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AS ILHAS ATLÂNTICAS. PARA UMA VISÃO DINÂMICA DA SUA HISTÓRIA

AS ILHAS ATLÂNTICAS. PARA UMA VISÃO DINÂMICA DA SUA HISTÓRIA POR

ALBERTO VIEIRA

O Atlântico não é só uma imensa massa de água, polvilhada de ilhas pois está associado a uma larga tradição histórica. Foi na Antiguidade que recebeu o nome de baptismo. As ilhas foram e continuam a ser o principal pilar e o mar o traço de união. Estamos perante um conjunto de ilhas e arquipélagos, relevantes no processo histórico, quase sempre como intermediários entre litorais dos continentes europeu, africano e americano. Anicham-se, de um modo geral, junto da costa dos continentes africano e americano. Apenas os Açores, Santa Helena, Ascensão e o grupo de Tristão da Cunha se distanciam dela. Desde o pioneiro estudo de Fernand Braudel1 que às ilhas foi atribuída uma posição chave na vida do oceano e do litoral dos continentes. Segundo Pierre Chaunu2, foi activa a intervenção dos arquipélagos da Madeira, Canárias e Açores, o Mediterrâneo Atlântico, na economia europeia dos séculos XV e XVII3. 1

O Mediterrâneo e o Mundo Maditerrânico na Época de Filipe II, 2 vols., Lisboa, 1984 (1ª edição em 1949). 2 Sevilla y América. Siglos XVI y XVII, Sevilha, 1983 [Estudo abreviado dos 14 volumes de Séville et l’Atlantique y del Pacifique des Ibériques, 1949, 1955-60]. 3 Confronte-se nossos estudos: Comércio Inter-insular nos séculos XV e XVI. Madeira, Açores e Canárias, Funchal, 1987; Portugal y las Islas del Atlántico, Madrid, 1992. Núm. 50 (2004)

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