Revista Bicho News

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Ano IV - Edição Nº 12 - Junho/Julho de 2012 - ES - Brasil R$ 6,90

A revista de quem ama bichos!

Férias no hotel com seu pet Empreendimento nas montanhas capixabas oferece lazer e segurança para você e seu bichinho

Animais de estimação também sofrem com as doenças de inverno

As aves: como aquecê-las no inverno?

O direito dos donos de animais num condomínio e os limites da convenção



SUMÁRIO

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Animais de estimação também sofrem com as doenças de inverno

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Comissão aprova novas penas para quem maltratar animais

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Eu e meu pet

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Dicas de viagem com seu pet

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Capa Férias no hotel com seu pet

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Animais sofrem com a ausência dos donos

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ADESTRAMENTO GENTIL Como faço para meu cão parar de destruir meus sapatos?

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ONG AUmiguinhos Carentes de São Mateus

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Hamster ou peixe? Qual animal de estimação escolher?

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Adote um amigo

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Salão para cachorro, pioneiro no estado, completa 22 anos

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Contos Uma situação indigesta

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O direito dos donos de animais num condomínio e os limites da convenção

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Dr. Responde Piometra. O que é? Como tratar?

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Filhotes também trocam dentes

expediente DIRETOR GERAL E COMERCIAL Edgard Ramos Lima (27) 9985-4002 DIRETORA DE JORNALISMO Aline Cesconetto Lima PRODUÇÃO EXECUTIVA LK Comunicação & Marketing (27) 3026-2236 DIAGRAMAÇÃO Miquéias da Vitória

JORNALISTA Andréia Soares Ramos MTB 2992/ES jornalismo@bichonews.com.br REVISORA DE TEXTO Profª Gisléne Ramos Lima IMPRESSÃO Gráfica JEP (27) 3198-1900 TIRAGEM 5.000 exemplares

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Editorial

Os Limites do Preconceito Até onde o preconceito humano pode chegar? Talvez em lugares que nem mesmo imaginamos. Um caso que está chamando a atenção da mídia mundial é a história do cão Lennox. Esse cão que vivia com seus tutores na Irlanda do Norte, na cidade de Belfast, por ser de uma raça apontada como “ameaçadora”, foi condenado a eutanásia. Ele está sofrendo no corredor da morte há dois anos, pasmem, por um crime que não cometeu, simplesmente pelo fato de ter nascido. Mesmo nunca tendo apresentado comportamento agressivo, ele recebeu essa condenação pelo fato de ser considerado um “perigo público”. O pedido de reconsideração da pena aplicada, feito pela tutora, foi rejeitado pelos. É triste ver uma situação como esta porque se olharmos ao nosso redor, aqui no Brasil, vemos animais sendo maltratados, sofrendo horrores, que até acho que eles mesmos prefeririam uma condenação à eutanásia a viver nas condições que vivem. Pessoas desalmadas provocam a dor nesses indefesos bichos pelo simples fato de sentirem prazer em ver a agonia deles e não recebem nenhuma condenação por esses inescrupulosos atos. Pessoas matam crianças, famílias inteiras, esquartejam e não derramam uma só lágrima, por isso não são condenadas. As leis precisam ser mudadas, precisam ser mais severas com essas pessoas.

No caso do Lennox, a injustiça é tão descabida que a própria mulher que o acusou de ser um cão ameaçador, na frente do juiz, tem fotos e vídeos dela sendo lambida carinhosamente no rosto pelo “acusado”. Será que essa pessoa não se sensibiliza com isso? Ele está há dois anos em isolamento quase que total e com isso o seu comportamento pode mudar, caso ele consiga se livrar da pena de morte. Uma pessoa ligada a Cesar Millian, apresentador do programa O Encantador de Cães, informou o seguinte ao jornal irlandês Northern Ireland Daily Mirror: “César reabilita cães e treina pessoas, e Lennox é o caso típico de cachorro que ele trata. Ele é grande, potencialmente perigoso devido ao seu tamanho, e está sobre um estresse muito grande por dois anos. Seus tutores dizem que Lennox nunca teve nenhum tipo de problema antes de ser levado pelas autoridades locais. Porém Lennox está em isolamento quase constante por mais de dois anos, e precisará ser reabilitado. O time de Cesar está considerando todos os tipos de ideias, e uma delas é de o apresentador reabilitar Lennox. É uma questão de resolver o que poderá ser feito, e se as autoridades lhe dariam uma chance.” Enquanto isso, a reputação dos tratadores de Lennox está manchada, devido às fotos e vídeos que mostram o cão com um comportamento dócil e totalmente

Cão Lennox condenado a morte diferente do que foi acusado perante um juiz. Existe uma petição na internet onde mais de 150.000 pessoas já assinaram pela libertação de Lennox. É isso. Assunto um pouco pesado, mas que quero que leve você, leitor da BichoNews e amante dos animais à reflexão. O que fazer para mudar? Pense no que o Lennox está passando durante esses dois anos, trancafiado, esperando a morte e sem saber por quê. Será que suas atitudes estão penalizando um animal ou alguém injustamente? Mude o mundo pra melhor! Boa leitura! Edgard R. Lima

Diretor Geral da Bicho News

Link para assinar a petição: http://www.petitiononline.com/ sl190510/petition.html



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Dr. Responde

Piometra A Piometra é uma das enfermidades mais comuns que acometem o trato reprodutivo das cadelas e gatas, e está presente na minha rotina do hospital onde recebo fêmeas doentes, que apresentam sinais típicos de piometra. Devo decidir com rapidez sobre a melhor forma de tratamento, pois as vidas dos pacientes estão em risco. O complexo-piometra é um distúrbio comum e potencialmente fatal, acometendo cadelas e gatas de meia-idade e não castradas, geralmente no período após o cio, também chamado de diestro, no qual o útero está sofrendo ação da progesterona que leva à estimulação das glândulas endometriais e a uma hiperplasia endometrial cística, com acúmulo de líquido no interior do útero e glândulas endometriais. Esta estimulação das glândulas e a hiperplasia, associadas à diminuição da contratilidade do miométrio causada pela ação hormonal, favorecem a invasão de bactérias e consequente infecção, que normalmente leva à complicação em vários órgãos. Geralmente cadelas mais velhas têm maior incidência da doença, que geralmente acomete animais com mais de nove anos, podendo, contudo, ocorrer em fêmeas jovens

DR. RESPONDE e principalmente em cadelas que fazem o uso de hormônios para supressão do cio ou acasalamentos errôneos. Os sinais clínicos estão diretamente relacionados com a gravidade do quadro. Os sintomas gerais incluem depressão, anorexia, vômitos, diarreia, polidipsia (aumento na ingestão de líquidos) e poliúria (aumento na produção urinária). Variados graus de desidratação e depressão são encontrados no exame clínico. Estes sintomas não específicos com um histórico de exposição à progesterona são sugestivos de piometra. O corrimento vaginal purulento está presente em 75% das cadelas com Piometra, podendo conter sangue e ser intermitente ou constante, escasso ou copioso, isto é, em grande quantidade. A temperatura retal geralmente está normal. Os animais com septicemia ou endotoxemia podem estar hipotérmicos. Estes animais geralmente se apresentam em decúbito e em choque. O tratamento consiste no controle do processo infeccioso e da hiperplasia uterina. Normalmente indico a ovariohisterectomia, que é a retirada do útero e do ovário, contudo para animal de proprietários relutantes em realizarem

Mande você também sua pergunta para a Coluna DR. RESPONDE?

doutorresponde@bichonews.com.br

cirurgias, podem ser instituídos tratamentos com medicamentos que controlam o processo momentaneamente, mas não impedem que o problema retorne mais tarde. Como se vê, a piometra é uma doença extremamente grave e nenhuma cadela inteira está livre desta patologia; por isso, é fundamental que o proprietário, suspeitando qualquer alteração, leve imediatamente seu animal a um veterinário para que ele possa examinar e diagnosticar, se for o caso, o mais rápido possível a patologia, pois, em casos avançados, mesmo com a intervenção do veterinário, o animal poderá vir a óbito.

Dr. Silvio A. R. Oliveira

Médico Veterinário - CRMV ES 392 Resp. Técnico da CLIMEV Hospital Veterinário e CLIMEV Clínicas Veterinárias silvioandre@hotmail.com


Animais de estimação também sofrem com as doenças de inverno

a injetável e a intranasal. Em seguida evitar aglomerações, manter seu animal sempre aquecido, protegido da chuva ou do frio. Caso tenha algum animal com os sinais clínicos citados acima, deixe esse animalzinho isolado até o final do tratamento da doença e sempre higienizar os locais onde ficam os animais com desinfetantes como o Hipoclorito de sódio (água sanitária) ou clorexidine. Se o seu animalzinho apresentar algum desses sinais clínicos, procure imediatamente o médico veterinário. Ele é o único que pode informar o tratamento adequado. Nada de fazer medicação por conta própria ok!

Rafaela Dal Piero Rodrigues da Cunha

Médica Veterinária - CRMV-SP 27237 Especialista em Clínica e Cirurgia de pequenos animais pelo Instituto Qualittas de Ensino mvrafaeladalpiero@hotmail.com

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Esta tosse geralmente é acompanhada de engasgo ou movimentos de esforço de vômito que podem ser confundidos pelo proprietário com sufocamento ou vômito. A tosse é facilmente disparada com palpação traqueal ou puxando-se a coleira. Observa-se ocasionalmente uma descarga ocular e nasal serosa suave (como se fosse uma coriza), normalmente o animal continua a alimentar-se, permanece ativo e não fica febril. Existe uma forma mais severa da doença, que é menos comum geralmente resulta de infecções mistas em cãezinhos não vacinados. A broncopneumonia bacteriana complicante para ser determinante de severidade. Pode-se observar uma tosse produtiva, devido à traqueobronquite acrescida de broncopneumonia, além de anorexia (o animalzinho para de comer), depressão, febre, descarga nasal e ocular (rinite e conjuntivite serosas ou mucopurulentas). Esta forma severa pode levar à morte, caso não seja tratada adequadamente. Como posso evitar essa doença? Primeiramente, para evitar a doença existem vacinas contra a traqueobronquite infecciosa canina. Então, deve-se procurar o veterinário do seu animalzinho e colocar em dia sua vacinação. Existem dois tipos de vacinação:

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Este início de inverno tem sido bem rigoroso para nós. Imagine para os nossos animais de estimação! A maioria dos nossos amiguinhos dorme fora de casa, e nem todos ficam em lugares quentinhos, protegidos do frio e da chuva. Muitas pessoas acham que os animais não sentem frio, que por causa do pelo podem tomar chuva e não ficam doentes. Estão completamente enganados. Nesta época do ano nós, veterinários, atendemos a muitos animais apresentando sinais clínicos de gripe. A maioria dos proprietários relata que os seus bichinhos dormem fora de casa, e muitas vezes não têm proteção adequada contra a chuva. Resultando muitas vezes em gripe e até doença mais grave como a pneumonia. A gripe mais comum nos cães é a traqueobronquite infecciosa canina, também conhecida como “tosse dos canis”. Esta é uma infecção respiratória aguda e altamente contagiosa principalmente em locais com abrigo e muitos animais juntos. Os agentes encontrados normalmente são o vírus da parainfluenza e a bactéria Bordetellabronchiseptica, sendo esta o principal agente etiológico. A transmissão desta doença acontece pelo ar (aerossol /tosse e espirros), como pelo contato direto, ou seja, secreção de animais contaminados. Com o ar seco e temperaturas baixas, fica mais fácil a disseminação da doença. Entre os sinais clínicos da doença, está a tosse que pode ser alta e frequentemente ocorre durante exercício, excitação ou alterações na temperatura e umidade do ar respirado.


Dicas para aquecer seu cão e gato no frio Apesar de terem um casaquinho natural, seu amigo precisa de uma agasalho extra nos dias mais frios do inverno.

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CACHORRO Roupinhas são indispensáveis Cães magros, velhinhos, de pelo curto ou que sentem dores nessa época mais fria do ano precisam usar roupinhas de inverno. Se o seu bicho arfar de calor, troque por uma roupa de tecido mais leve e verifique se a peça não está apertada. Outra opção é forrar a cama com um cobertor, colocá-la num local quente e seco e cobrir o cão à noite. Brinque com ele! Cachorros sedentários são mais friorentos do que os animais que se exercitam regularmente. Por isso, leve o seu bicho de estimação para passear enquanto ainda há sol e faça-o dar

umas corridas atrás da bolinha. Evite choques térmicos Após o banho e o secador, deixe o bicho em local aquecido por pelo menos 20 minutos. E jamais largue-o no carro sozinho por muito tempo: a lataria transforma o veículo numa geladeira! Ofereça um pouco a mais de ração No frio, o metabolismo dos animais precisa acelerar para manter a temperatura do corpo. Por isso, é natural que seu bicho de estimação tenha mais apetite nessa época do ano. Resolva o problema oferecendo um pouquinho a mais de ração do que o habitual. Mas nada de exagerar, hein? Senão, assim que chegar a primavera, seu Totó terá de fazer uma dieta!

GATO Seque o pelo Pelo molhado no frio baixa a imunidade. Então, mantenha seu gato em casa o máximo possível, especialmente nas noites chuvosas. Se o danadinho for rueiro, seque o pelo com uma toalha toda vez que ele aparecer pingando. Deixe a cama quente Providencie uma casinha ou caixa de papelão e deixe-a no quintal, de preferência em algum lugar coberto. Forre-a com panos quentes. Bata no capô do carro antes de sair Quer lugar mais quentinho do que um carro recém-desligado? Como os gatos adoram tirar uma soneca no capô, antes de dar a partida, dê batidinhas na lataria para afugentar os bichanos. Também é bom pisar várias vezes no acelerador - lembre-se de fazer isso com o carro parado! O barulho certamente assustará os gatos e evitará que eles se machuquem (ou coisa pior) quando você ligar o motor.

Aves, como aquecê-las no inverno? Assim como os mamíferos, as aves também sentem as modificações da temperatura ambiental. No inverno as penas das aves funcionam como um isolante térmico, ou seja, elas mantêm a temperatura corporal do animal. Isso auxilia na manutenção do seu parâmetro físico para que o animal não perca calor, porém alguns cuidados são necessários para evitar possíveis doenças provenientes do frio! Algumas aves gostam de tomar banho, além de ser uma prática saudável é também um bom exercício mental para o animal, porém durante o inverno essa prática pode levar a uma queda da temperatura corporal do animal, gerando problemas posteriores, por isso, banhos são indicados apenas em dias quentes. Muitos proprietários deixam suas aves na varanda ou no quintal de casa,

é muito importante tomar cuidado com a localização das gaiolas, para que elas não sejam alvo de correntes de ar, vento e frio excessivo. Durante o inverno, procure um lugar mais quentinho para colocar as gaiolas, principalmente durante a noite. É fundamental que nas gaiolas tenham ninhos para que os animais tenham um ponto de fuga, um refúgio para situações ameaçadoras para eles. Uma “caixa-ninho” é uma ótima opção, pois além de proteger sua ave de possíveis “medos” ele também serve como um lugar quentinho para o animal ficar durante o inverno. Durante a noite, cubra a gaiola com toalha, lençol ou um pano que isole o ambiente, para deixar o animal mais confortável e protegido do frio. Os filhotes são mais sensíveis, por isso, é indicado uso de uma fonte

de calor externa para eles, como por exemplo, lâmpadas. Deve-se tomar cuidado com a temperatura, para que esta não aqueça demais e nem queime o animal, lembrando sempre de respeitar o fotoperíodo, já que os animais precisam de um momento de ausência de luz (noite) para exercer seu comportamento normal. A presença de luz 24h por dia vai prejudicar a fisiologia do seu bichinho, por isso, use-a com cautela. Marina Drago Marchesi

Médica Veterinária CRMV - ES 1543 - Mestranda em Ciência Animal na área de Manejo e Conservação de Animais Selvagens Universidade Vila Velha marina_marchesi@hotmail.com


Comissão aprova novas penas para quem maltratar animais

Fonte: Agência Senado

acordo com as regras atuais. Quem realizar a experiência desconsiderando alternativa possível que preserve o animal da dor também poderá receber a mesma pena de um a quatro anos para o caso de maus-tratos. O tráfico de animais, seja importar, exportar, vender, expor à venda e manter em depósito, trazer e guardar o animal sem autorização legal, recebeu sugestão de pena básica de dois a seis anos de prisão. Hoje, esse tipo de crime é punido com prisão de seis meses a um ano, mais multa. A punição será aplicada mesmo quando a prática for cometida sem intenção de lucro. Mesmo com ressalvas feitas pelos integrantes da comissão, ao rigor das

punições sugeridas, mas prevaleceu a opinião da maioria, de que os crimes contra os animais exigem tratamento penal mais firme.

Prescrição de penas Os prazos de prescrição das penas também foram discutidos. Como não houve consenso entre os juristas, em votação foi decidida a manutenção do que já está previsto no Código Penal vigente. O relator Luiz Carlos afirmou durante a reunião que não é favorável ao texto atual. Apesar disso, defendeu a sua manutenção face à ausência de consenso sobre quais mudanças deveriam ser feitas. A comissão foi criada pelo presidente do Senado, José Sarney, por sugestão do senador Pedro Taques (PDT-MT).

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Uma decisão inédita irá garantir mais segurança aos animais. No dia 25 de maio, a Comissão Especial de Juristas, encarregada de elaborar proposta para um novo Código Penal aprovou a criminalização do abandono de animais, além de tratamento mais severo para abusos e maus-tratos. Atualmente, quem abandona animais não é considerado criminoso, mas sim um contraventor, e está sujeito a multa e, no máximo, prisão de até um ano em regime semi-aberto. Mas, com a nova proposta, o abandono poderá ser punido com prisão de um a quatro anos. Abusos ou maus-tratos contra animais domésticos, domesticados ou silvestres, nativos ou exóticos serão punidos com a mesma pena. Entretanto, a pena pode ser ampliada, dependendo da severidade dos resultados dos maus-tratos. No caso de lesão grave ou permanente no animal, o aumento será de um sexto a um terço do tempo de prisão. Se houver morte, o aumento será pela metade, o que poderá significar até seis anos de cadeia. Pela nova lei, fica tipificado como crime abandonar em qualquer espaço público ou privado, animal doméstico, silvestre ou exótico, ou em rota migratória. Responde pelo crime quem tenha a propriedade, posse ou guarda do animal, se estendendo ainda a quem tenha sido atribuído a função de cuidar, vigiar ou que tenha a autoridade sobre ele. Experiências dolorosas ou cruéis em animal vivo, ainda que para fins didáticos e científicos, na hipótese de existirem recursos alternativos continuam sendo restringidas, de


EU E MEU PET

Danielly Salla dando abraço carinhoso no seu Príncipe. Vila Velha - ES

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Contos Eu e meu pet

Rejane Paixao deixa um recado para sua linda Brisa: Brisa, você foi o melhor e mais valioso presente que DEUS poderia me dar. São Paulo - SP

NA BICHONEWS

Nina adora o chamego da sua dona,

June Schneider, principalmente

Ganhadora do sorteio de vestido de coleira oferecido na edição passada

Ektor Almeida é veterinário e se faz de pirata com o papagaio no ombro e um lacre de vinho no olho. Guarapari - ES

nesse friozinho. Vila Velha - ES

Envie sua foto com seu animal de estimação para a coluna Eu e Meu pet na Revista.

bichonews@bichonews.com.br


DICAS DE VIAGEM com seu pet As tão esperadas férias de julho estão chegando e você começa a programar uma viagem legal, que vai proporcionar momentos de descanso, lazer e muita diversão. Então você levanta a cabeça e ali está seu pet olhando pra você, com aquela expressão de quem pergunta: “Para

onde vamos nestas férias?” Afinal, dá ou não para viajar e curtir com o animalzinho de estimação? Ele também quer ir. Se você já decidiu que vai levar o amiguinho com você, fique atento a estas dicas preciosas para que tudo corra bem e vocês curtam as melhores férias de todas.

Transporte

É importante dar a comida para o animalzinho até duas horas antes da viagem. Durante o percurso aproveite as paradas para dar apenas um pouquinho de água (só pra molhar a boca), apenas para refrescar se estiver fazendo calor. Em viagens longas, faça paradas a cada três horas Para que o bichinho sofra o mínimo possível com a mudança de

rotina, introduza petiscos na alimentação diária. Não troque a ração, nem dê alimentos que ele não esteja acostumado a comer, assim, evitam-se problemas gastrointestinais. Não se esqueça dos cuidados com a saúde do seu amiguinho, levando-o ao veterinário para a realização de consultas e exames, bem como o receituário de medicamentos para probleminhas típicos da alteração da rotina, que podem afetar os animais de estimação.

Aqui estamos falando de cães e gatos, mas se o seu pet é outro bichinho, consulte o médico veterinário para obter orientações sobre a viagem. O importante é nunca deixar seu animal sozinho em casa, mesmo que haja um bom estoque de comida e água. Afinal, os pets não querem apenas se alimentar e matar a sede, eles necessitam de atenção, carinho e contato com pessoas. Por isso pense bem antes de adquirir um animalzinho de estimação. Se você não está disposto a levá-lo para curtir outros ares com você, programe-se para que ele tenha uma boa hospedagem, e boas férias!

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Alimentação

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Se a viagem será feita de carro, deixe o seu bichinho em jejum na noite anterior, dê bastante água e na hora de colocá-lo no veículo prenda-o no banco traseiro com um sistema adaptado aos cintos de segurança. Este produto pode ser encontrado em lojas especializadas. Se o seu pet não está acostumado a viajar,

dê umas voltinhas de carro com ele, para que ele vá se adaptando. Caso o transporte escolhido seja um ônibus, a companhia rodoviária deve ser consultada com antecedência. Cães pequenos e os gatos, com peso até oito quilos, podem viajar em uma caixa de transporte específica, desde que atendam a algumas condições, como a apresentação de comprovante de vacinação em dia, principalmente a antirrábica.

Para aqueles que farão a viagem de avião, as regras são mais extensas. Algumas companhias aéreas exigem que se faça a reserva com antecedência e que o animal seja sedado. Filhotes com menos de três meses só embarcam com autorização expressa do veterinário. As taxas variam entre R$ 90,00 e R$ 100,00. Em algumas companhias o seu pet pode viajar na cabine, desde que o peso do animal mais o container não ultrapassem os 5 kg.


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Filhotes também trocam os dentes?

Ter um filhote em casa é tudo de bom. Eles simplesmente chegam e mudam nossas vidas para melhor, sendo natural querermos retribuir este carinho e amor por nós cuidando deles da melhor forma. Quando o assunto é saúde, surgem muitas dúvidas, afinal, queremos que eles mantenham toda vivacidade e alegria por toda a vida. Filhotes brincam bastante e gostam de explorar tudo cheirando e pegando com a boca. Eles adoram brincar de morder e quando se trata de nossa mão ou braço, nos damos conta que eles têm muitos dentinhos bem afiados. Mas afinal, quantos dentes eles têm? São dentes de leite? Eles trocam os dentes? Quando? É perfeitamente natural ter dúvida a respeito deste assunto. Então vamos entender melhor um pouquinho sobre a dentição deles e a importância de ficarmos atentos a esta fase da vida em que eles passam por muitas mudanças e de forma bem rápida. Ao nascerem, os filhotes não têm dentes ainda. Em geral, por volta da terceira e quarta semana de vida, os dentinhos de leite começam a nascer. Cachorrinhos têm 28 dentes e

os gatinhos 26 dentes de leite. Estes dentes são pequenos, pontiagudos e têm coloração branco perolizada. Estes dentes irão ficar não muito tempo na boca, mas o encaixe perfeito entre eles desempenha um papel importante no desenvolvimento harmônico dos ossos da mandíbula e maxila. Nesta fase, um ou mais dentes podem estar fora de sua posição normal e machucarem a gengiva ou o céu da boca. Por isso é importante que o médico veterinário avalie a oclusão (encaixe dos dentes de leite) quando for fazer o exame do filhote antes da vacinação, podendo indicar um especialista em odontologia veterinária se notar alguma alteração. Estes dentes quando fora de posição, na maior parte das vezes devem ser extraídos precocemente, caso contrário, podem interferir no crescimento da mandíbula ou maxila. Outra alteração bastante comum é a fratura dos dentes de leite, devido ao hábito deles de morderem tudo que encontram pela frente. Atenção especial deve ser dada, pois ao fraturar um dente, o filhote sente dor, mas nem sempre conseguimos identificar que ele está sentindo dor. Além disso,

o dente quebrado é uma porta aberta a infecção. Então, o ideal é desenvolver o hábito de olhar frequentemente a boca dos filhotes e verificar se tudo está bem. A manipulação constante da boca fará com que ele acostume a deixar mexer na boca e mais tarde ele aceitará melhor a escovação dos dentes definitivos. Ao notar um dente quebrado, deve-se imediatamente procurar um veterinário especializado em odontologia para que este dente seja extraído não prejudicando assim o dente definitivo que está se formando logo abaixo do dente de leite. Outra estripulia é quando eles pegam fios elétricos para brincar podendo levar choques com graves consequências. Então “pais”, “criança” é assim mesmo, tem que direcionar as brincadeiras e remover do alcance “delas” tudo que ofereça risco. Uma sugestão é dar um brinquedinho de borracha ou até bichinho de pelúcia, tomando o cuidado de verificar constantemente se eles não estão rasgando e engolindo pedaços destes brinquedos que podem ser prejudiciais. Não forneça nesta fase ossinhos, objetos de plástico e outros objetos duros.


A troca dos dentes Ao redor do 4º mês de vida estes afiados dentinhos começam a ser substituídos pela dentição permanente que deverá permanecer por toda a vida.

Boca de um filhote de cão de seis meses de idade com persistência do canino de leite superior. O dente permanente nasceu em posição errada não havendo espaço para o canino inferior. Além disso, por os dentes estarem muito próximos, há um maior acúmulo de placa bacteriana que leva a inflamação da gengiva e formação de tártaro.

a recomendação é extrair imediatamente os dentes de leite que não caírem na época certa, pois dessa forma, mesmo que o dente permanente esteja fora de posição, ao extrair o dente de leite, é criado um espaço para que o dente permanente vá para sua posição normal. Portanto, vale a pena ficar atento aos dentes de seu filhote, pois problemas nesta fase poderão afetar a saúde dele por toda a vida.

Herbert Lima Corrêa

CRMV-SP 7158 Especializado em odontologia veterinária herbert@odontovet.com 13

Boca de um cãozinho de cinco meses onde pode-se notar que os incisivos inferiores já foram trocados. Os caninos de leite ainda estão no lugar e os caninos permanentes estão erupcionando fora de posição, mais para dentro da boca. Recomenda-se a extração imediata dos caninos de leite.

Aproximadamente com 6 meses de idade todos os dentes já devem ter sido trocados, tanto nos cães como nos gatos, dando lugar a dentes maiores, menos pontiagudos e bem brancos. São 42 dentes definitivos ou permanentes nos cães e 30 nos gatos adultos. O acompanhamento veterinário nesta fase é importante, pois é comum, principalmente nas raças de cães de pequeno porte o dente de leite não cair e o dente permanente nascer torto prejudicando o encaixe perfeito entre os dentes. Portanto, se você notar que o dente permanente começou a nascer e o dente de leite ainda não caiu, procure a ajuda de um médico veterinário especializado em odontologia para a extração imediata destes dentes. Você talvez já pôde ter ouvido e até ter sido orientado a aguardar o filhote completar um ano de vida pois os dentes de leite acabam caindo. Sim, é verdade, estes dentes caem sozinhos na maior parte das vezes, porém, o dente permanente não volta para o lugar, ficando na posição errada prejudicando a sua saúde. Por isso que


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Férias no hotel com seu pet

Você deve ter observado que falamos sobre as férias, na página 11. Mas, lá, tratamos apenas sobre a viagem, o traslado. Saber como transportar seu pet é muito importante. Mas, e ao chegar ao destino escolhido para o descanso, onde seu pet vai ficar? São poucos os hotéis que aceitam animal de estimação. O sistema de hospedagem de animais domésticos, conhecido como pet-friendly, já é bastante encontrado, principalmente em hotéis de luxo, hotéis-fazenda e pousadas das regiões Sudeste e Sul. Seja em centros urbanos, próximos ao mar ou montanhas, os empreendimentos com pet-friendly são cada vez mais comuns. Rio de Janeiro e São Paulo são as capitais que mais oferecem o serviço, seguidas por Curitiba, Aracajú e Goiânia Mas, e no Espírito Santo, onde se hospedar com seu bichinho? A BichoNews foi em busca dos lugares que permitem sua estadia na companhia do seu pet. Um dos poucos hotéis no estado, a oferecer o pet-friendly é o

Hotel Fazenda Parque do China. Quem ama bicho sabe bem o que é deixá-lo sozinho durante períodos mais longos, e mesmo com o conforto oferecido pelos hotéis para animais, não é fácil viajar sem ele. A dona de casa, Eleonora Pamplona, já passou por isso. “Antes, quando eu viajava, tinha trabalho em dobro na hora de reservar hotel. Primeiro eu fazia a reserva no hotel para cães, depois fazia a minha. É muito doído viajar e não poder levar seu animal, ele faz parte da família. A preocupação é muito grande”, conta Eleonora. Há quase sete anos Eleonora leva animais de estimação para o Parque. Boneca, a cadela que acompanha Eleonora pelos passeios no hotel, tem 1 ano e 8 meses, pequeno porte e é vira-lata, mas é chique, como diz Eleonora. Antes de pegar estrada a bolsa é preparada com tudo que é necessário, e até um pouco mais. Tem remédio, comida, cartão de vacinação, roupas, focinheira, produtos de beleza e até cobertores e brinquedo. Valdeir Nunes, proprietário do

Parque do China, diz que o número de pessoas que se hospedam com animais vem crescendo a cada ano. “Aqui no hotel já temos patos e outras aves. Estamos em uma região privilegiada, cercados pelo verde, nada

Vânia com seu pet passeando no Parque do China.


Eleonora Pamplona e sua cadela Boneca no Parque do China mais natural que aceitar bichinhos de estimação,” cita Valdeir. Ele explica que o procedimento para a hospedagem é simples. O hotel aceita animais de pequeno porte e só cobra taxa de clientes que vão se hospedar. Quem vai passar o dia no Parque e leva o seu pet não paga. Mas, fique atento, pois não é permitida entrada em restaurantes, lanchonetes ou áreas da piscina,

Eleonora e Boneca passeando de teleférico no Parque.

bem como usar roupas de cama do hotel para aquecer o animal. Em compensação, atrações como o teleférico e o trenzinho podem ser curtidas com seu pet sem problemas. Se você tem mais de um bichinho, não se preocupe, pode levar todos, desde que sejam de pequeno porte. Bom mesmo é saber que você e seu pet passarão as férias juntos. Aproveite!

Hotel Fazenda Parque do China As reservas podem ser feitas através do telefone. Local: BR 262, Km 72, Vitor Hugo, Domingos Martins, ES (Próximo a Pedra Azul) Telefones: (27) 3288-4141 3288 -4126 / 9983-6336 Site: www.parquedochina.com.br 15


ADESTRAMENTO GENTIL

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Adestramento Gentil

Como faço para meu cão parar de destruir meus sapatos? Esse é um problema muito comum, principalmente com filhotes na fase de hiperatividade, esse ritmo acelerado só começa a reduzir ao final do primeiro ano, mas na maioria dos casos só termina no final do segundo ano de vida. É comum as pessoas deixarem esse problema persistir achando que o cão vai parar sozinho, mas geralmente o dono precisar ficar escondendo os calçados para o resto da vida caso não corrija o problema. O ideal é fazer o trabalho preventivo, deixando os objetos pessoais como sapato, por exemplo, junto com os brinquedos do cão na hora da brincadeira com o dono para mostrar que ele só pode pegar os brinquedos. Caso o cão já esteja destruindo, antes de tudo, é preciso saber que o cão precisa de atividades físicas e mentais suficientes na rotina diária. A necessidade mínima é de dois passeios diários de 30 a 40 minutos, mesmo morando em casa com quintal grande. Brinquedos com petisco dentro, ossinhos de couro (cuidado com a quantidade,

pois apesar dos fabricantes não informarem eles são muito calóricos), garrafa pet com grãos de ração e outros brinquedos fáceis de destruir também devem estar a disposição. Outra dica é oferecer sempre a comida dentro de algum brinquedo para o cão se distrair enquanto se alimenta. Quanto às brincadeiras é necessário usar a criatividade, como brincar de cabo de guerra, jogar bolinha e esconder brinquedos ou petiscos. A companhia humana não substitui a de outro cão, eles lambem a boca do outro, mordem e pulam no outro o tempo todo, além de gastar muita energia mutua e neste caso é extremamente eficiente para diminuir os vícios de comportamento gerados pela ociosidade. Porém, na maioria das vezes também será necessário corrigir o comportamento do animal, então ao invés de esconder os sapatos deve-se deixar ao alcance e corrigir sempre que ele pegar. A maneira mais fácil e pratica é pegar o máximo de pele da nuca do cão e chacoalhar bem firme. Mas se o cão já tiver destruído os sapatos anteriormente é possível que continue

com o vício longe da sua presença. Para evitar isso é preciso despersonalizar a correção. Uma forma é jogar algo no cão sem que ele perceba que foi você, usando uma bola de papel ou qualquer outra coisa leve e que não vá machucá-lo. Por último podemos ainda fazer armadilhas, é só amarar uma linha fina no sapato com a outra ponta em uma latinha vazia (ou com água) de forma que caia sobre ele quando mexer no sapato. Seja qual fora a técnica, é preciso corrigir todas as vezes que ele pegar o objeto até que ele pare totalmente, porém o comportamento só pode ser corrigido no ato, pois do contrário ele não vai aprender e ainda ficará muito medroso e com dificuldade no desenvolvimento psicológico.

Porque meu cachorro se esfrega em animal morto? Pelo mesmo motivo que nós humanos passamos perfume que nos agrada, ou seja, simplesmente porque ele gostou muito do cheiro e se sentiu atraído por ele. Existem muitos mitos sobre esse comportamento como, por exemplo; esconder o cheiro da caça para outro animal não encontrar, esconder o próprio cheiro para se esconder de outro predador e ainda para chamar outro individuo da matilha para caçar. Mesmo que esse comportamento servisse para um

desses três itens, ele o faria por instinto e não de forma planejada para o futuro próximo, pois o cão não possui essa capacidade, ele vive o presente e tudo que ele faz de forma consciente é para o que está acontecendo no momento e todo o resto é feito por instinto, por exemplo, enterrar um osso. Outro motivo que pode fazer o cão se esfregar no chão é se você passar perfume nele, neste caso é para se livrar do “mal” cheiro.

Leonardo Tschaen 27 9949-1515

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HAMSTER OU PEIXE? Qual animal de estimação escolher? Quando se pensa em animal de estimação os bichinhos que logo vêm à cabeça são o cão e o gato. Eles são peludinhos, fofos, carinhosos, brincalhões, e possuem mais uma série de outras qualidades que fazem desses animaizinhos as melhores companhias. Mas, está crescendo o número de pessoas que optam por bichos menos comuns, uma ótima opção pra quem não tem muito tempo ou

Hamster

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A higiene do hamster é simples, o mais importante é trocar a água com frequência. Limpar os potinhos de comida sempre que for reabastecer e a gaiola pelo menos uma vez a cada duas semanas. A alimentação é à base de ração peletizada, mas eles precisam sempre estar roendo, já que seus dentes crescem muito rápido. Por isso compre produtos que ele possa roer a qualquer hora.

que esses animais não atendem as expectativas do dono, por não proporcionarem contato direto, como acontece com um cachorrinho, por exemplo. Mas, se você já sabe de todas essas particularidades e ainda assim que ter um pet mais “livre”, vamos ajudar você a se decidir na hora da compra do seu pet. Então, peixe ou hamster?

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Membro da ordem dos mamíferos, eles são macios, ativos, curiosos e com grande variedade de tamanhos e cores. O trato com esse bichinho é fácil e de baixo custo. Os hamsters são extremamente limpos e geralmente sabem se cuidar sozinhos, portanto não é necessário dar banho, mas caso ele se suje, você pode usar uma toalha macia e úmida. Evite talco ou outras substâncias, pois podem causar alergia ou intoxicação.

espaço, ou mora em lugares onde não são permitidos cães ou gatos. Tartaruga, lagarto, coelho, cobra, aranha, animais exóticos que atraem cada vez mais pessoas em busca de uma companhia especial. Nessa lista também estão o peixe e o hamster. Eles não são tão exóticos assim, mas chamam a atenção, principalmente pela independência, silêncio e limpeza. Algumas pessoas podem dizer

Peixe Em primeiro lugar é preciso deixar claro que, se você quer ter um peixe, é necessário comprar um aquário. Há pessoas que insistem em manter peixinhos em qualquer recipiente com água, sem qualquer cuidado com a água, oxigênio e medicação. O aquário possui um sistema especial de filtragem para que a água se mantenha limpa por um bom tempo. Existem

também, condicionadores de água que eliminam impurezas, evitam doenças e aumentam o tempo de manutenção. Agora vamos saber algumas dicas interessantes sobre o peixinho de estimação. Você sabia que muitos peixes reconhecem o dono quando chegam em frente ao aquário? Pois é. Eles ficam agitados, se abrem e dão piruetas. Esse é o contato entre o peixe e seu dono. Para assegurar que o seu pet viva bastante tempo, basta ter cuidados com manutenção e servir sempre alimentos de qualidade. As doenças com peixes ornamentais você mesmo pode resol-

ver com medicamentos oferecidos nas lojas de aquariofilia. Vale dizer que um peixe de estimação proporciona momentos de relaxamento em frente ao aquário. Além disso, um peixinho não precisa de exercícios, não suja a casa e é muito silencioso. Não importa a sua escolha, importante mesmo é que você cuide bem do seu pet, mesmo sendo ele tão independente, limpo e silencioso. No lugar dos passeios pelo calçadão, empenhe-se em manter seu bichinho bem alimentado e com a saúde em dia. Boa sorte na escolha!


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Salão para cachorro, pioneiro no Estado, completa 22 anos Em 1990, quando terminou a faculdade de Ciências Sociais, Janete Zucatelli tinha certeza de uma coisa, queria tocar o próprio negócio. Já tinha trabalhado nas áreas de saúde e decoração, mas a paixão por pets fez nascer a primeira loja especializada em banho e tosa do Espírito Santo, a Pet Dog. Depois de vários cursos em São Paulo, a empresária passou a atender sozinha, todos os bichinhos que precisavam de cuidados com a beleza. Pouco tempo depois a equipe foi aumentando. Hoje são 10 profissionais distribuídos nos diversos setores da loja, desde a recepção até o banho e a tosa, passando, também pelo atendimento veterinário. Janete conta que o primeiro atendimento marcou a história da Pet Dog, já que ela teve como cliente nada menos que um Sheepdog, cão de médio a grande porte e de pelo longo. Passada a experiência, a empresária diz que sua equipe está preparada para atender cerca de mil cãezinhos por mês, só para banho e tosa. “Meus colaboradores estão comigo há muitos anos. Eles entenderam a proposta da Pet Dog e por isso o

Janete Zucatelli e seu gato Sauí serviço funciona, resultando na fidelização de clientes, como alguns que vêm à loja assiduamente, toda semana, desde o início”, comenta Janete. Mesmo com o crescimento do mercado de salões para cachorro, Janete afirma que só tem alegrias com a Pet Dog e que faria tudo de novo. Mas, a loja tem outros atrativos. É o caso do Sauí, gato cinza de olhos amarelos, que passeia tranquilamente pelos corredores do salão, sem se

importar com o assédio. A Pet Dog oferece, ainda, o serviço de táxi dog para aqueles clientes que estão sem tempo de levar o cãozinho para o banho ou consulta. A loja funciona, também aos sábados, inclusive com os serviços de tosa e táxi. Então, se você, leitor, procura um salão de beleza especial para o seu cãozinho, seu lugar é na Pet Dog, afinal, são 22 anos de qualidade com amor.


O DIREITO DOS DONOS DE ANIMAIS NUM CONDOMÍNIO E OS LIMITES DA CONVENÇÃO A criação de animais em condomínios, que tem crescido dia a dia, é um assunto polêmico e foco de grandes conflitos nos edifícios. Um dos fatores que influencia esse aumento é o número de pessoas solteiras ou separadas, que optam em morar sozinhas

e, muitas vezes, “adota” um animal de estimação como companhia. Geralmente, as convenções contêm cláusulas proibindo a presença de animais nos apartamentos, especialmente quando se trata de cães de maior porte ou barulhentos, como o

papagaio e araras. Contudo, a maioria dos Tribunais já se manifestou no sentido de que, inexistindo provas de que o animal provoque transtornos à segurança e ao sossego dos moradores, não há porque exigir sua expulsão do Condomínio.

Lei favorece donos de animais e evita abusos em outubro de 2004, em uma Conferência Internacional organizada em Glasgow, na Grã-Bretanha, pesquisadores demonstraram que aqueles que têm um animal de estimação gozam de melhor saúde e, consequentemente, vão menos ao médico do que as que vivem sozinhas.

contra o dono de uma casa situada a dezenas de metros de distância, para impedir que este faça mau uso da propriedade, impedindo-o de causar incômodos sonoros ou ambientais. Caso o vizinho infrator não cumpra a determinação legal, o juiz poderá estipular uma pesada multa diária, exigível até que o infrator cumpra a ordem judicial. Sendo assim, num condomínio, o CC prevê punição para quem utiliza a propriedade de maneira irregular: art. 1.336- “São deveres do condômino: (...) IV – dar às suas partes a mesma destinação que tem a

edificação, e não utilizar maneira prejudicial ao sossego, salubridade e segurança dos possuidores, ou aos bons costumes. (...) § 2º O condômino, que não cumprir qualquer dos deveres estabelecidos nos incisos II a IV, pagará a multa prevista no ato constitutivo ou na convenção...”. Portanto, uma Convenção pode até proibir permanência dos animais nas áreas comuns, mas removê-los dos apartamentos ou aplicar multas, somente quando o animal ferir o “Direito de Vizinhança”, em prejuízo à higiene, saúde, sossego e segurança dos moradores.

Limites de uso Entretanto, há limites quanto ao uso das áreas e bens comuns, como os corredores, áreas de lazer, elevadores, escadas, portarias e jardins pertencentes a todos, sendo impossível alguém utilizar essas áreas de forma exclusiva ou de forma a gerar transtornos aos demais usuários. O artigo 1.277 do CC, conjugado com outros dispositivos legais, pode ser invocado contra animais que realmente tragam riscos à segurança, sossego ou à saúde. Portanto, a lei possibilita que até mesmo um condomínio, um proprietário ou inquilino postule ação

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detenha”. A incompreensão de pessoas que não entendem a importância desses animais atualmente na vida dos seres humanos, traz conflitos e angústias para aqueles que já se acostumaram com a companhia de seu “bicho de estimação”. Para se ter uma ideia da importância dos animais para as pessoas,

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O proprietário tem plena liberdade de utilizar o espaço interno do seu apartamento da maneira que bem lhe convier, conforme estipula o art. 1.228 do Código Civil (CC): “O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou


Convenção bem elaborada reduz polêmica Não existe nenhuma lei que proíba ou puna os moradores que desejam manter animais em suas unidades. Entretanto, antigamente a maioria das Convenções e Regimentos Internos proibia a permanência de animais, por mero preconceito, que atualmente, não tem mais lugar. Por isso, o Poder Judiciário tem interpretado a norma da Convenção que proíbe animais da maneira mais flexível e tolerante. Somente quando há provas robustas de que o comportamento do animal realmente fere o direito de vizinhança, o Juiz, de forma sábia e criteriosa determina

a sua retirada, pois não se deixa levar por meras alegações ou até mesmo por motivos inconfessáveis, como por exemplo, a perseguição do síndico contra um vizinho que um dia votou contra a sua eleição. O simples fato de a convenção proibir ou limitar o número e a permanência de animais num edifício, não autoriza o síndico impedir que um inquilino ou novo proprietário mude com seu cão para o apartamento, pois essa imposição prévia não tem respaldo legal, já que a convenção consiste num contrato hierarquicamente inferior ao Código

Civil (CC), art. 1.228. A convenção, apesar de ter força normativa, e não pode ferir direitos e dispositivos superiores, uma vez que a Constituição e o Código Civil consagram o direito de propriedade e a liberdade do morador ter seu animal de estimação. Somente, após o animal perturbar ou ameaçar a segurança dos vizinhos, de maneira comprovada, poderá ser imposta a restrição. Logicamente, é impossível apurar essa situação antes que ocorra a ocupação e permanência do animal no condomínio, que não pode ser julgado culpado previamente.

animal, não retira o direito já adquirido ou consagrado dos proprietários que tenham animais em desacordo com a nova regra. A convenção ou a sua rerratificação é aprovada por 2/3 dos condôminos, sendo obrigatória seu cumprimento pela coletividade, até por quem votou contra. Entretanto, se determinada cláusula fere o direito adquirido ou o direito de propriedade, ela não terá eficácia, podendo ser anulada com uma Ação Declaratória, pois o Direito no Brasil

tem como regra que nenhuma norma ou lei nova retroage. A exceção existe apenas no Direito Penal, onde a lei retroage se a norma beneficiar o réu ou no Direito Processual que a nova tem aplicação imediata nos atos ainda a serem praticados no processo. A Lei visa proteger o sossego e a saúde, sendo que a convenção não pode sobrepor ao interesse individual de ter um “animalzinho” quando não há prejuízo comprovado.

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Lei não retroage Outra situação estranha consiste no condomínio aproveitar a rerratificação da convenção, que deve ser atualizada diante das inovações do CC que entrou em vigor em 2003, para restringir o direito já consagrado de alguns proprietários que possuem animais no apartamento há anos. O simples fato de inserir na convenção que será proibido possuir um cão ou gato ou determinar que cada apartamento poderá ter apenas um

Generalizar é um equivoco A situação não poderá ser analisada de forma generalizada. Caso um edifício possua 30 apartamentos e 08 tenham animais, e se por acaso somente um animal causar transtornos, o proprietário deste não poderá alegar perseguição, se administração promover uma ação para retirada do animal. Ao propor a ação somente contra do proprietário do animal problemático não poderá este invocar o principio da

isonomia e alegar que a ação deveria abranger todos os proprietários que tem animais, pois o que visa a ação é restabelecer a harmonia e sossego no Condomínio que será alcançada somente após a retirada do animal. Logicamente, que ninguém defende uma postura antissocial, de um proprietário de animal que age de maneira a colocar em risco a saúde das pessoas, ao levar seu cão para a calçada e não recolher os seus dejetos, criando uma

situação vergonhosa para nossa cidade, especialmente, na zona sul, já que a cada passo podemos pisar numa “surpresa”. Há ainda aqueles que deixam seu cão danificar os jardins e plantas por onde passa, sendo que seria viável multar quem tem esse comportamento. Mas por causa dessas exceções não podemos penalizar a grande maioria dos proprietários de animais que tem educação e respeito com o próximo.


Lei tem que ser interpretada com bom senso – síndico não é xerife

Kênio de Souza Pereira Presidente da Comissão de Direito Imobiliário da OAB-MG keniopereira@caixaimobiliaria.com.br

o vizinho ter que ficar em pânico toda vez que trafegar no elevador ou corredores com cães potencialmente agressivos. Da mesma forma é condenável que o animal seja deixado sozinho o dia todo, sem espaço para seu desenvolvimento, o que pode evidenciar maus tratos ao animal. A declaração dos direitos dos animais reza no art. 3º que “todo animal tem direito aos cuidados, a proteção e a atenção do homem”. Determina ainda que “os direitos dos animais serão definidos por lei, como os dos Direitos do Homem”. Apesar de não possuir nenhum animal de estimação, nada mais justo em relação a esses seres, que a própria psicologia já demonstrou que são úteis no tratamento de conflitos humanos e na reconquista do equilíbrio de muitas pessoas. Desta forma, a tolerância e o bom senso são os parâmetros para dirimir conflitos existentes entre moradores devido aos animais de estimação, mantendo-se, assim, um convívio harmonioso.

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o retrato do dono”. Esse cenário, impróprio à convivência harmoniosa, autoriza a administração, o síndico ou qualquer vizinho, a postular um processo judicial para retirar esses animais, pois a convenção não tem o poder de permitir o desrespeito ao direito de vizinhança, sendo que neste caso prevalecerá o inciso IV do art. 1.336 do CC. O que a lei protege é o direito de moradia saudável e sem riscos. Justamente por isso a norma que proíbe o animal num condomínio só tem justificativa para ser imposta, caso ocorra a efetiva afronta ao inciso IV do art. 1.336 do CC, consistindo um abuso e excesso de mandato o síndico assumir a posição de xerife, ou seja, prejulgar que o animal do novo morador é problemático. O bom senso deve imperar, pois o que não se admite é que o proprietário adestre, para ser violento, um cachorro de grande porte como um “Pit Bull” ou “Rottweiler” e queira que seus vizinhos os vejam como “maravilhosos ou isentos de risco”. Afinal, não é justo

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Para entender melhor a limitação da convenção e da abusividade de um síndico, por exemplo, impedir uma família de mudar para o prédio com seu animal, imaginemos a seguinte situação: Suponhamos que exista na cláusula da convenção do condomínio de apartamentos ou de casas, denominado condomínio fechado, que estabeleça: “É permitido o proprietário, inquilino ou moradores possuírem e manterem em sua moradia qualquer animal, de qualquer porte ou espécie”. Diante disso, um proprietário compra três Pit Bulls que, ao verem uma pessoa, avançam e geram grande temor, já que o dono adora assustar os vizinhos, pois se sente poderoso, e por isso, passeia com os mesmos sem coleira e nem focinheira. Logicamente, essa situação afronta o direito das pessoas terem sossego e segurança, tendo em vista o risco à saúde, diante da probabilidade de sofrer um ataque do animal que pertence a uma pessoa desequilibrada. A experiência comprova “que o cão é


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Animais sofrem com a ausência dos donos O que temos visto no dia a dia da Clínica Veterinária é que tem aumentado consideravelmente os problemas comportamentais principalmente em cães, e vemos que eles sofrem com a ausência e/ ou abandono dos donos. A saudade não é um sentimento exclusivo dos humanos, os animais também sofrem com ela. Os bichos, em especial os cães sofrem com a ausência do dono e até de outro animal com o qual estavam acostumados a conviver. O filme “Sempre ao seu lado” conta a história de Hachiko, um cão da raça akita que acompanhava seu dono de casa para a estação, de manhã, e da estação para casa, no fim da tarde, continuou a esperá-lo no lugar de costume, depois da morte dele, durante dez anos e por isso ganhou uma estátua na estação de trem de Shibuya, no Japão, por sua lealdade e seu amor. Casos como esse levantam a questão de que os animais sofrem e sentem saudade dos seus donos, o sofrimento se manifesta não só em casos de morte, mas também quando o dono ou o outro bicho fica muito tempo longe. Mas é preciso ter cuidado para não confundir a tristeza com ansiedade de separação, um mal comum entre animais que passam muito tempo sozinhos. O melhor que alguém pode fazer por um bicho triste ou ansioso é oferecer atividades físicas, como passeios e adestramento, além de brinquedos interativos quando perceber tristeza em seu bichinho. Para identificar os sintomas da ansiedade de separação é muito fácil, você vai observar que o animal se lambe em excesso, costuma roer as unhas e pode até morder as próprias patas, causando ferimentos. Os latidos constantes assim que o dono sai de casa, destruição de objetos e presença de fezes no meio da sala também são indícios desse distúrbio. No caso da morte do

dono, o ideal é que o animal fique com alguém que goste dele e com quem já tenha laços. Terapias alternativas como o uso de florais de bach, homeopatia, medicamentos específicos para tratar a ansiedade e comportamento canino, como por exemplo Fluoxetina na dose de 0,5 – 1 mg/kg cada 24 horas, Buspirona na dose de 1 mg/kg de 12/12 ou de 8/8 horas, adestradores especializados, psicólogo canino e até castração, tudo sob a supervisão de um veterinário, podem ajudar a resolver o problema. Nos casos em que o animal perde o apetite, pode-se misturar frango desfiado à ração ou oferecer outro alimento preferido do bichinho. Os animais são diferentes entre si, mas de modo geral têm grande capacidade de adaptação e se recuperam relativamente rápido. O processo de humanização que se tem com os animais de estimação é muito benéfico para os homens, mas nem tanto para os cães. Muitos dos problemas de comportamento que vemos todos os dias aumentar em número e gravidade, em nossos consultórios veterinários vem de uma má relação Homem – Animal. Quanto mais próximo os animais estiverem da sua própria natureza, ou seja, passeios, socialização, alimentação natural, menos problemas relacionados ao comportamento eles irão apresentar. Os cães são animais de companhia, mas às vezes precisamos deixá-los sozinhos em casa. Não há nada de errado nisso, eles são capazes de ficar em paz. Mas devemos ensiná-los, acostumá-los a ficar da melhor maneira possível. Eles têm pouco a fazer, principalmente na nossa ausência (nós somos o entretenimento deles). Alguns aproveitam para tirar uma soneca, outros sofrem de tédio, estresse ou ansiedade de separação. Como vamos saber se o cão fica bem quando todo mundo sai de casa? Alguns animais roem móveis, reviram o lixo, roubam papéis e objetos,

vomitam, fazem fezes e urina pela casa, outros se lambem, mordem para aliviar a tensão e outros demonstram sua insatisfação latindo, uivando. Se o seu cão fica entediado, ansioso, deprimido, você deve promover atividades para ele, como brinquedos recheados com petiscos, passeios, deixar a TV ou o rádio ligados, deixar uma peça de roupa sua perto do local onde o animal dorme, mas o importante é ensinar o animal a ser independente, acostume-o a ficar sozinho. Quem tem cão sabe que eles percebem até quando estamos fazendo as malas para viajar. Se ainda assim seu animal demonstrar desespero quando ficar só procure ajuda de um veterinário. O problema comportamental em cães está aumentando tanto, que nos Estados Unidos foi criado o primeiro canal exclusivo para cães com o objetivo de atenuar a solidão e a ansiedade dos animais, é uma iniciativa bonita, mas ainda duvidosa. A Dog TV apresenta conteúdos especialmente concebidos para cães que ficam sozinhos em casa e sofrem com a ausência dos seus donos. O canal funciona 24 horas e apresenta vários truques para entretenimento dos animais. O problema de comportamento do animal está relacionado como o proprietário lida com seu animal, muitas pessoas cometem o erro de pensar em seus cães como seres humanos, os cães tem necessidades e desejos diferentes dos nossos. Eles interpretam o mundo de maneira diferente, é preciso entender essas diferenças e tratar seu cachorro como um cachorro.

Rogério Figueirêdo Coutinho

CRMV – ES 0178 - Médico Veterinário especialista em Aves e Animais Silvestres coutinho.vet@hotmail.com


ONG AUmiguinhos Carentes de São Mateus Bicho News: Como funciona o projeto? Vocês pegam os animais nas ruas? Cuidam deles de que forma? Luciana: Por enquanto não recolhemos os animais, pois não temos um transporte adequado, mas os recebemos em nossas casas. Somos procurados ficarmos com animais rejeitados por vários motivos, entre eles estão os animais achados nas ruas, ou os que seus donos não têm mais condições de cuidar. Achamos que é melhor nos procurar do que abandonar, e é bom lembrar que abandono de animal é crime. Quando eles chegam a nossas casas, levamos a um veterinário para avaliação e depois os levamos para o Lar Provisório, tiramos fotos e registramos o animal. A partir daí começa o processo de procura por uma família para a adoção, pela internet mesmo. Todo o processo é registrado e existem formulários com termo de responsabilidade pelo animal.

Luciana Cristina - Fundadora da ONG AUmiguinhos Carentes de São Mateus

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Bicho News: Como surgiu a ideia do projeto para São Mateus? Luciana: A ideia surgiu quando me mudei para São Mateus. Como eu já era voluntária em Vitória, procurei alguém que desenvolvesse algo parecido aqui na cidade. Vi uma matéria no jornal falando da quantidade de animais de rua que São Mateus tem: estamos em 3º lugar no ranking, isso não é nada legal. Então, comentei com meu marido que eu iria montar um projeto aqui. Conheci a Mahelly, outra apaixonada por animais - acho que se ela pudesse, pegava todos para ela; convidei-a para ir a minha casa e conversamos sobre abrir a ONG. Ela me contou sobre os próprios resgates e descobrimos uma afinidade enorme. Foi então que juntamos as ideias e formamos os AUmiguinhos

Carentes. Depois buscamos mais pessoas para o projeto. Bicho News: Desde quando o projeto funciona? Luciana: O projeto aqui em São Mateus funciona desde fevereiro deste ano, quando nos reunimos para aprovar o estatuto da ONG, mas há alguns anos estamos cuidando de animais abandonados individualmente. Bicho News: O projeto AUmiguinhos já existe em outros lugares? (você havia comentado que trabalhava como voluntária em Vitória.) Luciana: Sim, várias cidades do Espírito Santo já têm um grupo como o nosso e contam com o apoio das prefeituras; foi justamente por isso que a nossa ONG foi criada. Eu vim de Vitória para morar em São Mateus há quatro meses e vi que aqui não havia nenhum projeto ou até mesmo um Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para os animais de rua. Fui voluntária dos Patinhas Carentes como Lar Provisório e adotei gatos do grupo de Adoção de Gatos da UFES.

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Você já se perguntou como aquele animalzinho na rua, foi parar ali? Será que ele já teve um dono? Ou nasceu na rua? Independente das circunstâncias, o que precisamos saber é que existem pessoas que se dispõem a não apenas se compadecer, mas também providenciar condições de abrigo e adoção para os bichinhos. Em São Mateus, a Organização Não-Governamental (ONG) AUmiguinhos Carentes tem o papel de divulgar informações sobre animais abandonados. Segundo Luciana Cristina, fundadora da ONG, a ideia de criar a AUmiguinhos Carentes surgiu depois que ela teve acesso a uma matéria que trazia o número de animais nas ruas da cidade. Em um bate papo com a criadora da ONG, descobrimos uma história que é exemplo de vida. Acompanhe.


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Nenhum animal é posto para adoção sem vacinação e vermifugação. Nosso objetivo maior é a castração de todos os animais de rua, pois cada animal castrado significa menos 250 animais na rua por ano. Bicho News: De quais animais vocês cuidam? Luciana: Na casa da Mahelly existem oito filhotes, a mãezinha e mais dois cachorros. Na minha casa tenho uma gatinha (Mikaela) de 45 dias já vermifugada aguardando uma família. O Zequinha (cachorro), nosso primeiro resgate aqui em São Mateus, já foi adotado. Infelizmente tivemos uma perda, nossa primeira, a Megan (gata). Nós a resgatamos, mas ela estava muito debilitada. Levada para o hospital veterinário, ela recebeu medicamento e no final do dia não resistiu, vindo a óbito. Temos ainda um cachorro que foi doado ontem; ele foi atropelado e está em tratamento. Não posso me esquecer das minhas duas cachorrinhas. Bicho News: O objetivo principal da ONG é conseguir um novo lar (novos donos) para os animais? Luciana: O Objetivo maior é a castração de todos os animais de rua junto com a adoção, fazendo o número de animais de rua diminuir e aumentar o controle de doenças. Bicho News: Se alguém estiver interessado em algum animal, como é o processo de “adoção”? É preciso pagar algo? Luciana: Não é necessário pagar nada. A pessoa deve ser maior de 18 anos, trazer comprovante de residência, CPF e RG, pois fazemos um cadastro dos adotantes com um termo de responsabilidade. Bicho News: Onde os bichinhos ficam atualmente, já que a AUmiguinhos Carentes ainda não tem sede? Luciana: Eles estão em nossas casas, que funcionam como um Lar Provisório. Bicho News: Atualmente, quantos animais vocês atendem? Luciana: No total são 18 animais. Bicho News: Vocês contam com algum tipo de apoio? Luciana: Contamos e precisamos de mais apoio. O CCAA é o nosso primeiro apoiador. Temos também a Eliane, da

Intimithus, que além de nos apoiar também é uma protetora - com ela existem 20 animais. Também contamos com a ajuda de voluntários. Bicho News: Como o projeto é uma ONG, vocês devem precisar de ajuda, que tipo de ajuda? Quem estiver lendo a matéria e quiser contribuir de alguma forma, como pode ajudar? Luciana: A AUmiguinhos Carentes de São Mateus está crescendo. Somos uma Organização Não-Governamental (ONG), mas ainda não temos uma sede própria. Mantemos dois espaços onde cães e gatos, que foram retirados das ruas, são abrigados. O trabalho é intenso para manter a saúde e a alimentação desses animais. Não contamos com nenhuma ajuda oficial e precisamos muito de voluntários. Cada um contribui de acordo com as suas possibilidades, mas cada compromisso assumido deve ser cumprido. Uns têm mais tempo livre, outros só dispõem de algumas poucas horas por semana. Nossas principais necessidades são: • Ração para cão e gato; • Medicamentos (antibióticos, anti-inflamatórios, carrapaticidas, vermífugos, etc.); • Realização de bazares; • Materiais a serem vendidos no bazar (roupas, acessórios, brinquedos, etc); • Pagamento de cirurgias e outras despesas veterinárias; • Jornais; • Fazer transportes de animais do abrigo para a clínica e vice-versa; • Abrigar ou resgatar um animal;

• Apadrinhar um animal; • Divulgar o trabalho, buscar patrocínio; • Ajudar nas feiras de adoção (antes, durante e depois); • Auxiliar no acompanhamento dos animais adotados (ligar, visitar); • Auxiliar nos cuidados dos animais dos abrigos. Estas são algumas entre outras muitas tarefas e necessidades do grupo! Se você quer e pode ajudar, independente de ser pessoa física ou jurídica, entre em contato pelo email : aumiguinhoscarentesdesama@gmail.com Bicho News: Fale sobre a equipe da AUmiguinhos. Há mais pessoas envolvidas? Luciana: AUmiguinhos Carentes de São Mateus é uma associação civil, de direito privado, de caráter sócio-ambientalista, sem fins lucrativos, que tem por princípios estimular o amor e o respeito à vida, o controle de natalidade de animais, a adoção de animais carentes, o equilíbrio ambiental e combater o abandono de animais em São Mateus. Hoje a equipe está formada por Luciana Cristina, Mahelly Santos, AndréMahelly Santos, André Luiz Fuzaro, Leonardo Martins, Monica Mayorga Martins, Flayna Zotelle, Marlom Souza, Luciana C. R. de Souza, Vinicius Oliveira de Souza ONG AUMIGUINHOS CARENTES DE SÃO MATEUS E-mail: aumiguinhoscarentesdesama@ gmail.com ou luhcristina30@gmail.com Facebook: facebook.com/AMIGUINHOSCARENTES Telefones: (27)9929-1802 - Luciana (27) 9894-9141 - Mahelly (27) 9917-7193 -Brenda


ADOTE UM AMIGO Confira quais animais estão disponíveis para adoção. Os animais foram abandonados e encontrados em diferentes pontos do estado. Adote e faça um bichinho feliz!

ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DOS ANIMAIS DO ESPÍRITO SANTO - AMAES www.amaes.org.br amaes@amaes.org.br Belinha - Fêmea, filhote, 04 meses Situação: vermifugada, 100% saudável, aguardando idade para castração.

bIMBO - Macho, Basset Situação: precisa de veterinário oftalmologista para cuidar de um problema na glândula da terceira pálpebra para em seguida ser adotado.

Pretinha Belga - Mestiça Belga, +- 03 anos Situação: vermifugada, castrada, 100% saudável.Linda Pelagem.Pretinha não foi abandonada.

Jone - Macho, aproximadamente oito meses Situação: na foto está um pouco machucado, mas já recebeu atendimento veterinário e está bem.

CORALINA - Fêmea- mestiça , aproximadamente 1,3 anos. Situação: Vermifugada,vacinada,castrada.

Nina - Fêmea, mestiça, +- 01 ano e meio Situação: vermifugada,em fase de castração, 100% saudável.

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Manuela - Mestiça poodle, +- 01 ano e meio Situação: vermifugada, castrada,100% saudável.

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Marley - Macho, mestiço, aproximadamente 01 ano e meio. Situação: castrado,vermifugado, Saúde 100%

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Bicho News

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Contos

Uma situação indigesta Nada é mais constrangedor do que alguém se livrar de gases, ou seja, soltar puns em público. É uma conduta detestável. Agora, pergunto - E quando o responsável pela emissão desses agentes poluentes é um animal? Complica, não é mesmo? Mamã, que Deus a tenha, já fez a passagem, assim como sua pastora alemã, Catarina. Como era imponente! (a pastora, bem-entendido). Catarina, infelizmente, não viveu o bastante, diferente de mamã. Adorava jogar bola e repetia a operação quantas vezes um Cristo a jogasse, normalmente, eu. Por quê? Simplesmente porque ela sabia mais do que ninguém como me conquistar. Desgraçadamente, nenhum companheiro no decorrer da minha existência conseguiu imitá-la. Uma noite, ao me deitar, percebi que havia algo muito duro sob o meu travesseiro – Ué? O que tem aqui? Uma pedra de baixo do meu travesseiro! Mas essa cadela tinha um sério problema digestivo – eliminava gases com frequência. Assim sendo, não podia comer qualquer coisa, principalmente fígado. E quem convencia a minha mãe? Ela adorava dar petiscos e a Catarina, ingeri-los. E a indisposição estomacal se transformava em gases horrorosos. Imaginem o que me aconteceu – tive que trazê-la para São Paulo para consultar um gastroenterologista, lógico. Pegávamos o elevador todo dia para ela fazer as necessidades tão desejadas por mim. Numa dessas saídas, a danada soltou semelhante pum que os presentes suspeitaram de um vazamento de gás ou produto tóxico

– o resultado era o mesmo. Que situação mais vexatória! Sabem quando você evita olhar para o lado com medo de que o vizinho ache que foi você? E todos fazem aquela cara de paisagem. O fato é que esse distúrbio da nossa pastora gerou algumas situações indigestas, quando, por exemplo, o meu sobrinho pequeno, foi passear conosco. Novamente, aqueles olhares já conhecidos. O meu sobrinho mais do que depressa disse – Não fui eu, juro! O vizinho mais depressa ainda – eu também não fui. Então, fui eu, suponho! E de maneira pouco gentil falei - O senhor por acaso está sugerindo que fui eu? O meu olhar foi mais assustador que o pum da Catarina. A coisa era tão problemática que, numa tarde, dormindo comigo, ela emitiu um pum tão barulhento que se assustou e se levantou apavorada. Imagine eu! Depois dessas passagens inconvenientes, falei para a minha mãe – Tem que parar com esse negócio dos petiscos, não está dando certo – Não sinto cheiro algum! Você cisma com tudo que é natural – bradou com a candura costumeira. Gente, de natural, não tinha nada. Levando em conta que Mamãe morava numa casa num terreno de 1000 m2, à beira-mar, em plena mata atlântica, que poderia sentir? Detalhe - o meu apartamento tem 85 m2 – dá para notar a diferença de concentração de odores? Eles não se dissipam! Mas Mamãe tinha absoluta certeza que tamanho não é documento, embora vivesse com a brisa do mar ao pé do ouvido. Onde moro, nem brisa tem. E de inodoro, o pum da Catarina não tinha nada.

Catarina

E tem mais – trabalhei numa transportadora de produtos químicos e ganhava 30% de adicional por periculosidade. Sério! Quando a gente trabalha em área de risco, tem uma compensação financeira. Transportei a Catarina diversas vezes no meu carro, fiquei à mercê de uma situação insalubre, e nunca ganhei um tostão. Lamentável. Quando o meu pai era vivo (outro que já se foi), ficou com uma indisposição gástrica e muita flatulência. Tivemos que chamar o médico. Prevendo o tipo de situação que poderia acontecer, disse: Mãe, é melhor você sair do quarto com a Catarina – fui educada, compreendem? – Mas por quê? – Era a resposta que temia. Mamãe não tinha a menor sensibilidade, também neste sentido. Vocês não imaginam o que passei. De repente, PUM! A cara do doutor lembrava a de um filme de terror - arqueou as sobrancelhas, prendeu a respiração, graças a Deus, e tentou disfarçar o indisfarçável. Silêncio total. O médico pensou – “O sujeito está podre”. E o coitado do meu pai sem entender nada – era completamente surdo e o nariz já não respondia muito bem. Resultado - Quando o doutor perguntou o que ele havia comido, adivinhem – FÍGADO! - disse a santa. Só podia ser! Lika Lacerda

lika.lacerda@yahoo.com.br




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