1980-sismosaçores

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VIEIRA, Alberto (1980): "Apontamentos para o estudo das crises sísmicas nos Açores", in Memória da Água Viva- Revista Açoriana de Cultura, Lisboa, GICA, nº 6., pp.7-25,

COMO REFERENCIAR ESTE TEXTO: VIEIRA, Alberto (1980): "Apontamentos para o estudo das crises sísmicas nos Açores", in Memória da Água Viva- Revista Açoriana de Cultura, Lisboa, GICA, nº 6., pp.7-25, Funchal, CEHABiblioteca Digital, disponível em: http://www.madeira-edu.pt/Portals/31/CEHA/bdigital/avieira/1980sismosaçores.pdf, data da visita: / /

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I

i'evista

aรงoriana

de

cultura

~.

'


7

APONTAMENTOS PARA O ESTUDO

DAS CRISES 5ÍS,.ICAS NOS AÇORES Em teM"'Q onde

08

A. VIEIRA

teM"amOtos são tão cont~nu08, e

tão hoppendos; em teM"'a onde os montes sao vivos e comem e s~ sustentam das SUGS própriao entrannas; e estao Zançando de si os in.Jêndios a JOioe; em terra onde o fogo é mais poderoso que '-- mesmo mal' oceano e levanta no meio dele ilh.as e desfaz ilhas; em terra onde povoações inteiras em um momento se vinam arruinadas e subvertidas que tema mais a pl"Opósito que o de Jonas: Adhu~ quadraginta dies et Ninive subvertur. Pe. António Vieira, Sermão proferido na Ilha de S. Miguel

~o momento presente é pritante a relevância dada pelos "mass-lIledia" aOs :fenómenos do quotidiano e da na tureza, que surgem ou não isolados, e tocam a sensib ilj dade e a procura do lei.tor ou ouvinte rotineiro, viciado pelas maib ~O f'isticadas técnicas de "marketing ll O sismo do dia 1 de Janeiro, nos Açores, deu aZO a uma grande! exploração noticiosa, durante c er ca de um mês, em parte segundo os moldes que atrás enunciámos. Ao mesmo tempo que alertava as autoridades para um candente problema do processo histórico açoriano, que ainda hoje aguarda solução. Importante neste estudo será Sem dúvida a caracterização histórica da tópica sismológica, ten do em conta , rundamentalmente, aSua evolução diacrónica, e a Sua valoraçao na co mpreensã o da tradição histórica açoriana. A sismologia histórica, aSSUme neste caso uma ~nção primordial na co mpreensão do passadO e presente açoriano. Uma vez que a constância das crises sismicas na história açoriana teve e tem uma influência no modo de ser e pensar açoriano, materializada no ritual reli gioso, como muito bem demonstra a Etnografia. A religiosidade açoriana, corno veremos, materializada num ritual tradicionalista, situa-se dentro da influência da tópica

sismológica , e é um dado l..mportan te para a Sua compreensão no quetoca à reacção humana a tais :fenó menos da natureza. Pondo à dispo= sição da historiograf'ia contemporânea dados mujtos importantes pa ra a História das Mentalidades. Os sismos como uma constante da Hist6ria Açoriana, tê~ concerteza uma palavra a dizer, quando estudados e confrontados diacr6ni camente . Estudados nas suaS f'lu-tuações cíclicas , darão concerteza alguns elementos capazes duma previsão ainda que muito incerta. Mas enquanto as autoridades in 5ulares permanecerem perplexas einactivas face às crises sísmicas: são "os cinco séculos de hist6ria rr que se esvanecem, são elevadoS pre juízos materiais, são milhares depeSSOaS ,t--rrorizadas e sem lar ... l ' UlONOLOGIA DOS SISHOS E. SUA INCIDtNCIA IllSTÓRIC'A

Nas parcaS dimensões debte tra torna- se dif'íel1 uma enun-ciação sistemática e exaUStiva til Lodos os sismOb que a té hoje ass~ laram a regiao tios Açores, uma vez e sendo estes uma constante do processo hist6rico insulano se torna difícil quantif'icar num espaço limitado.Deste modo optamos por uma enunciação o mais swnária possível, pondo em destaque aqueles que pelas suas dimensões catastróficas se evide ~ ha~ho

CE A :=.-::=


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ciam. Sismos e vulcões surgem aSSOciados em todos os documentos e narrativas, uma vez que 56 em pIe no século XX aparecem os campos da Sismologia e Vulcanologia dis sociados. Como por norma todo o vulcão é precedido por uma crise sísmica prolongada às vezes para além deste, foi opinião corrente o associar os sis mos aoS vulcões. No entanto parece-nos que nos te~ pas que decorrem, conhecidos que são os avanços em ambos os ramos científicos, se torna mais l6gica a diferenciação dos sismos dos vulcões. Partindo da sua origem vamos distinguir os sismos de origem vulcânica, que se prendem directa men t.e com os f'en6menos vl.ücâniCos, e os de origem ~ecc6nica. Como iremos verificar são mais frequentes os sismos de origem ce ctónica que são também aqueles que causam maiores rl~nn~. (1)

A - Os fenómenos yuicân~cos e os sismos de origem vulcânica. ~

por demais conhecida a oriFem vulcânica das ilhas que compõem o arquipélago dos Açores, embora desde longa data se mantenha acesa pOlémica . Mas a paisagem açori ana, bem comos os relatos histó ricos dão conta da permanência dos fen6menos vulcânicos . Sendo alguns ainda presente~, como a erupção dos Capelinhas em 1957. As caldeiras, a bagacina ( .• . ) caracteri:l.am a paisagem açoriana e denunciam a sua origem vulcânica. Esuldos recentes da estrutura do território insular dão conta desse racto apontando re~iões de rormação recente e antiga.As pri meiras ainda mantêm latente umaactividade vulcânica como é o ca 50 de S. Mip,uel (Sete Cidades),Terceira, Faial (Capelinhos).As segundas por seu turno , dão conta duma estrutura geolócica anti ga, donde a ~raca possibilidadede qualquer ~en6meno vulcânico. Havendo inclusiva ilhas de que não se tem noticia de qualquer fenómeno desde a Sua ocupação(séc . XV) até aos tempos que decorrem -- Santa Maria , Graciosa, Flores, e Corvo . Podemos juntar a estas aI gumas zonaS de diferentes ilhas -

CUJa .formação é an tica -- par te orien tal de S . Higuel f da Terceira, de S. Jorge e do Faial. Saliente-se que as zonas mais antigas da ilha de S. Miguel, TaL ceira, S. Jorge e FaLaI são aquelas em que os sismos 5urgem (':Qm maior vio~ência.Exceptuando-se aS ilhas do Corvo, Floree, San ta l-l!!ria e Graciosa onde não há notícia de qua~quer sismo I."ujo ep1..('E:: tro se ~ocalizasse numa delas. Apenas se sente aí 05 sismos ma violentos das ilhas circunvi:L.inh lS . Para o COrvo apenas temos not~ cia das repercussões do sismo d( 1755. O mesmo sucedendo para aS Flores, a que se deve jWltar o de 1810 e de 1911. Na Graciosa ternos os de 1817 t 1867 e í'inaJ.me,! te o de 1980. Santa Maria em razão da sua proximidade de S.r-1i~el, sente aS repercussõe~ dos s i smas mais violen tos des ta, ma~ com reduzida intensidade.Já Fructuoso se apercebera no século XVI, pois em "Saudades da Terra' dá conta que não existiam abalos na ilha em razão de estar assent:e em "rocha firme" , apenaS se sentiam aí os abalos das olltras ilhas, principalmente de S. ~li­ ~elt como foi o caso de 1577.

\ 2) • Em o livro IV, Gaspar Fruc tuo chama a atenção para os fenó= menos vulcânicos associado~ às crises sísmicas em S . Miguel des de remota idade: " ... ueon t.eceral desta maneira quasi todos os Ler ramotos desta ilha antes de serachada, que foram tan tos quan tOS os picos della, como eles estaO dando testemunho com a s bOcaS qU( tem abertas." (J) 50

com que se depararam o!:; por tUfru!: ses no século XV para <l ot'upaçao e colonização das ilha~, foi ~em dúvida as diversas crupçõe~ vulcânicas e vuicões ae tivo~ lue atingiram entre 1444 e 1 /14'" propo: ções relevantes. (4). rert:amen teo atraso da ocupação de território que só se veri...ficou em meado~ do sécu~o XV t deve estar reInei!!. nado com este facto. Mas o vu~cão não é s6 lava e e~se espectáculo infernal associ~ do pelas populações aO inrerno; a ele se prendem crise5 sísmi -as prolongadas que o antecedem.De ~~ modo que a popul.ação em momen t, ~

CEIiA ~,...:.":,'~::::.:


de crises 5i5m~cas prolongadas teme sempre um vulcão. José Agostinho repor~ando-se aos sismos de orieem vulcânica dá conta do seguinte : "Eles sentem-se geralmen~e alguns dias an~es da erupção , continuos e vio lentos. As vezes parece que o 5010 está em permanente tre~idação. Mas a sua violência está quase sempre localizada nas vizinhança~ imediatas do local onde vem a dar-se a erupção . • , " (5) 1562/Set . /21 - EruP9ão na vila de S. Roque no Pico (6) 156) - Erupção na Pico do Sapateiro na R1beira Grande (S . Mi b~el ) que se prolongou pelos mese~ de Julho e Agosto . Fructuoso deixou-nos um relato espectacular desse ren6meno dando conta dos graves dano::;; .

(7)

15ó4/Fev./10 - Erupção no Pico das Berlenga~ em S . Mjguel (8) 1580/Mai . /l - Erupção na Fajâ de E5~evâo da S~lve~ra (5 . Jorge). Mantendo- se o vulcão activo duran te 4 meses . Conjuntamente com a crise sísmica que o antecedeu pro vocou elevadOS prejuízos a ava- liar pela perda de 4 . 000 cabeças de gado e 500 pipas de v~nho.(9) l6)O/Set . /2()) - Erupção no vale das Furnas em S. Miguel , antece dida por uma crise sísmica violen ta, causando grandes danos nas povoações circunvizinhas (Ribeira Grande, Povoaçào e Ponta Garça) . Um documento existente na Biblioteca Pública de Evora dá conta desses prejuízos : rt Morreram n ~ eb te dilúvio 195 pessoas;avalia- sea perda em gado, terras, colmeias, pa~te1, trigo, cazas e vinhas, que estavam fei~as em quinhentos mi 1 cruzadOS." (10 ) 1652/0u 1,../ .lu \ l.<!} - l:..ruP'iC:lv áO Pico João Ramo~ em S . Mi ,";'U e 1 , caU sando danos em San ta Cruz e na vila da Lagoa. (11) lÓ72 /Abr . /l2 - 24 - Erupçào nO Fai al, entre a Praia do Norte e do Capelo . Foram elevadOS os danOS materiaib ai causados que criaram grandes preocupações às autE: ridades camarárias que em carta dirigida aO monarca em 1672 dão conta do sucedido e solicitam da parte deste medidas urgentes, e~ tre aS quais a permissão para o embarque de locaispar a o Brasil.

9 s6 em 4 de Abril u~ 1675 houve autorização, indo enl,.aO cinquenta casais para o Grão -Pará, mais cinquenta em l677.(1~)

~o

en~anto

1760/61 - Erupção na ilha Terceira en~re o Pico Gordo e a Serra de San tn Bárbara: IIPelo ano de 1760 a Furna (do Enxorre) cess ou ue rumar, e esta cessação foi o prelúdio da catá~trofe.Começaram fj-rand es terramo ~os em 22 de :Sov., e conti nuaram com muita rrequên eia at' 14 de A~ri1 de 17bl,em que a terra tremeu mais que nunca; e assim continuou com pequeno:::. ln tervalos até o dia 17 do me:-;rrtO mez, em que 'Pela manhã arreben tOU ~ fogo por detrás dos Picos Gordo~, co m estrondos subterrâneos ~eme­ lltan tes a descarga de ar tilhar.la" . ( l'l )

,.\ ]Jart;ir de en tão outras erupçõeb e ~ ef"u iram: S. Higuel ( 1810) t Pico, S. ~orce , Terceira e Graciosa. Ainda de i'resca mem6ria é a erupcuo do::> C apelinho~ que provoco'l uma cr1s e sísmica intensa, cheg~ cio a avent.ar-:::-e a possibilidade ,le evacuar a populaçãO da ilha. Tendo causado danos em edif{cio~. Sentiram-se, então, cerca de bOO abalos que não ultrapassaram o era u 6 da escala de ~tercalli.( 14) 05 sismos de or1gem

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cecLó-

~.

Os sismos de origem vulcân.lca,

e~

bOra prolongados são de e1'e i tOS reduzidos, sendo poucos O~ cal,.a~­ tróficos .1olais perit':osa ::.e aprese.!:! ta a erupcão das lavas e das cinZaS . O vuícàO fUlmina a população i.mpingindo-.lhe um terror infernal pondo de parte os abalos slsmicos de intensidade reduzida. O~ !.dsmo!:' de or1f,em tec r6nl.Ca, e~!les

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prejuízos

cau"'adores

humano~

le

e materiais . Os mal ~ tem1dos da populaçfio t emhora nuo S3 j hn d is t lllY,Uir no aspec ~o do conhe(' imen to tJn::> dos outros . [.~timanJ-se em cerca de Ol.to .... entenas os 81.::'1II0S de orte:elll tec t6n Lea que a~solaralH a ~'eGiào eu tre os de i'raca e t'Tande in ter ::;iJade, ~endo pos~{vel e,.;~imar uma peri.Odici.dade para a ~ua derl n grarão ;entre 30 a 50 ano~ para os <.le fraca e média in tenS idade , e de 100 anos para os de ~orte in tens idade .


10

Atendendo à sua vastidão, nào

temos

opo r~idade

de nos

re~eri~

mo s a todos em pormenor, pOr isso ficamos por um breve ap ontamento daqueles que conside ramos mais importantes em razão dos danos materiais e h umano s .

152 2/ Out. /22 - Violento t erramoto em Vila Franca (S . Miguel) que pr~

vocou o escorregamento de

~erras

do Pico da Cruz, s oterrando grande parte da vila e destruindo a quase totalidade do casario . A hora tardia da noite em que se deu foi motivo para el.evada mOrtandade calculada em cerca de 5000. O mesmo sentiu-se em toda a i lha e specialmente em Ponta Garça , ~gua

do Pau , Ribeira Chã, Ponta

Delgada , Lagoa, Ribeira Gr ande e Nordes te. (15) Saliente-se que à altura,Vila Franca era capital da donataria da ilha , local onde residia o dona~ário com todo o seu séquito . Rui Gonça~ves da Câmara viu parte da Sua família morrer, apenaS fi cando o filho mais novo, Manuel da Câmara e sua espoSa D.Filipa Coutinho . Foram elevados os danos materiais em toda a ilha , ao mesmo tempo que foi prejudicial para aS intenções do donatário que se viu na possibilidade de ficar com a capitania despovoada, uma vez que a maioria da população pretendia regressar aO reino.Por isso o do natário tentou apaziguar o deses pero da popu~ação proibindo o luto e oferecendo-lhe s diversões (jogo de canas) . No re1a~o de Fructuoso pod emo s verificar tal e a importância que tal fen6meno assumiu no quoti diano da prática religiosa da popu1ação.

1b14/ Abr . , Hai./19 - 24 - Traze ndo ainda fresca a memória da opressão castelhana aquando da ocupação da ilha, os terceirenses sente m a d~ reza duma crise sís mica entre 19 de Abril e 24 de Haia, a1 tura, em que a~inge o auge . Os seus efe1tos fize ram-se sentir em toda a ilha, mas de modo especial na Vila da Praia . (16) Vários são os relatos exis-centes que dão con ta do fac to . De s t~ que para a carta do li cenciado Juan de Tavares, presbítero , a Gas par Lopes, mercador de Setúbal , que na altura se en co ntrava em Sevi~ha .

Refere ter sido o sismo do dia 24 de Maio violento de modo que destruiu tudo em toda a ilha. Dá conta de 167 mortes e da destruição dos ten~los e dos mosteiro s da i lha, apenas se salvando o Mostel ro de S . Francisco da Praia . Refere ainda a destruição de 19 ermictas . Quanto às fortificações dá conta da Sua total destruiçã.o: "Las vidas e yhaziendas que cuesta som inumerables . Desde el castillo de Santa C atha~ina hasta el hacho quan tos :fuer'tes havia cayerorn por ti erra por que a la fuerça de ~a ira divina irritada de nueS~Tas cu lpas no ay cousa expuenable, ni f"orta~eza qu i no sea derribada".

(17 ) A . Silveira dá conta do file:=.mo referindo que o sismo de 19 de Abril destruiu todas as caSaS das Fon tinllas, Nossa Senhora à a Pena e das igrejas e de Sto. António, enquanto o de 24 de Maio provocou elevadOS danos na zona da Praia. Reportando- se a S.Sebastiáo dá co~ ta do ::> eguin te : II em villa de S . Sebasl.ião tambem cahiram muitas cazas , ~oi tão horrendo o terramE ~o de ~4 de Maio que os animais dos campos o sentiram, e se aterrorizaram correndo huns para o~ outros, ~azendo ajuntamentos, beE rando com as c abe ças no ar? couza que me~e mais espanto" (18.1 O alferes Francisco de Seg·ura em poema dedicado a Baltasar de Moureal dá conta do terramoto de 24 de Maia : "Tantos sucessos se vieronj en es te caso in:felice , Ique no ay plumi"' que los cuen te ,I ni 1enf"ua que 10 Pub1ique . jCiento y sessenta pers~ nas/murieron, caSO terrible/~l.n outros tantos ymas/que manco~ e coxos viven .•. j / Bien noS muestra aqueste c~~o/a vivir con vigilancia/ )' no orfender a1 gran Dias/que tan ueyeras nos ama ••• / / Pueda ser que aques ta een lei aya s~ do castigada/por no aver~e arrepe tido ,/Y por no 1 impiar das almas., ?-las sea por 10 que f'uera/ no que d6 quinta ni casa/tierra de pan ni de pas to/ quel terrerno to no ac.!! ba/. No quedó l.Ul arbol ,;n piei tri~ cheas , ni casamentos,{n~ de ganado cu~rall que todo a ~uelo no. vava./ Los cinco fUerte~ que av~a/ toclos a orilla deI EVn-1a na.r:a de.i'e.t._ der la iSla/se anegan y deSbara. ~ ~~

CEHA

:.:.-=•.':.' ~=:


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tan . /En seys .iecuas oe con 'torno no qued6 ni aun W1a mata/en pie, e1 castigo terrible/que a~emori­ za e espanta , /~1il e seyscentos vezinos/perdieron hazienda y ca sas,/y los que ayer rueron ricos / oy vemos no tienen nada . /Cierto que deve t ener- se/de todos mui grande lastima,/assi por lo que perdieron/ como por lo que aOra passam . /Que no se 1'0 que aya mais mal, en esta vida larga ,/que ser pobre el que fUe rico , /y mas se el co mer le falta." (l~) lb'-iOPara além de ser c.. ano da esperança, altura da libertação à subjucação rio domínio rilipino que demoruu na i lha mais algum Lempo, é tamLém considerado o ano do~ terramot.o~ em razão do~ muito!"õ !Si~mo~ que ue~Le ano devastaram ri. ilha lilá~ qtle no entan"to não atin.'"i.ram r,Tande5 proporções no que re~pejta a nanas . 1~41/Jun. /15 - Outro .ismo ~""o­ lou a ilha Terceira, desta vez de vastando toda a zona da vila da Praia da Vitória (Fonte Bastardo , Fontinhas, Lajes , Vi1a ~ova , Vila da Praia e S . Sebastiào.Seeundo Féli' Jo::,é da CuSta \ _v cairam para c ima de !.lua. s mLI.. casas , 1'1.eando malS de mil pessoas sem lar, sendo assim elevados os danos materiais . ~a acção da reconstrução destaca- ~e o con ~ibuto do então governador do distrito de Angra do Heroísmo José Sil~a Rjbejro, qt e r.eve por $:-,0 direi to ~ "Ir.-! mo ""r.le!1 ro t";n \'ila da Praia, mandado eri i r em )] de ezembro de 1 871 POr i.,iciatlva do lispo ) . João ~~ ria Pereira do \ma ral. '-a ohra de reconstruçào da \'1 la da Praia pa~tou - se 77 : ~q2tb57 rt> • lti4~ ' <hlt . ,Nov . 1U-4 - Cri~e sismi ra r rolun "aua mi ilha de . : ; . Niguel que a::;~woi u proporções ca tas tT6f'1 cas na Vnr:l:ea, r::llld e~árla, Gine"tc<--, ou seja eSl'5enclalmente ~oda a parte norte da l~ha. 0:::- danos atinl~jram a Soma de 8~: -16l~800 r~. O terern- .. e verl'''lcadu f a rOras oreais -lOS dias - ~ 1'" j(. O' e·t-ro deu azo a q' e o'" â. imo:-> e :ocal tados ria pop'llação n UlIe'1 tA. ".seül ao 'rle~rno t empo q'..le o::; mR :-. rpruero 50.s a~l.te,"i.am ma t1O'"a er. pçao "0 ",o "os tl mava !.-'"Iced er em rrl :Jes cle""l ta na r"reza. (~ O Vários textos ria época lIãu COIl -

"

ta ao Sucedl.oo e pe.la !'1ua impor lá.!.. eia para o mesmo e outros a~pec'tot­ rocados neste estudo vamos re~eren ciar al~s excerto~. A Junta de par6quia da Candelária em missiva dirigida ao bispo de AnPra refere a desolação da po pu~ação ao me smo tempo que solici ta da parte do seu c e1'e supremona re giào que atenda à cariclade evanf""élica : "E~tes seus f'ilhos em r'hri 5 to e5 tão sem morada~ 111a5 "todos; dormem pelos mnttosjfU 10- lhes o animo e as f'orcas para lu. vrar u ma terra qt.le delJa.l xo dos pé!" se lhes fende, e lhes rUf"e COnti nuas ameaças; padecem jÁ ii. fome e o f'rio , e ho rror isam- 5e de encarar o fUturo . ( ..• )a verdadeira rari0~­ de, ainda mesmo quando não ~em, aha sempre que dar( ••• ) \ esmola para os verdadeiros prelado~ como V. xa , nào se arranca nem ::>e soLl, c i ta, cahe por si como o f'ruc to maduro da arvore boa no regaço do necessitado ." (21) :-Ias a caridade hip6cri ta dt) bi~ po Dom Frei Estevão i'icou- se por um alerta às populaçôps da ilha, dando conl.a do .fen6meno como um S lnal ou cas tif'"o di vi rlO . Em vez de esmo~as ordenou que se rize~$em preces colectivas durante 'trê~ dias consecutivos, ?""ecomendando: "Adore mos, e respeitemos o:;; alHor~ sos avisos do Pae Cele~tl.al, cO vertamo - nos já para e11e de I,odo o coração. Principierno~ e"'la. 0_sa I.;onversão pt:"blicant!l te Ollre. ~ando que tememos os :--eus J ~ízos , Ro ?Uemos-lhe, 5ubndssos , flue peIletre bem o nos~o corA 'â~ tio seu l' \ ,'f.";;;'ln"to ;<J,mor I e ternos, \ (; r e u - le a ~raça da a {ue arf-3.~ te, se f"OT j(, E"l -a 0 , '1 e 1.0 ara em lon ~ P 116

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elense" dando conta do far tO em notícia riesenvol\~ida, ref'ere o te-


12 mor de wn novo vulcão, dando ao

mesmo tempo conta dos danos do se~inte modo: "AJ.gumas perdas de vi das humrulas, e consideráveis estra gos em casas , muros de quintas , egrejas, e outras construções foram o resultado do violento abalo . Villas e freguesias ruraes todas 50freram : para a parte norte da ilha foi contudo maior a ruina . " (23) Para A.T . de Macedo o impor~ante 'lâo é o es tudo e divuleação cientí:ri ea do fen6meno , maS sim O modo como acudir à situação calamitosa: "O pobre que vê sem teg'Úrio de r ro cada ou que o encara ruinoso, de nada lhe serve saber os diversos movimentos conhecidos das convulsões da terra , e o seu grau de vi olência -- de nada lhe serve saber ~e as condiçõe~ ~ão produzidas por causas exteriores, ou se ~ào resu1 tacto, o que é mais provável, de certaS f'orça~ que operam no inte rior do lobo; o pobre o que dese ja, ou que quer é que se lhe e:-. ten da a mão compedida, é que 5e lhe enxu;ue o pran"to arrancado pela ctesrlita . " (2-4) Face à acção da comissão de socorros criada pelo Governo Civil a ~O de ~ovembro de 1848 (25) , dá con ta de alb~as reflexões per ti nentes tendo em conta a pOl í tica que os serviços de apoio traçam em momentos desta índole : " ... Seria muito a prop6sito, que , com o tempo, se pedissem relações das pes soas mais habilitadas para serem contempladas pela sua :falta de meio~, e pelas perdas que tiveram, perda~ que devem ser cuidadosamente calculadas , a :fim de que, naS distribuirões das esmolas, se proI eda com a r,laior justiça . Estamos o! ve.,(· idos com Bonnim que a dis 1rão cios socorrOS p~hlicos replllL.... a em dOl S prinC'1pio!-' hem evi tCI te~:o primeiro não conceder socorro :-,clJão ao:" 'lue d ~ elle tem necebsidade, po_n"e rt 'nl1tra f'orma es casseialll de ~ocorrer aq\.lj;l.les a quem verdade iramente assi~ te direito, e vai dotar- se a Ir

ociosidade e t0dos O~ vícios flue acompanham; o ser,undo, nao menoS importante, appli car o 6nero de socorrO~ q\le ma JS cunvêm a 1:al , ou a tal 1 nd 1. víduo, em ta 1 ou tal posi~ão.!I (26) ,já em pleno século XX rles

taqlle - se os sismos de 1 0 .26,lf'lbJ, 107J respectivamente no

Pal.a.l, no Pico e S. Jor e e, no Faial e Pico.Em todo~ os lados houve danos materiais elevados e al~mas perdas hu manas . Sendo ainda de frescamemória as suas repercussões no quotidiano insular. A lista dos sismos como pudemos verif'icar não :-;e :fica s6 por este breve número, é muito vasta, ma~ num t:raba lho des ta índole não importa dar conta dessa relação alar ~ada, importante é sim oco';:; fronto de realidades e expe= riências tendo em conta a com preensão da t6pica si6mol6~i­ ca no r:oo tex to fll.!:' tóri ("o a-çoriano. Para quê e:sse ellWIciado simples dos sismo~ que apenas sacia 11 "lIriO"'ilda'ie do leit.or comtuu? 'ia eltU\Jtll aC'onselhamos o lei tor m&'1c!. t~siasta a consul tar a re~p-­ nha apresentada por Porfírio Bessone em o "Dicionário era nal6rico dos Açore~" (~7) E a exaustiva resenha doC'umental e informativa dada por Ernes to do Canto no .\rclllva dos Açores (~8) ;mai~ dados podem ~er consultados no livro de Luis \nt6nio de AraÚjO (~f)) e liO de \Iurelra Nenu onr; a (JO) A <,008u1 ta do~ 'Tár o. que preparámo::; para eluc1dar este estudo dão conLa do ele vado m~lmero de ~ismos ser' ti= dos na ref"riâo I de que demo aleumas referências dos ma1S

catastr6ricos. O eráfico I dá-nos conta do tolal ~eral do~ sismos. Saliente-se que o seu númerO aumenta I:OII! o decorrer dos sécu~os, aprescll tando-:-;e o século XX ('om ma1= Or número. I ma :=t.nálJsc "'1" plista L10 me:--mo levarUl PU! cerLo a afirmar que O!; .,. J srnofl aumentam em razão "hrec ta do-anos. que decorrem e lar la'll- e cada ve'L. mais uma ratdlllaJc. \a realidade liÃO ~e passa 11_ ~im, pois o aUnlpnto prn T·c-;..~i vo do re~isto des le:-- de"\-e-:".~ :-'lnl ã capacidade do homC'1I em p(ld~.r ref istar todo (> ql1alfl'ler ~ "l'Imo ,te "Tantle 011 fraca i' ten~idade ,tt.ravé do'" ~1~m6rafos lns talado~ na rC~J.ao . 110 f:' re "ta - ~e torto e qual.quer Si:Slllr, 0'~éculos passados o ~eu re~is~o p~~~ le'" ia por a1t!1.U1S ano~ na mem6ri "'I ~

CEIiA ~,"'=":':~=':


13

110

ao GRÁFICO I - 1UfAL DE SISM)S POR ILHAS 70 (até ao séc. XIX) 60

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30 20

séc. séc . séc. séc .

XVI ..... XVII -'-'-'-

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conheC1mento popular, ou re gistado, quando havia razão para tal, em doeu mentos oficiais relacionado s com o ver quotidiano e da admini stração 10= cal. A divulgação g eneralizada do s meio s de informação e da imprensa deu azo a que muitos fen6menos esquecidos pe-

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la trad1ção popular se mantl.Ve.sse l l .

Saliente- se que o períod.o que d co.! re en tre 1931 a 1950 reejstaram - ~ 405 sis mo s t qua se tan tos como o~ 0 nhecidos até então (cerca de 443) Além disso o total até aO século xx fi c a- se por 1 4J t enquanto 56 o sé'ulo XX re gista 561 .

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RÃFICO II - 1UfAL DE !:>lS/-lA:> t'U~ lu , 5

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(no séc. XX) 2.50

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,, 1900/30 1931/51

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14 ~uanto as 11has em parC1Cu.ar nota - se numas a predominância dos sismos ao longo da hist6ria, como S. Mi guel Terceira e Faial, enquanto noutras o seu número é reduzido {caso da Graciosa} S. Jor g e e Flores), ou quase nulo \caso de Santa Maria e Corvo). O gr'fico III dá conta do seu registo por meses sendo evidente a maior dominância de sismos no período en tre Abril e Junho e Outubro e Fevereiro (no que toca especialmente ao século XX). O que póe em destaque a hip6te s e da influência do movimento de translaçção da terra que certamente se fi ca por enquanto no campo meramente hipotético, requerendo comprovação científica (31)

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EXPLICAR OS SISMOS ?

A dominância dos fen6menos sísmicos surge como marca indelével nos do cumentos e narrativas hist6rico - insul.anaS. Através dos mesmos tomamos conh~ cimento da sua existência e danos materiais, bem como, da expl.icação temerária que o homem de então encontra va para tais ~en6menos , que durante muito tempo não pertenciam ao domínio do intelegível . De Gaspar Fructuoso a Vitorino Nemés io é palpitante a vivência e dominância dos sismos no modo de ser açoriano. Quer Fructuoso, quer Nemésio vivem-nos como homens e poetas. Enquanto Fructuoso procura naS "Saudades da Terra" dar-nos a s audade amar ga e cruel. dos sismos que até à altura em que escreveu a obra teve memória ou viveu, Nemésio recorda coO! ce rta vivacidade os momentos mais pa! pitantes duma das crises sísmicas da Vil.a da PTaia da Vit6ria que presenciou quanao criaJlly& , em o con t;0 IIMiseric6rdia". (J2) O relato de Fructuoso torna-se impoTtante, não 56 pelo pormenor is ado da narrativa hist6rica e retrato vivo da angústia ancestral. das populações , como também pela tentativa de explicação que tenta esboçar para o fen6meno, de mo do que em tal s eja salvaguardadaa sua co ndição de padre . Assim a explicação que dá OScila entre a dimensão religiosa dum castigo divino a uma vida desregrada dos fiéis e a ciência antiga, basean do-se neste último caso em Ari s =

GAAFlaJ III - IVIAL Ué 51::,1>"",

séc. XV! séc. XVII

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Sec. XVIII Sec. XIX +++++

séc. xx

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TOTAL -

t6te~es

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Mes~re

Aleixo Vanhegas

(33) es tudos que I'ez na T1 ni ver sidade de Salamanca, onde e bacha re~ou em Artes e Teo~ogia, e mai.s tarde a tingiu o grau de dOI . tor, b em co mo a sua cur~a permanência no Colégio dos Je.suÍ- ta::. e 1 BraF,'ança t teve oportl.Ul i dade de e t rar em contacto com o pen.5amenf antic-o e a revolução ciellt.IJica do ~éculo XVII. Da constatação empírica elo f'e nómeno , Fruc tuoso parte para wna explicação do mesmo prof'urauuo 5 n tetizar o sentimento religloso c n a explicação paeã. 1\a An tiguidade o homem po::; to perante os vários f'en6meno.s da na tureza que para ele .... e apre::;en Lavam superiores e fora da~ S.la5 capacidades humanas, pruClu'ava uma explicação no domínio mito16· {'"ico . Os terramotos para 01:> anti~os eram explicados como o resu1tado do movimento de t~andes animai:::> ~~ mi to16gicos que habi tavam aS pr ~ ~os

C~ ~,...::.":,' ~::::.:


f'Undezas da Terra, ou um aviso dos antepassados ou ainda, a demonstra çlo do descontentamento da divi~ dades face à c ondu ta dos Homens. Ressalve-se, no entanto os :f'i~ós~ tos pré-socráticos. A explicação de Aristóteles suplanta estas, uma vez que procura uma comprovação de acordo com a s suas c oncepçôes rilosó:ficas e avanços ci entf~ico.s da época. Dando conta de dois t~po.s de terramo tos referindo a acção do s espfri~ tos, ventos e deflagração, que Fructuoso resume do seguinte modo: " .•• Como diz Aristóteles no segundo livro dos Metheoros, hã duas maneiras de terremotos, uma que .se chama tremor, quando se move a terra para os lados com grande es pírito ou vento, que es tá debaixõ das cavernas del.l..a, o aua~ S P rha.ma ~emor, o qual acontece poucas vezes porque poucas vezes se junta muito espírito, ou vento, que is to c ause. Outra maneira de tremor ha debaixo para cima, porque se requer muito princípiO e muita exalação congregada debaixo da segunda costa da terra para que a faça arreben tar, " Fructuoso partindo daí para a explicação do terramoto de 1522 em Vila Franca do Campo, dá conta que a maioria dos tremores sen tidos na i~ de S. Miguel se devem ao segundo tipo dado por Arist6teles, misturando depois a explicação fantasiosa co m a empírica: - 12 O terramoto c omo cons equência do deslocamento e compressão dos espíritos, ventos: II ••• sacudida c om algum espíri to ou vento, que não cabendo nas c avernaS da terra, andava buscando lugar de um lado para outro, faze~ do tremer a s terras para os lados, e não tendo tanta força para sair ou fazer ~ugar e boca por onde sabisse, fez sacudir a terra do monte que estava sobre Villa Franca e o da Ponta da Garça e o das Furnas, e o da Maia, ..• n 29 O terramoto originado peia erupção: "Ainda que o arrebentar de terra, que então aconteceu, foi causado não de exalaç~es, nem espírito ou vento, senão de minerais de salitre, e enxofre, que crescendo muito debaixo da terra, se acendeo_t pode ser, que assoprada de algumas exalações de vento; e como rogo de

bombarda de1~ou p ara C1ma ~oda ~ terra , e arvoredo que sob re si em um mon te tinha ••. " 3' Ou massas de ar subterrâneas co mprimidas procurandO resfolegar: liMas e8 te terramo to de Villa Franca não foi c ausado por fogo, senão por ar encerrado nas concavidades da terra, que buscando respiração por onde resfolegar, lidando e pr~ curando ter porta sem o abrir, por não ser em muita quantidade, sacudio a c odea da terra do monte, ... " 4!Ou aumento de ar, incapaz para se conter no espaço" subterrâneo: "Bem podia ser este tremor causado, por se c onverter aiguma agea , ou humor nas cavidades, e opacid~ de~ da terra, com proporção de c ulpa, em dez tantos de ar, e não c abendo no mesmo 10gar, fazer tr~ mer a terra, e dar grandes golpes para os lados, buscando parte para s ah ir, e sem o fazer sacudio a terra dos ~ados desta ilha nos 1~ gares que tenho contado." 5~ A explicação de Mestre ~eixo Vanhegas: nA causa dos ventos e do tremor de terra declara maravilhosamente o Mestre Aleixo Vanhegas no seu livro natural aoS trinta e dois capítu~os , dizendo que a D~eira de animal resrolega e arrota a terra, quer dizer que os espíri tos que estavam ence rrado s nas conca~da ­ des da terra, como não poderam e~ ~ar em pequeno logar, buscaram s ~ ida c omo busca o arroto que não c abe no corpo do animal. Assim os ventos são unS arroto s que faz a terra ... Algumas vezes este arroto que faz a terra, esta tão en c errado nas c avernas da mesma terra. que não pode sabir facilmente: e como a quentura do sol penetra allnll'l8. c o. sa do corpo da ~erra, resolva as humidades das concavidades, e como n ão cabem junta s com aS exa~a çõ es em um logar, não sabe remissamente co mo os ordinarios espíritos, ou refolegos, de que se fazem os ventos ; mas co mo d emas iado a pres6ur~ mentO não se dão espaço nem vagar e querem sahir a tropel, da maneira que sabe o espírito do corpo do home m; de maneira que podemos dizer que os ventos são uns ordinários arroto s e o tremor o espírito que faz a Terra. ( .•. ) Des ta mesma maneira diremos que espirra a terra o demasiado, que o calor do s01 gerou em suas conca~dades .


16 e, aSs1m como o homem, da um, dois, treB e quatro e mais tremores quan do espirraje, ma~ he de notar quese estes espirros não sabem dire-

ctamente para a ~ace da terra senão para os lados (porque muitas vezes andam de concavidade em concavidade os vapores expessos das menores em as maiores) então se diz propriamente tremor de terra, mas se não acharem concavidades aOS lados para se estenderem, e a~argarem senão directamente, sahi~o a face da terra, este tal espirro se diz terramoto ou evolução, ou empuxão, com que a terra se alça tão alta, que se tira de uma parte, e por grande espaço notave! mente vae pelo ar a vista dos 0~os e se passa a outra: por onde acontecem ~azerem-Be montes e va.letl v.~de nilo os havia; cerrarem-se umas fontes e abrirem-se outras; ~ndirem-se povos e quebr~ rem-se as rochas de pedra viva, e mudarem seus caminhos os rios; e enco1her-ee por uma parte o mar e alargar- se por outra; e outras cousas semelhantes a estas." - 6° O terremoto como resultado das condiç~es atm08~éricas a ge~ grá:ficas : "05 tremores e terremotos soem aconte cer quasi ordinariamente nas costas do mar, e nas ilhas, pela abundancia do humor que o c~ lor do sol soe resolver em vapor. Nas partes aeccae que estão longe do mar, poucas vezes acontece tr~ mer a terra; maS se precedessem a 3 ou 4 annos de eecca, que se quebrasse e se :fendesse a terra, e apoz ellee succedessem outros tantos de agua, e apoz alles se succedessem grandes calmas, logo 8e seguiriam tremores e terremotos. " Saliente-se que, quer FructuoBO quer Aristóteles, distinguem os sismos de origem vulcânica dos de origem tect6nica, no entanto 08 seus conhecimentos empíricos nlo eram su:fecientes para os distinguir como dois :fen6menos di:ferente s na sua origem e evolução. Hoje em dia mercê dos avanços da sismolo gia e da vulcanologia em ligação c om os conhecimentos geol6gicos apresentam-se como campos independentes da ciência. Mas o terremoto para Fructuoso não era s6 um simples :fenómeno isoladO da natureza. Era acima de tudo um meio de que o Deus todo

se 6erv~a para ca~ tigar o estado de desregramento dos seus ~iéis e a~ertá-lo~ para outros ca~tigo8 maiores que podiam advir com o JuIzo Fina~. Sodoma e Gomorra 1á estavam bem paten tas para o cri.stão menos Avisado-;menos milenaristn. (34) Todavia, eSSa constante ameaça (adiada) do ~im do mundo que paira na mente mi1enaris~a pode-se tornar num desejo quanno C+',esmo esti ver pre~arado. O Deus não é tão vinga ti vo como parece. A sua mis~ ric6rdia 6 um ponto 1mportante a ter em conta, deste modo deu ao Homem a possibi1idade de antever o seu castigo por meio do si.nais: "Nas todavia como quem el!! tende um pouco a pras o a in~en3a miseric6~ dia de Deos ordenou, que aOti ter~ motos precede5~e 81rnaes que são -se o mar se 1evanLa sem vento, se as aves andam atordoadas por terra, se a agua dos sahe turva, e final mente precede um ostrondo C tom do ar, como no se~l1ndo terremo to que contarei, se ouvio d' antes um estrondo pelo mar, como aves que vão voando, e batendo asas; e noa homenS precede va gado da cabeça e debelitação dos membros; para se quer com estes signaes 58 prevej ~ e 1hes pese dum mal pas~ado, e emendem o porvir. II (3') O Deus do sác.XVI era todo mitiericordioso, e como ta1 dava aO homem a possibilidade de antever os terremotos. Sê-10-á no séc.XX? E o avanço tecnol6gico para que serve? Mantám-se actuai s nS pa1avra s de Fructuoeo: "Este s perigos t como os raios, os ventos e 05 trovões, noS dando brados que ve1emos que não sabemos o dia nem a hora, em que os hão-de chamar. Ainda com aS tes perigos e 0\.1 troa mui t.os, que cercam ao homem, não falta quem S8 deite a dormi.r muito descuidado, como fizeram 08 de Vi1la Franca aquella ooi te do tremor, '--lue f'ize ra eenAo houvera perigo na vida, 8 morreram todo8 os homene morte 8egura, provavelmente .e pode cu~ dar. que amaram a Daoe co~ amor marcenario, e não foram bons de vontade até 08 signaes antecedentes , e preparações, que aS mortes naturae8 soem preceder?" (3S) Contrpondo à ciência e aOS conhecimentos do séc.XVI , temos nos tempos que decorrem os avanços (~ m~sericordioso

CEfrA

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17 51.SmO.loe1a e l.1.cano.loC"l.a, ql1e no:-. dão urna explicação satis.fatória do ren6meno . ~oste campo, especificamen le no que concerne ao!'" \Ç2 res temos os os tudos de José ~ o~ tinho , FrederICO Hachado c Victo~

de S . Jorfe lI: . /SE . ) , outra. ql1e abran 'e o Faial e Pico (E,/Sc .), (" outras mat~ reduzidaS II/e JJart.em das Sete ('.: ~-dp~. Uln) ;O -A REI Ir !()SI11ADl:: ArORl \\ \

Hurro For jaz (16) . Com algun~ uado~ e norões de 5ismolo~iFl ronrll1im05 et"ot"a parte

de modo a que o lel.. 'tor não .t'ique ape r,ado às deduções ranta5io~as e as tenha por verd a deiras , "A ismo!oPlft é o ramo da eofísica que e s t1.lda o~ movimento s bruscot; na tl.lraj ~ da c ['o os t.a terre:"; tre com o olJ jee t j vo final de i 11 - vestip:ar a estrut.ura do .... 10bo lt ()7J Esta constitulu-~e como, iêncla no séc . XIX, d1'\ndo o~ sellS maiores avanços na pri meira me tade do nosso século . Em Portupal es ta ~ure:ill destie muito cedo lIlat.eriallzada noS diversos süsmóprafos que se lnS talaram pelo pais "fora. Sendo OP de des tacar a UIS calação em .l')O~ do~ sism6,"Y'af'os de Ponca DeI :ada e da Horta (s6 runciollou ano e meio), surr,indo mais tarde o de AUl{ra do Heroísmo. A sismolo~ia aplicaria surge como consequência do terremoto de 1906 em S . Frallcisco , wna vez que foi a partir de en tão que se come çou a ap L iear o mê todo do calculo das estruturas na con::Jtrução urba n!sti ca . A ori ,~em do~ sismo::J prende-se com a fracturação da c rO Sta e man to terre~tre~, ao enrueamento das camadas , felldilhações, explosões, deflaeração de careas explosivas, bombas at6micas, temporais oceânicos, desmoronamen tos l!' 111 terrã-

neo' . .. (Jt\) De~te mocio o~ slsmos, cOnf'Orme a Sua orll~em, podem ~er dl\!idirto~ em vulcânico~ e tectónico~. ("\9) A maior parte rios sismo:" que até hOje .. e deram nos Açores são de ori~em tec tÓIlJ ca e devem- se a acidentes tect6tllcO~, ai eXiStelltes, revelados por f'rac t.ura!:l qtlE! ~e encaminham para a zona or'lrlenlal de S.Mip:uel . O acidente tect6 nico mais impor tan te do A tlãnt icõ norte é o dorso (Ridpe) , que vai desde a .fossa marinha a Horoes te das Formir,as aO Corvo passando por S.Mi~\lel, Terceira , Graciosa; as:;() ciado a várias .fossas submarinas e vulcões, Ligando-se a esta rra~ tura temos outras de menores di menSõ0 !'t· ,' tI'lA Q'le acompanha a ilha

F'ACL AU:>

~ISW)S

O ~i""'lI(J e (, vult'õc.~! " er orno lInla ro tal' te 1ft [ln él em • lietoriR ftcOt'lftl tis , d(o UI tJ q l ( Jeixaram tr;"I'o~ llldelév,,",ll!' u r!l~'­ lo do fier , ITIAterializado 'Itro,? Sua proj',uldR reJ 1 1 n..-.. dnde . \ reJ t i tO de~rJe o~ 1'.1111101 ti I la

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f'rcell e ontllllla a (~Xell'er ru." 1 rl,êlll'ia '1\ i L(, forte nO na.IIJo du er e pell:-.a. ;' .... OT'lanO, 'e tal moI I lIle "a HI'" tór' a do~ -\çOI'e!'i ilHO podf"o faze! - file !lelll a presellçl d~t!,.. e e'llf'nt> "lue lem JJi .. tll i'I 1 ... 1ft mAJOI Olltrl JlIJçao -t 1J'f! fi , \ ,'ela \J. 1 a l i e ~l~ tu P(ort

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purqllP ,el(,I tleln. tld~cell nrn ~ln e "'e fle::>envo1veu dI erl d fi e I f\ ." ('11 1 \ reli lHO l1e 1111 modo era1 a , la como modo de viria, O! epçao!lu f1lUIHlo e riencia c'-pJ i(E\doru de ludo .... o 1'eJlómello", Ja lal rez~l, e.j'aizamlo a!"l:=.im toda Ima mental, dade . Des i e modo a i ,lcrpre ln ',',lO clerical jo~ fellómeno-!i \'iol~ 1 tOS da na tllre7.a I! rloml Inl' te lO ... \çOt~e!'l, tendo anlrl. (' t J f'lll ', meu Lal Ila rcac-çno OH porl a Q( aOS ei~rrlO!'3 C vulcões . i: COl1rra~Lan(e a icleln Jlal'~f' ­ C'a e enamc:.orad ü de Peu err. pel'íodos p rle ~calmia e ~ IIOção e' mplacável t' '\ iolenlo ". mOI." t S :t Iam I t OSO"5 , ("III llle aJ'f-nu te <l 1 lrerCe~~FlO tia Vir em \~I .lltO:.-- paclrVelI'O~ lia <'tI laca ,,( \;, eLa,

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\ ... 6pll a i fi prollles~a, a urano , n~ ~a, l'lrício='l, r~lzelH 'arlv lo ritllal I'ell -io:-;o, por ve/e e\.<lcerhano, ft\t'e a um arollteClfJtC'tu mal'cante t~ pavoro:.--o !lll:: P'~(:! tH. a'lsa a jtleut;idade e \'i"~lICliJ hl\fIIaoa~ (r omo 1\.<; te/llpe~ tade"', i!l(O~, 'LC'Õe ... , pe.>:ot.es, ~e'-aS . et ), 01110 t.al , O homem sente-~e ill~c t\ro (Ie ~i pr6prio I rna~ e""urfJ fifi Ilrovidênc ia divina. \ reli iosidade açoriana é no el tanto mui to pertinente, una vc/ 11 e man têm cer taS manif'es t.aoyóet; (, Itl1ai~ tradicionais f\lIr6noma~ e


111

re.Laçao a hlerarqUl..& reli l.Oba,que nos ~ur~em como uma caracteritoci ca da mesma . Destacando- ::;e ueste caSo o culto ao Espirito Santo e a!-' súpl i ("as públicas (42) . O culto do EspIri to Santo l i "a- se de modo e::;pecial aos 7randes flap,elos (fomes , pestes , erupçOe~ vulcânicas , terramotos) que af'l:t ~em o território insulano, de tal modo fIue "nào há not!cia de a ha1cI ",{slIlico "ia lento ou de erutJção vul rânica Que não venha acompanhadada menção de preces , de VOtos e promessas colectivas que se f'iLeram, muitas das quais perduram em nossos dias!' (4) . Ele 6 ao me BOlO t.empo mi lagro:.o e vinga tivo (para O~ nào cumpridores do::; VOtOS e

prollle:::;sas)

(44).

:;;éculo X\' para o~ Açores pel o s pOr cu (':'Ue ses , o cul tO do Espiri to San":" lO I te\"e O sen Plaior incremen LO a partir do terramoto de 15~2 em Vila Franca (4')). Em 167:! a Câmara da ;ior ta , f'a ce a uma erupção vul.cânica, ternencio e1'ei to !:i ca ta!:. t:r6f'icos, tlecidill- se por uma promes::;a ao Bspíri tO :::ianto . HandhJloo relebrar lodos 05 anOs mis!:ia e ['es ta aO Espiri tO Sal to. Sendo mais tarde sewulada pe-la Câmara Jo Pico (171~) . ('I(,) . A persistência da me::;ma f'esea lias aldeias açorianas de"'e-~e à per~istência rio::; f'en6rnenos V11Icânicos e sísmicos na reRüio. A!:isim, nào há mem6ria de erupção ou ::;i~­ mo vill.ento em que este nao f'o~se invocado e em que não se lhe prestas:se culto especial . Quando re bentava o f'o~o e a l.ava escorria na cratera do vulcão , levavam as coroa~ do Esplrito Santo ao local e aí fazia.m votos".(47) Tal acon teceu em 1761 com a erupção na s Serra rle Sa.n ta Oárbara (Terceira), elll ql1~ se loolocou a coroa do Esp{ ri to Sún la do Ou tej ro num estrado de madeira no sopti da montanJla

evitando (7) a~::;jm a de~trlliçâo ' cedeu em

Faia]

tima,

t

povoações. O fIIesmo su-

caso~

~emelhante::-,

"'e

no

Pico e S. Jor~e.~esta ~l­ race à erupção de 1808,em

coroa do império d ú Vila nas Velas evi tau (1) maiores da-

que a

1105(48).

Outra particularidade da reli -

{"iosidade açoriana é sem (ilívida a elevação e :res tas do Senhor San to Cri~~ot particularmente em S . Mi-

I:t

l~,

l

\'enera\A

e

, (Hl\(o

'I(JnIU

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f'IO'rança dns f'relrds !AI'IS5a~ em Palita lIelrarl<1, é-IIO:-> lad I 'J(II I, rei \go~tinho de \1011tAlverflt-' ('(I) ,li -

ando-a ao

de 11)<")

~ismo

enl \

11Ft.

}- rflllca . "O 1II1("aelen~e enrOI! t 1 A. 118 de,oção à. imap,'em do ~aJlto E!"Ipiri t.o I S111te ... e espe('{f'ica e- fi (·q]rninâll l-ia mÁ'\imn on

ie so1rl.ntf>t' r' f~

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no ~"fjj l a -

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e~pera 13..le

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!'OlA t'ondiçao }lIma"o-~o("lal"{')Ol . vivênCIa nas 1e tns lo -'i-tlllo E~ p'rllO ::t til! '"e ( I t!1 mÁ xl r O P.1!1 "1 III" , 11111::1 I'I~ lhA. iria I 111111ft JlP. 0:-- ... ~r'ltJ (' V r'\e "\0 e' ta I l , 1'\ ~ 1 Je\ I -t e'"'pallo-

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Como fiO ta FTllC IUO"O, I P.l iodo qlle derorre entre l-I .! P. 1l)HI foi mui.to ('atAsrr6fi o e pjv"do d{' r"r1Ipr,-Oe,",

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19

cacandú- se o ano de ~56J em que o,desespero das populações atin g~u o s~u a~pe com manifesta çõ e s proceSS10na~s e d e pe n itência i n1nterrupta s pelos t emplos maria -

naI , mas !lJ..ffi IJela j..Jl'VCUJ"8 ...to:, e lemenLos ~ara r ler{stieo::; oriri nados por um dJ. ferente evoluir do proceH::;O llJ~t6rico local . Aí terá um lur:ar de des taque a constante ~l:':.'1mo16, ica . O mar move-se, a terr a tr e me -- onde enCOtltrar a estabilidade? Na relif'iào, na éoism(llo~ia a plicaàt'<

nas de toda a ilha . No te mpo em

9ue

escrevia aS Sa ud ade s d a Ter ra

(15 8 6- 1590) vivia- se um Per ío do

de acalmia ,

jus tif'icando - se assim

o

a atenuação e transfo rmação de tal numa prece anual colectiva q que se manteve até à ae t..ualidade .

Ainda hoje O~ romeiros , duran te a semana da Quares ma , percorrem os cerca de 92 templos d a i lha de culto mariano com preces colectivas ao longo do percur so e no~ templos . Estes detêm uma

11

tacando - se o mestre , o guia e 0 procurador das allllA.s . Das orações cantadas merece destaque a plangente Ave - Maria dos romeiros (5J) Toda~ estas mani~estações reli eio~as de indole popular e outra; q~e não referenciamos têm , como v~mos, orieem na constância do~ f'en6mello~ sísmicos e V'\.llcânicos e são a expressão mais caual da mentalidade e rel igiosidade do povo açoriano 110 abalo sísmico provo c a no homem e at ~ nos ani mais uma impre~são de incerte za e dú v id a um • sobressalto constante q u e deixa pr ofundos sulcos n o s eu mo ral"(5 4 ) 0 A :azão d e t al de ve- se , ~ e­ e:undo CU11he r mp. Humbold t , não à permanência da i ma g e m d a c atá str o fe , mas sim "à pe r d a da nOSs a co;; fiança inata na esta bi l idad e do solo . Desde a nOSSa inrância ha bituámo- nos ao contra s t e e nt re a mobilidade da áe;ua e a imObilid ade da terra . Há um p o d er d e sconhe cido até então que se r evela de r epen te; a calma da natureza era apenas uma ilusão e sentimo- nos violen tamen te arre me SS a dos p ara o CaOS da::. "forças des t r u ti vas . En tão, cada ru{do , cada sopro de vento, excita. a nossa atenção . des conf'iamo:-:; ~obretudo do chão o~de­ pomos O ~ pés . O::. ani mais , princi pal mente os p o rcos e os cãe s , expe-r imentam ip,ual angústia , .. '! (53) Ao as tudar- se um dia a me n ta lidade e a relie10sidade do povo açori~no deverá t e r - se em co n ta a tópica sismológica . A açorianida d e a existir e a derinir- se não fic ará pel o mero a specto auton omis ta (e a u tó c to n e ) d e limitando- se do c o n te xto na eiE

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Será a al'l '\'ldade sl!::imica

determinada orgânica de p-rupo , des

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ratal1rlad~

lia VIda açoriana?

e outr~B questões que podem sur Ir, dada a impo r tânci.a que a~Sl1ll1eOl, ,no podem 5er me~sta

nosprezadal"'o

Ponelo de parte loda a expIil°-ª ção arieLt{fi"Fl rio fellómeno , o seu vi s i 011A. ri S/IIO l1ilenar is ta, len taremo:-- demolis t rru que os :j 1rllOs I1RO :--ão l l1HO fatalidade do IUO tl rtiano <lf"orinJ1o Sê - lo- ão se aS a\lt.orirlíl"e~ não comarem medi das l'apa;(e~ deu trO duma polí tica sismol6C'ir'a através duma prevenção das rri~es ~ísmiras e da cons trução anti-:'dHrnica. O homem 6 :i ncapaz de re ter ou pô r cobro aOS si~mo5 , maS tem a possibilidade de minorar os seus efeitos por meio duma constr ução 8nti - sf:-'>mica. e 'Ima pos~ibiJida ­ de de os prever. ~este aSpecto merecem rle:j taClue o::> es cudos de al~s estudiosos açorianos , que me rcê de razões de vária ordem nunca ti v'-eram lima ap I i cação p r á tica t funçao da ...;,i:;'1II010 la apli cada o e~'llld() do "''110 para ullla "on5~t"['I p.nte Iplimi ta(,'ào da~ áreas sísmi{'él~, onde se t,.orne ne rec:;sária lima prevençâo.Ao rnesmõ tempo e~:--.e traloFllho paS::.a por 2 ma ('on~" 1 ~IlC ta II L:F\çao ua::> (Jvplllações t!~s árcil s a!}rfln jrlas , pondn - :,\" perante n perl ~o que correm e a.s pO~:-'lhlJidA..cte.!S que a e,!!. t;.enharia,dls p Õe para as minorar lj6) . PO.lS ('orno afirma Cappell e tti , ti os eu '~rlhel.r()s, (~OIlS truto res e arquitectios , desde que o queirar.1 , têm poder para elimina r os terramotos da lista das calamidades humanas" (57). O ReF,111amento Geral das Edi o

o

j


20 ~icaçõe~

UroanaS no ar~ico 1J4 uNas zonas 5uj ei tas a s ismo s vio~en tos deverão s er :rixadas C O~ dições res tritivaS especiais para as edi:f'icações, ajustadas à máxima violência provável dos abalos e incidindo especialmente sobre a altura máx i ma permitida para as edi:ficações, a estrutura destes e a conti t"ltição dos seuS elementos, aS sobrecar g a s adicionaiS que se devem considerar , os valores dos coeficientes adicionais que se devem considerar, os valores dos coe:ficiente s de segurança, e a continuidade e homogeneidade dos terrenos da I'unda ção " (58) . Até quando esperaremos pela sua aplicação generalizada?

- Graciosa lespec~almente Luz e Praia , isto " a zo na em vol ta da Caldeira) .

diz:

~o

c) zona suj eita a aba~os de origem fora da ilha maS que a tinem ce rta violência dentro da i lha: -

d) zona s suj eita s a paroxis mos denunciadores de actividade latente nos \~l cõ e s ainda activos do arqnipéla{"O:

toda a

ilha de S . Mi e ue1 a área das Set e ('id ades e arredores) <'001 excepçào da parte ori en t. al ref'erida na alínea a) le~pecial mente

campo da delimi tação das

ZOnas sísmicas dos Açores,

~ão

- a perLe ocident.al da Tercei ra, em volta do vu~cão de SalltÕ't Bárbara ; - a par~e ocidenta~ de S . .Jor -e, especi.al mente a re r,-ião das VeLas e Urzelina ; - TOd&. a área d a ilha do Pico excepto a zona oriental (P;edad e) ; - a parte ocidental do Faial (Capelo e Praia do Norte até aoS Cedros) .

importantes os estudo5 de ,José

Ae;o::; tinho , em ,eral , e em jJar t 1cul.ar para a Ilha Terce ira (50) , de F. Machado para o Faial e Plco (60} e de A. ~endoça Dia::; para S . Miguel (61) . Pela importância que assu me, transcrevemos aqlli as conclusões de José Agostinho quanto às zona'" sísmicas , es'perando que o GAR não aS ponha de parte no plano de reconstrução que ora esboçou . Zonas de r i::;co sismico noS Açores por orcem dec res c en t e: "a) zona::; sujeita s a sís mo s de oriv,em tect6nica de grand e intensidade (grande em relação ao que se passa nos Açores, diminuta ou moderada pelo menoS em relação aOS grandes sis mo s mund i ais) : - parte oriental da Terceira (re~ião da Praia-Laje$ Vila ~ova) : -metade orJ.enta~ ,Ja ilha de S. Jorge (zona da Calheta); - parte oriental da ilha do Faial (cidade da Horta e povoações dos arredores até à Ribeirinha e tialão);

1,) zonas sujej tas a aualos f;{smicos violentos mas de área reduzida em cada caso , devidos pOI ventura a ajustamentos na es tru rura rlos vulcões em decadência: - parte central da TerceiTa, incluindo a cidade de Angra;

S anta Haria (em toda a

ilha) .

e) ilhas onde não parece nec- essário adoptar rnedLdas anti - s{~ mJ.ca::; : _ FloreR e Co rvo.

11

(62)

Quanto à p reVi sibil idade dos pouco temos a refe re ncia r , Jlna vez que os avanços , até ao fIIomento , ne:"l::.e ca mpo são ainda prec~ r~ a~ . No entanto. SA lientA mos o estudo de r . Ma c hado , AlguJl:' A:;'pec tOS soare .!'!: Si:. mi cid ade ~ Açores t e a sua conc lusão : "Pre ver ~ j smo::> em de terminado s anos, OLl ffie:imO em determinados mese s , é um ere i LO elluivale lt te a prever ,(un tempO 110 verão e mal I tempo 110 i nverrlo" (63) . s~s mo s

I' . :;:' . : ,\Ullla próxima 01'r, I "ldc teremos oca~ião de traLar a relação dos sismos com a degradação do paLrim6nj o art::í::" tico-cul tural aço riano . tí I;eremo~ opo rtunidade de verificar que nem 56 aOS sismos 5e deve essa degradação , ne m um sis mo das proporções deste ( 1980) é capaz de destruir " 5 séculos ~~ hist6ria" . ~

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21

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,B .,. fll" ./IIIt,. 11/1 ,,(,, ,,,11/,,1 :

notas ., (1)

Jos~ A~ostinoo,

~I

p.89

(2) Dest.e modo nao hã razao para a a[ rmaç}. dE! José AgostinhCl : "Santa Maria te~ gozddo lambem fama d~ nao so r~r )alos de terra, ~mbora a expe rlentia recent~ tenha demonstrado qUl os ala violentos abalo~ que se dão em S . \figu!!l, sào também ali s~nti os €"i int~nsidade." (op . cit ., p.89) O) Cap. 72, X', b, Vol. I, pp. 3.8-3)

(4) Vlde Joaquin Cândido Abranch~s. Album lcaelense , Ponta Delgada ,1869. r descabida de fundamento a posi~~~ Jose Hermano Saraiva ao pretender aiirmar qu~ a origem do Monte Hrasil SI! d~ve a uma ~rupção que ai se deu quando do r~conhecimento da Ilha r~rc~ird . pois , segundo F. José Costa , a sua origem ~ muito posterior e d~v~-s~ simplesmente ao facto de o dito sítio ser pertença de Estêvão Silveira qu~ fizera (ar tuna no Brasil para com pra-lo. Saliente-se, no entanto, que já em lj07 a ca rta de Valentim Fe r nan de~ referencia o nome o brassill. -


22

(5) Idem, lbldem, p . 91. (6) N9 6, VaJ. t , pp.360- 1.67

(7) Livro IV, cap. 84 , n~ b, vol . l, pp. 458-465; cap . 87 pp. 65-93 e 172-165-.-

~

89, nQ 6, vol. II ,

(8) Gaspar Fructuoso, ibidem. r.ap. 89, nQ 6 , vol. II, p.86 (9) G\spar Fructuoso, ibidem, cap. 34, n'. b, vol . tI, pp . 188-190 ; e ai nda o jornal "Jorgense", n9 21 , de 15 de Agosto de 1872 . in ibidem , pp.190- l 92

(10) Cito in

~~

6, vol. II. pp. 536-541

(II) N9 6, vai. III , pp. 340- 344 (12)

b, vaI . III, pp. 344- 351 e 426-434; \ide carta pp. 350- 351 e rimento no vol. I, pp . j27-S47

defe-

SüU

(lJ) ~9 6, '01. IV, pp.362-365

(14) N9 lO, pp . b2- !65; ~ Ilídio SarrJ Ira. "O Vule1v do~ Captdi nho s " logia ria Terra Portugu~sa - Açar-..: Ll boa, lQ6~. pp. '1!.-219

(15) .. 9

( lf;) ~, pp.27 -28)

(l7) t\":' 6, (lti )

~?

6,

V(ll.

,

I , pp.

vol

~,

An to-

ln

0-27;

181-)h6

lI, p.279 I , pp . 260-282

\101 •

(19) lbidem. pp. 381-366 (20) N9 6. (21)

~Q

J, pp.462-480

VO L.

6, vol. V, pp . 462-463

(22) ibidem, pp.

,+1)-4'0

;;'ji!, . ,.. (~3)

... bidem, pp . 465-468

(24 ) ibidem, OP. 469-474

(25) Vide alvara da criaçao da (2b)

COffilSSnO ln

lbidem, pp . 477-478

ibidem, p .... ,:..

(2 7 ) Ediçao de

19J~.

pp. 322-339

(2S, vide 0$ volumes I a XII

(29) N. , (10)

~~_

..

(jl) Vide neste

o:!)

aso o estudo de F . .... i1cn~l!o.

12

.Q. Paço do Nilhafre, Coimbra, 1924. pp. l.ll-16b

(33) SauLlades ~T~, li\' . (34)

~9

o

I\' •

PU!)

L

.luO in N9 b. vol. I. pp.

j", ...

~;2

~ilenarismo ê uma seita religiosa que surge com grande ev idência no seculo X na ~ristandade ocidental, anunciando o fim do mundo para o ano mil. \'eicula uma visão aterrorizadora do fim do mundo .


23 r~rr3.

OSI Saudad4;s da

1

LV . IV, publicld

in :';V 6 , voI. I , pp. '\ .. 5-JS.:

1)6) O levanta.menuJ blblio&rãfico dL!:> .studos cit:'nlÍticob en qtll.:~ldO poul:.'m ser

vi tos em ~atãlogo5 feitos nos S~

.oces estudos: ~últ![lrr.

• J . S. Brasao FélrinhlJ ," Lista Bibll.ogratica" in nh(dros, valo IV , ~h. . móri3 nQ 110 , Lisboil 19;5

• Anolôçoes de JanO Afonso in (37) "Si rl

38)

r.

1 gi'9

t;:

1 M,1rh.ldn,

(39) ld~f\

r

12.

pp. 9l-102

~...!.Q.

<>,

0rd~m

Por J di" in Bolellr 08 sboa 195,

ngen

I

pp.21-2i.

ib i :ien,

I

(40) JOSto Agust in~1 , \\:,..! (41) C

~9

oa tJrdt.:m do:; Enge -

el·O CIl

Pi)

1

COSld."Rtdigi~)sidaol::

l VI" a 1 Serana de ESlUd testa opini:w. embora-ui tl hl qUl pret-el1dl'mos at ll"mar.)

Povv Aç<JrLano acra cs dO st'IJ fI.)lc1ore"

o

5..t)nl~.

Ponta a.l la;! , 19b':' , p . 75 aSi!. gu.lndll bl; .1. 1 s.lda (·spclha o

1."'

1.

(4 ) vide Anu",aç . dI.: JUdO Alonso. n .. dl' Carreir 18 ':OSt3 "~s FÍ!st~ U ~. vaI. XIJ!. 197 . pp. 'l-Cõ. ...

pp.

lJ~-lO)i

SP:Cll'

c~

Sdnll~ 'tl'

A

pcci 11 tI o:'studo Ln lns ula-

~Mt'S"

(43) Luís Ribeiro. ~(I 15. p. 2~ ([.'"

Multos desst!s i lagres SilO dauus pt,r Fn l Agostinho c ~ont Atvt!rn\: na~ Crónicas da Provinda de ~. Joao Evangt!.lsta dC's Açores, PontOJ (j._lgaoJ3,

1960/2, 3 vaIs . (4\) Vide Frederico Lopes."~emória sobrt' as Festas do Espirita San t o na Ilha

Terceira. dos Açores " in Boletim do Instituto Histórico da Ilha Tercei ~,

---

vol. 1\ ,1957, pp. 94-163

(46) Para o estudo do mesmo sobre o Fai3 Vl 'Iarc~lino Lima, .\nais do Municí..e....!.E. da Horta . Famalicão, 19~O. pp . .:.ts -,0 (sobr~ a~ restas do7s p irit o 5.10tO) t' pp. 648-659 (sobre os SlSClOS); para:) Pico, "idto: Gabei, J d ' AI meiaa . tastos Açor~anos . p. ~0

(47) (48)

L~lG

R'1 belro, ' 'o___ 15 , _,_,

'9

p.~

~ot

-se que Bt) Luermos ~sta IflrmdçaO ã ..inha de p~nsam.:-nto em l.:ilU:;il. Dl \t'e~cidadç de ta~.

dadt!

\4q) Op. ('O)

cnas pretendt!mQs '!!dnlel d iídeli lodl' al~um prett'ndt!Olos r.h tt.'IHJo:'r a

C1L

\.~{'tan(

J~ld,j3o

Serpa.

~~I

16. p. S4

• !'I\' 1-;, fi. l"! (Vidt! " ass nt .... pp. 102-10

mOl

Jd a s da T rru,(Livro .I\') Ponl 0(· rC'fl1.3 r I .IS q u:\ re sma is n

oe. 9.2b, p. 1.4, .ll. PI'I 1:.rnt·sto S. '11 'Ito' I .. 11 lnsuLII1<1 , vol.

'reir •

XV, 195ó, pp. 9 -98 -)) \lí.uc anot.açot=s de

-4)

i. Ri)ciro,

')~)

b.i.defTt. p. 25

(,6) \:Ç" j, p .

J2

()7) Ibidem, p.l

.JUdO

~,

I-\tonso . N(.'

p. 2'

..!...:.'

pp.

IOl-lfJ~


24

\ ,)8) Ibi dem . p .

j

;

F . Machado , NQ lO , taz

r~ferencia

ao k.egui.amenco

.1~ ~egu­

rança das Cons tru ções co~os sismos in Diário do Governo , 1958,decre t a nQ 41 . 658 e o Regulamento de Solicitaçao em~dificios e Pontes. Di ári o do Gove rno , de 1961 • Decreto N9 44.041 . (5 9 )

(60) N9 12 lol) N9 8 (62) 1'19 2

(63,

. 18

POl'menop de wn desenhO do artista holandês De 81"Uy, do final do séc. XVl,representando as consequências dum tremor de terra ocorrido em S. ~guel nessa epoea.

(Reproàuzido in"Açol'BS""n9 10055, Jan/80)


25

L RA r I •

BI BL I

Agostinho , Jos ê :. NQ 1 - "0 S aba l os sísmicos na i lha Terceira em Dezembro de 19 50 e ~m Ja ne i ro e ~y l' in 8~letim d3 Ordem dos n~tnhei­ .!2.! . N9 22 , ~emõria llÇ' lb . l~sboa , 1953

• ~9 l. - "Relat.o ela 1 1 1 ade dos Açores te" 1l9t-r sisn.:.ica do arq u i pélago com vista prtncipahente .:l ddl 1ta~ J .... ~a~ zo nas o ndt: sao de aeons", III r rnalori:S p r eOluçoes sol \-5 ~ n l.CdS TI i n Bole t im~Ordem dos En ... l!nheiros . ~9 21, "1~móri.l oe:' 118 , Li s boa , 1955 nOIj es para os nao 10i lldos" reroístn4., 19t1-t

• N9 ) - "S i smo l ogia. Bn\€

in Aço r ean • AnjO!;

"Tectón i ca . SI srole i ade, vulcanismo das llla", " ln . AI,\g"a ao Ht'roísmo. ,9j ~ r 11

• SQ 4

os

A-

çor,",~

Arauj o , Luiz A.: e ~Q 5 - Memória 4 hr \IU rupsol!s d o Lisboa, 18

d

nL

li

(rc

\J

5

• N9 fi - Archi vo dos .r\)ore • lL vals •• Ponta Bessone , Po rf i r io : _ Dias . A . A. de

Farinha . J . S. :

a ~Q

~Q

_

Oel~ad.J.lHi2-1927

Oicionád tE n\ ,ógic,", dus Açort"s , ea bridge . 'Iassichusets , 1q12

N9 7 -

~I: nd onça :

819

i \ h.is

cllÍl,)S na

,Jut r,l..,JltI-

8 - "!-1odel hipot~tico do mecanismo s í smico in t t;'ressando a i l ha de-S . Miguel " in Bole ti m da Ordem dos tngenhei r os , ~Q 22 , Memoria nQ Ub , Li sboa . 1955

9 - "Acção dos SLsmos sobre as cons t ruçoes u in Boletim da Ordem dos En~t!nlleiros , ~ÇI _1 , Memória 09 1 2, Lisboa

-m--

Machado , Fr eder i co: _

~~

10 - Curso de Sismologia , Lisboá, 1970

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