__Trabalho Final
_Skatistas
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Origem Perfil Vestimenta Música Grafite Locais de encontro Nicho de mercado O Skate e o Design Impacto na sociedade
Universidade do Estado de Minas Gerais Escola de Design Design Gráfico Fatores Filosóficos, Sociais e Culturais II Belo Horizonte 26/11/2014
skatista: Luan Oliveira foto: Renato Custódio Praça Roosevelt
INTEGRANTES DO TRABALHO: Alan Martins Clarice Passos Cristina Vieira Cunha Élcio Camargo Lucas Martins Lemos de Morais Jefferson Gurgel de Vasconcelos Paula Samara Rodrigo Urban Vanessa Lima
SUMaRIO INTRODUÇÃO…………………………………………………………………03 1 - Origem..........................................................................................04 2 - Perfil..............................................................................................06 3 - Vestuário......................................................................................08 4 - Música..........................................................................................09 5 - Dicionário de gírias...................................................................10 6 - Grafite...........................................................................................14 7 - O Skate e o Design.....................................................................16 8 - Locais de encontro....................................................................20 9 - Impacto na sociedade...............................................................21 10 - Nicho de mercado.....................................................................22 CONCLUSÃO…………………………………………………………………..24 REFERÊNCIAS…………………………………………………………………..26
Pesquisa elaborada a partir das aulas de FFSC II do curso de Design Gráfico da Universidade do Estado de Minas Gerais. Orientadora: Professora Wânia Maria Araujo
INTRODUcaO Este trabalho tem como objetivo uma breve análise de uma tribo urbana. As tribos urbanas podem ser consideradas basicamente microgrupos que têm como principal objetivo estabelecer redes de amigos com base em interesses comuns. Esses grupos apresentam hábitos, maneiras de se vestir e pensamentos semelhantes. A expressão “tribos urbanas” foi criada pelo sociólogo francês Michel Maffesoli, que a partir de 1985 começou a usá-la nos seus artigos. A tribo escolhida como tema deste trabalho foi a dos Skatistas. Essa tribo se mostra ao mundo expondo um aspecto visual bastante particular e atrativo, que configura um riquíssimo território a ser explorado como referência para nós, designers. Os skatistas também levantam outras questões de grande relevância, como o prazer pela prática do esporte, que favorece uma boa saúde e o alívio de estresse, o contato quase íntimo com o espaço urbano (em especial espaços públicos), além das questões relacionadas ao convívio social, um dos principais fatores que os tornam uma tribo urbana.
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Origem Para um melhor entendimento, a tradução de Skateboard é patins numa prancha. Porém, no Brasil, ficou conhecido como Skate. Não se sabe ao certo como e quando o skate surgiu, mas foi nos Estados Unidos num processo ao longo da primeira metade do século 20, talvez derivando dos rollers scooters espécie de patinete fabricados a partir de 1900. O primeiro skate fabricado e comercializado em série foi o Roller Derby em 1959. Mas pode-se dizer que a cultura e a identidade dos skatistas surgiu por volta da década de 60. No final desta época o skate criou identidade própria se ligando mais a contracultura que nascia na época, a New Ware e o Punk, tornando-o um esporte rebelde. No Brasil, o movimento começou 1968 em pontos como o Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. E no começo da década de 70 passava a ser difundido em outras capitais brasileiras e também no interior. A moda era fazer no asfalto aquilo que os surfistas realizavam sobre a prancha, porém havia movimentos próprios do skate, como os giros, o footwork e variações de handstands, por volta de 1974, o skate começou a virar uma verdadeira febre.
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No Brasil Em nosso país o esporte chegou em meados dos anos 60. O primeiro campeonato de skate aconteceu no Clube Federal (Rio de Janeiro) no final de 74, mas em outubro de 1975, foi realizado na Quinta da Boa Vista (Rio de Janeiro) o primeiro grande campeonato. Em dezembro de 74 foi inaugurada a primeira pista de skate da América Latina, Em Nova Iguaçu, e a partir de 76 começaram a aparecer as primeiras skateparks. Depois de um declínio, o skate volta com tudo nos anos 80, com força do “freestyle”. Os shapes eram os Hammerheads pra quem não conhece são os “tubarões”, e os truckseram largos e pesados, e as rodas grandes. Em 80 o mercado se tornou independente, com o nascimento de marcas domésticas. Até então, o primeiro sk8 made in Brazil era o Torlay, produzido por uma empresa de brinquedos (a Bandeirante). Paralelamente ao desenvolvimento do mercado nacional, a importação de marcas americanas como Sims, Tracker e Vision continuava muito forte. O motivo? O skatista brasileiro ainda não acreditava que a qualidade do produto verde e amarelo chegasse perto do importado. Hoje, vinte anos depois, a situação é bem diferente. O Brasil não só tem produtos de qualidade, como também exporta para outros países. A indústria nacional de sk8 fabrica shapes (Perfect Line, Stage, Son), trucks (Crail) , rodas (Moska) e tênis (QIX, Freedom Fog). Isso sem mencionar a popularidade de marcas 100% brazucas, como New Skate Rock, Drop Dead, Narina e Maha. Nos anos 90 o street é uma das modalidades mais fortes, apesar do vertical, pois os skaters não tem de depender de pistas para andar. As manobras evoluiram e ficaram bem mais diversificadas, os shapes ganharam nose e uma nova forma, os trucks ficaram mais leves e as rodas menores, facilitando muito na hora de tirar as manobras. Agora vários canais de TV, revistas e sites, estão divulgando o esporte, ajudando a faze-lo crescer ainda mais. Esperamos que o skate nunca mais tenha uma recaída e que o esporte cresça cada vez mais.
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Perfil Considerados, muitas vezes, como pessoas rebeldes e desordeiras os skatistas compõem uma tribo ligada diretamente a prática de um esporte radical. Para a prática desse esporte não há restrição de sexo ou idade, porém, há uma maior concentração de jovens do sexo masculino na faixa dos 16 anos. Os skatistas curtem um estilo específico de música e têm um jeito próprio de se vestir, a partir dessas duas nuances, pode-se dizer que existem vários tipos de skatistas. Há quem prefira calças largas e ouça mais hip-hop, aqueles que preferem rock e calças mais justas e há quem goste de tudo isso. Esses gostos refletem na maneira de praticar o esporte, tem quem goste de fazer os gaps, ou seja, manobras mais arriscadas e agressivas em locais difíceis. Hábitos como estes estão relacionados aos estilos de música rock, metal, punk. Quem gosta mais de curtir o skate de forma mais suave, costumam escutar músicas mais calmas como o reggae e hip-hop.
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De acordo com a última pesquisa oficial realizada no Brasil, referente ao ano de 2009, concretizada pelo instituto Datafolha de Pesquisa, em parceria com a CBSK (confederação Brasileira de Skate), existem praticantes de skate em todo o país, com maior concentração na região Sudeste, considerando-se uma amostragem de 2.547 entrevistados. Praticantes de Skate no Brasil: 15% Região Norte e Centro-oeste 28% Região Nordeste 42% Região Sudeste 15% Região Sul Desta forma, o número de praticantes de Skate no Brasil, no ano de referência de 2009, é de 3.863.981 (três milhões, oitocentos e sessenta e três mil, novecentos e oitenta e um), total considerando-se a amostragem. Existem de Skate em domicílios brasileiros, entretanto é raro encontrar mais de um praticante por domicílio.
praticantes 5% d o s
Sobre o perfil dos praticantes de Skate no Brasil: Sexo: A pesquisa foi realizada com 2547 entrevistados, sendo 48% do sexo masculino e 52% do sexo feminino. Quanto à prática do Skate, 90% dos praticantes são do sexo masculino, e apenas 10% do sexo feminino. Idade: A maioria dos praticantes (61%) encontra-se na faixa dos 11 aos 20 anos, sendo que a média de idade encontrada foi de 16 anos. É um hábito que tem início cedo, pois 25% dos
praticantes têm menos de 10 anos de idade. Em comparação com a pesquisa de 2006, o percentual de praticantes foi o seguinte: de 30% para 25% 11 a 15 anos – diminuiu de 33 para 30% 16 a 20 anos – aumentou de 24% para 31% 21 anos ou mais – aumentou de 12 para 14%, sendo que 7% têm entre 21 e 25 anos e 7% mais de 26. Classe econômica Ainda, quanto à classificação econômica dos praticantes de Skate, ele é mais difundido e praticado nas classes mais favorecidas. Nos lares onde existe a prática de Skate, a renda familiar é mais elevada, e em 60% deles a renda ultrapassa o valor de 6 salários mínimos mensais. Assim: Classe A: 8% dos praticantes de Skate Classe B: 34% dos praticantes de Skate Classe C: 33% dos praticantes de Skate Classes D e E: 25% dos praticantes de Skate Escolaridade do(a) chefe da família Encontra-se equilibrada. Desta maneira: Ensino superior: 11% Ensino médio: 39% Ensino fundamental: 49%
Computando estes dados, comprova-se que houve um crescimento de 20% no número de adeptos desse esporte no Brasil desde 2006, ano que foi realizada a última pesquisa. E a tendência parece ser aumentar ainda mais o número de praticantes no país.
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vestuario É comum que as pessoas que compõe um grupo específico compartilhem o mesmo gosto musical, o modo de se vestir, a forma preferida de se divertir. Com os skatistas também é assim. Quando eles se reúnem, o principal assunto é o skate. Eles falam sobre os shapes mais modernos, o campeonato que está “rolando”, o jogo de videogame lançado, as manobras difíceis que conseguiram realizar e também as músicas que estão escutando. A música exerce uma grande influência sobre a maneira de se vestir das pessoas. Elas tendem a adotar o estilo do seu cantor/banda favorita. Com os skatistas também é assim. Há aqueles que gostam mais de rock e preferem usar calças mais justas. Há quem escute mais de hip-hop e gostam mais de calças mais largas. Independentemente do tipo de calça, as camisas com nome de banda, símbolo relacionados às
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principais marcas do setor, eventos esportivos, são unanimidade entre eles. Muito além de um estilo adotado pelo skatista, a vestimenta apresenta aspectos relacionados à funcionalidade. É o caso dos tênis, ou “pisante” como eles preferem chamar, que são escolhidos de acordo com o formato, resistência e tipo de sola utilizada. É importante que o calçado usado contribua para que as manobras sejam realizadas da melhor forma possível. Marcas como a DC Shoes e a Vans e se especializaram na cena do skate e tem a preferência dos skatistas, pois além da qualidade dos seus produtos elas se tornarem um símbolo de estilo entre os consumidores. Além da roupa, é comum os skatistas usarem piercings e tatuagens pelo corpo compondo um estilo ainda mais alternativo. Imagem que eles tanto prezam.
A música faz parte do Skate e vice-versa. Entre os estilos musicais favoritos dos skatistas estão o reggae, rap, punk, rock e o hip hop. O último inclusive teve influência marcante desta tribo urbana. Dentre as bandas mais ouvidas pelos praticantes do skate estão as internacionais Bad Religion, The Ernies e as nacionais Charlie Brown Jr, Sabotage, Racionais MC’s, Planet Remp, Projota, Tihuana e Emicida. As letras das músicas retratam a história de vida dos artistas, o estilo dos skatistas e trazem, também, algum apelo social, como por exemplo a legalização da maconha, a questão da violência exacerbada e o tráfico de drogas. O que chama a atenção em algumas dessas letras, é o fato de que mesmo a realidade nas periferias e favelas sendo tão difíceis, onde impera a pobreza, a fome e a violência, onde o acesso à educação de qualidade é mínimo, as letras falam de “um bom lugar para se viver, evidenciando o orgulho que os moradores tem do lugar onde vivem. Nos últimos anos essas músicas receberam destaque no cinema nacional. Filmes premiados como O Invasor, Carandiru e Tropa de Elite tiveram em suas trilhas sonoras músicas do rapper Sabotage e a da banda Tihuana (Tropa de Elite), esta
última ficando entre as mais ouvidas do ano nas rádios. Charlie Brown Jr Uma das bandas mais ouvidas pelos skatistas, o Charlie Brown Jr, foi criada em 1992 pelo vocalista e skatista Alexandre Magno Abrão, mais conhecido como Chorão. A banda estourou em 1997 com o hit “Proibida pra mim”. Depois emplacaram outros hits como “Zóio de Lula”, “Tamo aí na atividade” e “Te levar” que durante sete anos foi trilha de abertura da novela teen Malhação. O vocalista Chorão foi um dos principais nomes do esporte no final da década de 80 e começo dos anos 90 chegando a ser vice-campeão paulista. Era comum ver em suas músicas, nos videoclipes e shows referências diretas ao skate como capacetes, pistas e half-pipes. Nos shows da banda, Chorão, sempre acompanhado de seu skate, arriscava alguma manobra em cima do palco. A paixão pelo esporte era tamanha que em 2005 a banda fundou o Chorão Skate Park, uma pista indoor em Santos, São Paulo. A pista sediou etapas de campeonatos importantes como o Campeonato Mundial de Skateboard Freestyle, em 2008. Após a morte do cantor, em 2013 a pista foi fechada.
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Di-sk8 eu vou Charlie Brown Jr
Meu nome é Chorão Eu sou linha de frente Mas esqueço do mundo quando ando de skate De vez em quando eu vou pro baile que é pra sola gastar Eu trabalho pra caralho mas nasci pra vadiar Porque é bem assim q eu sou O Maloqueiro que virou Seu castelo de areia, o vento levou M u i t o s
sabem quem eu sou, mas poucos me conhecem Uma mulher que eu ja catei, pode crer que não me esquece Vencer na vida não é fácil num mundo decadente Um milhão de recalcados pra puxar o seu tapete Mas do jeito que eu vim é do jeito que eu vou É como vivo, como ando, como penso, como sou Di-sk8 eu vim Di-sk8 e eu vou
Dicionario e Girias Dentro de um grupo social, o sujeito é parte integrante de uma coletividade, que cobra o eu posicionamento enquanto agente e paciente de uma sociedade, com regras previamente determinadas e impositivas. Tal obrigação é necessária para que se mantenha a estabilidade de toda a coletividade. Não obstante, dentro de toda esta grande comunidade, surgem agrupamentos menores, que procuram se distinguir do todo, criando uma identidade própria, como forma de se auto-afirmar e declarar sua independência da imposição social. Desta forma, surgem as “tribos urbanas”, que criam seus próprios modos de agir, vestir, falar, pensar, comportar e interagir, que destoa da maioria dominante, mas que lhes atribui identidade única. Assim, os Skatistas desenvolveram, entre outras particularidades, linguajar próprio e exclusivo, que permite a comunicação entre os membros de seu grupo, sem interferência de outras comunidades. A comunicação entre os skatistas se faz através de dicionário próprio, relacionado às manobras, objetos e comportamentos deste grupo. Assim, segue exemplo de palavras próprias utilizadas:
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180º - 1/2 rotação para a direita ou esquerda. 360º - Uma rotação inteira. 540º - Uma rotação de 360º e mais um 180º. 720º - Duas rotação de 360º, ou seja, uma rotação de 720°. 900º - Duas rotações e meia. O primeiro foi realizado por Tony Hawk, em 27 de Junho de 1999, nos X Games. 5-0 Pronuncia-se “five-oh”. Grind com o truck na borda do obstáculo. Ex.: 5-0 Pivo Grind. 50/50 - Grínd – onde ambos os trucks estão a estão em contato com a borda da pista “copping”. AMORTECEDOR - Usam-se dois por truck. São feitos de borracha e tem a forma de donuts. Encaixam-se no parafuso principal. B/S - Abreviação de Backside. BACKSIDE - Usado para descrever a direção da rotação. Back significa costas, ou seja, é uma manobra onde você está de costas ao objeto ou então você vira as costas em direção à frente. BANKS - Construção em geral de concreto, no formato de conchas com a parte convexa para cima. BIGSPIN - Um 360º varial enquanto seu corpo gira 180º em backside. BLUNT - Posição em cima do obstáculo com o tail sobre a borda e as duas rodas traseiras no topo. BOARD – Shape. BONED - Empurrar o shape para fora e apontando para baixo quando estiver no ar. BORDA - O que o cooping é para as rampas, as bordas são para o street. BOWL - Construção de concreto no formato de uma cápsula, com a parte convexa para cima.. CARVING – Curvas. CHUPETA - Peça plástica que fica no truck, especificamente entre a base e o hanger, serve para o truck virar suavemente. CONCAVE - A concavidade (angulação) do shape. Um bom concave ajuda na execução das manobras. COOPING - Borda das pistas que pode
ser de concreto, cano de pvc ou de ferro. CROOKED GRIND - deslizar com o eixo da frente e com o nose do shape ao mesmo tempo, em diagonal ao obstáculo. DECK - Plataforma de madeira, shape. DISASTER - Colocam-se as rodas traseiras no topo do objeto com o tail na borda. As rodas dianteiras estão fora de contato com o objeto e para cima. DOWN-HILL - Modalidade de skate onde se descem ladeiras. Velocidade é o principal atributo. Utiliza-se longboards e técnicas empecias para se andar. DROPAR - Entrar numa rampa ou obstáculo a partir do topo. DROPIN - O tail fica na plataforma e a roda na borda da rampa,com o peso no tail, vai gradualmente movendo o peso para frente até descer na rampa. No Brasil se conjuga o verbo americanizado “dropar”. EXTENÇÃO - Parte acrescentada da pista. FAKIE - Andando pra trás. Feeble Grind – O truck de trás está em contato com a borda da pista, o corpo está virado para o ferro ou obstáculo, inclinando o pé e forçando o skate a ficar em diagonal. FLAT - Parte plana sem inclinação. FLIP - Desenvolvido do Freestyle. É quando o skate gira (fica de pontacabeça e volta à posição normal). FOOT - Pés, unidade de medida. Um pé (foot) equivale a 30 cm. FREESTYLE – Modalidade em chão plano sem obstáculos. Pouco visto hoje em dia, pois suas manobras foram para o Street e o Vert, o equilíbrio é o principal atributo. FRONTSIDE - Manobra onde você está de frente ao objeto ou então rotacional primeiro o peito a frente. FUNBOX - Um tipo de rampa utilizado em skate parks e competições, se parece com uma pirâmide. Normalmente tem corrimão. GAP - Distância entre duas calçadas, telhado, ou qualquer outro espaço.
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GOOFY - Você anda goofy se andar com o pé direito na frente e der impulsão com o pé esquerdo. O oposto de regular. GRAB – Agarrar a prancha, com urna ou as duas mãos, em backside ou frontside. GRIND – Deslizar com os trucks sobre a borda de um objeto ou cano. Varials incluem: 50-50, 5-0, Nose, K-Grind, Smith, Sausage, Feeble e Slappy. HALF PIPE - Meio tubo. HEELFLIP - Ao realizar um Ollie, o calcanhar empurra a prancha para baixo junto à aresta, fazendo-a rodar debaixo dos pés. HIP- Quando duas rampas são colocadas juntas formando um angulo. À parte em que elas se encontram se chama hip. INDYGRAB - Segurar o skate na frente de você com a mão traseira. JAM - Juntar seus amigos para uma session. JUMP RAMP - Pequena rampa usada para dar ao skater alguma altura para a manobra. K-GRIND - Abreviação de Crooked Grind. Grind com o truck dianteiro sem estar com o shape por cima do objeto. KICKFLIP – Flip do shape como se você estivesse dando um chute. KICKTURN - Virar com as rodas traseiras, enquanto as dianteiras estão fora do chão. LIP - A borda no topo da rampa. MANUAL – Também chamado de wheelie, andar se equilibrando somente nas rodas traseiras MCTWIST - 540° graus backside air com um mute grab, inventado por Mike McGill. MELLONCOLLIE - Um ollie grab segurando o shape por trás com a mão dianteira. MINIRAMP - Um tipo de half pipe só que menor, o miniramp não tem vert. MONGO-FOOT - Estilo de andar onde se dá impulsão com o pé da frente. NOCOMPLY - Coloca-se o pé dianteiro no chão e com o pé traseiro se dá um pop no shape. Existem muitas
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variações. NOLLIE - O mesmo que um Ollie, só que se bate o nose (parte da frente) em vez do tail (parte de trás). NOSE - Parte da frente do shape, o oposto de tail. NOSEGRAB - Segurar o nose do shape com a mão dianteira. NOSEGRIND - Grind somente com o truck dianteiro. NOSESLIDE - Deslizar com o nose sobre o objeto. OLIE - Um salto dado com o skate batendo com o tail da prancha no chão ou na superfície da rampa, fazendo-o elevar-se. Origem do nome: Alan Gelfend. PIVOTCUP – No Brasil é conhecido como chupeta. PLATAFORMA - Superfície elevada e plana. POPSHOVEIT - É um varial com ollie. PRO - Abreviação de profissional, atleta que é patrocinado. Normalmente tem sua própria assinatura no modelo de shape, e recebe pela porcentagem vendida. QUARTER-PIPE - Basicamente um lado do miniramp ou half pipe com largura menor, usado para ganhar velocidade em uma linha, ou então para fazer manobras de rampa. REGULAR - Um skater que anda com o pé esquerdo à frente. ROCK SLIDE – Deslizar o shape do skate sobre qualquer superfície. ROCKANDROLL - Manobra de rampa. Suba no lip e empurre o truck dianteiro sobre ela, depois vire 180° grau e desça a rampa. ROLAMENTO - São usados dois por roda, no total oito por skate. O rolamento proporciona o movimento das rodinhas. SAUSAGE GRIND - Segure o tail enquanto estiver dando um smith grind. SESSION - O ato de andar de skate. SHAPE - Madeira do skate. SLID - Derrapada SMITHGRIND - Grind com o truck traseiro enquanto o truck dianteiro fica de lado. O centro do shape toca
a borda do objeto. SPACER - Peça de metal cilíndrica colocada entre os rolamentos dentro da rodinha, serve para prolongar a vida útil do rolamento. SPINE - Pirâmides ou mesas com transições. STANCE – A base que você anda no skate (Goofy ou Regular). STREET - Rua SWITCHSTANCE - Andar com a base trocada ou seja se você for regular e andar goofy, você estará andando switchstance. Tail - Parte de trás do skate. TAILGRAB - Segurar o shape no tail com a mão traseira. TAILSLIDE - Deslizar com o tail sobre o objeto. THRASHER - Revista de skate gringa. TRANSIÇÃO - Parte da rampa que liga o flat com o vert ou então que se inclina em uma direção para cima. TRANSWORLD Revista de skate gringa. TRUCK - Peça que faz parte do skate e que une a prancha às rodas, servindo ainda para dar direção ao skate. VARIAL - Rodar o skate embaixo dos seus pés sem virar o corpo. VERT - É Abreviação de vertical, parte vertical da rampa (90º). WALLRIDE - Andar numa parede vertical. WHEE – Roda. WHEELSLIDE - Diminuir a velocidade sem colocar o pé no chão. Pode ser chamado de derrapagem. No Brasil se fala somente slide. Pode ser feito backside ou frontside em vários graus (90/180/360). X GAMES - Campeonato de esportes radicais, incluindo skate (street, vert double vert). Feito anualmente nos E.U.A., organizado pela ESPN.
Nota-se o uso de palavras em inglês, em grande quantidade, por conta da influência da origem do Skate, que foi criado nos E.U.A. Não obstante, como a língua é uma entidade dinâmica, em constante mutação e adequação, os praticantes de Skate brasileiros desenvolveram, além do dicionário para comunicação, gírias próprias que permitem uma comunicação mais pessoal e informal.
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Grafite
O grafite é uma expressão contemporânea, encontra ampla discussão social, considerado por um lado instrumento de contravenção penal ou, por outro, manifestação artística moderna. Sem aprofundar na polêmica do tema, inquestionável o caráter comunicativo do grafite, mormente enquanto forma de expressão de ideologia de determinado grupo, que atribui características marcantes à sua manifestação pública. Neste sentido, o grafite mantém
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estreita ligação com o grupo dos skatistas, pois é uma manifestação estritamente urbana, geralmente relacionada aos jovens, características marcantes de tal “tribo”. Desta forma, os praticantes de skate produzem grafite com características próprias e marcantes, na busca da construção de imagem que lhes defina e se torne facilmente reconhecida nos meios cosmopolitas, além de transmitirem os valores que acatam e defendem. É comum que o grafite realizado por este grupo remeta
ao próprio skate e à sua prática, produzindo imagens e símbolos que são característicos de seus integrantes. Ainda, é comum entre os skatistas o tipo de grafite conhecido como “wildstyle”. Associada ao movimento hip hop, a sua principal característica são letras retorcidas, cobrindo quase todo o desenho de fundo. As letras são de difícil compreensão, com excesso de detalhes e cortes, objetivando o entendimento apenas pelos membros
daquele grupo específico, no caso, os skatistas e grafiteiros. Nota-se ainda uma característica relevante relacionada ao grafite decorrente da “tribo” dos skatistas: geralmente a manifestação visual ocorre nos locais determinados para a prática do skate. Desta forma, além do caráter de expressão de ideais, ainda possui a qualidade de demarcação de um espaço urbano para o seu exercício, contribuindo para a busca de um reconhecimento social de sua presença e atuação.
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O Skate e o Design A partir do final da década de 70, o skate e a arte passaram a ter uma ligação muito forte. Nesse contexto, destacam-se principalmente as artes gráficas e a música, que criaram uma vínculo tão marcante com o universo do skate, (vínculo este que não se encontra de modo tão intenso em outros esportes), que é praticamente impossível imaginar o skate distante dessas manifestações artísticas. O design gráfico, em especial, está presente o tempo todo nesse universo. Muitos bons exemplos vão desde a personalização dos skates adotada por alguns praticantes, como a decoração artesanal através da colagem de adesivos, desenhos e pinturas das pranchas, ou mesmo recortes de diferentes formas nas folhas de lixa utilizadas para que os pés não escorreguem, até a criação de identidades visuais bastante complexas e elaboradas para as marcas desse mercado, com uso de tipografias, simbologias e outras referências visuais que parecem fazer sentido apenas para os membros da tribo.
Shapes personalizados principal exemplo da aplicação do design gráfico no universo do Skate. fonte: pinterest.com
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Identidade visual desenvolvida para marca chilena de roupas Astucia y Cautela. (fonte: behance.net)
De acordo com Aguiar (2008), a estima pelo design gráfico é, talvez, decorrência direta da importância que se dá à identidade da tribo. O autor afirma que a possibilidade da aplicação de artes mais complexas nas pranchas, coincidente com a definição dessa identidade própria, fez com que o design se tornasse tão essencial quanto a constância dessa atitude, passando a ter um eficiente sistema de exposição em que o design estaria sempre à mostra e junto do skatista. A maneira como essa linguagem visual evoluiu e a aparente necessidade de ter uma arte aplicada em qualquer objeto relacionado ao skate também demonstram o interesse dos skatistas pelo design, o que não acontece de forma similar em nenhum outro esporte. Essa linguagem gráfica é marcada pela escolha de símbolos e estilos artísticos escolhidos que buscam traduzir visualmente o perfil dos praticantes de skate e servem até mesmo como elemento de identificação entre eles. Todavia, cabe aqui destacar que o que chama a atenção essa linguagem e a caracteriza como singular é a grande diversidade de estilos e símbolos encontrados no design gráfico das pranchas e dos demais acessórios,
o que pode até mesmo confundir o espectador devido à utilização de tantos elementos e temas, sendo que estes inclusive muitas vezes não têm nenhuma relação direta com a atitude dos skatistas ou com o esporte, ou mesmo podem ser contraditórios entre si. Devido a essa grande diversidade, torna-se complexo analisar a fundo as particularidades da linguagem do design gráfico aplicado à indústria do skate e quais fatores as determinam, assim como desvendar características peculiares dessa utilização do design e que conceitos ele se propõe a traduzir e transmitir. O grande interesse dos skatistas pelos grafismos impressos nas pranchas e camisetas, pelos adesivos com designs inéditos mesmo com conteúdos restritos ao logotipo de alguma empresa, e a disposição dos fabricantes de pranchas e acessórios em lançar uma boa arte em qualquer produto relacionado a esse universo, levaram ao surgimento de objetos como rodas e eixos com designs gráficos cada vez mais sofisticados, o que aumentou o interesse dos consumidores por esses produtos, diversificando cada vez mais o nicho do mercado de consumo de itens relacionados ao skate.
rodas e eixos com aplicação de grafismos. Fonte: www.skatewarehouse.com
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Ainda de acordo com Aguiar, há supostamente uma série de fatores que são determinantes nas características particulares desse design gráfico encontrado no universo do skate. Dentre esses fatores, destacam-se: Até o início da década de 1980, os skates e seus acessórios não tinham designs gráficos elaborados. Usava-se basicamente os logos dos fabricantes aplicados nos produtos. Com a evolução do esporte, as pranchas aumentaram e as empresas passaram a aproveitar esse novo espaço – a parte de baixo das pranchas maiores – para aplicar estampas relacionadas ao cotidiano da prática do skate. A partir dessas estampas, criou-se uma linguagem gráfica e uma estética próprias, que foram adaptadas a toda a indústria e sua identidade visual. Os designers dessa indústria são quase sempre praticantes do esporte, o que ajuda a estabelecer a identidade do grupo por meio do design gráfico. O design gráfico é uma forma de os skatistas expressarem seus valores de identidade, presentes no próprio contexto em que o esporte é praticado, ou seja, nas ruas.
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Devido à prática nas ruas, o skate deixa seus praticantes em contato com fatos e situações particulares que, em geral, não atingem tão
intensamente e de forma coletiva os praticantes de outros esportes. Essa influência levou à criação de valores referentes a diversos assuntos, como política, música, arte e moda. O contato direto com outras culturas urbanas − como os movimentos punk e hip-hop ou a arte grafite − a influência de ícones da cultura popular e a apropriação de elementos de outras manifestações visuais ajudaram a definir as características singulares dessa linguagem gráfica. Os skatistas utilizam o design gráfico para expressar, além de seus valores, uma conduta comum aos integrantes do grupo, na qual se destacam o espírito rebelde e independente e a rejeição ao que é considerado padrão da sociedade. Na verdade, é uma rejeição a tudo aquilo que não faz parte do universo do skate. Trata-se de um mercado voltado para um público específico e muito bem definido, e que busca uma certa autonomia. Esse espírito se deve principalmente à discriminação sofrida pelos skatistas nas ruas, onde geralmente causam incômodo e danos. Para traduzir essas atitudes, os designers criam trabalhos com conteúdos que podem ser agressivos, irônicos ou cômicos. Essa agressividade também se justifica pela própria natureza do esporte, que pode ser considerado perigoso para quem o pratica.
Diversidade da linguagem visual do skate, com diversas aplicações no logo da revista americana Thrasher. Fonte: www.thrashermagazine.com
Além do design gráfico, todas as outras áreas do design buscam referências no universo do skate. Desde a criação de móveis e outros objetos de decoração utilizando as próprias peças dos skates, além de desenhos inspirados nas formas fluidas das pranchas, até coleções inteiras de estilistas renomados que desfilam pelas passarelas a cada estação. É possível também encontrar inúmeros exemplos de ambientes concebidos com base nos conceitos e na estética do skate, como lojasconceito, vitrines, e até mesmo casas.
Objetos de decoração inspirados no skate: relógio, cabideiro, mesa de centro e luminária. Fonte: http://www.skatestudyhouse.com
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Locais de encontro Além das pistas de skate, os skatistas costumam encontrar em praças, shows de rock, rap, nas lojas de skate, outro lugar que também chamou atenção foi a esplanada do Mineirão a área externa do estádio já foi descoberta pelos skatistas, para a prática do esporte de ação, o espaço é ideal para a atividade, pois o solo é liso, apresenta obstáculos e o praticante ainda pode usufruir de banheiros e bebedouro ; .Assim Jarbas Alves Arcanjo Neves, 28 anos, define a esplanada – área no entorno do estádio Mineirão – “Para o nosso estilo de skate (street) é exatamente disso que precisamos, porque andamos na rua mesmo, sem pista e sem obstáculo artificial”. e coloca o local entre um dos cinco melhores espaços do Brasil. Alem disso também são marcados encontros pelas redes sociais mobilizando todos para um encontro em vias publicas.
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Impacto na sociedade Os skatistas são tratados com preconceitos na sociedade mesmo com o passar de todos esse anos, e até hoje ainda existem pessoas que discriminam e os consideram como maloqueiros e marginais. Ficam receosos toda vez que encontram com um garoto com skate na mão, por acharem que eles destroem o patrimonio público , pinxam os muros e são mau educados, assim como discriminam mulheres que também praticam esse esporte, por achar que elas se vestem como homens e que esse esporte deveria ser praticado apenas pelo sexo masculino. Essas pessoas simplesmente não entendem que este esporte pode ser uma profissão e gerealmente os que mais discriminam são os leigos, que não fazem a minima ideia de que os skatistas tem estilo próprio e que somente quem pratica sabe. O poder público tem incentivado os skatistas com espaços e pistas de skate, mas não o suficiente para acabar de vez com esses preconceitos, è necessário que o governo invista neste esporte e no laser desta tribo, sem contar que o skate é um meio de transporte que não poluí. Para que isso aconteça é impressindivel a divulgação dessa tribo e o esporte no Brasil, com o auxilio da mídia, sejam elas televisão,rádio, jornais, revistas e internet em cada região local. Diante desta situação os skatistas vem promovendo campionatos exigindo respeito em defesa,mostrando o quê sabem fazer, aprimorando a prática, além de quebrar esses preconceitos.
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Nicho de mercado A tribo dos skatistas já é tão consolidada que existe um nicho de mercado dedicado a produtos que atendam a demanda dos integrantes. São roupas, acessórios, mochilas e equipamentos que movimentam uma quantidade notável de dinheiro no mundo todo. Existem lojas e marcas exclusivas que, além de vender os produtos, patrocinam atletas profissionais do skate e financiam torneios e exibições. A recente aceitação social da prática do skate, levado inclusive à categoria de esporte de competição, fez com que o segmento de produtos para o setor sofresse um aumento bastante significativo nos últimos tempos. Segundo pesquisa realizada pela SGI Europe, em parceria com a Adventure Sport Fair (ASF) e a promotora alemã de eventos esportivos ISPO, o país conta com quase quatro milhões de praticantes e o mercado movimenta mais de R$ 1 bilhão por ano com a venda de roupas e acessórios. Ainda, com o aquecimento do mercado, e possiblidade de auferir maiores lucros, foram criadas variações do objeto skate inicial, no sentido de conquistar uma clientela nova, que possui alto poder aquisitivo, mas que não necessariamente compartilha dos valores e ideologias da comunidade skatista.
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O mercado voltado para o consumidor skatista não se restringe somente aos skates, mas relacionase com todo um estilo de vida,
que se inicia na infância do cliente. O mercado possui atualmente uma grande abrangência, incluindo acessórios, moda, música e lugares frequentados pelos adeptos. Como existe uma identidade no figurino de cada “tribo urbana”, que busca uma unidade e identificação entre todos os seus membros, o mercado produz mercadorias específicas voltada para o gosto determinado de cada grupo social, com variadas faixas de preço. E com os skatistas não poderia ser de forma diversa. Desta forma, existe um crescente mercado atual para consumir a moda relacionada aos skatistas, que se aprensenta como uma roupa estritamente urbana, solta, resistente, e que valoriza o conforto e o movimento. Além do vestuário, o mercado inclui produtos relacionados a acessórios, músicas, entretenimento em geral, feiras e serviços, bares e restaurantes, além da profissionalização dos skatistas, com milhões negociados em publicidade e marketing. O mercado voltado para o skate movimenta atualmente milhões, não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Diante da globalização, as marcas expandiram seus mercados consumidores e atualmente comercializam seus produtos para o mundo inteiro. As marcas suprem tanto os esportistas amadores quanto os profissionais, transformando a prática da atividade em um verdadeiro estilo de vida. Neste mercado mundial, as três com maior destaque são: 1 - ELEMENT: fundada em 1992, na Califórnia. Iniciou sua produção com peças de skate, mas logo depois começou a fabricar roupas e acessórios. A loja patrocina inúmeros esportistas de skate de renome, que lhe conferem popularidade e
a atribuição do título de uma das melhores marcas de skate mundiais. 2 - PLAN B: Fundada em 1991. É conhecida pela fiabilidade e design apelativo dos seus skates, com projetos radiosos e cheios de cores. Os shapes são bem elaborados e cheios de informação visual. Patrocina profissionais famosos com destaque no meio esportivo. 3 - ENJOI: Fundada por um skater profissional, Marc Johnson. Oferece uma grande variedade de skates, para atender às várias modalidades. A marca é muito conhecida pelo seu logotipo, um panda com gráficos coloridos. Especializou-se na personalização dos skates para o seu usuário. À medida que o skate conquista seu espaço no Brasil e no exterior, as marcas mais destacadas conquistam também seus mercados. É um comércio que vende conceito agregado ao produto, tem caráter e estilo, o que atrai muitos simpatizantes e cada vez novos adeptos. Marcas de roupas, tênis, acessórios e demais tendências que englobam o conceito street atualmente podem ser vistas até nas passarelas da alta-costura, consolidando definitivamente o estilo skater como tendência de moda urbana.
Café e bar Hensley, voltado para o público skatista.
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CONCLUSaO
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REFERÊNCIAS Resenha “Skate e o seu design gráfico” - uma breve análise - http://www.revistacontemporaneos. com.br/n11/resenhas/Resenha%20-%20Skate%20e%20Skatistas.pdf VELOSO, Emerson Luís; DAOLIO, Jocimar; O SKATE COMO PRÁTICA CORPORAL E AS RELAÇÕES DE IDENTIDADE NA CULTURA JUVENIL: http://www.rieoei.org/rie62a12.pdf
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Belo Horizonte 26/11/2014