Soletrar outubro 2014 2015

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outubro ANO LETIVO

SOLETRAR

2014 2015

N.º 1

BOLETIM INFORMATIVO - INSTITUTO DIOCESANO DE FORMAÇÃO JOÃO PAULO II

Editorial

Da azáfama da preparação à realização da festa de abertura do ano letivo 2014/2015, a comunidade educativa do IDF não poupou esforços nem sorrisos para o sucesso deste novo ano escolar. Para receber com carinho e entusiasmo os novos alunos, o departamento de expressões dispôs-se a colorir de forma afetiva o rosto destes. Para o abraço de despedida pelos testemunhos e experiências vivenciadas dos que partem para novos rumos, a festa, a palavra, dos que orientaram e acompanharam o percurso académico dos finalistas. Entre estas duas novas fases da vida de um estudante decorre um universo de estrelas temáticas que temos o maior gosto de partilhar no nosso jornal escolar. Assim, e em jeito de primeira edição, deixamos o registo de bons momentos da nossa festa. A nossa particular atenção ao feriado de 30 de setembro, dia em que celebramos a “Nacionalização das Roças”, sobre a história das quais nos debruçaremos neste ano em particular com o tema específico “Roças: Passado, Presente, Futuro”, o qual brota do nosso projeto educativo. Além destes temas temos ainda as nossas páginas de produções de escrita criativa nas várias línguas que fazem parte do nosso currículo, os desafios matemáticos, as reflexões ou flexões físicas entre outros. Está lançado o repto de boas e novas leituras, bem como, o de partilha escrita. Sucesso!!!

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O início… a festa! O arranque do ano letivo foi, como tem sido habitual, um dia de festa. Festa para os mais novos que ingressam o 5º ano, festa para os finalistas do 12º que nos deixam os corações pequeninos, festa para os melhores alunos a quem é reconhecido o mérito de um ano anterior de esforço, festa para celebrar, através da palavra do Senhor, um ano com de novas descobertas. Para isso, o IDF foi o palco de união e de partilha. Não nos podemos esquecer dos pais e Encarregados de Educação, que acompanham sempre os seus educandos, a nossa incansável Diretora, professora Isaura Carvalho, a senhora Embaixadora de Portugal, Paula Cepeda, que foi calorosa nas suas palavras e o senhor bispo Manuel António dos Santos, que abençoou este inicio de ano de trabalho. As imagens falam por si!

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Continuação...

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Música, convívio e discursos

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História e Património de São Tomé e Príncipe

O subtema do Projeto Educativo - História e Património de São Tomé e Príncipe - será, este ano, As Roças: Passado, Presente e Futuro. Outrora foram palco de grandes produções agrícolas como a do cacau e do café -, de vivências, de histórias e estórias. O nosso objetivo será saber um pouco da sua linha temporal: O que foram, como estão e o que podemos esperar delas! Assim, ao logo das nossas edições publicaremos informações várias sobre este bem comum que é tão sãotomense. Está atento às atividades, fala com o teu Diretor de Turma, com os outros professores e juntem-se à equipa do Jornal Soletrar na produção de textos e nas investigações que faremos. Deixa aqui a tua marca! Pode ser que venhas a ser um jornalista! As edições estarão online na página do IDF e no grupo do Facebook da disciplina de Educação Física.

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AS ROÇAS

A História de São Tomé e Príncipe não pode ser contada sem referir a origem das roças, as condições de vida dos que lá trabalhavam e os vários produtos lá cultivados. Ainda hoje, as roças exercem sobre todos uma forte atração, quer santomenses, quer estrangeira, das inúmeras formações que buscam conhecer a sua história, a sua situação atual e o seu potencial. De certa forma, à semelhança do tema do Plano Anual de Atividades do Instituto, “As Roças: o passado, o presente e o futuro”, todos nós procuramos conhecer um pouco mais sobre São Tomé e Príncipe e as suas maravilhas. As notícias publicadas nos últimos meses apontam para a degradação do património arquitetónico existente nas Roças, sendo urgente restaurar e proteger os edifícios emblemáticos existentes e espalhados por todo o território santomense. A título de curiosidade, quem consegue identificar a roça representada na imagem seguinte?

Figura 1. Imagem retirada do fundo documental do Instituto de Investigação Científica Tropical.

Hoje, mais do que nunca é importante refletir sobre a necessidade de proteger o património histórico de São Tomé e Príncipe e tomar decisões que levem à sua proteção e valorização. As Roças necessitam não só de projetos de restauro dos exemplos emblemáticos de arquitetura colonial, mas também de projetos e programas de desenvolvimento agrícola, social e cultural. Os desafios são muitos, e começam a ser trabalhados desde já pelos nossos alunos, que ao longo deste ano irão desenvolver atividades de índole científica, cultural e social, na escola e nas roças, um pouco por todo o território santomense, passando pelas Roças, Agostinho Neto, Sundy, Água Izé, São João de Angolares, … Em todas as publicações, terás oportunidade de conhecer um pouco mais sobre uma das Roças de São Tomé e Príncipe e estar a par das atividades do IDF aí desenvolvidas.

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Na Cacau—Roças: Presente, Passado, Futuro! -

A agricultura sempre foi um dos mecanismos de trabalho mais utilizados por diversas civilizações, desde o passado até ao presente. Através dela é possível estabelecer sistemas bem definidos que viabilizam o desenvolvimento sustentável de uma comunidade, de uma sociedade ou de várias sociedades. São Tomé e Príncipe não ficou para trás. A cada dia 30 de setembro, esta nação comemora um dos momentos mais importantes da sua história que está intimamente relacionado com unidades de funcionamento agrícola: A nacionalização das roças. As roças são unidades de funcionamento agrícola, altamente sistematizadas, que se dedicavam ao cultivo e à exportação de determinadas culturas, nomeadamente o cacau e o café. Neste âmbito, o departamento de Ciências Sociais e Humanas da nossa escola organizou uma palestra, que decorreu no passado dia 29 de setembro pelas 14h, na Casa das Artes, Criação, Ambiente e Utopias (CACAU). Esta palestra foi dirigida pela Dra. Isaura Carvalho e pela professora Berta Gonçalves, docentes de História. Durante a palestra foi exibido um filme, que fornecia aos espetadores (alunos do secundário e alguns professores) uma visão do que na realidade eram as roças antes da sua nacionalização. Este filme, a preto e branco, foi produzido na época dos trabalhadores contratados com o objetivo de divulgar o cacau santomense, que na altura tinha fama de ser trabalhado por escravos. O principal objetivo deste colóquio era esclarecer alguns mitos acerca das roças e também mostrar aos jovens quão importante elas são, como sendo um dos bilhetes de identidade do passado santomense. Muitas realidades sepultadas foram patenteadas e naquela tarde, pudemos fazer uma pequena, mas vantajosa viagem ao passado, sob a orientação das nossas instrutoras. Temáticas como: as unidades que faziam parte das roças, o tratamento dado aos escravos e a situação dos trabalhadores contratados na época foram abordadas, bem como outras curiosidades. Na verdade, as roças já não são o que eram, infelizmente. Todos sabemos que STP foi uma colónia portuguesa. As roças foram na sua essência introduzidas pelos colonos. Após a independência nacional, datada de 12 de julho de 1975, o governo de transição reclama as roças como propriedades nacionais. Desta forma elas passaram a pertencer ao país, a partir de 30 de Setembro do mesmo ano. Muitos pensam que esta medida não foi das melhores tomadas pelo governo, uma vez que se deu uma degradação intensiva das maquinarias das roças. Além disso, outras unidades pertencentes ao sistema roçal, como os hospitais e as casas senhoriais também ficaram falidas. Ao fim de 39 anos, nada se vê do que era. Contudo, também foi dado aos alunos a oportunidade de exporem as suas dúvidas e opiniões. Dali, estendeu-se um grande debate onde muitos apresentaram diferentes perspetivas sobre este delicado tema. A política, o papel dos dirigentes do governo, a situação de muitos trabalhadores contratados que ainda hoje prevalecem no país e a dignidade humana foram assuntos alvo de um acentuado debate. Debate este que terminou com a planificação de novos projetos por parte da nossa escola. A elaboração de um atelier fotográfico que retrate as roças é um deles. Sem dúvida nenhuma, uma atividade como esta é de importância extrema. Alem de contribuir para o conhecimento estudantil, abre novas portas, novas oportunidades, novos horizontes. A Educação edifica, e muito mais ainda quando se debruça sobre a nossa realidade: as roças de São Tome e Príncipe. E muito mais do que cultura, elas são identidade de um povo que, geração após geração, deu origem à atual sociedade.

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Palestra no IDF

As roças de São Tomé e Príncipe, outrora, eram conhecidas mundialmente, devido e sobretudo à produção de cacau. Mas de há umas décadas até ao momento, algumas destas têm vindo a perder a sua fama e produtividade, e consequentemente tornaram-se inativas. No dia 30 de setembro comemora-se o dia da Nacionalização das Roças, dia que também serve para lembrar um passado “feliz”, em que São Tomé e Príncipe era conhecido não só pela beleza natural das ilhas, mas também pelas roças. Por este facto, no dia 3 de outubro o Instituto Diocesano de Formação João Paulo II recebeu a visita de um engenheiro de roças , Henrique Pinto da Costa, para dar uma palestra sobre as roças santomenses, sobre a história e cultura das nossas ilhas. Em primeiro lugar, o engenheiro começou por assinalar que com esta palestra não pretendia ser maçador nem falar demais, por isso, abriu a sessão querendo conhecer dúvidas em relação ao tema. Estas foram muitas: “Qual a importância das roças para a economia do país?”; “O que faz o país para conservar as roças?”; “O que acha sobre a privatização das roças?”… e a mais simples e fundamental de todas as dúvidas “O que é uma roça?”. Para uma pergunta simples temos uma resposta simples: roça é uma unidade de posição agrícola, que provém do verbo roçar (capinar, alisar, lavrar), esta é chamada de fazenda noutros países . Em tempos antigos, esta palavra tinha um enorme peso e importância para as pessoas que habitavam a ilha, uma importância económica e social. Ao longo da palestra, o orador foi respondendo às perguntas, falou da disposição geográfica das roças, das pessoas que nelas habitavam, o que nelas era produzido, a sua evolução e, o mais importante, na história de São Tomé e Príncipe, salientando sempre a importância e as diferenças entre o passado e o presente. Esta palestra apresentou não só curiosidades e novidades aos seus espetadores, como também serviu para demostrar as potencialidades e as capacidades que nós possuiríamos se investíssemos nas roças. E ainda, serviu também para demonstrar a importância da cultura santomense que se encontra escondida nas mesmas.

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Uma visita de motivação!

No dia dois de outubro, os alunos do 10ºCT B/ LH do IDF receberam, na sala de aula, uma antiga aluna, Jossline Correia, finalista do ensino secundário no ano letivo 2013/2014. Esta visita teve como objetivo partilhar a sua experiência nos seus três últimos anos no IDF. Jossline contou que ao transitar do básico para o secundário teve dificuldades no início, pois as mudanças eram notáveis. A sobrecarga horária foi a primeira dificuldade com que se deparou. Notou também que os professores eram mais exigentes. No entanto, tranquilizou os alunos dizendo que no início pode parecer tudo muito difícil, mas que com tempo, interesse e empenho pode-se ter êxito e boas notas. Jossline terminou dando um último conselho aos alunos: Que deveriam aproveitar este ano para ter boas notas, porque dos três anos do secundário o 10º é o mais fácil. Josse, como os amigos lhe chamam, ingressou este ano numa Universidade Portuguesa em Lisboa, no curso de Administração de Empresas. Foi nossa colega, aluna dos nossos professores. Ela é um bocadinho de nós. O IDF deseja-lhe um bom ingresso académico e que concretize os seus sonhos! Tess Daio da Graça 10º CT B

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SOLIDARIEDADE

Ser solidário é compartilhar, é contribuir de forma direta ou indireta para um mundo melhor, um mundo mais justo, equitativo, de paz, harmonia e com mais esperança. Ser solidário é ver e sentir a dor do outro, e juntamente com ele tentar ultrapassá-la. A solidariedade, sendo uma atitude de ajuda e apoio para com o próximo, tem sido uma das mais eficientes formas que se tem adotado, para juntos, ultrapassarmos os “fantasmas”, as dificuldades e os desafios, que ao longo dos tempos, têm atrapalhado e interferido na tranquilidade e na qualidade de vida das famílias e das sociedades, em geral. Este ato que deve ser praticado por e com qualquer pessoa, família, sociedade, ou instituição, sempre que for necessário e oportuno, independentemente de qualquer fator local, étnico, cultural, económico, religioso,… A campanha “ Onda da Solidariedade”, um dos projetos dos alunos do 12º ano, no âmbito da disciplina de Formação Humana e Cristã que consiste em sensibilizar toda a comunidade escolar para contribuir na recolha e na angariação de produtos alimentícios, vestuários, materiais escolares, brinquedos, entre outros, com o objetivo de dar algum apoio às comunidades carentes. A entrega dos materiais às comunidades será feita mensalmente , ou bimensal.. Relembrando, mais uma vez, de que a solidariedade é fundamental para que se alcance a melhoria de qualidade de vida, agradecemos, contando com o apoio de todos.

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My favourite person

My favourite

person is, most certainly, my mum. Even though we are very far, I feel like she’s with me everywhere. I mostly miss her nogging, shouting, yelling at me and my brothers but what I really miss are the moments when we used to go shopping, just me and her. My mum is 37 years old, she’s mixed-raised (light-skinned) and medium, brown hair and a great smile, but most of all, the most beautiful part of her body are the light brown eyes (the colour of honey). I was always jealous of my older brother because he has the same colour of eyes as my mum. She is very kind and funny but can be annoying and rude at times. My mother is never badly dressed, no matter how embarrassing or how difficult the moments are, and most certainly, does not let her children dress badly or in a different way. Everyone who meets her thinks she is a great person and so do I! I can’t wait until next year to see her!

Cláudia Carvalho 8º B

Se queres participar na página de Inglês, fala com os teus professores!

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Matemática

Regulamento – Problema do Mês O “problema do Mês” é uma atividade extracurricular realizada no âmbito da disciplina de Matemática. Está previsto que decorra mensalmente de Outubro de 2014 a Maio de 2015 e será regulamentado pelas seguintes condições: 1. Destina-se aos alunos do IDF. 2. Será afixado na primeira semana de cada mês. 3. Existirão duas categorias de problemas: → Categoria A (para alunos do 2º ciclo) → Categoria B (para alunos do 3º ciclo) 4. Só se aceitam respostas individuais devidamente identificadas com o nome do participante, número, turma e ano. 5. Cada aluno só poderá participar com uma proposta de resolução em cada desafio. 6. As respostas serão entregues ao respetivo professor de Matemática, até ao final de cada mês. 7. Cada problema será classificado até um máximo de 6 pontos, segundo os seguintes critérios: → Entrega Proposta de resolução – 1 ponto → Apresenta apenas o resultado mas não a resolução – 2 pontos → Resposta parcialmente correta – 3 pontos → Resposta totalmente correta – 4 pontos → Clareza + Originalidade – 2 pontos 8. Não é obrigatória a participação em todos os problemas, caso não entregue resposta a algum desses problemas, terá classificação nula nesse problema. 9. As pontuações obtidas por cada participante nos diversos problemas são adicionadas na sua totalidade, de modo a decidir os vencedores no final do ano letivo. 10. Será entregue a cada participante um certificado, desde que participe na atividade pelo menos três vezes e aos dois primeiros classificados um prémio. Em caso de empate, será realizado um outro problema disputado pelos alunos em causa. 11. Apurados os 1º e 2º classificados em cada categoria, os prémios serão entregues aos vencedores no final do ano letivo em dia e hora a designar.

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Matemática

Problema do Mês

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Educação Física

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Filos + Sophia

“Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens”

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CO - FINANCIADORES:

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, CULTURA E FORMAÇÃO STP

São Tomé e Príncipe

CAMPO DE MILHO - SÃO TOMÉ CAIXA POSTAL 636 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE TEL. / FAX (+239) 222 11 94 idf.diretor@gmail.com ||| idf.stp@gmail.com 16


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