SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM EDIFÍCIOS (SCIE)
MANUAL DO FORMANDO
2011
ÍNDICE
Índice Protecção contra incêndio Triângulo e tetraedro do fogo
4
Resultados da combustão
4
Incêndio: Fontes de origem térmica, eléctrica, mecânica, química
4
Classes de fogos (classes A, B, C e D)
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Agentes Extintores Medidas de protecção. Protecção activa Sistema automático de detecção de incêndio
7
Sistema de detecção de gás
8
Sistema de extinção automático, Sistema de extinção manual
9
Sinalização de segurança Definição, Objectivo, Características, Forma, cor e significado
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Escolha dos sinais
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Iluminação de Emergência
14
Organização da segurança em emergência Organização Interna dos meios materiais e humanos
15
Plano de Evacuação
15
Técnicas de utilização dos meios de 1.ª Intervenção
16
Simulacro
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Bibliografia
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PROTECÇÃO CONTRA INCÊNDIO
Essência do FOGO
Para determinar e controlar o fogo, para evitar que o incêndio se produza e para o extinguir é necessário conhecer os fundamentos do fogo.
O fogo é um processo de reacções químicas fortemente exotérmicas de oxidação-redução, oxidação nas quais participam uma substância combustível e uma comburente, produz-se produz se em condições energéticas favoráveis, libertando calor, radiação luminosa, fumo e gases de combustão. comb
Triângulo e Tetraedro do fogo O fogo não pode existir sem a conjugação simultânea de três elementos: É a matéria que arde. A sua natureza e o seu estado vão determinar o tipo de fogo e respectiva velocidade de propagação.
É o gás que alimenta a combustão. Normalmente é o oxigénio (O2).
É a energia necessária para a iniciação da combustão.
Resultados da combustão Nas combustões produzem-se se uma série de manifestações e de produtos de combustão, cujo conhecimento é de grande importância dada a influência que exercem na possibilidade ou na impossibilidade de evacuação de pessoas e de intervenção, controlo e extinção do incêndio.
Chamas É a parte luminosa e visível da queima de um gás. Calor É a energia libertada pela combustão e é o principal responsável pela propagação do fogo, pois aquece todo o ambiente. Fumo É o resultado de uma combustão incompleta, sendo formado por pequenas partículas parcialmente queimadas, vapor condensado em suspensão suspe no ar e gases de combustão.
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Gases São os produtos vaporizados da combustão e a principal causa de morte nos incêndios, devido às suas características asfixiantes e tóxicas. MONÍXIDO DE CARBONO
DIÓXIDO DE CARBONO
Invisível e inodoro, impede a oxigenação do cérebro
Provoca a aceleração da respiração facilitando a absorção de outros gases tóxicos
ÁCIDO SULFÍDRICO
DIÓXIDO DE AZOTO
Afecta o sistema nervoso. Provoca tonturas E dores no sistema respiratório.
Muito tóxico. Provoca a paralisação do sistema respiratório.
INCÊNDIO Fogo descontrolado que pode originar danos humanos e/ou danos materiais. São várias as causas de incêndio, mas na grande maioria resulta da actividade humana. De entre as fontes de ignição de incêndio mais comuns destacam-se: Fontes de origem térmica:
Materiais ou equipamentos que apresentam chama nua (fósforos, isqueiros, aparelhos de iluminação ou de aquecimento não eléctricos, fogões…);
Associados ao acto de fumar (cigarros, charutos…);
Instalações ou equipamentos produtores de calor (fornos, caldeiras…);
Trabalhos a quente ou com chama viva (soldadura, moldagem a quente…);
Motores de combustão interna (veículos e máquinas a gasolina ou gasóleo);
Radiação solar;
Condições térmicas ambientais.
Fontes de origem eléctrica:
Descarga (arco eléctrico) por manobra de equipamentos eléctricos (interruptores, contactores, disjuntores, motores…);
Sobreaquecimento devido a contacto eléctrico imperfeito, a sobrecarga ou a curto-circuito em instalações eléctricas, em especial se forem mal dimensionadas ou não estiverem convenientemente protegidas;
Aparelhos eléctricos defeituosos ou mal utilizados;
Electricidade estática;
Descarga eléctrica atmosférica (trovoadas).
Fontes de origem mecânica:
Chispas provocadas por ferramentas, equipamentos em movimento ou calçado;
Sobreaquecimento devido a fricção mecânica.
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Fontes de origem química:
Reacção química exotérmica, especialmente em locais mal ventilados (combustão espontânea);
Reacção de substâncias auto-oxidantes.
De entre as causas humanas de incêndio, podem destacar-se: •
Descuido;
•
Desconhecimento;
•
Fogo posto (incêndio de origem criminosa).
Ex.:
Fuga de gás ou derrame de líquido combustível, fortuita ou no decurso de processo de trasfega;
Objectos de fumo (cigarros, por exemplo);
Trabalhos a quente ou com chama nua (soldadura, por exemplo);
Confecção de refeições (fogões, fornos, exaustores…);
Lareiras, fogueiras e outros espaços com chama nua;
Reacções químicas não controladas;
Aparelhos de aquecimento deficientemente utilizados;
Sobrecarga de instalações eléctricas;
Instalações eléctricas mal protegidas (instalações provisórias e/ou anti-regulamentares);
Utilização de equipamentos sem as medidas de segurança adequadas. (Fonte: Manual de Segurança contra Incêndio em Edifícios)
CLASSE DE FOGOS Os fogos classificam-se em função da natureza do material combustível envolvido. Distinguem-se em quatro classes:
Classe A Fogos que resultam da combustão de materiais sólidos de natureza orgânica, a qual se dá com a formação de brasas. Ex.: Madeira, carvão, papel, têxteis … Classe B Fogos que resultam de líquidos ou de sólidos liquidificáveis. Ex.: Gasolina, petróleo, verniz, alcatrão, plástico … Classe C Fogos que resultam da combustão de gases. Ex.: Butano, propano, acetileno … Classe D Fogos que resultam da combustão de metais. Ex.: Magnésio, alumínio, sódio, urânio … Página 5 de 18
Agentes extintores Substâncias que, projectadas sobre um fogo ou sobre as suas proximidades, servem para provocar a extinção do mesmo.
A eleição do agente extintor adequado depende fundamentalmente da classe do incêndio e das características do combustível.
A incorrecta utilização de um agente extintor pode causar perigos pessoais, danificação do material e o agravamento do incêndio.
ÁGUA É o agente extintor de aplicação mais generalizada, no entanto em certos incêndios a sua aplicação não é eficaz e, nalguns casos, apresenta contra-indicações (incêndios em instalações ou equipamentos eléctricos, fogos da classe D, líquidos combustíveis a temperaturas elevadas). Mecanismos de extinção:
Formas de Aplicação:
Utilização:
- Arrefecimento;
- Jacto;
- CLASSE A
- Abafamento.
- Chuveiro/nevoeiro Vantagens
Desvantagens
Económica, abundante. Pulverizada é excelente para brasas. Abate gases e protege contra o calor.
Causa danos, dispersa o fogo e é condutora de electricidade.
ANIDRIDO CARBÓNICO OU NEVE CARBÓNICA (C02) Gás armazenado no estado líquido em recipientes sob uma pressão e é projectado no local de aplicação através de difusores especiais. É um gás moderadamente tóxico. Mecanismos de extinção:
Utilização:
- Arrefecimento;
- CLASSES B e C
- Abafamento. Vantagens
Desvantagens
Não é condutor de electricidade, não produz danos e não suja.
Não é aplicável em incêndios de classe A, pouco eficaz no exterior e quando utilizado em ambientes fechados pode provocar asfixia.
PÓS QUÍMICOS Agente extintor muito generalizado. Encontra-se armazenado num depósito, sendo dele expelido por acção de um gás inerte que actua como agente propulsor. Mecanismos de extinção:
Utilização:
- Inibição da chama e da reacção em cadeia;
- Pó normal: BC
- Abafamento.
- Pó Polivalente: ABC - Pó Especial: D Página 6 de 18
ESPUMAS São produtos que se adicionam à água tornando-a mais eficaz na extinção de alguns tipos de fogos devido ao seu poder acrescido de arrefecimento e sufocação. Modos de extinção:
Utilização: CLASSES A e B
- Arrefecimento; - Sufocação. Vantagens
Desvantagens
Aplicável em grandes superfícies ou volumes. Impede a reactivação do incêndio.
Produz danos. Condutora da electricidade e é de difícil armazenagem em grandes volumes.
QUADRO RESUMO
Legenda: MB – Muito Bom
B – Bom
S – Satisfaz
I - Inadequado
MEDIDAS DE PROTECÇÃO Protecção Activa Conjunto de equipamentos e/ou sistemas que actuam directamente na detecção ou no combate ao fogo.
SISTEMA AUTOMÁTICO DE DETECÇÃO DE INCÊNDIO Sistema capaz de detectar o início de um incêndio, transmitir a informação correspondente a uma central de vigilância que, por sua vez, faz actuar os alarmes e põe em marcha as normas de procedimentos previstas.
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A detecção automática de foco de incêndio baseia-se nos fenómenos físicos produzidos durante a combustão de um material.
(Fonte: NUNES, Fernando M. D. Oliveira)
- Detectores iónicos: detectam a presença de fumo e outros produtos estranhos no ar. São os mais económicos e utilizados. - Detectores ópticos de fumos: detectam a presença de fumo. - Detectores ópticos de chamas: detectam a presença de chamas. - Detectores térmicos e Detectores termovelocimétricos: detectam a presença de calor. Os detectores e botões de alarme são agrupados em zonas, de acordo com as características das áreas a cobrir, com vantagens na discriminação do alarme e na operacionalidade do conjunto.
Os detectores e botões de alarme são agrupados em zonas, de acordo com as características das áreas a cobrir, com vantagens na discriminação do alarme e na operacionalidade do conjunto.
Botões de alarme - São os elementos da instalação que permitem activar o alarme manualmente.
Sirenes de alarme - Dispositivo que, quando activado, emite um alarme sob a forma de um sinal sonoro.
SISTEMA DE DETECÇÃO DE GÁS Sistema que emite alarme e desencadeia comandos quando detectadas concentrações perigosas de um determinado gás, possibilitando uma intervenção (humana e/ou automática).
Cada gás possui características físicas e químicas diferentes, o que significa que os detectores devem ser criteriosamente escolhidos face ao gás específico a detectar. Devido ao facto de apresentarem diferentes densidades em relação ao ar, o posicionamento dos detectores deve também ele ser adequado ao gás a detectar.
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SISTEMA DE EXTINÇÃO AUTOMÁTICO Sistema que funciona automaticamente devido à elevação da temperatura ou à presença de gases e de fumos, não necessitando da acção das pessoas.
O sistema de extinção automático mais utilizado é o Sprinkler. Desempenha três funções distintas de protecção contra incêndios: detecta a ocorrência de um foco de incêndio; circunscreve-o a um espaço limitado e, muitas vezes, extingue-o e emite o alarme de incêndio.
A sua aplicação é frequente em espaços pouco vigiados e em espaços com elevado risco de incêndio (elevada carga de incêndio).
SISTEMA DE EXTINÇÃO MANUAL Sistemas que estão distribuídos pelos edifícios, cuja função é combater o fogo através da sua utilização pelas pessoas.
Extintores portáteis Recipientes que contêm no seu interior um agente extintor que poderá ser projectado e dirigido sobre um fogo pela acção de uma pressão interna ou agente impulsor.
Constituição: - Corpo do extintor; - Manómetro indicador da pressão (à base de água e pó químico); - Cavilha de segurança; - Mangueira; - Difusor; - Etiqueta de manutenção; - Etiqueta informativa.
Colocação: - Devem estar colocados em suporte próprio (parede ou tripé); - A altura não deve ser superior a 1,2 m (do manípulo ao pavimento); - Devem estar em locais acessíveis e visíveis (nas áreas de trabalho e ao longo dos percursos normais, incluindo saídas); - O seu acesso deve estar permanentemente desobstruído; - Devem estar sinalizados segundo as normas portuguesas aplicáveis; - Quando colocados em locais sujeitos às intempéries ou a danos físicos devem ser protegidos em caixas.
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Manta ignífuga/Manta corta-fogo Possibilita a actuação dos ocupantes dos espaços na extinção de focos de incêndio por abafamento, em circunstâncias em que os extintores não sejam recomendáveis. Destacam-se as aplicações na extinção de focos de incêndio em certos tipos de equipamentos de pequena dimensão e em pessoas cujas roupas sejam envolvidas pelas chamas.
Deve ser colocada em locais junto aos espaços a proteger, acessíveis e visíveis. Deve estar sinalizada.
Boca-de-incêndio armada do tipo carretel Equipamento da RIA (Rede de incêndios armada) que permite a aplicação de água para combate a um incêndio. Uma boca-de-incêndio armada é constituída por um lanço de mangueira guarnecida com agulheta e ligado à canalização da RIA por uma válvula de controlo. Deve ainda dispor de meios de suporte da mangueira e da agulheta, bem como de protecção do conjunto. As bocas-de-incêndio designadas por carretel possuem diâmetro de 25mm e são equipadas com uma mangueira semi-rígida enrolada em carretel.
Coluna seca ou húmida Instalação de extinção para uso exclusivo dos bombeiros. É formada por uma canalização vazia que é utilizada para elevar a água desde a via pública até ao interior do edifício sinistrado.
Hidrante Instalação que permite a alimentação dos tanques do serviço de extinção de incêndios através de uma toma à rede de abastecimento.
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SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
Definição “Sinalização relacionada com um objecto, uma actividade ou uma situação determinada, que fornece uma indicação ou uma prescrição relativa a segurança ou a saúde no trabalho, ou a ambas, por intermédio de uma placa, uma cor, um sinal luminoso ou acústico, uma comunicação verbal ou um sinal gestual.” Portaria n.º 1456-A/95 de 11 de Dezembro
Objectivo A sinalização de segurança e de saúde serve para alertar rapidamente os trabalhadores da existência de determinados riscos profissionais e induzir a comportamentos adequados de forma a evitar que tais riscos ocasionem danos para a sua segurança e saúde.
Para a sua eficácia impõem-se duas medidas complementares: a formação dos trabalhadores e a sua consulta.
Características De acordo com a sua legislação, a sinalização com pictogramas deve ter as características:
possibilitar uma interpretação única e dar a conhecer o risco com antecipação;
informar sobre a acção específica;
chamar a atenção dos trabalhadores a quem se destina.
Forma, cor e significado A sinalização óptica ou visual consiste na colocação nos locais apropriados de sinais gráficos (símbolos ou pictogramas), de formatos, desenhos e cores aprovadas, que darão indicação de:
proibição: sinal que proíbe um comportamento;
aviso: sinal que adverte de um perigo ou de um risco;
obrigação: sinal que impõem um comportamento;
de salvamento ou de socorro: sinal que dá indicações sobre saídas de emergência ou meios de socorro ou de salvamento;
indicação: sinal que dá informações não abrangidas pelos outros sinais.
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As formas e as cores de sinalização com pictogramas podem associar-se do seguinte modo: Cores
Formas
Significado
Cor/simbolo
Equipamentos de alarme e combate a incêndios
Branco
Proibição
Preto
Perigo
Preto
Informação
Branco
Obrigação
Branco
Vias de Evacuação e Equipamentos de Emergência
Branco
Exemplo
A ESCOLHA DOS SINAIS
Os sinais deverão ser escolhidos consoante as situações que se pretende sinalizar.
É essencial conseguir-se uma correcta sinalização de todas as vias de evacuação, saídas, saídas de emergência e meios de socorro – SINAIS DE SALVAMENTO OU DE SOCORRO.
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Os meios de extinção deverão ser criteriosamente sinalizados, garantindo-se a sua fácil visualização – SINAIS RELATIVOS A MATERIAL DE COMBATE A INCÊNDIOS. .
Identificados perigos, deve-se sinalizá-los - SINAIS DE PERIGO.
De modo a se minimizar esse perigo, dever-se-á proibir todos os comportamentos e acções relacionados - SINAIS DE PROIBIÇÃO.
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Para se garantir a adopção de determinados comportamentos utiliza-se utiliza os SINAIS DE OBRIGAÇÃO.
Iluminação de emergência Sistema de iluminação independente da rede eléctrica “normal” que tem como objectivo a manutenção de um mínimo de luminosidade, de forma a ser possível a evacuação de um edifício e a utilização dos meios de extinção, no caso de ocorrer um incêndio. A iluminação de emergência deve ser suficiente e adequada para:
permitir a saída fácil e segura se dos ocupantes do edifício;
substituir a iluminação eléctrica no caso de haver interrupção da energia eléctrica;
garantir a execução de manobras de interesse da segurança e intervenção dos meios de socorro.
NOTA: Todos os ocupantes devem conhecer todas todas as saídas de emergência existentes, bem como o seu sistema de abertura.
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ORGANIZAÇÃO DA SEGURANÇA EM EMERGÊNCIA
Organização Interna dos Meios Materiais: - Equipamentos de 1.ª Intervenção; - Equipamentos de 2.ª Intervenção.
Organização Interna dos Meios Humanos:
Organograma
Responsável de Segurança/ Delegado de Segurança
Alarme e alerta
Brigadas de Intervenção
Brigada de Evacuação
Brigada de Primeiros Socorros
Corte de Energia
Brigadas de Apoio
Manutenção
Controlo de Acessos
1.ª Intervenção
PLANO DE EVACUAÇÃO
Após o sinal de alarme, ter-se-ão os seguintes procedimentos:
O responsável de segurança/delegado de segurança informa-se da localização exacta da ocorrência, da sua extensão e se existem vítimas que necessitam de socorro. Consoante a dimensão e características da situação, dá a ordem de evacuação.
Após o contacto do responsável de segurança a dar início à evacuação, o responsável pelas telecomunicações e alarme dá o alerta, transmitindo a informação às entidades de socorro externas; Procedimentos a cumprir: - Identificação, de imediato, do local e do nome de quem pede socorro; - Descrição precisa do tipo de ocorrência (tipo de acidente, extensão e gravidade, se há vítimas, seu estado e número, se há dificuldades de evacuação dos ocupantes); - Indicação da morada exacta do edifício e número de telefone que está a utilizar; - Prestação de todas as informações e esclarecimentos que os bombeiros solicitem; - Terminada a chamada, deve aguardar-se junto do telefone, para solicitação de eventuais informações posteriores.
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Os funcionários responsáveis pela 1.ª Intervenção e evacuação exercem as suas funções: - os funcionários responsáveis procedem ao corte de energia (eléctrica e gás); - os funcionários responsáveis reunirão visitantes e deverão encaminhar-se para o ponto de encontro, assim como os restantes funcionários do estabelecimento (exercendo cada um a sua função enquanto brigada). O encaminhamento deverá ser feito calmamente, evitando situações de pânico; - os funcionários deverão fechar todas as portas e janelas (sempre que possível) antes de abandonar o local; - em nenhum caso deverá interromper-se a marcha, especialmente junto de portas ou corredores de evacuação, que estarão sempre desimpedidos de materiais e/ou obstáculos; - chegados ao ponto de encontro, o funcionário responsável deverá proceder à averiguação do número de pessoas; - deverá ser aguardado com calma, no ponto de encontro, a indicação de regresso à normalidade; - se houver feridos, os funcionários responsáveis pela brigada de primeiros socorros ajudam-nos até chegar a ajuda externa; - a brigada de manutenção deverá ter sempre material disponível e preparado para poder colocar no local do sinistro (referente a qualquer tipo de equipamento que seja necessário); - A brigada de controlo de acessos deverá isolar as áreas consideradas perigosas, controlar os acessos ao estabelecimento e sinalizar e controlar o trânsito no exterior do edifício, facilitando a chegada de ambulâncias e outra ajuda externa.
TÉCNICAS DE UTILIZAÇÃO DOS MEIOS DE 1.ª INTERVENÇÃO EXTINTOR 1.º - Transportar o extintor na posição vertical segurando no manípulo. 2.º - Retirar o selo ou cavilha de segurança. 3.º- Apontar o difusor à base das chamas. 4.º - Premir o manípulo mantendo o extintor na posição vertical. 5.º - Mover o difusor de lado para lado. 6.º - Extinguido o fogo, aguardar alguns minutos para ter a certeza de que não há reignição. 7.º - Encaminhar o extintor para a manutenção.
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CARRETEL 1.º Abrir a caixa segundo as indicações. 2.º Abrir a válvula. 3.º Desenrolar a mangueira. 4.º Abrir a agulheta. 5.º Dirigir o jacto de água para a base do fogo.
SIMULACRO Exercício prático com a participação dos ocupantes do edifício ou estabelecimento. Vantagens: - Treino dos ocupantes nos procedimentos de actuação em situação de emergência; - Teste dos procedimentos de actuação e da organização estabelecida para fazer face a uma situação de emergência; - Teste da coordenação entre a organização de segurança da entidade e os socorros externos. - Estimativa de tempo de evacuação, de intervenção das equipas e intervenção dos bombeiros.
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Bibliografia
CASTRO, Ferreira de, ABRANTES, José Barreira (2009), Manual de Segurança contra Incêndio em Edifícios. Sintra: Escola Nacional de Bombeiros
GASPAR, Cândido Dias (2002), Prevenção e Protecção contra Incêndios. Lisboa: Universidade Aberta.
MIGUEL, Alberto Sérgio S.R. (2006), Manual de Higiene e Segurança do Trabalho. Porto: Porto Editora.
NUNES, Fernando M. D. Oliveira (2006), Segurança e Higiene do Trabalho – Manual Técnico. Amadora: Edições Gustave Eiffel
PINTO, Abel (2005), Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho. Lisboa: Edições Sílabo, Lda.
Sinalização de Segurança Fotoluminescente. Sinalux
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