HIGH KEY: O SEGREDO DO FUNDO BRANCO Recurso destaca-se por facilitar o trabalho do arte-finalista no recorte da modelo
zamos dois anteparos pretos posicionados um de cada lado da modelo, de forma que o tecido absorva grande parte dessa luz de retorno. Esses anteparos podem ser confeccionados em qualquer tecido preto fosco e são montados como estandartes
Modelo: Daniela Fortuna
para serem pendurados na ponta de tripés de iluminação. Os anteparos devem ter, no mínimo, 70 centímetros de largura por 2 metros de altura, sendo desejável que, em estúdios maiores, tenham 1,4 metros de largura. Seguindo estes passos, a obtenção do fundo branco será fácil e linear, sem sobressaltos causados por tons de cinza ou até mesmo por pequenas manchas de sujeira no fundo. Sejam bemvindos ao High Key! de estúdio posicionadas lateralmente, fechando em um ângulo que varia entre 90 a 140° (fig. 1). Dessa forma, o fundo acaba saindo cinza claro, pois a iluminação terá mais intensidade na modelo do que no fundo, pelo fato de ela estar mais próxima das fontes de luz. A solução para o problema consiste em iluminar o fundo com dois flashes dotados de parabólicas grandes, posicionados um de cada lado, ambos com, no mínimo, um
Fig. 2
f.stop a mais do que o aferido na luz principal (a que ilumina a modelo). Entretanto, apenas um ponto não trará ao fundo o
ESTÚDIO Texto e fotos: Cleber Medeiros
branco neve desejado. Geralmente, os
Medindo a luz
profissionais preferem trabalhar com 1,5
Um flash meter – aparelho que mede
mas geralmente o valor constante no
uma abertura f.11 (22/2 =11).
Fig. 1
ou dois pontos acima da luz principal para
a luz do flash – vale cada centavo co-
manual não corresponde à realidade.
Essa equação não considera o uso de
P
obter o tom puro. Devemos observar que
brado, porém, na era digital, podemos
A equação é simples: basta dividir o
objetivas mais escuras ou acessórios
feita, a foto de modelo com fundo branco
o simples fato de posicionar duas tochas
ajustar a iluminação na medida em que
número guia pela distância em metros
que reduzem a quantidade de luz, como
nem sempre agrada ao fotógrafo, devido
para o fundo com dois pontos acima da
fotografamos, ainda que possamos
entre o flash/tema e o resultado será a
filtros ou sombrinhas (estas geralmente
agências e clientes em trabalhos
às tantas “nuances” de branco, ou melhor,
luz principal acarretaria um problema
ganhar tempo com um cálculo simples,
abertura do diafragma para a sensibi-
diminuem em até dois pontos o número
de book, o High Key, ou, simplesmente, foto
de cinza, que podem existir quando não
adicional, pois a luz do fundo iria retornar
o quase esquecido número guia.
lidade ISO 100. Um flash com número
guia), então deve ser utilizada apenas
com fundo branco, destaca-se por facilitar
logramos o branco total.
por reflexão, invadindo as laterais da mo-
O número guia consiste na potência
guia 22 apontado diretamente para um
como base e os ajustes finos deverão
real do flash indicada pelo fabricante,
modelo a dois metros de distância daria
ser feitos com a própria câmera.
rovavelmente o tipo de iluminação mais solicitado por modelos,
o trabalho do arte-finalista no recorte da
O que ocorre é que muitos fotógrafos
delo e ocasionando um efeito homogêneo
modelo ou mesmo por permitir uma leitura
apenas posicionam a modelo à frente de
semelhante a um flaire, diminuindo sensi-
limpa e imediata do objeto de interesse.
uma parede ou fundo branco e, normal-
velmente o contraste da imagem.
Embora pareça uma imagem simples de ser
mente, utilizam duas unidades de flash
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Para eliminar mais esse problema, utili-
CLEBER MEDEIROS é fotógrafo, professor de fotografia de moda e coordenador da Universidade da Fotografia – Unifoto/Upis. E-mail: cleber.medeiros@photos.com.br
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