Casa das linguagens

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CASA DAS LINGUAGENS 2007


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UMA DÉCADA DE VIDA UMA MEMÓRIA PARA O FUTURO Corresponder ao repto que me foi lançado pelo coordenador da Revista “Casa das Linguagens” - reflectir sobre uma década de actividade lectiva da Escola Básica Integrada de Vila Cova, constitui, em si mesmo, um desafio e uma exigência. Um desafio na medida em que seria pretensioso querer evocar e exaurir uma década de vida da escola num texto que se pretende ao mesmo tempo ajustado à tipologia desta publicação e ao público a que se destina. Uma exigência, porque não podemos fazer tábua rasa do passado vivido e experenciado pela escola e pela comunidade educativa, tratase de, ciclicamente, actualizarmos uma herança passada, para memória futura. Quando em Setembro de 1995 a Escola Básica Integrada de Vila Cova iniciou o seu funcionamento, apenas com alunos do 2º e 3º ciclos, longe estaríamos de pensar que cinco anos volvidos, por força da publicação do Decreto-lei nº 115-A/98, de 4 de Maio, seria constituído (Setembro de 2000) o Agrupamento Vertical de Escolas de Vila Cova. Tratava-se, pois, de adoptar um modelo organizacional e de gestão estratégica assente numa cultura de responsabilidade e qualidade partilhadas por todos os membros da comunidade educativa, contribuindo para reforçar a capacidade pedagógica das escolas e favorecer um percurso sequencial e articulado dos alunos, promovendo assim o sucesso educativo. Apesar de a EBI de Vila Cova, enquan-

to escola sede, se constituir como um estabelecimento de ensino integrante do Agrupamento Vertical de Escolas de Vila Cova, neste quadro, será compreensível que esta reflexão incida exclusivamente sobre ela. Reservarei para outra oportunidade, uma reflexão sobre a constituição do Agrupamento de Escolas, o seu funcionamento, a importância da articulação curricular e a avaliação do trabalho que realizamos da educação pré-escolar aos restantes ciclos de escolaridade, o excelente clima de trabalho, a construção de um projecto de escola mais bela, prazerosa, aprendente, mais justa e solidariamente humanizada. Para além da adopção de um novo modelo de organização e de administração e gestão pedagógica e financeira, ainda que com relativa autonomia, ao longo destes dez anos, a escola procurou adaptar-se e modernizar-se em diferentes áreas de intervenção, procurando dessa forma dar resposta às exigências que em matéria de educação as alterações das relações sociais da sociedade da informação e do conhecimento preconizam. RECURSOS HUMANOS A evolução demográfica em Portugal nos últimos anos tem-se traduzido numa diminuição da taxa de natalidade e, consequentemente, numa diminuição progressiva do número de crianças que frequentam as escolas do ensino básico. Num estudo recentemente realizado sobre a evolução da

população escolar na EBI de Vila Cova (Quadro I), observamos uma redução de 12% do número de alunos nos últimos cinco anos lectivos, o equivalente a uma redução de três turmas. Simultaneamente, e para o mesmo período, verificamos uma redução de 26% do corpo docente, que corresponde a mais do dobro da redução do número de alunos. Esta redução desproporcional do número de professores, face à redução do número de alunos, integra-se numa política do Ministério da Educação que, sob a capa de uma melhor racionalização dos recursos humanos, se traduz numa medida economicista que condiciona ainda mais a organização escolar e a gestão do processo ensino-aprendizagem, de forma preocupante, no que se refere aos alunos com necessidades educativas especiais. Concomitantemente, podemos observar uma evolução significativa ao nível da estabilidade do corpo docente. Hoje, cerca de 90% dos docentes em exercício de funções pertencem ao quadro de escola, o que permite efectuar uma programação e gestão pedagogicamente mais equilibrada e estável do serviço docente a atribuir em cada ano e por turma, pese embora as limitações que ainda subsistem, nomeadamente, no processo de contratação de docentes para substituição de docentes titulares de turma. Apesar do quadro de pessoal não docente se manter praticamente estável ao longo dos últimos anos, as recentes alterações no funcionamento


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da escola (funcionamento do 1º ciclo em regime normal e escola a tempo inteiro), a requalificação de alguns espaços e a construção de novas infra-estruturas educativas (pavilhão gimnodesportivo) evidenciaram a existência de algumas carências neste sector, que será necessário e urgente suprir.

INFRA-ESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS EDUCATIVOS A tipologia da EBI de Vila Cova foi um modelo ensaiado, que não se encontra formalmente definida, sendo por isso frequentemente apelidada de P3 alargado, por similitude com o modelo P3 das escolas do primeiro ciclo. As características da arquitectura e o facto dos espaços educativos se revelarem insuficientes, face ao número de alunos e à necessidade de oferta educativa, requerem para assegurar o pleno funcionamento da escola uma criteriosa gestão, flexibilidade e adaptação dos espaços educativos ao desenho curricular de cada ciclo de escolaridade. Para minimizar esta fragilidade foram realizadas, ao longo dos últimos anos, algumas intervenções para criar ou requalificar alguns espaços escolares, quer exteriores, quer interiores. Destacamos a requalificação da sala de convívio de alunos, de salas específicas (laboratório de Matemática e Línguas, sala TIC…), de alguns espaços exteriores e a remodelação de gabinetes em salas de aula. O pavilhão gimnodesportivo, cuja construção foi assegurada pela Câmara Municipal de Barcelos, apesar de não se encontrar ainda em pleno funcionamento, é já utilizado pelas

crianças do Agrupamento no âmbito das aulas de educação física e do Plano Anual de Actividades. Esta infra-estrutura educativa constitui um instrumento indispensável para a promoção do desenvolvimento físico, psicológico e social das crianças e na aquisição de hábitos de vida activa e estilos de vida saudável; A criação da Biblioteca Escolar (2001), e as sucessivas obras de remodelação a que foi sujeita, a par da sua integração na Rede de Bibliotecas Escolares, traduz claramente o papel central que lhe é conferido no projecto educativo, em domínios tão importantes como a aprendizagem da leitura, a promoção da literacia, a criação e o desenvolvimento do prazer de ler e a aquisição de hábitos de leitura. Nesse sentido, a Biblioteca Escolar tem vindo a merecer um investimento financeiro considerável, dotando-a de fontes documentais disponíveis nos mais variados tipos de suporte. Simultaneamente, ela constitui um recurso indispensável para criar e desenvolver nos alunos competências transversais, contribuindo, assim, para que se tornem cidadãos mais dotados, conscientes, informados, e para o desenvolvimento cultural desta comunidade. Por tudo o que nos oferece, e pelo prazer que nos dá, a biblioteca será sempre a nossa sala de visitas, e dela devemos cuidar, tornando-a atractiva para todos. Será necessário continuar a investir na escola, dotando-a de equipamentos educativos que facilitem as aprendizagens, e efectuar a requalificação dos diferentes espaços educativos, em função das reais necessidades que anualmente se colocarem. Só a concessão à escola de uma efectiva

autonomia pedagógica, administrativa e financeira poderá assegurar convenientemente a satisfação das suas necessidade. Na realidade, quando falo de autonomia, falo de descentralização, falo da necessidade de uma efectiva devolução de poderes à escola, o que lhe permitirá estruturar-se em função de objectivos próprios, de que o projecto educativo é expressão máxima. O PROJECTO EDUCATIVO Num mundo globalizado, em que a informação e o conhecimento científico e tecnológico se produzem a um ritmo acelerado, e em que é imprescindível formar pessoas capazes de acompanhar e integrar a mudança, cabe às escolas a função essencial de criar essas competências nos seus alunos. O Projecto Educativo traçado para o triénio 2005/2007 aponta precisamente para a necessidade de preparar a integração dos jovens nas sociedades, e num mundo global, dotando-os de saberes que lhes permitam ter sucesso profissional e pessoal. Daí que, a par da formação para uma cidadania solidária e responsável, tenhamos definido como objectivo prioritário do nosso trabalho, dotar os alunos de competências académicas e valorizar o papel da escola e da aprendizagem por forma a promover a persecução de estudos no ensino secundário ou profissional ao maior número possível de alunos, após a conclusão do ensino básico. Evidentemente que o sucesso desta tarefa só será possível através da necessária articulação, avaliação, envolvimento e responsabilização das famílias e da escola. Neste contexto, a escola deve (re)visitar a sua estrutura organizativa, as suas práticas, reflectir criticamente sobre os seus resultados, autoavaliar-se, por forma a promover uma cultura de gestão da qualidade do serviço público que presta, em ordem à obtenção de um maior e melhor sucesso educativo. Norteados por estes princípios, desenvolvemos em Janeiro de 2007 um instrumento de avaliação da implementação do nosso projecto educativo,


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ao nível dos resultados directamente mensuráveis, que se traduziu na aplicação de um inquérito por questionário a todos os alunos que concluíram a escolaridade básica na escola no ano lectivo 2005/2006. O tratamento e a reflexão dos dados obtidos permitir-nos-ão efectuar uma avaliação interna do nosso desempenho nesta vertente. Os dados recolhidos indicam que 90% dos alunos que concluíram o ensino básico encontram-se a frequentar o ensino secundário ou profissional, e obtiveram no final do primeiro período do ano lectivo 2006/2007 resultados muito apreciáveis nas disciplinas de Matemática, Português e Inglês. Apesar de se tratar do primeiro estudo realizado neste âmbito, acreditamos que tenha sido um ano particularmente generoso ao nível dos resultados. Tomando como referência os dados do Quadro II, énos dado observar que cerca de 60% da população portuguesa situada no escalão etário (25-34) anos tem qualificação de nível secundário. Comparativamente, os resultados apresentados pela escola permitem-nos constatar o nosso contributo para a uma alteração relativamente célere da estrutura de níveis de escolaridade na nossa comunidade, competirá às escolas secundárias acolher os alunos e promover o sucesso educativo, correspondendo, aliás, aos objectivos assumidos pela Comissão Europeia, que estabeleceu a intenção de, em 2010, 85% das pessoas com 22 anos de idade na União Europeia terem completado o ensino secundário.

A DEFINIÇÃO DO PROJECTO POLITICOPEDAGOGICO A necessidade normativista de definir um projecto educativo para o triénio 2007/2010, exigirá que a comunidade educativa deste Agrupamento de Escolas repense e defina o seu projecto político-pedagógico para esse período. O projecto deverá ser entendido como um processo de mudança e de antecipação do futuro, que estabelece princípios, directrizes e propostas de acção. A formulação do projecto deverá promover o envolvimento e a participação democrática de todos os actores e parceiros educativos. Como já referi, a globalização e as rápidas mudanças sociais colocam novos desafios às escolas, aos professores e aos pais. O novo espírito do capitalismo actual aponta para a mobilidade, para a flexibilidade, para as competências, para o empreendedorismo, para a importância da integração em projectos, para um mundo em rede. A escola deve então pensar-se como uma instituição flexível, atenta aos sinais emitidos por um quase-mercado educacional altamente competitivo, onde uma carteira de competências suficientemente recheada poderá garantir a chave para o sucesso. Simultaneamente, a escola não pode deixar de se construir como escola cidadã, assumida como centro de direitos e de deveres, viabilizando a formação integral das crianças, uma formação para uma cidadania reflexiva e crítica. Uma escola que viva a experiência tensa da democracia.

Melhor escola, mais cidadania, é hoje mais do que um lema, é uma exigência de trabalho e de solidariedade, de rigor e de competência a que toda a comunidade educativa deverá corresponder com entusiasmo, qualidade e confiança. É essa a fasquia que deve concentrar e mobilizar os nossos melhores esforços e energias. A construção de uma escola moderna e atenta faz-se com a participação e o contributo de todos os membros desta comunidade. Darei o meu, no espaço e tempo que me for reservado. Uma palavra final para agradecer todos os contributos que permitiram a publicação deste número da Revista “Casa das Linguagens”. A diversidade e a qualidade dos textos e testemunhos que formam esta Revista, enquadrados por imagens que falam por si, dão-nos um retrato bastante fiel da vida que transborda nesta comunidade educativa. O impulso de informar, de partilhar, e até de desafiar, constitui um estímulo para irmos mais além. Aqui e agora, deixamos uma memória para o futuro. Alberto Rodrigues Presidente do Conselho Executivo

Quadro II - População que tem qualificação de nível secundário ou mais (2003)

Fonte: OCDE, Education at a Glance, 2005.


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EDITORIAL A

Escola é um património comum de uma sociedade sempre em mudança. Hoje, as mudanças parecem mais rápidas e talvez mais profundas – e a escola adapta-se à evolução social, assumindo sempre um papel fundamental na construção e interpretação dos objectivos e valores constitutivos de cidadania e de progresso. É neste contexto que, projectos como a Casa das Linguagens, ganham pertinência, apesar dos decisores políticos não valorizarem, de facto, o desenvolvimento destas iniciativas. Porém, não obstante o surgimento de constrangimentos de vária ordem, cremos que a nossa escola acompanha as profundas

Propriedade Agrupamento Vertical de Escolas de Vila Cova Director Paulo Miranda Faria Edição Casa das Linguagens Editor e redactor Laura Narciso Paulo José Faria Paulo Miranda Faria Fotografia Todas as imagens pertencem ao arquivo do Agrupamento Vertical de Escolas de Vila Cova Periodicidade Anual Preço 2 Euros Nota Todas as opiniões, artigos e comentários são da responsabilidade dos autores Design gráfico Intervenção - Sol. de design e comunicação, lda. Pré-impressão e produção Gil Vicente - Artes gráficas, Lda. Tiragem 600 unidades

mutações tecnológicas, sociológicas e comportamentais; cremos que este Agrupamento de Escolas é um espaço livre e plural, um espaço aprendente, pilar e motor do meio em que está integrado. E quando assim é, torna-se ainda mais plausível a dinamização de um instrumento que é, simultaneamente, um meio de partilha e, no Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos, evidencia os benefícios da diversidade, através da participação de um número significativo de elementos. Move-nos a força (imparável) de acreditar que a escola ainda é um espaço que promove, na sua diversidade,

o livre pensamento, a equidade e a eficiência; move-nos a determinação por uma igualdade de oportunidades como princípio fundamental de todo o processo educativo. O Agrupamento de Escolas de Vertical de Vila Cova assume o desafio contínuo de responder a todos os desafios. Uma palavra final de gratidão para todos quantos contribuíram para que os objectivos da “Casa das Linguagens” se cumprissem na globalidade, sobretudo pela participação crescente dos seus membros. Obrigado a todos que tornaram possível este sonho. Paulo Miranda Faria


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Ausência Ausência não é estar longe. Estar longe é distância, Tempo de chegada, Espera e ânsia… Ausência é o não hoje, Nem o tempo, é o nada. Estar é presença simultânea No lugar e no tempo, Sem tempo e sem lugar, Em pensamento... É declaração espontânea Dos tempos do verbo amar! Paulo José Faria

Saudade é… É um vazio que nos consome a alma, É algo que nos tira a cor à vida! É um vento que leva de quem gostamos, magoando-nos É um vazio que nos preenche o coração de mágoa… Saudade é o que nos leva ao desespero e que nos leva a cometer loucuras, É um sentimento que nos magoa a alma… Saudade é a dor da perda, É a ausência de alguém que amamos, É aquilo que faz com que a alma chore. A saudade é algo muito triste, É um sentimento de inquietação, É um sentimento de desespero, É sentir a falta de alguém… Saudade é um sentimento muito forte, que quando está presente, é difícil de ultrapassar… Saudade é aquilo que se sente quando o amor de alguém não está presente… É sentir a falta de algo especial na nossa vida como as pessoas de quem gostamos! É ter um amigo que venha de viajar e de quem se gosta muito, E se vai esperar ao lugar de chegada… Enfim, saudade é a pessoa que nos espera, que no fundo da alma nos acalma, no sentir da solidão voa como um balão e em nós faz doer o coração! Poema colectivo do 9.ªB


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Semana Nacional de Leitura A

propósito da Semana Nacional de Leitura e da aproximação dos leitores aos autores, esteve na nossa escola a escritora Maria José Meireles, que nos apresentou as suas obras. O grupo do 4º ano decidiu fazer a dramatização da Lenda do Galo de Barcelos. Ensaiámos com o senhor Armindo Cerqueira, que foi o narrador da história, e os personagens foram: Pedro Lopes fez de peregrino-filho, Carlos Lopes, peregrino-pai, o Daniel fez de oficial de justiça, o Cláudio e o Pedro Basulo fizeram de guardas, a Inês Faria fez de estalajadeira, o Amadeu foi o S. Tiago, o Bruno Quintas fez de Juiz, a Rita Morgado e a Cristiana eram as convidadas do Juiz, a Andreia e a Inês Lima eram cidadãs e o Joel fez de galo. A dramatização correu lindamente, pois ninguém se enganou e estiveram todos muitos certinhos e estavam muito bem caracterizados, com roupas e instrumentos a fazer de conta que eram daquela época. Os meninos do infantário também estiveram presentes e gostaram muito. A escritora Maria José Meireles gostou bastante e reservou um tempo para vender os seus livros e dar autógrafos. Pedro Lopes 4º ano, Perelhal

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Biblioteca de Perelhal N

a escola de Perelhal abriu uma biblioteca que foi inaugurada em 2007. Quem está à frente do cargo é a professora Maria José Fonseca. Na biblioteca cultiva-se a imaginação. Todos os dias uma turma vai ouvir uma história, jogar computador, requisitar livros, recontar histórias. Adoro tudo o que há na biblioteca e acho que tem condições espectaculares. Também já há um clube de amigos da biblioteca que serve para ajudar a professora nos momentos em que ela esteja com muito trabalho. A nossa biblioteca é espectacular.

Cláudio – 4º ano DP

BECRE Perelhal

(Biblioteca Escolar Centro de Recursos Educativos)

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Biblioteca da Escola de Perelhal entrou em funcionamento este ano e a responsável é a professora Maria José. Nós aprendemos e ajudámos a organizar os livros e já percebemos como estão catalogados. Lá há muitos livros e alguns computadores, um dos quais com Internet, leitor de dvd’s e jogos. Todas as semanas temos uma hora para lá estar. Nessa hora ouvimos ler, lemos, dramatizamos, fazemos jogos de imaginação, descobrimos segredos e outros truques. Já lemos a Menina do Mar e começámos outro livro, para além da história do dia. Também podemos ir para lá no intervalo jogar e ler. Os livros que existem são de poesia, prosa, banda desenhada e texto dramático, que podemos requisitar, mas não podemos requisitar os dicionários nem os atlas. Pedro Basulo – 4º ano, Perelhal


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JÁ ALGUMA VEZ OBSERVASTE ATENTAMENTE UMA ÁRVORE?

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o princípio, olhando-a, vemos apenas uma espécie vegetal composta por flores, ramos, folhas, raízes e tronco. Mas uma árvore também é o signo da vida, se repararmos na germinação de uma semente. É um milagre não é? Os humanos, por mais inteligentes que sejam, nunca conseguirão fabricar uma semente. A árvore também nos oferece alguns benefícios que são: evitar a desertificação; regular as chuvas; impedir a erosão dos terrenos; fornecer a madeira e os frutos; alguns caules, raízes e folhas servem de alimento e são por vezes matéria-prima para fabrico de remédios, de tecidos e de papel. E ainda não falamos na beleza que as árvores dão à paisagem, na frescura da sua sombra etc...

1º/4º C – E.B.I. de Vila Cova

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A Natureza Eu li um texto sobre “O Rapaz de Bronze” e aprendi muita coisa: que há pessoas que ganham a vida a fazer de estátua, nas ruas. Até acho bem porque não se deve roubar. À beira deles têm uma caixinha para as pessoas deitarem dinheiro. Algumas deitam, outras preferem brincar com a pessoa que está a fazer a demonstração. À semelhança deles o Rapaz de Bronze também tinha que fazer de estátua durante o dia mas à noite mandava na floresta e jardins onde se encontrava. Uma noite uma flor foi-lhe pedir para fazer uma festa. Ele, ao princípio, não gostou da ideia e não concordou mas, depois, lá a deixou fazer a festa porque ela estava a ficar triste, e ele não gostava de a ver assim. Então, toda contente, pôs um cartaz numa palmeira, para as suas amigas virem todas à festa. Apareceram muitas flores e alguns animais que cantaram, dançaram, saltaram, conversaram, comeram e beberam a água fresquinha que o Rapaz de Bronze ofereceu. Adoro a natureza e tudo o que nela existe. Também nós devíamos ser naturais dentro da natureza e não a estragarmos com coisas artificiais. Devemos tratá-la com carinho, amizade e respeitála. Só assim a natureza estará sempre em festa. Cláudio Miranda e Bruno Quintas 4º ano, Perelhal

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Dia da Árvore “Os Girassóis” N

o Dia da Árvore na nossa escola (EB1/JI de Vilar do Monte) plantámos um pinheiro manso, duas amendoeiras, desenhámos, pintámos e semeámos Girassóis e Tremoços. Também pintámos painéis sobre a Primavera e ficámos a conhecer Vincent van Gogh; um pintor holandês que, entre outros quadros, pintou um que se chama “Os Girassóis”…e que nós pintámos também…

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Os felinos A

chita é um animal solitário em vias de extinção; as fêmeas são sempre acompanhadas pelas crias (a mãe chita é extremamente carinhosa com as crias). As fêmeas e os machos só se encontram na hora do acasalamento. A chita é o animal que mais velocidade atinge mas cansa-se muito depressa. Nas patas da frente, as chitas têm uma garra chamada esporão, a única que não toca no chão, ao contrário dos outros felinos. A chita só persegue animais de grande porte. Alcançada a presa, a chita introduz o esporão e desequilibra-a e depois crava-lhe os dentes no pescoço. As chitas são distinguidas pelo seu corpo esguio, coberto de pequenas manchas pretas, pelas longas patas, cauda comprida e cabeça pequena. Dos olhos parecem escorrer lágrimas negras. O leão com a juba e o seu porte majestoso, dizem ser rei dos animais, as leoas alimentam as crias e as outras fêmeas.

O leão é que caça, come primeiro e os outros têm de aguardar pela sua vez, não deixando nada para as crias. As crias aprendem a caçar com as mães. As mães, as crias e os leões são carnívoros, mas comem herbívoros. As crias são presas fáceis para os outros predadores. O tigre é um animal solitário, poderoso, carnívoro, em vias de extinção e o seu pêlo listrado é uma camuflagem perfeita que lhe permite surpreender as presas. As presas preferidas são os veados e os búfalos. Se (os tigres) cravarem as patas nos picos de um porco-espinho poderão morrer. As fêmeas cuidam das ninhadas ao longo de dois anos (duas a quatro crias). Os tigres são óptimos nadadores. O tigre marca o seu território com urina ou excrementos. O leopardo, ou pantera, é um felino temível. Tem uma força descomunal. É carnívoro. A fêmea é muito carinhosa com as crias. O leopardo ataca todo o tipo de animais. Inês Faria 4º ano, Perelhal

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Um dia na vida de um quadro

Jorge Amado ainda permanece vivo!

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e manhãzinha, chegam os professores e os alunos à escola e entram nas respectivas salas de aula. Seguidamente, sentam-se nos seus lugares. Eles vêem-me tão limpinho que ficam logo ansiosos por me encherem de letras, ou por me riscarem todo. O meu melhor amigo é o giz branco, porque gosto de ver tudo preto no branco. Os meus dias são sempre a mesma coisa; escrevem e apagam, escrevem e apagam e, assim, chego ao fim do dia todo sujo. A melhor parte do dia, para mim, é a hora do banho. A hora do banho é quando as aulas acabam, os alunos e os professores se vão embora e vem a funcionária limpar-me. A escola fica vazia e eu, muito limpinho e fresquinho, só acordo de manhã. O meu pior inimigo é a solidão; por isso é que detesto as férias e os dias sem aulas. Fico sozinho. Eu gosto de me sentir útil, gosto que me encham de desenhos e de letras coloridas. Mas não gosto nada daqueles meninos mal comportados que escrevem aqueles disparates habituais que me ofendem. É assim a vida de uma quadro, com momentos bons e momentos maus.

Ana Catarina, 7 ano

m 1912 nasceu, no sul da Baía, no Brasil, um dos maiores romancistas do séc. XX – Jorge Amado, vindo infelizmente a falecer 89 Primaveras mais tarde. Após a instrução primária, foi para o Colégio Jesuíta de São Salvador da Baía e, mais tarde, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde ingressou na faculdade de Direito. Aos 14 anos escrevia em jornais e aos 16 anos já escrevia artigos para revistas (algo que adivinhava um futuro promissor). Com 19 anos publica o seu 1º romance intitulado “País do Carnaval”; com essa tenra idade já demonstrava um forte apontamento crítico sobre a injustiça social, principalmente o machismo. Jorge Amado escreveu vários romances durante a sua carreira, tais como: “Gabriela, Cravo e Canela”, “Tieta do Agreste”, “O Gato Malhado e o a Andorinha Sinhá” e claro “Capitães da Areia”. O escritor não é apenas conhecido em Portugal e no Brasil, pois é o romancista brasileiro mais conhecido e traduzido do Mundo. As suas obras foram publicadas em 55 países e traduzidas em 49 dialectos, desde o Inglês até ao Japonês, passando pelo Turco e o Francês. Jorge Amado era considerado por muitos um escritor da mulher, pois é ele o primeiro escritor brasileiro ou talvez mundial a arrancar a mulher do anonimato e da desventura, principalmente das mulheres que sofriam de escravidão. Anthony Macedo, 8º ano

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Dicionarinho Maluco O

mar é um local onde podemos passear, Adorar e descansar E também a pessoa amada beijar. Beijar é uma forma de demonstrar O sentido de amar E de acarinhar. Acarinhar é agradar E fazer-nos pensar Que aquele momento não irá acabar. Acabar é uma forma de terminar O que está mal E o que nos faz cabecear. Carlos Jorge, 9º ano

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“No planeta escuro de fechar os olhos…”

“… havia u m pássaro amarelo a voar por cima dos p in heiros.” Hélder

“Se fechares os olhos vês. Porque não é neste escuro do quarto à noite, é no outro escuro. Foi um menino como tu que me explicou isto, que há dois escuros, sabes? O escuro do quarto à noite e o escuro de fechar os olhos. São dois lugares diferentes. Às vezes, são mesmo dois planetas diferentes porque, neste último, podes inventar o que quiseres, mesmo coisas que pareçam impossíveis. No planeta do escuro de fechar os olhos do João mora esse menino sorridente e, na aba do seu chapéu, vive um grande e bonacheirão carocho-pirilampo azul.” JI de Vilar do Monte

Um dia o Diogo trouxe um livro para ler aos amigos. Chamava-se “O carocho-pirilampo que tinha medo de voar”, da autoria de Mafalda Veiga. As crianças escutaram a história com muita atenção e, aproveitando este excerto do texto, algumas crianças quiseram desenhar o que viam “No (seu) planeta escuro de fechar os olhos.”…

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às cores, a borboleta “… havia um estava ma flor que pousada nu to de m vaso, per dentro de u elhas, ve m flores rm outro vaso co orta.” à beira da p Carolina


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“… havia um monstro gordo e peludo, a assustar um menino que estava a dormir.” Bruno

“… havia uma borboleta com as cores do arco-íris, pousada numa flor azul.” Margarida

“… havia uma praia com pei xes… e eu, a mãe e o pai a comer gelados de morango.” Raquel

stro vermelho, “… havia um mon …uma casa magro e com pêlos s e uma flor com ondas grande onstro. Depois, que assustava o m céu para matar caiu uma pedra do o monstro.” Samuel

“… havia uma borbolet a, um arcoíris e um moinho com umas velas castanhas.”

, borboleta roxa “… havia uma nja, ra a flor cor-de-la pousada num ais jardim com m que estava no Ao a… nj r-de-lara duas flores co flores.” todo eram três Roberto

Margarida Maria

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«As férias do Pedrinho» O

Pedrinho tinha ido de férias de Verão e o seu quarto estava muito solitário. _Já só tenho as roupas de Inverno dentro de mim. -Replicou o guardaroupa. -Não te queixes – disse a gaveta da mesinha de cabeceira. – Eu há dois meses que não tenho um lápis, uma esferográfica… nada, dentro de mim. Aí entra a porta que diz: -Oh, que saudades que eu tenho de alguém que me atravesse, ou alguma mão que me acaricie a maçaneta. -Deixa-te de «choraminguices»! – Barafustou a cama. Diz o candeeiro cheio de entusiasmo: -Vamos mas é fazer uma festa já que estamos sozinhos. O que acham? -Está bem. – Concordou o armário. Então a gaveta da mesinha de cabeceira chamou os balões e a bomba de ar e encheu-os. Chamou, também, as fitas e os tambores. Devido a esta festa memorável, as férias do Pedrinho foram inesquecíveis! Pedro Tavares – 4ºano EB1/JI de Vilar do Monte

À FLOR DA PELE Sentam-me à sua sombra magistral. Tocam-me nas faces pálidas. Tacteiam-me sobre as costas e ombros. Cheiram-me a pele de alfazema. Penetram-me a pele trémula. Vêem-me a essência na penumbra. Sinto estas raízes que se aprofundam. Cheiro estes ramos que me enovelam. Bebo esta seiva que me inunda. Trinco este fruto que me oscula. Já não sou quem fui, Mas agora que soergo, Sou. As memórias deliram-se neste rio de doce dormência. As angústias fundiram-se neste líquido original. As ardências pereceram neste caudal infindável. E, contudo, a Natureza permanece imutável. Porque sou Ela. Porque sou Dela. Porque me transfiguro Nela. Porque me entrego Àquela. E Ela, Porque Mãe zelosa e terna, Com suas flores o meu cabelo adorna. Com o seu perfume a minha vigília adormece. E assim, num perpétuo embalo, A minha alma aquiesce. Laura Narciso, professora

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Te siento Las noches no pasan al estar a tu lado. Los días son mas cortos cuando te siento cerca Me muero por abrazarte Me alegro cuando me besas ¡Que bien me siento a tu lado! El anochecer perdura para siempre (si al agarrarme me muerdes) El amanecer llega temprano (si al mirarme me envuelves) El día renace si al hacerlo profundamente y sin temor te dejas llevar, con intensidad, hasta lo más hondo de mi propio ser. ¡Que bien te siento a mi lado! Elizabeth dos Anjos, professora

Um dia a lua contou-me… … … … … … … … … … … … … … …

que eu tinha de arranjar um amor. uma história sobre os professores. que não namorava. que é apaixonada pelo sol. que já tinha andado na escola. que as noites iam ser maiores e ia ficar mais tempo a olhar para nós. que gostava de iluminar o céu. que era muito tímida e medricas e só perdia o medo para nos alumiar. que ia mudar de cor. que tinha um desejo – dar-me um beijo. que era amiga das estrelas. que ia mudar de visual. que as estrelas as faziam adormecer contando-lhe histórias e canções de embalar. que quando o sol nasce o mundo renasce.

Texto colectivo 5º C

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COMENIUS PARCERIA ENTRE ESCOLAS Margarida Almeida

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iferentes e iguais: somos nós – os seres humanos. Todos sentimos, cantamos, rimos, desenhamos, conversamos, estudamos… mas cada qual revela “o seu eu”, pois cada ser é especial e único! Quantas vezes nos questionamos sobre a nossa incapacidade de memorização, de agilidade, de organização… Cada um, à sua maneira, consegue desempenhar com mais ou menos facilidade, tarefas diferentes, visto cada indivíduo não ser perfeito em todas as áreas. Daí a importância de valorizar e optimizar as capacidades inatas. Num trabalho de grupo, escolar ou profissional, cada elemento tem de ter uma função específica no sentido do trabalho se tornar completo. Deve-se precisamente explorar e exercitar as capacidades que nos são mais inatas, desde a escrita ao cálculo, passando pelo desenho, observação e muitas outras capacidades. Acreditem que cada um de nós é óptimo nalguma coisa. Basta descobri-la e divulgá-la! Por isso, lembrem-se: precisamos de todos para o objectivo final ser alcançado.

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os primeiros dias de Março de 2007, o Agrupamento Vertical de Escolas de Vila Cova organizou uma visita preparatória na qual se uniram quatro escolas europeias (Itália / Grécia / Suécia / Turquia), no sentido de formar um projecto europeu que envolve os alunos e comunidade local, assim como a dos restantes países. Nesta parceria, pretendemos questionar os nossos alunos sobre a sustentabilidade dos seus lares. A crescente discussão das mudanças climáticas no mundo faz-nos confrontar com os tópicos da utilização de energia, comportamento ecológico e políticas ambientais. Queremos que os alunos analisem estes tópicos na sua vida diária: que tipo de energia usam em casa? De quanta energia necessitam? Estão dispostos a começar a fazer escolhas ecológicas? Gostaríamos que os nossos alunos – os cidadãos mais novos da Europa – começassem a reflectir sobre a sua responsabilidade e pretendemos ajudá-los a participar activamente na procura de uma sociedade sustentável. No projecto de parceria, queremos aumentar a consciência do facto de todos termos culturas e mentalidades diferentes; mas, paralelamente, de sublinhar que unirmo-nos na procura de um objectivo comum. No debate sobre alterações climáticas, não podemos esperar apenas respostas do Governo Europeu. Como consequência desta parceria queremos acreditar que os nossos alunos, daqui a dois anos, estarão preparados para contribuir para a mudança do comportamento ecológico na Europa.


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A Escola e a Família N

a sociedade actual, em que a escola assume funções cada vez mais preponderantes na educação dos nossos jovens, é fundamental uma boa relação entre a família e a escola. A família tem um papel importante na educação de um jovem, sendo determinante para a sua correcta integração na sociedade, e consequentemente na instituição de ensino. Por outro lado, a escola, tradicional-

mente reconhecida como o local onde se ensina, é nos dias de hoje muito mais do que isso. Esta não pode ficar indiferente às mudanças que a estrutura familiar típica sofreu, e aos consequentes impactos na educação das crianças. A criança permanece na escola grande parte do seu tempo útil, devendo esta instituição colmatar algumas lacunas decorrentes do pouco tempo que os jovens passam com as suas famílias. Desta forma, devemos optar por outras formas de educação visto que os padrões tradicionais não se adequam à sociedade actual. Neste papel a

escola, como instituição vocacionada e por vezes, melhor preparada que algumas famílias não pode ficar indiferente a alguns métodos de educação tradicionais ainda hoje utilizados. Sendo assim, é absolutamente crucial o bom senso na relação entre a família e a escola, devendo ambas as partes caminhar num objectivo comum: a educação dos jovens. Em casa também se aprende, na escola também se educa. Maria da Conceição Costa Rosendo Miranda Associação de Pais E.B.I. de Vila Cova

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I have a pet My name is Margarida. I haven´t got a pet but I’ve got a bike. It´s green. My name is Vera. I’ve got a pet. He’s a dog and his name is Alex. He’s light brown and White. My name is Bruno. I haven’t got a pet but I´ve got a bike. It´s grey. My name is Aurelio. I’ve got a pet. He’s cat and His name is ....... He’s black and yellow. My name is Helena. I´ve got a pet. He’s a dog and his name Rex. He’s brown and black. My name is Eduarda. I’ve got a pet He’s a dog and his name Is Alex. He’s light brown and White.

My name is Cláudia. I’ve got a pet She’s a dog and her name is Pantufas. She´s brown. My name is Paulo. I haven’t got a pet but, I’ve got a skate. It’s red and black. My name is João. I haven’t got a pet but I´ve got a skateboard. It´s black. My name is Filipa. I’ve got a pet. He’s a dog and his name is Ruiva. He’s brown and Yellow. My name is João Ricardo. I’ve got a pet. He’s a dog and his name is Rex. He’s brown.

My name is João I’ve got a pet. He´s a dog and his name is Fani. He´s black.

My name is Victor Gomes. I’ve got pets . They’re a dog and bird. Their names are and Rita. The dog is Brown and Black. And The bird is black and white.

My name is Miguel. I’ve got a pet. He’s a dog and his name is Fofinho. He’s black.

My name is Vitor I’ve got a pet. He’s a dog and his name is Bolinhas. He’s orange.

My name is Joel. I’ve got a pet. He’s a fish and his name Nadador. He´s black.

My name is João Ricardo. I’ve got a pet. He’s a dog and his name is Rex. He’s brown.

My name is Hugo. I’ve got a pet. He’s a dog and his name is Nico. He’s white. My name is Nádia. I’ve got a pet. He’s a dog and his name is Jua.

My name is Jorge. I haven’t got a pet but, I’ve got a bike. It’s blue and black. My name is Jessica. I’ve got a pet. He’s a bird and his name is Archie. He’s black and white. 5º ano

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A minha ida a Vila Cova N

a sexta-feira houve um passeio. Quando fomos para o autocarro fomos em grupos de dois. Quando chegámos a Vila Cova vi lá muitos amigos; o Ruben, o Cristiano e o Gonçalo. No primeiro jogo contra Creixomil ganhámos dois – um, no segundo jogo empatámos um – um e no terceiro jogo perdemos três – zero. No fim do nosso jogo foi a vez das raparigas, que ganharam duas vezes e perderam uma vez. Por fim, os rapazes e as raparigas dos Feitos, que somos nós, ficámos em segundo lugar. Quando fomos lá para fora estivemos muito tempo à espera do autocarro, pois ele demorou muito tempo a vir. Correu muito bem a viagem até chegarmos aos Feitos.

Depois fomos para a escola, lá o professor despediu-se de nós e desejou-nos umas boas férias. Eu adorei esse dia. Jorge Dias, 2º ano, Feitos

No dia 30 de Março de 2007 fomos a Vila Cova à escola e encontrámonos com todos os meninos das várias escolas. Nós saímos da nossa escola e viemos para o café do Galo para espe-

A lenda da Sra. dos Milagres

O Penedo do Ladrão

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m 1689, a igreja foi mudada do lugar da Seara para o lugar em que se encontra hoje. A igreja foi mudada de lugar e alguns santos também, como a Sra. das Dores, o Sr. Crucificado, a Sra. da Guia e a Sra. do Rosário Passaram-se alguns anos e a imagem da Sra. do Rosário estava um pouco velha, por isso os homens resolveram guardá-la para mais tarde a queimarem. Passou algum tempo e os homens foram para a queimarem, mas ela estava como nova. Por isso resolveram chamar-lhe Sra. dos Milagres. Todos os anos, faz-se a festa da Sra. dos Milagres, no segundo domingo de Agosto.

uem vem de Barcelos para esta freguesia, pela estrada, passa por uma garganta entre o monte de S. Mamede e os outros que se elevam a nascente deste a que o povo chama Portela ou Penedo do Ladrão. Existe do lado esquerdo da estrada, um penedo que tem na parte superior um cavidade em que cabe à vontade um homem: é o Penedo do Ladrão. Dizem que era dali que o ladrão (não houve apenas um, mas uma dinastia que durou séculos) espreitava os viandantes, e mais tarde as diligências, à frente dos quais saia de arcabuz em punho para roubar. Conta a lenda, e a lenda é a história

rarmos que a camioneta viesse. Vínhamos dois a dois e o meu par era a Maria. Fomos numa camioneta pequena, que só levava os alunos dos Feitos. Em Vila Cova fizemos vários jogos. No final lanchámos. Eu gostei do pavilhão de Vila Cova porque ainda não tinha visto nenhum. Eu gostei de ir a Vila Cova. Nós ficámos em segundo lugar. Andreia Batista, 2º Ano, Feitos

romantizada, que o bandido, último da dinastia, foi morto por uma mulher. Ia ela de cesto à cabeça com o jantar para o seu homem quando, ao passar na Portela, lhe saiu o malfeitor. Tartamudeou que não levava objectos de valor; a única coisa que lhe podia dar era... e, poisando o cesto, ofereceu-lhe uma cabaça cheia de bom «vinho americano.» Enquanto o bandido punha à boca a cabaça, ela, armada de uma faca, cortou-lhe rapidamente a garganta e… foi de uma vez um ladrão. Trabalho colectivo do 4.º ano de Feitos

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Matemática & Tecnologia Q

uando me pediram para escrever para a revista “Casa das Linguagens”

sobre a tecnologia que nós usamos na sala de aula de Matemática, acedi de imediato sem pensar muito bem no que iria escrever. A realidade é que a Matemática é tão vasta e a tecnologia actual tão interdependente desta ciência, que não me parece de todo justo fazer uma distinção entre estes dois ramos. É sabido que anualmente são produzidos e demonstrados milhares de novos teoremas em Matemática e, se por um lado, a tecnologia permite o avanço da Matemática, por outro é a própria Matemática que permite o progresso da tecnologia. Ora, um país tão cheio de desigualdades, que atravessa grandes dificuldades a nível da estabilidade dos empregos, com empresas nacionais e internacionais a fecharem, com baixos salários, só poderá desenvolver-se se apostar na formação específica e técnica dos seus cidadãos e, paralelamente, nas infra-estruturas e nas novas tecnologias. Quando falamos aqui em novas tecnologias da informação e comunicação, não queremos limitar o termo a novos computadores (mais avançados e com mais capacidades); mas queremos referir também outro tipo de ferramentas tecnológicas. Também a nossa

escola fez uma aposta neste sentido e por isso apresentou um projecto ao Concurso Ciência Viva VI para montar um laboratório de Matemática. Paralelamente a este projecto, o próprio Ministério da Educação tomou consciência da importância do sucesso a Matemática para a evolução do país e dos seus cidadãos e, por isso, desenvolveu um Plano de Acção para a Matemática, que apoia financeiramente todas as escolas do país (sendo a nossa Escola um desses casos) que apresentaram um plano de acção para melhorar os resultados a Matemática. Com estes dois apoios, a nossa escola já adquiriu e irá ainda adquirir muito material tecnológico, desde computadores, máquinas de calcular gráficas, detector de movimento, sensores de recolha de dados como luz, temperatura, movimento ultra sónico com ligação às calculadoras gráficas, softwares de geometria dinâmica, entre outros. Mas não basta a escola adquirir este material é necessário, também, os professores terem formação na utilização destas novas tecnologias. É o que temos feito e vamos continuar a fazer, até porque nalguns anos de escolaridade este

material tecnológico é utilizado na leccionação de conteúdos programáticos como meio de apoio à aprendizagem dos alunos num processo que pressupõe a realização de experiências, formulação de conjecturas e verificação das hipóteses apresentadas, bem como apresentação e comunicação de conclusões. Seria bom que toda a comunidade educativa – professores, alunos e encarregados de educação – se envolvesse na aprendizagem significativa por parte dos nossos alunos. A escola e os docentes continuam a trabalhar para este grande objectivo. Para isso é importante que se dê tempo aos alunos para pensar, para compreender, para encontrar uma estratégia e mesmo para errar, devendo ser os próprios alunos a descobrirem os seus erros através da sua própria experiência. No entanto, não podemos descurar a necessidade dos alunos serem metódicos, persistentes e organizados. Cabe também à família o papel de estimular e ajudar a implementar estas competências. Cristina Alves, professora

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“Meia Psicóloga, Meia Professora” O

lá a todos os leitores! Possivelmente não sabem quem vos escreve; no entanto, digo-vos, com toda a certeza, que certamente já se cruzaram comigo nos corredores de uma escola ou mesmo em qualquer intervalo junto ao bar. Pois bem, chamo-me Renata Seabra e sou a psicóloga que actualmente trabalha no Agrupamento de Escolas de Vila Cova. Andando para trás no tempo, recordo que foi numa manhã solarenga de Setembro que tive o prazer de integrar essa grandiosa equipa que hoje representa, em muitos dias, a minha fonte de inspiração. Receosa com o que iria encontrar, fui graciosamente recebida pelos membros do Conselho Executivo, que fazendo uma breve apresentação e descrição do Agrupamento, de imediato me integraram na equipa que a seguir, e com muito orgulho, descrevo. Possivelmente já devem saber de quem falo, ainda não? Então vou ajudar, chama-se NAE (núcleo de apoios educativos) e é formado por dois grandes amigos, professores de apoio, Carla e Avelino, e duas brilhantes profissionais e também amigas, professoras do Ensino Especial, Maria João e Anunciação. 26

Gostaria de falar um pouco sobre cada um deles; no entanto, as linhas são poucas e existe, realmente, muito para contar. Assim, sugiro que fique para um outro artigo intitulado “As Aventuras do NAE”. Após todas as apresentações e conhecimento de casos existentes iniciei o meu trabalho, sempre consciente de todas as barreiras que se iriam colocar no meu caminho e a noção de que as teria de ultrapassar como se de uma prova de obstáculos se tratasse. Assim foi, os obstáculos foram surgindo e com o apoio de todos, porque o Agrupamento é uma equipa, as barreiras foram ultrapassadas para trás sem nenhuma ter sido derrubada. No que diz respeito às minhas funções, essas, são diversas e desenvolvidas sempre com o máximo de exigência, rigor e profissionalismo. Todas as semanas visito as cinco escolas do primeiro ciclo que constituem o Agrupamento de Escolas de Vila Cova e aí desempenho o meu papel, que muitas vezes é condicionado pelos espaços físicos onde se desenrola, não sendo nunca esquecido o sorriso nos lábios que todos os dias me acompanha, porque “afinal de contas faço aquilo de que

mais gosto...” De todas as funções destacam-se o atendimento individual a crianças ou pais, ou mesmo em grupo, caso tal se justifique. Todas as tarefas que se desenvolvem são baseadas em alguns objectivos que servem como linha orientadora do meu trabalho, tais como: combater e minimizar os números de absentismo e abandono escolar; incentivar uma estreita ligação entre a escola e os encarregados de educação, desenvolvendo para o efeito, acções de aconselhamento de acordo com as necessidades apresentadas ao longo do ano. Hoje, olho para trás e agradeço a todos os que me receberam de braços abertos e acreditaram no meu trabalho, pois nem sempre se torna fácil “viver” num ambiente onde existem alguns profissionais, descrentes do nosso papel. No entanto, sinto que o Agrupamento de Vila Cova acreditou nos meus objectivos e na minha função e por isso, actualmente, fazem-me sentir “Meia Psicóloga, Meia Professora...” Renata Seabra de Sousa


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Sou aquela que sobrevoa o teu jardim

4 De Fevereiro de 2007

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ou aquela que sobrevoa o teu jardim, quando jogas à bola. Tu já me viste muitas vezes…Chamome Dora. Tenho o ninho no telhado da tua chaminé; por isso é que me chamam andorinha das chaminés. O motivo pelo qual te escrevo esta carta é problemático e vai dar muito que pensar no futuro. Escrevo, porque não é possível calar mais, o estado insuportável em que se encontra o ambiente em que vivemos. A Natureza, não deve ser estragada e ferida pela distracção e a ambição. Estamos a ser devorados por uma grande desgraça dos tempos modernos: a poluição. Esta tem muitos rostos, cada qual o mais horrível; muitas garras, cada qual a mais selvagem. O homem deveria ser amigo da Natureza, não se cegando pela ambição de riqueza e de progresso. Escrevo-te a ti, jovem porque acredito que possas fazer algo. Porque queres bem ao mundo que nos cerca, porque o respeitas e reconheces tudo de bom que a Natureza nos dá. Porque os teus pais amam a Natureza, têm consciência da sua importância para a vida humana e conduziram-te pelo caminho do respeito,

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pelo comportamento afectuosa com as plantas e os animais. O teu pai é biólogo e viu peixes mortos em rios poluídos, aves mortas que comeram tampas de garrafas de plástico juntamente com peixes, aves presas no petróleo das marés negras. O teu pai viu muito por esse mundo fora nas suas expedições, tal como eu nas minhas viagens migratórias. A tua mãe é educadora de crianças e dos seus pais indirectamente, ensinou-te a reciclar. A responsabilidade maior é dos Governos. Mas iniciar projectos para garantir saúde e vida digna a todos quanto vivem neste planeta, é difícil. Já assinaram protocolos e muitas convenções. Já incluíram nos currículos escolares, textos adequadas às crianças sobre educação ambiental. Mas tanto há a fazer…Os teus pais como adultos responsáveis saberão o que fazer, protestar se for necessário. No Outono, voo para as terras de África. Todos os anos faço esta viagem, voo dia e noite até chegar ao destino. Nesta viagem, observo a natureza. Mas a natureza anda tão diferente! Hoje ainda me lembro de voar, por aquele céu infinito, repleto de

azul…Passar por aquelas cascatas. Era lá que saciava a minha sede. Naquela água límpida que reflectia as minhas penas pretas, a minha face avermelhada, tal como um espelho, o mais lindo espelho da natureza. Todas as viagens que faço são extraordinárias. São viagens longas e nós nunca paramos. A suavidade do nosso voo, solitário e silencioso, é uma canção para os meus ouvidos. Preciosa prenda da Natureza a liberdade mágica de voar. Mas nas minhas últimas viagens não gostei do que vi. O céu ficou negro; o sol já não possui aquela energia com que me aquecia dantes, as nuvens minhas companheiras choram desoladamente, estão cheias de gases tóxicos. Esses gases que saem dos tubos de escapes dos automóveis, sobem no ar, misturam-se com as gotículas de água das nuvens, formam um ácido dando origem a chuvas ácidas que queimam plantas. As nuvens bem querem sorrir mas não conseguem Abateu-se uma grande tristeza sobre elas, tal como se abateu sobre mim, ao ver um céu tão poluído Mas o ambiente está a ser agredido de outras formas. São milhões de


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espécies vegetais e animais, terrestres e aquáticas em perigo. Os meus amigos pássaros não me deixam mentir, a natureza está ameaçada pelo descuido, pelo fogo, pela ambição, pelas florestas que desaparecem cada dia que passa deitadas abaixo. A terra está cada vez mais quente devido aos gases tóxicos que criam o efeito estufa. Este desencadeia secas, inundações, ciclones e furacões. Isto assusta-me muito. Nesta última viagem tive conhecimento de uma catástrofe com as andorinhas azuis, devido aos furacões nos EUA, que sacrificou 90% das andorinhas migratórias. A notícia é mais do que triste. É terrível! As que não morreram directamente atingidas pelos furacões, ficaram feridas e não conseguiram completar a migração. Ora isto afecta todo o equilíbrio da natureza porque para além da espécie correr risco de extinção, as andorinhas controlam o número de insectos, já que comem dois mil por dia. Nós praticamos um controlo biológico de pragas, pois devoramos estes insectos. Este equilíbrio ecológico feito pelas andorinhas faz baixar drasticamente o número de

insectos vivos, evitando o perigoso crescimento de larvas e lagartas. Não só o céu sofre alterações com a poluição. Todos os Outonos atravesso o deserto do Saara para atingir as zonas húmidas do Egipto. Onde passo o Inverno. Nesta travessia aérea algumas andorinhas morrem. O deserto tem aumentado e invade as terras que antes tinham lindas árvores onde pousávamos a descansar. Agora, muitas andorinhas morrem de cansaço, também porque perderam a capacidade de voo causada pela poluição atmosférica Para alem disso o petróleo invadiu o Mar Mediterrâneo. Isto Abala-me muito! Nesta ultima viagem, uma das minhas companheiras… a Nife… fez um voo raso junto ao mar e acabou por ficar presa no petróleo. Desde ai, o bando ficou triste. Depois seguiu-se a Jeny, que foi vítima de cansaço… e como no alto mar não se podia parar, ela acabou por cair. Muitas mais companheiras minhas morreram durante a viagem. Fiquei desesperada, perdi-me das outras parceiras que restavam. Sozinha, chorei de medo, de raiva, de sede e

cansaço. As nuvens que me acompanhavam não me conseguiram consolar, apenas me guiaram rumo ao sul Enquanto estiver longe, cuida do ambiente, avisa as pessoas, alertaas para a necessidade de manter a terra viva e a vida na terra. Mando esta carta pelo amigo pombo -correio que faz a viagem oposta para levar as cartas das aves do sul para o norte. Encontrei-o numa das paragens que fez junto à Grande Pirâmide de Gizé no Egipto. Assim me despeço, em ti deposito a minha confiança para cuidares do nosso mundo. Se não voltar na Primavera é porque não sobrevivi. No céu das aves estarei a olhar por ti. Um abraço da tua amiga: Dora Ana Luisa, 6º ano

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Indisciplina na Escola

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oje em dia um grande número de pessoas (professores, pais, alunos) expressa uma grande preocupação com a indisciplina na escola, questão que se prende inclusivamente com a segurança pessoal, que algumas pessoas sentem ameaçada. A indisciplina é causada por múltiplos factores que não é possível abordar neste curto espaço. Limitar-me-ei por isso a realçar dois aspectos que me parecem particularmente importantes para explicar os níveis actuais de indisciplina e que dificultam a sua prevenção: (1) Prolongada permanência no sistema educativo de alunos com rendimento escolar muito baixo, cujos objectivos se apresentam fortemente desfasados dos objectivos curriculares. Nestes alunos, ao baixo rendimento associam-se com frequência problemas de comportamento mais ou menos complexos, com um considerável potencial perturbador do funcionamento das aulas; (2) Os professores na sua esmagadora maioria, continuam a não receber, na

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sua formação inicial, qualquer tipo de preparação na área da organização e gestão de sala de aula, o que significa que, mau grado a radical alteração do tipo de alunos que chega ao 3º ciclo do ensino básico, as respostas dos professores se mantêm basicamente idênticas. Tal facto repercute-se não só no aumento de comportamentos de indisciplina como na perturbação das aprendizagens, dado que estas se tornam virtualmente impossíveis sem que haja um mínimo de ordem. As dificuldades de manutenção de um ambiente de aprendizagem organizado e estimulante, reflecte-se ainda no desgaste dos professores, dos alunos e da sua relação, produzindo-se um ciclo vicioso com reflexos generalizadamente negativos (nas aprendizagens, nos comportamentos, etc.). As perspectivas de diminuição da indisciplina não são seguramente as melhores, uma vez que a sociedade portuguesa não está certamente disposta a abordar o problema de frente. E com isto quero muito simplesmente dizer que deveriam ser criadas vias al-

ternativas de ensino a partir do 7º ano de escolaridade, com níveis diferenciados de dificuldade e com objectivos igualmente diferenciados. Com isso se diminuiria (não acabaria, evidentemente mas diminuiria) o abandono escolar e os maus comportamentos nas salas de aulas, que são sobretudo obra de alunos completamente desinteressados do currículo escolar porque são incapazes de o acompanhar. Por outro lado, o regime disciplinar deveria ser completamente desburocratizado e as sanções suficientemente eficazes para que os alunos não se sentissem tentados a repetir os actos indisciplinados. Infelizmente não é de prever que num futuro próximo o país, como um todo, queira verdadeiramente enfrentar o problema. Enquanto tal, os que menos querem enfrentá-lo continuarão a ser as suas principais vítimas. João A. Lopes Universidade do Minho


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Entrevista à professora Marisa Lopes Como surgiu a ideia da semana da alimentação? A ideia da semana da alimentação surgiu, porque a escola achou que um dia só seria pouco para alertar os alunos e sensibilizálos para uma alimentação saudável. Então, preparamos uma semana com actividades de reforço da mensagem, tentando passar a ideia da importância sobre a alimentação saudável, não só para os alunos mas também para as famílias.

Sabemos que fizeram várias ementas, em que consistiram? As ementas foram especificamente pensadas de acordo com as tradições gastronómicas de vários países da Europa – Portugal, Espanha, França, Itália e Inglaterra. Consistiam, então, numa entrada, num prato e numa sobremesa típica desses países; porque no fundo a Escola pertence à Europa e também pretendemos divulgar as culturas, nomeadamente dos hábitos gastronómicos europeus e achamos assim que era uma forma interessante de o fazer.

Como conseguiram os alimentos para esta semana? Em primeiro lugar a escola pediu a empresas, a alunos, a professores e a funcionários que contribuíssem principalmente para o pequeno-almoço durante toda essa semana, com ingredientes variados e de acesso gratuito. Apesar de toda a generosidade dos vários intervenientes, não conseguimos os apoios necessários para suportar todos os gastos e escola assumiu as despesas.

Realizaram algum estudo acerca dos hábitos alimentares dos alunos? A escola elaborou alguns instrumentos de pesquisa, entrevistas, questionários e em articulação com os directores de turma conseguimos ter uma perspectiva mais global acerca dos hábitos de estudo dos alunos da escola.

Pensa que estas iniciativas têm o resultado esperado ou são actos meramente isolados? A escola pretende que não sejam actos isolados, por isso é que se decidiu este ano fazer uma semana dedicada a esta temática. Ao longo do ano será reforçada a mensagem de “alimentação saudável” com várias iniciativas de pesquisa de informação, trabalhos de grupo, porque é de extrema importância que alunos e famílias tomem consciência da importância da alimentação nas nossas vidas. Entrevista realizada pelo “Clube Casa das Linguagens”.

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Importância do pequeno – almoço

Cábula do Consumidor

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o dia 16 de Outubro foi comemorado na nossa escola o Dia Mundial da Alimentação, tendo sido incumbida de organizar a efeméride a turma C do 8.º ano de escolaridade. Para o efeito, os alunos desta turma fizeram, em nome da escola, um convite turma a turma para que todos participassem num pequeno – almoço cuja ementa era muito variada, para servir os objectivos educativos da iniciativa – sensibilizar todos para a necessidade de alterar os hábitos do tradicional pequeno – almoço, tornando-o numa refeição mais rica do ponto de vista nutritivo, isto é, mais variado, mais substancial e mais equilibrado. O pequeno – almoço saudável teve uma grande participação e, no fim, foi solicitado a todos o preenchimento de um inquérito relativo à actividade. Numa fase posterior, os inquéritos foram trabalhados estatisticamente pela turma organizadora, cujos resultados passamos a publicar: 1.Todos os alunos consideram que o pequeno - almoço é uma refeição muito importante, uns porque é a primeira refeição do dia que se segue ao maior período sem comer (noite), outros porque consideram que é importante, ao iniciar o dia, dotar o organismo de energias necessárias para a actividade diária. 2. A grande maioria toma o pequeno – almoço diariamente, consistindo este num copo de leite, torradas, bolachas, pão com fiambre, com queijo ou com manteiga e leite com cereais. Uma minoria refere que consome iogurte e fruta. Por sua vez, um número muito reduzido de alunos escreveu que não toma todos os dias, uns por não terem apetite, outros por não terem tempo. 3. Relativamente à refeição que a escola proporcionou, verifica-se que a maioria dos alunos tomou leite com cereais e ou chocolate, leite e pão com fiambre queijo, doce ou com manteiga, bolo, croissant, um copo de sumo e alguns consumiram iogurte. Infelizmente, apenas um reduzido número de alunos comeu fruta, que era variada e estava distribuída abundantemente. 4. No que respeita à avaliação da iniciativa, a grande maioria dos alunos considerou-a boa (nível 4) ou muito boa (nível 5), porque, por um lado, representou uma excelente campanha de sensibilização para a importância do pequeno – almoço e, por outro lado, a actividade estava muito bem organizada. Contudo, alguns classificaram-na apenas de suficiente (nível 3), porque segundo uns a refeição incluía alguns alimentos pouco saudáveis – doces, bolos, chocolate,… - outros consideraram que comeram muito pouco e houve, ainda, alguém que referiu que não estavam presentes todos os alimentos. Isabel Venda, Professora responsável pelo 8C

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objectivo é ajudar a lembrar algumas regras importantes para comprar e utilizar adequadamente os alimentos. 1.Nas lojas, estou atento ao local onde os alimentos estão guardados e expostos. 2.Os congeladores e frigoríficos parecem estar a funcionar bem. 3.A loja está limpa e arrumada. 4.Quando tenho alguma dúvida, pergunto. 5.Observo sempre os rótulos dos produtos. 6.Confirmo sempre o prazo de validade ou durabilidade. 7.Leio a lista de ingredientes, quando se trata de um produto que não conheço. 8.Comparo as diferentes marcas para saber a que mais me convém. 9.Transporto os alimentos que necessitam de frio num saco especial. 10.Respeito as indicações do rótulo que dizem respeito às regras de conservação. 11.Em casa, o frigorífico funciona bem. 12.Lavo as mãos antes de tocar nos alimentos. 8ºC


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Dia Mundial da Alimentação N

o início do mês de Outubro, numa das conversas matinais, falou-se sobre a importância do pequeno-almoço, servindo este tema de mote para o dia que estava próximo – o Dia Mundial da Alimentação (16 de Outubro) – e que se prolongou por mais de duas semanas. A partir desta conversa outras foram surgindo, relativamente à importância de uma alimentação variada e equilibrada, para um crescimento saudável do nosso corpo. Como nesta faixa etária a aprendizagem se faz mais facilmente concretizando, e em que os 5 sentidos estão sempre alerta, a partir da Roda dos Alimentos, realizámos uma série de actividades em que as várias áreas das orientações curriculares se cruzaram. Aproveitando os boiões do “essencial” da Compal, as crianças encheram-nos, por camadas, de leguminosas (que crescem nas vagens – vários tipos de feijão, grão de bico e lentilhas) e alguns cereais (que crescem nas espigas – milho e arroz). Com estes materiais fizeram também colagem nas tampas. Depois de ter sido “identificado” com um cartão do Dia Mundial da Alimentação, as crianças levaram-no para casa, juntamente com dois folhetos de informações sobre o assunto. Desta forma explorámos a Roda dos Alimentos, reaproveitámos material, as crianças fizeram escolhas, adqui-

riram novos conceitos e novos vocábulos e o Jardim de Infância interagiu com a família. Ainda com estes materiais fizemos alguns trabalhos de decoração para a sala: Em círculos de cartão, as crianças colaram leguminosas e cereais. Depois recortando três copos de cores diferentes, à escolha da criança, formaram as pétalas daquilo que se transformou numa flor. Desta forma trabalharam cor, forma e a motricidade fina (colagem e recorte). Com o que sobrou das leguminosas e dos cereais fizeram ainda “molduras” em rectângulos de cartolina, onde estavam escritas algumas dicas sobre a alimentação saudável, que depois foram colocados em lugar visível, de forma a poderem ser lidas por quem nos visita. Tal como no ano passado, também este ano recebemos material didáctico, enviado pela Lactogal, para que o distribuíssemos pelas crianças e organizássemos a Festa do Leite. Juntamente com este material veio também um DVD, com um filme que agradou bastante às crianças – “O castelo de Fredenstein” - do qual foram feitas cópias para todas as crianças, para que o pudessem ver em casa com os seus pais. Depois de conversarmos sobre a importância da ingestão do leite (e dos alimentos em que ele é utilizado – lacticínios) para a calci-

ficação dos ossos e dos dentes, e de termos distribuído o material enviado, fizemos um “jogo de matemática” para a distribuição dos DVDs. O número de caixas dos DVDs correspondia ao número de crianças e tinham cinco cores diferentes. Alguns conjuntos de cores tinham números de caixas diferentes, que foram anteriormente contados. Depois de as termos organizado por conjuntos de cores, cada criança escolheu uma das cinco cores e foi formando fila atrás de cada conjunto. As crianças mais velhas tiveram prioridade na escolha e conforme as mais novas iam escolhendo, iam sendo alertadas, pelas mais crescidas, para que naquele conjunto só tinha um “x” número de DVDs e que já havia “y” crianças na fila, por isso seria melhor escolher outra fila. As crianças mais novas nem sempre percebiam esta explicação e insistiam em ficar na fila da cor que escolhiam inicialmente, o que originou que só no final percebessem que teriam de escolher outra cor, se queriam levar um DVD consigo. Esta “decisão” foi tomada pacificamente pelas crianças mais novas, mas não evitou alguns comentários das mais velhas: “Eu já te tinha dito que era melhor escolheres outra cor”. Após escolherem a cor da caixa do DVD, escolheram também um balão num jogo que tinha como regra não poder ser da mesma cor da caixa. Fizemos também uma Salada de Fruta, com frutas que as crianças trouxeram

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de casa, depois de terem ilustrado um pedido aos pais para “participarem” também nesta actividade. Agrupámos as várias frutas em conjuntos de frutas iguais para sabermos quantas frutas diferentes tínhamos e qual o conjunto com maior número. (Recebemos também pêssego e ananás enlatados.) Fizemos uma salada de fruta com abacaxi (que trazia uma etiqueta dizendo que veio da Costa Rica, país que procuramos e assinalamos no Mapa Mundi, que está afixado na sala), papaia, maracujá, romã, pêra, maçã, banana, pêssego, uvas, pêra abacate, manga, ameixa, kiwi e laranja. A salada foi preparada com a ajuda das crianças e comida com grande vontade. Durante a preparação as crianças sentiram a textura das várias cascas, o cheiro e o sabor das várias frutas. No dia seguinte uma das crianças trouxe um ananás dos Açores (um motivo para falarmos de ilhas e para mais uma pesquisa no mapa). Guardámo-lo para comermos posteriormente com uma papaia, uma manga e uma pêra abacate, que sobraram da salada e que decidimos comer, separadamente, mais tarde. Depois de dias consecutivos de chuva, chegou um lindo dia de sol. Uma das professoras do 1º Ciclo tinha dois cocos, aos quais juntámos as nossas frutas e, num grande grupo, com todas as crianças da escola, improvisámos uma “Festa do Sol”, comendo alguns “frutos tropicais”. Mais tarde fizemos um registo desta actividade e as crianças listaram algu34

mas das aprendizagens feitas: “O que aprendemos: A lavar a fruta antes de a descascar, ou de a comer com a casca; A cortar a fruta aos bocadinhos; Que a fruta tem um açúcar especial que faz bem à saúde; Que a fruta tem vitaminas que nos protegem das doenças; Que algumas frutas têm casca rugosa e outras têm casca lisa; Que há frutas com diferentes cores, diferentes cheiros e sabores; Que a fruta se pode comer ao natural, ou depois de ser enlatada; Que há fruta que nasce no quintal da nossa casa e outra que nasce em países que têm muito sol e que se chama fruta tropical; Que há fruta que tem caroço e outra que tem pevides; Que há sementes que não se comem e outras que se podem comer – como, por exemplo, o maracujá e a romã.” As sementes que guardámos de alguns frutos foram postas a secar para serem semeadas mais tarde. Tal como a alimentação deve ser, as actividades à volta ou resultantes deste tema revelaram-se variadas e enriquecedoras. No Jardim de Infância, todos os momentos que envolvem a realização de uma actividade, planificada no PAA ou não, são momentos de significativa aprendizagem para as crianças desta faixa etária, em que as várias Áreas e Domínios da Orientações Curriculares se cruzam e relacionam entre si.

JI Vilar do Monte


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Dia Mundial da Alimentação H

oje, dia 16 de Outubro, comemora-se o Dia Mundial da Alimentação. Esta comemoração teve início em 1981 para lembrar que devemos ingerir sempre comida saudável. Todos os dia devemos tomar o pequeno-almoço e não devemos estar mais do que três horas sem comer. Devemos fazer uma alimentação equilibrada comendo de todos os alimentos que fazem parte da Roda dos Alimentos. Texto colectivo dos alunos da Turma AP do 2º ano

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A sexualidade A

sexualidade é o conhecimento das transformações do corpo (órgãos reprodutores) e psicológicas (sentimentos). A sexualidade é um assunto que deve ser debatido em primeiro lugar com o seio da família, porque existe maior à vontade para debater esse assunto. No geral este tema (sexualidade) não é debatido em família: - Falta de comunicação entre pais e filhos; - Receio de não compreender as transformações que se dão na adolescência; - Tradição familiar em relação ao tema (tabu); - Evitar o debate porque não estão preparados para debater esse assunto.

A sexualidade na escola •Eles Os rapazes consideram que conversam apenas em grupo restritos do mesmo sexo e no qual discutem e avaliam a atracção física das raparigas. No aspecto afectivo valorizam geralmente a simpatia e o dialogo leve ( assuntos não muito importantes)

•Elas As raparigas consideram que conversam apenas em grupos restritos e no qual avaliam a atracção física e os afectos relacionados com os valores morais entre elas discutem assuntos relacionados com os sentimentos e problemas relacionados com as alterações físicas.

Elaborado pela turma do 9ºC, em Área de Projecto com a colaboração do professor Luis Amorim

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A chuva cai ordeiramente Sobre as árvores verdejantes. As nuvens passeiam lá em cima Apreciando as planícies elegantes. A vida corre normalmente O arco-íris é colorido As pedras cobrem a paisagem E o vento fica confundido. José Luís, 6º ano

O roçar dos tambores Volto ao dó sustenido. Em vez do “rufar dos tambores”, Escolho o roçar dos tambores. Deixei-te tocar. Sublinhei os sons de doce harpa com o roçar dos tambores, Sons de indígenas, de verdes florestas virgens. Queimei a minha dor de encontro à tua. Esperei a anestesia no meu corpo Com o teu aroma doce. Em vão… Ardeu mais esse fogo.

Desmaterealizar

A vida calma Pés assentes no chão Cabeça erguida E vistosa The crow Não! Gabiru Voar como ele Como ele viajar Tirar os pés do Chão E voar Levar a alma Onde quiser Levar a cabeça onde puder E voar Voar até cansar Voar mesmo que não possa É livrar-me Deste chão Que me prende Até ficar apegado Aqui no chão Pedro Ribeiro, 7º ano

Aires Vaz, professor

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O Magusto na Escola O

magusto da minha escola foi no dia 10 de Novembro. Para o Magusto, os meninos trouxeram algumas castanhas cortadas e um pacote de sumo. As auxiliares foram à padaria assar as castanhas. Quando as castanhas ficaram bem assadas, as senhoras auxiliares meteramnas num saco de papel e trouxeram-nas para a escola. Os alunos do jardim fizeram o magusto connosco. Eles fizeram uma surpresa aos alunos do 1º ciclo. Cantaram canções bonitas sobre o Outono e o magusto. Depois, fomos comer as castanhas e beber o sumo e, no fim, as senhoras professoras e os meninos fizeram uma fogueira e nós cantámos à volta dela. E lá se fez o magusto na sextafeira à tarde num maravilhoso dia de sol e calor. Catarina Queirós 3º ano, BP

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o mês de Novembro, o dia de S. Martinho foi comemorado com a elaboração de quadras originais pelos alunos dos 5º e 6º anos, tendo estado expostas durante dez dias na Biblioteca. Deixamovos com alguns exemplos de criatividade dos nossos alunos e vossos colegas.

A escaldar, a escaldar, Pela tardinha Sobre o ar Lá vai castanhinha. (Tânia, 6ºA)

Pelo nosso S. Martinho, Castanhas hei-de comer, Mas não posso beber vinho, Senão não te consigo ver. (5ºB)

As castanhas a assar, As crianças a ouvir estalar, Brincam com alegria, Todos em euforia. (Ana Margarida, 5ºA)

Quem não tem dentes Dentadura tem a pôr, Para comer as castanhas E mastigá-las sem dor. (Lucie, 6ºB)

O dia de S. Martinho É um dia de alegria As pessoas saem à rua É uma romaria. (João, 6ºC)

As castanhas a assar, Os meninos a brincar Um ventinho a soprar Hoje é dia de festejar. (Cristiana, 5ºC)

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Um dia diferente No dia 17 Março realizou-se um passeio de BTT.

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pesar de ser sábado e estarmos em pleno fim-de-semana, às 7h.30m da manhã, 6 rapazes, uma rapariga (eu), e o professor Eduardo Pilar encontramo-nos junto à escola, equipados e com as nossas bicicletas prontas para pedalar. Levámos duas carrinhas, numa íamos nós, alunos, e na outra iam as nossas bicicletas. Foi uma viagem divertidíssima, pois a malta ia muito animada. Chegámos ao Gerês por volta das 9h30m. Esperámos até que todos chegassem, pois iam alunos de várias escolas: Manhente, Guimarães, Esposende, entre outras. Quando a malta estava toda reunida montamos as bicicletas, e lá fomos nós, a percorrer a Geira Romana.. Foi um passeio maravilhoso e a paisagem do Gerês também era lindíssima. Após pedalarmos 12km, parámos para recarregar energias, com um lanche bem recheado. No fim voltamos para trás, para junto do Parque de Campismo da Cerdeira, S. João do Campo. Chegados ao parque de campismo, fomos dar uma banhoca e de seguida almoçámos. Ao fim do almoço, estivemos à conversa com os alunos das outras escolas e até fizemos novos amigos.

Carlos Faria O

aluno Carlos Faria participou nas provas nacionais de BTT, realizadas no dia 4 de Março, em Castro Marim e no dia 29 de Abril, em Avis. Carlos Faria, no terceiro ano de participação nos campeonatos nacionais da modalidade, luta para ficar entre os 10 melhores de Portugal. 42

Sónia do Vale, 9º ano


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Obrigada escola!, adorei... C

oloquei o pé direito para além dos portões, abri os olhos e estava em frente da minha “nova” escola. Era um mistério, pois eu vinha do estrangeiro e não conhecia ninguém, nem a própria escola. Ao princípio até o próprio edifício me parecia gigante, e eu, como era pequenina, frequentava o quinto ano, nunca largava os meus amiguinhos com o medo de me perder naquela imensidão. Mas passado algum tempo, já conhecia muito bem os cantos à casa. Com grande facilidade fiz novos amigos, e também me adaptei bem à matéria, pois os professores eram muito atenciosos, assim como os funcionários, que estão sempre prontos a ajudar. Passado alguns meses, já me sentia como em casa e rodeada de pessoas maravilhosas. Passei momentos muito bons aqui, cada dia cá vivido era como uma flor a nascer no meu jardim, e agora que olho para o meu jardim, vejo que está cheiinho de flores de todas as cores, pois, na realidade, este tempo foi muito colorido: ri muito, brinquei muito, fiz muitos amigos e, sobretudo, aprendi muito, sim!, não falo só

da matéria que aprendi, mas de como também me preparei para o futuro, pois esta escola recebeu-me como criança e vai deixar-me como uma adolescente bem formada, que já sabe os obstáculos que a vida tem e que nunca se deve desistir, mas sim ver os obstáculos como um desafio e vencêlos. E assim eu tenho a esperança que todos os problemas têm solução; nós muitas vezes é que só vemos a parte negativa e não olhamos para o positivo. Porém, também passei alguns momentos menos bons e que não gostei muito. Fiquei muito triste pelo facto de só ter pavilhão gimnodesportivo no segundo período deste ano, pois lembro-me muito bem que ainda eu andava no 5º ano já prometiam um pavilhão e ele nunca mais vinha. Mas esperei e agora apesar de usufruir pouco tempo dele, fico feliz por todos os meus colegas que cá ficam nesta escola, pois com o pavilhão esta escola fica ainda melhor do que já é. Simplesmente adorei andar nesta escola, e estes cinco anos de vida vão ficar para sempre no meu coração. Sónia do Vale, 9º ano

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Carta Gronelis, 100 de Dezembro de 4005 Caros, Terrestres

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ou, um Lecaco-marinho. Um animal bem intelectual, um ser demasiado esquisito para vocês me compreenderem. Gronelis, fica situado do lado oposto da Gronelândia, bem lá por baixo. Sei que não é muito bom estar a revelar isto, mas o aquecimento global, a poluição ambiental, assusta-me! Consigo Sobreviver, pois, aqui deste lado há uma quantidade certa de água e muita neve, muito gelo. Bem, gelo já não há muito e água já existe demais. Este problema já se arrasta há muito milhares de anos, e até agora, nada de melhoras! Decidi, por isto escrever esta carta, que irá correr todo o mundo. Por favor, ajudem-me! Um problema tão difícil de resolver. Aqui, no nosso mundo, o problema já está resolvido, e há muito, mas com vocês sempre a prejudicar o ambiente, ninguém consegue viver. Ficam já a saber que as medidas aqui tomadas foram rápidas e eficazes. Peço que quem ler esta carta, sejam vocês reis, rainhas, primeiros-ministros, pessoas sem nenhum cargo patriarcal, ou até mesmo simples pessoas sem casas, tentem melhorar o nosso querido “Planeta Azul”. Dou uma breve ajuda para saberem o que se pode fazer por melhorar este problema que nos une a todos, mas pelas piores razões: a gasolina não se obtém só através do petróleo, aqui, no nosso mundo, o milho, sim o milho, é uma excelente fonte para se fabricar combustível, ficávamos a

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ganhar, ficávamos sem aquela fumaçada toda lá da petrolíferas existentes nos oceanos e os agricultores ficavam a ganhar ainda mais. Aquelas centrais nucleares, só para se obter electricidade, são uma vergonha no vosso mundo. Aqui, a electricidade obtém-se através das barragens hidráulicas, das eólicas, dos painéis solares ou até através das marés, isto, coisas que no vosso mundo já não são nenhuma novidade, mas que para não variar ninguém no vosso país liga a tal coisa. A utilização dos veículos poluentes são altamente prejudiciais para o ambiente, e, sei que no meu mundo já vamos num ano avançado, mas também sei que no vosso mundo já existem carros que não prejudicam o ambiente, mas vocês claro que não podem investir nessa área, pois as petrolíferas, são a fonte de rendimento para alguns países milionários. Não podem investir se não onde é que os países milionários iam fazer as guerras? Porquê que eles iam fazer as guerras? Tudo isto é um jogo de interesses. Mas, se para vocês ainda não arranjei solução, sim, porque tudo o que eu disse custa dinheiro, não há problema; as lixeiras a céu aberto ou até aquele “constante” lixo no chão não passa de uma simples preguiça e desmazelo do ser humano em relação à limpeza do nosso habitat. Ou então os esgotos que são deposi-

tados nos rios indecentemente. Mas já que falamos da questão monetária há uma coisa muito engraçada, os sprays usados muitas das vezes usados para poluição visual, e sinceramente não são assim tão baratos. Ao serem usados, libertam substâncias que provocam o efeito estufa. Bombas nucleares, grandes explosões, muitas mortes, várias zangas. Nações ricas a atacarem outras, poluição por todos os lados nas guerras, e o que é que isso melhora? Nada! Incêndio aqui, incêndio ali, e assim vai o mundo. Incêndios muitas das vezes causados por o Homem, que gastam dinheiro em gasolina e provocam incêndios. E mais uma vez o que é que isso resolve? Nada! Tantas coisas, e poderia estar aqui muito mais tempo, mas como eu não quero tomar mais o vosso tempo, e claro, se já leram isto tudo até agora, já por isso são grandes pessoas, pois mostram muito interesse em salvarnos a todos. Mas mesmo para quem só leu o inicio e está a ler o fim, por favor, mesmo que no meu mundo não haja atmosfera, eu posso dizer que respiro o mesmo ar que todos vós, e mesmo sendo um animal selvagem, tenho coração, por isso por favor tentem salvar o nosso planeta.. Até sempre, O Lecaco Pedro Ribeiro, 7º ano


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As TIC na Escola:

papel fundamental do professor

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acentuada evolução das TIC e o aumento considerável da sua utilização no dia-a-dia tornam-nas recursos indispensáveis também na Escola. Para a geração que frequenta a Escola, geração de nativos digitais (Prensky), o contacto com as tecnologias é totalmente natural e espontâneo. No entanto, a forma como as crianças e os jovens interagem com os diversos suportes e linguagens reflecte-se nas dimensões cognitiva e sócio-afectiva da aprendizagem, pelo que os grandes desafios da utilização educativa das TIC são muito mais pedagógicos que tecnológicos. Actualmente, e além de aplicações, programas e sites lúdico-educativos, estão disponíveis recursos associados ao conceito de Web 2.0 – wiki, eportefólio, blogue, podcast, social bookmarking, entre outros – que permitem criar e publicar conteúdos na web e cujo aproveitamento educativo co-

meça a surgir. O professor, enquanto elemento chave do processo de ensino-aprendizagem, não pode alhear-se desta realidade, tem de saber usar e integrar TIC na sua prática pedagógica diária. Vários professores do agrupamento de Escolas de Vila Cova tiveram recentemente oportunidade de divulgar projectos, concluídos e em curso, e partilhar ideias relativas a esta problemática, o que revela o investimento dos professores desta zona geográfica na área da utilização educativa das TIC. A iniciativa, denominada I Jornada das TIC na Escola, decorreu no dia 2 de Dezembro de 2006, e vai-se repetindo noutros locais. Nesta I Jornada houve uma profícua troca de experiências entre professores, formadores e investigadores, nacionais e estrangeiros. Esta perspectiva de partilha de trabalho entre investigadores, cujo saber é predo-

minantemente teórico, e professores que, no dia-a-dia da Escola, o transformam em realidade junto dos seus alunos, parece-me muito positiva revelando-se um caminho acertado para a evolução do conhecimento sobre as TIC na Escola. Dizem sempre que o tempo muda as coisas, mas na realidade somos nós que temos de as mudar, diz Andy Warhol. No caso das TIC, o tempo encarrega-se de nos revelar o ritmo alucinante com que surgem no mercado novos e sofisticados recursos tecnológicos. A responsabilidade maior fica nas nossas mãos de professores: orientar a sua utilização para o desenvolvimento cognitivo e social dos alunos, o que nos exige mais formação e mais trabalho. Ser professor é ser um eterno aprendiz. Altina Ramos Universidade do Minho

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I Jornadas de Tecnologias de Informação e Comunicação na Escola C

Investigação na Escola Básica Integrada de Vila Cova

USCSqueak

“Durante à I Jornada das TIC na Escola, celebrada no Agrupamento de Escolas de Vila Cova o 21 de Dezembro de 2006, apresentei um trabalho relacionado com um processo de colaboração sobre e com TIC na escola. Este processo enquadra-se dentro de dois projectos diferentes, mas com muito em comum: a minha coordenação, as TIC e a escola. Por um lado, o projecto da minha tese de doutoramento, com um estudo de caso do Agrupamento de Escolas de Vila Cova, como um exemplo susceptível de aportar informação relevante sobre os factores de tipo organizativo, profissional e curricular que influem na integração das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) na escola. E pelo outro, um projecto de pesquisa, denominado FormAI

onsideramos que o encontro resulto moi interesante porque soubo facer encontrar nun mesmo punto tanto as aportacións dende o mundo da práctica como dende o que normalmente é máis teórico, a universidade. Penso que este tipo de experiencias implican unha achega necesaria: no noso entorno é moi frecuente que haxa una gran distancia entre a universidade e a escola. Por outra banda, para o público asistente, atopar experiencias reais certamente innovadoras axudan con claridade ao interés por iniciar nos seus propios contextos novas iniciativas que podas tomar referentes e axuda no desenvolvemento da xornada.

Dende o Departamento de Didáctica e Organización Escolar da USC, levamos varios anos traballando na investigación das posibilidades que ofrece o software educativo Squeak. Na presentación que fixemos o pasado Decembro en Vila Cova, Barcelos, fixemos un pequeño recorrido polos antecendentes e o marco teórico de traballo que se precisa para unha primeira achega. A partires deste marco, fixemos unha breve descripción dos traballos que estamos a desenvolver: traducción do software, xeneración de propostas de traballo, investigacions, incorporación na formación do alumnado de Ciencias da Educación, comunicacións, etc. Como punto de referencia da nosa labor, puxemos un marcha un portal denominado “USCSqueak” que se pode visitar en http://squeak.usc.es/uscsqueak

Fernando Fraga Universidade de Santiago de Compostela

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(Formação docente para actuar em Ambiente Informáticos de aprendizagem), entre várias escolas de Espanha, de Brasil e o Agrupamento de Escolas de Vila Cova, em Portugal, para o intercâmbio de ideias e propostas metodológicas de actividades entre alunos, através da internet, utilizando ferramentas de comunicação, como o e-mail e o fórum de discussão. Para isto criou-se a página web do projecto (www.formai. tk), como ponto de encontro entre os professores e dos seus alunos, para a interacção e o intercâmbio de experiências e informação. Este projecto foi galardoado com o primeiro

prémio do II Certamen CampusRed 2004 de Investigación y Docencia en la Red (www.campusred.net/Certamen/ganadores2.asp). No estudo de caso levou-se a cabo uma investigação de tipo qualitativo, através da observação, questionários, entrevistas semi-estructuradas e análise de documentos e materiais multimédia, estudando essa integração tecnológico-educativa e os impactos gerados pelo uso destes recursos. Neste processo, a modo de investigação-acção, levaram-se a cabo tarefas de recolha e análise de dados em conjunto, num processo colaborativo de professores e investigadora. Todo

o processo foi estruturado através de encontros presenciais, com reuniões periódicas, e também virtuais através de Internet com comunicação por correio electrónico e utilizando o fórum da página web do projecto, primeiro, e a plataforma para grupos de trabalho Intercampus do CampusRed (www.campusred.net/intercmapus), depois. Pilar Vidal, Investigadora espanhola a ralizar pós-doutoramento na Universidade do Minho

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O menino da bicicleta H

avia um rapaz que tinha duas bicicletas, uma sem um pneu e outra toda partida. Um dia o meu pai viu o rapaz na bicicleta partida, que pouco andava, e quando chegou a casa disse-me assim: - Inês, não queres dar a tua bicicleta a um rapaz, que mora ali à frente numa barraca? – Contou-me as condições em que o rapaz vivia. – Já que tens duas! Então, no dia seguinte, o meu pai e eu enchemos os pneus, pusemos óleo na corrente, arranjamos os travões, as mudanças, estivemos até quase a pensar em pintá-la (tudo feito no domingo). Passado um dia o meu pai levou a bicicleta à barraca e disse à mãe do rapaz: - Se quiser ou precisar de alguma coisa, avise. A senhora agradeceu. No dia seguinte o rapaz passou pelo meu pai e perguntou: -Foi o senhor que me deu a bicicleta? -Fui eu sim. -Obrigado. (Conclusão: não é por uma bicicleta que vou deixar de andar, afinal tinha duas.) Inês Faria 4º ano DP

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Menino da Rua Por vielas e por ruas Vagueias de mãos nuas Levas do passado ternura Trazes no coração amargura Caminhas pela cidade Em busca de pão e calor Alguém te descobre e com amor Ameniza a tua dor Cambaleando voltas a ti P’ro teu abrigo de jornal Sarcasticamente ris do mal Que a vida fez de ti Em silêncio, choras teu fado Ris-te da vida e da morte… Gritas ao Mundo, que surdo Não ouve teu lamento. Anabela Braga, professora

Acordes de silêncio Se as palavras podem ser harmónicas, Se o silêncio pode ter palavras, Se o silêncio pode ser música… Um caminho para começar, Sem saber onde se quer chegar. Apenas ir onde a vontade me conduzir. Sem orientação… nem obrigação. Apenas começar. Aires Vaz, professor

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Inclusão de crianças e jovens excepcionais no ensino regular A

inclusão de crianças e jovens excepcionais no sistema de ensino regular lança um desafio a toda a comunidade educativa. As crianças portadoras de deficiência seja ela mental, motora ou sensorial, intervencionadas precocemente em meios com padrões de referência ditos “normais”, expostas aos estímulos do grupo de pares e a rotinas funcionais adquirem competências cognitivas, motoras, afectivas e sociais de forma mais rápida e consistente O papel da escola é, por isso, fulcral no desenvolvimento destas crianças. Cabe aos Professores a nobre tarefa de promover o sucesso dos seus alunos gerindo espaços, saberes e materiais que minimizem as limitações e as transformem num percurso de desenvolvimento integrador e funcional respeitando o direito à diferença que afinal faz de todos nós seres únicos. Integrar “ diferenças” neste mundo padronizado permite-nos descobrir, em nós, capacidades que julgávamos não ter, ultrapassar metas que nunca ousamos alcançar, partilhar histórias de vida que, tantas vezes, sublimam as nossas dificuldades. Este desafio permite às comunidades educativas a procura e descoberta de novos caminhos, novos saberes, a integração de estratégias inovadoras, uma prática reflectida e ajustada onde todos ganham. E, por vezes, no final do dia, regressando a casa cansados pelo burburinho da escola que ainda ecoa nos nossos ouvidos, descobrimos que um grande sorriso chegou até nós transportado por uma cadeira de rodas! Maria João Quinta Núcleo dos Apoios Educativo

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Chegou a Primavera O

Jardim de Infância de Samo de Vila Cova neste ano lectivo 2006/07 tem 50 crianças inscritas e a frequentar. Estando bem situado, serve a população desta freguesia. Apesar de as instalações necessitarem urgentemente de obras, as crianças são assíduas e vêm alegremente para a escola pois a nível pedagógico não desanimamos e mantemos a boa disposição. Os pais participam activamente nas actividades previstas no Jardim de Infância, no dia do Pai vieram visitar os seus filhos e confraternizar. Entretanto a Primavera chegou e as crianças com alegria e, saudades de brincar no parque, logo que o bom tempo chegou começaram a apreciar as actividades ao ar livre. Aproveitando a criatividade das crianças elaboramos os placares que se podem ver nas fotografias. A Primavera é bonita mas as nossas crianças ainda o são mais. São elas que, mesmo com péssimas condições nas instalações fazem-nos descobrir a Primavera a cada dia que passa. Como diz a canção: “Primavera já chegou Toda a terra vai florir Todos os campos em flor Estão a abrir Olha os ninhos já com vida Olha os campos em flor Primavera é festa da cor. Jardim de Infância de Vila Cova

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RETRATO PÓSTUMO MIGUEL TORGA (1907/2007)

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omemora-se este ano o centenário do nascimento daquele que terá sido o maior poeta e prosador da Modernidade Lusíada. Eu experimento, ainda hoje, um orgulho e vaidade incontidos, por ter conhecido , pessoalmente, esse gigante das Letras Portuguesas. Estávamos em 1966 e eu acabava de iniciar a minha actividade académica em Coimbra. Após o almoço, descíamos à Baixa, mais concretamente , à Rua Ferreira Borges. Vezes inolvidáveis o grupo se cruzava com aquele vulto absorto, olhos no chão para dele haurir a força com que sempre se afirmou, rosto com gelhas precoces, fisionomia onde se advinha a sua origem granítica (Adolfo Rocha, era o seu nome). Estreitávamos então distância para lhe roçar o bafo como que se de o Salvador se tratasse! Contagiante! A simplicidade do seu traje e calçado (simplicidade franciscana no dizer do Profº Aníbal Pinto de Castro, professor na Faculdade de Letras, na altura) gabardina cinzento-claro (sempre a mesma), sapatos com solas altas a lembrar o fabrico artesanal, passo cadenciado, ligeiramente arrastado, não tanto pelo peso dos anos, outrossim pelo peso dum mundo que, de cedo, carreou—ei-lo caminhando… Agora passa o Arco de Almedina… mais

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à frente se detém para espreitadela furtiva às vitrinas da Livraria Almedina (furtiva, porque a poesia não dá pão e os clientes o esperam no consultório). Sempre... e sempre… num ritual bíblico até ao Largo da Portagem onde uma placa tão austera e rude como a sua fisionomia, ostentava—ADOLFO ROCHA—MÉDICO. A Medicina já nos tem habituado a voos de águia na Criação Literária! Júlio Dinis, Fernando Namora, Bernardo Santareno etc. etc... Contudo, não constituirá exagero afirmar-te, claro leitor, que não há cameraman dotado da mais sofisticada tecnologia que consiga arrancar à natureza telúrica aqueles quadros de humildade patética e de um dramatismo Sofocliano como aqueles que Torga nos transmitiu!! Já ouviste falar em «Novos Contos da Montanha»? Saboreia, então, um naco dessa prosa em contos como-«O Alma Grande»; «Mariana» ou «Natal».Verás como a afirmação atrás produzida é verdadeira! Para terminar, deixo-te com estas quadras do Poeta a que bem poderíamos chamar—SAGRES!... ou MIRADOURO do INFANTE ou , ainda, A TRANSFIGURAÇÃO DO MUNDO! Quadras históricas… geográficas… filosóficas, numa palavra, quadras Cosmogónicas!

Vinha de longe o mar... Vinha de longe dos confins do medo… Mas vinha azul e brando, a murmurar Aos ouvidos da terra um cósmico segredo E a terra ouvia, de perfil agudo A confidencial revelação Que iluminava tudo Que fora bruma na imaginação. Era o resto do mundo que faltava (Porque faltava mundo!) E o agudo perfil mais se aguçava, E o mar jurava cada vez mais fundo Sagres sagrou então a descoberta Por descobrir: As duas margens da certeza incerta Teriam de se unir! Une-te, também tu, à certeza da descoberta de um grande Poeta!!!

José Leitão, professor


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Gosto da minha terra… Gosto da minha terra, com seus campos verdejantes, também viveram cá romanos mas muito, muito tempo antes. A minha terra é Vila Cova e gosto de estar cá, temos ar puro e quem quiser o respirará. Minha terra é colorida tem campos e montes verdinhos onde gostam de estar os passarinhos. No fundo, gosto da minha terra porque foi nela que nasci e, com muito carinho, tenho sido criada aqui. Andreia Moreira 4º ano EBI Vila Cova

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Dia do Pai

Amigo e bonito Nobre, ele é Guarda prisional Especial Meigo e gentil, Amigo e amoroso, quem será? É Nobre, O meu papá! Único e inteligente Espectacular é o meu querido e Lindo, Lindo pai Jovem ele é Obediente também O meu pai chama-se José Sabem quem é? é um nome conhecido É o meu pai dentro de mim há fé obrigado por me teres recebido.

Eu tenho um amigo e quem será? Será o Luís? Não, é o meu papá!

O meu pai é aquele que me dá todo o amor e carinho. Que cuida de mim e me trata bem. Também que me leva a passear aos sítios que eu mais gosto. O meu pai é o melhor do Mundo, eu adoro o meu pai.

O meu pai é o meu melhor amigo, se eu fico doente ele não vai trabalhar, fica comigo. Ele dá-me tudo o que lhe peço, e o que me pode dar. Por vezes ralha-me, mas eu mereço, porque não estudo como deveria. Mas, ele é na mesma o melhor pai do mundo!

Pai, gosto muito de ti! És o meu melhor amigo. Sei que estás muito tempo fora, mas, também sei que é para manter o bem estar da família. Mas, mesmo que estejas fora, eu sei que estás sempre a pensar em mim. Eu, também estou sempre a pensar em ti.

Que linda é a lua cheia, porque brilha! Mas o que será ainda mais bonito? São os olhos e o coração do meu pai, meigos, lindos… Ele será sempre o meu pai, o melhor do mundo. Os alunos do 3.º ano da EBI de Vila Cova

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Dia da Mãe Ofereceste-me a melhor prenda, a vida… e por isso nunca serás esquecida. Ensinaste-me a conquistar a felicidade, e a nunca desistir de uma grande amizade. Sempre me deste amor, e encheste o meu mundo de cor. Para ti… meus braços estarão sempre abertos, prontos para te abraçar. Nunca… mas nunca te vou apagar Do meu pobre coração, Tua imagem estará sempre guardada, como uma boa recordação… Luisa Freixo, 7º ano

Quero que tenhas um dos dias mais felizes da tua vida.

Quando eu nasci foste mãe Sei que te trouxe muita alegria Ficaste com mais uma companhia Uma companhia que é tua mãe – Eu Mudaste-me as fraldas Ensinaste-me a andar Ensinaste-me a comer Ensinaste-me a falar A tua companhia cresceu Aprendeu a viver Aprendeu a agir Aprendeu a saber ouvir Aprendeu a ver se estás feliz ou infeliz Se tens o teu bonito sorriso na cara Estás feliz Se não o tens algo se passou… Estás infeliz Se tu estás infeliz Eu também estou O que eu quero voltar a ver é que Estás de novo feliz. Diana Miranda do Vale, 7º ano

Apesar das minhas negativas, tu tens-me apoiado ao máximo. Obrigado, MÃE, por tudo o que me fazes e tornarás a fazer.

Dou-te sempre alegria Neste dia que é teu Se alguém te contraria Certamente não serei eu.

És a melhor MÃE do Mundo. AMO-TE Joel Miranda

Mãe, és a rosa que tenho no meu jardim És a mais bela de todas. Nunca te esqueças de mim Como eu nunca me esqueço de ti. Um grande beijinho do teu filhote Fábio. Fábio Vale, 7º ano

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Ruído

O violino

Trabalho coordenado pela professora Ana Narciso

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s ruídos causados pelas fábricas, automóveis, motos, cidades, são também uma forma de poluição que danifica o sistema nervoso, causando graves doenças ao nosso aparelho auditivo. Não é fácil apresentar uma definição de ruído que possa considerar-se plenamente satisfatória. Assim, é corrente falar-se de ruído como um som que é indesejável para o auditor. O facto é que o ruído se tornou num dos principais factores de degradação da qualidade de vida das populações. Constitui um problema que tende a agravar-se, devido sobretudo, ao desenvolvimento desequilibro da urbanização, ao aumento significativo da mobilidade das populações e ao incremento da mecanização. Na nossa sociedade assistimos a um aumento gradual da perturbação auditiva, devido sobretudo ao ritmo acelerado da vida e à poluição sonora, por isso assistiu-se a uma evolução tecnológica, visando a correcção de determinadas anomalias no sistema auditivo. A Poluição pode ser definida como a introdução no meio ambiente de qualquer matéria ou energia que venha a alterar as propriedades físicas ou químicas ou biológicas desse meio, afectando, ou podendo afectar, por isso, a “saúde” das espécies animais ou vegetais que dependem ou tenham contacto com ele, ou que nele venham a provocar modificações físicoquímicas nas espécies minerais presentes. Ana Sofia 8ºA

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violino é um instrumento de quatro cordas, mi, lá, ré, sol - do naipe das Cordas Friccionadas, que seria corresponde ao Soprano da voz humana. O timbre do violino é agudo, brilhante e estridente, mas, dependendo do encordoamento utilizado, pode-se produzir timbres mais aveludados e mornos. Na orquestra, o líder do naipe de primeiros-violinos é chamado de spalla. Depois do maestro, ele é o comandante da orquestra. O spalla fica à esquerda do maestro, logo na primeira estante do naipe dos primeiros-violinos. O som geralmente é produzido pela acção de friccionar a crina de um arco de madeira sobre as cordas. Esticada na parte inferior do arco está a crina, que é feita de vários fios de crina de cavalo, ou de material sintético. A crina de cavalo dá uma maior qualidade ao som. Antes de tocar o instrumento, o violinista passa sobre a crina uma resina chamada Breu, que tem o efeito de produzir o atrito entre os fios da crina e as cordas, gerando o som. O som produzido pelas cordas é transmitido ao corpo oco do violino, denominado caixa de ressonância, pela alma, um cilindro de madeira que fica dentro do corpo do violino, mais ou menos embaixo do lado direito do cavalete. A alma liga, mecânica e acusticamente, o tampo superior ao inferior do violino, fazendo com que o som vibre por todo o seu corpo. O Violino requer muitos cuidados, já que é um instrumento “sensível” às variações de temperatura e humidade, além de ser muito frágil. Recomenda-se sempre passar por ele uma flanela limpa e seca após tocá-lo e, sempre, guardá-lo em local longe do sol, poeira e humidade. E sempre afrouxar o arco após o uso, para que o mesmo não fique torto. José Gualdino, 8º ano


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O meu dia De manhã quando acordo Oiço os pássaros a cantar Olho à janela, vejo tordos A um novo dia festejar Às nove vou para a escola Aprender e estudar No recreio jogo à bola Pois é hora de brincar Ao meio-dia almoço Para forças ganhar Começa a tarde, faço esforço Para conseguir estudar Depois, às duas e meia Dez minutos para correr E quarenta e cinco mais Vou para a sala aprender E assim termino as aulas Com o meu grande professor É um dia bem passado Com um grande senhor. Bruno, 4º ano DP

XXV Olimpíadas Portuguesas de Matemática N

o presente ano lectivo, os grupos disciplinares de Matemática do 2º e 3º ciclos planearam, organizaram e realizaram algumas actividades para os alunos deste Agrupamento. Foi o caso das XXV Olimpíadas Portuguesas de Matemática, onde participaram alunos do segundo e terceiro ciclos, a realização e distribuição de um panfleto sobre matemáticos e com actividades matemáticas pelos alunos do segundo ciclo, o Concurso “Jogo do Sabichão”, não esquecendo as palestras sobre a importância da Matemática no Mundo, direccionadas aos diferentes níveis de ensino, e a abertura do Laboratório de Matemática aos alunos de todos os níveis de ensino das diferentes escolas do Agrupamento. Todas as actividades proporcionadas pretendem possibilitar um contacto diferente com a disciplina e fomentar o gosto pela mesma. Lanço-vos um desafio: conheçam mais, estudem mais para gostarem mais desta ciência tão bela.

Cristina Alves, professora

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Estes trabalhos foram realizados pelos alunos do 6º ano, no âmbito da disciplina de Ciências da Natureza com a professora Marlene Rodrigues

Hipertensão E

m Portugal existem cerca de dois milhões de hipertensos. Destes, apenas metade têm conhecimento que têm pressão arterial elevada, apenas uma quarto está medicado e apenas 16 por cento estão controlados. Hoje sabe-se que a adopção de um estilo de vida saudável pode prevenir o aparecimento da doença e a sua detecção e acompanhamento precoces podem reduzir o risco de incidência de doença cardiovascular.

O que é a Hipertensão? Designa-se de hipertensão arterial todas as situações em que se verificam valores de tensão arterial aumentados. Para esta caracterização, consideram-se valores de tensão arterial sistólica superiores ou iguais a 140 mm Hg (milímetros de mercúrio) e/ou valores de tensão arterial diastólica superiores a 90 mm Hg. Sintomas associados à doença Regra geral, nos primeiros anos, a hipertensão arterial não provoca quaisquer sintomas, à excepção de valores tensionais elevados, os quais se detectam através da medição da pressão arterial. Em alguns casos, a hipertensão arterial pode, contudo, manifestar-se através de sinais como a ocorrência de cefaleias, tonturas ou um malestar vago e difuso, que são comuns a muitas outras doenças. Como decorrer dos anos, a pressão arterial acaba por lesar os vasos sanguíneos e os órgãos vitais (o cérebro, o coração e os rins), provocando sintomas e sinais de alerta vários.

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Factores que favorecem a hipertensão • Herança e factores genéticos; • Idade (é mais frequente a partir dos 45-55 anos); • Raça (na raça negra é mais frequente e grave); • Sexo (comparativamente, é mais frequente nas mulheres de raça negra e a partir dos 55 anos na raça branca); • Consumo excessivo de sal; • Diabetes; • Excesso de consumo de álcool; • Tabagismo; • Stress; • Sedentarismo; • Excesso de peso.

Como controlar a hipertensão e prevenir as complicações? • Controlar periodicamente a pressão arterial; • Reduzir o consumo de bebidas alcoólicas; • Controlar o peso; • Praticar exercício físico regularmente; • Evitar alimentos ricos em gorduras saturadas; • Reduzir o consumo de sal; • Evitar situações de stress; • Tomar sempre os medicamentos para a tensão arterial, conforme as indicações do médico.


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Enfarte do miocárdio Sinais e sintomas mais comuns O que é? O enfarte de miocárdio dá-se quando o fornecimento de sangue a uma parte do músculo cardíaco é reduzido ou cortado totalmente. Isto acontece quando uma artéria coronária está contraída ou obstruída, parcial ou totalmente. Com a supressão total ou parcial da oferta de sangue ao músculo cardíaco, este sofre uma lesão irreversível com diferentes graus de disfunção, que podem conduzir à morte súbita, morte tardia ou insuficiência cardíaca com consequências como severas limitações da actividade física. Após um enfarte de miocárdio, a capacidade do coração para continuar a bombear o sangue depende directamente da extensão e da localização do tecido lesionado (enfarte). Devido ao facto de cada artéria coronária alimentar uma determinada secção do coração, a localização da lesão depende da artéria obstruída. Se a lesão afecta mais de metade do tecido cardíaco, o coração geralmente, não pode funcionar e é provável que se verifique uma incapacidade grave ou a morte. Mesmo quando a lesão é menos extensa, o coração pode não ser capaz de bombear adequadamente; produz-se, então uma insuficiência

cardíaca ou um choque (que é uma quadro ainda mais grave). O coração lesionado pode dilatar-se, em parte para compensar a diminuição da capacidade de bombeamento. O aumento do volume pode também reflectir a própria lesão do músculo cardíaco. Quando, depois de um enfarte, o coração se dilata, o prognóstico é pior do que quando o coração conserva o seu tamanho normal.

Prognóstico

Repentino adormecimento ou fraqueza no rosto, num braço, numa perna, principalmente se for só de um lado do corpo; Problemas de confusão súbitos; Dificuldades súbitas para entender ou para falar; Dificuldades súbitas de visão, num ou nos dois olhos; Dificuldades súbitas de caminhar, tontura súbita, perda de equilíbrio ou coordenação;

Dor de cabeça violenta de causa O prognóstico quanto à quadesconhecida. lidade de vida e a duração da vida após um enfarte de miocárdio depende da gravidade, da extensão do enfarte e de outras doenças que acompanham o doente. Cerca de 1 milhão e meio de pessoas sofrem um enfarte nos Estados Unidos, por ano. Nos últimos anos tem aumentado a incidência de enfartes em mulheres, no entanto, a sobrevivência também tem aumentado devido a mais eficazes meios de tratamento.

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Tic nas aulas de Língua Portuguesa N

o ano lectivo 2006/2007, na nossa escola - E. B. I. de Vila Cova - desenvolveu-se um projecto de criação de um blogue para todos os alunos do 7º ano. O blogue é um instrumento pedagógico de trabalho muito útil pois incentiva-nos a escrever e exige que se pense mais; logo, desenvolvemos a capacidade de escrita e a criatividade.

Esta estratégia de ensino é bastante divertida para nós, porque conseguimos ver o trabalho dos outros, comentar e criticar os trabalhos. Por vezes os alunos, nas aulas, não têm vontade de participar e de serem autónomos. Através do blogue conseguimos desenvolver a autonomia, pois não temos ninguém a quem perguntar como devemos fazer os nossos

http://paulofaria.wordpress.com

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trabalhos, mas sim a nós própios e fazêlo à nossa maneira. O blogue integra-se num projecto de três anos. Pretende-se, através deste criar um portefólio digital, no qual vão sendo guardados todos os trabalhos que produzimos. Se alguém quiser visitar os nossos trabalhos pode ir ao endereço http://paulofaria.wordpress.com Isabel, Sofia, Andreia, Diana, 7º ano


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A Lenda do Galo de Barcelos D

iz a lenda que há muitos, muitos anos um peregrino galego, acompanhado de seu filho, quando se dirigia a caminho de Santiago de Compostela, passando por Barcelos, se hospedou numa certa estalagem, onde era de destacar a extraordinária beleza da estalajadeira. Quando lá chegaram logo o filho do peregrino se apaixonou pela beleza da rapariga, assim como ela pelo rapaz. Astuta, a estalajadeira ainda tentou que eles prolongassem a sua estadia. Perante a negação do pai, logo a estalajadeira pensou em vingar-se. Colocou, assim, no saco do rapaz uns talheres de prata, para quando eles partissem os pudesse denunciar à polícia. O rapaz foi preso e o pai continuou a sua viagem com todo o fervor, pedindo ao santo que manifestasse a inocência do seu filho. Quando voltou o pobre pai foi à presença do Juíz que se encontrava em casa numa grande festa e disse: - Saiba o Senhor Doutor Juíz que é tão certo estar inocente como esse galo que se encontra nessa travessa se levantar e cantar. O Juíz ia começar a troçar do pobre homem quando, para espanto de todos, o galo se levantou e cantou. EB /JI de Gandra, Perelhal

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Os trabalhos de express達o visual s達o coordenados pela professora Ana Coelho

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Teresa Oliveira, 8º ano

Andreia Costa, 8º ano

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Teresa Oliveira, 8º ano

Anthony Macedo, 8º ano

André Miguel, 8º ano

Ana Beatriz, 8º ano


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Tânia Marina, 8º ano

Helena Miranda, 8º ano

Duarte Lima, 8º ano

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Nuno, 7º ano

Andreia, 7º ano

Pedro, 7º ano

Luísa, 7º ano

Ivan, 7º ano

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Filipa, 7ยบ ano

Joรฃo Pedro, 7ยบ ano

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A importância dos meus professores e dos meus colegas na minha vida

Obrigado Carlinhos e Daniela por aceitarem partilhar convosco o nosso trabalho, o nosso amor. Todos quantos colaboraram na aquisição do computador para o Carlinhos.

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s meus colegas são muito importantes para mim porque me ajudam em tudo o que eu preciso, porque quando tenho dificuldades eles estão sempre lá para me ajudarem em tudo o que preciso mas às vezes afasto-me porque quero silêncio e eles conseguem compreender-me. Com eles tornei-me uma pessoa melhor. Os meus professores são muito importantes para mim porque sem eles eu não era nada, apoiaram-me nos momentos difíceis sobretudo naqueles dias em que eu estava de lá para cá e que estava mais para lá do que para cá. A eles devo tudo o que sei, porque me ensinaram a ser outra pessoa. Para o ano vou para a APACI mas, vou-me lembrar sempre dos colegas e Professores da escola de Vila Cova eles mudaram a minha vida para muito melhor. Carlos Miguel n.º 6 turma A 9º ano

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25 de Abril

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Área Projecto 9ºC

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o âmbito das comemorações do 25 de Abril de 1974, a turma C, do nono ano, dedicou aos heróis de Abril (M.F.A) um cartaz alusivo a este dia, em que se instaurou a democracia em Portugal e o direito de todos nós exercermos livremente a cidadania. Hoje, mais do que nunca, os jovens do nosso país não podem permitir que ideias fascistas ou xenófobas possam governar o nosso país.


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Resultado de inquérito realizado, de forma arbitrária, a alunos, funcionários e professoras.

O que me faz feliz na Escola…

O que me faz feliz na Vida…

•Conviver com os colegas •Estar com os amigos •Aprender coisas novas •Não ter aulas •Os tempos livres •Nada •Trabalhar com os alunos •Os intervalos •A aula de Físico-Química •Os amigos •Matemática •Descobrir coisas novas •Estudar •Tirar positiva •Não ter aulas •Os amigos •Algumas aulas •Nada •Conversar com os alunos •Ter boa relação com as pessoas •Os colegas e os alunos •A felicidade •Pessoas •Desenhar •Não ter aulas de substituição •Os alunos •As bolachas •Ambiente de trabalho •A profissão •Os colegas •Conversar/conviver •Aprender com as crianças •Simpatia •Divertir nas aulas •As aulas •Os alunos •Ensinar •Estar ocupada •Fazer os alunos felizes •Enriquecimento humano •Relacionamento com os alunos •Realização profissional

•Os escuteiros •A vida •Ter a pessoa que gosto ao pé de mim •Os meus filhos •O computador •A amizade •Curtir •Passear •O meu cão •Ouvir música •A amizade •Ter os pais que tenho •Conseguir a profissão ideal •Ter saúde •Tudo •Ter pais •Divertir-me •Namorar •Sentir que sou amada •Ser feliz •O amor e a família •A felicidade •Quando sou útil •A família •Ter positiva •Muito amor •Ver o mar •Saúde •Homens •Amar •Amar e ser amada •Ser mulher •Divertir-me •Servir ou outros •A esperança no dia de amanhã •Família •Filhos •A família •O que posso fazer •Realização pessoal •Um sorriso •Amor

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