marçal observa que este é o maior evento que ocorre em Rosário do Sul, e diz que o dinamismo do setor primário é capaz de suprir, por exemplo, a falta de indústrias na cidade. Sobre a Fenacitrus – evento paralelo a Exporosul, o presidente conta que, em plena colheita, os produtores vivem a expectativa de exportar a produção para pelo menos dois países – Canadá e Russia. Além da expansão agrícola, a diver-
sificação de culturas tem contribuído de forma efetiva para o desenvolvimento econômico da região. A Exporosul é uma realização do Sindicato Rural que conta com a parceria de diversas entidades. Uma delas a Emater – que faz destas feiras agropecuárias uma janela de difusão de tecnologias e palco para troca de conhecimentos entre produtores familiares. “Essa troca de experiências é muito importante para o pequeno produtor”, avalia o chefe do escritório municipal da Emater, Leonardo Oliveira dos Santos. Para o presidente do Centro Empresarial de Rosário, Cristiano Lisboa, a feira vem crescendo muito nos últimos anos e isso é um reflexo da organização e da resposta que a comunidade e os expositores dão à Feira. “Nós entendemos que somos um só aqui em Rosário do Sul, os empreendedores da cidade e os empreendedores do campo se unem para organizar uma feira cada vez melhor”, ressalta. O Centro Empresarial é responsável pela organização e comercialização do pavilhão de Comércio e Serviços, e também auxilia na comercialização dos estandes exter-
nos, que estão muito ligados à indústria de implementos agrícolas. Quem também esteve presente ao lançamento foi o assessor técnico da Farsul, Derly Girardi. Para ele as próximas exposições no Estado serão de muito sucesso – garantido por uma agricultura e pecuária cada vez mais tecnificada e valorizada. “O crescimento é notável, a gente vê que o produtor está se tornando um empresário rural, investindo e treinando o seu pessoal”, comemora. Produtores rurais e representantes de diversos setores, entre eles o poder executivo e legislativo, prestigiaram o evento. Com uma programação diversificada incluindo palestras, seminários, shows, provas de motovelocidade, combates de MMA, dança, teatro, festivais de música, exposição do comércio, serviços e maquinários agrícolas, além é claro de mostra, julgamento e venda do que há de melhor em genética animal, a 65ª Exporosul abre espaço para que as empresas e investidores da região também façam parte deste grande evento. Interessados em participar ou investir na feira podem procurar o Sindicato Rural do município.
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Consagrada como a Maior Exposição Nacional HB de todos os tempos 12ª edição do Curso de Atualização e Julgamento bate recorde de participantes.
Os três primeiros dias da Exposição Nacional HB, em Alegrete/ RS já consagrou esta edição como a maior de todos os tempos. O 12º Curso de Atualização e Julgamentos das raças Hereford e Braford bateu recorde de participantes, tendo 109 alunos, superando as expectativas e confirmando o que foi anunciado sobre a feira. O curso com alto nível técnico de palestras contou com 14 palestrantes que interagiram e relataram o que há de moderno e atualizado para a pecuária brasileira. Os primeiros colocados no curso foram: 1º Lugar – Osvaldo Accioly Menezes da Silva – 1524 pontos; 2º Lugar – Leandro Souza Pinheiro – 1509 pontos; 3º Lugar – Ricardo Silveira Ribeiro – 1508 pontos Os presentes foram entregues no final da tarde de ontem, dia 21, para os três primeiros colocados, pelos doutores Gustavo Isaacsson, Joal Brazzale Leal e o médico veterinário Rudiero Gonçalves. O primeiro colocado foi Osvaldo Accioly Menezes da Silva, 26 anos, estudante de medicina veterinária da Ulbra/Canoas, com 1524 e já participa pela terceira vez e pela segunda fica em primeiro lugar. Julgamentos: Mais de 410 animais inscritos para julgamento, hoje, quinta-feira, dia 22, às 8h30 acontece o Julgamento dos animais Rústicos Braford (campeonatos e grandes campeonatos de Fêmeas e Machos, Melhor Exemplar e Melhores Conjuntos). Já na sexta-feira, dia 23, acontece às 8h30 o Julgamento de Animais a Galpão
Braford (campeonatos, grandes campeonatos e melhores conjuntos), às 14h Julgamento dos animais à Galpão Hereford e Polled Hereford (campeonatos, grandes campeonatos e melhores conjuntos). E encerrando esta edição da Exposição Nacional ocorre no sábado, às 8h30 o Julgamento dos animais rústicos Hereford e Polled Hereford (campeonatos, grandes campeonatos e melhores conjuntos PO e PC). Os jurados dos julgamentos são: Aldo Tavares para o Hereford e Gustavo Isaacsson no Braford. Leilões: O Leilão de Rústicos da Exposição Nacional 2014, aconteceu no dia 22 de maio, com 800 animais à venda, todos padrão Hereford e Braford, sendo eles registrados e comerciais, tem a expectativa de gerar mais de R$ 1.200.000,00. O leilão ficou a cargo de Homero Tarrago, do escritório Agenda Remates (www.agendaremates.com. br). Já a 2ª edição do Leilão Reserva Especial do Núcleo Fronteira Oeste & Convidados, aconteceu no dia 23 de maio, às 19h e contou com 10 lotes de animais de argola a venda e 20 lotes de animais rústicos registrados. De acordo com o presidente da ABHB, Fernando Lopa este ano já estão confirmados diversas comitivas de outros países e estados do Brasil. “É a maior Nacional HB de todos os tempos, já superamos o número de animais inscritos do ano passado em 10%, temos participações do Uruguai e Argentina, além de criatórios de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso”, destaca. O leilão oficial da ABHB
será sob o martelo de Arthur Pires Freitas, através da Leiloeira Premier Leilões, (www.premierleiloes.com.br ) de Porto Alegre. 5ª Jornada Técnica Carne Pampa ®: Aconteceu na tarde de quarta-feira, dia 21 a quinta edição da Jornada Técnica Carne Pampa ® durante a Exposição Nacional de Hereford e Braford em Alegrete/RS. O evento contou com três palestras sobre a carne onde os representantes do Marfrig, Diego Brasil, da Unipampa Flávio Leivas e o médico veterinário do Nespro/ Ufrgs, Eduardo Dias explanaram sobre diversos aspectos do que vem evoluindo na pecuária. No final o proprietário do Restaurante Mercato, Volmir Carboni, onde é servido 100% carne certificada Hereford contou um pouco da história do oferecer a qualidade para seu cliente. Segundo o superintendente da ABHB e gerente do programa Carne Pampa ®, Alfredo Drissen o objetivo da jornada foi totalmente atingido durante essa edição. “Foi uma grande interação entre os participantes, onde conseguimos reunir todos os elos da cadeia produtiva, produtores, estudantes, comerciantes e doutores debateram o que há de bom na pecuária, com várias trocas de experiências e demonstração de novas tecnologias”, finalizou. III Circuito Concurso de Carcaças: Aconteceu na manhã de hoje, dia 21, a primeira etapa do III Circuito Concurso de Carcaças Carne Pampa ®, em Alegrete/RS. O abate foi realizado no frigorífico Marfrig e contou com a participação
de vários produtores de diferentes regiões do estado. De acordo com a supervisora do Programa Carne Pampa ®, Fabiana de Freitas serão três etapas individuais, com um ganhador em cada fase e ao final do processo teremos então o vencedor do Circuito. “Avaliamos a idade do animal, conformação, acabamento de gordura, peso e sanidade e então é feita a pontuação”, destaca.Cada criador pode concorrer com lote mínimo de 22 animais, onde serão avaliados pelos critérios do regulamento do circuito. Os vencedores da primeira etapa foram: 1º Lugar: Ricardo Felipe Sperotto Terra /Santa Vitória do Palmar – lote número 8 – totalizando 2645 pontos. 2º lugar: Sérgio Renato Dias Barbieri / Bagé – lote número 7 – totalizando 2520 pontos. 3º lugar: Ricardo Felipe Sperotto Terra / Santa Vitória do Palmar – lote número 9 – totalizando 2470 pontos. O objetivo do concurso é estimular a troca de experiências e aproximar os produtores da indústria, unindo todos os elos da cadeia produtiva, salienta o gerente do Programa Carne Pampa ®, Alfredo Drissen. “O circuito nesta primeira fase contou com lotes de excelência, com animais de qualidade certificada demonstrando que os criadores estão em sintonia com o que vem sendo aplicado através de uma equipe de profissionais comprometida com o trabalho realizado pela ABHB”, finaliza. A segunda etapa acontece na planta do Frigorífico Marfrig, em Bagé, onde teremos mais 3 colocados, e a fase final do Circuito se encerra no município de São Gabriel.
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CULTURA Cenário importante para a história do Rio Grande do Sul, parte importante do desenvolvimento econômico e palco de um acordo que pôs fim à revolução de 23, o casFoto: Divulgação
Importante marco da história gaúcha à venda telo de Pedras Altas, está à venda. Lá, o Gado Jersey, o Devon, e a raça ovina de origem da antiga Pérsia, Karakul, deram seus pri-
meiros passos e se desenvolveram no estado. O fundado Joaquim Francisco de Assis Brasil, natural de São Gabriel, foi um importante político gaúcho, sendo govenador no período imperial. Hoje, o imponente castelo de Pedras Altas, patrimônio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado e em processo de tombamento no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, está à venda por falta de recursos. Por ser um patrimônio tombado, em um primeiro momento é oferecido ao município, estado e união, depois passando para a venda pública. Para a família, este é um momento de muita dificuldade, mas a necessidade de
os novos proprietários continuarem respeitando as regras do tombamento ajuda para que essa história tão importante não se perca. A propriedade, que possui 300 hectares, contém várias construções, além do castelo, construído com estilo medieval, para dar mais conforto à esposa de Assis Brasil, a européia, Lydia. No interior do castelo, um tesouro: móveis de madeira maciça, importados da Europa, uma biblioteca com 15 mil livros, com destaque para os 22 volumes da enciclopédia, Diderot e D’Alambert, obras de arte e peças dos mais variado usos, relógios e armas, e um grande pedaço da
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Feira de Terneiros de Bagé supera R$ 1,8 milhão em faturamento Realizada no dia 24 de maio no Parque Visconde de Ribeiro Magalhães, em Bagé, a 40ª Feira de Outono de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas comercializou 2360 animais, somando R$ 1.848.840,00 de faturamento, contrariando as expectativas do mercado, que apontavam queda na oferta de terneiros. Segundo o presidente do núcleo, Cesar Piegas, os números sueraram as expectativas e os valores foram maiores que a feira de 2013. Mesmo com as especulações sobre o surto de Raiva Herbívora, que preocupou tanto compradores quanto vendedores, o evento contou com grande público,
que prestigiou a alta qualidade dos terneiros produzidos na região. O Núcleo de Produtores de Terneiros de Corte de Bagé garantiu a vacinação de todos os animais que ainda não haviam recebido a primeira dose da vacina contra a Raiva Herbívora. O presidente da entidade contou que o núcleo contratou uma equipe de médicos veterinários, que aplicaram a vacina em cerca de 1800 animais. “Nosso compromisso tanto com os vendedores e compradores, quanto com a Inspetoria Veterinária e Zootécnica de Bagé, era realizar a feira com 100% do gado vacinado, e nós conseguimos”, disse o presidente.
Lote maior valor comercializado: Terneiras fêmeas, Raça: Red Angus Proprietário: Eduardo Ceabra Nogueira Preço médio por kg: R$ 5,74 Valor do lote: R$ 20.000,00 Peso médio 174 kg por animal. Média dos Preços de vendas por kg: Macho R$ 4,95 Fêmea R$ 4,45 Novilhas R$ 4,06 Valor comercializado na feira: R$ 1.848.840,00 Resultados do julgamento dos lotes: Melhor Lote da Feira Mangueira 31, de Ricardo Xavier Lote Reservado Mangueira 45, de Eduardo Ceabra Nogueira Melhor Lote Primavera Fêmeas Mangueira 123, de Eduardo Ceabra Nogueira Melhor Lote Primavera Machos Mangueira 100, de Ricardo Nogueira
Foto: João Bosco
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ESPECIAL
EQÜINOS Por Conrado P. Kunert Médico Veterinário CRMV-RS 9961 O cavalo surgiu a milhões de anos atrás, e sua seleção natural acabou por desenvolver variadas características morfológicas, sempre variando de acordo com a região do planeta em que ocorreu. A domesticação dos cavalos foi muito importante para o desenvolvimento das civilizações asiáticas e europeias, isso ocorreu a mais ou menos três mil anos atrás. Até a idade média, o cavalo na Europa era apenas utilizado pelas classes mais abastadas, onde esses que os utilizavam eram chamados de cavaleiros. Nesta época estes animais eram usados principalmente nas guerras e também para a ostentação social, e logo após passou a ser utilizado em trabalhos de tração na agricul-
A nutrição equina A nutrição dos equinos desenvolveu-se na mesma velocidade da utilização e diversificação de seus usos e necessidades.
tura, e em máquinas de moinhos. O desenvolvimento industrial e as divisas políticas foram travadas em cima dos cavalos, mas com o passar dos anos estes animais passaram a ter as mais diversas funções e estarem cada vez mais ligados ao cotidiano humano, quase que sendo extinguidos da natureza, onde eram chamados de manadas selvagens. No século dezenove passaram a usar o cavalo com mais contundência e então surgiu a necessidade de melhorar a sua nutrição, onde foram desenvolvidas as primeiras rações, que nada mais eram que a mistura de grãos de aveia com grãos de milho. A nutrição dos equinos desenvolveu-se na mesma velocidade da utilização e diversificação de seus usos e necessidades, e hoje em dia existem grandes diversidades de raças e empregos dos cavalos, desde os cavalos de morfologia, os de
cria e até mesmo os cavalos atletas. Na nutrição de equinos, existem pequenos detalhes que se devem levar em conta, principalmente o seu trato gastrointestinal, que é único. O cavalo tem o tamanho semelhante ao de um bovino, um estômago de apenas 8 litros, que é muito parecido com o estômago de um suíno. Os animais na natureza se alimentam diversas vezes durante o dia, e em pequenas quantidades, por isso deve-se alimentá-los com rações concentradas, no mínimo duas vezes ao dia. Um erro bem comum que cometem, é alimentar um animal em desenvolvimento da mesma forma que se alimentam um animal adulto, ou seja, quando as suas necessidades são diferentes, o problema também se repete no uso dos aminoácidos, vitaminas e minerais dos quais necessita um cavalo atleta, que são bem diferentes das necessidades de um animal em repouso.
A IRGOVEL desenvolveu a linha NUTRA HORSE com rações para todas as fases de criação, bem como para animais em manutenção como animais atletas, incluindo em seus produtos elevados níveis de Lisina, Metionina e Biotina. Em rações para animais de alto desemprenho é incluído óxido de magnésio, este para prevenção de gastrites, e levedura viva, o que melhora a flora intestinal, assim auxiliando na absorção dos nutrientes. Sempre preocupada com a segurança alimentar dos animais, a IRGOVEL está desenvolvendo novos produtos em busca de atender a todas as necessidades dos equinos, e dar um apoio técnico aos seus proprietários. Para as pessoas que trabalham com os cavalos, estes são mais que animais, são uma paixão, e a IRGOVEL traz essa paixão nos seus produtos.
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30 DE MAIO À 25 DE JUNHO DE 2014 Fernando Zamboni - Sommelier e Juiz Internacional para a qualificação de vinhos E-mail: fernando.zamboni@winelands.com.br Site: www.winelands.com.br
O Vinho e a sua História no Brasil Meus caros enófilos e apreciadores do elixir dos deuses e do alimento da alma, hoje inicio a minha participação junto a esse veículo tão respeitado para lhes passar minhas experiências enológicas e tentar mostrar o quanto o mundo do vinho pode ser maravilhoso. Tudo começa em 1532 quando Martim Afonso de Souza chega de Portugal trazendo consigo as primeiras videiras com a intenção de espalhar a agricultura em novas terras no sudeste do país, mas condições muito desfavoráveis de Terroir lhe impedem que tenha sucesso. Brás Cubas, membro da expedição, insiste na idéia de plantar e cultivar videiras, transferindo suas viñas do litoral para o Planalto Atlântico quando em 1551 consegue extrair pela primeira vez o caldo das uvas e assim o transformando no primeiro vinho brasileiro. A chegada dos jesuítas à região das Missões em 1626 propicia o início da vitivinicultura no extremo sul do Brasil, graças ao Padre Roque Gonzales e a ajuda de índios guaranis. Em 1640 é realizada a primeira degustação no Brasil. A intenção era padronizar os vinhos do país, descartando os de baixa qualidade. A ação é voltada principalmente aos produtores do Sudeste, que assim como Brás Cubas continuavam o cultivo de uvas em locais inadequados. Já em 1732, imigrantes portugueses, passam a povoar o litoral do Rio Grande do Sul em um processo que se estende até 1773. Eles trazem consigo, mudas de Vitis vinifera das ilhas dos Açores e da Madeira, mas a falta de incentivo e de técnicas adequadas de cultivo faz com que as plantações não ganhem expressão. Percebendo a multiplicação das iniciativas em torno da vinicultura no Brasil, no ano de 1789 a corte portuguesa proíbe o cultivo de uva no país como forma de proteger sua pró-
pria produção de vinho. A medida inibe a comercialização da bebida e restringe a atividade para o consumo doméstico, mas no ano da transferência da coroa portuguesa para o Brasil, com a vinda da família real, isso em 1808, não só é derrubada a proibição ao cultivo da uva como ganham corpo os hábitos em torno do vinho. A bebida é incorporada a refeições e festividades religiosas. O pioneirismo gaúcho na vinicultura se materializa na figura de Manoel Macedo, produtor localizado em Rio Pardo em um período que vai de 1817 até 1835, ele registra a produção de 45 pipas de vinho em um ano, o que lhe rende a primeira carta-patente para a produção da bebida no país, concedida pela Junta do Comércio do Rio de Janeiro. O início da colonização alemã em 1840 amplia o número de imigrantes interessados no cultivo da uva. Na mesma época, o italiano João Batista Orsi se estabelece na Serra Gaúcha e, com a concessão de Dom Pedro I para o cultivo de uvas européias, torna-se um dos precursores da cadeia produtiva do vinho na região. A uva Isabel, uma das variedades introduzidas no Rio Grande do Sul, ganha rapidamente a simpatia dos agricultores, por sua resistência a doenças. Há registros de que, por volta de 1860, ela já formava vinhedos nas cidades de Pelotas, Viamão, Gravataí, Montenegro e municípios do Vale dos Sinos. Em meados de 1871, a família real portuguesa começa a tomar consciência da produção enológica no sul do país. Em viagem à Europa e ao Oriente, Dom Pedro II embarca uma pequena carga de vinho nacional para mostrar aos anfitriões. As exportações, contudo, têm início só no ano seguinte, em pequenas quantidades, sob o título de Vinho Nacional de São Leopoldo. O grande salto na produção nacional de vinhos ocorre com a chegada dos
O UNIVERSO DOS VINHOS Foto: Arquivo
imigrantes italianos ao Rio Grande do Sul em 1875, trazendo de sua terra natal o conhecimento técnico de elaboração e a cultura do consumo da bebida, eles rapidamente elevam a qualidade da bebida e conferem importância econômica à atividade, pois 1881 foi o ano do mais antigo registro de elaboração do vinho no Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul, com o apontamento de 500 mil litros produzidos na cidade de Garibaldi. O número consta em relatório feito em 1883 pelo cônsul da Itália, Enrico Perrod, depois de visita à região. Com dificuldade para negociar preços com os comerciantes e os primeiros industriários do setor, os colonos recorrem ao sistema de cooperativismo. Esta primeira fase da iniciativa é marcada pela criação da União das Cooperativas de Porto Alegre em 1912, mas a proposta foi boicotada e não teve vida longa. Frente à concorrência desordenada, a oscilação da qualidade e o crescimento da importância da atividade, é criado o Sindicato do Vinho, uma tentativa de organizar o setor. A iniciativa é articulada por Oswaldo Aranha em 1928, então secretário estadual do governador Getúlio Vargas. O associativismo é retomado pelos agricultores. Em um período de 10 anos, 26 cooperativas são fundadas, entre elas algumas que seguem atuando até hoje. O modelo criado em 1929 dá com-
petitividade aos pequenos produtores e os direciona a uma situação de equilíbrio, alcançado na década seguinte. Em 1951 acontece a transferência da vinícola Georges Aubert da França para o Brasil e marca o início de um ciclo que alavancou a vitivinicultura nacional. O interesse de empresas estrangeiras no país, que se consolidaria na década de 70 com a vinda de multinacionais do setor, aportou novas técnicas nos vinhedos e nas cantinas e elevou a qualidade da produção, além de ampliar as áreas de cultivo da uva. A melhoria das vinícolas, que ao longo da década de 80 foi marcada pela troca do sistema latada por espaldeira e o cultivo de variedades européias, ganha impulso a partir da abertura econômica do Brasil em 1990. O acesso a diferentes estilos de vinhos e a concorrência com os importados levam os produtores nacionais a aumentar a qualidade. Com a vitivinicultura consolidada em diferentes regiões, do Sul ao Nordeste do país, cada zona produtiva investe no desenvolvimento de uma identidade própria para seus vinhos. O pioneiro neste rumo é o Vale dos Vinhedos, que conquista a Indicação de Procedência em 2002. Seguindo seus passos, Pinto Bandeira alcança a mesma certificação em 2010 e hoje existem várias regiões em busca do mesmo feito.
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30 DE MAIO À 25 DE JUNHO DE 2014 Foto: Luciene Gazeta
ESPECIAL
O MERCADO
DO LEITE
Os anfitriões Cláudio Mente e Natália Lóis receberam, com muito aconchego, cerca de 200 convidados para seu primeiro remate presencial, que ofertou 55 lotes divididos entre bezerras, novilhas prenhas, novilhas amojando e vacas paridas de primeira cria com produção superior a 55kg/dia. O animal mais bem cotado do leilão foi a fêmea MA QuanFoto: Luciene Gazeta
Holandês da Morro Agudo conquista R$ 24 mil de média no 1º Leilão O plantel, de Pindamonhangaba/SP, é três vezes o Melhor Criador Nacional da raça, e abriu suas porteiras pela primeira vez no começo de maio, ofertando 55 lotes reserva.
tum Sanchez Asia TE, vendida por R$ 45 mil para o criador Gilberto Esteves, da Fazenda Água Doce, de Juiz de Fora/MG. O maior comprador do Leilão foi o criador Rogério Luis Seibt, de Presidente Olegário/MG, que investiu R$ 142 mil em 8 animais ofertados. “Estamos muito satisfeitos com o
resultado pois, além do remate ter conquistado 100% de liquidez, também observamos uma repercussão nacional excelente, pois obtivemos contato posterior de diversos criadores que assistiram ao remate pelo canal”, comemora
criteriosa seleção genética realizada, na década de 90, pelo criador Cláudio Mente inloco em fazendas modelo localizadas no Canadá e Estados Unidos.
Vamos poder ofertar no mercado bezerras meio sangue com alto potencial genético e todas top de linha”, adianta Papazoglu.
De lá, Cláudio importou exemplares especiais da raça, bem como todo o modelo de gestão, manejo e tecnologia para aplicar em sua criação. Os 25 anos de trabalho renderam ao plantel importantes prêmios, como o de três vezes Melhor Criador da raça Holandês e duas vezes Melhor Expositor da raça, além de conquistar também, por três vezes distintas, a Grande Campeã Nacional da raça – uma delas, de sua própria criação, a fêmea Morro Agudo Orquestra Goldwyn Tulipa TE que, inclusive, é recordista latino-americana de preço na raça holandesa.
O plantel de gado holandês da Morro Agudo provém de uma
Fazenda Morro Agudo: facebook.com/fazendamorroagudo
Cláudio Mente, adiantando que o sucesso deste remate motivou a criação de uma nova parceria, com o criador Jorge Papazoglu, de Belo Horizonte/MG. Juntos, eles programam o próximo leilão para março de 2016. “Considero o plantel Morro Agudo como o rebanho numero um do gado holandês no Brasil.
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Sindicato Rural de Rosário do Sul realiza segunda chamada da 1ª Feira de Terneiros O Sindicato Rural de Rosário do Sul realiza no dia 11 de junho, no Parque de Exposições Ananias Vasconcellos, a segunda chamada da 1ª Feira de Terneiros do município.
ra trará uma grande oferta de terneiros de alta qualidade.
Esta é a segunda chance de pro dutores realizarem bons negócios no município com 30 dias de prazo para o pagamento.
“Nossa expectativa é de gerar bons negócios e aumentar a procura, já que em junho as pastagens nas propriedades já estão prontas.
O evento conta com divulgação estadual, gerando grande possibilidade de negócios com produtores de fora do município, que poderão adquirir lotes padronizados, com financiamento bancário.
Com a grande oferta, os preços deram uma retraída, mas esperamos recuperar o mercado”, disse o presidente.
Segundo o presidente do Sindicato, Ayrton Marçal, a segunda chamada da fei-
A feira, a cargo da Veterano Remates, terá oferta de cerca de 450 terneiros.
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Analisando a colheita que chega ao fim e dando boas vindas à nova safra que se aproxima
Cervejas Artesanais São aquelas elaboradas quase que de “forma caseira”. Muitas micro-cervejarias, as quais usam equipamentos modernos e engarrafando suas produções, também são consideradas como cervejarias artesanais pelo manejo usado em sua produção, indo desde os ingredientes básicos da cerveja, passando pela receita de preparo e chegando até aos conservantes finais, que devem ser naturais ( lúpulo). Você pode ter sua cervejaria caseira, em sua própria casa,são realmente o que podemos chamar de artesanais verdadeiramente. Utilizam equipamentos pequenos, que cabem em qualquer cozinha e guardam suas produções com garrafas de cerveja, ou podem ser adquiridas no mercado.
Acredito que, para a maioria dos produtores da região sul, a safra 2014 apresentou resultado satisfatório. Observando a forma como começou o plantio, com excesso de chuva e posterior estiagem, não imaginávamos atingir um rendimento tão superior comparado às safras anteriores. Muitos produtores devem lembrar que na safra 2009/2010 iniciamos semeadura num ano de El Ninõ. Este fenômeno dificultou bastante a produção, pois no início da semeadura houve excesso de chuva que regularizou somente em março. Também tivemos algumas lavouras que enfrentaram estiagem pós El Ninõ, o que atrapalhou a fase de enchimento de grão da soja. Ainda assim, muitos produtores, os mais afortunados, conseguiram atingir uma produtividade de 2.400 a 2.500 kg/ha, outros atingiram de 2.000 a 2.400 kg/ha. Além de tudo isso, outro ponto importante que veio a prejudicar a safra foi o baixo preço do grão após a colheita que girava entre R$ 35,00 e 40,00 a saca de 60 kg.
ARTIGO
Dejalmo Prestes Engenheiro Agrônomo e Consultor
Embora tenhamos enfrentado problemas climáticos vale destacar alguns fatores que justificaram a boa colheita, como: capacidade, habilidade e conhecimento do produtor para investir em novas tecnologias. Prova disso são relatos de produtores que atingiram rendimentos de 3.000 a 3.600 sacas por hectare. Nesta safra, por termos muitas áreas novas de soja na região, imagino que a média não ultrapasse 40 sacas por hectare. No entanto, se forem bem corrigidas, manejadas adequadamente e ainda contarmos com clima favorável deverão alcançar média de 50 sacas de soja por hectare. Aproveito a oportunidade para cumprimentar e lembrar nosso agricultor que já é hora de planejar a nova safra. Saliento que as mudanças são constantes e que por isso novas tecnologias devem ser buscadas para que se obtenha maior produtividade. Boa colheita a todos. Vinicíus Gularte Scaglioni Eng. Agrônomo Cooplantio Canguçu.
As Cervejas Artesanais são mais bem cuidadas, com produções mais restritas (mas não necessariamente pequenas), o que leva a produtos com resultados finais muito interessantes e sabores diversificados. Cervejas caseiras são aquelas feitas em casa com produções limitadas, normalmente de 20 a 25 litros por vez, também podem ser consideradas cervejas artesanais. Para quem tem interesse em aprender a fazer cerveja na cozinha de sua casa, pode consultar dejalmoprestes@ yahoo.com.br . Existe no mercado empresas que vendem kites com os ingredientes e a receita para cada tipo de cerveja,com essa matéria prima para elaboração e com pequenos conhecimentos de fermentação e cuidados especiais, podemos saborear uma cerveja de qualidade , feita por nós. Cerveja é uma bebida alcoólica carbonatada, produzida através da fermentação de materiais com amido, principalmente cereais maltados como a cevada e o trigo. Seu preparo inclui água como parte importante do processo e algumas receitas levam ainda lúpulo e fermento, além de outros temperos, como frutas, ervas e outras plantas. São várias as classificações que se podem escolher para diferenciar os diferentes tipos de cervejas. Há quem prefira classificá-las pelo tipo de fermentação, sendo que, deste modo, se formam dois grandes grupos: as Ale (cervejas de alta fermentação ou fermentação no alto) e as Lager (cervejas de baixa
Foto: Divulgação
PERFIL
fermentação). É claro que dentro de cada um destes grupos há muitos subgrupos, havendo mesmo algumas cervejas que não se encaixam bem quer num, quer noutro grupo. Outros itens que permitem classificar as cervejas podem ser: a sua cor (clara ou escura); o teor alcoólico (sem álcool, de baixo, médio ou alto teor alcoólico); ou ainda o teor do extrato primitivo, sendo que neste caso as podemos dividir em fracas, normais, extras e fortes. Dentro desta definição de cerveja encontram-se diversas variedades, de acordo com fatores como método de produção, ingredientes usados, cor, sabor, aroma, receita, história, origem e assim por diante. Estima-se que existam atualmente mais de 20 mil tipos de cervejas no mundo. Pequenas mudanças no processo de fabricação, como diferentes tempos e temperaturas de cozimento, fermentação e maturação, e o uso de outros ingredientes, além dos quatro básicos - água, lúpulo, cevada e malte - são responsáveis por uma variedade muito grande de tipos de cerveja. As cervejas são classificadas em 5 itens: 1-Pela fermentação: Alta fermentação ou Baixa fermentação; 2-Extrato primitivo: Leve: entre 5% e 10,5%, Comum: entre 10,5% e 12%, Extra: entre 12,0% e 14% e Forte: maior que 14%; 3-Cor: Clara: menos de 20 unidades EBC (European Brewery Convention), Escura: 20 ou mais unidades EBC; 4-Teor alcoólico: Sem álcool: menos de 0,5% em volume de álcool, Alcoólica:igual ou maior que 0,5% em volume de álcool; 5-Teor de extrato (final): Baixo: até 2%, Médio:2% a 7%, Extra:>12,0% e <14%, Alto: mais de 7%. O mercado e o hábito de tomar cervejas estão passando por um momento de transição. Se as grandes cervejarias, no Brasil, estão aumentando suas vendas e lucros, as micro-cervejarias e importadoras também ganham sua importância no cenário da cerveja no Brasil. Antes fixado no consumo das “tradicionais” Pilsen das marcas mais famosas, o mercado vem se expandindo, e novos nichos e segmentos ganham força e o sabor caseiro está cada vez mais desejado pelo consumidor do Brasil.
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Sempre tive uma vontade muito grande de conhecer a Nova Zelândia, em grande parte pelo gosto pessoal em ovinocultura, o qual este país tem posição destacada no cenário mundial. No final do mês de abril surgiu a oportunidade de fazer parte de uma missão do Projeto do Juntos para Competir (SENAR-SEBRAE-Farsul) com 15 dias de visitas a Nova Zelândia e Austrália, juntamente com outros técnicos e produtores de diversas regiões do estado. As visitas se iniciaram na ilha norte da Nova Zelândia e nos primeiros momentos já era possível observar um cenário bem diferente do Rio Grande do Sul apesar da latitude semelhante. Uma topografia extremamente acidentada, com picos cobertos de neve permanente e algumas áreas de várzea nas encostas. Asfalto até a porteira de todas as propriedades e algumas vezes até no interior das mesmas. Outro aspecto que chamava atenção era a ausência de lavouras tradicionais de
Missão técnica Nova Zelandia e Australia: Eficiencia na produção leiteira verão (milho e soja). Onde eu imaginava ver ovinos por toda a parte, uma surpresa! A bovinocultura de leite é a atividade que mais chama atenção por todos os lados. A bovinocultura de leite é o carro chefe da agropecuária do país, localizam-se nos melhores solos e os maiores investimentos estão nesta atividade. O perfil de produção leiteira na NZ é bastante diferente dos nossos. Nos dias atuais no RS, imaginar uma propriedade de ponta na produção leiteira, produzindo menos de 25 litros vaca dia pode nos parecer estranho, porém na NZ é perfeitamente normal. As médias das propriedades de bom nível tecnológico são de 18 a 20 litros por vaca dia e mesmo com esta média teoricamente baixa a produtividade por ha é excepcional. A produção leiteira é estritamente a pasto ou com forragem conservada. O uso de silagem de milho, sorgo ou grãos é praticamente nulo. As raças predominantes são Holandês, Jersey e principalmente suas cruzas chama-
das de kiwi cross. O preço do leite é calculado com base na produção de sólidos e qualidade do produto. Um fato interessante é a sazonalidade de produção de leite da nova Zelândia. Existe uma estação de monta bem definida que busca que as vacas iniciem a lactação no início de produção das pastagens, desta forma conseguem produzir leite a pasto com baixíssimo custo. As forrageiras utilizadas são Azevém perene – Trevo Branco – Alfafa. O clima mais ameno que no Rio Grande do Sul e principalmente a irrigação de pastagens fazem com que a produção destas forrageiras se estenda durante todo ano, com uma queda na produção durante os meses de inverno, onde a geada e a neve são mais rigorosos. A produção de leite é moldada de acordo com o clima, curva de produção de pastagens e fisiologia produtiva da vaca. Desta forma as leitarias ficam ociosas durante 2-3 meses por ano. Durante este período os funcionários recebem férias, as novilhas são
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ESPECIAL
BOVINOS DE LEITE
ARTIGO
Daniel Barros - Médico Veterinário Consultor do SEBRAE - RS Sócio proprietário da Guarda Nova Consultoria Agropecuária
condicionadas ao sistema de ordenha, pastagens são renovadas etc.. . Creio que a NZ tem muitos aspectos interessantes para serem copiados e adaptados a nossa bovinocultura de leite. O foco no resultado econômico, deixando em segundo plano a produtividade individual é um bom exemplo. A qualidade e funcionalidade das instalações também é outro ponto a ser observado, principalmente por conta do alto custo e dificuldade de encontrar mão de obra qualificada no RS. Nos próximos artigos vamos falar sobre a bovinocultura de corte e ovinocultura da NZ e Austrália.
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VIP RURAL Foto: Edison Larronda
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A Esq. Edemundo da Rosa, Pedro Elias e Ayrton Marçal.
A Esq. Aline Castro, Bia Marçal e Rafaela Lima.
A Esq. Anibal Camps, Claudio Zambrano, Ayrton Marçal, Brasil Zamberlam, Roberto Salles e Fernando Domingues.
A Esq. Arilton Amaral, Daniel Pietro, Renan, Derly Girard e Jorge.
Foto: Edison Larronda
Foto: Edisson Larronda
Foto: Edison Larronda
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A Esq. Gilberto Moreira e Família, acompanhado dos amigos Adriano Zamberlam, Miguel Schossler e Jaci Castro.
A Esq. Leonardo Santos, Alvaro Ribeiro, Diego Schossler, Eduardo Bello e Ayrton Marçal.
A Esq. Ticiana François, Angela Bilseld, Eunice Schossler, Zilaze Ribeiro e Ayrton Marçal.
O criador Paulo Azambuja, Inspetor Técnico e Jurado do Braford, Gustavo Isaacsson e o coordenador de Exposições da ABHB, Felipe Azambuja.
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Criadores de Braford da Argentina com o Presidente da ABHB, Fernado Lopa e sua esposa Thais Pires Lopa acompanhados de Regis Trevisani.
Público prestigiando o primeiro dia dos julgamentos do Braford.
Curso julgamento ABHB.
Zilaze Ribeiro lançamento da 65ª Exporosul.
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Elemar Wojahn - Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor - CAPA.
Presidente da COOPAR Zilmar Caetano de Almeida São Lourenço do Sul/RS.
A esq. Ministro do Desenvolvimento Agrário Miguel Rossetto e Fábio Bender.
Dep. Estadual Miriam Marrone.
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INFO AFUBRA
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Nos dias atuais estamos cada vez mais buscando resultados, pensando em produção e qualidade, mas encontramos alguns problemas que não nos permite chegar ao seu potencial. Quando surgiu o plantio direto, houve um grande avanço tecno-
Calsite: seu solo merece o melhor o corretivo, fator que é lei quando fala-se em corretivos de solo. Somado a este fator corrigimos somente a parte superficial (0 a 15 cm) e nos esquecemos de trabalhar o solo num perfil maior (0 a 40 cm)ou mais, essencial para culturas perenes, e outro tipos de culturas, assim havendo deficiências de vários nutrientes, mas principalmente o cálcio (ca) onde é essencial para todas as culturas, pricipalmente em hf e fumo onde necessitamos de altas concentrações. Além disso, existe a toxidez de alumínio (al) onde limitamos muito nossa produção e assim a qualidade de nossas culturas, assim deixamos de aproveitar o nosso solo em seu potencial.
lógico a nível de solo, manejo e aumentos de produtividades, facilitando o trabalho no campo, mas junto com esta tecnologia vieram também alguns problemas, um deles foi a falta de correção de profundidade e a forma como é feita esta correção, onde Por isso a t.m.f fertilizantes ino produtor não incorpora ao solo teligentes, criou e desenvolveu o
calsite, corretivo de solo do plantio direto, hf, fumo entre outras, agindo de uma forma rápida, eficiente e sem a necessidade de incorporá-lo ao solo e devido a sua alta solubilidade e baixa dureza consegue corrigir o solo em profundidades (0 a 40 cm)a mais, com baixa dosagem, assim facilitando a mão-de- obra e aumentando a economia do produtor. Com a tecnologia do calsite, estamos revolucionando e quebrando os paradigmas do mercado quanto a sua forma de enxergar a fertilidade, pois trabalhamos o solo no seu potencial trazendo sua fertilidade disponível para as culturas e nutrindo as plantas pelo seu alto nível de cálcio (ca) solúvel e silício (si), assim conseguimos explorar melhos nossos solos e o potencial de sua cultura.
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ESPECIAL
MERCADO
DO BOI
O mercado do boi gordo está firme na região. É o que conta Rodrigo Crespo, do escritório Casarão Remates. A oferta não está grande e este fato leva a crer na manutenção ou em uma leve suba no preço para o período de junho.“Até a Copa do Mundo está ajudando. Temos pouca oferta e muita procura”, comenta Crespo. Hoje o mercado busca a carne de animais jovens, de boa genética, basicamente oriundos de raças européias como Angus e Hereford, bem como seus cruzamentos. Da mesma forma que o consumidor está pagando mais para adquirir o produto, os frigoríficos acabam bonificando os produtores, com preços que chegam a 6% acima da tabela, dando mais lucro ao criador. Em um comparativo com os últimos cinco anos, Crespo apon
Firmeza no mercado do boi gordo Hoje o mercado busca a carne de animais jovens, de boa genética.
Foto: Everton Neves
nos campos, transformando e acelerando o processo, e ocasionando uma melhor receita. “As perdas são pontuais, e serão analisadas caso a caso, mas na prática se observa que o produtor precisa estar cada vez mais consciente que é necessário investir na propriedade.
ta uma valorização, mas que é importante salietar que ela foi uma forma de corrtigir os valores do passado, onde produtores tinham alto custo de produção e preços baixos de mercado. Hoje, a rentabilidade está aliada ao consórcio pecuária x lavoura, que permitiu aos produtores um melhor manejo
Seja na alimentação, em calcário, no consórcio lavoura x pecuária.e, principalmente estar perto do negócio, como diz o ditado – o olho do dono que engorda o boi –‘, disse. Mesmo assim, dar uma receita certa de como o produtor pode lucrar mais dentro de sua propriedade não é fácil. Cada caso é um caso e as propriedades tem suas peculiaridades e suas características. Uma boa dica para o produtor,
conforme Rodrigo Crespo, é estar perto do negócio. “Estejam perto de seu negócio. Invistam em alimentação e no campo. Se a área rural permitir, faça uma parceria entre lavoura e pecuária”, termina.
“As perdas são pontuais, e serão analisadas caso a caso, mas na prática se observa que o produtor precisa estar cada vez mais consciente que é necessário investir na propriedade. Seja na alimentação, em calcário, no consórcio lavoura x pecuária.e, principalmente estar perto do negócio, como diz o ditado – o olho do dono que engorda o boi’’
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Secretaria da Agricultura e URI estreitam parceria na erva-mate e outras políticas públicas estaduais: Em reunião esta semana na Universidade Regional Integrada de Erechim (URI), técnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio e um grupo de docentes da universidade não só reafirmaram parceria com a questão da erva-mate, mas sinalizaram ampliar os temas entre as duas entidades. Na pauta, está o desenvolvimento econômico e social para a região. Uma delas é a Câmara Setorial de Infraestrutura Rural. A partir de unidades experimentais, ela trabalharia com pesquisa, validação e divulgação de tecnologias inovadores de redução de perdas em colheitas de grãos e a sua secagem e armazenagem na própria propriedade, pegando como exemplo o programa estadual RS Mais Grãos. Infraestrutura gaúcha: O tema tem entrado constantemente na pauta da infraestrutura pós-colheita. Embora em fase de recuperação e investimentos, ainda há certo déficit na armazenagem pública. Com a disponibilização do Governo Federal de R$ 156 bilhões no Plano Safra 2014/2015 e de R$ 4 bilhões ano passado do sistema estadual – o Plano Safra Estadual 2014/2015 será lançado em junho, não deverá faltar crédito para o produtor construir seus próprios silos e armazéns. Aliás, já não está faltando. Nos últimos meses, quem cruzar por BRs como 153, 386, 116, 392 e 290, por exemplo, só para citar umas, pode perceber a quantidade de investimentos nesse setor. Só em 2013, conforme o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), o RS recebeu pelo menos R$ 1,1 bilhão em investimentos de infraestrutura entre obras prontas, licitadas, em andamento. Foi o que mais teve repasses da União, seguido por Minas Gerais, entre todos estados da Federação. O valor não inclui manutenção de rodovias, estudos e projetos. No caso especifico da armazenagem pública gaúcha, a Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) está em franca recuperação. Atolada em dividas e depois de quase ser fechada no final de 2010, no ano seguinte começou aos poucos se recuperar. Mais de três anos e meio se passaram e os
ARTIGO
Cristiano Costalunga Gotuzzo Engº Agrônomo CREA/RS 131395
números já refletem a boa gestão. Saída para equilibrar preços: Não ter de vender o produto em seguida da safra, os produtores não só tem investido na melhoria da produção. Incrementar o que sai diretamente das lavouras depende de um requisito básico: ter onde guardar. Do ano passado pra cá, houve incremento de 15% de armazenagem nas propriedades. Ao ter local próprio para secar e guardar os grãos, deixa de ficar totalmente à mercê das variáveis de preços do mercado e pode vender seus produtores na hora em que os preços melhoram. Cadeia da citricultura será debatida em evento estadual em Maximiliano de Almeida: Tradicional evento que debate a cadeia da citricultura gaúcha, o Ciclo de Palestras sobre Citricultura do RS será realizado nos dias 28 e 29 de maio, na Casa de Cultura Avelino Benin, em Maximiliano de Almeida. O evento itinerante, que está em sua vigésima edição, é promovido da Prefeitura de Maximiliano de Almeida, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), Emater/RS-Ascar e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR). Mais de 300 pessoas devem participar do evento. Considerado o maior evento voltado à citricultura no Estado, o Ciclo de Palestras terá, em seus dois dias de programação, visitas técnicas e palestras abordando a citricultura nos âmbitos local, regional, estadual e internacional. Tendências de mercado, experiências bem-sucedidas de produtores, manejo, nutrição, novas cultivares, controle de ácaros e da mosca-da-fruta são alguns dos temas a serem tratados. As atividades iniciam-se na quarta-feira (28/05), às 9h30, com uma visita técnica a pomares de Maximiliano de Almeida e ao Pack House da Coocimax. A abertura oficial será também na quarta-feira, às 19h30, no Clube União. Na oportunidade, haverá homenagem pelos relevantes serviços prestados à cadeia da citricultura pelo engenheiro agrônomo e ex-empregado da Emater/RS-Ascar de Erechim, Luiz Antônio Busatta, e pelo agricultor Ivo Osmar Schuster (in memoriam).
Integração Lavoura-Pecuária Uma realidade na metade sul do Estado
Estamos terminando de colher as lavouras de soja que a cada ano vem aumentando a área plantada na metade sul do Estado que, até então, tinha como matriz produtiva o arroz e a pecuária nas áreas de várzea e nos campos de coxilha a pecuária tradicional. E com isso vem a pergunta: O que fazer com essas restevas? Dentro do planejamento dessas áreas podemos ter lavouras de inverno, como por exemplo, trigo e cevada e também, como ainda vemos na metade norte do Estado, apenas uma implantação de aveia preta para produção de palhada e posterior semeadura de soja no sistema de plantio direto. Mas como estamos em uma região de produção pecuária podemos utilizar essas áreas de soja para implantarmos pastagens de inverno e utilizarmos para pastejo direto com os animais. Assim podemos melhorar os índices da pecuária tradicional da metade sul com o melhor aproveitamento dessas áreas e implantando a tão falada Integração Lavoura-Pecuária (ILP). Para isso temos que quebrar alguns paradigmas, buscar um arrendatário-parceiro e não um extrativista dos recursos naturais do solo que busca o máximo de produção com o menor investimento sem pensar na sustentabilidade do sistema. Entender que não existe a lavoura de soja isolada da pastagem e sim que estamos trabalhando os sistemas integrados. Que a adubação que faremos tanto na lavoura quanto na pastagem será para fertilizar o sistema e não as culturas individualmente e que o animal dentro desse sistema poderá trazer benefícios para o cultivo de verão uma vez que irá acelerar o processo de aumento da matéria orgânica do solo que constitui a base de todos os processos que ocorrem no solo e no desenvolvimento das plantas. Um experimento que este ano está no seu décimo quarto ano, onde um dos atores é o Grupo de Pesquisa em Ecologia do Pastejo da Faculdade de Agronomia da UFRGS, vem apresentando resultados muito satisfatórios relacionados aos benefícios da presença do animal no período de inverno para o solo e consequentemente para a cultura da soja no verão. Os resultados demonstram que quando manejamos as pastagens de
Foto: Divulgação
INFORMATIVO SEAPA
inverno em alturas iguais ou superiores a 20 cm obtemos ganhos por animal superiores a 1 kg de peso vivo/cabeça/dia e ganhos por hectare que podem variar ao redor de 350 kg de peso vivo. Com relação ao desenvolvimento das pastagens quando manejamos com um pastejo moderado existe um aumento na produção de raízes e uma melhor distribuição das mesmas no perfil do solo comparado às áreas sem pastejo ou com pastejo intensivo (10 cm de altura de manejo do azevém). Neste mesmo experimento os resultados na soja são bastante interessantes. Comparando o estande da lavoura nas diferentes alturas de manejo do azevém/aveia só teremos redução da população de plantas de soja quando a pastagem é manejada a 10 cm desde que ocorra um período seco na época da implantação, caso contrário, a própria plantadeira rompe a camada compactada superficial e num ano chuvoso não teremos diferença no estande da lavoura de soja independente da altura de manejo da pastagem de inverno. A variação na produção de soja só ocorre também num ano seco, nos anos chuvosos não houve diferença na produção de soja independente da altura de manejo da pastagem como mostram os gráficos abaixo.
Nos gráficos acima podemos ver também que nos anos secos a presença do animal faz com que se tenha uma estabilidade financeira da atividade, pois independente da altura de manejo da pastagem e consequentemente da produção da lavoura a receita bruta foi a mesma para todos os tratamentos, ou seja, a produção animal compensa a redução da produção da soja. Por fim, podemos ter ótimos resultados na ILP se tratarmos os sistemas de forma integrada e com isso haverá um sinergismo entre as diferentes atividades beneficiando todo o processo.
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30 DE MAIO À 25 DE JUNHO DE 2014 Foto: Divulgação
Família Cavalo e Tradição Foto: Divulgação
ESPECIAL
CAVALO CRIOULO Marcas não se criam é o tempo que as perpetua, oito gerações contam a história de dedicação da família bastos ao cavalo crioulo. A terra do Rio Grande do Sul e sua gente. Tradição que é herdada com a naturalidade de quem sorri para cada amanhecer no horizonte infinito dos campos da fronteira. A casa fincada no alto da coxilha emoldura a tropilha crioula, com mais de 30 anos de criação. A Cabanha do Barulho acumula grandes resultados e feitos históricos na raça crioula, em 2012 seu titular Francisco Martins Bastos sobrinho chegou a final do campeonato nacional de rodeio em palermo, repetindo o mesmo feito em 2014. “Chegar em uma final de Palermo é mais ou menos como tocar as mãos no céu. Acho que qualquer um gostaria de ter chegado onde eu cheguei”, disse Francisco Martins Bastos Sobrinho logo após sua participação na Paleteada do Campeonato Nacional de Rodeio, realizado em Buenos Aires, na Argentina, nos dias 6, 7 e 8 de abril de 2012. O paleteador conquistou feito inédito e entrou para a história ao ser o primeiro estrangeiro a chegar na final da maior competição do país vizinho e ainda mais com éguas brasileiras de sua criação. Em 2009 a égua para Sempre do Barulho conquistou o bocal de prata, com a morfologia de 8.0, dentre os animais premiados destacamos também a Bocal de Ouro Jls Formosa. Os finalistas do Freio de Ouro Lamarca e ventania do Barulho, La
Passion Brilhante, La Passion Baldosa, e os Grandes Campeões La Passion Anguera, Cobiçada do Barulho La Passion Brilhante, entre outros que deixaram suas marcas nas Pistas.
‘‘Marcas não se criam. É o tempo que as perpetua. Oito gerações contam a história da dedicação da família Bastos ao Cavalo Crioulo.
Atualmente o Reprodutor Chefe é o pai comprovado e importado da Argentina Charque Lindo Nene. Lindo Nene produziu no país vizinho mais de 40 filhos premiados em Palermo. A Cabanha do Barulho realiza seu 4º remate dia 27 de agosto na Expointer, paralelo ao Freio de Ouro.
À terra do Rio Grande do Sul e sua gente. Tradição que é herdada com a naturalidade de quem sorri para cada amanhecer no horizonte infinito dos campos da fronteira.
Maiores informações sobre o remate, contatar 0(53) 9955.2102 com Alan Garcia.
Há algo de profundamente humano nestas paragens onde se criou a Cabanha
do Barulho. Retrato de uma história de família, amizade e respeito pela natureza. É lá que a tropilha se multiplica, e é por lá que novas gerações continuam a semear os valores de quem pisou nos campos de Uruguaiana ainda no século XIX: amor, respeito e amizade.’’ Xico Bastus
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EMPRESA DESTAQUE
PLANO AGRÍCOLA
Plano Agrícola e Pecuário 2014/15 disponibiliza mais de R$ 156 bilhões Os principais eixos do Plano Agrícola e Pecuário (PAP), que começa no dia 1º de julho deste ano e vai até 30 de junho de 2015, baseiam-se no apoio estratégico aos médios produtores, à inovação tecnológica, ao fortalecimento do setor de florestas comerciais e à pecuária de corte, além de ajustes no seguro rural. Ao todo, serão disponibilizados R$ 156,1 bilhões – alta de 14,7% sobre os R$ 136 bilhões da safra 2013/14 –, dos quais R$ 112 bilhões são para financiamentos de custeio e comercialização e R$ 44,1 bilhões para os programas de investimento. O PAP foi lançado pela presidenta Dilma Rousseff e pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, nesta segunda-feira (19), em Brasília (DF). “Quero destacar primeiro algumas reivindicações do setor atendidas nesta proposta. Conseguimos postergar para 1º de julho de 2015 a obrigatoriedade da contratação do seguro rural nas operações de custeio agrícola feitas por médios produtores.
como referência o preço de mercado”, disse Geller, acrescentando que foram contratados entre julho do ano passado e abril de 2014 mais de R$ 127 bilhões pelo PAP atual. Linhas principais: Pelo Programa de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), estão programados R$ 16,7 bilhões para as modalidades de custeio, comercialização e investimento. O valor é 26,5% superior aos R$ 13,2 bilhões previstos na safra 2013/14. Os limites de empréstimo para custeio passaram de R$ 600 mil para R$ 660 mil, enquanto os de investimento subiram de R$ 350 mil para R$ 400 mil.
O governo federal pretende ainda instituir a Política Nacional de Florestas Plantadas no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Entre as ações previstas para estimular o setor, estão investimentos em pesquisa, assistência técnica e extensão rural, além de crédito específico para fomentar a prática – como já ocorre atualmente pelo Programa Agricultura de Baixa Emissão Além disso, o limite de financiamento para de Carbono (ABC), que financia em até 15 a comercialização de sementes passa a ser anos (sendo seis anos de carência) a implande R$ 25 milhões por beneficiário, tendo tação e manutenção de florestas comerciais.