Home Review edição 1 - ano 1

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home REVIEW 01

edição 01 | ano 01 | 2014

DESTINO: Entenda o porquê cada vez mais pessoas buscam empreendimentos do tipo

Entrevista

Ozires Silva fala sobre projetos e o desenvolvimento da região

Casa Cor

Fique por dentro das tendências apontadas pelo evento mais famoso em arquitetura e decoração

Sustentável A palavra do presente


CONFIANÇA NÃO SE COMPRA. SE CONSTRÓI. Conheça o trabalho e a história da RDC Construtora e Incorporadora.

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A incorporação do empreendimento Celebrity Vila Ema encontra-se registrado sob nº 02 na matrícula 201.677, do 1º Registro de Imóveis de São José dos Campos - SP, com data de 21 de maio de 201. Excel Imóveis - CRECI J-11874, Migra Imóveis CRECI 21711J. Valor referente a apartamentos de 147 m² finais 1 e 3 no 1º andar, sendo: Ato/30/60/90 do contrato de R$ 19.377,00 cada, com intermediárias anuais de R$ 19.377,00 e 30 mensais de R$ 1.550,00 com saldo final de R$ 463.761,00, valor total do investimento: R$ 645.900,00. A presente Tabela poderá ser alterada sem prévio aviso - demais condições de venda, conforme minuta de contrato. Todas as parcelas serão reajustadas pela variação do índice INCC. RDC 1/2 x R

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EDITORIAL

Ao longo das 84 páginas desta revista, você, leitor(a), vai conhecer as novidades e tendências dos setores da construção civil, arquitetura e decoração. Informação de qualidade e voltada para a nossa Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Nesta primeira edição, a Home Review traz uma reportagem sobre os condomínios, que se tornaram o principal desejo dos consumidores e investidores. A Sustentabilidade também é abordada com dados importantes sobre como os empreendimentos ecologicamente corretos têm feito a diferença no mercado e a importância deles para as nossas vidas e o meio ambiente. Outro destaque é a matéria especial sobre a Casa Cor São Paulo. Nossos especialistas selecionaram o que de melhor a mostra trouxe e apresenta o que é in em arquitetura e decoração. Gastronomia também tem vez na revista com a reportagem sobre a Vila Ema e seus encantos. O mesmo vale para o Projeto São José 2030, uma importante iniciativa da sociedade civil que pode transformar o futuro joseense. Bem-vindos à Home Review! Carta ao lEitor Fale com a gente e participe da Home Review. Envie dúvidas, sugestões e comentários à nossa redação. Telefone: (12) 3913-3858 E-mail: homereview@grupomestra.com.br

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Home Review, a revista com mais visualizações por cm².

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SUMÁRIO

10 18 26 31 38 44 50 6

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REFORMA JÁ

PRINCIPAL

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FILOSOFIA LEAN

Construção e meio ambiente

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MEU JARDIM

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São José 2030

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Destino: Condomínio

Sustentável - a palavra do presente

Verde que te quero verde

Sociedade civil se mobiliza para desenvolvimento da cidade

ENTREVISTA

Espaço Aberto Ozires Silva

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MAIS POR MENOS

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LANÇAMENTOS

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Como investir bem em imóveis

Invasão tecnológica

Nova norma promete mais segurança a edificações

Construtoras apostam na Filosofia LEAN para alavancar resultados de custos e prazos em obras

FATOR CONDOMÍNIO Síndico morador ou um síndico externo?

TENDÊNCIAS

O melhor da Casa Cor SP

ACONTECE

10ª Construvale reúne mais de 100 empresas e tem expectativa de R$ 32 milhões em negócios

turistando

Sabores da Vila Ema

GUIA DE COMPRAS Guia de Compras

PROJETO SORRI

Projeto Sorri: há 30 anos inserindo deficientes no mercado de trabalho


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50 A Home Review é uma publicação do grupo mestra. Produção Agência de Imprensa - Tel.: (12) 3913-3858 - www. agenciadeimprensa.com.br. Jornalista Responsável Areta Braga - MTb 38.005. Coordenação/Edição de texto Fernanda Goulart Redação Fernanda Goulart e Bianca Lemos. Estagiária Rafaela Garcia. Projeto Gráfico Mestra Comunicação Diagramação Adriano Augusto e Luiz Carlos Coltro. Revisão Dyrce Araújo Impressão Vox Editora Tiragem 15000 exemplares.

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PRINCIPAL Em busca de conforto e segurança, cada vez mais pessoas buscam imóveis em condomínios. Para corresponder à demanda, a Região Metropolitana do Vale do Paraíba conta com a oferta de empreendimentos dos mais variados padrões, para todos os gostos, bolsos e com muitos atrativos.

condomí DESTINO:

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mínio 11


Há cerca de seis meses, a publicitária, Ta- mercial da Migra Consultoria Imobiliária, Daniel tiana Monteiro Bergamo, de 36 anos, e o Drummond, oito em cada dez clientes procuram empresário, Ítalo Bergamo, de 40 anos, a aquisição de imóveis em condomínios, sejam deram início a uma busca. Depois de uma vida horizontais ou verticais. “O perfil do consumidor inteira morando em casa, o casal optou por morar é aquele preocupado com a qualidade de vida. As em condomínio e se mudou para um apartamen- pessoas estão sim muito atreladas à questão da seto, no Jardim Aquarius, em São José dos Campos. gurança e a preocupação com o lazer dos filhos. Ítalo e Tatiana encontraram no novo imóvel a Então, o conceito de condomínios clube tem sido a maior procura”, comenta. segurança e resgate da tranquilidade - também E a oferta também aumentou. para as filhas gêmeas, de Um levantamento da Secretaseis anos – que tanto proria de Habitação de São José curavam. “Antigamente, dos Campos aponta que o núnós podíamos brincar na mero de Habite-se concedido a rua e, hoje, nossas filhas empreendimentos acima de 60 não podem. No condomíunidades residenciais, saltou de nio, temos tranquilidade e 83 para 128, em três anos, ou muitos itens de lazer que seja, o equivalente a 54%. De acordo com o Secovi - SP nos permitem brincar com elas quando chega(Sindicato da Habitação da Sérgio Meira, diretor do Secovi mos do trabalho, ou deiHabitação do Estado de São xá-las brincar com os amiguinhos até um pouco Paulo), o Estado de São Paulo conta, atualmente, mais tarde”, relata Tatiana. com cerca de 50 mil condomínios, residenciais, O casal é um retrato da realidade do mercado comerciais e mistos. “A variedade é muito grande. imobiliário. Cada vez mais, as pessoas têm buscado Hoje, até mesmo os empreendimentos populares, imóveis em condomínios. Segundo o diretor co- logicamente que com as devidas proporções, con-

O mundo está trazendo uma insegurança muito grande e morar em condomínio é como um porto seguro

Oito em cada dez clientes procuram a aquisição de imóveis em condomínios

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tam com itens de lazer. O que percebemos é que, quanto maior o padrão econômico, mais as pessoas buscam empreendimentos privativos, com menos unidades”, analisa Drummond.

ATRATIVOS – Piscina, sauna, pista de caminhada, bicicletário, churrasqueiras, espaço gourmet, brinquedoteca, salão de jogos, SPA, quadra poliesportiva, academia... São muitos os itens de lazer que os condomínios oferecem. Especialistas atestam que as principais razões da escolha por condomínios são, de fato, o conforto e a segurança. A violência nas cidades, com frequentes assaltos a residências, e o aumento do tráfego urbano, que impede as crianças de brincar nas ruas e demanda mais tempo de deslocamento, têm impulsionado a procura. “O mundo está trazendo uma insegurança muito grande e morar em condomínio é como um porto seguro. Os condomínios oferecem, hoje, serviços que uma pessoa sozinha não poderia pagar.Trata-se de uma área comum que traz conforto e segurança. Muitos pais trabalham fora e, nos condomínios, os filhos têm opção de lazer com segurança”, resume o diretor de condomínios do Secovi, Sérgio Meira de Castro Neto. Além desses atrativos, arquiteta Denise Campoy acrescenta que a programação de alguns condomínios e a relação entre os moradores também é um diferencial. “Muito condomínios agregam bastante em convivência social. Eles realizam vários eventos sociais, esportivos e gastronômicos e, assim, os vizinhos deixam de ser estranhos e se tornam grandes amigos”, reforça. A engenheira civil Soraia Chuster concorda, mas ressalta que as pessoas não devem apenas viver em função dos condomínios. Para ela, é saudável aproveitar todas as opções que o local oferece sem deixar de lado os programas externos. “O tempo é muito escasso hoje, mas é preciso dosar e não viver apenas em uma redoma. É importante saber que existe um mundo aqui fora”, conclui.

O conforto e a facilidade da área de lazer pertinho de casa são grandes atrativos dos condomínios

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Crédito: Divulgação Secovi-SP/Calão Jorge

“Segurança é um trabalho preventivo”, alerta especialista

O diretor de condomínios do Secovi – SP (Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo), Sérgio Meira de Castro Neto

Não são apenas os muros dos condomínios, as cercas elétricas e a câmeras que os tornam seguros. O diretor de condomínios do Secovi – SP (Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo), Sérgio Meira de Castro Neto, ensina que a segurança é um trabalho preventivo e, para funcionar, requer a participação e o envolvimento do síndico, funcionários e de todos os condôminos. Segundo o representante da organização, que também realiza cursos de Segurança Condominial, o primeiro passo é a criação de um ‘Manual de Procedimentos de Segurança’. O material deve conter regras claras sobre como funciona a segurança do condomínio, com a descrição dos atributos de cada um muito bem especificada. “Muitos abusos são cometidos por desconhecimento da regra do jogo. O Manual deve ser um livro de cabeceira para os funcionários e os moradores também devem mudar suas rotinas para cumprir as normas, como abrir o vidro e acender a luz interna do carro quando chegarem, por exemplo. É uma união de esforços com um objetivo comum”, enfatiza Neto. Outra ação importante é o plano de manutenção do condomínio, que precisa incluir a de-

vida atenção a portões, câmeras e elevadores. Meira reforça que um prédio bem conservado é mais seguro e econômico. “A gestão de um prédio é como uma empresa de grande porte, cujo lucro é a qualidade de vida de quem mora lá. A segurança depende de treinamento, reciclagem e conscientização dos moradores. É importante que os moradores tenham consciência de que a segurança é uma troca. Perdese em conforto e tempo - como os visitantes e prestadores de serviço serem anunciados para entrar, por exemplo -, mas se ganha por outro lado”, finaliza. CAPACITAÇÃO – O Secovi-SP oferece cursos de Segurança Predial, ministrados por especialistas em segurança patrimonial, destinados a zeladores, porteiros, vigias, gerentes prediais, entre outros. A próxima turma, em São Paulo, está prevista para novembro. O objetivo é conscientizar e treinar os profissionais sobre o funcionamento administrativo do condomínio, os equipamentos disponíveis, a melhor forma de utilizá-los e os procedimentos operacionais. Saiba mais no site www.secovi.com.br.

Confira a evolução no número de Habite-se, concedido pela Prefeitura de São José dos Campos:

2010 2011 2012 2013 14

83 93 118 129

406,3 mil m² 926,3 mil m² 809,9 mil m² 690,9 mil m²

Fonte: Secretaria de Habitação de São José dos Campos


Dicas de segurança Pratique e incentive os condôminos e Síndicos a tornar seu condomínio mais seguro:

A manutenção dos itens de segurança e o compromisso dos moradores com as regras tornam os condomínios mais seguros

Portaria – ela é um dos principais pontos de segurança do condomínio. Por ali circulam todas as pessoas. O porteiro tem a função de cuidar dessa circulação. Para tanto, é preciso ter atenção na identificação de visitantes, entregadores, prestadores de serviços e terceirizados; controlar a saída e entrada de materiais e, eventualmente, o acesso de veículos. O porteiro deve comunicar-se de forma direta com o zelador, gerente do condomínio ou síndico. E testar os sistemas de segurança e alarmes. Riscos - A entrada de pessoas sem a autorização do morador; guardar chaves, objetos ou pacotes de moradores; abrir o portão da garagem sem ter certeza de que o veículo pertence ao morador, entre outras medidas que podem colocar em risco a segurança do condomínio. Apesar de não existir um sistema de proteção 100% seguro, um conjunto de ações preventivas e integradas contribuem para melhorar a segurança no condomínio, que poderá ser obtida se essas medidas estiverem apoiadas no tripé: equipamentos eletrônicos adequados, funcionários treinados e condôminos conscientizados. Neste sentido, o papel do síndico é fundamental. Ele deve incentivar a participação de todos os moradores e funcionários e formar uma comissão específica para tratar do assunto. Comunicação e Manutenção - É importante manter uma lista atualizada de todos os moradores, com placa de veículos e até nomes de parentes próximos para contato em caso de emergência. Todas as áreas devem ser bem iluminadas, sobretudo as entradas do condomínio. Evitar deixar objetos

que obstruam a ampla visão da portaria. É recomendada a instalação de dispositivos eletrônicos de segurança, se possível, com monitoramento por empresa especializada; e manter esses equipamentos sempre em perfeito estado de funcionamento. Promover a integração do condomínio com órgãos de Segurança Pública e entre os prédios vizinhos, criando uma rede de segurança. Incentivar os funcionários a participar de cursos e palestras sobre segurança. Com equipamentos em funcionamento, funcionários treinados e condôminos conscientizados, a probabilidade de se manter os procedimentos sem falhas é muito grande. Isso ajuda a detectar e dificultar uma tentativa de invasão, pois o intruso tem como principal arma o fator surpresa, que cai por terra diante desta estrutura organizada. Envolvimento - Os moradores devem seguir as normas de segurança do condomínio e não se expor desnecessariamente. Sempre acender a luz interna de veículo ou baixar o vidro ao chegar, para facilitar o reconhecimento do motorista. Estar sempre atento e, se possível, avisar antecipadamente as visitas e entregas que irá receber; caso seja algo inesperado, confirmar com exatidão na portaria antes de descer. Quando for realizar festas, passar todas as informações necessárias, especialmente a lista exata de quem irá participar do evento, para que haja um controle na entrada dos convidados. O morador não deve entregar suas chaves a pessoas fora de seu círculo familiar ou deixá-las na portaria. Se for viajar, deixar a chave com algum parente e o telefone dele na portaria para contato em caso de emergência. Atenção com seu veículo na garagem, mantenha-o sempre trancado e sem objetos à vista. Colaborar com o vigia ou o porteiro; evitar irritação sem motivos concretos. Na maioria das vezes, o funcionário está seguindo as regras de segurança, como aguardar liberação para deixar entrar um visitante. Também é um fator de risco pedir para que este mesmo empregado realize outras tarefas, fazendo com que pare com suas funções primordiais e abandone seu posto. 15


O que nOrteia suas escOlhas: a razão ou a emoção? existem vários tipos de pessoas: as extremamente perfeccionistas e exigentes, as que prezam a beleza, o bem-estar, a realização de um sonho. É por isso que há 20 anos a Costa Norte reúne qualidades e diferenciais para todos os tipos de pessoas. somos a qualidade que norteia o seu futuro.

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Construção e meio ambiente

sustent a palavra do presente

Represas secando ou funcionando bem abaixo da capacidade, aquecimento global, poluição... Estamos diante da iminente escassez de recursos naturais e a Terra pede socorro. De olho nisso, algumas iniciativas da construção civil têm se destacado como forma de minimizar os impactos ambientais.

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Crédito: Gilberto Freitas

O advogado especialista em Direito Ambiental, Lincoln Delgado

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A sustentabilidade é o novo modelo de empreendimentos. As construtoras brasileiras têm investido, cada vez mais, em recursos e itens sustentáveis, como eficiência energética, reaproveitamento e tratamento de águas pluviais, energia solar e uso de lâmpadas LEDs. Segundo o Green Building Council Brasil - organização responsável por fomentar a indústria de construção sustentável no País -, o Brasil está em terceiro lugar no ranking mundial de certificações sustentáveis. O selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design/ Liderança em Energia e Projeto Ambiental), oferecido pela instituição, conta com 870 registros e 176 certificados. Outra instituição responsável por atestar a qualidade ambiental das construções, a Fundação Vanzolini, contabiliza a emissão de 350 selos Acqua no país, sendo a maioria deles, cerca de 40%, referente a edifícios habitacionais. Para se ter uma ideia dos benefícios, especialistas apontam que uma construção sustentável gera uma economia de 30% de energia e redução de até 50% no consumo de água. O advogado especialista em Direito Ambiental, Lincoln Delgado, afirma que o investimento em sustentabilidade não tem resultado apenas no produto

final, mas ao longo da execução. Segundo ele, as empresas que não se utilizam de técnicas sustentáveis registram uma perda de cerca de 30% dos materiais da obra, ou seja, a cada três prédios construídos, um é desperdiçado. “É preciso ter consciência de que alguns elementos são finitos, como a areia, por exemplo. A construção civil talvez seja o setor que mais busca alternativas de materiais renováveis. E, dependendo do investimento, em cinco anos, ele se paga, por exemplo”, ressalta. NOSSA REGIÃO – A Região Metropolitana do Vale do Paraíba já começa a ganhar empreendimentos sustentáveis. É o caso do Central Park e Boulevard Park, ambos localizados no Jardim Aquarius, em São José dos Campos. Projetados e executados pela Construtora Costa Norte, ambos os empreendimentos reúnem um grande número de práticas ambientais, desde a concepção do projeto, a construção, até a sua utilização. Entre os itens ecológicos, destacamse: sistema de captação, tratamento e reúso de águas pluviais e cinzas (águas de pias, chuveiros e máquinas de lavar); aquecimento solar; equipamentos de alta eficiência energética; avarandamento nas fachadas para maior ventilação e


e para o meio ambiente que vale muito a pena. A responsabilidade de minimizar os impactos ambientais é de todos. A RDC cumpre o seu papel de oferecer produtos de qualidade e com responsabilidade, onde as pessoas vivem bem, fora e dentro do imóvel”, enfatiza. A PRT Empreendimentos Imobiliários também decidiu adotar uma iniciativa sustentável no loteamento Colinas do Paratehy, um condomínio horizontal localizado na Urbanova, em São José dos Campos. A construtora optou pelo uso de luminárias em LED nos núcleos internos residenciais do empreendimento, que economizam até 75% de energia em comparação com as luminárias ‘tradicionais’, têm maior durabilidade e ausência de mercúrio (metal pesado que pode colocar em risco à saúde e capaz de contaminar o solo e o lençol freático). A sócia da PRT, Águeda Souza Lima, afirma que um dos fatores determinantes para a adoção da medida foi o fato de o consumo de energia ser um dos itens de maior impacto sobre o meio ambiente. “Desde sua fabricação até o descarte final, após sua vida útil, é grande o impacto ambiental de uma luminária. Essa é uma contribuição da PRT Empreendimentos para uma gestão eficiente das finanças dos seus consumidores e para o consumo responsável da energia dentro do empreendimento Colinas do Paratehy”, acrescenta. CONSCIENTIZAÇÃO – Especialistas atestam que a sustentabilidade é mais que uma tendência, mas uma realidade que veio para ficar. O responsável pelo desenvolvimento de negócios do Selo Acqua da Fundação Vanzolini, Bruno Casagrande, aponta que práticas sustentáveis são fundamentais. De acordo com ele, grandes empresas e multinacionais já selecionam prédios corporativos para instalação das marcas por serem empreendimen-

Itens sustentáveis como as placas solares e o sistema de tratamento e reúso de água do Boulevard Pak Aquarius, da Construtora Costa Norte, podem significar uma economia de 30% de energia e redução de até 50% no consumo de água

Crédito: Divulgação

incidência de luz natural. Grande entusiasta no assunto, o diretor de planejamento da Costa Norte, José Renato Fedato, ressalta a importância da sustentabilidade na construção civil. “Produzir um produto ecologicamente responsável e de forma sustentável faz parte da nossa missão em oferecer qualidade de vida e conforto aos nossos clientes. Um prédio sustentável é muito mais econômico e funcional. É muito mais do que pensar apenas no produto final, mas sim na forma de produzir, fazendo com que o processo de execução do empreendimento seja o menos impactante possível. Nós nos orgulhamos dos nossos produtos e sabemos que, mais que um diferencial, investir em sustentabilidade é uma questão de necessidade para o planeta”, reforça. Desde a sua criação, a RDC Construtora também vem investindo, cada vez mais, em sustentabilidade, como, por exemplo, a realização do plantio de mais de 700 árvores nativas. A cada projeto, novos itens são acrescidos, como no Pátio Home Resort, uma parceria com a Ecolares. O empreendimento, localizado na Vila São Geraldo, em Taubaté, conta com três mil m² de área verde, janelas com dimensão acima do padrão para aumentar a incidência de iluminação natural, bicicletário, vasos sanitários econômicos e, durante a construção, a madeira foi substituída pelas escoras metálicas. “É um investimento para o cliente

O responsável pelo desenvolvimento de negócios do Selo Acqua da Fundação Vanzolini, Bruno Casagrande

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Seja você também sustentável Vale a premissa que pequenas ações fazem toda a diferença. Algumas práticas simples ajudam, e muito, o meio ambiente. Confira:

No condomínio Colinas do Paratehy, a PRT Empreendimentos Imobiliários optou pelo uso de luminárias em LED, nos núcleos internos residenciais do empreendimento, que economizam até 75% de energia

Em fase de obras, o Pátio Home Resort, da RDC Construtora, conta com três mil m² de área verde e a substituição de madeira pelas escoras metálicas, durante a construção

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Água: fechar a torneira para escovar os dentes; reduzir o tempo no banho; utilizar lavagem a seco para o carro e incentivar o reaproveitamento da água da lavadora de roupas. Uma simples lavagem de roupa chega a utilizar 150 litros de água! Limpeza: consuma produtos biodegradáveis ou que provocam menores impactos ao meio ambiente. Cuidado com os aerossóis, muitos ainda empregam o CFC, um gás nocivo à camada de ozônio. Lixo: Plásticos, papéis e metais podem ser reutilizados após passarem pelo processo de reciclagem, por isso, separe o lixo orgânico do reciclável. Pilhas e baterias também não devem ser dispostas no lixo comum, mas sim entregues em postos de coleta. A mesma regra se aplica às lâmpadas fluorescentes, já que elas possuem mercúrio, um metal pesado capaz de contaminar o solo e o lençol freático.

tos eficientes e ecologicamente corretos. Contudo, para Casagrande, ainda falta conscientização sobre como essas iniciativas são benéficas e como o investimento é lucrativo. “O grande problema no Brasil é que muitos empreendedores e consumidores são imediatistas. Eles não fazem o cálculo do custo/benefício e, por isso, a sustentabilidade não evolui. Os números de um empreendimento sustentável são bem expressivos, mas a grande maioria das pessoas ainda não percebeu. Falta um trabalho de conscientização, mas acredito que a nova geração esteja bem mais acordada neste sentido do que a nossa”, completa. A coordenadora técnica do Green Building Council Brasil, Maria Carolina Fujihara, vai além. Arquiteta e pós-graduanda em planejamento e gestão de cidades sustentáveis, ela acredita que falta informação sobre o assunto nas próprias universidades. Mais do que isso, Maria Carolina ressalta a falta de mobilização do setor público. “O maior desafio ainda é cultural no nível de conhecimento. A sustentabilidade é um tema pouco abordado nas universidades. Na Europa e nos Estados Unidos, há mais de 30 anos, já existem leis de eficiência energética. Aqui no Brasil, falar em energia renovável parece coisa de outro mundo. É preciso quebrar o paradigma que investir em sustentabilidade é caro e disseminar entre a população este conceito de casa sustentável. A tendência é que, cada vez mais, cobre-se o desenvolvimento e a própria iniciativa privada cobre do governo leis e normas de incentivo”, conclui. APOIO – Ainda que de forma tímida, alguns governos começam a apoiar a sustentabilidade.


Nas cidades de Guarulhos (SP), São Carlos (SP), Vila Velha (ES) e Salvador (BA), foi implantado o chamado ‘IPTU Verde’, ou seja, incentivos fiscais a quem adotar práticas sustentáveis. Os moradores de Guarulhos, por exemplo, têm um desconto de 20% no valor da taxa anual, caso pratiquem ações como plantar árvores no terreno, captar águas pluviais, utilizar energia solar ou instalar um telhado verde. Já na cidade do Rio de Janeiro, foi criado, em 2012, o Selo Qualiverde para edificações residenciais, comerciais, mistas ou institucionais. Aquelas que Ranking Mundial de países sustentáveis 1 USA 50.129 19.778 2 CHINA 1.738 492 3 BRASIL 870 176 4 EMIRADOS ÁRABES 858 107 5 ÍNDIA 561 238 6 CANADÁ 554 351 7 MÉXICO 477 106 8 ALEMANHA 387 108 9 TURQUIA 359 59 10 CHILE 265 61 11 CORÉIA DO SUL 252 53 12 ITÁLIA 240 73 13 ESPANHA 211 6 14 CATAR 208 72 15 ARÁBIA SAUDITA 193 15 Fonte: Green Building Council Brasil

alcançarem a pontuação necessária ficam sujeitas a benefícios fiscais com concessão de descontos para alguns tributos municipais, como: ISS (Imposto sobre Serviços) durante a obra, IPTU e ITBI (Imposto de Transações de Bens Imóveis). Outro projeto é o Procel Edifica, com a Etiqueta de Eficiência Energética, desenvolvida em parceria com a Eletrobras e o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). O selo incentiva as edificações à iluminação e ventilação natural para reduzir o consumo de energia elétrica. Segundo o órgão, as edificações residenciais, comerciais e públicas são responsáveis por aproximadamente 45% do consumo de energia elétrica no Brasil. Este gasto advém da iluminação artificial e da climatização de ambientes.

Fonte: Green Building Council Brasil

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verde VERDE QUE TE

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QUERO


crédito: Arquivo Pessoal/Felipe Mascarenhas

Trazer a natureza para dentro de casa é aceitar mais vida, conforto e harmonia. As plantas e flores têm a capacidade de transformar ambientes, independente do espaço. Mas quem disse ser tarefa fácil? A Home Review foi atrás de especialistas para ensinar você, leitor (a), a como começar um jardim. 27


créditos: Arquivo Pessoal/Felipe Mascarenhas Crédito: Arquivo Pessoal

Os jardins trazem mais vida e harmonia aos imóveis e podem se adaptados conforme o espaço disponível

O arquiteto paisagista, Felipe Mascarenhas, destaca que o primeiro passo para começar um jardim é gostar da natureza

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Qualquer espaço em casa pode ser destinado ao cultivo de algumas plantas e flores. Muitas vezes, trata-se de apenas um cantinho, mas já é o suficiente para começar um pequeno jardim e trazer a alegria da natureza para dentro do lar. Segundo especialistas, o primeiro passo para começar um jardim é gostar da natureza e encontrar um espaço adequado, independente do tamanho. O arquiteto paisagista, Felipe Mascarenhas, orienta que a primeira etapa consiste em analisar este espaço e o ambiente. “Para começar o jardim, você deve procurar responder algumas perguntas simples. Como: qual o tamanho?; a luz do sol bate direto ou indiretamente?; quais são esses horários? ; há momentos sombreados?; como é o vento no local?; o clima é mais frio ou quente?”, ensina. São as respostas a esses questionamentos que vão oferecer a noção das opções de escolha das espécies vegetais a serem adquiridas. Mascarenhas ressalta que as características das plantas também devem se harmonizar com as do espaço. “Essa combinação é fundamental para o jardim. Por exemplo, em espaços pequenos usaremos plantas pequenas. Já nas áreas sombreadas usaremos plantas resistentes à sombra”, reforça. Os estilos de jardins são variados. Existe o tropical, o oriental, o moderno, o neoclássico... E a composição das plantas pode seguir algum desses estilos

ou o gosto pessoal do morador. Em imóveis onde o espaço é maior, podem ser projetados outros elementos que combinam muito bem com a área do jardim. O arquiteto paisagista recomenda itens para o lazer, esporte e relaxamento. “Alguns itens combinam muito e podem tornar o jardim um espaço ainda mais agradável. Pode ser uma piscina, uma quadra poliesportiva, um quiosque, ou uma área de estar a céu aberto. Gosto de iluminar o jardim de forma econômica e cenográfica para que, à noite, as pessoas possam desfrutar de grandes momentos”, afirma. Vale ressaltar que, tratando-se de elementos vivos, é necessário o mínimo de luz e água. Entretanto, para um melhor desenvolvimento do jardim, a manutenção de limpeza, podas e adubação são importantes para ter uma paisagem sempre bonita e saudável. Em apartamentos menores, a dica é fazer jardim em paredes, os chamados jardins verticais. No mercado, existem vários modelos de vasos que trazem ainda mais beleza. “Costumo plantar pequenas frutíferas como jabuticaba, romã e acerola em áreas ensolaradas. Ficam muito atraentes”, comenta Mascarenhas. Mas o arquiteto alerta: antes de iniciar um projeto, consulte sempre um especialista. “O ideal é fazer um projeto paisagístico para planejar as melhores soluções estéticas, funcionais, econômicas, ecológicas e seguras para o espaço desejado”, conclui.


O que e onde? Algumas plantas são muito utilizadas em jardins domésticos, para espaços ensolarados. São elas: ixoras, hibiscos, grama amendoim e bela emília. Para sombra, utilize: palmeirinha ráfis, filodendros e lança-de-são-jorge. É importante ter cuidado ao plantar árvores e palmeiras, devido ao porte e raiz, bem como plantas e espécies venenosas e com espinhos.

Iluminação no jardim Poder apreciar um jardim noturno é um grande prazer. No fim da tarde, é possível reunir os amigos para conversar, jantar ao ar livre ou apenas desfrutar do ambiente. Para que isso aconteça, você precisa planejar o seu jardim com segurança e eficiência. A iluminação de paisagismo procura destacar os volumes e as texturas dos jardins, pois, iluminando os volumes das plantas, é possível valorizar este espaço. Segundo a arquiteta, Karyna Brandão, é importante escolher tipos de lâmpadas, de acordo com o tipo e o porte de planta. “Por exemplo, podemos utilizar uma lâmpada halógena [lâmpadas mais elaboradas, com luz mais brilhante, eficiência energética e maior vida útil, variando entre 2000 e 4000 horas, menores dimensões e com vários efeitos de iluminação] tipo Par 38 de 100w para destacar volumes de árvores de médio porte, troncos e folhas. Já árvores de porte muito grande utilizamos uma lâmpada tipo vapor metálico de tubo cerâmico de 70w , onde o alcance do facho de luz pode atingir uma palmeira até 15 metros de altura”, enuncia. Outra dica da arquiteta é utilizar o LED na iluminação do jardim. Além de ecologicamente correto, esse tipo de lâmpada tem maior durabilidade. “O LED já está sendo muito inserido em projetos de iluminação de jardins, onde se pode fazer balizamento de caminhos, iluminar pequenos arbustos e iluminação de espelho d’água, pois são lâmpadas de baixo consumo e de longa duração. Porém, o resultado das lâmpadas halógenas ainda supera o LED quanto à reprodução de cores”, finaliza.

A iluminação faz toda a diferença no jardim e realça a beleza do espaço

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Emplanej: Conceito em Viver Bem por toda São José dos Campos. Com mais de 15 anos de tradição e compromisso com a qualidade, os empreendimentos Emplanej tornaram-se sinônimo de bom investimento no mercado Imobiliário. Alie-se a tudo isso a constante preocupação do grupo Emplanej com a qualidade de vida oferecida através de suas obras.


Crédito: Cláudio Capucho/PMSJC

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São José 2030

Sociedade civil se mobiliza para desenvolvimento da

cidade Umas das 30 cidades mais ricas do país, com um PIB (Produto Interno Bruto) de mais de R$24 bilhões, segundo o IBGE, São José dos Campos, com 247 anos recém-completados, é um polo industrial e empresarial com plena capacidade de ascensão. Movido pelo amor à cidade e a preocupação com o seu desenvolvimento, um grupo de empresários joseenses conseguiu mobilizar a sociedade civil em apoio à busca por alternativas e soluções das necessidades do município. 31


Crédito: Eduardo Gomes

Da esquerda para a direita: o engenheiro Manuel de Oliveira, o empresário Kiko Sawaya, o diretor do Ipplan Alexandre Amorim, o engenheiro Ozires Silva, e o empresário Hector Enrique

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O que, em princípio, seria apenas uma discussão entre um grupo de empresários - formado pelo engenheiro e ex-presidente da Embraer, Ozires Silva, o administrador especialista em gestão pública, Kiko Sawaya, o engenheiro e diretor da empresa Sygma, Manuel de Oliveira, e o presidente do Laboratório Oswaldo Cruz, Hector Enrique – acabou envolvendo mais

de 400 pessoas. Trata-se do ‘São José 2030’, um ciclo de debates para traçar estratégias, produzir decisões inovadoras e empreendedoras para retomar o desenvolvimento da cidade. O projeto, idealizado por Ozires Silva, pretende preparar a cidade para o futuro. “Nós estamos em usufruto de algo que foi feito nas décadas de 60, 70 e 80. O Brasil é um país que


Crédito: Cláudio Capucho/PMSJC

não liga para as suas vocações, acha que ninguém tem a ver com isso. E o Projeto São José 2030 vem justamento para dizer: ‘Sim. Nós temos muito a ver com isso’”, comenta Silva. O grupo apoia sete pilares considerados essenciais para o crescimento do município. São eles: a vinda de uma Faculdade de Medicina; a construção de um complexo de eventos com hotel cinco estrelas e capacidade para reunir mais de 10 mil pessoas; um complexo aeroespacial – ampliação do aeroporto com novas empresas e destinos; criação de um posto temático, caracterizando a cidade como polo industrial e aeroespacial, nas divisas com outros municípios; mobilidade urbana; revisão da lei de zoneamento e educação como base de evolução. O especialista em gestão pública, Kiko Sawaya, ressalta que todas essas ações colocam São José dos Campos na Vanguarda do desenvolvimento. Para ele, o sucesso do projeto está embasado no comprometimento de todos os participantes e na representatividade das cerca de 20 entidades de classes envolvidas. “São atitudes de agora que darão continuidade ao projeto no futuro. As pessoas, muitas vezes, assumem a posição de expectadores do poder público, mas, se pudermos agir ativamente, tudo acontece muito mais rápido”, comenta. APOIO - O projeto ‘São José 2030’ ganhou ainda mais força com a parceria com o Ipplan (Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento), ligado à Prefeitura de São José dos Campos. Em dezembro de 2013, foi assinado um termo de cooperação com a organização, que garante o auxílio das pesquisas do instituto para emba-

sar os planos e ações do grupo. O diretor geral do Ipplan, Alexandre Amorim, reforça que toda a cidade ganha com a ativação do projeto. “O Ipplan se sente honrado em ser escolhido como parceiro do projeto. Esta é uma super iniciativa da sociedade civil de São José, em ter a percepção de se organizar e propor uma nova agenda para a cidade. É uma questão rara entre os municípios, principalmente por não ter nenhum interesse político e econômico, mas sim pensar como queremos a cidade daqui a alguns anos. É uma iniciativa louvável e que renderá bons frutos”, reforça. SOBRE – Em 2013, o Projeto ‘São José 2030’ reuniu grandes nomes do país para a realização de debates, como os arquitetos, Ruy Ohtake e Edo Rocha e o ex-secretário de Urbanismo do Rio de Janeiro, Sérgio Dias (responsável pela reestruturação da zona portuária carioca) e o empresário da comunicação, José Bonifácio Sobrinho, o Boni. Em 2014, o novo ciclo de debates está previsto para ocorrer em setembro. Segundo a organização, a programação ainda não foi finalizada. 33


Confira as associações, empresas e órgãos participantes do Projeto ‘São José 2030’: ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) ACI (Associação Comercial e Industrial de São José dos Campos) ACONVAP (Associação de Construtoras do Vale do Paraíba) AEA (Associação de Engenheiros e Arquitetos de São José dos Campos) APCD (Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas) APM (Associação Paulista de Medicina) ASSECON (Associação de Empresas Contábeis de São José dos Campos) Centervale Shopping CIESP (Centro de Indústrias do Estado de São Paulo) CIN - Aliança Empresarial Imobiliária Grupo Sygma Laboratório Oswaldo Cruz OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Secretaria de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia SICRED Vanguarda Vale do Paraíba Sindicato do Comércio Varejista de São José dos Campos SINDUSCON (Sindicato da Indústria da Construção Civil) SINHORES (Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de São José dos Campos) Terra Simão Construtora 34


crédito: Adenir Britto/PMSJC

Uma das cidades mais ricas do país, São José enfrenta desafios para o crescimento; grupo pretende definir estratégias para superá-los

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ENTREVISTA

Ozires Silva Espaço Aberto

Engenheiro aeronáutico formado pelo ITA, ex-presidente e fundador da Embraer, Ozires Silva já presidiu a Petrobras, a Varig e comandou o Ministério da Infraestrutura. Aos 83 anos, mantém-se em plena atividade como Reitor da Unimonte, em Santos, e presidente do Conselho de Administração da Anima Educação. Joseense de coração, Ozires Silva acompanhou o crescimento da cidade e continua contribuindo para o desenvolvimento da região e do país com os seus conhecimentos e a forma de ‘sacudir o presente, melhor nos equipando para vencer no futuro’. Idealizador do Projeto São José 2030, Ozires encontrou a equipe da Home Review, na véspera do Dia dos Pais, e nos deu de presente uma aula de economia, conhecimentos gerais e de como transformar ideias em realidade. Com vocês, o pai do Arnaldo, da Ana Maria e do Sérgio, o líder, o visionário: Ozires Silva. 38


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Home Review - Como é a sua relação com São José dos Campos? Ozires Silva: Eu conheci São José dos Campos quando desejava ser engenheiro, aos meus 15 e 16 anos, e não havia esse curso em Bauru. No final dos anos 40, quando o Brigadeiro Casemiro Montenegro Filho tomou a iniciativa de convencer a Força Aérea de criar o primeiro curso no Brasil, que foi em São José dos Campos. Foi quando comecei a tomar conhecimento do Vale do Paraíba, que conhecia somente através da leitura dos livros de Monteiro Lobato. Nunca tinha vindo aqui, somente depois de fazer o curso do ITA [Instituto Tecnológico de Aeronáutica] e, desde então, eu moro aqui. Comecei meu curso em 1958 e nunca mais saí. Home Review - O que a cidade representa para você? Ozires Silva: Meu escritório é em São Paulo, mas quando posso venho a São José dos Campos. Devido à longevidade que tenho aqui, de alguma maneira, assisti ao desenvolvimento de São José. Quando cheguei aqui, em

1958, nós tínhamos três indústrias na época: a Johnson, a General Motors e a Tecelagem Vale do Paraíba. Vi São José se modificar e, sobre certo aspecto, a fabricação de aviões também modificou a cidade. Embora carregue comigo uma frustração muito grande. Em todos os movimentos que pude fazer em relação à indústria aeronáutica, não fiz em associação com São José, mas com o Governo Federal. Digo com um pouco de pesar que consegui construir a Embraer sem falar com a Prefeitura, mostrando que a sociedade está muito distante de grandes oportunidades de construir uma empresa. Acho que essa distância de São José dos Campos, com relação a uma vocação da cidade que é extremamente rica, não tem contribuído adequadamente para que a cidade se desenvolva. Sinto que o joseense está muito distante disso e isto não é bom.

Home Review - Voltando ao Projeto São José 2030, o que o motivou a torná-lo realidade? Ozires Silva: Representa algo que eu sempre procurei fazer na vida. Você pode imaginar que estes aviões, quais são, como estamos vendendo, não caíram do céu. Foram objetos de planejamentos e antecipações extremamente cuidadosas. Eu sempre me movimentei fora daqui, tanto é que os investimentos da Embraer vieram ou do Governo Federal, ou fora daqui. Se você fizer uma pesquisa, veja quantos joseenses compraram uma ação da Embraer. Eu tenho este dado, mas, por tudo que tenho observado, duvido que tenha uma participação expressiva de capitais joseenses na indústria aeronáutica. E não falo só da Embraer. Empresas que nasceram aqui, em consequência da Embraer, estão enfrentando o mesmo problema. A ausência da cidade em relação a um negócio que é muito importante. Por que isto afetou 2030? Nós estamos em usufruto de algo que foi feito nas décadas de 60, 70 e 80. Foi aí que falei com o Kiko [Kiko Sawaya] e com outros colegas que têm nos ajudado. Nós vamos chegar em 2030. Eu não vou, mas vocês vão. Se nós não fizermos nada agora, o que estaremos fazendo em 2030? Mais de dois mil aviões fabricados no Brasil voam nos Estados Unidados. No Brasil, apenas 38. É um país que não liga para as suas vocações, acha que ninguém tem a ver com isso. E o Projeto São José 2030 vem justamento para dizer: ‘Sim. Nós temos muito a ver com isso’. Felizmente, a Prefeitura está nos dando apoio, mas isto foi conquistado.

Home Review - O senhor acha que a passividade da população em geral foi o que contribuiu para a ideia do Projeto São José 2030? Ozires Silva: Sem dúvida. Se você olhar para as cidades que produzem avião no mundo

Home Review - Quais são os principais desafios da cidade? E do país? Ozires Silva: Acho que o principal desafio é valorizar a cidadania e o desenvolvimento da cidadania. Em uma palestra que fiz na FGV [Fundação Getúlio Vargas], uma discussão entre brasileiros e americanos, ficou

A distância de São José dos Campos, com relação a uma vocação da cidade que é extremamente rica, não tem contribuído adequadamente para que a cidade se desenvolva

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– Seatle nos EUA, Toluse na França e Moscou na Rússia -, os chamados polos aerotecnológicos, o cenário é absolutamente diverso daqui. Há um interesse enorme da população no que está acontecendo na indústria aeronáutica mundial. Aqui em São José, o aeroporto parece distante da cidade. Todas as tentativas de colocar avião, ligando São José a outras cidades, fracassaram. Acredito que em razão deste distanciamento, o joseense não considera o avião como uma atividade da cidade. Por estranho que isto possa parecer. A Embraer gera mais de 17 mil empregos aqui em São José dos Campos e o joseense não toma conhecimento disto. Reconheço que isto é um fator que tem limitado um bocado a atração de muitas empresas, gerar bem mais postos de trabalho e mesmo abrir novas perspectivas e oportunidade. Tanto é que você vê a única iniciativa pesada no setor aeronáutico, em São José dos Campos, tem origem no Governo Federal que é o ITA.


claro que o Governo tem que trabalhar para que cada cidadão que empreenda tenha sucesso e não achar que o governo tem sucesso. Quem produz riquezas são os cidadãos e estes que têm que ser apoiados. Nosso governo, na realidade, olha para nós apenas como pagadores de impostos. Está errado. A função das Prefeituras, governos Estaduais e Federal é assegurar que cada empreendimento não seja barrado por uma série de obstáculos, um monte de carimbo governamental, que ninguém pode empreender nada sem autorização do governo. Home Review - A Lei de Zoneamento tem gerado uma discussão entre governo e o setor da construção civil aqui em São José. Como o senhor enxerga essa questão? Ozires Silva: O desacordo tem que existir, mas enquanto existe o desacordo não acontece nada. Nesta decisão, a população deve ser ouvida sempre, porque é ela quem produz as riquezas. Não é a Prefeitura. Não vejo lógica para barrar a altura dos prédios. Quando os terroristas derrubaram as Torres Gêmeas, a resposta dos americanos para este ato foi construir a torre mais alta dos Estados Unidos, que virou um marco da cidade de Nova York. A cidade ganhou em prosperidade e emprego. Se quisermos fazer a torre mais alta de São José dos Campos, ou do Estado de São Paulo, ou da América Latina, isto é ruim? Vira um marco para a cidade. Home Review - O seu blog leva o título de Educação Transforma. Esta é a base do desenvolvimento para o senhor? Ozires Silva: O cara que desenvolveu o celular, o computador, é um sujeito que ganha salário mínimo? Foram pessoas inteligentes, competentes e muito bem formadas. Isto existiria se a educação não transformasse? Não é extraordinário ver um bebê nascendo com todos os movimentos, os órgãos funcionando e, ao longo dos anos, se tornar um cidadão. O que falta a este bebê? Educação. A natureza não entrega para nós um filho educado. Deixou isto para nós e não podemos falhar na única coisa que a natureza nos deixa para criar um cidadão. Nada existiria se não fosse a educação. São José faria avião se não tivesse uma escola de engenharia aeronáutica? Não. A riqueza de um país está no cidadão, não no governo. Home Review - Ao longo da sua vida, quem ou o que mais o inspirou? E o que continua a inspirá-lo? Ozires Silva: Tive muitas inspirações. O melhor é não é falar do passado, mas do presente e do futuro. A inspiração tem que ser permanente em relação ao que nos interessa e ao que possa interessar à sociedade. Chega um certo momento em que estas inspirações extravasam a capacidade individual e se tornam coletivas. É por isso que, no começo desta entrevista, eu disse que

lamento que São José não saiba que a cidade fabrica avião e que vende no mundo inteiro. Até quando vamos vender aviões se não nos inspirarmos e produzirmos novos aviões? Por isso que existe a expressão ‘os líderes mudaram o passado e vão mudar o futuro’. Home Review - O senhor acha que faltam jovens com esse olhar e essa vontade? Como o senhor enxerga as novas gerações? Ozires Silva: Acho que melhorou. Os jovens de hoje estão muito preocupados com o futuro. O engraçado é que o governo conserva em suas mãos toda a regulamentação da graduação. Nada pode ser feito sem a autorização do Governo Federal. Todos os jovens que estão hoje em escolas privadas pagam impostos. Não é um absurdo? O governo tributa aqueles que vão criar algo. Eu não estou dizendo isso por pessimismo, mas que está errado e precisa ser mudado. Uma coisa extraordinária que o Brasil conseguiu foi consolidar a democracia. Apertando um botão na urna você pode gerar uma revolução civil. Para mudar um governante na Síria, já morreram 150 mil pessoas. No Brasil, basta apertar um botão. Mas qual apertar? É preciso pensar nessa responsabilidade. Não votar no cara mais simpático, no que faça melhor ou naquele que vai me dar um emprego sem que eu possa trabalhar. Home Review - O que senhor diria para as pessoas que o admiram? Qual o segredo de tanta disposição e disponibilidade para fazer a diferença? Ozires Silva: Nós estamos num país extraordinário. Num país continente com todas as possibilidades, que aparece em toda a fotografia da Terra. O brasileiro precisa acreditar em si próprio e contribuir o máximo que puder para o Brasil ser um país diferente no futuro, que vai ser muito mais fácil para os filhos deles e não simplesmente se omitir.

Se nós não fizermos nada agora, o que estaremos fazendo em 2030?

Home Review - O que senhor almeja para o futuro de São José? Ozires Silva: Tudo de bom. O melhor possível. Não me conformo de a gente morar num país continente, pensando como um país nanico. Gostaria que São José fosse a cidade mais importante do mundo. Quem vai construir isto não é o governo. Somos nós.

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Como investir bem em

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Os imóveis são investimentos valiosos e com grande retorno. Seja para moradia ou ampliação da renda, algumas dicas são preciosas na aquisição e evitam grandes dores de cabeças futuras.

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Imóveis são ótimos investimentos, mas é preciso que o consumidor tome alguns cuidados como consultar outros clientes da construtora/ incorporadora escolhida, visitar imóveis já entregues e conversar com síndicos de empreendimentos da empresa

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Conquistar a casa própria é o sonho de dez entre dez pessoas e o fácil acesso ao crédito deixa essa realização ainda mais próxima. A avaliação do imóvel deve ser feita não apenas no quesito financeiro, se o valor está dentro do orçamento disponível, mas também no que diz respeito aos prazos, financiamentos e acabamento da unidade. Segundo pesquisa realizada pela Aconvap, atualmente, a oferta de imóveis na Região Metropolitana do Vale do Paraíba está em aproximadamente 15 mil unidades e esse número tende a aumentar a cada ano. Cada vez mais, as construtoras estão investindo em empreendimentos destinados à classe média, isto é, oportunidades para clientes com perfis de compra que são representados por jovens entre 21 e 30 anos, que buscam mais estabilidade e, também, se interessam em investimentos. Para entrar de cabeça e assumir a responsabilidade do investimento com segurança, alguns cuidados são necessários, como consultar outros clientes da construtora/incorporadora escolhida, visitar imóveis já entregues e conversar com síndicos de empreendimentos da empresa. O juiz de direito de São José dos Campos, Marcos Pagan, também orienta o consumidor que começou sua busca. “A principal preocupação deve ser com relação à solidez da empresa escolhida, como tempo de mercado, indicações no Procon e se está associada a entidades de classes, além de estar atrelada a uma empresa imobiliária correta e idônea”, explica Pagan usando como exemplo associações como Aconvap (Associação de Construtoras do Vale do Paraíba), Secovi (Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo) ou Sinduscon (Sindicato da Construção). Outro ponto importante é verificar se o financiamento cabe na renda familiar com determinada folga, como orienta o gerente bancário com MBA em Gestão Financeira, Clayton Silveira. “A compra de um imóvel hoje é garantia de capital no futuro, saímos do duro aluguel em busca da conquista de um patrimônio, mas é preciso estar atento com relação ao valor das parcelas, pois elas não podem ultrapassar 30% do orçamento pessoal e fazer com que o investimento abale o equilíbrio financeiro da família”, orienta Silveira. Para que situações como essa não aconteçam, Clayton Silveira orienta, ainda, sobre a negociação do imóvel. “A melhor saída para uma excelente negociação é a velha pechincha e pesquisa de mercado. Feito isso e com um bom valor para entrada do financiamento o comprador fará uma ótima aquisição. Lembrando que é preciso analisar as melhores propostas e avaliações financeiras, pois os juros estão na faixa de 8,4 a 10,5 ao ano”, finaliza. 47


O juiz de direito de São José dos Campos, Marcos Pagan, orienta que é preciso ter atenção na hora de assinar o contrato e checar se os itens do documento estão em acordo com o que foi ofertado

Ofertas não faltam no mercado imobiliário e muitas empresas prometem mais do que se pode cumprir, como data para entrega das chaves e promessas a curto prazo, que muitas vezes não são cumpridas. Atraída pela facilidade da compra de um apartamento, oferecida por uma empresa vinda de fora da região, a jornalista Mayara Barbosa viu o sonho se transformar em pesadelo pouco antes de subir ao altar. Com casamento marcado e definições do apartamento em andamento, Mayara via seu lar cada vez mais distante a cada mês que se passava. “A construtora não cumpriu o prazo e tivemos que alugar um apartamento às pressas. A negociação começou com um ano de antecedência e a oferta era de apenas dois meses para morar, pois o apartamento já estava pronto, o que não aconteceu”, conta ela que optou por um imóvel na zona leste de São José dos Campos. Mayara conta que não recebeu suporte da empresa contratada – uma das campeãs de reclamações do setor no Procon SP – e não foi orientada corretamente no que diz respeito aos prazos. “Não fui orientada com relação ao contrato o que, mesmo após a conclusão do apartamento, gerou um grande atraso no recebimento das chaves” afirma. O juiz de direito de São José dos Campos, Marcos Pagan, orienta que é preciso ter atenção na hora de assinar o contrato e checar se os itens do documento estão em acordo com o que foi ofertado, pois é no pós-venda que os problemas aparecem. “Não pode deixar passar nenhuma dúvida sobre as cláusulas do contrato e pedir explicação aos empreendedores e corretagem sempre que precisar. Vale guardar folders, e-mails, reportagens, estar 48

munido de informações que o ajudem a comprovar os prazos e ofertas facilitam durante o desenrolar da negociação”, orienta. O empresário, Allan Carvalho, iniciou a busca pela casa própria em julho deste ano. No entanto, para ele, a cautela tem sido parte do processo. “Encontrar o imóvel perfeito requer estratégia na busca e nosso primeiro passo foi definir o padrão do imóvel, localização e orçamento disponível. O segundo foi selecionar as construtoras que daremos prioridades, como as que reúnem menos reclamações nos órgãos de defesa do consumidor”, finaliza. O PÓS-VENDA - Após a compra efetuada, é hora de acompanhar o andamento da obra e checar se todos os itens descritos no contrato estão sendo cumpridos na prática. O juiz, Marcos Pagan, afirma que é recomendável estar com contrato em mãos no momento da vistoria final. “A inspeção do imóvel no ato da entrega das chaves deve ser formalizada e constar em documento possíveis ressalvas ao estado do imóvel, caso este não tenha sido entregue conforme previsto no contrato do ato da compra”, enfatiza. Prazos de entrega, condições de moradia, Habite-se liberado, inadimplência e garantias devem ser itens lidos com muita atenção nas cláusulas contratuais, pois é preciso estar munido de todas as informações e orientações necessárias para entrar no imóvel. “A partir do momento em que não há possibilidade de habitação, o proprietário não deve pagar as parcelas do condomínio”, explica Marcos Pagan.


Solução de conflitos sem traumas e gastos exorbitantes Rescindir um contrato de compra e venda é caro e custoso. Muitas vezes, este procedimento demanda não apenas o tempo do proprietário do imóvel em questão, mas um alto gasto financeiro. Quando não há possibilidade de cumprir o pagamento das parcelas e se faz necessário desfazer o contrato de compra, as problemáticas são ainda maiores, pois as multas são exorbitantes e acabam deixando o consumidor sem saída. A nova tendência da justiça para solução de conflitos é o Centro Judicial de Solução de Conflitos (CEJUSC), um caminho que está sendo bastante valorizado para dar benefícios para todas as partes envolvidas. O juiz de direito de São José dos Campos, Marcos Pagan, explica que, para o consumidor, o órgão é a melhor forma de solucionar o problema com mais agilidade, sem custos. “Nós, da Justiça, estamos nos capacitando cada vez mais, estimulando os envolvidos a usarem mais esse serviço diante dessas possibilidades, pois é o meio mais adequado de solução de conflitos. É a maneira mais ágil para solucionar problemas dessa ordem”, orienta Pagan. Em se tratando de prazos para as soluções, o tempo para cada demanda pode variar dependendo da complexidade do caso, como por exemplo, dificuldades para encontrar a parte contrária. O juiz de direito explica que o prazo varia, normalmente, de 2 a 6 meses. “Esse tempo é referente à data da primeira procura e da solução final. Nos Juizados Especiais, se houver acordo na primeira audiência, este prazo gira em torno de três meses. Se for necessária a intervenção do juiz, aproximadamente seis meses ou mais, dependendo da pauta de cada comarca”, salienta Pagan. Os interessados em ter acesso a esses centros de solução de conflitos devem procurar o Procon, o Fórum ou OAB locais.

Serviços: Procon São José dos Campos Endereço: Rua Vilaça, 681 - Centro Telefone: (12) 3909-1440 (PABX) e 3909-1445 (Fiscalização) *Atende de segunda a sexta-feira das 7h30 às 17h15 (são distribuídas senhas)

OAB São José dos Campos Endereço: Av. Engenheiro João F. dos Santos, 108 Telefone: (12) 3941-8511 / 3942-1517 CEJUSC – fórum antigo Endereço: Rua Paulo Setubal, 220 – Jardim São Dimas Telefone: (12) 3921.5634 E-mail: cejusc.sjcampos@tjsp.jus.br

HISTÓRICO Considerada uma das melhores alternativa à solução de conflitos de média complexidade, os Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania foram criados como consequência da Resolução nº 125/10 do Conselho Nacional de Justiça, que instituiu a Política Nacional de Tratamento dos Conflitos de Interesses. Em geral, os Cejuscs são instalados por meio de parcerias com faculdades, prefeituras e entidades particulares. Atualmente, o Judiciário paulista conta com 66 Centros. O da capital, inaugurado em novembro de 2011, foi o primeiro do Estado. 49


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LANÇAMENTOS

tecnol Invasão

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ógica

Cada vez mais, a tecnologia se firma no nosso dia a dia e com mais intensidade. A nova aposta das construtoras é em imóveis automatizados que trazem mais conforto, segurança e facilidade aos usuários dos imóveis. 51


Localizada na Rua das Arraias, o Supremo Aquarius Office conta com sistema de medidores individuais de energia por andar com leitura eletrônica e mais de 60 câmeras de monitoramento

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Imagine chegar em casa e encontrar a televisão ligada no canal certo no horário do seu programa favorito, as cortinas já fechadas, a temperatura agradável e a refeição quentinha no prato? Tudo isso é possível com um simples toque no tablet ou celular. É a chamada automação residencial. Ela se configura como a utilização de dispositivos para automatizar as rotinas e tarefas domésticas, seja abertura e fechamento de cortinas, venezianas, garagem e portas, ativação ou desativação do arcondicionado, sistema de monitoramento de câmeras, irrigador de jardim e muito mais.

O diretor comercial da SDA Automação Residencial, Mauro Costa, ressalta que esta é uma tendência do mercado da construção civil, aplicada em imóveis de médio e alto padrão. Segundo ele, cada vez mais, o número de clientes tem aumentado, em função do conforto e segurança que essa tecnologia oferece. “O limite é a criatividade e o gosto do cliente. Quem nos procura já sabe o que quer. As novas construtoras já estão deixando tudo preparado para os novos proprietários dos empreendimentos. É uma realidade bem próxima que, com o passar dos anos, a maioria das casas de alto e médio padrão contem com itens de automação”, reforça. Um exemplo disso é o empreendimento Aquarius Evolution, da M. Vituzzo. Localizado no Jardim Aquarius, em São José dos Campos, o residencial está em fase de obras, que o prepara para uma série de itens tecnológicos. Um dos dispositivos é a maçaneta biométrica, que permite o acesso ao imóvel a apenas digitais configuradas, considerando a ranhura da digital, senhas individuais e até o uso das chaves. O equipamento ainda permite resgatar os horários e dias de acesso de outras pessoas, assim como o cadastramento e descadastramento dos usuários. Ele também interage e conversa com o usuário. “A tecnologia é uma aliada da nossa segurança e conforto. O Aquarius Evolution é um exemplo de como a modernidade pode nos beneficiar. Investir em tecnologia é um


futuro sem volta”, afirma o diretor da M. Vituzzo, Marco Aurélio Vituzzo. O empreendimento conta ainda com vagas de garagem com pontos de recarga para carros elétricos, apartamentos com controle remoto para comandos a distância e elevadores com dispositivos de segurança. Os elevadores inteligentes também são as apostas do Supremo Aquarius Office, da Cabana Engenharia e Construções. O empreendimento, situado na Rua das Arraias, no Jardim Aquarius, investe em novas tecnologias para facilitar o dia a dia dos usuários das mais de 100 salas comerciais. No caso dos elevadores, eles percorrem 1,5 m por segundo e, das quatro unidades à disposição, uma delas é programada apenas para o trajeto do primeiro subsolo ao térreo. “Essa tecnologia controla o acesso dos visitantes, oferecendo mais segurança aos empresários e funcionários”, coCrédito: Divulgação

menta o diretor da Cabana Engenharia, Pedro João dos Santos. Além disso, o Supremo conta com sistema de medidores individuais por andar com leitura eletrônica, mais de 60 câmeras de monitoramento com sistema de segurança controlado por computador e fornecimento de energia elétrica por barramentos blindados, criados para dar flexibilidade ao sistema de distribuição de energia. “O uso de novas tecnologias na construção civil traz mais qualidade aos empreendimentos e permite mais conforto aos usuários”, enfatiza.

Os elevadores inteligentes também são as apostas do Supremo Aquarius Office, da Cabana Engenharia e Construções

Crédito: Divulgação

CUSTO – O conforto que as novas tecnologias oferecem é proporcional ao custo. Segundo empresas da região, os itens de automação custam a partir de R$2 mil. De olho no futuro, o Aquarius Evolution oferece vagas de garagem com pontos de recarga para carros elétricos

Em fase de obras, o empreendimento Aquarius Evolution da M. Vituzzo traz uma série de itens tecnológicos

O que a automação permite: • Controle/acionamento da iluminação, áudio e demais eletrônicos nos ambientes internos e externos de residências; • Acionar tela de projeção, projetor, caixas de som, aparelho de DVD e iluminação diferenciada por meio da função “one touch” (único toque); • Controle de aberturas de cortinas, portas, portões e tetos retráteis; • Controle/acionamento de sistemas de irrigação de jardim e bombas de piscina; • Controle de acesso às portas e garagens dos imóveis, por cadastramento de digital. Também é possível cadastrar as digitais de funcionários, conforme dia e horários. 53


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REFORMA JÁ

edificaçõ Nova norma promete mais segurança a

Instituída em abril deste ano, pela ABNT (Associação Brasileira de Norma Técnicas), a nova Norma de Reformas impõe regras para condomínios verticais residenciais e comerciais. No entanto, passados alguns meses, a regulamentação ainda gera dúvidas entre condôminos e síndicos sobre quais procedimentos adotar. A Home Review buscou especialistas para esclarecer os detalhes da norma 16.280. Confira na reportagem. 56


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Nova norma estabelece que qualquer reforma tenha um responsável técnico, seja um engenheiro ou arquiteto

Há alguns meses, mais precisamente, em abril deste ano, entrou em vigor uma nova norma para reformas de edificações, a 16.280, instituída pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A regulamentação traz uma nova cultura para moradores e administradores de condomínios que queiram mexer no que já foi construído. A regra vale para condomínios verticais residenciais ou comerciais e, basicamente, estabelece que qualquer reforma tenha um responsável técnico, seja um engenheiro ou arquiteto. Sendo assim, o condômino deve procurar um profissional para elaborar o projeto e apresentar ao síndico, cuja função é avaliar se o condomínio permite que as modificações sejam realizadas e se o parecer técnico cumpre as regras do condomínio. Caso o projeto gere dúvidas com relação à segurança, é permitido ao síndico que acione um segundo profissional para um novo parecer. O presidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos de São José dos Campos, Carlos Eduardo de Vilhena Paiva, ressalta que a nova norma traz mais segurança à população. “É um avanço para a sociedade civil. A norma vem em defesa da sociedade. A nova norma não concede mais poder ao síndico, mas sim responsabiliza o responsável legal pela edificação”, afirma. Com a experiência de quase 40 anos de carreira, Paiva reforça a importância da conscientização da população, bem como o comprometimento dos profissionais envolvidos. “É importante que as pessoas se conscientizem sobre o papel dos engenheiros e arquitetos. As pessoas tendem a procurar o mais barato, mas não deve ser assim. Construir ou reformar a sua casa é tão importante como o cuidado com a saúde, por exemplo. Nós estamos no mercado para dar segurança à sociedade, com projetos adequados também pelo custo. O código de ética da nossa profissão diz que o engenheiro é obrigado a fazer o acompanhamento da obra. Não fazê-lo é o mesmo que um médico que coloca o enfermeiro para fazer uma cirurgia”, exemplifica. APLICAÇÃO – No condomínio joseense, onde o publicitário, Adriano dos Santos, atua como subsíndico, a nova norma está à disposição dos moradores de forma a evitar atritos. Para ele, os condomínios precisam estar preparados para sanar dúvidas dos moradores. “É importante que a nova norma esteja sempre à mão e que os condôminos compreendam a importância dos procedimentos a serem adotados. Afinal, é para a segurança de todos”, conclui.

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Perguntas e respostas A Home Review foi às ruas e colheu algumas dúvidas comuns de moradores de apartamentos, respondidas pelo presidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos de São José dos Campos, Carlos Eduardo de Vilhena Paiva: Seu eu quiser derrubar uma parede, qual procedimento devo adotar? A nova norma permite? Permite, mas só se não for de alvenaria estrutural. O procedimento adequado é contratar um profissional, engenheiro ou arquiteto, que vai avaliar essa remoção e fazer um projeto para apresentar ao condomínio e, se necessário, aos órgãos competentes, conforme a legislação municipal. Esse profissional vai fazer um memorial descritivo com todas as informações necessárias para a boa execução e o bom entendimento do condomínio.

faz parte das obrigações do arquiteto e engenheiro acompanhar a obra. Ele não pode apenas assinar o projeto. Ele tem que acompanhar, justamente porque ele é o responsável legal e criminal pelo projeto que assina. Se não houver escritura do imóvel, como devo proceder? Do mesmo jeito. Não há necessidade de ter escritura do imóvel, mas sim o Responsável Técnico. Se for com a finalidade de apresentar à Prefeitura, vale o contrato de compra e venda.

O síndico pode impedir minha obra? Pode, mas, para tal, precisa apresentar uma justificativa embasada e respondida por um técnico. Somente um outro profissional habilitado pode desqualificar o projeto anterior. Neste caso, o condômino é que paga o parecer desse segundo profissional e, se houver a necessidade de um terceiro, provavelmente vai ser uma demanda judicial, que quem vai pagar é quem estiver errado. Quem paga é quem perdeu porque obrigou o outro a gastar.

Crédito: Rodrigo Roverio

Como é a fiscalização? Cabe a cada condomínio fazer o controle, checar se a obra está seguindo o que foi discriminado no projeto entregue. Também é função do síndico consultar o técnico para verificar se a documentação apresentada compete à norma. Se houver o não cumprimento do serviço descrito requer interdição da obra imediatamente.

No caso de instalação de ar-condicionado, como funciona? O ar-condicionado ainda tem um agravante. Subtende-se que há um acréscimo de carga na rede elétrica. Portanto, há necessidade de um laudo técnico e projeto, inclusive prevendo a substituição de cabeamento. No entanto, há prédios em que é proibida a instalação em convenção. Nestes casos, só derrubando a convenção. Nos prédios mais modernos, onde a instalação do ar-condicionado está previsto, o laudo de um empresa especializada basta.

Existe multa? Qual é a punição? Não. A norma não prevê multa, o que importa é a execução correta. É o condomínio que determina no Manual do Condômino. A norma vale para outros imóveis em geral? A nova norma vale apenas para condomínios verticais, sejam eles residenciais ou comerciais. Vale apenas o projeto ou o arquiteto e engenheiro têm que fazer acompanhamento? O Código de Ética das profissões determina que

O presidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos de São José dos Campos, Carlos Eduardo de Vilhena Paiva

Como adquirir a nova norma? A NBR 16280:2014 pode ser adquirida por R$ 67,00, pelo site da ABNT (http://www.abnt.org.br/) pelo e-mail atendimento.sp@abnt.org.br ou ainda pelos telefones (11) 3017-3610 / 3644 / 3652. 59


f FILOSOFIA LEAN home review

Construtoras apostam na Filosofia LEAN para alavancar resultados de custos e prazos

em obras Entregar no prazo, reduzir custos, eliminar desperdícios, aumentar a qualidade e a produtividade. Esses são alguns dos benefícios da Filosofia de Gestão Lean Construction, que estimula construtoras a elevar sua eficiência e atingir a Excelência Operacional

O Brasil está passando por um momento desafiador no setor da Construção de pequeno, médio e grande porte. Quebras de paradigmas e novas maneiras de se pensar têm se lançado como alternativa para modernização e otimização dos processos nas empresas, o que Crédito: Divulgação

O Diretor Geral do Institute for Operational Excellence no Brasil (IOpEx Brasil), Jevandro Barros

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representa um enorme diferencial competitivo. A maioria das Construtoras no País ainda possui modelos tradicionais de Gestão corporativa e de projetos/obras. São Sistemas de Gestão Integrados engessados e burocráticos com foco no atendimento de normas e legislações e ausência de um Sistema de Produção com ferramentas padronizadas e foco em resultados. O que existe é um modelo de Liderança voltada à técnica e não a processos, baixa qualificação da mão de obra direta (sem multifuncionalidade) e indireta, falta de mão de obra especializada, legislações arcaicas, problemas nos processos de contratação e licitação, falta de consenso entre Stakeholders para atuação conjunta, transparente e colaborativa, além de falta de qualidade e inconformidades nos projetos e elevado índice de atrasos nas obras. “As construtoras, ao contrário de outros setores, conduzem seus projetos/obras através de abordagens ainda tradicionais de gestão, planejamento e produção. A implementação de um Sistema de Produção robusto com ferramentas inovadoras, desenvolvidas especificamente para a construção, tem mostrado resultados diferenciados e sustentáveis em relação a custos e prazos. Isso faz com que foquemos os processos nas atividades que agregam valor através de metodologias diferenciadas, de-


senvolvidas para a Construção”, explica Jevandro Barros, Diretor Geral do Institute for Operational Excellence no Brasil (IOpEx Brasil). Para reagir a este período de grandes mudanças, o mercado da Construção vem adotando novos modelos de gestão, metodologias e ferramentas de trabalho que têm sido desenvolvidos para aumentar a produtividade dos colaboradores, melhorar a performance dos processos, ampliar a margem de lucro dos projetos e reduzir custos e prazos; resultados esses que refletem em um dos maiores objetivos do Setor atualmente: entregar as obras no prazo e dentro dos custos previstos. A Lean Construction é uma nova Filosofia de Gestão que está transformando as organizações em todo o mundo. Ela faz parte do Modelo de Excelência Operacional desenvolvido pelo IOpEx e que tem trazido resultados significativos para as construtoras no Brasil e no exterior, pois estimula as empresas a mudar a sua cultura e fo-

car seus processos nas atividades que agregam valor, de forma a reduzir e eliminar os desperdícios, tornar seus processos enxutos, flexíveis e ágeis, obtendo, assim, um aumento da performance e melhores resultados. “Acredito que a Construção no Brasil possui um futuro realmente promissor. Os próximos cinco anos serão primordiais. As construtoras já estão se mobilizando e entendendo que é hora de mudar e que o Modelo de Excelência Operacional, apoiado pela Lean Construction, é um enorme diferencial a ser adotado caso elas queiram se diferenciar em relação a seus concorrentes e alcançar resultados significativos em termos de qualidade, prazos e custos. Se as empresas brasileiras quiserem realmente alcançar patamares diferenciados, serão necessárias mudanças drásticas de cultura e em seus respectivos modelos de gestão. Ainda temos uma longa e difícil, porém bastante promissora, jornada a ser cumprida”, finaliza Jevandro Barros.

O que é a Lean Construction?

O Conceito LEAN é oriundo da Indústria Automotiva. A Toyota Motor Company foi a empresa a qual, após a Segunda Guerra Mundial, iniciou sua transformação desenvolvendo novos conceitos de gestão e filosofias de trabalho com foco na eliminação dos desperdícios e aumento do índice de agregação de valor dos processos. Este conceito se expandiu para outros segmentos, inicialmente para os fornecedores automotivos, indústrias em geral e, apenas nos anos 90 para a Indústria naval, uma das pioneiras na adaptação e implementação da filosofia Lean. Lean Construction é, segundo o Lean Construction Institute (LCI) dos Estados Unidos, ‘a aplicação dos princípios e ferramentas LEAN a todo ciclo de vida de um projeto de construção’. É um enfoque baseado na Gestão da Produção para a entrega de um projeto – uma nova maneira de projetar e construir. Ela se estende desde os objetivos de um Sistema de Produção – maximizar o valor e minimizar os desperdícios – até as técnicas específicas e as aplica em um novo processo de entrega e execução de um projeto. Ela faz parte do Modelo de Excelência Operacional, o qual já está sendo utilizado corporativamente por diversas empresas, em substituição aos atuais Sistemas de Gestão Integrados. No Brasil, diversos projetos foram realizados a partir de 2000, principalmente na área predial. Apenas a partir de 2010, com a chegada de empresas especializadas no Brasil, é que a filosofia tem se expandido em diversos segmentos da Construção e muitas construtoras, de diferentes tamanhos e mercados, já estão obtendo resultados significativos.

Quais os benefícios que a Lean Construction proporciona? Os principais benefícios objetivos de qualquer construtor são: 1 Melhoria da satisfação dos clientes, com a entrega da obra no prazo; 2 Aumento da qualidade do produto final; 3 Aumento da rentabilidade através da Redução dos custos; 4 Maior foco dos gestores na coordenação dos colaboradores e subempreiteiros; 5 Otimização dos processos e redução dos desperdícios em geral. 61


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FATOR CONDOMÍNIO

externo? Síndico morador ou um síndico

Mais que uma função, o papel do síndico começa a ganhar ares profissionais. Instituições especializadas já começam a oferecer cursos para moradores e/ ou administradoras, que oferecem o chamado síndico externo. Saiba sobre a diferença entre eles nas páginas seguintes.

Existem os condomínios em que a eleição para síndico é bastante disputada, com muitas propostas e muitas pessoas interessadas em exercer essa função. Já em outros condomínios, a falta de interesse, de tempo e o despreparo, fazem com que não se tenha moradores para ocupar o cargo. É neste segundo caso que aparecem os síndicos externos que, além desses motivos, também são contratados pelos condomínios que desejam uma administração de caráter mais profissional, com contrato especificando os serviços, remuneração, etc. Segundo a Diretora da área de Condomínios da Regional do Vale do Paraíba do Secovi (Sindicato da Habitação) São Paulo, Ivana Lopes Miranda, não é possível determinar qual é melhor escolha, síndico morador ou externo, pois isso depende de cada condomínio. “Depende se a convenção do condomínio permite ou não a eleição de síndico externo (não condômino), da disponibilidade dos

A Diretora da área de Condomínios da Regional do Vale do Paraíba do Secovi (Sindicato da Habitação) São Paulo, Ivana Lopes Miranda

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moradores em assumir a função, do perfil do condomínio e dos moradores. É importante entender que o síndico atualmente, seja externo ou do próprio condomínio, deve estar ciente da legislação aplicável e de todas as implicações e obrigações que o cargo exige visto que ele mesmo poderá responder civil e criminalmente por suas ações e/ou omissões”, comenta. A diretora ainda ressalta que o maior benefício em se contratar um síndico externo é a impessoalidade. “Se o sindico é seu vizinho e amigo poderia haver constrangimento no questionamento ou na resolução de algum problema. Isso não acontece com um síndico externo”, acrescenta. Outro fator para ser levado em consideração nessa escolha é a remuneração. O mais comum é que o síndico, sendo morador, receba uma ajuda de custo ou a isenção da taxa de condomínio. Enquanto o síndico externo pode custar muito mais do que isso. Em ambos os casos, ser síndico requer muito trabalho e disposição. CAPACITAÇÃO - É importante que o síndico, sendo morador ou externo, tenha conhecimento da convenção interna do condomínio e das leis que influenciam a atividade do local. Além disso, devem estar sempre atualizados caso haja algum tipo de mudança. De acordo com o Secovi, na região do Vale do Paraíba existem muitos síndicos interessados em sempre se capacitar, seja para atuar melhor no condomínio em que moram ou para se tornarem síndicos externos de outros condomínios.


“Mas, o fato é que, sendo externo ou morador, o condômino deve ficar atento, deve participar e acompanhar tudo, pois morar em condomínio é exercer diariamente a democracia. No entanto, alguns síndicos após algum tempo se entendem ‘donos’ de tudo, tomam decisões de forma arbitrária e socializam somente os prejuízos” comenta Ivana Miranda. Ao longo das diversas palestras realizadas, mensalmente, pela Regional Vale do Paraíba do Secovi, localizada em São José dos Campos, a organização aborda temas variados de acordo com a demanda apresentada pelos associados. O Secovi SP também realiza o Curso de Administração de Condomínios. As aulas acontecem por transmissão simultânea, cujo segundo módulo teve início em julho. Este curso destina-se a síndicos, gerentes, supervisores, diretores, executivos, gerentes prediais, gestores e administradores de condomínios, flats, hotéis, shopping e patrimônios. O curso tem por base o desenvolvimento dos participantes a exercer cargos gerenciais ou executivos para atuar em diversas áreas da empresa, empreendimento ou condomínio de forma a ampliar a visão de administração de condomínios mobilizando conhecimentos, habilidades e atitudes relacionadas com as diversas funções que compõem essa tarefa. Além deste curso, o Secovi promove palestras como os principais problemas em condomínios, segurança, prevenção a incêndios, responsabilidade civil e criminal do síndico, o condomínio explicado para síndicos, dentre outros. Saiba mais em www.secovi.com.br

EVENTOS A agenda de eventos do Secovi de todo o Estado está disponível no link http://www. secovi.com.br/cursos-e-eventos/ Consulte as palestras da Regional da RM Vale do Paraíba pelo e-mail valedoparaiba@secovi.com.bre ou pelos telefones (12) 3922-6605 / 3942-9975. As palestras são gratuitas e abertas ao público em geral.

Ações do Curso de Síndico • Compreender a importância do atendimento ao cliente; • Identificar diferentes formas de postura, perfil e de habilidades do profissional da área; • Compreender conceitos essenciais de direito processual e condominial; • Compreender os procedimentos de RH; • Compreender as rotinas Administrativas; • Identificar e organizar os procedimentos para a execução de assembleias; • Aplicar os procedimentos que envolvem custos, aplicação de tributos, impostos e taxas; • Compreender os conceitos de manutenção predial; • Integrar as diferentes áreas que compõem o trabalho de administração; • Planejar ações de administração condominial.

Quais são as atribuições do síndico? As atribuições do síndico são definidas no Código Civil. São elas: • Exercer a gestão interna do condomínio referente à vigilância, moralidade e segurança, podendo contratar uma administradora para auxiliá-lo nessa função; • Selecionar, admitir e demitir funcionários fixando-lhes os salários de acordo com a verba do orçamento do ano, respeitando o piso salarial da categoria, com data-base em outubro de cada ano; • Escolher empresas prestadoras de serviços ou terceiros para execução das obras que interessem ao condomínio; • Convocar as assembleias gerais dos condôminos; • Representar, ativa e passivamente, o condomínio, praticando, em juízo ou fora dele, os atos necessários à defesa dos interesses comuns; • Dar imediato conhecimento à assembleia da existência de procedimento judicial ou administrativo, de interesse do condomínio; • Cumprir e fazer cumprir a Convenção, o Regimento Interno e as determinações das assembleias; • Diligenciar a conservação e a guarda das partes comuns além de zelar pela prestação dos serviços que interessem ao Condomínio; • Elaborar a previsão orçamentária de cada período; • Cobrar e arrecadar dos condôminos as suas contribuições (quotas partes, despesas ordinárias, extraordinárias e fundos); • Prestar contas na assembleia geral ordinária do condomínio; • Guardar toda documentação administrativa, bancária, técnica, fiscal, previdenciária e trabalhista; • Contratar seguro de toda a edificação contra o risco de incêndio ou destruição total ou parcial; • Aplicar e cobrar as multas estabelecidas na lei, na Convenção ou Regimento Interno. 65


Crédito: Rafael Renzo

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TENDÊNCIAS

O melhor da

Casa Cor SP

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A mais completa mostra de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas apresentou, em sua 28ª edição, ambientes inovadores, além de diversas opções de entretenimento. O evento aconteceu no Jockey Club de São Paulo, de 27 de maio a 20 de julho, e trouxe soluções voltadas para casas, apartamentos, lofts e estúdios. Um elenco renomado de profissionais apresentou 79 ambientes exclusivos e a primeira edição da Home Review destacou alguns como tendências para amar e se inspirar. Confira!

Crédito: Rafael Renzo

LOFT | ARI LYRA

Peças de herança e objetos modernos trazem charme ao loft

COZINHA E LAVANDERIA | ADRIANA GIACOMETTI Crédito: Eduardo Pozella

Mi Itália querida! Quem gosta do estilo rústico, com tijolos à mostra, vai carregar embaixo dos braços o projeto criado por Adriana Giacometti para uma cozinha e lavanderia. A parede da cozinha recebeu revestimento cerâmico e a iluminação inspirada em lustres de castelos medievais. O ambiente de 58 m² é inspirado em construções antigas do norte da Itália e tira proveito da arquitetura original, com pé-direito elevado, caixilharia detalhada e boa iluminação e cortinas em malha de aço, inspirada nas malhas medievais.

Preto e branco nada básico Quantos metros quadrados tem seu apartamento? Quantos cômodos? Tem suíte? Perguntas como essas têm sido cada vez menos frequentes nas grandes cidades devido à opção de lofts para moradia. Mas não é fácil transformar 60m² em um espaço que preserve a continuidade entre os ambientes. A proposta do designer de interiores, Ari Lyra, foi criar um espaço sem compromisso em seguir tendências e estilos. No loft “Para Ser Feliz”, hall, bar, living, escritório e sala de jantar se distribuem com diversidade e leveza aos olhos de Lyra. A união do antigo com o contemporâneo traz charme e modernidade com peças de herança e objetos novos, como obras de arte do século XVII e misturadas aos racks geométricos. As cores são o elemento que costura toda essa diversidade e deixam o ambiente ideal para quem gosta do moderno na medida que ref lete a paixão por livros, arte e outras boas companhias.

Uma mistura do rústico com tecnologia garante a funcionalidade e beleza da cozinha de Adriana Giacometti

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a ACONTECE home review

10ª Construvale reúne mais de 100 empresas e tem expectativa de R$ 32 milhões em

Consagrada como a maior feira do ramo da construção civil na Região Metropolitana do Vale do Paraíba, a Construvale chega a 10ª edição em 2014. Realizado entre os dias 21 e 24 de agosto, o evento acontece no Expo Vale Sul, no Jardim Satélite, em São José dos Campos.

Nesta edição, o evento conta com 320 estandes de 120 empresas, como construtoras, incorporadoras, materiais e insumos, decoração, arquitetura, paisagismo, movelaria, equipamentos, maquetes, instituições financeiras e prestadoras de serviço. A expectativa é reunir 20 mil pessoas durante toda a feira e gerar R$ 32 milhões em negócios. “Para nós, esta edição tem um significado muito especial. A feira faz parte do do crescimento da cidade e vem se firmando como o maior evento do tipo no interior do Brasil”, comenta o presidente da Aconvap (Associação de Construtoras do Vale do Paraíba) – instituição responsável pela organização do evento, Paulo Cunha. Entre as novidades da Construvale, está a presença do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, com espaço para simulação de financiamentos. Além disso, também estará à disposição do público um espaço destinado à sustentabilidade, com Playground com brinquedos educativos e sustentáveis e Exposição de móveis recicláveis realizada pelos alunos da Unip (Universidade Paulista). 68

Créditos: Divulgação

negócios


:: O quê: 10ª Construvale :: Quando: de 21 a 24 de agosto de 2014 Quinta e sexta-feira das 14 às 22 horas. Sábado e domingo das 10 às 22 horas :: Onde: Expo Vale Sul Shopping, Av. Andrômeda, 200 – Jd. Satélite, São José dos Campos :: Expectativa de público: 20 mil pessoas :: Expectativa de negócios: R$32 milhões

Consagrada como a maior feira do setor na região, a Construvale espera receber mais de 20 mil pessoas

CONVÊNIO – Ao longo do evento, também será assinado o ‘Protocolo de Intenções’ para a criação do Centro de Desenvolvimento Tecnológico da Construção, uma parceria da Aconvap, ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Parque Tecnológico e Prefeitura Municipal. Trata-se de um projeto que visa melhorar a qualidade da construção, com pesquisa e criação de novos métodos e materiais. “Este é o primeiro passo. Tanto para a Aconvap, como para a sociedade, o Centro de Desenvolvimento Tecnológico da Construção é muito importante. Ele representa a preocupação do setor na busca da excelência”, comenta o presidente da Aconvap, Paulo Cunha. 69


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turistando sabores da

Vila Ema Considerada por muitos o melhor centro gastronômico de São José dos Campos, a Vila Ema reúne os melhores bares e restaurantes e conta com opções que vão desde a alta gastronomia até os deliciosos botecos.

Comer bem em São José dos Campos é possível e boas opções não faltam. Considerada por muitos chefs de cozinha como o reduto gastronômico da cidade, a Vila Ema é um dos bairros mais antigos e tradicionais. A localidade reúne opções para todos os gostos. É possível saborear delícias da cozinha italiana, pratos contemporâneos e até cardápios exclusivos. Desde a década de 90, a Vila Ema vem ganhando o status de centro gastronômico, entre os pioneiros podem ser citados o Bar do Petroni e Albadah. O que ajudou o bairro neste sentido foi o charme da região e a Lei de Zoneamento que permite esse tipo de empreendimento. Segundo o presidente do Sinhores (Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de São José dos Campos), Antonio Ferreira Júnior, com a abertura dos primeiros restaurantes que deram certo, outros foram chegando, pois já havia um público concentrado na região. “Podemos dizer que é uma espécie de concorrência saudável, pois as pessoas 70

vêm para ir a um bar ou restaurante, veem outros e acabam voltando. O comércio de rua e a concentração de lojas com belas vitrines também é um chamariz que gera circulação de pessoas que passam a frequentar os bares e restaurantes da Vila Ema e até mesmo o poder aquisitivo dos moradores da região”, explica. Muitos chefs que hoje atuam nos principais restaurantes da cidade já passaram pelas melhores cozinhas de São Paulo – capital mundial da gastronomia, segundo a Associação Brasileira de Gastronomia e Hospedagem (ABRESI) – e trouxeram conhecimento e experiência para o público do Vale do Paraíba que aprecia a boa culinária, como Alexandre Bertolasse, do restaurante Le Palmier, localizado no mezanino do Boulevard Vila Ema. Segundo ele, a região está em frequente ascensão e tem todo potencial para ser considerada o melhor polo gastronômico do Vale do Paraíba. “Vejo a Vila Ema muita próxima da Vila Madalena, em


A alta concentração de bares e restaurante vem garantindo à Vila Ema, na região central de São José dos Campos, o status de centro gastronômico da cidade

São Paulo, pois reúne bons restaurantes e botecos badalados em um só bairro, mostrando a diversidade de opções de terça a sábado”, explica Bertolassi que aposta em um cardápio contemporâneo voltado para alta gastronomia. Devido ao crescimento da região, muitos empresários vêm apostando no mercado gastronômico e um deles é o proprietário do Osteria Itália, Fernando Basile, que apostou em uma especialização no Instituto Piemonte, na Itália, antes de inaugurar, há quatro meses, a cantina com comida artesanal. “Pães, sorvetes e massas oferecidos são fabricados no local por minha esposa, que é a chef e já trabalhou em grandes restaurantes de São Paulo”, conta Fernando Basile. Na rua Ipiranga, em uma pequena casa, fica o restaurante IL Vicoletto, dos sócios Adolfo Pierantoni e Marcelo Pasqualini. Com a cozinha italiana como base, o reservado e aconchegante restaurante tem capacidade para atender, no máximo, 40 pessoas por noite, o que possibilita um atendimento mais personalizado e flexível com relação à escolha

do cardápio. Adolfo e Marcelo se conhecem há 10 anos e resolveram abandonar os antigos empregos para criarem, juntos, o conceito do IL Vicoletto. “Queríamos unir nossas experiências em outros estabelecimentos para oferecer aos clientes uma experiência incrível”, conta Marcelo Pasqualini. Os sócios são chefs de cozinha, mas, para eles, é importante saber o que cada um faz de melhor e, no caso do Il Vicoletto, recepcionar é tão importante quanto servir um bom prato. “A cozinha cria e o salão vende, é isso que entendemos e fazemos desde 2012. Gosto de conversar com as pessoas, de saber o que elas esperam do restaurante e o que querem comer. Preparamos os pratos de acordo com a vontade de nossos clientes. Todo preparo também é visto pelos clientes, pois nossa cozinha é de frente para o salão. O Marcelo acompanha e sabe o que está fazendo para cada cliente. Muitos chegam sem saber o que vão comer e decidem enquanto conversamos, esse é nosso maior diferencial”, explica Adolfo Pierantoni.

O presidente do Sinhores (Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de São José dos Campos), Antonio Ferreira Júnior

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Crédito: Divulgação/Le Palmier

O chef do Le Palmier, Alexandre Bertolasse, investe no cardápio contemporâneo voltado para alta gastronomia

Le Palmier: requinte e sabor O Le Palmier Restaurant foi inaugurado em 2013 e apresenta boa comida e ambiente aconchegante na Avenida Heitor Villa Lobos. A experiência gastronômica começa com um delicioso “Couvert do Chef”, que se tornou marca registrada do local. Além de deliciosas receitas de carnes, peixes, risotos e massas. As sobremesas feitas pela Chef de Patisserie e o cafezinho especial produzido em Paraisópolis (MG), eleito o melhor café por três anos consecutivos, brindam momentos de bom gosto e requinte. O cardápio oferece quatro entradas e seis pratos, além da sugestão do chef. O Le Palmier é conhecido, também, pelos cardápios temáticos e especiais para eventos. A adega própria conta com rótulos do Velho e Novo Mundo e a carta de vinhos recebe os cuidados do sommelier Fabrício França. O horário de funcionamento é de segunda a sábado, das 11h30 às 15h para almoço executivo. Terça a quinta, das 19h às 23h, sexta e sábado, das 19h à meia-noite e aos domingos, das 12h às 16h.

Vicoletto bisteca angus com risoto tartufo

Os sócios, Marcelo Pasqualini e Adolfo Pierantoni, apostam no atendimento e na boa comida para encantar os clientes

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IL Vicoletto: exclusividade e personalização O cardápio do Vicoletto é composto por seis pratos principais e cinco entradas, mas o cliente não fica restrito apenas a essas opções. É possível escolher o molho para massa e o acompanhamento na hora. O restaurante oferece apenas jantar, de terça a sábado, das 19h até o último cliente. Os almoços são reservados e exclusivos a partir de oito pessoas. A adega conta com 40 rótulos da importadora Mistral, além de cervejas especiais, como Colorado Indica India Pale Ale, Saison Invicta e Munchkin Vienna Lager – oferecida exclusivamente no Il Vicoletto.


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Chopp artesanal e 100% natural.

Combinação perfeita da matéria prima alemã com a pureza da melhor água da região mineira. Para aqueles que gostam de apreciar um chopp de qualidade e produzido com métodos tradicionais, acaba de chegar ao mercado uma novidade única: o chopp Sapucaí, fabricado com a mais pura água mineral e natural da região. O chopp é desenvolvido artesanalmente em cervejaria própria, localizada nas montanhas do município de Sapucaí Mirim, sul de Minas Gerais, em uma imensa área verde, repleta de belezas naturais. No local está instalada a fonte das orquídeas, onde é extraída a água mineral Sapucaí. Sabemos que a água desempenha um papel determinante na fabricação da bebida, se mineral e natural os resultados serão ainda melhores. Seguindo o preceito alemão, o chopp Sapucaí é elaborado 100% a partir do malte (cevada) e se distingue dos demais processos industriais. São utilizadas excelentes matérias primas e de alto padrão, o lúpulo, por exemplo, é importado da Alemanha. A produção segue rigorosa inspeção para manter o mesmo sabor, cor e aroma da receita elaborada pelo mestre cervejeiro. O Chopp Sapucaí possui propriedades completamente diferentes, não contém conservantes ou aditivos químicos. O sabor é especial e conquista os paladares mais exigentes. Segue à risca o período natural de fermentação e maturação da bebida. Quando feito de forma artesanal, são mantidos ainda importantes nutrientes (vitaminas e sais minerais), além de ser rico em proteínas e carboidratos. Atualmente o chopp Sapucaí está disponível nas seguintes versões: - Pilsen, claro e leve. - Escuro e levemente adocicado. Distribuidora 12 3923-4125




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p PROJETO SORRI home review

Projeto Sorri ONG atende pessoas com deficiência física, mental e sensorial e promove treinamentos e oficinas de empregabilidade

Por anos a fio, as pessoas com deficiências foram excluídas da sociedade e do mercado de trabalho. No entanto, como toda e qualquer transformação social, esta realidade tem se modificado lentamente, mas, cada vez mais, os empregadores têm percebido o potencial dos deficientes. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 23,6% da população que exerce algum tipo de atividade, ou seja, 20,4 milhões de brasileiros, possui algum tipo de deficiência. Logicamente, esses números ganharam impulso com o Decreto 3.298, de 1999, que prevê que empresas com mais de 100 funcionários preencham de 2% a 5% dos cargos com trabalhadores com deficiência. Em São José dos Campos, o dia a dia de muitas pessoas com deficiência tem se transformado em função do Programa da SORRI-SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, com sede no Jardim Satélite. Há quase 30 anos, a ONG (Organização Não Governamen-

A SORRI permite a inserção ou reinserção de seus usuários no mercado de trabalho por meio de capacitação e reabilitação profissional

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tal), que já recebeu o prêmio de uma das 50 melhores associações do país, tem inserido ou reinserido seus usuários no mercado de trabalho por meio de capacitação e reabilitação profissional. “A Sorri oferece uma abordagem mais segura de empregabilidade às pessoas com deficiência. Se você os capacita, reabilita e integra ao mercado de traSobre a Sorri A Sorri se originou da ‘Quinta Roda’, uma entidade de profissionalização para pessoas com deficiência física, implantada, em 1978, por um grupo de amigos preocupados em integrar essas pessoas à sociedade. Em 25 de abril de 1983, a instituição se filiou ao Sistema Sorri, que possui várias unidades no Estado de São Paulo. Desde então, 1.147 alunos da unidade joseense ingressaram no mercado de trabalho.


Doações A Sorri sobrevive de convênios com os governos federal, estadual, municipal e doações de empresas privadas. Além disso, conta com parcerias para a realização de palestras e cursos. A entidade possui sede própria, localizada na Rua Ipanema nº.101, no Jardim Satélite. Para ajudar com doações, basta entrar em contato pelo telefone (12) 3931-1195 ou pelo email sjcampos@sorri.com.br balho, eles estão preparados e saem daqui prontos para conseguir um emprego”, comenta a gerente executiva da instituição, Luci Aparecida Franco. A secretária Magaly de Cássia Rodrigues, de 52 anos, é um dos mais de mil cases de sucesso da instituição. Acometida por uma paralisia infantil com um ano e meio de idade, que prejudicou o crescimento e o desenvolvimento motor, ela encontrou na ONG mais que uma ocupação, um emprego e uma nova vida. “Comecei na Sorri fazendo aulas de costura e artesanato. Fiz treinamento para recepção e a própria instituição acabou me oferecendo uma oportunidade e estou trabalhando aqui há 25 anos. Só coisas boas me aconteceram. Sempre me faltava algo e, com o emprego, consegui minha independência e me abriu muitas portas”, relata. Aluna do curso de informática adaptada – destinado a deficientes visuais, Carolina Matias de Araújo, de 20 anos, tem baixa visão, resultado de um tumor cerebral na hipófise. Cursando a faculdade de Recursos Humanos e recebendo o acompanhamento da SORRI, ela também almeja o sucesso profissional. “Quero trabalhar com o público e aqui só tenho aprendido coisas novas”, afirma.

Oficina de informática adaptada está entre as atividades desenvolvidas para os alunos

Dados 23,6% da população brasileira que exerce algum tipo de atividade possui algum tipo de deficiência. Este dado equivale a 20,4 milhões de brasileiros. Fonte: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

vidos. “Apenas contratar não adianta. É preciso preparar o local e as pessoas. As empresas perceberam a habilidade e a competência das pessoas com deficiência. Antes, havia uma resistência, mas, hoje, as pessoas com deficiência estão conquistando seus espaços e realizando seus sonhos como qualquer pessoa, adquirindo casa própria, constituindo família, com acesso aos estudos para melhor qualificação profissional resultado da oportunidade de trabalho. Os meios de serviços também estão promovendo acessibilidade arquitetônica como acessibilidade atitudina. Um exemplo são os bancos e o comércio, que viram a necessidade em se adaptar porque as pessoas com deficiência também são clientes em potencial”, avalia.

Localizada no Jardim Satélite, ONG já inseriu mais de mil pessoas ao mercado de trabalho

INCLUSÃO - A SORRI realiza cerca de 150 atendimentos ao mês. Entre os serviços oferecidos estão: oficinas de sensibilização; palestras; oficina de Libras (Língua Brasileira de Sinais); cursos de Libras e de Braille; oficinas de coral e canto; treinamento de RH; seleção e acompanhamento póscolocação no mercado de trabalho; avaliação de acessibilidade e consultoria a empresas. A psicóloga da SORRI, Elaine Leandro Roma, reforça que as empresas também precisam se adaptar à chegada dos novos colaboradores com deficiência. Segundo ela, o ganho é para todos os envol79




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