Sinopse Com asas da cor da meia-noite e uma afinidade pelas sombras, Jason corteja a escuridão. Mas agora, com o consorte da Arcanjo Neha assassinado no palácio coalhado de pedras preciosas que era sua prisão, e a raiva dela ameaçando provocando uma devastação catastrófica, Jason entra na luz, sabendo que deve descobrir ao assassino antes de que seja muito tarde. Ganhá-la confiança da Neha vem com um preço; Jason deve unir-se a ela por linha sangüínea através da Princesa Mahiya, uma mulher com secretos tão perigosos que não confia em ninguém. E menos em um professor espião inimigo. Com apenas sua implacável busca de um violento e inteligente assassino unindo-os, Jason e Mahiya se embarcam em uma missão que lhes leva a um pesadelo muito antigo… e à escura tormenta de uma inesperada paixão que ameaça banhando-os a ambos de sangue. 6 Prólogo Silêncio Traduzido pela Deeydra Ann' Corrigido pelo Melii Jason não sabia quanto tempo tinha estado escondido em um escuro lugar no chão, onde sua mãe o tinha posto, lhe dizendo que estivesse em silêncio. Tinha estado esperando tanto tempo, nem sequer saiu quando seu estômago lhe doeu pela fome, mas ela não tinha retornado como lhe prometeu, e suas asas estavam apertadas e feridas pelo pequeno espaço, seu rosto banhado em lágrimas. Ela sabia que odiava a escuridão. por que o pôs na escuridão? A pegajosa umidade que tinha gotejado através das pranchas que estavam em cima o cobriu, o sabor disso, espesso e forte no ar. O aroma lhe deu nauseia, e sabia que não podia ficar aí por mais tempo, inclusive se sua mãe se decepcionava por sua desobediência. Estirando seus membros rígidos o mais que era capaz no confinado espaço, suas asas ainda espremendo-se, empurrou para cima a trampilla, mas esta não se moveu. Não gritou, tinha aprendido a jamais gritar. —Não deve fazer ruído, Jason. prometa-me isso
Cavando seus pés na terra, empurrou e empurrou e empurrou até que uma pequena greta de luz imprecisa apareceu no bordo da porta, o tapete tecido à mão em cima era o
suficientemente magra para não tampar o sol. O que estava bloqueando a trampilla era pesado, mas foi capaz de manter seus dedos por debaixo do bordo da porta, tocar o tapete que tinha ajudado a sua mãe a tecer depois de que tivessem recolhido as folhas dos arbustos de linho. sentia-se áspera contra seus nódulos enquanto tratava de tirar sua boneca, e a trampilla o machucou quando conseguiu tirar a mão, mas sabia que seus ossos não se romperiam. Sua mãe lhe havia dito que ele era um imortal forte, que tinha crescido já em seu poder que era mais forte que ela a seu aniversário número cem. —Tão forte, meu bebê. O melhor dos dois. Não sabia quanto tempo lhe levou manter seu outra emano sob o bordo da trampilla, para girar ao redor de seu corpo no buraco, a pele 7 esfregando suas bonecas, até que estava sustentando o bordo e empurrando-o para cima. Só soube que não se deteve até que empurrou com a força suficiente para deslizar a obstrução, o tapete deslizando-se junto com isso. A porta se abriu com um ruído surdo, como se tivesse posado em algo suave. Com o peito agitado e os braços doloridos, teve que esperar para tratar de sair, e inclusive então, suas mãos se deslizaram, escorregadias pelo sangue de suas rasgadas bonecas. as esfregando contra sua calça, agarrou de novo o bordo... e a luz do sol proveniente da janela golpeou suas mãos. ficou imóvel, recordando o líquido escuro e viscoso que tinha gotejado sobre ele enquanto estava apanhado no buraco. Crosta seca e escamosa, que se tinha convertido em uma espécie de óxido em sua pele. Só é óxido, tratou de pensar, só óxido, mas já não podia enganar-se como o tinha feito na escuridão. Era sangre o que cobria suas mãos, seu cabelo, sua cara, esticando o negro de suas asas. Era o sangue que se filtrou através do tapete e por debaixo das pranchas de madeira, ao especial esconderijo que sua mãe tinha feito para ele. Era sangre o que obstruía suas fossas nasais com ferro enquanto ofegava em respirações irregulares. Era sangue que se derramou como água depois de que os gritos cessaram. —Não importa o que ouça, não deve fazer ruído. prometa-me isso Jason. Promete-o! Tremendo, obrigou-se a deixar de olhar o óxido que não era óxido, e se arrastou fora do buraco, fechando a trampilla com mãos cuidadosas, desviando os olhos, para assim não fazer ruído. Logo ficou parado olhando à parede. Não queria girar-se e ver o que havia ao outro lado, o que tinha empurrado da parte superior da trampilla. Mas a parede estava salpicada com o óxido que não era óxido, também. Pequenos pedaços disso tinham começado a desprender-se, secos pelo sol que entrava pela janela. Com o estômago todo retorcido e seu coração feito um vulto, apartou o olhar da parede e a posou no piso, mas estava manchado de um marrom pálido, seus pés tinham feito pequenos rastros na madeira polida. A sujeira dentro do buraco não tinha sido úmida. Não foi a não ser até depois.
depois de que os gritos emudeceram. Fechou os olhos, mas ainda podia cheirar o óxido que não era óxido. E soube que tinha que dar-se volta. Tinha que olhar. 8 1 Traduzido pelo Nico Robin & Deeydra Ann’ Corrigido pelo Max Escritora Solitária De pé na grama de veludo verde que ainda brilhavam com o rocio, Jason olhava ao Dmitri frente a frente com a jaqueta que acabava de fazer sua esposa, a luz do sol do amanhecer beijando sua pele, iluminando os olhos que só viam o homem frente a ela. Os jardins da casa do arcanjo Rafael, pensou Jason, o Hudson apressado passado além dos escarpados e uma massa de fragrantes rosas em plena floração escalando as paredes da casa, tinham visto acontecer os séculos, mas nunca presenciaram a uma cena como esta e talvez nunca voltariam a fazê-lo. Uma cena em que um dos vampiros mais capitalistas do mundo tomou a um caçador do Grêmio por esposa. Que Honra amava ao Dmitri não estava em dúvida. Não fazia falta ser um espião para ler a alegria incandescente em cada respiração dela, sua pele radiante. O que surpreendeu Jason foi a potente emoção que viu nos olhos de um vampiro que tinha sido uma cuchilla sem piedade por todos os séculos em que o tinha conhecido. A crueldade era fácil para o Dmitri, talvez muito fácil nos últimos tempos. O vampiro estava perto de um milhar de anos, e enfastiado, o sangue e a morte já não eram suficientes para provocar que se surpreendesse, muito menos ficar em shock. Jason tinha visto o Dmitri empunhar sua cimitarra no campo de batalha para tirar as cabeças invasoras, glorifica no rocio de seu sangue morrendo, e tinha visto Dmitri seduzir às mulheres com sensual elegância e um coração frio só para divertir-se. Entretanto, o homem que tocou a Honra, quem reclamou seus lábios em um beijo de posse, teve uma sensibilidade que era tão perigosa como suave. E Jason compreendeu que Dmitri seria uma arma brutal contra qualquer que se atrevesse a fazer mal a sua esposa, que a escuridão em ele não tinha sido temperada a não ser simplesmente atada. —Ele não pode fazer frente à Catedra se está pacote —lhe disse à mulher que estava junto a ele, um caçador com asas de meia-noite e amanhecer. Plumas de ricos, de seda azul fluíam do
negro puro no interior da curva das asas, para ramificar-se em uma suave anil e as 9 sombras efêmeras visíveis no céu quando se fez de dia, antes de converter-se em um brilhante blanco-oro nas primárias. Elena era consorte do Rafael e Rafael era vassalo do Jason. Talvez por isso sentia um tipo inesperado de facilidade com ela. Ou poderia ser que ela era um estranho na terra dos imortais, em busca de um caminho que a levaria nos séculos por vir, como ele uma vez. Ou talvez era que, a costas da Elena, estavam unidas por um laço muito mais sombrio, um laço que falava de mães e sangue. Líquido rico em ferro cobria seu cabelo, empapando a túnica e deixando pegajosos seus braços. Elena olhou, sacudiu a cabeça, o surpreendente quase branco de seu cabelo recolhido para trás em um giro elegante, seu corpo vestido com uma singela túnica até os tornozelos de um azul à sombra de um antigo lago de alta montanha. Sua ornamentação só chegava na forma de pequenos aros de cor âmbar que sempre levava como um signo externo de seu compromisso com o Rafael. —Não vê, Jason? —disse enquanto os noivos rompiam um beijo que tinha mais de um suspiro ondeando no ar fresco deste manhã Dmitri é sozinho para Honra. —uniu-se aos aplausos e vítores quando Honra e Dmitri se dirigiram aos convidados reunidos, que avançavam para felicitá-los. depois de ter falado com o Dmitri antes da cerimônia, Jason esperou a que a multidão emagrecesse. Elena também aguardou seu lugar, dando a outros a oportunidade de falar com o casal de recém casados. Como ele tinha estado com o Dmitri antes da cerimônia, junto ao Rafael, Illium e Veneno, Elena tinha estado com Honra, o arcanjo e seu consorte tendo entregue uma habitação em sua casa para a festa da noiva. Essa festa estava composta por caçadores, tuda sem dúvida com uma arma ou duas ocultas sob a roupa elegante que levavam para as bodas. Azul piscava os borde de sua visão, e se voltou para ver o Illium quem estendeu suas asas para um caçador que tinha feito a petição. Vestido com o mesmo conjunto negro formal usado pelo noivo, assim como Rafael e os outros dos Sete aqui hoje, tinha um sorriso coquete em seu rosto. O sorriso era tão real como podia ser, mas então isto não era muito. Jason tinha visto o Illium amar até que seu coração se rompeu, e tinha visto o anjo chorar até que não havia luz nesses olhos de ouro fundido. —Entendo —disse a Elena quando ela o olhou, lhe recordando uma vez mais a capacidade que outros tinham de infinitos matizes de emoção. Jason tinha visto os mortais e imortais por
igual durante séculos, foi capaz de recolher as mudanças mais sutis em seu equilíbrio emocional, já que nenhum homem podia ser um espião sem essa capacidade. Entretanto, durante todo esse tempo, nunca tinha sido capaz de sentir como eles. Era 10 como se a vida se deslizou pela superfície dele, deixando seu coração e sua alma intacta. Você é o espião perfeito. Um fantasma inteligente, talentoso. Inafectado por tudo o que vê. Foi Lijuan quem havia dito essas palavras para ele, faz quatrocentos anos. O mais antigo dos arcanjos também tinha feito a ele uma oferenda de riquezas e mulheres formadas nas artes sensuais, homens se isso era o que desejava, se ia trocar sua lealdade e ficava a seu serviço. Exceto Jason já tinha ganho e criado riqueza suficiente para cem vistas imortais. Quanto ao outro, quando Jason queria uma mulher, tinha uma mulher. Não tinha necessidade de que ninguém atuasse como sua alcoviteira. As asas da Elena brilharam brandamente sobre ele enquanto se estirava um pouco, e não se afastou para romper o contato fugaz. Em muitos sentidos, era o contrário do Aodhan, o anjo tão quebrado que não podia suportar o menor contato. Jason, pelo contrário, às vezes só se sentia real, e não um fantasma como Lijuan lhe tinha chamado, se tinha a pressão da pele do outro, de outras asas, contra as suas. Era como se todos esses anos, décadas, nos que não havia sentido o contato de outro ser sensível, tinha criado uma sede de que nunca poderia ser mitigada. Um bêbado de sensações, isso era no que poderia haver-se convertido, mas, pelo fato de que esses anos de solidão insuportável e interminável lhe tinha deixado outras cicatrizes, cicatrizes que o levaram a abraçar as mesmas sombras que tinha odiado quando era menino, cicatrizes que significavam a confiança imposta com mão cuidadosa. Independentemente de sua necessidade, Jason deixava que muito poucas pessoas o tocassem fora da cama, o toque de um amigo entretanto era uma coisa muito diferente à carícia de um amante tomada na escuridão da noite e esquecido pela manhã. —Foi umas bodas formosa, não? —disse Elena, com os olhos suaves da maneira em que as mulheres freqüentemente tinham por essas coisas. —Quer uma? —O matrimônio se concebia como algo mortal, mas como hoje mostrou, alguns imortais queriam abraçá-lo. Dmitri tinha sido muito insistente na cerimônia. Surpreendida, Elena Rio. —Rafael e eu nos casamos por cima das ruínas de Nova Iorque, quando caiu comigo em seus braços. Rafael também, pensou Jason, era um homem diferente, com seu consorte, esta mulher mortal que se converteu em um anjo. Este anjo débil em términos de poder, sua imortalidade uma chama vacilante, e entretanto tinha uma força que falava com sobrevivente nele. Assim que lhe tinha ensinado a permanecer invisível no céu, viu empurrar seu corpo a
11 extremos sem piedade em um esforço por obter uma decolagem vertical tão logo depois de seu suceder, e escutou as ameaças a sua vida. Porque Elena era a maior debilidade do Rafael. Uma risita pequena, uma pequena menina com travessura nos olhos corria para a Elena com pernas bamboleantes, cachos de bronze tecidos com fio negro capturados aos lados da cabeça com cintas de cor laranja do verão. Sonriendo de prazer não oculto, Elena se inclinou para recolher à menina em seus braços. —Olá, Zoe, Deusa Jaqueta em Formação —lhe Plantando um beijo na bochecha gordinha, o floreado vestido de menina do Zoe confeccionado com encaixe estava sobre o braço da Elena—. Deu a sua mãe o recibo? Jason se encontrou com o olhar direto da menina quando ela assentiu com a cabeça, viu que sustentava cuidadosamente uma pluma de prata com borde de cor azul distintivo em um punho. A filha do diretor do Grêmio olhou suas asas por um momento antes de sussurrar algo ao ouvido da Elena. Jason ouviu o que disse, não entendeu nada disso, falava como os meninos muito pequenos. Evidente que não na mesma desvantagem, Elena o olhou, prata-cinza coloria seus brilhantes olhos com risada. —O fantasia de diabo cobiça mais de suas plumas para sua coleção, Jason. Eu tomaria cuidado. —Ela se distraiu um segundo mais tarde por um homem alto com o cabelo negro comprido pacote cuidadosamente na nuca de seu pescoço, os maçãs do rosto afiados contra a pele de cobre e ouro. Ransom Winterwolf. Caçador. Era estranho ver tantos do Grêmio nos terrenos da casa do Rafael. Situado na Enclave do Angel, no outro lado do rio do cristal e o metal brilhante de Manhattan, era, sem dúvida, elegante, mas Jason sabia que o Sire lhe tinha devotado ao Dmitri lugares muito mais impressionantes para fazer honra a sua noiva. Entretanto, o líder dos Sete tinha sido inflexível. —Amanhecer —havia dito apenas três horas antes do amanhecer—. Nos casamos ao amanhecer. Nessas três horas, Elena e o Diretor do Grêmio tinham conseguido alertar a todos os caçadores na área de Nova Iorque que não estavam em uma missão e estavam a pouca distância de viagem, enquanto que Jason, Illium e Veneno estavam ali pelo resto dos Sete. Nasir, Médico e Aodhan estavam avisados, os três tinham falado com o Dmitri antes das bodas. Unidos em sua lealdade ao Rafael-e o um ao outro, os Sete tinham forjado laços que eram inquebráveis, mas inclusive se tivesse havido mais tempo, era impossível para todos eles estar sempre no mesmo lugar ao mesmo tempo. Para manter o equilíbrio de poder no mundo, para 12
manter a paz no mundo, Rafael necessitava uma presença no Refúgio e em Nova Iorque, e agora, na cidade perdida do Amanat, sede de quão antiga era a mãe do Rafael. Que três deles estivessem aqui para presenciar as bodas do Dmitri era um presente inesperado. Havia outros convidados, é obvio —o orgulhoso pessoal que se ocupava da casa do Rafael; um número de homens e mulheres que trabalhavam diretamente sob o Dmitri na Torre, e cuja lealdade pertencia tanto ao vampiro como ao Rafael; dois policiais mortais que eram considerados parte da família do Grêmio. O homem muito respeitado que tinha oficiado a cerimônia pertencia a essa família, também, depois de ter dirigido o Grêmio antes de passar o mando. O mesmo Rafael tinha estado ao lado do Dmitri durante a cerimônia, a amizade entre os dois homens suficientemente profunda e antiga que o arcanjo tinha desempenhado de padrinho este dia. Jason não sabia de nenhum tipo de amizades entre aqueles que serviam ao Grupo dos Dez, os arcanjos que governavam o mundo, mas sabia que esta tinha perdurado por séculos, através da ira, a guerra e inclusive uma pequena deserção pelo Dmitri ao território da Neha. Isso não durou muito, e agora os lábios de seu Dmitri curvaram por algo que Rafael disse. Enquanto que o vampiro estava vestido com um nítido traje negro, sua noiva levava um vestido de um profundo e vibrante verde que acariciava e abraçava suas curvas ante o ondulação em uma cascata de líquido caindo na erva carregada de rocio, a malha habilmente disposta em seu quadril esquerda para dar a ilusão de ondas. Quando seu olhar se posou no Jason, ela sorriu e se aproximou dele, detendo-se no bordo do espaço invisível que os separava do mundo, uma de suas mãos sustentando o buquê de flores silvestres que Elena tinha criado usando as flores de sua estufa. —Obrigado —disse ela, sua felicidade tão luminosa que eclipsava aos diamantes em seu pescoço, os diamantes que Jason tinha visto comprar ao Dmitri como pedras ásperas faz três séculos. Tinha-lhe tomado ao vampiro outros cem anos para conseguir que fossem finamente cortadas e colocadas em um colar de deliciosa beleza, até que as pedras pareciam ser gotas de fogo estelar capturadas. —A quem o dará de presente? —Jason lhe tinha perguntado em seu momento. A resposta do Dmitri tinha sido uma sardônica careta de sua boca, a dureza em seus olhos semelhante ao das gemas que sustentava. —Uma mulher cujo brilhante espírito deslumbre a estas pedras. O colar tinha adornado ninguém mais que a pele de mel do pescoço que agora rodeava. 13 —Por este incrível vestido de sonho —continuou Honra, passando sua mão pelo tecido—.
Não sei como o encontrou tão cedo na manhã. ajusta-se como se estivesse feito para mim. —As obrigado não são necessárias. —Grande parte da vida a gastou à margem, muitas vezes por vontade própria, às vezes porque não sabia como ser parte, mas tinha necessitado ser parte deste dia no que um homem que respeitava, e quem era um amigo tão próximo como o que era capaz de ter, reclamava a esta mulher por sua conta. —Jason pode encontrar o que for —disse Dmitri, aproximando-se para deslizar seu braço ao redor da cintura de Honra—. Os ventos falam com ele, dizem-lhe aonde ir. Honra riu, rouca e sincera, e logo foi abraçada pela Elena, as asas da jaqueta iridescentes na luz branca da manhã. Movendo-se um pouco à direita, Jason se encontrou com o olhar do Dmitri. O vampiro se encolheu de ombros, as palavras não sortes, mas não desconhecidas. Ninguém jamais o vai acreditar. Não, pensou Jason, ninguém o faria. Inclusive tinha pensado de si mesmo que estava louco quando era um menino ao bordo da idade adulta. Tinha tomado a leitura dos livros de história do Jessamy uma vez que chegou à fortaleza Angélica que era o Refúgio para entender que tinha herdado “o ouvido” de sua mãe, sua capacidade para sentir as coisas passando a centenas de quilômetros de distância, através de oceanos e além das montanhas. Assim foi como ela sempre tinha tido histórias para lhe contar sobre a gente no Refúgio, apesar de que viviam em um atolón1 isolando rodeado pelo brilhante azul do Pacífico. vou escrever esta historia para ti, Jason. Deve praticar a leitura. Tinha-o feito. Uma e outra vez, até que o pergaminho se desintegrou, tinha lido essas histórias e as outras nos livros na casa. Logo, tinha copiado as palavras em madeira, em linho, na areia, obrigando-se a recordar que era uma pessoa, que devia saber como ler. Tinha funcionado... durante um tempo. —Estou feliz por ti, Dmitri —disse agora, permitindo que os fantasmas do passado se desvanecessem neste fundo é meu presente para ti e sua noiva. Enquanto Dmitri baixava o olhar para o pequeno cartão que Jason passava, a madrinha de Honra, uma jaqueta de largas pernas quem tinha dons únicos por sua conta, veio a unir-se com a Elena e Honra, e as mulheres riram e começaram a falar todas de uma vez.
1 Atol: Ilha coralina oceânica ou conjunto de ilhas pequenas que formam parte de um recife de coral, com uma lacuna interior que comunica com o mar. 14 —Um lugar seguro —disse Jason quando Dmitri levantou a vista ao ler a direção do cartão,
o sol se refletia na singela banda de ouro que levava no dedo anelar de sua mão esquerda—. Onde ninguém os encontrará. O entendimento passou através das sensuais linhas do rosto do Dmitri. Apartando uma pequena distância das mulheres, disse—: Não deveria estar surpreso pelo que sabe, e entretanto, estou-o. — Deslizou o cartão—. Que tão crédulo está da segurança? —A casa é minha, e ninguém a encontrou em duzentos anos. Escondida nos densos bosques do outro lado de uma montanha desabitada, só se podia chegar por uma rota muito específica que agora compartilhava com o Dmitri, memore a mente. Inclusive a entrada aérea é impossível a menos que o anjo em questão saiba como encontrar um pequeno claro em particular. Deu ao Dmitri as coordenadas. Sem isso, danos graves às asas como resultado do espesso dossel e os dispositivos de segurança escondidos são uma possibilidade distinta. Os olhos do Dmitri brilharam. Bem. Suas seguintes palavras foram em voz alta. —Não sabia que tinha outra casa neste país. —Não a tenho. —Tinha casas que utilizava quando era necessário, mas casa era um conceito que não tinha significado para ele, apesar de que Dmitri provavelmente supusera que considerava casa seu apartamento na Torre do Arcanjo de Nova Iorque—. vão estar a salvo aí, e poderão estar em privado. —A transformação de Honra de humano a vampiro tomaria tempo, e enquanto Jason sabia que Dmitri se asseguraria de que o passasse em um profundo sonho, a salvo de qualquer sofrimento, também sabia que o outro homem não se afastaria de seu lado durante o processo—. Não há necessidade de ter uma unidade de guardas. —Não confiaria nessas palavras saindo da boca de qualquer, exceto da tua —disse Dmitri, com sua cara inclinada para Honra—. Não sei quando vamos usar seu dom. Tenho sua promessa... mas não vou apressar a nisto. —Deseja-o. —Sim. —A crueldade sem adornos—. Mas já vê, Jason, parece que tenho uma debilidade fatal quando se trata de Honra, inclusive se ela trocar de idéia e decide permanecer mortal, não posso forçá-la e seguir vivendo comigo mesmo. Jason não disse nada enquanto Dmitri voltava com sua esposa, quem elevou o olhar para lhe oferecer um sorriso que Jason tinha visto compartilhar com nenhum outro. Seus amigos se afastaram para lhes dar ao marido e esposa um momento de privacidade, mas todos seguiram atrasando-se no verde exuberante da grama, o canto dos pássaros era um delicado acompanhamento ao murmúrio da conversação. bebeu-se champanha, se 15 intercambiaram saudações, amizades se renovaram no resplendor da alegria que saía de Honra
e Dmitri. A diferença dos outros, Jason se sentia exposto aqui na luz do sol, o incessante negro de suas asas era um objetivo, mas não cedeu ao impulso de voar por cima das nuvens, onde ninguém podia vê-lo. Um minuto mais tarde, quando os ventos começaram a sussurrar, ele escutou. Uma só palavra. Um nome. Eris. O solo importante Eris que Jason conhecia era o marido da Neha, a arcanjo de três mil anos de idade, o único membro do Grupo que tinha optado por seguir a cerimônia mortal do enlace. Eris era também seu consorte, mas não tinha sido visto em público durante uns trezentos anos. Muitos acreditavam morto, entretanto, Jason sabia que o homem vivia, detento no interior de um palácio na extensa fortaleza da Neha. À exceção de quando tinha tratado de escapar ao princípio de seu cativeiro, não tinha sido fisicamente prejudicado. Neha amava muito ao Eris para machucá-lo. Era também por que o odiava com tanta violência por sua traição. Eris. Deslizando-se nas sombras das árvores que bordeaban a propriedade do Rafael, um recolhedor pausa da luz, Jason tirou seu telefone celular. Em séculos anteriores, inclusive com suas consideráveis capacidades mentais, tinha-lhe tomado dias comunicar-se com seus homens e mulheres, semanas para reunir uma onda peça de informação. A tecnologia o fez muito mais simples, a diferença de alguns anjos da antigüidade, e embora sua arma escolhida seguia sendo uma espada, Jason não aborrecia o mundo moderno. Agora, viu que tinha uma quantidade de chamadas perdidas que deveram ter chegado durante a cerimônia, enquanto seu telefone tinha estado em modo silencioso. Todas eram da Samira, uma faxineira com autorização para trabalhar os quartos privados da Neha e tecnicamente seu espião de mais alta fila na corte do outro arcanjo, embora Jason tinha suas dúvidas a respeito de se eficácia continuar. —Samira —disse quando a chamada foi respondida—, o que passou? —Eris está morto —sussurrou—. Assassinado no interior de seu palácio. —Quando? —Não sei, mas o encontraram faz uma hora. Neha não deixou o corpo. Mahiya está a seu lado. 16
Jason nunca tinha falado com a Mahiya, mas depois de ter feito uma sutil investigação quando Neha a adotou primeiro pouco mais de três séculos atrás, sabia que a princesa era da linhagem da Neha. Essa relação foi de conhecimento aceito, mas os fatos detrás disso tinham sido enterrados faz muito tempo. Muitos na mesma corte da Neha escolheram não recordar, não ver a verdade; que Mahiya tinha nascido de Nivriti, irmã da Neha e morta enquanto sua filha nascia. Nenhum terrível secreto... exceto se sabia o nome do pai da Mahiya. Eris. 17 2 Traduzido pelo Vane-1095 Corrigido por tamis11 Embora Mahiya foi o fruto da relação proibida entre o Eris e Nivriti, ela foi, segundo todas as aparências externas, tratada como uma princesa amada por sua tia, o título de cortesia para estabelecer sua condição de parente da Neha. —Há algo mais? A respiração da Samira fico tranqüila por um minuto, e Jason espero sem interrupções ou demanda, sabendo que ela estava preocupada com ser ouvidos. —Neha esta médio louca —disse ao fim—. Me preocupa que vá liberar seu poder. Conhecendo como ele o fazia a profundidade das emoções do arcanjo a respeito de seu marido —ela não tinha podido nem lhe perdoar sua infidelidade, nem pô-lo em liberdade depois de séculos de fechamento— Jason compartilhava a preocupação da Samira. E Neha era um ser de imenso poder. Se lhe dava voz a sua agonia, poderia arrastar cidades, e era quase seguro que sua raiva teria como objetivo a aqueles aos que responsabilizava de sua outra terrível dor, a execução de sua filha, Anoushka. Rafael tinha dado o golpe de graça que reduziu à filha da Neha a pó. —me avise imediatamente em que faça algum movimento. Ao pendurar, olhou fora sobre os jardins à festa nupcial e aos convidados caminhando dentro para o, sem dúvida, delicioso café da manhã preparado pelo orgulhoso pessoal da casa, sob a digna guia do mordomo, Motgomery. As asas do Rafael brilhá-lo à luz do sol, os chamativos filamento de ouro contra branco. Sire. Rafael não se deteve, sua expressão sem mostrar nada à distância. O que acontece, Jason?
Eris está morto. Assassinado. Sabia que Rafael tinha visto o Eris na corte da Neha, cortejando-a, e Rafael entendia as retorcidas emoções que tinham pacote aos dois juntos. A resposta do arcanjo não se fez esperar. Vemo-nos no estudo. 18 Dois minutos mais tarde, quando Jason entro no estudo através das portas francesas que se abriam para a grama, fez-o com um sigilo que significava que ninguém o tinha visto, embora o sol se elevava no horizonte com cada respiração. Isso era como devia ser, era seu trabalho ser invisível, inaudível, uma sombra entre as sombras. depois de seis séculos, sua condição de chefe de espiões do Rafael não era nenhum secreto quando se tratava dos mais antigos imortais, embora esse conhecimento não ganhou nada e teve um impacto ainda menor nas atividades do Jason. Enquanto que a gente se centrava nele, seus agentes tranqüilamente encontravam lugares nas cortes e as torres de todo o mundo. Rafael entrou na habitação nesse momento, fechando a porta detrás dele. —Neha já estava ao bordo da loucura depois da execução da Anoushka. —O tom do arcanjo foi implacável em sua honestidade—. Isto bem pode empurrá-la de novo. Jason tinha visto outros arcanjos perder o controle total, tinha caminhado através das devastadas cidades cheias de cadáveres em decomposição, observado a queda de um país inteiro em uma época escura em que se extinguiu toda esperança, os olhos dos meninos mortos de desespero. Inclusive se Neha escolhia um branco fora do território do Rafael, o mundo não poderia sofrer tal devastação tão logo depois da destruição da Beijing sem terminar quebrado, sem ter em conta a conseguinte guerra arcangélica que se tragaria a todos. Seu telefone vibrou discretamente nesse instante. Respondendo, ouviu a Samira dizer—: Ela deixou o corpo com os olhos cheios de demência. —Tira a à habitação onde tem sua suíte de comunicações. —Jason, não entrará em razão. —Tem que encontrar uma maneira —Cada um de seus agentes eram inteligentes, capazes de pensar em seus pés—. Depois sal da fortaleza e do território da Neha. Samira respirou fundo. —Poderia ser capaz de fazê-lo se estirar a verdade e digo que a Cadeira quer falar com ela. —Não fique, Samira. —Nesse estado de ânimo, Neha a mataria. —Sairei logo que diga as palavras.
Ao pendurar, olhou ao Rafael. —Se fizermos a chamada agora, temos a oportunidade de apanhá-la antes de que já não possa ver nem ouvir através da ira. —Posso distrai-la —respondeu Rafael—, mas poderia envolver sua presença em seu território. 19 —Irei —Embora o risco para a Samira era muito alto, Jason era mais forte, sabia que obtinha um certo respeito da Neha. Rafael assentiu e esperou a que Jason se retirasse de vista antes de chamar na tela grande em uma esquina do estudo, pelo Rafael, também, compreendeu o valor da tecnologia. A resposta demorou tanto em chegar que Jason pensou que Samira tinha fracassado em sua tarefa. Mas a tela se esclareceu por fim mostrando a Neha como nunca antes a tinha visto. A Arcanjo da Índia era sempre elegante, sempre agraciada. Agora, seu negro cabelo pendurava emaranhado e enredado ao redor de seu rosto, como se tivesse estado devorando dele; rastros de sangue corriam através de sua pele e se impregnavam no malmequer amarelo de seu sari de seda. —Rafael —disse, sua voz tranqüila era letal—. Seu círculo é como abutres incluso com as manchas do sangue vital do Erin em minhas mãos. A resposta do Rafael foi suave. —Nunca fui isso, Neha. Um leve sorriso de réptil que deu a Neha seu nome de Rainha das Serpentes. —Não, talvez não. portanto, oferece sua comiseração? — Uma declaração quase aborrecida, seus pestanas baixaram para ocultar a raiva selvagem que fervia em seu interior. —Ofereço minha ajuda. Neha levantou uma única régia retrocede. —A menos que tenha estado guardando secretos, acredito que trazer para a vida ao Eris está além de sua capacidade. Lijuan mesma não poderia obtê-lo. Jason se perguntou se Neha tinha considerado alguma vez relegar a seu marido ao horror de ser um dos “renascidos” do Lijuan, um monstro sem sentido que se alimenta de fresca carne humana, e não pôde descartar a idéia. Isso solo acrescentava urgência à situação, porque se Neha e Lijuan uniam forças, o mundo se afogaria em sangue, morte e estrondoso horror. —Não —disse Rafael em resposta à provocação da Neha—. Eris foi assassinado dentro de sua fortaleza, portanto, não se pode confiar em ninguém dentro. Tenho a alguém com a capacidade de descobrir ao assassino para ti. A pausa foi mais larga esta vez, a loucura nos olhos da Neha substituída por fria, dura razão. —Essa sombra negra tua? O cachorrinho resgatado?
Jason não se sentiu insultado, embora a última descrição era inexata. Ninguém o tinha resgatado. 20 A resposta do Rafael também foi imperturbável, o azul de seus olhos em perfeita calma como um glacial lago. —As habilidades do Jason estão fora de discussão. —Ele também é seu chefe de espiões. —Levantando uma mão ensangüentada, olhou-o, sua voz alterando-se sem prévio aviso, em um sussurro agitado—. Eris sangrava muito, não sabia que tinha tanto nele. —Sofro por ti, Neha. Era seu marido e seu consorte. —Foi uma declaração solene, de um arcanjo a outro. —Sim. —A loucura voltou, girando e dando zarpazos—. Também era o pai da menina a que ajudou a matar —sussurrou, seus olhos trocando de uma forma muito rápida para que Jason pudesse vê-los realmente antes de voltar para a normalidade, mas isso pôs em sua mente as serpentes uma vez mais. Rafael não deu marcha atrás sob seu ataque venenoso, não recordando a Neha que Anoushle tinha assinado sua sentença de morte quando machucou a um menino em sua busca de poder. —Desejas fazer violência, isso está claro —disse—, mas em lugar de arremeter indiscriminadamente, não seria mais satisfatório torturar ao responsável? Neha se separou da câmara para recolher o que parecia um jovem pitón, assentando-se ao redor de seu pescoço. Acariciando a criatura como se fora um gato, sentou-se em uma cadeira de madeira clara esculpida com paciência infinita, polida e envernizada até que brilhava como uma jóia. —Crie que estou louca? —disse, enquanto a serpente levantava a cabeça, saboreando o ar com sua língua. —Acredito que está de duelo. E acredito que isso foi um ato covarde. Uma lenta piscada, detendo seus dedos no elegante corpo da pitón. —De verdade? —Eris não era poderoso. Formoso na maneira em que os homens são realmente formosos, mas com um pouco força pessoal. Isso foi feito para te ferir. —Meu pobre Eris. —Outra persistente carícia—. Tem razão. Não posso confiar em ninguém dentro da fortaleza até que não saiba a identidade do assassino… Mas se seu chefe de espiões entra, deve obrigar-se a mim. —Isso —disse Rafael com uma gentileza que teve um espeto de negativa—, não posso
permiti-lo, nem sequer por ti. É um de meus Sete. —Protegeria-o a costa de milhares de vidas? —Gelo frio racional e manipulador, era a Arcangel da Índia nesse momento. —A lealdade não é tão facilmente descartada como um casaco. 21 Por alguma razão, isso fez que Neha curvasse os lábios no que parecia um sorriso quase genuíno. —Tão unido a seus homens. Nunca fui capaz de criticar sua fidelidade. Seu sorriso troco, voltou-se inescrutável. —Muito bem, então, deve ser Mahiya. —Esta vez, foi Rafael quem fez uma pausa. A filha do Eris com o Nivriti, recordou Jason ao arcanjo, porque não era um tema de que tinham tido muitos motivos para discutir. Ela tem agora um pouco mais de trecientos anos de antigüidade. —Pensa comparar a um anjo tão jovem com o Jason? —Não, por certo. Mahiya é uma bagatela, nada mais. —A arcanjo permitiu a pitón estalar fora sua língua em seus dedos ensangüentados—. Mas, como estou segura de que o cachorrinho te informou, sua linhagem é de minha família. O juramento de sangue a ela será suficiente. Rafael sustentou o olhar da Neha. —Falarei com ele. Neha inclinou a cabeça em um régio assentimento antes de terminar a chamada. Quanto ao Jason, com as asas pegas cuidadosamente a suas costas, Rafael disse—: Está estável no momento, mas é um alívio temporário. quanto mais se cozinhe o assassinato, mais perigosa será. —Estou disposto a tomar o juramento de sangue. —Era um antigo costume, estranha vez se praticada inclusive no passado. Outorgando o juramento de sangue a Mahiya, Jason se convertia em família em um sentido e portanto estaria obrigado a proteger os interesses da família. A razão pela que o costume se converteu em desgraça era porque patinava muito perto de cruzar a linha da intimidade forçada, pois no passado distante, o juramento de sangue tinha sido usado para selar a mais privada das relações. Entretanto, como todas as leis e costumes angélicos, o juramento de sangue foi uma criação muito mais sutil do que parecia com simples vista. Embora o empate cerimonioso os deixaria sem intenções traiçoeiras, ao fazer o convite, Neha reconheceu a honra do Rafael e seus Sete. Se Jason utilizava então sua entrada na corte para procurar e explorar qualquer defeito em suas defesas seria considerado uma declaração de guerra. E uma vez que fora conhecido seu
engano, Jason perderia cada pouco de respeito que se ganhou dos mais poderosos imortais. Isso não era pouca coisa, sobre tudo para um chefe de espiões. Grande parte de sua informação lhe chegava através dos imortais. Pior ainda, suas pessoas estariam em muito mais perigo, apesar de que eram os melhores, 22 era inevitável que alguns fossem desenterrados enquanto exerciam suas funções. Quando no passado poderiam ser perdoados pela força do respeito que os anjos maiores tinham para o Jason, eles agora poderiam executar esses mesmos anjos um signo de desgosto pelo descumprimento de, juramento de sangue. As asas do Rafael rangeram enquanto as reassentava, o único sinal de sua surpresa pelo acordo do Jason à arcaico costume. —Não é necessário —disse o arcanjo—. A Cadeira pode ser capaz de controlá-la agora que tenho tempo suficiente para lhes advertir a outros. E o juramento de sangue te põe em risco. Neha poderia julgar que os tem quebrado, pode pedir uma execução. —Negou com a cabeça—. Sabe que esteve de acordo com muita facilidade a sua presença em seu território. Quer-te em seu poder, tem planos para te utilizar em vingança contra mim. —Sim. —Jason tinha visto o olhar calculadora nos olhos da Neha, sabia que a Arcanjo da Índia entendia o que seus Sete significavam para ele, se Neha não podia chegar a Elena, não podia danificar o coração de Rafael, era completamente capaz de ir por sua segunda melhor opção—. Mas —acrescentou—, enquanto Neha pode ser impulsionada pela necessidade de vingança, é também uma criatura de orgulho. Para ela romper uma promessa de um salvo-conduto que implicava sua honra pelo juramento de sangue, e sem prejuízos do que diga, essa honra lhe importa. —Era tudo o que ficava. —Está disposto a arriscar sua vida nisto? —Sim. —Jason tinha vigiado a Neha durante séculos, enquanto via todos outros membros da Cadeira, assim sabia que não era um arcanjo que usaria mão dura quando os métodos mais sutis seriam suficientes. —Neha está mais apta para tratar de me pôr em seu contrário ou para me atrair para trocar de bando. Rafael o olhou aos olhos. —vai ser um perigoso jogo de paciência e poder. —Um curto. —Jason já tinha algumas ideia a respeito da morte do Eris—. O juramento se considera completo imediatamente de descobrir o assassino. —Neha esperaria estipulação—. Não há nada no costume que me impeça de continuar com minhas outras obrigações, sempre e quando não trair a Neha enquanto isso.
Com olhos inescrutáveis, Rafael disse—: Segue sendo um mau negócio… a menos que deseje estar dentro da corte da Neha por razões próprias. —Há algo passando dentro —reconheceu—. Samira não pôde aproximar-se disso. Estou quase seguro de que Neha sabia do que era uma das minhas. 23 Permitir um certo nível de espionagem, sobre tudo para entregar informação falsa, era uma diversão para alguns dos arcanjos. —O juramento —continuou—, levará-me dentro da fortaleza, e como só quero observar, não interferir neste outro assunto, não me arriesgarñe ao descumprimento do juramento. —Não seria capaz de utilizar algo que descobrisse, não a menos que pudesse verificar a mesma informação de outra fonte, mas seria pelo menos confirmar que estava no caminho correto. —Uma fina linha. —Posso caminhar por ela. As seguintes palavras do Rafael foram pragmáticas. —Ela não te dará rédea solta. Esta Mahiya será apta para ser sua sombra. —Não passa nada. —Jason era perito em desaparecer em meio de uma multidão, a permanecer invisível inclusive quando se parava frente a alguma pessoa—. Ela é relativamente jovem, e que eu saiba, nunca foi além das fronteiras dos palácios da Neha. —Certamente instruída na arte de intrigas na corte, havia uma alta probabilidade de que não fora uma “bagatela”, mas não podia esperar igualar a um homem que se passou sua vida aprendendo a ser familiar na escuridão, até que a noite era seu lar natural. —Nunca atei suas mãos —disse Rafael—, e não vou fazer o agora. É sua eleição. —Franziu o cenho—. Quanto a Mahiya, lembrança que tinha dúvidas a respeito de sua paternidade já que os rumores da infidelidade do Eris nunca foram provados. Nivriti também foi executada ao parecer por outros delitos meses antes de que a menina aparecesse na corte pela primeira vez, porque está tão seguro de que é do Eris? —Leva sua linhagem em seu rosto. —Foram os distintivos olhos da Mahiya que monstraban seu parentesco aos não cegados pelo medo da ira de uma arcanjo—. Também ouvi suficientes fragmentos de meus espiões através dos séculos para confirmar a evidência de minha vista. Inclinado a cabeça, Rafael ficou pensativo. —Neha tem a reputação de não machucar aos meninos, mortais ou imortais, assim posso vê-la adotando a uma menina incluso nessas circunstâncias. —Olhando para cima disse—: Te deixo a eleição a ti, Jason. E quem sabe? Talvez Mahiya resultasse ser sua perdição, diz-se que a intimidade de um juramento de sangue é
poderoso. Jason não disse nada, mas ambos sabiam que era uma coisa impossível. Jason nunca tinha amado a ninguém depois de que cravou uma tumba sob um sol tropical, já não entendia a emoção, o menino que uma vez tinha sido era uma miragem longínqua em sua mente. O mais perto que chegou foi em seu 24 lealdade ao Rafael, mas sabia vendo o Dmitri com sua esposa, Rafael com Elena, Galen com o Jessamy, e faz muito tempo, Illium com seu mortal, que não era o mesmo absolutamente. —Sairei em uma hora. —Recorda —disse Rafael em um tom tranqüilo que cortava o ar como uma folha—. Não só é a rainha das serpentes, é a rainha dos venenos. E Jason estava a ponto de entrar em sua guarida. 25 3 Traduzido É pela Deeydra Ann’ Corrigido por maggiih Ela leva meu anel. Dmitri viu como o rosto de Honra se iluminava enquanto ria de algo que seu inteligente amiga Ashwini lhe tinha sussurrado. Com seu ardiloso engenho e olhos que viam muito, a outra jaqueta tinha sido uma boa amiga para Honra, e assim Dmitri se houvesse sentido inclinado a seu gosto, inclusive se não lhe tivesse proporcionado uma fonte de diversão, o jogo do gato e o camundongo que ela e Janvier tinham jogado durante mais de dois anos era tão inexplicável como fascinante. Os olhos de Honra se voltaram para ele, sustentando em sua cara uma pergunta não formulada. —Estou procurando a minha esposa —murmurou só para seus ouvidos, passando seus dedos por sua nuca enquanto se dizia a se mesmo que realmente devia comportar-se já que estavam em público—. Minha bela esposa, a quem eu gostaria de tirar de seu vestido e sentá-la nua em meu regaço para poder lhe fazer coisas depravadas a seu sexy corpo. —Nunca tinha sido muito bom comportando-se. Um débil tremor. —Não deveria sair a atormentar às mulheres. Sonriendo com uma deliberada lentidão que trouxe um sonolento calor a esses olhos
obsessivamente verdes, inclinou-se perto, suas seguintes palavras foram um ronrono contra a linha de sua orelha. —Só descida atormentar a uma mulher pelo resto da eternidade. Seu pulso pulsava na garganta, a chamada de seu sangue era um erótico canto de sereia. Respirou fundo, tomou sua essência dentro, mas não estava disposto a apressar-se. Hoje não. —Quer que te diga o que me proponho te fazer para seu presente de noite de bodas? —Envolveu-a em brincos de chocolate e uma promessa sensual, rica e decadente. —Não. —Era uma negativa risonha, sua voz rouca enredando-o em cadeias que ele não tinha a intenção de romper—. Ou te direi o que estou usando sob o vestido. sentia-se como se se estirasse em prazer, como se fora um grande gato que tinha sido acariciado, sua risada era tão preciosa para ele como a mais estranha das gemas. A ponto de responder, apanhou algo pela extremidade de seu 26 olho, trocou de posição para ver o Jason entrar na habitação. —Acredito que Jason veio para despedir-se. —ficou de pé—. Vai? —disse em voz alta enquanto o anjo de asas negras se detinha junto à mesa. O que passou? —Se, temo-me que não posso ficar mais tempo. Eris está morto. Tenho que me dirigir ao território da Neha. Quando Jason levantou seu antebraço, Dmitri o estreitou como guerreiros que tinham estado juntos em batalha. —Verei-te quando retornar. Permanecerei em contato. A mão do Jason apertou seu braço antes de deixá-lo cair. —Desfrutem de seu tempo longe. Tenho-o sob controle, e você tem uma esposa quem não estará agradada por um marido sempre pacote a seu trabalho. Dmitri olhou a Honra, seus lábios formando um débil sorriso. Minha esposa é uma jaqueta e muito mais propensa a unir-se a mim em ir a seu resgate em caso de que o necessitasse. Fazendo uma pausa, ele acrescentou uma mensagem pessoal para a Neha, pois antes da Anoushka, tinha sido uma grande dama, um arcanjo ao que não estava envergonhado de lhe haver servido uma vez. Assegurarei-me de que o receba. Jason inclinou sua cabeça para Honra. —Me demissão. —Estou tão contente de que pudesse assistir. —O sorriso de Honra era deslumbrante—. Te
verei de novo quando voltarmos à cidade. Jason se foi em um varrido de asas negras um segundo depois, e Dmitri voltou a tomar assento junto a sua esposa... quem se apoiou nele pouco depois, sua voz era um sussurro quando lhe perguntou—: vais dizer me o que está passando? Rodeando-a com seu braço, esfregou seu polegar sobre o delicado arco de sua clavícula. —Quando estivermos sozinhos —murmurou, seu corpo endurecendo-se ante a idéia dela, cálida e nua entre seus braços na cama—. Vamos dar um passeio. Honra o olhou com os olhos entrecerrados. —Para que me possa falar em seu Ferrari? —Eu gosto do que me faz em meu Ferrari. —Sensual e acaloradamente feminina, ela o tinha feito seu escravo o dia em que o tinha tomado com tal exuberante confiança. 27 Uma lenta, lento sorriso da mulher que lhe pertencia em corpo e alma. —Talvez deveríamos fazer um desvio em nosso caminho de volta à Torre depois da recepção. Sabia que seus olhos estavam brilhando, mas não lhe importava. Inclinando-se para frente, capturou seus lábios em um beijo que fez que os convidados ao redor deles os animassem. —Um comprido desvio. —Era uma promessa. 28 4 Traduzido pelo Majo_Smile ? Corrigido por paoo mais de quatorze horas de vôo intenso depois, Jason utilizou as nuvens noturnas a seu favor enquanto rodeava a pedra e o mármore da magnífica fortaleza encarapitada em um alto penhasco. Era conhecida simplesmente como a Fortaleza do Arcanjo, porque era onde Neha fez sua casa. Banhada pela luz de uma lua enche que ainda não tinha começado a minguar, embora a manhã estava só umas horas longe, suas muralhas não brilhavam de oro âmbar como quando estavam sob os raios do sol, mas sim de prata, inquietantemente pálida. depois de ter guardado sua pequena bolsa para recuperá-la depois, tinha pirado para o espelho escuro de um lago na base da fortaleza e fez um varrido sobre a cidade dormida aí. Do sob ponto de vista, a fortaleza tinha parecido uma miragem, uma fantasia imaginada. O trono apropriado para o arcanjo que era a rainha desta terra.
Pregou as asas de ébano que absorveram a luz da lua, que a sua vez absorvia a luz solar e chegou a uma aterrissagem silenciosa, invisível nas sombras de uma das grandes leva que protegiam a fortaleza, uma porta o suficientemente grande para diminuir uma unidade de cavalaria inteira. Cada porta ocultava a anterior e a seguinte pelos ângulos nos que se construiu o forte, cortando a linha de visão e não proporcionando um lance reto sobre o qual tomar velocidade para derrubar a seguinte. Como medida de defesa contra um ataque montado, era magnífico. Inimigos voadores requeriam medidas adicionais, incluído o esquadrão de anjos no céu e os vampiros armados por terra e sobre as muralhas. Nenhum deles tinha visto o Jason. Isso não queria dizer que eram inúteis, foi estranho o guarda que alguma vez viu o homem que tinha sido desenhado para integrar-se na noite. Jason estava bastante seguro de que tinha evitado ser detectado pelo sistema de vigilância por satélite, também, sua capacidade lhe convertia em uma sombra imprecisa desprezada pelo homem e a máquina por igual. Em lugar de caminhar através da porta, observou em silêncio, imóvel, até que pôde predizer a rota de vigilância e o tempo dos guardas vampíricos, então, aproveitando um cego fugaz no terreno, 29 voou para cima e sobre a porta para aterrissar ao bordo dos jardins com patrão geométrico no pátio do terceiro nível. A fonte no centro resplandecia à luz da lua que iluminava o pátio com seu brilho luminoso. O palácio privado da Neha, sabia, estava à esquerda de sua posição de aterrissagem, suas paredes de mármore com motivos antigos criados a partir de pedras semipreciosas. Mas essa não era sua característica mais impressionante, milhares de diamantes tinham sido incrustados nas paredes, entrelaçados no desenho, o palácio parecia resplandecer tão forte como a pedra mesma... ou brilhar com um coração ardente que despertou admiração em todas as épocas. De todos os edifícios que vi em minha vida, é o Fira Mahal o que me rouba o fôlego. Tinha sido Titus quem havia dito essas palavras, e o arcanjo guerreiro não era um homem dado à poesia. Jason podia entender a necessidade, o Fira Mahal ou Palácio de Diamante, também conhecido como Palácio de Jóias, era uma obra de arte como nenhuma outra. Agora, levantando-se de sua posição baixa, agachou-se, uma vez mais cronometrando seus movimentos para evitar aos guardas e chegar à porta reluzente do palácio sem ser visto. O guarda que abriu em resposta a sua chamada vaiou em surpresa e foi por uma arma. —Suponho que é o chefe de espiões —disse uma voz feminina de dentro, no principal dialeto da região—. Entra, Jason. Mantendo ao guarda em sua linha de visão, Jason entrou na habitação do palácio que brilhava brandamente para ver a Rainha dos Venenos, das Serpentes. A diferença de quando tinha falado com o Rafael, Neha agora era a
imagem da graça sentada na cadeira do trono, seu corpo vestido com um sari cor verde pálida em lugar do branco cru de luto. Ela, ao igual ao resto da habitação, brilhava com a luz das velas ricocheteando na cascata interminável de pedras preciosas esculpidas. —Lady Neha. —inclinou-se em uma respeitosa reverência, que entretanto deixou em claro que não era adulador e nunca o seria. Tinha aprendido o movimento elegante do Illium, e era útil nas estranhas ocasiões quando tinha que fazer uma aparição pública frente a um da Cadeira. —Surpreende-me. Saudação completada, encontrou-se com o penetrante marrom de seu olhar, consciente da fina serpente em tons esmeralda que levava como um bracelete vivo. 30 —Esperava um selvagem? —perguntou no mesmo dialeto, depois de ter aprendido faz muito tempo as línguas dominantes do mundo, entre elas as variações utilizadas nos territórios da Cadeira. Os segredos, depois de tudo, não tinham uma só linguagem. Os lábios pintados vermelho escuro se curvaram. —Vocês dão essa impressão. —Levantando-se de sua cadeira exquisitamente esculpida em mármore negro com incrustações de ouro, baixou os três degraus ao piso coberto por um tapete de seda trancada à mão do tom de safiras sob a luz solar. Quando não lhe ofereceu seu braço, levantou uma sobrancelha arrogante. —Necessito dois braços livres para brigar. A risada da Neha era delicada... escondendo a nota estridente que havia debaixo. —Tão honesto, mas isso é uma mentira inteligente, não? Um espião não pode dá-lo tudo. Jason não disse nada e não tinha interesse em jogar este jogo em particular. —Vamos —disse, com um sorriso reluzente que continha a apreciação de um imortal que estranha vez perdia uma batalha de engenho e que tinha disparado só a primeira ronda—, é o momento de conhecer a pessoa a quem lhe jurará fidelidade em sangue. Tudo está preparado para a cerimônia. Jason expôs sua condição enquanto caminhavam. Para sua surpresa, não só Neha não fez nenhuma objeção a sua estipulação quanto à duração do juramento, ela a acolheu. —É muito perigoso para uma criatura como Mahiya. —Uma escuridão ilegível em seu tom—. A pobre menina provavelmente morrerá de espanto a menos que saiba que logo vai estar livre das cadeias que a atam a ti. —Ela não emprestou atenção a uma grande coruja voando silenciosa como um fantasma mais à frente do passo aberto ao ar livre onde se dirigiam—. Mahiya não é capaz de dirigir uma grande carrega por muito tempo.
Uma vez mais, Jason guardou silêncio. A princesa nunca lhe tinha parecido débil, mas só tinha pego sempre os brilhos mais fugazes dela, porque não era o poder na corte, não era o centro das intrigas, e portanto de pouco interesse para um espião. Entretanto, sabia que tudo poderia ser um subterfúgio inteligente, Mahiya uma cuchilla bem escondida. Carecia de sentido ter a uma frágil "bagatela" vigiando os movimentos de um espião inimigo. Por outro lado, Mahiya poderia ter sido a única opção disponível, a única descendente direta do sangue antigo da Neha que estava de uma vez viva e não unida a um amante. 31 Apesar de que foi através de tudo o que sabia da princesa, observou aos guardas de librea e armados escondidos detrás das altas colunas de pedra vermelha, a iluminação moderna que se integrou para parecer uma parte integral da estrutura de séculos de antigüidade, a beleza esbelta das damas de honra tomando um passeio noturno, Neha não o levou a outro lado dos jardins, a não ser a um nível superior e ao pátio do quarto nível. Como palácio delicioso no mais alto nível se utilizava só para hóspedes da casa do calibre da Cadeira, e pelo resto permanecia vazio exceto pela rotação de vigilância, isto era efetivamente a parte mais remota da fortaleza, os muros caindo abruptamente a ambos os lados. Entretanto, algumas parte eram mais novas que o resto da estrutura, tendo sido este nível alterado faz uns trezentos anos. Um pavilhão, com delicadas colunas sustentando o teto, estava localizado no centro do pátio. Isso estava sem mudanças, mas jardins tinham sido acrescentados ao redor dele em forma de uma flor estilizada, cada um das "pétalas" plantadas de flores diferentes. Uma fonte criou música suave em alguma parte, mas não pôde vê-la, então se deu conta de que a água estava fluindo pelos lados do pavilhão funcionando como canais finos que mantinham os jardins saudáveis a pesar do clima desértico nesta parte do território da Neha. Se no passado o pátio inteiro tinha estado rodeado por apartamentos interconectados, agora havia dois palácios separados, um no lado que dava ao terreno escarpado das montanhas e outro que dava à cidade. As outras duas partes parecem ter sido parte da arquitetura antiga. Entretanto, ambos os conjuntos de edifícios agora estavam além dos palácios, os apartamentos não vinculados entre si. A seção inteira estava sob uma forte custódia. Os guardas não se inclinaram enquanto Neha passou, toda sua atenção em sua tarefa. O sari sussurrando no vento enquanto caminhava, Neha manteve suas asas escrupulosamente podas da pedra do caminho que conduzia ao pavilhão iluminado por abajures, os flancos abertos com cortinas de sedas vaporosas atualmente atadas detrás nas colunas que recordaram ao Jason vasos alargados, os arcos por cima finamente bordados. Uma mulher estava no centro do pavilhão, e levava um sari que pôde ter sido de um pálido rosa, mas parecia branco cremoso na suave luz, como se estivesse de luto quando Neha não. Jason já sabia que sua cara era pequena e bicuda, seu corpo brandamente curvado e de
uma altura que logo que alcançaria seu esterno, seus olhos de uma cor marrom clara avermelhada tão viva contra sua pele cor mel e cabelo marrom escuro que eram as primeiras coisas que qualquer pessoa notava nela. Os olhos de um lince ou um puma. Os olhos do Eris haviam 32 sido azuis, mas o pai do Eris possuía as mesmas íris distintivos que marcavam à Princesa Mahiya como ilegítima. Entretanto, ninguém no mundo tinha as asas da Mahiya de um esmeralda profundo e vivido cobalto enriquecido com toques de negro, o orvalhou selvagem parecido a um leque de pavão. Salvo que de algum jeito, Mahiya tinha conseguido manter-se na sombra, até que ninguém mencionava à princesa com as asas para competir com um ave famosa por sua beleza quando falavam das asas mais impressionantes do mundo. Fez uma reverência com graça enquanto Neha se aproximava, dobrando o pescoço para revelar a vulnerável nudez de sua nuca, seu cabelo divido pela metade e recolhido em um simples coque à base. —Minha senhora. —Tráfico de não assustá-la muito, Jason —murmurou Neha, suas asas brancas como a neve exceto pelos finos filamentos de cobalto em suas asas primárias, sussurrando seu laço de sangue—. Ela é o bastante... útil em ocasiões. Jason inclinou a cabeça em sinal de saudação para a mulher que causou o tom de navalhadas de navalhas de barbear rotas na voz da Neha, recebeu uma reverência elegante, mas não tão profunda como a que tinha dado ao arcanjo. Entretanto, guardou silêncio enquanto Neha levantou um dedo e um vampiro com turbante vestindo o uniforme do guarda saiu de detrás de uma das colunas, uma bandeja forrada de veludo em suas mãos. O tecido carmesim era o lar de uma faca cerimoniosa, o punho incrustado com safiras amarelas. Neha o colheu com dedos largos claramente em casa com a folha. —Já é hora. A cerimônia era muito antiga, as palavras que Neha lhe pediu dizer a Mahiya e a Mahiya para ele, a mesmas durante milhares de anos. Despojado de suas vestimentas rituais, a base era uma promessa de lealdade que não impugnou seu juramento mais profundo ao Rafael, mas que o atava a manter a fé no sangue da Mahiya pela duração de sua tarefa. —Sustento seu voto —disse Mahiya, pronunciando as palavras finais desta parte do rito—, até que o nome do traidor se conheça. Já parece. Neha sorriu no silêncio espesso depois de que Mahiya aceitou sua oferta. —Seu pescoço, Jason. —Não acredito —disse sem pestanejar, e voltou o braço para revelar sua boneca—. O sangue é o sangue. —Não confia em mim? —Uma pergunta de seda que gotejava ameaça.
33 —Não confio em ninguém em meu pescoço. —Era o suficientemente capitalista para ter probabilidades de sobreviver a uma decapitação, mas isso não significava que queria correr o risco. A cabeça cai de suas mãos escorregadias de sangre com um golpe surdo no chão. —Sinto muito... Quando os olhos da Neha permaneceram gelados, esperava que o fizesse sangrar muito mais do necessário, mas fez somente um corte superficial em sua boneca, justo em cima de seu pulso. Enquanto uma gota de sangue brotava sobre sua pele, ordenou a Mahiya inclinar seu pescoço e fez um corte por cima do batimento do coração do pulso. Este último ato era o final, e para muitos, a repugnante razão de por que a cerimônia já não estava em uso. —Princesa Mahiya —disse, dando um passado o suficientemente perto para ver a linha de sua mandíbula tensa, suas costas rígida como os tendões de seu pescoço. Uma leve inclinação de cabeça, a permissão para selar o voto com o mais básico dos atos. Inclino a cabeça, passou a língua por cima da gota vermelho rubi que tremeu contra sua pele escura, o ferro quente e metálico contra sua língua. Deu um passo atrás, levantou sua boneca. Mahiya colocou as duas mãos debaixo de sua boneca e a levou aos lábios. O roce de seus lábios sobre sua pele, ligeiro como asas de mariposa. Levantando a cabeça, disse—: O voto de sangue está selado. —Sua expressão era ilegível na mesma falta de emoção profunda. Exceto pela traição de um só desgosto durante o selado do voto, era como se estivessem em uma festa, intercambiando cortesias, o efeito foi tão curiosamente superficial. Talvez isso era tudo o que tinha que a princesa, mas o instinto de Jason sussurrou o contrário. voltou-se para a Neha, sem perder nunca a consciência da enigmática Mahiya. —Eris? Aplaudindo, pôs-se a rir. —OH, que coisa para dizer imediatamente depois de um ato primitivo de sangue! —Um aviso de que nos tempos perdidos, na noite da culminação de tais votos que se feito entre os amantes, o sangue se intercambiava em um beijo erótico—. Realmente é frio, Jason. Tinha sido chamado assim muitas vezes em toda sua vida, e era um fato que não negou, embora muito dentro dele ardia um caldeirão de fogo negro. —É por isso que estou aqui. —É obvio. Vêem.
34 Quando Mahiya foi caminhar detrás dele, Jason meneou a cabeça. —Não vou ter te a minhas costas. —Era uma desconhecida, seu nível de ameaça ainda era um mistério—. Caminha diante ou a meu lado. Um brilho surpreendente de cor marrom avermelhada, mas ficou a caminhar a seu lado... um fino, fino murmúrio de tensão sobre os ombros. Estava tão sutilmente camuflado, que Jason não poderia havê-lo apanhado se não tivesse estado já em alerta por qualquer signo da mulher detrás da máscara. A Mahiya, ao parecer, não gostava de ter a ninguém a suas costas tampouco. Incomum para uma "bagatela" da corte, mais ainda para uma princesa que deveria ter tido um séquito. Neha não disse nada mais até que chegaram ao palácio que dava à cidade, suas amplas portas custodiadas por dois anjos, ambos armados com espada e pistola. —Trata a esta investigação com o respeito que meu consorte merece. Compreendendo que a arcanjo não tinha nenhuma intenção de acompanhá-los, Jason esperou a que se despedisse antes de entrar em palácio através das portas que os guardas abriram, seus olhos planos com receio. O aroma da putrefação lhe golpeou imediatamente em que entrou, e soube imediatamente que Eris ainda estava dentro, a pesar do tempo que lhe tinha tomado chegar à fortaleza. O amor da Neha pelo Eris tinha sido tal que ela nunca poria a seu corpo violado como espetáculo, assim que isto deveu ter sido uma opção racional para preservar a cena. Não o tinha esperado dela depois da loucura que tinha visto em seus olhos quando falou com o Rafael, e o deveu ter feito. Neha era forte, não só em poder, mas também mentalmente, apesar de suas perdas recentes. Não esqueceria isso outra vez. Sustentando suas asas com força a suas costas com o fim de evitar qualquer contato acidental com objetos no interior do palácio, disse—: Onde está Eris? —Podia ter seguido o aroma da decomposição do corpo com bastante facilidade, mas tinha que abrir uma linha de comunicação com a mulher silenciosa a seu lado. Mahiya era um mistério, e ao Jason não gostava dos mistérios. Assim que resolveria. 35 5 Traduzido por luxero & Max Escritora Solitária Corrigido por paoo por aqui. —Mahiya começou a caminhar, cada célula de seu corpo consciente das asas negras do anjo vestido de negro a seu lado... um anjo que lhe fascinava. Da mesma maneira
que um menino pode estar fascinado pelo bordo de uma folha reluzente, com vontades de correr um dedo pelo metal para ver se realmente era tão afiada. Essa fascinação sempre terminava em sangue. Entretanto, não pôde conter sua reação, porque ele não se parecia com ninguém que tivesse conhecido nunca, um homem que levava o cabelo liso meia-noite em uma cauda ordenada e não tinha medo da ira da arcanjo. Se isto último não fora o suficientemente intrigante, luzia uma tatuagem tribal intrincada no lado esquerdo da cara, a tinta de um negro rico contra o marrom quente de sua pele, as curvas formadas redemoinhos contavam uma história que queria entender, mas sabia instintivamente que ele não a compartilharia. Isso sim, a cara era uma mescla de culturas, do Pacífico e Europa entrelaçadas para criar uma beleza masculina que era tão dura como era interessante. Chefe de espiões do Rafael. Era como o chamava Neha. Como descrição, era sucinta, mas ocultava tanto como divulgava. Estava tão silencioso que se não tivesse sido capaz de vê-lo pela extremidade do olho, teria pensado que estava sozinha. Um homem com o dom de converter-se em sombra, era Jason, capaz de navegar pelos escuros secretos da Cadeira invisível e indetectable. Entretanto, não era um simples espião que via e reportava. Era um dos Sete do Rafael, uma banda unida de anjos e vampiros que Mahiya pouco compreendia. Tudo o que sabia era que os sete incrivelmente fortes homens tinham eleito ficar ao serviço de seu arcanjo, e que sua lealdade se refletia no próprio Rafael. Tal é o poder do Jason.
Neha tinha murmurado essas palavras depois de que Jason aceitou vir à fortaleza, a lhe jurar um pacto de sangue a Mahiya. Não era a única 36 coisa que o arcanjo havia dito, seus lábios se torceram em um sorriso que gotejava veneno. A Torre do Rafael se paralisará quando o chefe de espiões troque sua lealdade. E o fará... porque posso lhe oferecer algo que Rafael nunca será capaz de igualar. A Mahiya não importava o jogo de vingança da Neha. Só se preocupava com o contrato frio e prático que subjazia na cerimônia do pactuo do qual Jason tinha falado, seus ossos cheios de determinação fria para completar esta tarefa sem deixar cair a máscara de graça inofensiva que era sua arma mais poderosa. Ninguém a considerava uma ameaça. Tampouco o faria este chefe de espiões. Chegou às cortinas de gaze âmbar e ouro que ondeavam no arco que levava a centro do
palácio, tomou o tempo para as atar aos lados antes de agitar sua mão para o interior. Jason permaneceu em seu lugar. Não vou ter te a minhas costas. Ignorando o comichão na nuca que lhe advertia do perigo letal, ela o precedeu na câmara, o eco central subiu todo o caminho até o teto. Seu estômago ameaçava rebelando-se contra o fedor, mas manteve seus nauseia sob controle através da absoluta e sombria determinação, e prática. Neha tinha deixado a Mahiya no palácio para "fazer companhia ao Eris" horas depois de seu assassinato. Era seu pai, depois de tudo. Dou-te tempo para que te despeça. Por uma vez, Mahiya não acreditava que tinha sido a crueldade da Neha, consente que ela mesma se sentou com o corpo até uma hora antes da chegada do Jason, seus dedos acariciando o cabelo do Eris, mogno profundo em ligeiras mechas, como resultado de que Neha lhe tinha permitido tempo sob o sol abrasador do pátio. Ele é uma criatura do sol, nascido em um escarpado com vista ao Mediterrâneo. Entretanto, esta sala sem janelas, sem sol, com o chão de mármore recubierto por uma grosa atapeta em redemoinhos de ouro e âmbar tinha sido o lugar onde Eris passou a maior parte de seu tempo. O candelabro de aranha era uma obra professora pela qual a luz brilhava através de toda sua extensão, fez a cornalina das paredes resplandecer com fogo interior... e ao sangue cristalizado no chão com uma faísca de beleza que revolvia o estômago. O sangue tinha gotejado de um amplo divã onde Eris tantas vezes burlonamente "sustentou o Tribunal" quando Mahiya lhe trouxe uma mensagem. Uma taça de vinho tinjo derramada, uma feia mancha nas cores formados redemoinhas do tapete, enquanto que um prato de frutas exóticas, de 37 pêssegos e cerejas escuras de terras longínquas de frio e gelo, e figos e damascos das próprias plantações da Neha estavam comidas pela metade. As moscas zumbiam sobre o prato de prata, mas não estavam realmente interessadas. Não, sua atenção era absorvida pelo cadáver putrefato de um homem que estava médio quebrado pela metade no divã, com as asas estendidas em um dramático desdobramento final e o peito rachado para mostrar uma cavidade do corpo oco. Enquanto o sangue fora de seu corpo tinha cristalizado em uma substância frágil similar ao sal de rocha rosa brilhante, no interior do oco, endureceu-se de cor vermelha escura, escuro como as cerejas, evidência o fato de que seu corpo tinha tentado reparar-se a si mesmo e não pôde.
Rubis de Morte. Algo se rebelou na Mahiya ante a idéia de usar jóias criadas a partir do sangue de um anjo morto, mas tinha sido uma prática aceita em tempos passados, as gemas usadas como memento mori2 pelos amantes dos anjos que morreram, levaram a criação dos Rubis de Morte. A colocação destes desta forma no Eris deveria ser formosa inclusive na morte, pois em vida tinha sido um homem que era a encarnação da perfeição física, sua pele oro reluzente, seus olhos azul lapislázuli. Jason não mostrou desagrado ao ver o corpo mutilado do Eris, respirando inclusive enquanto examinava os restos de seu "pai". —Tive a oportunidade de te estrangular em seu berço, o teria feito rapidamente. Sem ti, ela tivesse perdoado meu pecado faz muito tempo. —Uma taça de vinho rompendo-se no mármore—. Tome cuidado quando dormir, menina. Tenho amigos que ainda podem te partir o pescoço por mim. Era sua lembrança mais afresco do homem que tinha contribuído com sua semente em sua criação. *** Fazendo caso omisso das moscas que zumbiam ao redor dos restos de um homem que uma vez tinha sido a estrela dos tribunais da antiga a Grécia à Cidade Proibida, Jason se inclinou perto, assegurando-se de que sua primeira impressão de que o coração do Eris se retirou, ao igual a todos seus outros órgãos internos era correta. Podia ver uma pilha de material em decomposição indeterminável à direita, supôs que poderiam ser os restos tirados fora dos órgãos.
2Memento mori: Aviso de morte. 38 Que sua cabeça estivesse ainda unida a seu pescoço era uma surpresa, embora Eris era considerado universalmente muito fraco para ter sido consorte de uma arcanjo, isto tinha sua origem na debilidade de seu caráter, em lugar da força bruta contida dentro de seu corpo. Ele era mais que velho e o suficientemente forte para ter mantido seu cérebro intacto. Jason examinou o que parecia ser sangue seca sob uma das fossas nasais do Eris, a cor quase negra, a substância coagulada em vez de cristalina. —Foi encontrada uma larga agulha com o corpo?
Mahiya negou com a cabeça, sua expressão desprovida da tristeza e a angústia que ele poderia ter esperado de uma mulher de pé junto ao corpo de seu pai morto. —Nada se tirou que este palácio desde que Neha descobriu seu corpo. —Uma pausa—. Quer que procurem no quarto? —Sim. —Dobrado, pôs sua mão debaixo da cabeça do Eris e a levantou, golpeou o osso com os nódulos de sua mão livre. Mahiya fez uma pausa em sua busca. —Sonha... oco. —Seu cérebro foi eliminado. Sustentando cuidadosamente o sari do tapete cheia de sangue, a princesa retornou sem agulha de sua busca e falou palavras que com toda segurança não tinha esperado ouvir de uma mulher vestida de rosa suave, todos seus movimentos falavam de feminilidade elegante. —Como? —Decidida curiosidade se filtrou através de sua fachada de distante cortesia—. Sua cabeça está intacta. O interesse do Jason na Mahiya se fez mais profundo, mais intenso. —Uma agulha de gancho empurrada pelo nariz para cérebro —disse, descrevendo um método utilizado pelos habitantes do antigo o Egito como parte do processo de mumificação—. A agulha se move ao redor até que o cérebro está em um estado em que se pode extrair pela mesma rota. Da grosa área de material seco justo debaixo da cabeça, o cérebro bem poderia ter sido convertido em sopa e deixado escorrer pelo nariz do Eris antes de que fora dado volta e deixado na pose em que estava agora. Um pequeno silêncio, e se perguntou se tinha calculado mal a força interna desta princesa que se criou no estufa, que era forte, mas no olhar desses olhos brilhantes como os de um gato com uma inteligência acerada não cabiam nem a aquiescencia silenciosa às 39 demandas da Neha, nem a forma em que tinha seguido seus próprios comandos sem argumentos. Então ela falou, e soube que seus instintos não tinham estado equivocados. Mahiya poderia não ser um adversário suficientemente forte para preocupar-se, mas não era uma princesa mimada que podia ignorar. —Assim, tendo isso em conta, que fez isto estava bem preparado, não só com a cuchilla que ele ou ela utilizou para cortar ao Eris, a não ser com o gancho, talvez outras ferramentas
também. —A inclusão de um pau. —Jason assinalou a marca de carne necrótica do Eris, sua pele sol de ouro agora o lar de criaturas que se alimentavam da morte—. Poderia ter sido o primeiro ataque. O suficiente para deixar inconsciente ao anjo, dar tempo ao assassino de infligir lesões mais debilitantes. Porque embora os humanos denominavam aos anjos imortais, havia só um verdadeiro imortal no mundo, Lijuan. O resto deles eram simplesmente difíceis de matar. —Ele estava pacote —disse Mahiya, indicando as marcas ainda visíveis nas bonecas do Eris, sua carne aberta expondo o osso—. Para que a pele se abrisse tão rápido… —Significa que os enlace tiveram que ter talhado até o osso. —Também explicava as salpicaduras de sangue cristalino por debaixo de onde penduravam suas bonecas—. Era o suficientemente forte para ter solto a corda ordinária, esta deve ter sido infundida com metal de algum tipo. —Ou talvez o assassino usou paus adicionais como os laços? — ofereceu Mahiya, com uma repentina vacilação. Jason se perguntou que classe de vida tinha vivido a princesa que tinha feito o mesmo salto intuitivo e escuro que ele quando terminou de falar. —Sim. Neha poderia havê-lo desatado, sacado da evidência? —O ato de uma mulher que não queria que seu amante fora encontrado pacote e desamparado. Mas Mahiya negou com a cabeça. —Não, ela sozinho entrou na sala meio minuto por diante de mim. O que significava que tinham deixado assim ao Eris a propósito, para mostrá-lo como um troféu, ou uma advertência. Mas, quem se atreveria a jogar um jogo com a Neha? Outro da Cadeira? Era algo a considerar. Ao igual ao fato de que Eris não tinha sido simplesmente assassinado, tinha sido torturado. Uma vez mais, seu sofrimento poderia ter tido a 40 intenção de fazer mal a Neha, mas parecia que havia algo profundamente pessoal a respeito disto. Tudo estava em estreita relação, do estrangulamento à maneira em que os órgãos tinham sido eliminados por uma faca sem fio pequeno, se Jason estava lendo as marcas no osso corretamente. Estava seguro de que o cérebro tinha sido deixado para o final, assim havia uma alta probabilidade de que Eris se manteve consciente quando o assassino cortou a pedaços seu corpo. afogou-se de dor e terror... o que explicava a carne crua ao redor da boca, os cortes na língua e os lábios.
Uma mordaça de algum tipo para afogar seus gritos. Levantando-se, tomou as calças de seda do Eris e um colete bordado com desenhos tradicionais que teria exposto seu peito musculoso. —veste-se assim normalmente? —Sim, nunca estava desordenado, nunca descuidado, mas tinha renunciado a muito da formalidade da corte. E em troca, pensou Jason, escolheu abraçar a sensualidade lânguida que gosta a sua esposa. Uma esposa que não lhe tinha perdoado em trezentos largos anos. Olhando ao redor do quarto, Jason viu um piso limpo sob o recente derramamento de sangue, estatuetas polidas e paredes brilhantes. Claramente, os funcionários tiveram entrada no palácio. Assim como outros. Kallistos, o vampiro que tinha tratado de matar ao Dmitri, conhecia a localização da casa do Eris nos Estados Unidos, apesar de que era um lugar que muitos tinham esquecido. Havia uma boa probabilidade de que o vampiro tivesse recebido a informação diretamente do Eris, já seja em troca de algum favor ou juntando peças discretas de informação que Eris tinha deixado cair. Assim, o acesso a este palácio não era uma coisa impossível. —Vi o suficiente. —dirigiu-se para o arco por onde tinha entrado, esperando a Mahiya para que não ficasse atrás, embora tinha tido tempo suficiente para avaliar seu nível de ameaça e decidido que não representavam nenhum perigo. Ela poderia mover-se tão silenciosamente como o vento, mas não o suficiente. Além disso, não tinha armas pesadas em seu corpo, seu sari caía perfeitamente em torno de sua figura, a curva de sua cintura nua sob o tecido. Seu andar era muito fluido para que tivesse uma faca em uma capa de coxa, e seus braceletes muito magros para ocultar um pau. Entretanto... os passadores no cabelo eram muito, muito fortes. Utilizando os da maneira correta, era possível deixar a um homem cego, lhe cortar a carótida e inclusive, deter seu coração. Eram as armas de uma 41 mulher que não era um lutador treinado, mas que não tinha a intenção de ser uma vítima em potência. Jason sentiu um cacho de fascinação inesperado despertar em seu interior. O que outros secretos esconde, princesa? As escadas o suficientemente largas para um ser com asas lhe saudaram a direita da porta, a luz da lua caía sobre os vermelhos, amarelos e azuis de um vitral que era talvez dois palmos de
largura, mas pelo menos três pés de comprimento. Subindo, ignorou o corredor que conduzia às habitações neste nível, e girou à direita em lugar a ir através de um par de portas ao lado de uma janela larga de vidro de cor. Dava a um amplo balcão fechado por todos lados por pedras esculpidas com filigranas delicadas que tivessem permitido ao Eris a olhar para fora ao pátio, mas o teriam escondido da vista dos de abaixo. Delicioso em sua mão de obra, não era uma forma desconhecida da arquitetura antiga, embora na maioria dos casos, tinha sido utilizado pelos homens para ocultar seus amantes e concubinas da vista das pessoas que as pudessem cobiçar. Passo a passo para a pedra de filigrana, encontrou-se a si mesmo olhando para a cidade mais à frente do lago, aos pés da fortaleza, a forte queda levou a que tivesse sido uma tortura silenciosa para um alado proibido de montar os ventos. —ouvi um rumor de que Neha lhe cortou as asas Eris de verdade. —Apesar da violação do resto de seu corpo, as asas estavam intactas. —Eu era muito jovem nesse momento para recordar por mim mesma — disse Mahiya de onde estava de pé com uma mão na ombreira da porta—. Mas ouvi os sussurros de outros. Entretanto, não repetiu a pena uma vez que suas asas voltaram a crescer... e acredito que se arrependeu de havê-lo feito. O amor, pensou Jason, podia ser a mais forte das debilidades. —Jason, sinto te haver assustado, filho. Não tinha a intenção de me zangar. Caminhando mais abaixo no balcão, viu as janelas ao longo da parede interior, cada uma criada com dez peças vermelhas e verdes de vidro de cor. As peças individuais eram quadrados de menos do tamanho da palma, o delicado efeito sobre a pedra do palácio. O cristal se ecoou nas portas que estavam abertas para revelar um dormitório que parecia ocupar a maior parte do segundo nível, suas paredes interiores brandamente curvadas para abraçar o núcleo central do palácio. Uma magnífica aranha piscava a luz do teto. Seus candelabros de cristal embalavam um milhar de velas, muitas das quais se consumaram, do contrário a luz tivesse sido mais nítida, brilhante. 42 —Ao Eris não importava o moderno? —perguntou-lhe a mulher que tinha entrado no dormitório do corredor. —Não, simplesmente preferia a luz das velas em suas habitações privadas. O que significava que a habitação de abaixo tinha atuado como sua área de recepção. —Quantas pessoas se permitiram?
—Dependia do estado de ânimo da Neha. —Uma resposta que dizia muito a respeito da existência do Eris—. Nunca nenhuma mulher além de Neha e eu. Inclusive os funcionários que trabalham neste palácio são todos homens. Para um homem que tinha sido um dos favoritos das mulheres, teria sido como ter um membro amputado. —Crie que seguiu a norma? —Acredito que Eris não tinha nenhum desejo de levar a Neha mais longe. Isso não respondia à pergunta, e a forma em que Mahiya tinha inclinado sutilmente a cara longe da luz enquanto falava lhe disse que sabia mais do que estava dizendo. O caçador furtivo no Jason se levantou em vigília completa. 43 6 Traduzido pelo Mery St. Clair Corrigido por paoo Um leopardo, como disseram —murmurou ele, sua mente trabalhando na questão da verdadeira lealdade da Mahiya, nos segredos que mantinha—, isso não troca o ponto. —Eris nunca tinha sido bom automóvel limitando-se, não quando se tratava de mulheres e sexo. Uma adorada conquista levantou o olhar para o rosto dourado do Deus quem era o consorte da Neha, seus olhos ardendo de desejo tímido. Jason tinha presenciado essa cena em particular aproximadamente um século e médio depois do matrimônio com a Neha, durante um baile que dava o arcanjo Uram. Nesse momento, viu o Eris respondendo ao sensual convite com um sorriso masculino, nunca considerando que o outro homem pudesse realmente aceitar o convite. Entretanto, Eris tinha necessitado acariciar constantemente seu ego, tanto que engendrou um menino da irmã da mulher a qual tinha jurado honorar. Jason não se enganava pensando que Eris amou ao Nivrti. O homem tinha sido um narcisista, só se preocupava se por acaso mesmo. E apesar de sua rebelião, sobreviveu. O que teria podido deter um homem de tomar outro risco e seduzir a uma amante dentro dos muros de seu cárcere de luxo? —me diga —disse, penetrando a Mahiya com o olhar—, soube que Eris tinha uma amante? Mahiya tinha evitado sua pergunta anterior, notando muito tarde que tinha traído um conhecimento e uma curiosidade além da mulher que estava destinada a ser. Sua única defesa para esse precedente foi a surpresa. Tinha sido tão estranho falar com alguém que a observava
sem julgamento nem piedade, que não tinha pensado em uma falta de entendimento simplesmente porque ela decidiu manter-se em silêncio… mas não precisou falar. Jason era um homem que guardava suas palavras, entretanto, não tinha dúvidas de que sua inteligência era tão aguda como uma flecha. Agora, olhando esses profundos e impenetráveis olhos marrons que a despiam até os ossos, notou que era muito tarde para ficá-la máscara de novo. 44 Jason já a tinha visto. Havia um estranho regozijo em mostrar seu verdadeiro rosto. —Não tenho nenhuma prova de uma nova infidelidade —disse—, mas houve vezes nos últimos tempos que agarrei um almíscar no ar. —Uma mulher não deveria saber essas coisas sobre seu pai, mas Eris unicamente podia clamar a paternidade porque compartilhavam o mesmo sangue. —Não o disse a Neha. —Não era uma pergunta. Mahiya sustentou o escuro e afiada olhar. —Não seria o mensageiro que levasse essas notícias. —Neha a tivesse matado, terminado com sua vida—. É bem-vindo a tentá-lo. Sua resposta a esse desafio foi a calma. —vamos ver se resultar necessário fazê-lo. A emoção em sua corrente sangüínea lentamente se converteu em gelo enquanto o observava explorar cada centímetro no palácio que tinha sido o lar do Eris. Ela sabia de sua reputação, mas era justo agora, depois de presenciar sua busca minuciosa e meticulosa, que se deu conta do nível exato da habilidade do Jason, sua dedicação… e compreendeu que nenhum de seus planos chegaria a realizar-se se ele decidia comprometer suas habilidades ao serviço da Neha. Apertando os dentes para lutar contra um calafrio, notou que os grãos tinham começado a cair com maior velocidade através do relógio de areia. Os Sete estavam destinados a ser uma unidade inexpugnável, imune à sedução de outros na Cadeira, mas Neha tinha um brilho nos olhos que dizia que escondia um ás. Se ela o tinha… Mahiya e seus intentos de traição tinham que apressar-se antes de que Jason aceitasse a oferta da arcanjo. O coração lhe pulsava com a força suficiente para lhe machucar as costelas, fechou a porta que continha esses pensamentos para que não a traíssem, e seguiu ao Jason para uma grande câmara de banho debaixo do nível de recepção. Brincos de vapor se elevavam da água clara. —Isto deveria estar apagado —disse, sentindo os finos fios de seu cabelo começando a
frisar-se pela umidade—. Me ocuparei disto depois de que vamos. Sem responder, Jason começou a caminhar pelo bordo da grande banheira, podia facilmente acomodar a cinco anjos adultos. Antiga por seu desenho, a câmara se pôs ali quando o palácio foi construído para o encarceramento do Eris, e ele fez bom uso dela. Muitas vezes quando tinha sido enviada pela Neha para ver se necessitava algo, tinha-o encontrado convexo na banheira. 45 —Neha ainda não te cortou a garganta? —Um suspiro aborrecido, suas asas estendidas enquanto se apoiava no bordo, com os braços sobre os ladrilhos pintados gastas da Itália pelos mensageiros angélicos—. É uma lástima. A dor da repentina lembrança não foi suficiente para distrai-la do giro sutil da mão do Jason enquanto guardava algo em seu bolso. —O que é isso? Não houve surpresa ou culpabilidade em seu rosto. —Suponho que isto é do Eris? —disse, lhe mostrando o objeto. Caminhando para estar de pé perto dele, examinou o grosso anel de ouro engastado com tanzanita, perigosamente consciente da intensidade penetrante dos olhos do chefe de espiões. —Sim. —Só séculos de prática faziam que sua voz não se quebrasse sob a pressão silenciosa, inexorável—. Não era um de seus favoritos, por isso bem pôde havê-lo esquecido aqui. Jason o deu na mão. —Não quero ser acusado de roubo. Mahiya sentiu a cor em suas bochechas ante as palavras suaves e letais. —Minhas desculpas. Não era minha intenção dar a entender algo pelo estilo —O que tinha querido dizer era que lhe estava ocultando algo. Isso, não podia permitir-lhe —Olha-a, Eris. Tem os olhos de seu pai… são tão únicos. —Olha-a, Eris. Tem os olhos de seu pai… são tão únicos. As palavras da Neha foram um sussurro venenoso quando Eris a enfureceu fazia um século. Nesse momento, Mahiya já estava bem a par da única razão pela que sua existência continuava. Entretanto, Eris era agora um cadáver que já não podia ser torturado com a faca de serra em presença de sua filha ilegitima, e Nivriti jazia morta em uma tumba esquecida, sua carne podre feita pó e seus ossos brancos.
Quão única lamentaria a mera visão da Mahiya… era Neha. Mahiya tinha que manter o olho da arcanjo o mais longe possível dela. Estava a ponto de escapar da fortaleza. Quase. Mas quase não era o suficientemente bom quando um arcanjo te odiou pesando durante três séculos, apesar de que era uma chama inundada em veneno. O único propósito que atualmente tinha era observar ao Jason. No instante em que falhasse em sua tarefa, reuniria-se com sua mãe clandestinamente, os vermes teriam um festim com sua carne. Jason não respondeu nada a sua desculpa, caminhando fora e subindo as escadas até a porta. Não cortou seu passo para esperá-la, e 46 encontrou-se quase correndo para manter seu ritmo, as dobras do sari flutuando frente a ela. Sem fôlego, perguntou-se se tentava humilhá-la diante dos guardas. Se o fazia, levaria-se uma surpresa, os guardas a tinham visto em posições muito mais humilhantes. O estalo de um látego. Fogo em suas costas, líquido pegajoso descendo por sua carne aberta. Jason se deteve repentinamente frente das portas ainda fechadas, sua voz rompeu a lembrança do castigo que foi infligido no pátio interior da Neha, o látego dirigido pelo Professor do Guarda. —Minhas habitações? —perguntou, sua voz tão pura, que se encontrou perguntando-se se alguma vez a usava para cantar. —No palácio cruzando o pátio —disse, logo que conseguindo manter sua asa de deslizar-se contra a sua enquanto continha seu próprio impulso. Jason não era um homem que qualquer mulher pudesse tocar sem convite. Agora, estendendo a mão, ele abriu a porta e esperou a que ela saísse. Cortesia, pensou. Lhe deu as costas antes, claramente não a considerava uma ameaça. Era muito prática para sentir-se insultada. Se Jason queria lhe fazer danifico, não poderia fazer nada para detê-lo. Centenas de guerreiros, anjos e vampiros, viviam na fortaleza, mas a única formação ofensiva ou defensiva que Mahiya tinha provinha do pouco que conseguiu ver nas sessões de treinamento. E ninguém, nem sequer uma mulher determinada a proteger-se a se mesma de algum jeito, poderia aprender a ser uma brigona professora simplesmente observando, para logo imitar os movimentos na intimidade de sua habitação ou no isolamento das montanhas. Entretanto, pedir ajuda seria pagar um preço que não podia pagar a ninguém. Sua primeira amizade foi quase de adulto, faz duzentos anos, e terminou com os braços e asas do anjo em questão cortados por um delito aparentemente sem relação. Mahiya nunca esqueceria a maneira em que seu sangue havia talher a pedra do pátio dos guerreiros,
obscurecendo o granito a quase negro enquanto seus gritos ressonavam nas paredes dos quartéis próximos. Mahiya entendeu a brutal lição, nunca voltaria a tentar construir esse tipo de laços na fortaleza, por isso muitos acreditaram que era uma criatura vaidosa. Melhor isso que ter gritos ressonando em seus ouvidos como os do jovem anjo aquele dia, apesar de que já estava são. —Ninguém vá ao Jason aproximar-se. Ninguém. As palavras escutadas reverberaram a sua mente enquanto chegavam ao pátio, escutou-o lhes dizer algo aos anjos na porta antes de que 47 voltasse a aparecer a seu lado. Jogou uma olhada a suas asas enquanto cruzavam para o palácio na montanha, esperando as ver chapeadas pela luz da lua minguante, mas solo havia escuridão nas costas do Jason. Se não tivesse sabido que era um anjo, pensaria que o chefe de espiões era um vampiro. Piscando, olhou-o fixamente, embora isso fora uma grosseria. —Como faz isso? Não lhe perguntou o que tratava de dizer. —Um dom natural aperfeiçoado com o tempo. Consciente de que esse predador, fascinante e oscuramente intrigante, era mais mortal que qualquer outro ao que se enfrentou, subiu os degraus do palácio onde Jason ficaria por um tempo. Apesar de que o lugar não estava protegido abertamente, só um parvo poderia assumir que não era vigiado constantemente. Quando caminhou através das portas abertas e se girou para dar a bem-vinda ao Jason, ele se deteve. —Você vive aqui. —Sim. —E o tinha feito desde que tinha retornado da escola do Refúgio, mas este lugar não era seu lar e nunca o seria. Logo, prometeu-se, logo vou ter uma casa onde estarei segura, livre do ódio e a amargura da Neha e da sombra de um pai que não conhecia o significado de fidelidade. Baixando a cabeça em um aparente gesto de submissão para que Jason não visse muito, disse: —Mostrarei-te sua habitação.
Seguiu-a escada acima e à sala enorme que dava ao pátio. Uma vez, essa foi a habitação que compartilhou com o Arav, acreditando ser amada. Desesperada-se por felicidade, não quis ver a verdade até que esta a esbofeteou no rosto. —foi muito mais que divertido. —Uma risada, uma condescendente palmada na bochecha ante sua expressão desconcertada—. E tem um corpo encantador. Mas Neha aprovou minha proposta territorial, e temo que devo retornar a minhas terras e deixar de desfrutar de seus prazeres. Isso rasgou a jovem e ingênua menina de seu passado, mas Mahiya se negou a permitir que o venenoso ódio da Neha a infectasse. Sabia muito bem que Arav solo a utilizou porque adivinhou que sua dor lhe traria prazer a arcanjo. Isso foi um prêmio para sua honra, e uma mancha para o de Mahiya. Amaria de novo, e amaria com todo seu coração, vivendo sua vida com brilhante esperança e felicidade. 48 —Necessita algo? —perguntou-lhe ao chefe de espiões, quem, o instinto feminino lhe sussurrou, era muito mais perigoso do que Arav nunca seria. —Não. Dando um passo atrás, ela fechou as portas de madeira e caminhou rapidamente a sua habitação situada ao lado da sua. Entretanto, sabia que era muito tarde. No momento em que abriu as portas de seu balcão compartilhado, o chefe de espiões do Rafael já tinha desaparecido na penumbra cinza que foi o primeiro precursor do beijo de desvanecimento da noite. *** Deslizando-se pelos ventos frios da hora antes do amanhecer, Jason fez uma fácil aterrissagem em uma das paredes da forte Fortaleza Guardião. Dava à Fortaleza da Arcanjo e era considerada uma extensão da mesma, um lugar onde um número considerável do guarda angélico da Neha tinha suas casas. Visto das fortes muralhas, a Fortaleza da Arcanjo era uma grande senhora ainda dormida, embora as diversas luzes acesas nas janelas lhe diziam que o lugar realmente nunca fechava seus olhos. Tal como devia ser. A Torre de Nova Iorque nunca dormia, tampouco. Viu um anjo descender na terra sob a fortaleza nesse instante. Pela forma em que descendeu com só dois fortes movimentos de asas, Jason deduziu que era um dos guardas guerreiros. Os guardas não eram exclusivamente angélicos, Neha tinha vampiros em todas as posições, mostrar qualquer debilidade poderia ser utilizado como uma vulnerabilidade.
Se a arcanjo tinha vulnerabilidades, chamaram-se Anoushka e Eris. Colocando a mão em seu bolso, tirou o pequeno objeto que secretamente tinha guardado enquanto mostrava a Mahiya o pesado anel de ouro. Tinha tomado o anel exatamente para esse propósito, mas não esperou realmente que ela captasse o movimento. Algo mais que acrescentar a seu arquivo mental da princesa que o olhava com olhos que viam mais para uma mulher que tinha sido encerrada dentro dos muros do suntuoso palácio toda sua existência adulta. Agora, usou sua extraordinária visão noturna para examinar o achado que não havia devolvido. 49 7 Traduzido pelo Annabelle & Panchys Corrigido pelo Vericity Ao parecer o anel pertencia a uma mulher: tinha tiras finas de ouro envoltas ao redor de uma pedra opala no centro. Pondo a um lado a qualidade feminina no desenho, o anel era muito pequeno para inclusive entrar no dedo mindinho da mão do Eris. E Neha era conhecida por que não gostasse das pedras de opala, considerava-os de mau agouro, assim definitivamente, não podia ser dela. Em troca o dedo anelar da Mahiya… sim, entraria-lhe. Entretanto, tinha a persistente sensação de que as opalas não eram a gema que escolhiam as princesas. Claramente, tinha visto algo que sua mente consente não podia articular, mas isso o fazia sentir-se seguro de que se Mahiya pudesse tomar suas próprias decisões com liberdade, usaria joalheria brilhante como citrino e peridoto, aguamarina e diamantes canários. —Ametista. É assim como o diz? —Quase. Vêem, escuta como o digo de novo. Ametista. Baixando as pestanas, elevou-as de novo à chegada de uma lembrança, logo se enfocou no pedaço de joalheria uma vez mais. Era a espécie de anel singelo e lindo que uma mulher usaria constantemente, um acessório de todos os dias, possivelmente algo com valor sentimental. Modesto, mas com uma formosa cor na pedra e um toque de desenho que falava de um joalheiro experiente que Jason conheceu no Jaipur, era muito improvável que pertencesse a uma faxineira, ou inclusive às criadas às que lhe permitia o acesso ao palácio do Eris. E, dado às tendências do Eris, uma inocente explicação da presença do anel ali era tão improvável para ser uma impossibilidade. Entretanto, se outra mulher —uma amante— na verdade fosse permitida dentro das paredes da prisão luxuriosa do Eris, não pôde ter sido feito sem a ajuda e o silêncio do menos um par de guardas.
—Muito eloqüente, sempre o foi. Acrescentando riqueza ao dom do atrativo que tinha Eris, além de uma certa história com os guardas, para muitos na unidade de élite tinha servido séculos, e poderia ter sido suficiente para induzi-los a 50 esquecer quem era a que serviam. Neha sempre tinha envolto a seu consorte nas peles mais caras e sedas, as mais deslumbrantes jóias, se ele tinha “perdido” uma ou duas peças, era provável que a arcanjo nem sequer o notasse, muito menos lhe importasse. Inclusive sem o incentivo do dinheiro, poderia ser que os homens tivessem sentido simpatia pelo marido que se perdeu. Na maioria das uniões angélicas, tivesse significado o fim da relação, não uma vida de reclusão, o céu sempre fora de seu alcance. Sim, Jason pôde ver como os guardas poderiam ter sido persuadidos de olhar para outro lado enquanto Eris se entretinha. Quanto ao primeiro contato, um servente leal poderia ter levado as mensagens depois de que Eris alcançou a ver o objeto de suas cuidados através dos encaixes de pedra da terraço pequena que dava a corte. Tendo memorizado o patrão do anel e assegurado de que não levava nada gravura no interior, se escabulló. Ainda não tinha suficiente informação para descobrir o nome da mulher que o tinha levado, mas sabia onde procurar. Não na corte interna… ou não no centro da corte interna. Estaria nos borde, uma formosa mulher que sentia que não tinha recebido seu pagável. Alguém que tinha sido ambos, adulada pelas cuidados do Eris e cheia de suficiente orgulho para tratar de lhe pôr os chifres a um arcanjo. depois de tudo, tinha sido o suficientemente audaz para usar uma opala na corte da Neha. Era um jogo que ninguém de idade e afiada inteligência se atreveria a jogar, por isso tinha que ser jovem e o suficientemente impressionável para cair pelas adulações do Eris. Remover o véu de sua identidade significaria entrar no campo de batalha da corte, o que Jasón não tinha intenção de fazer. Era Mahiya dos brilhantes olhos de gato, e silenciosa e inquietante como a canção da meia-noite de um lobo, quem tinha as habilidades necessárias para navegar esse terreno em particular. —Ou talvez o assassino usou paus adicionais como laços? Não muito fascinava ao Jason depois de uma vida gasta desenterrando secretos e escutando as mais escuras verdades, mas se encontrou retornando uma e outra vez à problemática Princesa Mahiya, uma mulher que não encaixava em seu entorno e que tinha secretos em seu olhar mais antigos do que deveriam ser. Pouco importava. Era uma curiosidade intelectual, que perderia seu brilho uma vez que
soubesse todas suas facetas. Disso estava seguro. Nada nem ninguém as tinha arrumado para meter-se debaixo de sua pele desde dia em que fez um fossa profundo sob a sombra emitida por umas felizes floresça de hibisco amarelo, as gaivotas grasnando e lutando em cima. 51 Estirando suas asas com essa verdade em mente, voou da Fortaleza do Guardião e ao longo da cordilheira antes de ir-se voando seu caminho alto para o céu cinza escuro, as nuvens ainda o suficientemente pesadas para ocultar-se da detecção. Era aqui, muito por cima da terra, que se sentia mais em casa que em qualquer outro lugar do mundo. —Mais lento, Jason! —Uma mão agarrou firmemente seu tornozelo enquanto enredava suas asas e ameaçava desabando-se. —Pai! —Tenho-te, filho. Estende suas asas lentamente… sim, assim. Capturando seu outro tornozelo, seu pai o levou mais longe no céu. —Te vou liberar de novo. Preparado? Tomando uma respiração profunda, Jason disse—: Sim —e sentiu que seu estômago caía enquanto seu pai abria os dedos. Estava caindo! Só que esta vez, em lugar de lutar contra o vento, dirigiu-se a ele, permitindo que varresse ao longo das águas cristalinas que rodeavam sua casa, de um brilhante turquesa tão claro que podia ver os dardos alaranjados e as vermelhas raias dos peixes nadando através do recife de coral. por cima dele, ouviu a exclamação de gozo de seu pai, e riu. Não era que Jason não pudesse voar. Só que nuca tinha tido que praticar as técnicas mais avançadas, para ir mais longe que o teto de sua casa ou por cima das árvores. Entretanto, se queria acompanhar a seu pai à pequena ilha desabitada que se podia ver ao longe —onde seu pai colhia frutos que a sua mãe em particular gostava de— teria que aprender a montar as correntes e conservar sua energia. —Pai! —Foi um grito encantado esta vez—. O estou fazendo! Pode-me ver? —Sabia que podia fazê-lo, filho, bem feito! —Seu pai varreu diante dele em asas de negro puro, mas pelo escuro marrom nas pontas de suas primárias, em ângulo contra o vento por um segundo antes de cair em outra corrente ascendente e dando voltas de volta a seu atol. Copiando-o, Jason encontrou que não era difícil absolutamente se fazia o que seu pai lhe tinha ensinado e pensava primeiro.
—Um vôo eficiente é tanto a respeito de opções inteligentes como força bruta. Agora Jason tomou a decisão consciente de trocar de ângulo quando se deu conta de que o maior tamanho de seu pai lhe dava uma vantagem… e funcionou! Até que sentiu que estava sendo levado pelos ventos. Não podia esperar para lhe mostrar a sua mãe, e quando viu o pálido púrpura de 52 sua túnica na distância enquanto voava para unir-se a eles, empurrou-se a ir mais rápido, com as asas brilhando de cor negra azulada na luz do sol. Seu pai disse que Jason estava destinado a ser um explorador da noite, como o tinha sido ele em sua juventude, antes de que decidisse dedicar-se a sua paixão pela música e os instrumentos que criava.
Jason se perguntou quando estaria noite. Pensou que gostaria de perseguir depois de um tempo. Frio e solitário.
permitido voar sozinho durante às estrelas, mas seria solitário 53 8 Traduzido pela Amy Corrigido pela Deeydra Ann’ De pé no corrimão do balcão para fora de seu escritório em La Torre, Rafael considerava o relatório que acabava de receber do Naasir. O vampiro se encontrava estacionado na antiga cidade perdida do Amanat, elevando-se a uma nova vida em uma região montanhosa do Japão, uma cidade controlada pela mãe do Rafael, um muito velho arcanjo, ela era um verdadeiro Antigo. O despertar do Amanat se acelerou, disse-lhe à mulher com o cabelo pálido que chegava a ser de um ouro branco, os fios as capturava a luz dos arranha-céu enquanto voava em um patrão de ziguezague a uma pequena distância de La Torre. Esperávamos tanto. Elena baixou à esquerda. me dê um segundo. Ransom me perguntou se lhe podia ajudar a rastrear a um molesto vam-gotcha! Com sua visão aguda como um ave de rapina, observou quando ela falou por seu telefone, capturando a onda de seu júbilo quando o Caçador estava no estou acostumado a fazendo uma captura. Os Consortes Angélicos eram uma estranha raça. Além da Elena, só Hannah do Elijah podia levar esse título. Inclusive antes da morte do Eris, e embora era cortês para referir-se a ele como tal, a posição ocupada pelo marido da Neha não era similar a de qualquer das outras
mulheres. Isso não queria dizer que Hanna e Elena foram cortadas pelo mesmo patrão. Não, eram tão distantes em seu temperamento e pontos de vista como o fogo e o gelo. Em efeito, das duas, foi a Consorte do Rafael quem era considerada uma criatura peculiar. —por que continua trabalhando para o Grêmio? —tinha perguntado Favashi a última vez que se encontraram, com seu genuíno tom de perplexidade—. É que ela não entende a honra de sua posição? Favashi acredita que deve renunciar a sua afeição por perseguir vampiros e te sentar a meu lado como uma Consorte apropriada. Sem ânimo de ofender ao Favashi, quem se vê suficientemente decente em comparação ao Lijuan, a fabricante de zombis, mas não sabe nada de como trabalhamos. 54 Os lábios do Rafael se curvaram. —Sim. —Tomou a seu consorte por ao redor da cintura quando fez uma aterrissagem de alta velocidada. —Certamente teria uma “lesão cerebral”, como você diz, a essa velocidade. —Só vôo rápido porque sei que me apanhará. Ele era um ser de imenso poder, tinha vivido um milênio e médio e, mesmo assim, ela tinha a capacidade de cambaleá-lo com essas simples palavras, sua confiança como uma jóia multifacética e brilhante. Elevando sua mão, passou-a por cima do arco esquerdo de sua asa, a área extremamente sensível. Seu tremor foi delicado, o cinza pálido de seus olhos defumados, o aro de pura prata ao redor de sua íris intensas na noite. —Então —disse ela, apoiando-se nele com um suspiro de puro prazer—, o que crie que sua mãe vai fazer agora? —Não sei ainda. —Caliane era um curinga que ninguém tinha esperado ter, menos ainda o filho que ela deixou sangrento e quebrado em um campo longe da civilização—. Quando despertar, não terá inclinação para governar outra coisa que não seja Amanat, mas está recuperando sua força e há um espaço aberto na Cadeira. O Grupo dos Dez tinha sido chamado assim por um comprido tempo desde que um menino anjo escreveu a história. Inclusive quando havia uma ausência de cem ou duzentos anos desde que um arcanjo chegou ao poder, e só nove governaram, o nome não trocou. Essas lacunas eram insignificantes na vida de um imortal. A cadeira vazia ao redor esta vez tinha estado por menos de um segundo. E ainda não passavam dois anos da execução do Uram. —O retorno do Caliane ameaça desequilibrando a estrutura do poder do mundo. —Embora
houve momentos em que os números arcangélicos tinham cansado tão baixo como a sete, eles nunca tinham sido mais de dez, um equilibro natural que garantia suficientes zonas amortecidas entre os grandes depredadores do planeta—. Há um que está a ponto de subir ao status de arcanjo. —Pela ponto, quer dizer… —perguntou Elena, e ele recordou a mortalidade tão perigosa perto de sua pele, a imortalidade era um presente que tomava tempo em crescer, em assentar-se. —Uma década, um século. —Inclinou sua cara para ver uma contusão que ela tinha sofrido antes em sua sessão de treinamento—. É imprevisível esse nível de poder. —Assim temos tempo para encontrar uma solução. — Deslizando seus braços ao redor do corpo dele, ela olhou para sua amada Manhattan—. E o certo é, que não qualquer pode deter o Caliane se quer governar de novo. 55 Não. Sua mãe era muito capitalista. Ela também tinha estado louca quando decidiu dormir por séculos. Agora lhe disse que estava corda, e que suas ações pareciam suportáveis, mas Rafael conhecia que a loucura nos velhos podia ser uma coisa intrigante. Lijuan era o exemplo perfeito. Jason está preocupado que Lijuan possa estar criando além de renascer. O relatório chegou faz uma hora, seu chefe de espiões seguia controlando sua rede de informantes incluso enquanto caçavam ao assassino de Eris. —O que! —Elena sacudiu sua cabeça—. Isso não tem sentido, aquelas criaturas são tão infecciosas que se converterão em uma praga em todas suas terras, assim como nas terras de outros na Catedra, e ela viu como podiam voltar-se em seu contrário. Inclusive ela não é tão louca. Não estou seguro de estar de acordo. —É velha, e os velhos não sempre pensam como deveriam. Elena se tomou seu tempo para responder, seu olhar seguia a uma pequena tropa de anjos que aterrissavam no balcão de abaixo. —Poderia ter encontrado uma maneira de controlar a taxa de infecção, alguma maneira para assegurar sua lealdade. —Se o fez, será imparable. A última vez que Lijuan se elevou, o resto da Catedra se uniu para executá-la, só ajudá-la inadvertidamente em sua estranha evolução; agora, ela não é totalmente corpórea. —Tenho que encontrar uma maneira de fortalecer minha nova habilidade. —A pureza de sua vida, nascida da união dele a sua esposa com seu coração mortal, era prejudicial para a morte que era o tato do Lijuan.
—É uma lástima que já não tenhamos o elemento surpresa. Passando a mão pela cauda de seda de seu cabelo, ele sorriu. —Sempre pode dar surpresas, Elena. É minha arma secreta. Riu, seus olhos dançando. —Jason disse algo sobre a Neha quando te contatou? —O voto de sangue significa que não pode falar do que acontece no forte, a menos que a informação se faça pública. —É uma questão de honra. Entendo-o. —Só espero que esteja a salvo. —A preocupação era uma sombra que cruzava sobre o ouro negro de sua pele—. A forma em que Neha o olhou a última vez que a vi…. —Houve um violento tremor. —Jason é um sobrevivente. —Rafael não sabia tudo o que tinha passado Jason quando era um menino, mas tinha reunido peças suficientes para entender que o outro anjo tinha vivido coisas que nenhum outro menino nunca deveria experimentar. 56 Elena levantou o olhar, como se houvesse algo que ele não estava consciente de trair. —Segue preocupado por ele. —A diferença do Dmitri —disse, liberando-a para caminhar até o bordo da terraço, sua mente enchendo-se de imagens de um jovem anjo com asas negras que estranha vez falava quando pela primeira vez conheceu o Rafael—, Jason nunca esteve em perigo de estar cansado. Tendo chegado a estar ao lado dele, roçando sua asa em uma intimidade que aceitava como nenhuma outra, Elena disse—: Crie que está trocando? —Todo o contario. A razão pela que Dmitri chegou a estar tão cansado era por que provou todos os pecados, afogou-se na sensação. — A ronda interminável de prazer e dor tinha sido um esforço por escapar de uma perda que tinha maltratado a outro homem, mas ao final resultou que foi uma espécie de intumescimento emocional. Rafael tinha pensado em que não se voltaria a romper, e muito menos com um mortal de espírito fraturado—. Jason pelo contrário —continuou—, inunda-se a se mesmo em um nada. —Rafael o tinha conhecido por muito tempo para dar-se conta que nem as amantes do Jason o tocaram mais à frente que sua pele. Elena suspirou tranqüila. —É assim todo o tempo, não? Parte de seu mundo… mas à parte. Uma sombra que nunca está muito envolta. Rafael não tinha a necessidade de expressar que estava de acordo, porque era a verdade. Seu chefe de espiões poderia não estar cansado, mas estava adormecido em um sentido muito mais profundo. —Para sobreviver à eternidade —murmurou ele—, Jason precisa encontrar uma razão para existir mais à frente do dever e a lealdade. Tomou a mão da mulher que era sua razão de ser, quem fez que sua mortalidade
parecesse uma promessa iridescente em lugar de um caminho sem fim. —Algum tipo de coisas são poderosas e não devem ser se despedidas da ligeira… mas não são suficientes para descongelar um coração que foi encerrado com gelo por perto de setecentos anos. 57 9 Traduzido pelo Madeleyn Corrigido pelo Vericity Jason olhou através de uma janela do palácio que seria sua residência no momento e chamou sua atenção o pequeno jardim nas ladeiras da montanha do palácio da Mahiya. Era um ponto pelo qual teve que atravessar o centro da casa para poder ver, e um no que a princesa não fez nenhum esforço por lhe assinalar quando lhe tinha mostrado sua suíte. Podia ver porque. A diferença do pátio estruturado detrás dele, esta área oculta, escondida entre o palácio e o alto muro defensivo que protegia a fortaleza, parecia ter sido criado como um jardim de prazer faz muito tempo, com canais de rega que mantiveram as novelo e flores em um estado exuberante a pesar do desértico sol, logo esquecido, permitiu correr a selvageria. Os deliciosos azulejos eram visíveis no te serpenteiem caminho entre as camas do jardim que tinham sido desenhadas para alguém que esperava passar a maior parte de seu tempo em seus arredores... ou talvez esperava que alguém mais o fizesse, alguém pelo que se preocupava o suficiente para criar um paraíso escondido. Eris. Sua mente fez a conexão que tinha estado procurando, os azulejos ecoaram do que tinha visto nas escadas do palácio do Eris. Assim que talvez este palácio tinha sido originalmente destinado a ser prisão do Eris, o jardim sua área privada. Exceto Eris tinha tentado utilizar seu tempo ao ar livre para escapar, muito possivelmente a partir deste mesmo jardim, perdendo inclusive esse poquito de liberdade. Fez uma nota mental para seguir sua teoria com a mulher que caminhava pelos atalhos do jardim selvagem agora. Ela elevou a vista nesse instante, e apesar de que estava envolto nas sombras, uma débil tensão invadiu sua coluna sob o gelo verde da túnica. O arena do objeto chegava uns centímetros mais acima de seu joelho, havia cortes em ambos os lados até a metade de sua coxa lhe dando mais soltura a seus movimentos, mas permanecendo modesto, usava umas finas calças de algodão que abraçavam suas pernas. Azul escuro, as calças ecoavam do grosso bordo azul de sua manga que chegavam até seus cotovelos e na parte inferior da túnica. 58
Embora os estilos variavam, às vezes calças soltas e outras calças apertadas; as túnicas de pescoço alto ou curto, uma saia larga ou curta perfeitamente ao corpo; e muito freqüentemente se usa com um cachecol largo e vaporoso, era um traje que havia visto muitas vezes nesta terra, tão comuns nos trabalhadores e funcionários, como no cortesãos. A diferença estava nos tecidos, o corte e a profundidade do embelezamento. Não era incomum ver uma das mariposas da corte em uma peça feita a emano com contas de pérolas pequenas ou um bordado com finos fios de prata pura e ouro. Mahiya vestia de seda ligeira, mas apesar de que a túnica seguia a forma de seu corpo, não tinha nenhuma faísca nem bordado. O pescoço era de corte baixo oferecendo uma visão dos ossos de seus ombros, sua pele soltava brilhos dourados com o sol da manhã, seu cabelo brilhava como finos fios de cor vermelha que penduravam de uma singela trança que chegava ao centro de suas costas. Armada, pensou, Mahiya utilizava essa roupa formal como armadura, e ele a encontraria despojada dela. Tomando vantagem, assegurou-se de estar esperando por ela no nível mais baixo quando voltasse a entrar em palácio. —Interrompeu seu café da manhã? —perguntou, capturando a forma em que um raio de sol iluminou o marrom avermelhado de seus olhos incluso lhe dando maior intensidade. —Não. —Não mostrou nem surpresa nem vacilação por sua presença, como se de algum modo se deu conta de seu propósito e tivesse aproveitado o tempo desde seu avistamiento até agora para ficar sua armadura emocional, se não, a roupa servia para a mesma função. —Não posso deixar a um convidado jantando sozinho… meu senhor. Bonitas palavras que não queriam dizer nada. —Meu nome é Jason —disse—. Nunca fui um senhor nem quero ser um em qualquer sentido. Uma piscada. —Não posso usar seu nome de pilha. Jason considerou os costumes culturais da terra onde se encontrava, colocando em capas sobre eles o curto período de sua associação com a Mahiya, sua condição de princesa, assim como as regras tácitas da corte da Neha, entendeu que usar seu nome em público violaria uma barreira, o que levaria a acreditar em outros que o ritual do voto de sangue tinha sido transferido a uma relação muito mais íntima. —Em privado, então, sou Jason. Uma inclinação de cabeça, seguida por um gracioso ondulação de sua mão para conduzi-lo a uma habitação ensolarada que dava ao pátio principal. A tabela de madeira polida, com um tamanho destinado a alojar
59 seis pessoas, já se tinha disposto o café da manhã, os lugares situados um frente ao outro. —Não há serventes neste palácio, exceto aqueles que vêm uma vez à semana para limpar —disse ela, agarrando a elegante bule de prata vertendo-te em sua taça depois de que ambos tinham tomado seus assentos—. Entretanto, posso te atribuir a alguém em caso de que o deseje. —Não. —Tomou um sorvo do doce chá, rico em leite e especiarias, e devolveu a taça à mesa, com a intenção de servir um copo de água. Os olhos da Mahiya se moveram de onde tinha estado servindo a comida em um prato. —Não é de seu gosto? —antes de que pudesse responder, levantou-se e desapareceu por uma porta pequena, para voltar com outra panela só uns minutos mais tarde—. Talvez prefira este. O sabor de puro chá negro tocou sua boca quando levantou a taça a seus lábios, não tinha dúvidas de que provinham das plantações do território da Neha. —Obrigado. —Não disse a Mahiya que não lhe servisse, posto que lhe dizia algo mais sobre ela que tivesse deixado o prato que estava preparando para criar outro, apoiando sua decisão de acordo a sua preferência ao tomar o chá. Uma mulher inteligente com muitas facetas... que prefere dar uma impressão equivocada. Servindo-se a si mesmo depois de lhe passar seu prato, ela disse—: Desperta cedo. —Um olhar penetrante—. Ou não dorme. Possivelmente voa todas as horas antes do amanhecer? —Não sou mortal. —Os anjos não eram imunes à necessidade de dormir, mas entre mais velhos, cada vez se voltava mais desnecessário. Jason dormia talvez duas noites em um mês, e era suficiente para manter sua força—. Entretanto, você necessita mais horas de sonho das que está recebendo. —Uns tênues moretones danificavam a pele debaixo de seus olhos, feridas que não podiam ser explicadas por uma só noite sem dormir. Uma olhada de seu rosto genuinamente surpreso antes de que suas pestanas ocultassem sua expressão. —Levanto-me quando se acordada, meu senhor. —Jason. —Jason. Não era uma vitória, pensou, a capitulação com tão pouco sentido como qualquer das outras palavras bonitas que lhe dizia. Esta não era a mulher que tinha falado de paus e que se ofereceu a procurar uma habitação para um gancho, escudos de educada cortesia 60 ocultavam a verdade dela nas primeiras horas desde que tinha pirado a noite da fuga.
—me diga —disse, decidindo não usar a força bruta para superar esses escudos, a não ser uma tentação sutil da natureza inquisitiva que antes a tinha traído—, a respeito dos guardas do Eris. Deixando a um lado sua taça de chá, começou a falar, um tom que indicava que esperava essa pergunta, o que significava que tinha trabalhado também no por que poderia necessitar a informação. Resultou que havia doze guardas em total, uma unidade cuja única tarefa era a de "proteger" ao Eris para mantê-lo em seu palácio. A unidade estava composta por anjos altamente capacitados, sem vampiros. Um guarda com asas tinha sentido para um detento que era capaz de voar. —Quem crie que matou ao Eris? Outro brilho de surpresa. Esta vez, não fez nenhum intento de ocultá-lo, e compreendeu algo mais sobre a princesa, não estava acostumada a que solicitassem sua opinião, e muito menos a ser escutada com o respeito que sem dúvida merecia. Ninguém via mais que uma pessoa que se podia passar por cima. Era por isso que Jason colocava a muitos de seus espiões entre os funcionários. Entretanto, Mahiya não era um servo, e não sabia o suficiente para julgar se jogava uma partida muito inteligente com ele, seu "verdadeiro" rosto tão falso como sua óbvia fachada. Só uma coisa era certa: a princesa Mahiya com os passadores de cuchilla até agora ocultos em seu cabelo, acabava de converter-se em uma criatura ainda mais fascinante em sua mente de espião. —Não me corresponde dizê-lo —foi a resposta a sua pergunta, agora o auto-desprezo em um tom tão natural, a maioria o teria aceito em seu valor nominal—. Não tenho nada de sua experiência. Jason estava acostumado a esperar horas, dias, semanas, se tinha que fazê-lo, para descobrir uma verdade. —Eu gostaria de ver o resto da fortaleza —disse, lhe permitindo acreditar que tinha aceito sua não resposta cuidadosamente calculada. —É obvio. —Terminaram de tomar o café da manhã, rapidamente limpou a mesa, e o levou fora do lugar—. O forte é muito grande para caminhar, posso-te dar uma visão geral enquanto voamos, então… —Não, me mostre diretamente a área utilizada pela corte. —Não queria ser um branco contra o brilhante azul do céu. Neha não tinha motivos para lhe pegar um tiro, mas Neha era também um arcanjo. O único da Catedra no que Jason confiava era no Rafael. 61 Mahiya vacilou. —Se me der um momento, tenho que voltar para meus aposentos. Minha senhora se desgostaria se me visse assim na corte.
Quando Jason assentiu, Mahiya sabia que estava apanhada. Teria que deixar ao chefe de espiões por sua conta, lhe dando a oportunidade de desfazer-se dela uma vez mais, mas como foram as coisas, não era uma opção. Neha o consideraria um insulto, e atrair a atenção do arcanjo seria um movimento muito estúpido de sua parte nesta etapa do plano. Não importa o que custasse, tinha que tragar-se seu orgulho, mordê-la língua, baixar a cabeça, o que seja para sobreviver só um pouco mais. lhe agradecendo ao Jason por sua paciência, subiu as escadas e rapidamente se desfez da pequena fileira de ganchos em seus tornozelos que sujeitava o algodão de suas calças. Muitas das jovens na cidade preferiam usar jeans ajustados debaixo das túnicas, mas Neha era um arcanjo de idade, preferia um apego à tradição dentro da fortaleza. Os botões que fechavam as ranhuras das asas lhe deram um momento de frustração quando se negaram a abrir, mas as arrumou para conseguir desfazê-los e encolhendo-se de ombros a túnica caiu ao chão. Uma vez feito isso, não tomou um sari. Jason era apto para tomar os céus em algum momento e por muito que Mahiya apreciasse a graça que o sari outorgava a uma mulher, não era o mais apropriado para voar. Um suave tecido amarelo ricamente bordado com flores de cor branca e pequenas partes de espelhos incrustados no centro, a túnica era formal sem violar as regras da etiqueta de luto da morte da Anoushka. As calças de algodão fino que abraçavam suas pernas eram um branco contrastante, ao igual ao cachecol largo dobrado longitudinalmente e colocada por cima de seu ombro esquerdo, conectava à túnica com um broche das jóias disponíveis para seu uso, mas que pertenciam à fortaleza. Seu cabelo era bastante fácil, recolheu-o em um ordenado coque em sua nuca sujeito por alfinetes que tinha conseguido comprar em um caldeireiro ambulante sem que ninguém se desse conta, a troca foi o alfinete por um formoso sari. O caldeireiro acreditava que tinha conseguido o melhor do negócio, mas o alfinete lhe tinha dado a Mahiya uma sensação impagável de segurança na escuridão, um aviso constante de que não era uma criatura rota, esmagada, mas uma mulher disposta a lutar por ela, por seu direito a viver, existir. Seu rosto, não tocou seu rosto. Seus olhos já atraíram muita atenção, ela não queria mais. —Que bonitos olhos tem. Uma menina apenas enchente, Mahiya não sabia porque essas palavras tinham adoecido seu estômago. —Obrigado. 62 Um lento sorriso se formou nos lábios do arcanjo que lhe haviam dito era sua tia. —São os olhos de seu avô. A linha, aparentemente, engendra a verdade. Ignorando o arrepiou que trouxe essa lembrança, deslizou seus pés em sapatilhas plainas, os dedos de seu pé encaixavam perfeitamente no couro tachonado de cristais, a correia ao redor de seu tornozelo também tinha algumas pedras incrustadas. Ninguém podia dizer que Neha não lhe tinha dado todos os luxos à menina que tinha “adotado”.
menos de sete minutos depois, correu de volta para encontrar a Jason de pé diante do pavilhão do pátio, com as mãos detrás de suas costas e sua atenção no palácio que tinha sido prisão do Eris. Aliviada soltou o ar que não sabia que estava retendo. Ele não encaixava aqui, pensou, apanhada pela beleza masculina enquanto se dirigia ao pavilhão. Era indomável, algo grande para a cortesia, elegância e as polidas regras do reino da Neha. Da selvagem tatuagem que cobria o lado esquerdo de seu rosto, ao implacável negro de suas asas e as linhas podas de suas singelas calças negras, uma camisa no mesmo tom escuro, botas negras, sem jóias, tudo no Jason gritava que era um homem, um anjo, quem fez seu próprio caminho, forjou seu próprio caminho. Poderia lhe oferecer a Neha seu respeito, mas nunca a adoraria como a uma semidiosa, pensou Mahiya, seus olhos foram às ordenada penetra na nuca de seu pescoço… foi quando se deu conta que levava uma espada em uma vagem negra ao longo de toda sua coluna vertebral, as correias se fundiam com o negro da camisa. —Neha não permite armas em seu corte, só ao guarda. Os olhos do Jason apanharam seu olhar, e embora sabia que era uma ilusão, sentia como se estivesse despindo sua alma, vendo coisas que nunca tinha compartilhado com algum outro ser vivo. —Neha —disse—, entende como trabalho. Mahiya duvidava que alguém entendesse verdadeiramente ao chefe de espiões, mas fez um gesto pequeno, tomando a oportunidade de terminar o inquietante contato visual. —Vamos? Jason não disse nada ao sair do pátio, um silêncio tão profundo que sabia que devia ser uma parte dele, não um pouco criado para inquietar. Por estranho que parecesse, não lhe resultava inquietante seu silêncio, Jason era alguém honesto, a diferença das mentiras que saíam da boca de tantos outros. —vamos encontrar a minha senhora na sala de audiência pública. Neha sempre está disponível o dia de hoje aos de sua terra, que falavam diretamente com ela, uma rainha paradoxalmente justa se o 63 constituinte era um aristocrata ou um agricultor—. É o suficientemente cedo para que possamos ser capazes de vê-la sem obstáculos—, adicionou, enquanto caminhavam através de uma porta que tênia grafite grandes elefantes de lado a lado. A fortaleza estava viva e acordada, e Mahiya assentiu com a cabeça dizendo “olá” a qualquer número de pessoas. As mulheres usavam vestidos em tons suaves em vez dos vermelhos intensos, amarelos e azuis normalmente favorecidos nesta região, mas os estilos
variavam de forma espetacular. Os vampiros usavam trajes pulcros que davam a entender que tinham negócios fora da fortaleza, enquanto que outros levavam saris simples de trabalho. Logo estavam os vestidos com o uniforme do guarda, com armas, Neha não discrimina quando se trata de destreza e habilidade. Todo mundo olhou ao Jason esperando uma introdução, mas Mahiya ignorou as petições tácitas e seguiu seu caminho, consciente de que não era um homem que ia jogar aos jogos corteses da corte. Estava feliz de sair da via para chegar à sala de audiência pública, a qual era em realidade um pavilhão de pedra aberto em três lados. Seis filas de sete colunas marcavam o chão, sustentando o teto curvo e, sobre ele, uma grande terraço. Neha estava acostumada escutar a seus suplicantes desde seu trono, mas esta vez estava vazio. Em lugar da constante presencia dos guardas na porta havia uma escada que conduzia a terraço, ela deu um passo e se elevo em vôo, suas asas doeram sob a pressão da decolagem vertical. Jason, é obvio, não tinha tantos problemas e aterrissou na terraço frente a ela. Seu instinto lhe deu a razão, Neha se situava no bordo onde o muro gradeado original tinha sido retirado para oferecer uma vista ininterrupta. Seus olhos estavam nas montanhas, as colinas de uma cor dourada na luz da manhã, a escassa vegetação. —Sua pira arde amanhã —disse enquanto Mahiya a alcançava—. Não vais vestir de branco. Ninguém vai vestir de branco. Não era uma perda para a Mahiya não usar a cor do luto, Eris tinha sido menos um pai para ela do que era um gato com seus gatinhos. Quanto às motivações próprias da Neha, só a arcanjo sabia a verdade, mas Mahiya a havia visto junto ao corpo esquartejado do Eris, ouviu seu lamento angustiado. Não importa o que tratou de retratar em seu orgulho, o mesmo orgulho que significava que Eris passou três séculos como um prisioneiro, Neha chorou. —Minha senhora —disse, com uma simpatia que vinha desde seu interior, não tratou de esmagar a existência. Continuava com sua habilidade para sentir quando outro ser esta sofrendo, especialmente quando esse ser era a arcanjo que viu nela mais que uma vingança interminável, era parte de 64 o que ela era, uma ternura de coração que tinha cultivado com devoção feroz, inclusive quando tivesse sido mais fácil ter adquirido um carapaça de dureza que nada podia penetrar. Neha se voltou para o Jason, descartando a Mahiya como a um inseto. —O que tem descoberto, chefe das espiãs? 65 10 Traduzido pelo Marie.Ang Christensen
Corrigido pelo Amigasoy O palácio do Eris poderia ter estado bem custodiado —disse Jason—, mas não era impenetrável. Os lábios da Neha se curvaram em um sorriso sem humor. — Só aqueles que não cuidam suas vidas têm quebrado as regras. Disse-me que havia mais de um? —Não posso te dizer nada ainda. —Jason sustentou o olhar da Neha de uma maneira em que Mahiya não tinha visto ninguém atrever-se na corte, nem sequer os assessores de mais confiança da arcanjo. Seu estômago se esticou ante o risco que estava tomando. Embora era um estranho sem chamado a sua lealdade, Mahiya descobriu que não queria a Jason ensangüentado. Seria uma profanação para uma formosa criatura selvagem que nunca deveria ser enjaulada ou rota. Entretanto, Neha se pôs-se a rir, um brilho agradecido em seus olhos. —Todos vocês, os Sete, tão arrogantes. Sentindo que lhe faltava algo importante, mas incapaz de resolver o que, Mahiya ficou a caminhar detrás da Neha e Jason enquanto estes avançavam. As asas quase completamente branco gelo da Neha eram um marcado contraste às negras do Jason, ao igual ao vestido brilhante coral mas de um delicioso corte singelo da arcanjo. —Como está Dmitri? —perguntou agora Neha, o bordo de sua voz afiado como um bisturi. A resposta do Jason foi inexpressiva—: Ainda não o perdoaste por voltar com o Rafael? Neha rio de novo, a reluzente espada transmutada na primeira real diversão que Mahiya tinha escutado da execução de Anoushka. —Pensei que os dois cachorrinhos selvagens se mereciam o um ao outro, e estava no certo, ou não? —Sem esperar uma resposta, adicionou—: Deveu, entretanto, haver convidado a suas bodas. —As palavras sustentando uma perigosa cortesia. —Sim, deveria havê-lo feito, mas um vampiro de seu corte tentou matá-lo somente dias atrás. 66 Neha levantou a cabeça, seu sorriso tão frio como o sangue de cobra enroscada em uma cesta em uma esquina da terraço. —Acredita que me esconderia detrás de um como Kallistos?
—O fato é —disse Jason—, que Dmitri sempre te gostou mais que a maioria do resto da Cadeira… mas, e apesar da breve trégua nascida de minha presença aqui, você e Rafael não são os melhores amigos na atualidade. —Jogando à política, Jason? —Sou muito bom nisso. Um pequeno silêncio. —É obvio que sim. —O ódio era remplazado por uma fria aprovação—. Um chefe de espiões que não pudesse entender os matizes políticos seria inútil. Jason não disse nada em resposta dado que por si mesmo evidenciava a verdade. O que sim disse foi—: Quando Dmitri descobriu por que vim a seu território, pediu-me que transmitisse suas condolências. Disse que sempre recordará ao Eris como espadachim que era um bem-vindo oponente de combate. Mahiya tinha visto o Eris dançar com uma espada dentro dos limites de seu palácio, com uma graça deslumbrante. Uma vez, inclusive observou a Neha e Eris juntos no pátio, suas espadas e corpos movendo-se com uma harmonia que, por um único penetrante momento, fez dolorosamente claro que os dois poderiam haver-se apaixonado. —Tinha-me esquecido —murmurou Neha—, que Dmitri e Eris tinham isso em comum. Dois homens tão diferentes unidos pela espada. —Também me encarregou perguntar se seria bem-vindo com sua noiva, uma vez que esteja recebendo visitas de novo. —Se Dmitri falar tão graciosamente, estaria muito surpreendida —disse Neha, mas Mahiya podia dizer que estava satisfeita pela solicitude do líder dos Sete, quem era conhecido como um cínico bastardo dura de coração que não confiava em ninguém. Entretanto, ele respeitava a honra de Neha o suficiente para trazer para seu território à mulher que tinha feito sua esposa. —lhe diga —disse a arcanjo—, que não estarei desgostada se ele e sua esposa pressentem seus respeitos. Minha briga é com o Rafael, não com o Dmitri. Jason assentiu. —Transmitirei a mensagem. Levo-te com sua gente? —Não. —Neha negou com a cabeça e saiu a uma asa de longitude de distância—. Hei posposto a audiência pública. Escoltará-me até Guardião onde descida passar a noite com o Eris. Com as asas desdobradas, executou uma perfeita decolagem vertical, Jason elevando-se a seu lado. Mahiya era mais lenta, encontrou-se a se mesma
67 atrasada, mas sem nenhum esforço os alcançou, seu estômago cambaleando-se ante a idéia de estar em Guardião. Em troca, deixou que seus olhos permanecessem no bulício aprazível da cuidem abaixo. Tinha tido outro nome uma vez, mas depois de tantos séculos na sombra da Fortaleza do Arcanjo, converteu-se na Cidade do Arcanjo. Não surpreendentemente, a cidade refletia os gostos da Neha. Entretanto, apesar das residências de poderosos vampiros ou anjos que viviam fora da fortaleza, os edifícios eram em sua maioria pequenos e simples nivelados; eram elegantes estrutura de pedra que tinham resistido o passado do tempo. Como qualquer cidade, esta tinha estreitos becos, assim como amplas avenidas, mas não havia nada quebrado ou feio, sujo ou abandonado, a água no lago fluía poda e tão fresca que era potável. Pelo outro lado da Mahiya, abraçando uma cordilheira natural, encontrava-se tendida a fortaleza, e que também levava o selo de seu amante. A Fortaleza do Guardião era modesta em comparação com outras. Estava conectada também à fortaleza principal por passagens subterrâneas, onde homens aparentemente tinham morrido por manter o segredo, Mahiya só sabia deles porque Eris o deixou escapar em uma das estranhas ocasiões em que tinha afogado sua raiva em uma garrafa. —Em lugar de tratar de voar, devi ter esperado por minha oportunidade e usado os túneis. —Túneis? —A Guardião, estúpida menina! Eris se tinha negado a dizer nada mais sobre o tema, mas tinha conseguido que Vanhi confirmasse sua existência. Entretanto, o vampiro, com suas formas maternais, tinha sabido de uma só entrada, dentro do Palácio das Jóias, um lugar que bem poderia estar na lua. Frente a Mahiya, Neha e Jason rodearam a fortaleza superior, e durante um lapso de tempo ficou impressionada pelas asas do Jason, que fizeram uma poda eficácia de sua técnica de vôo, não um movimento perdido. Ele não era um homem ao quisesse alguma vez encontrar-se detrás dela no céu, escapar seria impossível. Pondo uma explosão de velocidade, entrou debaixo deles para aterrissar no pátio privado da Neha dentro da fortaleza que fez que uma gota fria de suor rodasse por sua coluna, inclusive agora. Entretanto, essa não era a razão de sua descida: não seria bom para ela elevar-se mais alto que a arcanjo, essa lição a tinha aprendido o fatídico dia cem anos depois de seu nascimento, quando oficialmente tinha cruzado a linha da adultez e perdeu o amparo outorgado pela falta de vontade da Neha de prejudicar a jovem. A lição tinha sido brutal, o Professor do Guarda instruiu despojá-la-a pele de suas costas. Mahiya tinha entendido muito que vivia 68
pela tolerância da Neha, tendo aprendido a verdade de uma babá que pensava que ela devia conhecer seu lugar no esquema das coisas, o presente do conhecimento de uma áspera amabilidade. —Nunca esqueça que nada do que faça a agradará. Para ela, não é uma menina para ser protegida, mas um constante aviso de uma traição que humilhou a um arcanjo. te concentre na sobrevivência. Enquanto tinha sido pendurada do poste de flagelação, com o sangue correndo por suas costas, Mahiya tinha entendido algo mais. Neha queria rompê-la até compreender que foi uma vivida advertência do preço da deslealdade. Suficientes pessoas conheciam o segredo silencioso da herança da Mahiya para que a advertência fora entendida. Sobreviverei e vou sobreviver a tudo. O voto foi um que tinha feito inclusive quando o látego caía uma e outra vez. E o único que a tinha mantido, foi negar-se a permitir que Neha a torcesse no horrível espelho reflito do próprio do ódio da arcanjo. lhe permitir acreditar que tinha conseguido acovardar a Mahiya foi um movimento estratégico no tabuleiro que lhe custou nada mais que o orgulho… e o orgulho era uma ferramenta imprestável na luta por sua própria existência. Jason aterrissou depois da Neha, mas isso era de esperar, estava claramente atuando como guarda neste momento. Ignorou a presença da Mahiya, inclusive evitando-a com o olhar. Algo horrível borbulhou em seu estômago, e ela mesma sabia que se devia à classe mais patética de tolo. O que tinha esperado? Que tivesse contínuo tratando-a com esse inexplicável e sedutor respeito depois de que ficou exatamente claro o pouco que importava a Neha? —Jason. —Neha inclinou a cabeça em real agradecimento antes de entrar em palácio que se usou em Guardião, lista para começar sua vigília pelo corpo sem vida do Eris. Tragando o ódio dentro dela que podia arruiná-lo tudo, Mahiya disse—: Desejas que volte para a Fortaleza do Arcanjo? Um assentimento, e se elevou de novo, em uma explosão de cegadora velocidade. Seu coração saltou a sua garganta. Ele foi mais rápido que Neha. Sua própria ascensão se sentia infantil e doloroso em comparação, mas ficou em vôo, dirigindo-se à fortaleza através do céu azul cristalino enquanto Jason voou tão alto que nem sequer era um ponto na distância, reaparecendo ao último minuto como uma flecha para baixo em uma limpa aterrissagem em frente de seu seu palácio. A área parecia deserta, os guardas deveram esfumar-se depois de retirar o corpo do Eris. 69 Jason pregou suas asas, esperando que ela fizesse o mesmo. Então, girou-se para ela. —Não —disse em tom tranqüilo e moderado— tem suficiente respeito por ti mesma para não permitir que Neha te trate como algo raspagem da sola de seu sapato?
O impacto do inesperado golpe foi tão absoluto, sentia-se como se a tivesse golpeado com um punho em sua caixa torácica, empurrando seus ossos para seu interior onde os arrancou, rompeu e a fizesse sangrar. *** Jason se deu conta do engano que tinha cometido no instante depois que falou, quando o rosto da Mahiya empalideceu a um tom doentio, sua respiração irregular. Tinha passado muito tempo desde que tinha falado sem pensar, sabia que tinha permitido sair sua ira pela aceitação da Mahiya do trato que lhe dava Neha dando cor a seu pensamento. Deslocando uma fração mais perto, estendeu suas asas como se as estirasse. —Estamos vigiados. —Fez de seu tom um látego—. Não te rompa. Ela piscou ante a severo ordem, e logo foi como se uma vara de aço tivesse sido lançada através de sua coluna vertebral, seus olhos castanhos selvagens com fúria. —Uma prova, chefe de espiões? Se for assim, falhei. Assim por fim, vejo-te de novo, Mahiya. —Poderia ter falado com mais cuidado, mas isso não trocaria o centro de minha pergunta. Com sua fúria agora estritamente controlada, ela não entrou na privacidade do palácio, a não ser através dos caminhos delimitados do pátio do jardim, a brilhante área com exuberantes floresça que se burlavam do clima desértico, a água correndo pelos flancos do pavilhão oferecendo um refrescante banho de ar. —Quer que te agradeça por me chamar covarde sem caráter? —Não —disse, sua própria ira muita mais temperada, mas não menos perigosa—. Mas deve saber que a debilidade, real ou fingida, só inca aos depredadores. —E os arcanjos eram os depredadores alfa no planeta—. Neha aprecia a aqueles que lhe fazem frente, tem a força para fazê-lo —Ela não era mais covarde do que ele era um estúpido—. Não tem nenhuma razão para te fazer a morta. Um banho de vermelho escuro cruzou seus maçãs do rosto, suas mãos em punhos. —Não cria conhecer minha vida sobre a base de um dia de intimidade forçada, meu senhor. —Afastando do jardim com essas frite palavras, conduziu-o através de uma entrada para as frite habitações dentro da fortaleza, em direção para baixo até que pensou que deviam estar no nível que albergava o Palácio de Jóias. Não intercambiaram nenhuma palavra até que ela se deteve em um conjunto de portas decoradas com o familiar motivo de finos vasos, os 70 gravados com incrustações de ágata e o que parecia ser turmalina verde. As portas estavam entreabiertas, mas o ângulo significava que ele e
Mahiya estavam até ocultos da vista das pessoas dentro. Tomou vantagem disso para estudar a habitação e seus habitantes. Espaçosa e relativamente livre de móveis, o quarto dava um amplo balcão, a luz do sol enviesada através dali, assim como através dos pequenos quadrados da janela de persiana da direita. A iluminação era brilhante mas não forte, dourando os anjos e vampiros que estavam falando e rendo em casais ou pequenos grupos, todos vestidos em ricos tecidos que brilhavam e reluziam, diamantes como gotas de gelo em seus cabelos e suas orelhas. —Cortesãos —disse Mahiya, seu tom gélido—. Um almoço privado onde podem mostrar seus melhores ornamentos sem ofender a Neha. Posso fazer as apresentações. Rechaçando a oferta com uma sacudida de sua cabeça, caminhou uns poucos metros à direita, a uma porta que, como tinha esperado, conduziu diretamente a um balcão se localizado paralelo à sala dos cortesãos. Inclusive melhor para seu propósito, era pequena, sem relação com o balcão mais amplo que tinha observado no final da habitação. Ao sair, apoiou-se contra a pedra aquecida pelo sol ao lado da janela de persiana e se dispôs a escutar, oscuramente consciente da silenciosa presença da Mahiya a seu lado. Como tinha estado em silencio em presença da Neha. Sua ira renovada ante seu comportamento era visceral, uma crua e borbulhante sensação. depois de perto de setecentos anos de viver com lembranças que nunca se desvaneceram, sabia a causa de sua turbulenta resposta, sua fúria era alimentada pela lembrança de outra mulher que não tinha lutado contra a violência exercida em seu contrário. —Ele não pode evitá-lo, Jason. Uma terrível escuridão se deu procuração de seu coração… mas nós podemos trazer o de volta. Só temos que amá-lo. O trato da Neha a Mahiya não era nada tão óbvio como um golpe físico, mas era uma eficaz arma apagando sua personalidade. —… rumores de que tinha uma amante. Freando sua ira, Jason se concentrou nas vozes. —Ridículo. Quem seria executado por um pouco tão brega como o sexo? —Komal poderia. Sabe quão zangada esteve desde que Neha desterrou a esse vampiro com o que tentou deitar-se. —Komal é uma menina tola, mas não é suicida. 71 Jason escutou por ao menos uma hora, mas não ouviu nada mais tão explosivo como essa curta conversação. —Quem é Komal? —perguntou a
Mahiya uma vez estiveram bem longe da habitação. —Uma vampiro que foi parte da corte interna por meio século. Sua beleza é considerável, e é perita em usá-la para manipular homens. Acredito que não acaba de entender que Neha não é tão suscetível. —Um olhar que não era tão perspicaz como tinha chegado a esperar dela, o gelo ainda presente nas profundidades do marrom avermelhado—. Te levarei com ela se o desejar. —Sim. —Jason sentiu uma faísca de ira fervendo a fogo lento em resposta, sabia que ela o tinha percebido quando apartou a cabeça e se dirigiu ao corredor, sua atitude recatada esquecida. Embora não tivesse tido a intenção de fazê-lo, a demonstração de temperamento acalmou o seu. —Aí está —Mahiya indicou a uma mulher caminhando por um dos corredores abertos que davam à paisagem urbana. Komal resultou ser exatamente como a haviam descrito, um sensual convite com seu cabelo negro e lábios vermelhos, pele de ouro mel e perigosas curvas. Uma mulher a quem o vampirismo tinha dado seu exótico beijo, que se danificou na medida que ela fez uma careta quando Jason não caiu imediatamente a seus pés. —Os dois sabemos que o camundongo não vai satisfazer te —ronronou com doçura venenosa—. Prometo te mostrar prazeres que nunca provaste. Jason ficou olhando a mão que ela tinha levantado como se fora a tocá-lo até que a vampiro empalideceu, deixou-a cair, antes de trocar seu olhar aos olhos marrom frondoso que sem dúvida conduziu a muitos homens ao inferno. —Foi feliz de obrigar ao Eris, também? 72 11 Traduzido por gaby828 Corrigido pelo MaryJane? Pânico puro, sem mitigar. —Quem começou o rumor? —Era um vaio sussurrado enquanto olhava ao redor por qualquer que pudesse ouvi-la. —Neha vai executar me se chegar a seus ouvidos. Deus, ela provavelmente me torturará primeiro, manterá-me viva por anos. Jason não disse nada e a olhou voltear-se para a Mahiya, suas presas cintilando. —me diga, ou te açoitarei de novo. —Se fosse você, Komal —disse Mahiya em um frio tom de advertência—, esqueceria criar problemas e me manteria fora de vista no momento.
Empalidecendo ainda mais, a vampira se voltou e pôs-se a correr para dentro, seu vestido abraçando sua figura, arrastando-se ao longo da pedra cinza usada nesta parte da fortaleza. Jason a deixou ir, certamente não se teria ficado, nem tinha nenhum conhecimento sobre a amante ilícita do Eris. Sua resposta sacudiu a acusação e com sua desagradável natureza a um lado, Komal não era o suficientemente inteligente para levar a cabo este tipo de intriga. Ela se teria gabado com alguém, sendo capturada faz muito tempo. —por que foi açoitada? —perguntou-lhe à mulher mais complexa, inteligente a seu lado. Não perturbou a Mahiya. —Qual vez? Suas unhas se cravaram em sua palma. —A última vez. —Fui desrespeitosa com um cortesão de alto nível. —Merecia o respeito? Sem surpreender-se pela pergunta feita por este homem quem não seguia nenhuma das regras de comportamento aceito e quem tinha incitado nela uma raiva que a fez esquecer-se de si mesmo a um perigoso grau, Mahiya disse—: Não. —Não havia ponto em lhe mentir agora. —Então o açoite valeu a pena. Foi uma sensação estranha, ser totalmente livre da necessidade de ocultar seus verdadeiros pensamentos. Como se estivesse ébria. —Não —disse, 73 sua fúria até suficientemente fria para queimar—. Porque depois que estivesse esgotada e débil, ele recebeu o que queria. Mahiya tinha tido que prostrar-se a seus pés, rogar por perdão pela ofensa que lhe tinha feito. Só sua obstinada negativa a converter-se em um pouco parecido a Neha tinha impedido de fazer um guisado na amargura e o ódio que tinha florescido nela esse dia. —aprendi a escolher minhas batalhas. Os olhos do Jason, tão escuros como o chocolate mais fino, rico e decadente se atrasaram nela, um momento interminável antes de lhe dar um pequeno assentimento. —Enquanto continue lutando. Ira surgiu através de suas veias uma vez mais, até que tomou tudo o que tinha vaiar uma aparentemente civil resposta. —Sim, meu senhor. Uma pausa imóvel lhe recordou que estava burlando-se de um homem tão letal que seus olhos se reuniram com os de um arcanjo sem pestanejar. Logo ele disse—: Peço desculpas. Não sei nada das batalhas que já lutaste ou as eleições que teve que fazer para sobreviver.
Nenhum homem, nunca, desculpou-se com ela, e escutar o deste homem a surpreendeu o suficiente para não dizer nada quando ele se voltou e começou a caminhar para as vias do forte, levando, em lugar de ser levado. Ela sabia que ele escutou mais que ela, viu mais que ela, ainda assim caminhou a seu lado. Ele era mais que fascinante. Perigoso e imprevisível e pavorosamente inteligente. Uma ameaça. E mesmo assim queria passar seus dedos sobre sua espada incluso se a fazia sangrar, queria dançar muito perto da chama, queria tomar um risco que poderia destrui-la. Seu olhar foi para o tom negro de suas asas, seus dedos doíam por explorar, como se sua silenciosa admissão do muito que a atraía tinha aberto uma porta que não era consciente de ter bloqueado. Exceto, seus olhos se enfocaram por diante dele, embora sabia que estava justo ali. Voltando de repente para seu estado de alerta, deu-se conta que a maioria dos guardas não tinham notado sua presença, embora todos eles a tinham saudado com um assentimento de cabeça. Vendo-o com um enfoque que lhe causava uma dor de cabeça surda palpitante detrás de seus olhos, viu sua silhueta, mas um instante depois, ele entrou em uma sombra criada por um buquê de flores no alto de uma parede e se foi. Sem pensá-lo, estendeu a mão, seus dedos roçaram o bordo de sua asa, as plumas lisas e quentes sob seus dedos. Ele se congelou, cada musculo estava tenso. 74 O calor alagou suas bochechas, e deixou cair sua mão enquanto se dava conta da natureza inaceitável de seu comportamento. —Sinto-o… mas não podia verte. —Sou muito bom em permanecer invisível. —Sua voz não tinha nada do desagrado que ela teria esperado depois de presenciar a forma em que tinha advertido ao Komal de lhe pôr um dedo em cima—. tive centenas de anos de prática. Não lhe acreditou, mas não fazia falta ter o intelecto de um gênio para dar-se conta que o chefe dos espiões não lhe diria seus segredos. —Uma vez mais, desculpo-me. —Seus dedos ainda formigavam pelo contato fugaz—. Não tinha direito. —Em realidade, sim o tinha —disse para sua surpresa, sua tatuagem era uma tentação tateante sob a luz do sol—. Te jurei votos de sangue. A pele e os medos estão muito mais perto da superfície que o sangue. —Nunca tomaria vantagem dos votos de tal maneira. —Fazendo um punho com sua mão
em resistência contra a compulsão a cometer uma violação pior, riscar a beleza selvagem de suas marcas faciais, voltou o olhar para o fronte e seguiu caminhando. Sua pele ruborizada logo foi frio gélido, seu coração gaguejou… e ela se deu conta de que apesar de sua profunda fascinação com o chefe de espiões do Rafael, tinha medo. Jason, com sua voz serena e olhos vigilantes, era imensamente mais perigoso para ela do que Neha tinha sido. Ele escutava quando falava, já tinha aprendido coisas sobre ela que ninguém sabia. Um homem assim não usaria sua força física para superá-la, nem mentiras para enganá-la. Já a conhecia tão bem que podia pô-la a contribuir em sua própria queda. O suor umedeceu suas mãos, deu-se conta muito tarde que se dirigiam à parte do complexo onde Neha não o queria sob nenhuma circunstância. —Não podemos ir mais longe nesta direção. —por que? —Esta área é para o uso privado da Neha, fora dos limite exceto por seu convite. —Muito bem. —Suas asas resplandecendo com esse rápido acordo receoso, fez uma decolagem vertical tão rápida que não tinha nenhuma esperança de apanhá-lo. Premente… e mortal. Era uma verdade que não se podia permitir esquecer, sem importar a tentação de tocar a espada. Havia muito em risco, sua existência inteira, sua vida mesma. Jason era um sonho que terei que economizar para outra vida… Mas primeiro, tinha que conseguir sair desta viva. Perdendo-o em cima das inchadas nuvens brancas que se introduziram através do céu, voltou seu olhar para o caminho de pedra vermelha e o 75 pequeno palácio que tinha advertido ao Jason não entrar, Neha estava isolada em Guardião, não voltaria até manhã. Jason tinha deixado a Mahiya sozinha. Ela não teria melhor oportunidade para agarrar o anel de bronze. A gota de suor desço pelas costas em uma gota fria, deu um passo para frente. Nenhum dos guardas tento detê-la, Neha freqüentemente a chamava quando queria algo. Mas então, Mahiya só tinha entrado nas habitações do frente. Hoje, tomando vantagem do fato que não permitia aos guardas, ela continuou descendo pelo corredor e no mesmo centro do palácio, uma sala em que ela podia sentir coisas que faziam à parte posterior estar alerta, Impulsionando-a a correr! Mahiya manteve o impulso primário sob controle. Esta não era sua primeira incursão na seção proibida. A última vez tinha estado nas profundidades da noite, enquanto Neha estava em realidade dentro do quarto no centro. Havia-lhe flanco um apertão de vísceras ter coragem e sombria determinação, seu coração pulsando na boca com cada respiração irregular. O que tinha
visto aquela noite tinha sido inquietante, mas o descobrimento não tinha sido suficiente para completar seu plano. Hoje, as paredes de mármore não estavam incrustadas com gelo, sua respiração não empanava o ar, e seus ossos não doíam pelo frio extremo. Tocando com seus dedos o mármore, caminhou rapidamente e em silencio pelo comprido corredor final, a porta da habitação à vista. Tinha estado tão endurecida pelo gelo a vez anterior, que não tinha sido capaz de agarrar a manga. Agora, o botão de ouro brilhava. Mahiya pôs sua mão sobre ele, duvidando no último instante. Isto era muito fácil. Forçando paciência, escondeu-se em uma pequena quarto enquanto considerava a situação desde todos os ângulos, para descobrir o que Neha estava fazendo, tinha que chegar dentro dessa habitação, mas entrar na habitação bem poderia significar sua morte. Porque Neha era um arcanjo, com habilidades secretas e abertas de uma vez. O mais evidente era a forma em que podia controlar e manipular répteis de todo tipo. Ao igual à serpente videira de ouro envolta ao redor do pomo da porta. O coração da Mahiya pulsava contra suas costelas enquanto a criatura tirava sua língua vermelha e se dava conta que o que tinha tomado como um desenho ornamental era um ser vivo. Um venenoso ser vivo. Porque uma de suas habilidades mais ocultas era o fato de que Neha poderia criar glândulas venenosas nas espécies não venenosas. O tocar a cavanhaque teria significado uma mordida que deixaria a Mahiya paralisada e indefesa durante horas. 76 Entretanto, era pouco provável que fora o único elemento de segurança, porque embora Neha era um anjo de idade, não era cega aos benefícios da tecnologia moderna. Agora que Mahiya estava pensando corretamente em lugar de impulsionando-se a atuar pelo conhecimento de que seu tempo se acabava, deu-se conta que inclusive com a porta aberta, Neha teria estabelecido um alarme silencioso que a alertaria de qualquer falta. Uma vez dentro, o intruso encontraria a habitação desocupada… ou a se mesmo rodeado por centenas de serpentes irritadas vaiando com ira ao ser incomodadas? um pouco de ruído, um sussurro. Congelando-se, espero que quem quer que fosse —uma donzela?— tivesse entrado sozinho para encarregar-se de algo nas habitações do frente. —Então —disse uma voz temperada, familiar da esquerda da quarto—, está tratando de desenterrar os segredos da Neha. Um raio de terror golpeou sua corrente sangüínea, moveu-se para a luz para enfrentar ao Jason. —vim a procurar algo que tinha esquecido —disse, logo considerou suas mãos vazias. —Não o encontrei.
Íntimos olhos negros a olhavam sem pestanejar. —É muito boa mentindo, mas sou melhor detectando mentiras. —Trocando sua atenção à porta fechada custodiada pela serpente videira, Miro durante vários segundos antes de trocar sobre seus talões dizendo—: Precisamos falar em privado. Não era um convite. A Mahiya tivesse encantado rechaçar a ordem, mas se mencionava isto a Neha, estaria morta e nada mais importaria. Com a frustração, o medo e a ira fervendo em uma mescla caótica em suas veias, seguiu-o para a luz, piscando pelo brilho… para dar-se conta que já não estava a seu lado. —Não seria bom para a Neha saber que estiveste ali —disse ele uns minutos depois, depois de haver-se reunido com ela uma vez que chegou a uma zona mais pública. —Como entrou? —Inclusive enquanto falava, recordava a todos esses guardas simplesmente não vendo-o. Sua única resposta foi olhar suas asas e perguntar—: Pode fazer outra decolagem vertical? —Sim. —Era lenta, não fraco—. aonde vamos? 77 —me siga. —Elevando-se para o céu, ele manteve sua posição até que ela se uniu a ele, logo varreram por toda a cidade, mais longe, até que estavam voando sobre aldeias onde os meninos corriam emocionados e saudavam, e montões de cerâmica azul listas para ser decoradas, enquanto que o gado sonolento dormia em um estranho pasto verde alimentado por uma corrente quase oculta por pastos altos. Sentirei saudades isto. Era um pensamento que fazia que lhe doesse o coração de tristeza. Esta terra de deserto e cor e oásis escondidos era tudo o que ela tinha conhecido. Não podia imaginar-se viver em um lugar sem dunas de areia, a vista de camelos com seu balanço tão familiar como o dos elefantes régios. Os animais eram tratados com carinho e cuidado sob as regras que Neha tinha posto em marcha faz muito tempo, e muitos vagavam pelas terras retiradas deles, ao igual aos camelos de abaixo, com seu pescoço inclinado enquanto pastavam. Uma pastora solitária, sua saia larga e sua túnica até o quadril de um brilhante ensolarado amarelo, Miro para cima, levantando a mão em uma onda. Mahiya devolveu a saudação, golpeada uma vez mais pelos muitos, algumas vezes violentamente opostos, aspectos da Neha. Ela era sua rainha, poderia ser cruel, mas também era querida por sua gente por sua generosidade e justiça, os anjos de seu corte eren bem-vindos em qualquer lugar que fossem. Se Mahiya aterrissava no povo de abaixo, seria recebida com calor, o chá quente da panela e savories3 recém saídos do forno. É obvio, havia medo na população, mas não era lhe paralise,
simplesmente um reconhecimento silenciosos de que os imortais eram mais fortes e mais perigosos, que era melhor viver em paz com eles, lhes servir que rebelar-se. Entretanto, não era a um desses povos ao que Jason a levo, a não ser a um campo pequeno e deserto. Aterrissaram sob os ramos de um árvore cujas raízes foram o suficientemente profundas para prosperar inclusive quando não havia chuvas, suas delicadas folhas cor verde clara, ele pregou suas asas de novo, vendo-a baixar. Ela se sentia desgracioso em comparação com o descida da sombra silenciosa, suas asas sussurrando, seus pés muito pesados. —Agora —disse Jason quando se estabilizou—, falaremos. Desolada-a vista frente a ela, a terra em descanso, era, não obstante, casa, e lhe deu coragem. —O que quer me dizer? Jason olhou nos olhos da Mahiya e viu uma determinação de aço. Não era uma mulher que facilmente se romperia… e ele não era um homem que
3 Savories: Prato de sabor picante. 78 romperia o espírito de uma mulher, entretanto, havia outras maneiras de obter o que queria, e não tinha tempo para jogar. —Ambos sabemos que eu tenho as cartas aqui. —Jurou-me um voto de sangue —assinalou, embora sua pele tinha empalidecido sob a suave sombra criada pelas folhas finas do alvo sob o que estavam—. Não pode me fazer danifico. —Recorda o que falamos —disse, esmagando sua resposta original a sua negativa a render-se—. Estou carregando sozinho com o assassino do Eris e protegendo os interesses de sua família enquanto o faço. E parece que tem intenção de trair. Ela apertou a mandíbula. —O que lhe vais dizer? —Depende de se pudermos ou não chegar a um acordo. —Enquanto terminasse sua tarefa e descobrisse a identidade do assassino, não estava obrigado a informar de tudo o que descobria a Neha. A mandíbula endurecida, os olhos de silícea. —E qual é seu preço, meu senhor? As duas últimas palavras bem poderiam ter sido um insulto. —me conte sobre a habitação —disse ele, seu olhar caindo em seus lábios finos com ira—, a respeito do que acontece no interior.
—Não sei. —Apertou os dentes—. Nunca fui capaz de entrar. Verdade, ele pensou, vendo um rosto tão incrivelmente expressivo se tomava o tempo para aprender os movimentos sutis que delatavam cada pensamento. E Jason se tomou o tempo. —Mas viu algo. Suas asas sussurravam inquietas, deixou escapar um profundo, estremecido suspiro. —Gelo. Recubre as paredes, recubre a porta. Meu fôlego gelado, e podia sentir meu sangue começar a congelar-se. —estremeceu-se—. Minhas veias… se levantaram contra minha pele, e quando pressionei, sentiam-se duras. Os anjos foram construídos para o vôo, e como tal, não sentiam o frio como os mortais. E o que Mahiya estava descrevendo era um frio tão terrível que era impossível nesta região em particular. Entretanto, até onde sabia, as habilidades arcangélicas da Neha não incluíam a capacidade de manipular os elementos. —Neha estava sozinha na habitação? A mais mínima vacilação. 79 12 Traduzido pela Amy Corrigido pelo Amigasoy Nunca a vi entrar com alguém. Suas palavras eram muito hábeis, mas Jason tinha estado jogando este jogo por mais séculos que Mahiya. —Escutaste-a falar com alguma pessoa enquanto estava dentro? —Se lhe conto todo —disse em um tom muito resolvido, que era de granito—¸ não sei se importará que me traia com a Neha. Enfim, o resultado será o mesmo. Jason considerou o por que uma princesa teria que acumular todo esse perigoso conhecimento. —Necessita uma moeda de mudança —supôs ele—. Para que? —por que está fazendo isto? —Um olhar de jaqueta cruzava em seus olhos, suas pupilas ao negro vivo contra a íris de gato brilhante—. Tenta que me dispa? Esse olhar golpeou uma parte que ele fingia que não existia, mas não retrocedeu nem se abrandou. Precisava saber o que tinha ouvido Mahiya nessa habitação com a Neha, porque se o que suspeitava era certo, o mundo poderia afogar-se em horror como ninguém podia imaginar.
A princesa se apartou e lhe deu as costas, suas asas varrendo em grácis arcos a terra poeirenta, em direto contraste com a rigidez de sua coluna vertebral. —vou morrer logo se não encontrar uma saída. —Llas palavras eram tão claras como a terra que os rodeava—. Voluntariamente Neha nunca me liberará para viver minha própria vida, e agora não tem nenhuma razão para me manter viva, só era útil para atormentar ao Eris. —E como substituto para castigar —disse Jason, todas as peças que tinha vislumbrado se uniam para juntar um feio e torcido conjunto—. aonde planeja ir? Girou sobre seus talões, lhe mostrando duas Palmas vazias. —Onde posso ir? —disse com ira tensa em cada palavra—. Só quero uma vida longe dessa prisão de ódio, embora seja um barracão, mas 80 só outro arcanjo pode lhe fazer frente a Neha, por isso deve ser um da Catedra. —Lijuan é a mais próxima. Um terror cego se acumulou nela, tão vicioso e profundo que provocou nele fazer o mais estranho de seus movimentos: estendeu sua mão para tocá-la, apertando seu braço. —Mahiya. —Não Lijuan. —Sua voz era rouca, como se tivesse estado gritando. —Tentaste-o antes —adivinhou ele, enquanto o calor de sua pele se mantinha persistente em sua palma, a pesar do contato fugaz—. O que ocorreu? —Haviam mil horrores nos tribunais do Lijuan, uns mil pesadelos de carne e sangue. Mahiya se recostou contra a árvore, seu perfil iluminado pela luz, capturando indícios do pôr-do-sol em seu cabelo. —É difícil ter uma conversação com um homem que vê tudo. —Quer dizer que é difícil me manipular para que veja o que você quer ver. —Mas o cento era que sua força não provinha por quão bem a podia lê-la, a não ser a partir da aceitação do muito que ele podia perder. Mesmo que conhecia alguém durante séculos, sempre foi consciente do que tinha recolhido: um brilho da complexa tapeçaria que era sua vida anterior. A mulher frente a ele tinha um patrão intrincado em seu coração e emoções que nunca poderia imaginar, por isso não tinha a habilidade de compreendê-la. Tudo o que podia fazer era olhar os sinais que outros davam por assumidas. Sabia que ela não atuava como o resto do mundo o fazia; sabia que sua incapacidade para conectar com ele se devia a uma carência de si mesmo. Ao Jason preocupava muito o que Jessamy lhe disse faz um século. A gentil professora de anjos jovens tomou tempo suficiente para considerar sua pergunta.
—Acredito —disse ela por fim—, que tem a capacidade de sentir com a mesma profundidade como qualquer outro imortal. Talvez mais. Tem um coração tão capitalista que às vezes me assusta. E a forma em que mantém suas emoções ocultas sob chave... —Um olhar atento—. Mas a tormenta se romperá algum dia, disso estou segura. Nunca teve razões para tomar o risco. —Deu-lhe um sorriso triste—. Sei algo a respeito de evitar a dor, assim confia em mim quando digo isso. Jason tinha um grande respeito pelo Jessamy, sabia que suas palavras não eram mentiras. Nascida com uma asa malformada que significava que o vôo estava fora de seu alance, sofria angustiada de uma maneira que Jason não podia imaginar. Ele nunca descartou essas palavras, nunca as considerou menos importante que outras forças que o tinha formado, mas também 81 sabia que a forma em que tinham crescido e desenvolvido era fundamentalmente diferente. Como não podia imaginar o não ser capaz de tocar o céu a seu desejo, Jessamy não podia imaginar o que era estar sozinha. Absolutamente, absolutamente sozinha. Não por uma hora, não por um dia. A não ser durante décadas. Até o ponto que se esqueceu de falar, de como ser uma pessoa. Essa solidão sem fim murchou algo dentro dele quando ainda era um menino com asas muito pesadas para seu corpo e a diferença de Jessamy, ele acreditava que era uma permanente perda. Tão irrevogável como o fato de que Atol, o lugar onde tinha nascido e onde tinha enterrado a sua mãe, foi-se, esmagado por um maciço terremoto causado por uma erupção vulcânica submarina. Era como se seus pais nunca tivessem existido, como se sempre tivesse levado a solidão em seu interior. —Obviamente —disse Mahiya no silêncio—, estou superada Tinha utilizado a pausa para pintar a máscara da mulher que cresceu em uma corte, onde o veneno está acostumado a enviar-se com um sorriso doce como o mel. —Basta de jogos. —Embora era um sobrevivente, admirava a vontade feroz dela, mas não podia permitir que isso lhe desse vantagem—. Toma sua decisão e faz-a rápido. Um fino tremor prateado cobriu sua pele, e ele sabia que debaixo de sua obstinada negativa a ceder, tinha medo. Ao Jason não gostava de incitar o medo em uma mulher. Trazia-lhe muitas lembranças que não se desvaneceriam sem importar quantos anos passassem, suas mãos formigavam como se estivesse golpeando em uma habitação com a porta fechada, em um vão intento de sair, para deter o que estava acontecendo mais à frente. —Não, está equiv…
—Não minta! Vi a forma em que ele te olhava! O rugido se ecoou através do tempo, mas tão obcecado como estava, Jason aprendeu a dançar com seus demônios. Ele manteve o silêncio incluso quando este cresceu denteado com o agudo medo da Mahiya, inclusive quando seu instinto lhe grunhiu para destruir o que motivou o medo nela. —Tem que me dar algo em troca. —Linhas se formaram ao redor de seus suaves lábios, seus ombros quadrados—. Não posso renunciar à peça mais valiosa de informação que tenho sem ganhar algo igualmente valioso em troca. 82 Foi então quando Jason entendeu que a princesa com sua silenciosa graça aprendeu a usar o medo para fortalecer-se a se mesma e não permitir que a esmagarão. Alguma desconhecida e oculta parte dele sentiu uma ardente alegria, uma emoção crua e inesperada, tão extrema, que teve que fazer um esforço consciente para mantê-la sob controle. Inclusive então, queimou-se, as chamas de meia-noite lambiam suas veias. —Se sua informação for boa —disse, pensando que sua violenta resposta julgasse que ela estava disposta a arriscar-se à morte por ter essa última peça de informação—, falarei com o Rafael. A esperança cruzou como uma luz dourada através de sua cara. —Ele… Jason não negociava com mentiras nem com verdades pela metade. —Nenhum arcanjo começará uma guerra por ti —disse sem rodeios—. Não importa que secretos possua. Mahiya sentiu que começava a fraturar-se de dentro para fora. Com poucas palavras, Jason destruiu a só gota de preciosa esperança que cultivou através da humilhação e a dor de uma vida, sendo consciente que vivia em um tempo emprestado. O pior era que ele não traiu alguma emoção sobre algo como isto, como se a vida dela não significasse nada. E este era o homem que queria tocar, de quem queria aprender? —Então —disse, arranhando sua saída do abismo em uma torre construída de raiva e orgulho, e uma sensação angustiosa pela perda de algo que alguma vez possuiu—, Para que serve você promessa? —Uma direta deserção não é a única maneira de conseguir o que quer. —O tom do Jason era mais duro do que nunca tinha ouvido, seus olhos tão escuros como o ébano—. Cresceu em um tribunal. Pensa nisso. Mahiya piscou ante sua ira, suas próprias emoções enviesaram para os lados.
—A informação —exigiu Jason, antes de que ela pudesse desenredar a complexa meada de seus pensamentos. Ao final, não foi uma decisão difícil. Devido ao frio e ao duro feito que Jason estava no certo, não importava que ela não tivesse feito nada para merecer o encarceramento na prisão dourada. Neha era a governante neste território, tinha absoluta autoridade sobre seus cidadãos. Se queria torturar a Mahiya durante um eón, estava em seu direito Como Jason tinha famoso, nenhum outro arcanjo interviria com o risco de incitar uma guerra pelo conhecimento que atualmente Mahiya tinha. portanto, devia ser Jason. Pelo menos não lhe tinha mentido. Mas bem, tinha uma forma de ser muito honesto, despojando muito longe a ilusão e a esperança. Assim que sua única opção era atirar os jogo de dados e esperar que ele mantivera o trato. 83 —Lijuan —disse, seu peito dolorido ante a sensação de recordar os calafrios no corredor que sentiu essa noite—. Ninguém a viu chegar, e ninguém a viu ir-se, mas como não era completamente corporal, não significa nada. Ouvi que falava com a Neha dentro da habitação custodiada pela videira serpente, e se, estou segura. Sua voz é distintiva. —Gritos, isso foi o que viveu com a voz do Lijuan. Jason ficou em silencio por um comprido, comprido tempo, as formadas redemoinhos curvas e os pontos finos da tatuagem em sua cara marcados pelo sol. Quando finalmente falou foi dizer—: Necessito que averigúe se alguma mulher na corte, alta ou baixa, desapareceu. te centre nos que não se encontram no centro a não ser nos borde. Surpreendida pela abrupta mudança de tema, respondeu instintivamente—: Isso deveria ser fácil de descobrir. A população no interior da fortaleza está fortemente controlada. Jason estendeu suas asas, a escuridão derramando-se nelas, e conhecia esse signo como um sinal de demissão. —Isso é tudo? —perguntou ela, querendo agarrar-se a ele, sacudi-lo, romper as paredes de obsidiana que o mantiveram afastado do mundo—. É tudo o que tem que dizer? —Tão facilmente, ele destruía e logo se esquecia dela. —por agora. —levantou-se no ar. Com os dentes apertados, empurrou-se em uma decolagem vertical, sabendo que a conversação tinha terminado. Ela nunca podia apanhá-lo no céu. Só por isso, era o chefe de espiões. Se queria desaparecer, Mahiya estava muito mal equipada para segui-lo… e Neha tinha que saber isso. —Um jogo —disse ela através de sua áspera garganta com tanta raiva que ameaçava às
cegas—. foi um jogo desde o começo. —Neha a conduziu ao fracasso: preparou-a para morrer. 84 13 Traduzido pelo Panchys Corrigido pelo MaryJane? Dmitri se apoiou em um cotovelo e se inclinou para beijar e despertar à mulher em sua cama, sua sedosa pele cálida. O insondável verde estava ainda confuso pelo sonho quando seus olhos se abriram. —Já é de dia? —Dedos se enroscaram por seu cabelo, ela reclamou um beijo mais profundo que lhe recordou que pertencia a ela, em caso de que o tivesse esquecido—. bom dia, marido. —bom dia, esposa. —Alguma vez se cansava de dizer isso—. Tem fome? A resposta de Honra foi uma risada rouca que se envolveu ao redor de seu coração. —Acredito que tem um motivo oculto para essa pergunta. Posto que já tinha atirado o lençol para mostrar os montículos de seus exuberantes peitos, essa era uma questão discutível. Acariciava-a com movimentos zombadores, no estado de ânimo para jogar com sua esposa, e quando ela chutou o cobertor em frustração não oculta, moveu-se para estabelecer-se entre suas pernas. Onde se burlou dela um pouco mais. Com seus dedos. Com seu corpo. Com sua boca. Honra se arqueou debaixo dele com um suave suspiro, suas mãos apertando o cabelo com tanta força que lhe doía um pouco. Era uma dor deliciosa que poderia converter-se em um vício, a dor de seu prazer. Sonriendo, esfregou o queixo sem barbear contra a suave pele de sua coxa interna, alerta a mais mínima indicação de perigo, antes de subir por uma ondulante forma feminina com réplicas de êxtase erótico. —Abre os olhos. —Só quando obedeceu a tranqüila ordem empurrou dentro dela. Sempre, sempre se assegurava de que estava com ele em cada passado do caminho. devido a que Honra tinha sido vítima de violência, e essas cicatrizes não desapareciam por arte de magia em uma semana ou inclusive um ano. Eram uma parte indelével dela, mas não havia necessidade 85
de fazer que o dano fora pior, algo que uma vez tinha feito e nunca faria outra vez, cavaria em seu próprio primeiro coração. —Dmitri. —Um sussurro gutural, seus lábios no pescoço, seus dedos na nuca, acariciando-o, beijando-o, como lhe gostava. Não era o mesmo de antes, quando tinha estado com o Ingrede, e não lamentava isso. Não, sentia-se como o bastardo mais afortunado no planeta. Porque, como Ingrede tinha amado ao Dmitri que tinha sido, Honra amava ao Dmitri em que se converteu. Não havia nenhum horror ou repugnância nela à escuridão que ele levava dentro, nada mais que uma aceitação que lhe disse que estava em casa depois de séculos no deserto mais árido. —Detenha —advertiu quando ela usou seu corpo para acariciar seu pênis, os músculos internos utilizados para um efeito dolorosamente prazenteiro—. Não estou preparado para terminar ainda. —eu adoro esse tom em sua voz. —Mordendo brandamente a mandíbula, deixou-se cair na cama e entrelaçou suas bonecas por cima de sua cabeça—. Aqui estou. Com que novo tortura pensa me torturar? Estava-lhe tirando o sarro, a moça, seu corpo um punho apertado que fundia e tentava. Outro dia, poderia ter jogado um jogo erótico com ela, mas depois de ter mantido a sua esposa acordada até o amanhecer, sentia-se tão satisfeito como um gato bem alimentado esta manhã. —Uma viagem comprido e lento para ti acredito. —Pôs uma mão sobre seu peito—. Muito lento. —Isso não. —Uma vez mais, essa luz brincalhona em seus olhos—. Algo menos isso. Beijando o sorriso de seus lábios e sentindo a calidez disso viajando através de suas próprias veias, moveu seu corpo em um ritmo constante e profundo que atraiu uma estremecida onda de prazer de Honra. Apesar de que gritou, seu corpo se fechou posesivamente ao redor dele, e cedeu a sua própria necessidade e atravessou o pulso em seu pescoço por mero gosto. —Dmitri. —Um suspiro de prazer sensual, e logo ambos foram caindo em sensações exuberantes e lânguidas, membros entrelaçados e corações fundidos. Depois, ele ensaboou seu corpo na ducha e a ajudou a secar o cabelo. Não era a classe de ternura que tivesse mostrado com qualquer outra mulher, tinha acreditado durante muito tempo que tinha perdido a capacidade para isso, mas fazia zumbir seus ossos de satisfação masculina que ela o deixasse fazer o que quisesse, sua confiança cega. Beijos no peito nu, com as pernas enroscadas ao redor de seus jeans enquanto se sentava no mostrador envolta em uma túnica de cor rosa suave e 86 esponjosa, também fez todo o possível para distrai-lo, e ele riu, ameaçando castigando-a.
—Promessas, promessas. Dez minutos mais tarde, sentaram-se um frente ao outro na mesa redonda de tomo o café da manhã na vila nos subúrbios da Toscana que Rafael lhes tinha agradável em suas bodas. Com a Michaela de acordo com o Rafael, no momento, e sem ninguém a par de onde planejavam Dmitri e Honra sua lua de mel, era um lugar bastante seguro. —Dmitri? Capturando a nota solene em sua voz, levantou a vista de onde estava olhando através de mensagens em seu telefone. —O que acontece? —Os assuntos da Torre podiam esperar. Tudo podia esperar. Honra era o primeiro. levantou-se, deu a volta para apoiar-se na mesa a seu lado, seus dedos jogando com os fios de seu cabelo úmido. —Não trouxeste para colação algo sobre a mudança… para me converter em vampiro. Empurrando a um lado uma parte da bata, pôs a mão no calor de sua coxa. —Não há pressa. —Uma vez tinha pensado em fazer exatamente isso, empurrar a à imortalidade antes de que pudesse trocar de opinião, mas ao amanhecer se deu conta que já não podia forçar mais isto em Honra do que podia lhe fazer danifico. —Fiz minha eleição. —Seu tom lhe recordou que era uma jaqueta, sangrenta e afiada. —Foi uma decisão tomada no topo da glória —disse, as emoções dessa noite vívidas em sua mente—. Não vou tratar de falar disso —Queria um milhar de vidas com ela—, mas me parece que tenho o suficiente resto de bondade dentro de mim para não te apressar. Ela sorriu, sua esposa com um coração que pertencia a ele, um presente que não tem preço. —Ainda não posso acreditar que esteja aqui, que estejamos aqui. —Deslizando-se em seu regaço, apoiou a cabeça contra a pele nua do ombro—. Sigo esperando que tudo desapareça. —Não o fará. —Essa era uma promessa pela que derramaria sangue para manter—. A eternidade ou uma simples vida mortal, vamos percorrer o caminho juntos. 87 14 Traduzido pela Luisa...? Corrigido pela LadyPandora depois de ter acontecido o resto do dia escutando a invisíveis cortesãos e soldados, mortais e vampiros, jovens e velhos anjos, Jason usou o manto da noite para ocultar-se enquanto voava sobre a fortaleza.
Estava quase seguro da identidade da pessoa que tinha assassinado ao Eris. Entretanto, necessitava duas peças mais de informação; Mahiya agora estava tentando reunir uma dessas peças nas trincheiras da corte da Neha. Deslizando-se para a terra perto do jardim do delicioso pátio, onde, essa noite, o belo se reunia com o pretexto de compartilhar sua dor, permitiu que a piscina de escuridão que tinha eleito como seu lugar de aterrissagem se filtrasse nele. Apesar do que alguns murmuravam, Jason não podia criar sombras de um nada, mas podia estender e amplificar os mais pequenos brincos da escuridão, até que simplesmente não se registrassem na visão da maioria da gente, ou se o faziam, eram como imagens fantasmales captadas pela extremidade do olho. Não se havia sentido tão a gosto nas sombras. —Como posso ser um explorador da noite se tiver medo à escuridão? —Seu lábio inferior tremia enquanto caminhava ao lado de sua mãe, ajudando-a a recolher frutos do mar da praia, no vôo de no meio da amanhã desde sua casa. —Todo mundo tem medo da escuridão quando se é jovem. — Arrastando-o para uma piscina superficial de rochas, mostrou-lhe um caranguejo ermitão arrastando-se com sua casa nas costas—. Às vezes você adora a escuridão, como na noite em que voou junto a seu pai. —Então havia estrelas. —Tinham-lhe recordado às brilhantes jóias que sua mãe estava acostumada usar quando chegavam os visitantes. Ninguém os tinha visitado durante muito tempo, provavelmente porque seu pai sempre estava tão zangado—. Não estava muito escuro. —O vestido de ametista de sua mãe flutuava na brisa. —Já vê melhor na escuridão que eu, ajudou-me a encontrar meu brinco perdido faz duas noites, recorda? Jason assentiu. 88 —Não foi difícil. —A pérola negra com o bonito brilho azul era da classe que brilhavam fixamente na escuridão. —Não foi para ti, nem menino preparado. Rendo-se dessa maneira que também o fez rir, ela disse—: Um dia, poderá ver tão bem de noite, que será como se caminhasse na luz do dia. Nunca voltará a lhe ter medo à escuridão. Sua mãe tinha tido razão. Para quando tinha cento e cinqüenta anos, sua visão na noite se desenvolveu até o ponto em que tinha os olhos de um depredador noturno. A escuridão era seu lar, e agora a envolvia sobre si mesmo enquanto estava de pé, observando. O espaço aberto só estava iluminado pela luz vacilante de centenas de velas, muitas embaladas protectoramente em sustentadores de cristal de cores que convertiam o mármore dos edifícios de ao redor do pátio em uma paisagem de sonho. Quanto a aqueles que estavam dentro, a risada foi silenciada, as cores menos vibrantes do que caberia esperar na corte de um
arcanjo, mas esse era o único respeito em honra à morte do Eris. Ninguém adivinharia que sua pira funerária arderia amanhã. Entretanto, apesar das muitas mariposas pintadas que sustentavam copos de champanha e falavam com gestos elegantes enquanto que sutilmente competiam pela posição, não teve dificuldade identificando a Mahiya. Vestida com um sari de seda cor verde azulada, adornado com um bordo de ouro fino, movia-se através da multidão com a facilidade de uma pessoa em um terreno familiar. Nesse momento se deteve, inclinando a cabeça em sua direção, olhando-o tão concentrada que se imaginava que podia vislumbrar o marrom avermelhado brilhante, inclusive desde essa distância. Não havia maneira de que pudesse havê-lo detectado, mas estava seguro de que o tinha feito. Quando se moveu de novo, fez-o com uma fina capa de tensão nos ombros. Mahiya era um enigma, com os costumes da élite judicial e os instintos de um caçador. Apartando o olhar para varrer a multidão, confirmou que Neha continuava com o corpo do Eris. Jason tinha a confirmação de que à família do Eris lhes tinham concedido a permissão para assistir à cerimônia do funeral ao amanhecer, mas a ninguém mais. Alguns murmuravam que o arcanjo estava ciumento de seu consorte, inclusive na morte, mas Jason acreditava que Neha lamentava profundamente compartilhar sua dor. Voltando sua atenção a Mahiya, viu que se afastava do grupo. Observou a quão convidados continuavam uma vez mais, antes de fazer seu caminho para o palácio que compartilhava com a Mahiya, vendo um espiono de seda azul verde sussurrando acontecendo a soleira. 89 Entrando atrás dela, fechou a porta principal e se dirigiu escada acima para encontrá-la em seu balcão compartilhado, com o olhar no pátio iluminado por quatro abajures sossegados. Não se assustou quando se aproximou dela. Um só passo largo e pouco profundo separava sua zona da terraço da dela, e onde ele tinha colunas sustentando o teto, com o bordo aberto para um vôo fácil, ela tinha um corrimão, da que agora se sustentava. —Seu nome era Audrey. —As palavras eram tranqüilas, sem resíduos aparentes de sua ira anterior—. Vampira alta, loira, curvilínea. Tinha formado parte do círculo da Neha durante duas décadas, mas não tinha conseguido entrar na corte interna. —Quanto tempo faz que desapareceu? —O mesmo dia que o assassinato do Eris, embora ninguém mais relacionou ainda os dois eventos. Aqueles que notaram a ausência do Audrey acreditam que é um simples caso de horários conflitivos. Ninguém se incomodou em tentar contatar com ela, não era uma das favoritas e as amizades que fez eram superficiais no melhor dos casos. —As mãos apertavam o corrimão, e seguia olhando para a noite.
—Crie que ela matou ao Eris? me olhe, princesa. —É uma conclusão. Seus dedos se flexionaram no corrimão. —Importo? —Era uma pergunta com tantos matizes, sabia que estava apanhado pela mais franco vantagem—. No grande esquema de sua existência, minha vida te importa em algum nível? Era um homem acostumado a guardar secretos, mas sabia que nesse instante tinha que responder a isso, ou corria o risco de perder algo que nem sequer estava ao tanto que procurava. —Sim. Importa. Um tremor estremeceu o esqueleto da Mahiya... e por fim, girou esses olhos brilhantes para sua direção. —Então vais manter nosso trato? —Sim. —Trato ou não, Jason não tinha a menor intenção de deixá-la a mercê da Neha, mas não lhe faria nenhuma promessa até não estar seguro de que não a romperia. Quando se aproximou do bordo de seu lado da terraço preparando-se para tomar o vôo, Mahiya disse—: Ela não está em seus aposentos. Já o comprovei mais cedo. Jason não estava acostumado a justificar-se ante ninguém. Inclusive Rafael lhe dava rédea solta, mas a declaração da Mahiya sustentava um 90 orgulho frágil que dizia que esta mulher, esta sobrevivente, tinha sido empurrada ao bordo do abismo. —Bem. —deu-se a volta, sustentou-lhe o olhar para demonstrar que não a estava ignorando—. Tenho outra idéia que quero explorar. Uma pausa, logo uma pequena inclinação de cabeça e sua voz já não era ligeira quando disse—: Esperarei a que retorne. Era estranho o que essas simples palavras lhe fizeram, enquanto voava pelo balcão até o interior do jorro de diamantes do céu noturno. Ali flutuou invisível contra as estrelas e escutou. Seu dom não era um dos que pudesse dispor à ordem, mas podia ficar no ótimo marco de sua mente para ativá-los. Agora, fez exatamente isso, os ventos caprichosos lhe açoitavam as mechas do cabelo da cauda e pegavam o tecido magro da camisa contra seu
corpo. Uns sussurros começaram a filtrar-se através sua mente minutos depois, um milhar de pequenos fragmentos que não significavam nada. Paciente, permitiu que o rio de entrada sensorial fluíra a seu redor. Logo tomou um só sussurro que não era uma palavra, se não uma sensação. Transformando-se no vento, voou sobre as cristas e vales das montanhas, seguindo um instinto afinado a um bordo afiado por perto de setecentos anos de vida. Nada se destacava sobre o vale onde o caminho se detinha em seco, mas descendeu sob a luz da lua, aterrissando com um sigilo que era tão inato como respirar. Envolto nas sombras, a terra não traía nenhum de seus segredos... até que o vento trocou. Poeirenta decadência, mas não aroma de podre. Apanhando a linha da brisa, remontou-se a uma queda de pedra cinza, alguns das partes ásperas do tamanho de carros pequenos. A cara da rocha escarpada por cima de lhe disse sua origem, embora tinha passado suficiente tempo em que os pastos resistentes evoluíssem para sobreviver neste duro clima crescendo por cima do joelho ao redor das rochas. Era, pensou, um golpe de sorte que o corpo tivesse cansado em uma greta quando tinha cansado. Ou o que ficava dele em todo caso. A saia larga em conjunto com centenas de pequenos espelhos teria sido um farol na luz do sol de outro modo. Tal e como estava, essa saia de menina estava à sombra das rochas, a maioria do corpo apanhado em uma greta criada por duas partes adjacentes de pedra. O sangue se secou e esmiuçado durante o tempo que tinha permanecido aqui só e esquecida, seu comprido cabelo loiro seco, mas paradoxalmente brilhante, com o rosto irreconhecível. Entretanto, a 91 sombra de entre as rochas tinha conservada suficiente malha na cara e no corpo para poder especular sobre o fato de que tinha sido severamente golpeada. As rochas poderiam ser responsáveis pelos danos, mas Jason apostava por que tinha sofrido abuso antes de morrer. Devido a este assassinato, ao igual ao do Eris, tinha sido por fúria, por raiva. A perversidade disto era tal que inclusive a decadência e a alimentação dos animais pequenos e aves não podia ocultar o fato de que tinha sido apunhalada uma e outra vez. Quando a estrutura óssea de seu corpo ficou exposta aos elementos, pôde ver como os entalhes da folha tinham talhado seus ossos, rastros de uma violência horrível que durariam muito tempo depois de que os vermes limpassem os restos de sua carne. Audrey não tinha sido claramente a mais forte dos vampiros, porque enquanto seu coração se foi, arrancado por uma mão brutal se suas costelas estilhaçadas eram alguma indicação, sua cabeça ainda estava unida a seu corpo. A cabeça tinha sido gretada e danificada, a pele de seu
pescoço enrugada como uma múmia seca aonde não se perdeu, mas pelo que Jason podia ver, o dano tinha sido causado por aves e roedores que comeram sua carne, não por um intento de decapitação. Suas mãos agora eram ossos, não havia maneira de saber se se tinha posto um anel em um dedo determinado, mas poderia facilmente deduzi-lo a partir de uma fotografia, agora que sabia seu nome. Caminhando pela zona de ao redor do corpo, não viu nada mais que chamasse sua atenção. Ia contra cada uma de suas crenças deixá-la aqui, mas não podia arriscar-se a levar a à fortaleza no momento. A reação da Neha era imprevisível, as coisas poderiam ficar mortais muito rapidamente se não fazia o correto. E Audrey tinha sido ferida fazia muito. Agora tinha que pensar em outras vistas. —Aconteça o que acontecer, assegurarei-me de que chegue a casa —prometeu, antes de trocar de novo a uma parte mais aberta do vale e elevando-se para o céu noturno. As portas do balcão da Mahiya estavam abertas como um convite, e quando entrou, foi encontrá-la sentada em uma almofada no chão do salão. trocou-se o sari por uma túnica de cor aguamarina intenso a jogo com umas calças negras de algodão e levava o cabelo recolhido em seu nó familiar na nuca de seu pescoço grácil. Frente a ela havia uma mesa baixa de madeira escura esculpida e com incrustações do mais mínimo espiono de ouro fino nos borde, sobre a qual havia uma taça de chá junto a uma bandeja de tampas variadas e doces, e duas taças. deteve-se, a desilusão encrespando-se através de seu corpo. —Está esperando a alguém. A risada da Mahiya era cálida. —Estou-te esperando a ti. 92 Não lhe tinham pilhado com o guarda baixo a muito tempo, muito tempo. —Como soube quando retornaria? —Redemoinhos de vapor se elevaram enquanto ela começava a verte o chá negro. —Um bom anfitrião aprende os ritmos de sua hóspede. —Agitou uma magra mão nua de anéis, mas rodeada por dois braceletes de vidro da mesma cor que a túnica, para a almofada plana no lado oposto da mesa—. Por favor, sente-se. perguntou-se se tratava de seduzi-lo, decidiu que era improvável, a túnica era muito modesta, o pescoço alto, surripia até o cotovelo, e com a cara lavada e poda. Ficando um pouco fora de balanço ante o fato de que se tomou tantas moléstias, deu uma cotovelada a um lado do colchão e se sentou diretamente no chão, com as asas pendurando sobre as pequenas almofadas em tons de jóias lançadas ao redor, a malha branda contra o fundo de suas asas. —Deve ter um dom sensorial de algum tipo para ter previsto minha chegada com tanta precisão.
—O que? Não. —Seu olhar surpreendido se transformou ante a segunda palavra em uma honestidade tão triste que soube que ela tivesse preferido afirmar um dom—. Estava vendo o céu por ti. Como pode ver, não há nenhum mistério depois de tudo. Exceto o tinha visto. Ninguém via o Jason quando não queria ser visto, e não queria ser visto entrando na fortaleza. O que significava que Mahiya tinha um dom. —Quando me viu? —perguntou em um tom casual, com vontades de medir o alcance de suas habilidades—. Quando caí das nuvens? —Suponho. Vi-te no horizonte, justo ao passar o Guardião. Ele tinha estado alto, alto no céu nesse momento, um ponto negro contra o negro. O fato de que Mahiya tivesse desenvolvido o que parecia ser um agudo sentido visual a uma idade tão jovem disse que tinha o potencial de converter-se em uma poderosa angel. Tinha cometido um engano, admitiu, cometido na complacência pela doçura de sua força, similar à queda silenciosa, mas persistente, da água contra a pedra em lugar de um terremoto violento, esquecendo o fato de que tinha nascido de dois imortais de grande alcance. —Seu chá. —Obrigado —disse na mesma língua que tinha falado, recebendo um sorriso em troca. Quando ela assinalou o prato de aperitivos, comeu mais da metade antes de parar, perdeu-se o jantar e estava mais faminto do que tinha notado. Ao mesmo tempo, Mahiya o olhava com esses olhos brilhantes de gato e ele procurou o ódio venenoso que deveria 93 havê-la estado infectando... só para encontrar uma inteligência incisiva e uma doçura de espírito que não podia ocultar, não importava quão boa fora nas máscaras da corte. Nunca tinha esperado sentir fascinação enredada com orgulho pela princesa Mahiya, porque tinha tido a vontade de uma leoa ao conseguir manter a raia esse veneno, embora caía em seu dia a dia. —Encontrou ao Audrey? Jason examinou a questão, decidindo lhe confiar a verdade, medindo sua resposta. —Sim. —Está morta, não é assim? E era a que tinha mais possibilidades de ser a mulher que esquentava a cama de meu pai. —A velocidade e exatidão de sua conclusão deixaram ao Jason imóvel. —Sabe quem matou ao Eris —disse lentamente, dando-se conta de que tinha cometido um engano em mais de um sentido—. Sempre o soubeste.
Era muito inteligente, muito boa escutando o que não era tácito, para não ter juntado as peças. No processo de colocar a taça de chá sobre a mesa, ela se sacudiu, tendo que atuar com rapidez para deter que a porcelana fina se derrubasse. —Como? Ajustando sua própria taça na mesa, tomou o bote e lhe serve mais chá. —Bebe. Com dedos trementes, ela não negou a ordem. No momento em que pôs a taça para baixo, sua expressão era aguda com determinação. —Você primeiro. 94 15 Traduzido por Rominita2503 Corrigido pelo MaryJane? Jason não via nenhuma razão para não aceitar quando ambos tinham o mesmo conhecimento. —Talvez outro poderia havê-los subornado para entrar, mas ambos sabemos que só uma pessoa poderia ter saído do Palácio do Eris empapado em sangue e não ter sido detido por um só guarda. —Guardas que professavam não recordar um só detalhe incomum dessa noite assassina e a quem Neha não tinha executado, embora tinham permitido a morte de seu consorte. Mahiya recolheu um doce que era uma combinação de açúcar e leite condimentado com pregos de aroma e coberto com rodelas de amêndoa, a comeu com grande parcimônia. —Sim —disse ao fim, com tom áspero sedoso—, esse foi meu primeiro pensamento. —trocaste que opinião? —por que o faria...? Sua presença não tem sentido. Sim, pensou Jason, por que Neha o convidaria a resolver um assassinato que ela mesma tinha cometido e do que ninguém jamais lhe pediria contas? Esse era um mistério muito mais capitalista que o porque Eris tinha morrido. Era loucura ou arrogância fatal que tinha levado a anjo macho a acreditar que sua esposa não descobriria seu romance com o Audrey. Ou talvez Eris tinha procurado a morte depois de
trezentos anos da prisão. Jason descartou essa idéia logo que surgiu. Eris era muito egoísta, um homem de muito ego para ter eleito o suicídio, especialmente por tal arrevesado método e de uma maneira que o deixou violado e despojado de orgulho e beleza. Porcelana tilintou contra porcelana quando Mahiya deixou a taça no pires. —Neha te tem que subverter do Rafael. Talvez essa é a razão de por que. —Não. —Não quando Neha o tinha conhecido pouco depois de sua chegada ao Refúgio—. Certamente deve saber que nunca serviria a uma mulher que fez tal coisa a quem reclamou amar. O olhar Mahiya cresceu penetrante, como se tivesse ouvido a história que levou a sua declaração. 95 —E ela é muito orgulhosa para mentir e pretender que rompeu o voto com o fim de te executar. O que não nos deixa nenhuma resposta. —Inclinando-se, deixou seu chá—. O que vais fazer? Considerou cada um de quão feitos tinham atualmente, ambas as formas, juntos e como peças separadas. Não era o assassinato o mais importante. Que Neha e Lijuan estivessem envoltas era problemático, mas as duas eram vizinhas, uma amizade entre elas não era incompreensível. Sem mais detalhe, permanecia na escuridão quanto à natureza de suas reuniões secretas. Y... não tinha descoberto ainda como ganhar a liberdade da Mahiya. —Não estou preparado para ir. Mahiya empurrou para frente as tampas de novo. —Esperas que lhe minta quando me perguntar o que tem descoberto? comeu-se dois mais dos bolos assados cheio de uma mescla de vegetal doce e picante. —Ela não vai escutar a verdade de ti —disse Jason com palavras desumanas sabendo que Mahiya já tinha chegado à mesma conclusão—. Mas bem, vai utilizar o como uma desculpa para te matar. Mahiya comeu outro doce, sua expressão imperturbável. —Não necessita uma desculpa. —Não estou tão seguro. —Ao matar a Mahiya, Neha estaria matando a um menino que tinha ajudado a criar, e os anjos reverenciavam o laço que um menino tenha tido com seu pai ou tutor. Para um tutor matar a esse menino... seria romper um tabu tão profundo, era um imperativo racial.
Jason mais que ninguém entendia que tais tabus podiam ser quebrados, mas o fazê-lo tinha seu preço. —te executar sem uma causa justa, e enquanto ela está claramente corda, converteria-a em uma emparelha entre nossa espécie. —E Neha era uma criatura social, quem valora suas conexões em todo mundo. Bebendo o chá que deveu estar morno agora, Mahiya o olhou aos olhos.
—vou manter meu silêncio, mas sua reputação te precede. À medida que os dias sigam passando sem resultado de ti, vai começar a suspeitar. Ao final resultou que encontrar uma maneira de dissipar a desconfiança da Neha era uma coisa da que Jason não tinha que preocupar-se porque o carmesim do sangue violentamente derramado não tinha deixado ainda de fluir. *** Comoção e tristeza de uma vez coloriam os olhos da Neha quando se uniu ao Jason ao lado do enrugado corpo descoberto em uma terraço no 96 outro lado do pátio do Palácio de Jóias. A débil luz solar post amanhecer lavou tudo em suave ouro, fazendo-o parecer uma macabra pintura. No centro da pintura uma vampiro tendida vestida com um par de pijamas de seda negra, os suspensórios de sua regata arrancadas para expor seus peitos pesados, sua pele cinza com a morte. Suas pernas estavam torcidas e rotas, como se se tivesse cansado ou tivesse sido deixada cair da altura. Entretanto, a posição de seu corpo fez impossível confirmar se tinha começado sua descida do céu ou a partir de uma das pequenas tierra-ire torres de defesa montadas ao redor da fortaleza, a mais próxima estava à distância correta. Jason queria falar com o guarda que tinha estado ativo em horas da madrugada, mas o instinto lhe disse que a vítima nunca tinha estado na torre, sua queda arrumada por um anjo. Apesar de seus peitos à vista, o ataque não parecia ter sido sexual. O dano que tinha a roupa, provavelmente ocorreu durante a luta. Diferente ao Audrey, a cabeça desta vítima estava pega a seu corpo, tinha rodado contra uma das barreiras da grade onde tinha visto várias mulheres exquisitamente vestidas apoiadas e rendo ontem, enquanto olhavam por cima do bordo fazia o pátio de abaixo. Hoje em dia, o único som que podia ouvir era o dos soluços irregulares uma mulher, enquanto que em sua linha de visão jaziam salpicaduras de óxido vermelho congelado onde cabeça tinha ricocheteado e rodou depois de ter cansado. Ela o olhava do outro lado da habitação, seus bonitos olhos cor marrom escura filmada de novo com uma brancura que estava mau. A base de seu pescoço tinha uma crosta de sangue, onde se sentou na esquina da mesa, como se o colocassem ali para esse propósito. Sem surpreender-se pelos ecos do horror que ressonaram através do tempo, Jason
encerrou a memória detrás de escudos que tinha tido toda uma vida para construir e seguiu olhando o cadáver que jazia em frente dele, não um que se foi faz muito tempo desta terra. O peito desta mulher foi deixado sem ser incomodado, com o coração ainda dentro de sua carne, mas em uma coisa, este corpo e o do Audrey eram idênticos. Embora as lesões por aplastamiento causadas pela queda obscureciam a maioria dos moretones, Jason podia dizer que a vítima tinha sido golpeada com desumana brutalidade antes de morrer. Quando a deu volta sobre ela para olhá-la de novo, viu que sua coluna tinha sido arranco até ficar rota com incrustações de sangue na pele. Ele aliviou suas costas para baixo com mãos suaves, seguro de que ela tinha sido consciente da surras, a tortura, paralisada e indefesa como um bebê. A raiva e a violência, o rastro inconfundível do assassino. 97 —Reconhece-a? —perguntou a Neha, consciente de que ela acabava de retornar à a Forteza do Arcanjo depois do funeral de montanha do Eris. Do cabelo úmido fortemente pacote em um nó na nuca e sua singela túnica azul claro combinada com calças brancas, ela se tinha banhado depois como era costume, quando recebeu a notícia desta morte. —Seu nome era Shabnam. —O tom do arcanjo, levava a dor crua—. Ela era uma de minhas damas de maior antigüidade em espera. Agachando-se junto à cabeça do vampiro com sua pele devastada, sem lhe importar que suas asas roçassem o frio mármore e se tingiram com o sangue, estendeu a mão para fechar as pálpebras do Shabnam sobre os olhos cor avelã embotados na morte, utilizando um ponto de poder para assegurar-se de que seguiria assim. —Eu dispersei as cinzas do Eris menos de uma hora atrás enquanto sua mãe soluçava, e agora tenho que informar às pessoas do Shabnam de seu assassinato. Jason ouviu a ira debaixo da dor, e era outro enigma. —Falaria-me dela? —Era uma mariposa —disse Neha, ficando de pé, seus movimentos pesados, como se estivessem carregados com tristeza—. Um bonito adorno que se preocupava de brilho e brilhos. Não era escura de coração ou sabia de política. A única razão pela que chegou tão alto em meu corte era que eu gostava de seu sentido da inocência. —Um torcimiento de seus lábios—. De todas as mulheres que me servem, ela era a mais inofensiva. Entretanto, tinham-na matado com terrível crueldade. Jason não era o suficientemente arrogante para pensar que podia ler todos os estados de ânimo da Neha, mas sua pena parecia genuína. E enquanto que podia vê-la assassinar ao Eris em um ataque de ciúmes, arruinava a crença de que tinha derramado sangue inocente enquanto se preparava para dizer seu último adeus a seu consorte.
Inclusive se o tivesse feito em uma pena ou culpa alimentada pela loucura, não tinha necessidade de fingir. Brutal como o era para dizê-lo: Shabnam tinha sido da Neha para matá-la. —Crie que é a mesma pessoa que assassinou ao Eris? —perguntou Neha, a fria folha da ira do arcanjo um nimbo de luz tênue queimando suas asas. —Talvez. —Jason se levantou de sua posição agachada ao lado do corpo—. Ou poderia ser um intento de utilizar o assassinato do Eris para 98 cobrir um delito não relacionado. —Shabnam tinha sido sem dúvida uma mulher impressionante em vida—. Tinha um amante? —Sim. Mas Tarun se foi a Europa fazer uma tarefa para mim, não poderia ter feito isto. Jason fez uma nota para confirmar o paradeiro Tarun por si mesmo. Poderia ser verdade, mas era o amante a maioria das vezes o responsável pelo assassinato de um ser mulher, mortal ou imortal. Para alguns a escuridão não conhece fronteiras. —Qualquer outra pessoa que possa guardar rancor contra ela? Neha se dirigiu à parte da terraço que corria por um passo a um amplo caminho coberto que, se se seguir, leva a outra terraço mais baixa. —Ela era uma dama em espera, Jason. Sei pouco de sua vida. É obvio. A diferença dos Sete, as damas em espera da Neha estavam ali para entreter, divertir, e por outra parte ver a comodidade da Neha, despedidas da mente do arcanjo imediatamente em que se perderam de vista. —Poderia ter acesso aos outros que lhe servem? —Também ficaria em contato com a Samira, obteria suas impressões do Shabnam e Tarun. —Sim. —Neha abriu suas asas—. Mahiya saberá onde encontrá-los. Com isso, levantou-se da terraço, um anjo de graça, poder, Y... séculos de sangue que manchava suas mãos em uma negrume rubi. *** Jason encontrou a Mahiya no pátio debaixo da terraço, e embora não lhe tinha dado instruções, ela disse—: A maioria das damas de honra se estão, inclusive agora, reunindo em seu jardim privado. Entretanto, recomendaria-te que fale com elas de uma de uma vez.
—De acordo. Entretanto, o ver a forma em que atuam como um grupo pode ser de grande ajuda. —por aqui. —Girou à esquerda, com a túnica verde memora nítida contra sua pele—. As notícias voam rápido na pequena cidade que é o forte —disse, respondendo à pergunta que não tinha feito—. Eu sabia sobre o descobrimento do corpo do Shabnam uns cinco minutos depois de que o guarda o encontrasse. —Fixando o alfinete que sustentava seu cachecol branco largo limpamente sobre seu ombro esquerdo, lançou-lhe um olhar asesin—. Diz que chegou uns segundos mais tarde. Cansado do céu como uma flecha de cor negra. 99 —Crie que eu matei ao Shabnam? —Sabia que era capaz de assassinar se alguma vez devia proteger alguém dos seus. Mas isso, é obvio, era uma consideração acadêmica. —Não. —Uma resposta muito mais firme do que tinha esperado—. Entretanto, todo mundo se pergunta como sabia. O vento tinha sussurrado um nome, atirou dele em uma direção determinada, mas esse não era um segredo que poderia dizer a esta princesa que via coisas que ninguém deveria ser capaz de ver... e que lhe fez pensar coisas impossíveis sobre ser sempre bem-vindo a casa como tinha sido a noite anterior. —Estava voando por cima da fortaleza, vi o guarda que corria em pânico. Não foi difícil baixar e averiguar por que. Mahiya levantou uma sobrancelha mas manteve seu silêncio, e depois de um minuto, caminharam através de uma das passagens dentro da fortaleza para sair a uns metros de jardins vestidos com uma profusão de fragrantes florações. Cinco mulheres formavam um nó em uma esquina, flores de outro tipo. Quando Mahiya tivesse saído do passadiço, Jason a deteve com uma mão no calor sedoso de seu braço, o aroma dela uma carícia para os sentidos. —Espera. —A linguagem corporal é interessante, não? —O comentário tranqüilo da Mahiya ecoou de seus próprios pensamentos, sua asa como escovando a dele quando ela se inclinou para que pudesse ouvi-la. Ele não se apartou. —Muito. —A senhora mais alta, um anjo, colocou-se para não enfrentar a qualquer dos outros. Outro anjo, suas asas do poeirento marrom de um pardal, aferrava-se a sílfide de um vampiro com o desespero de alguém quebrado que não está seguro de que suas pernas se sustentem, enquanto que um anjo de olhos escuros e um vampiro com a pele pálida se limpavam os olhos com o que parecia ser lenços de encaixe. —O pardal —murmurou—, ela realmente sofre. —O resto se entregava ao teatro. —Sim. —Simpatia em uma só suave palavra—. Shabnam e ela foram incluídas em suas
posições no mesmo tempo, e em lugar de competir pela atenção da Neha, fizeram-se amigas que se ajudavam uma à outra a navegar pela política. —por que deveria haver política? Elas ocupam a mesma posição rarefeita. Mahiya lhe lançou um olhar com o cenho franzido. —Está bormeando? 100 Jason não tinha sido alguma vez acusado disso, inclusive pelo incontenible Illium. —Por estranho que possa parecer —disse—, nunca tive razões para saber sobre o funcionamento interno de um grupo de damas de honra. Tinha operários que eram muito mais capazes nesse campo e que o mantinham a par de toda a informação necessária destes. —Uma dama de honra tem acesso seguro a Neha. —Mahiya pareceu decidir tomar a palavra, embora a suspeita em seus olhos não se dissipou totalmente e por alguma razão, isto criou uma diversão tranqüila que esquentou seu sangue—. Nenhuma delas seria o suficientemente estúpida para arriscar sua posição em realidade pedindo nada, mas de vez em quando, se uma dama estiver particularmente favorecida, Neha poderia lhe conceder um favor. Inclusive uma pequena bênção de um arcanjo, entendia Jason, poderia trocar o equilíbrio de poder em uma situação dada. —É que representam diferentes grupos da corte? —Olhou à mulher com novos olhos, ao ver as mariposas de ferro, suas asas com borde de cuchillas de barbear da ambição e a cobiça. —Não é simplesmente a corte, mas o território. portanto, todos tinham titiriteros nas costas, atirando cordas, situando a cada um para um ganho máxima... fazendo o trabalho sujo. —Lisbeth tem o major poder no presente. —Indicou ao anjo com os olhos escuros—. Ela é muito inteligente. Todas o são. —Ele assentiu com a cabeça em reconhecimento da advertência. —Ocupo-me de nunca subestimar a um oponente, mas é possível que o tenha feito neste caso. —Ao igual a outros a seu redor, Lisbeth parecia... espumosa. Roupa de um tecido de gaze que apanhou o vento e cabelo marrom brilhante recolhido em uma intrincada massa de cachos, pedras preciosas penteando os fios, seus rasgos pintados com engenhosa delicadeza que destacou sua bela pele de ébano—. Vi o suficiente. —Quer que organize as entrevistas para ti com as mulheres? — perguntou Mahiya uma vez que estiveram de retorno no corredor. —Não. —Encontraria-as sozinhas quando não esperassem ser questionadas. Neste momento, queria a resposta a um tipo diferente de pergunta—. Te converteste em cooperativa além da chamada do dever.
Um cortês pouco profundo sorriso e uma que se deu conta de que ele desprezava depois de ter vislumbrado uma verdadeira a noite passada quando admitiu preocupar-se com ele. 101 —Você —murmurou—, é minha major esperança de escapar deste inferno. Fez-lhe perguntar-se até que ponto ela iria. 102 16 Traduzido pelo Vane-1095 Corrigido pelo Amigasoy me diga quem sai ganhando com a morte do Shabnam. Mahiya sentiu um repentino e te frustrem impulsiono de gritar quando Jason usou a inquietante claridade de sua voz para dizer essas palavras. Ela deliberadamente o tinha cevado com seu doce envenenada réplica, querendo incitar uma resposta, como forma de romper o gelo obsidiana que o rodeava, até que sentiu como se falasse com um espelho negro. —Há uma senhora que espera tomar sua posição? —esclareceu quando ela permaneceu em silêncio. —Sempre há aqueles que esperam. —Torceu a estranha loucura sob controle, o que importava a ela se Jason preferia viver a distância do mundo?—, mas Neha decidirá quem será ela, uma aspirante poderia acabar com todo o grupo e não falhar até ganhar o lugar. ?Seu cachecol se levantou pelo vento quando subiram as escadas para tomar o caminho da terraço alta, foi arremesso sobre o braço do Jason, seu peito, antes de cair limpamente a seu lado. Estou ciumenta de um pedaço de tecido. Parva quando ele nem sequer me olhe. —Sinto muito. —A noite anterior no balcão, quando a sombra mortal deste homem que tinha feito o esforço de não ferir seus sentimentos, tinha-a fascinado tanto que tinha alterado algo tenro e de uma vez mais perigoso. A forma em que lhe havia devolvido o olhar, ela tinha esperado… mas estava claro que suas ações tinham sido nada mais que um ato de bondade silenciosa. A atuação fez que lhe doesse o coração. —Não pode dirigir o vento —disse, em seu olhar uma profundidade impenetrável que não podia compreender. —Não, suponho que não. —Rompeu o contato visual que era muito, muito forte, muito
visceral—. Tivesse sido melhor que Shabnam tivesse desaparecido se esta ação fora motivada politicamente —disse, oblig?ndose a concentrar-se—. Sua morte bem pode fazer a Neha simpatizar com seus amigos íntimos e escolher a próxima dama desde dentro de suas filas. 103 —eles poderiam obter um favor extra? —A asa do Jason estava tão perto, que podia ver os finos filamentos negros que conformavam cada pluma de meia-noite. Seus dedos se fecharam em sua Palmas. —Não. —Apesar de que não duvidava que fosse uma possibilidade, a “família” do Shabnam bem poderia havê-la sacrificado calculadamente a sangue frio?. Shabnam valia mais com vida, tinha estado um comprido tempo com a Neha, tinha sua confiança e simpatia. —Suas asas se estão arrastando. —O que? OH. —Bochechas ruborizadas pelo aviso que se poderia dar a um menino, levantou suas asas para que os borde não se perdessem na arenito vermelha da terraço. Então ele voltou a falar, e sua vergonha se transformou na mais amarga das emoções. —É necessário trabalhar no fortalecimento de suas asas em cada detalhe. Se o temperamento da Neha aparece, pode reduzir-se a uma carreira para um esconderijo seguro, até encontrar uma solução política a sua liberdade. —Tenho um pouco mais de trecientos anos, Jason —disse, usando seu nome a vontade própria, pela primeira vez, a pequena intimidade enchendo sua mente com todos os outros frágeis momentos que tinha sonhado experimentar com um rosto sem nome, um amante que tinha imaginado em suas horas mais escuras. Um com que voaria, veria o mundo, construiria uma vida, um lar, para encher o de risada, amor e felicidade como nunca tinha conhecido. —Inclusive se fosse treinada para resistir voar todos os dias de minha existência —disse, sustentando esse sonho com cada onça de sua força, frente à dura realidade—, não poderia voar longe da Neha, inclusive pela mais curta piscada de tempo. —Neha era um arcanjo que tinha vivido milhares de anos, com um vasto poder. Esmagaria a Mahiya como a um inseto e sem notícia. —E um esconderijo? Mahiya sacudiu a cabeça. —Não vou deixar que me enterrem de novo. Melhor morrer lutando por minha liberdade antes que me converter no Eris, um morto em cadeias. —Foi um voto feroz—. Não permitirei que ponha minhas asas na parede como Lijuan faz com as mariposas que coleciona. Jason sentiu uma selvagem escuridão cobrar vida dentro dele ante a apaixonada declaração da Mahiya, mas a resposta que saiu de sua boca foi quase uma gélida calma, pois as palavras que queria dizer estavam escondidas muito dentro do silêncio que tinha sido sua existência portanto tempo. —Ao Lijuan gostaria de me acrescentar a sua coleção.
104 Mahiya tropeçou com uma tosca peça da terraço, teria se cansado se não tivesse disparado uma mão para agarrar seu braço. Fazendo caso omisso de seu abraço, ela o olhou fixamente. —Disse-lhe isso à cara? —Tem umas asas únicas, Jason. Seria uma pena se morrera na batalha, destruindo essas asas de meia-noite. Uma morte tranqüila e mesurada nos braços de uma jovem encantadoramente amadurecida com sua condição de mulher seria muito mais fácil, não te parece? —Ela me ofereceu uma morte em paz. —obrigou-se a liberar a Mahiya, sua necessidade de tocar arranhando em seu interior—. Foi muito mais vocal com o Illium. —Azul com pontas de prata, sim, suas asas são impressionantes — murmurou Mahiya—. O vi uma vez quando acompanhou ao Rafael em uma visita. Jason baixou o olhar nos brilhantes olhos incluso nas sombras de um arco, e teve a súbita compreensão que essa brilhantismo era uma indicação de poder emergente. Ninguém se tinha dado conta da mudança, ao igual a todos os aspectos do poder da Mahiya, teve que ter sido gradual. —Suas próprias asas são tão únicas. —Não, não o são. —O tom da Mahiya era plano—. Minha mãe tinha as mesmas. Ele não sabia, e se asas de tal beleza tinham sido esquecidas, significava que alguém tinha enterrado a informação. Ao parecer, Neha tinha apagado a sua irmã fora da existência e da vida. Agora tratava de fazer o mesmo com a menina que levava asas de deliciosa safira e verde esmeralda de pavão. —Acaso você…viu a habitação de coleção do Lijuan? Jason se deteve para olhar a Mahiya esfregar suas mãos acima e abaixo sobre seus braços, como se eles não estivessem frente ao sol espesso como xarope. —Sim —disse—, fiz-o. —Essa habitação se encontrava dentro da fortaleza onde Lijuan tinha criado seu primeiro renascido, mantida permanentemente fria para preservar os corpos pendurados nas paredes, suas asas estendidas em magnifica exibição. Alguns, sabia Jason, tinham morrido em estranhas circunstâncias para que suas asas se mantiveram em bom estado, mas outros… outros simplesmente tinham desaparecido do mundo. —Se tiver visto a habitação —disse, levando a tocar com um só dedo a bochecha da Mahiya—, tem sorte de estar viva. Ela não se encolheu pelo tato. Aplanando a mão em seu ventre, disse—: Pensei que podia negociar um serviço para seu santuário. Me
105 convenci para mim mesma que seria como ser um servo, mas seria livre apesar de minhas obrigações. —Um arrepiou sacudiu sua armadura—. Acredito que a única razão pela que Lijuan devolveu a Neha em lugar de me manter como um troféu, foi porque estava profundamente ofendida pelo fato que me atrevi a fugir do arcanjo ao que lhe “devia obediência”. —Se fosse um gato —murmurou ele, pensando na enorme câmara frigorífica detrás dessa habitação, cheia de gavetas suficientemente grandes para conter os corpos angélicos—, diria que agora é mais pobre de, pelo menos, cinco de suas sete vistas. —O que sabe? —Foi um sussurro dançando sobre sua pele. —Algumas muitas coisas que não posso não ver. *** As palavras do Jason continuavam circulando em sua mente, carregadas de uma escuridão persistente que atirava de seu núcleo vulnerável, apesar de sua conclusão de que ele não sentia essa necessidade. separou-se dele minutos depois. —Tenho que assistir a Neha ?disse ela—. Estou destinada a te espiar depois de tudo. A resposta do Jason foi tão inesperada como o toque fugaz que a tinha ancorado aqui e agora, quando o pesadelo do Lijuan a começou a afundar. —Não é o suficientemente forte para realizar essa tarefa. — Palavras quase gentis—. E honro a força que tomaste para lutar contra a amargura, em te negar a permitir que seu coração se petrifique em uma pedra sem piedade. Ninguém mais tinha entendido nunca essa verdade, a vontade consente que devia adotar para manter-se imaculada e intacta. Sacudida pela forma em que podia chegar a ela tão profundamente quando seguia sendo tão distante, disse—: Tenho que ir —e se voltou para afastar-se. Quando olhou por cima de seu segundos ombro mais tarde, foi-se, o céu não dava amostras do espião que ameaçava despojando a de sua alma. —Quem é Jason? O vento se manteve sem respostas para ela. Baixando o olhar do céu, respirou fundo e levantou a armadura emocional que Jason tinha desmontado com nada mais que uma carícia, umas palavras. Não podia encontrar-se com a Neha, vulnerável e exposta. Dez minutos mais tarde, quando localizou ao arcanjo, não estava dentro dos frios limites de seu palácio privado, mas se caminhado pelas muralhas, olhando à cidade que era dela. Mantendo suas asas perfeitamente a suas costas, suas emoções sob um rígido controle, Mahiya olhou a arcanjo inclinar a cabeça aos visitantes, caminhado ou andando pelo atalho escarpado e curvo da fortaleza. Neha não permitia aos modernos veículos circular na via ou na própria
fortaleza, mas os 106 elefantes, camelos e cavalos se consideravam aceitáveis meios de transporte. —esqueceste com quem falas? —Foi uma pergunta de seda. —Peço desculpas se lhe ofendi, minha senhora ?Uma vez mais, as palavras teriam sido fragmentos de faca na garganta. Agora, não eram mais que ferramentas que utilizava para distrair a arcanjo enquanto trabalhava para sair desta prisão. Silêncio. As asas da Neha varridas de frio branco, salpicadas de uma jóia com estranhos filamentos azuis, ecoavam das próprias plumas de Mahiya. A relação familiar se manifestava em outras formas também, mas solo o podia descobrir alguém quem soubesse o que procurava e tinham a idade suficiente para deduzir a verdade, e mas que sabiam que nunca podiam falar disso. Para todos o resto, Mahiya era uma descendente longínqua da Neha, que a tinha tomado por bondade depois da morte de seus pais sem nome. Que a recém-nascida tinha aparecido oito meses depois do encarceramento do Eris e a assumida execução do Nivriti, supunha um distanciamento ainda major de qualquer conexão que pudesse ter feito a maioria. Poucos podiam imaginar que Neha tinha sido tão cruel para ter mantido a sua irmã encadeada através dos meses de seu embaraço, mas Mahiya tinha ouvido a história dos próprios lábios da Neha. —Um presente em seu aniversário número cem. —O sorriso da arcanjo causou um arrepiou ao longo da coluna vertebral da Mahiya—. A história de seu suceder. Os anjos não morrem facilmente, mas um anjo feminino era mais vulnerável depois do parto, especialmente quando lhe cortaram o ventre com uma cuchilla oxidada; seu bebe literalmente arrancado dela por mãos indiferentes; seus órgãos internos derramados pelo chão. Acrescentando a falta de mantimentos e água, e o ar rarefeito e magro que dominava a distante fortaleza se localizada no topo de uma montanha onde sua mãe aparentemente tinha dado a luz, e onde Nivriti não tinha tido nenhuma oportunidade. Inclusive então, capitalista como tinha sido, deveu ter tomado anos de agonia para morrer totalmente de fome. —Ofende por existir —disse finalmente Neha, um comentário quase ausente—. me Fale do Jason. Mahiya o fez, e era verdade… mas sobre o que falou, em qualquer caso. Como Jason tinha famoso, não podia acusar de assassinato a Neha e esperar viver. 107
—Ao parece está defendendo o juramento —concluiu—, e trabalhando para descobrir a identidade do assassino ou assassinos. Os olhos da Neha centrados em algum ponto distante que Mahiya não podia ver, o sari de seda da Neha que levava, era de um fresco champanha bordeado de bronze, as dobras fixadas com pulcra precisão, colocado em seu ombro por um broche antigo. Sua blusa de um bronze que fazia eco no bordo, um corte prefeito, com um trabalho intricado nas costas, necessário para acomodar as asas, feito com tal precisão que o ajuste se mantinha impecável. Ninguém, pensou Mahiya, poderia dizer que a Arcanjo da Índia não era a mais elegante das criaturas, mas Mahiya só entendia a profundidade do ódio vingativo que tinha conduzido a Neha portanto tempo. Não a tinha surpreso no mais mínimo quando Anoushka foi declarada culpado de crímenes contra um menino, depois de tudo, o anjo tinha visto sua própria mãe criar a uma menina com o único propósito de vingança. O bom trato a milhares de outros meninos não podia erradicar a corrupção desse odioso único ato. —Chora a seu pai? —perguntou Neha no silêncio. —Choro por quem pôde ter sido. —Tinha havido promessa no Eris, e talvez se tivesse tido uma melhor orientação em sua juventude, como marido, poderia havê-la completo. Esse era todo o perdão que podia lhe dar, porque tinha sido um adulto também, e tinha feito suas próprias decisões. —Nisso estamos de acordo, menina de sangue de meu sangue. Mahiya ficou imóvel, nunca aguardava nada bom para ela quando Neha se referia aos laços que as uniam. Entretanto, hoje em dia, a arcanjo simplesmente inclinou seu rosto ao calor abrasador do sol, lhe permitindo tocar a cor dourada de sua pele, confiriéndole calidez. Nesse momento, Mahiya podia imaginar porque sua gente a via como uma deusa benevolente. —Conheci-o quando eu era um anjo milenario. —As palavras eram suaves, seu olhar em um passado longínquo—. Aos quatrocentos, ele era apenas um adulto em minha opinião, e o tratava como tal. Irresponsável, pensei, mas precioso e com tal encanto masculino. Nossos caminhos não se cruzaram de novo até me converter em arcanjo, e Eris em um homem elegante e crédulo. Um vento quente do deserto ondeou sobre elas um segundo mais tarde, rompendo a ensoñación da Neha. —Alguma vez amaste, Mahiya? Sabendo o que vinha, ela ergueu sua coluna vertebral. —Não. —Nem sequer ao Arav? 108 Ali estava, o golpe que lhe recordava a humilhação que tinha esmagado seu jovem coração, ameaçando fraturando seu espírito em florações. —Eu era uma menina então, o que sabia eu do amor? —Entretanto, tinha aprendido que as palavras bonitas não eram de confiar, e
que tinham uma força que nunca antes tinha entendido. —Minha filha está morta —disse Neha, com aparente incongruência—, assim como meu marido e consorte. Alguns diriam que estou sendo castigada pelo que fiz a ti e a sua mãe. —Os olhos escuros foram à cara da Mahiya—. Crie que estou sendo castigada, Mahiya? Se isso for o que crie. Mas seu carma é o resultado de sua própria criação. —Não é meu lugar para pensar essas coisas, minha senhora. —Mahiya usou cada onça de habilidade que tinha adquirido por anos na corte, procurando ocultar seus pensamentos, manter sua voz inexpressiva—. Não sou mais que uma agradecida por sua amabilidade ao me dar um lar. Os lábios da Neha se curvaram, mas o gelo em seu olhar se manteve gélido. —Um bonito discurso. Talvez resulte interessante, depois de tudo. Um leve movimento de uma mão magra e Mahiya sabia que tinha sido despedida. Percorrendo o largo caminho ao longo das muralhas até chegar aos degraus que conduziam o extenso pátio principal? construído em uma época em que os exércitos de terra foram montados em elefantes?se dirigiu abaixo com uma lenta graça, embora ela não queria nada mais que expandir suas asas e voar para as montanhas. Era uma oportunidade mortal que devia economizar para o final, quando não ficasse outra esperança. —Sim. Você importa. Abraçando as tranqüilas palavras do Jason em seu coração, a integridade de sua fé em um instinto contra o que não tinha vontade para lutar, Mahiya cruzou o pátio com passos medidos. Exposta como estava, rodeada sozinho de umas poucas árvores em miniatura em grandes vasos de barro nos borde, podia sentir cem olhos em ella?guardias, cortesãos, serventes. Reconheceu a quem a reconheceu, mas não se deteve por ninguém… até que um anjo alto e bonito com a pele cor marrom e olhos de um defumado cinza, com as asas de um pintalgado marrom, dois tons mais claros que sua pele, entrou em seu caminho. E ela compreendeu por que Neha tinha falado do homem que lhe tinha ensinado a seu Mahiya primeira e mais duradoura lição de amor. 109 17 Traduzido pelo Vane-1095 Corrigido pela LadyPandora Mahiya, meu amor. —Arav pareceu que fora a tomar sua mão para levá-la a sua boca, mas ela deteve isso com uma convenientemente e educada pequena reverência, com as mãos juntas em sinal de saudação frente a ela.
—Senhor —disse, em sua mente era um insulto—. Não sabia que visitaria minha senhora. —É obvio que visito a Neha. —Um encantador sorriso saiu de seus lábios, dessas que uma vez tinha convencido a Mahiya de que eram só para ela. Agora não confiava no sorriso de ninguém… e estava começando a confiar em um homem que não sorria absolutamente. Era algo impossível, mas aí estava. Tinha-lhe mais confiança a um espião inimigo da que tinha tido em nenhuma outra pessoa desta fortaleza. A verdade é que Jason podia ser escuro e freqüentemente bruto, mas isso nunca seriam mentiras envoltas em doçura ácida que pudesse corroer-se. —Ela e eu somos amigos de idade. —O olhar Arav se elevou para onde Neha estava de pé, nas muralhas, com o olhar para as cidades—. E é obvio, não te tinha visto, a meu amante favorita, desde ao menos um ano. —Já não sou seu amante e não o fui durante séculos. —sentia-se poluída pela lembrança de como tinha permitido que tomasse sua inocência com uma satisfação que então tinha confundido com atenção—. Te desejo uma boa visita, mas devo seguir meu caminho. Arav a bloqueou quando passou por seu lado. Insistir séria montar uma cena e enquanto Mahiya não tinha nenhum reparo em esbofetear ao Arav se era necessário, ceder à tentação em tanto Neha estivesse tão perto poderia ser perigoso. Porque em uma coisa Arav não mentia: ele e Neha tinham uma amizade. Até o dia de hoje, não sabia se Arav tinha estado atuando baixo ordens quando seduziu a Mahiya, atirando-a depois como lixo, ou tinha sido simples casualidade, o homem frente a ela aproveitando-se de uma jovem ignorante que não gozava do favor de seu arcanjo e portanto não tinha a ninguém de quem Arav pudesse temer as represálias. 110 —ouvi que compartilha habitações com alguém que tem feito um voto de sangue. —Os olhos do Arav brilhavam—. O mascote muda de Rafael. Muda? Era um insulto tão incompreensível como para não ter impacto. Jason não era um enganador, mas tampouco era uma criatura totalmente silenciosa, simplesmente optava por não falar até que tinha algo que dizer. —Neha —disse, com uma glacial cortesia—, parece o ter em alta estima. Seus lábios se torceram em uma reflexão da putrefação interna que ela não tinha visto até que foi muito tarde.
—Ela está de duelo. Ah. —É por isso que está aqui? Para oferecer consolo? —É o privilégio de um amigo. —Um amigo que deseja tomar o lugar do Eris. —Sou mais forte do que ele jamais foi. Arrogância respaldada pelos fatos; Arav era um dos generais da Neha. —Quando for consorte —disse, apertando a mandíbula da Mahiya com o dedo polegar e índice antes de que pudesse retroceder—, pedirei a Neha que seja meu obséquio, meu mascote especial. Idiota. Mahiya se retorceu de seu agarre, sem preocupar-se de se isso poderia chamar a atenção da Neha. Porque se havia uma coisa que o arcanjo nunca tinha feito, era passar por cima o mau trato às mulheres de seu corte. Qualquer homem descoberto que tivesse forçado, golpeado ou coagido a uma mulher era castigado rapidamente, mediante amputações de partes de seu corpo, pior era a agressão, major era a perdida, até alguns não sobreviveram para regenerar-se. Não importava se a mulher estava a favor ou não, era rica ou pobre, camponesa ou cortesã. A regra era absoluta e isso era parte do que fez a Neha uma rainha tão amada. Mas Neha, pensou Mahiya de repente, com um formigamento de frio ao longo de sua coluna vertebral, poderia não ser a única que governava agora… ao menos não no que concernia a Mahiya. —Alguns diriam que estou sendo castigada pelo que fiz a ti e a sua mãe. Afogando a arrepiante declaração, favoreceu ao Arav com um sorriso desenhado por um escarpelo afiado. 111 —Neha valora a lealdade em um homem por cima de tudo. Se alguma vez pensar que tem planos de tocar a outra enquanto esteja unido a ela, a tortura do Eris e o destripamiento parecerá um suave castigo em comparação. Empalidecendo até que a perda de sangue foi evidente inclusive em sua escura pele, Arav deu dois rápidos passos afastando-se dela. Mahiya já se foi, depois de ter usado sua momentânea surpresa para bordearlo e descer para o caminho dos estábulos, acariciar os cavalos que tanto amava seria a maneira de acalmá-la.
Sentiu os olhos do Arav perfurando-a entre as omoplatas até que desapareceu pela esquina, e sabia que onde antes a tinha visto como um brinquedo, agora a via como algo que queria romper. Esse dia tinha feito um inimigo. *** Três horas depois do descobrimento do corpo do Shabnam, e depois de ter completado outra série de indagações cruciais, Jason tinha a intenção de entrevistar às damas de honra da rainha, mas descobriu que tinha que falar com a Neha. —Veneno pede permissão para entrar em seu território. Os lábios da Neha se levantaram um entalhe onde ela caminhava junto a um grande mural ao ar livre de uma ágil donzela carregando um cântaro sobre a cabeça. —Assim, o retorno do prodigalizo —disse, a dor e a ira de sua voz aliviados pelo calor—. Está de caminho ao Refúgio? —Diz que não se atreveria a passar sem apresentar seus respeitos. A risada da Neha ressonou no mármore de ao redor. —Embora se atreveu a correr ao Rafael assim que seu contrato se completou. —Acredito que teria estado decepcionada se não tivesse mostrado a decisão suficiente para forjar seu próprio caminho. Apesar de que ela não se alegraria ao saber exatamente o capitalista que se converteu o vampiro nos anos seguintes. Sonriendo profundamente, Neha disse—: Consinto a visita, sempre e quando aceitar que o juramento que te une também o inclui enquanto esteja aqui. Esperemos que haja trazido um presente para suavizar minha ira por sua deserção. O que Veneno trouxe não era nada esperado. Nenhuma exótica serpente ou colar em forma de cobra, nenhum enjoyado penteie ou veio estranho. 112 —Explica isto —disse Neha impassível, quando desvelou ao macaco mecânico que batia tambores e estrelava pires com maníaco aposento enquanto caminhava em círculos sobre o tapete de seda em tons safiras diante do trono da Neha. Veneno apagou o brinquedo. —É um sorriso, minha senhora. —Elevando o olhar desde sua posição em cuclillas, deixou que a luz do sol que entrava pelas janelas golpeasse aos lhe impactem verde dos olhos que não
eram humano, em nenhum sentido, contraindo-as ranhuras contra o brilho—. Pensei que necessitava isto mais que as jóias. Especialmente neste dia. Neha não disse nada durante um comprido minuto antes de suspirar e fazer um gesto para que se levantasse. —Ponha isso em meus aposentos privados —disse à criada que estava discretamente a um lado, e Jason soube que o perigo tinha passado, a aposta de Veneno refiriéndose ao funeral do Eris estava dando seus frutos. —me conte —disse uma vez que a criada se partiu—. Sobre o que estiveste fazendo na Torre do Rafael. Era uma pergunta capciosa, uma que pedia a Veneno dividir suas lealdades, mas o vampiro a respondeu sem mentir e sem trair nenhum secreto. —Aprender a ser mais forte, melhor. Agora vou trabalhar sob o Galen. —Sim, é um homem que entende de paciência, enquanto você nunca o tem feito. —Está em minha natureza. —Veneno se encolheu de ombros, e Jason soube que se referia aos impulsos que tinham sido semeados nele pela Reina das Serpentes, dos Venenos. Um ligeiro sorriso curvou os lábios da Neha, o brilho calculador de sua pergunta anterior se substituiu pelo divertido afeto. —Quando te espera esse bárbaro professor de armas? —Estou cedo. Se pedir sua indulgência, eu gostaria de ficar e falar com amigos que não vi há muitos anos. Os olhos da Neha trocaram desse modo mercúrio, agora marrom, agora um verde denteado, rachado, a tal velocidade que Jason quase podia acreditar que o tinha imaginado. —Assim, Rafael pensa plantar um segundo espião em meu corte? —Insulta ao Jason, minha senhora. —Encanto desarmador—. Eu seria um grande estrondoso elefante para seu elegante cobra. 113 Com uma exasperada sacudida de cabeça da Neha, o arcanjo parecia mais indulgente do que Jason lhe tinha visto com ninguém mais que com o Eris e Anoushka. —Fique, joga seus jogos, mas, Veneno? Não esqueça quem sou eu.
Veneno se inclinou sobre sua mão, pressionando seus lábios contra seus nódulos. —Minha senhora, nunca esquecerei quem é, não criou a um idiota. *** Mais tarde, quando Veneno e Jason se aproximaram da parede de em cima de uma das magníficas portas da fortaleza, Jason viu o vampiro suspirar enquanto olhava para a cidade a seus pés, as casas abraçavam a terra em sua major parte, inclusive a mais pequena grafite com o tom mais brilhante, ou persianas de cor vermelha, um teto azul. —Estranhas este lugar. —Às vezes —disse Veneno, seu cabelo se elevou na brisa que atirava do acréscimo do Jason—. Esta terra é onde nasci, nesta fortaleza fui Criado. Sempre terá uma concessão em meu coração, embora seja Rafael, quem tem concessão sobre minha lealdade. Jason pensou nas areias bordeadas de Palmas do Pacifico, da remota ilha que era dela, onde ia quando queria desaparecer do mundo. Apesar de que não era o lugar onde tinha nascido, era o suficientemente próximo para que lhe doesse o coração. —Entendo. —Rafael pensou que poderia apreciar uma cara conhecida, alguém em quem possa confiar para te vigiar as costas. —Alegra-me que esteja aqui —disse, pensando em uma mulher que vivia em uma fortaleza rodeada por centenares de outros, mas que estava e sempre tinha estado sozinha, sem ninguém dos seus. Inclusive tinha lembranças de amor para mantê-lo em marcha. Mahiya não tinha nada. E até havia esperança em seu coração e a capacidade de ternura em sua alma. Forte, ela era tão forte, mais forte que ele, por que onde ele tinha tido que encerrar-se para sobreviver, ela as tinha arrumado para fazê-lo intacta. —Assim —disse Veneno—. me Conte o que aconteceu. Não vou trair seu juramento, e Rafael não espera isso de mim. Jason nunca tinha acreditado o contrário. 114 —Aqui há algo mal. —Falou-lhe com Veneno dos três assassinatos, dos detalhes que não
acabavam de encaixar—. Sigo conhecendo intimamente a muita gente desta corte. Amigos com os quais o vampiro tinha mantido contato, alguns por verdadeiro afeto, outros porque eram úteis. Veneno podia ser fríamente prático sob seu encanto. —Encontra a conexão se puder. Os assassinatos levavam um rastro emocional e muito familiar para ser o trabalho de diferentes entidades, e entretanto, Neha não tinha necessidade nem motivo aparente para assassinar a sua dama de honra de uma maneira tão violenta. Apesar de tudo, simplesmente não podia vê-la romper sua vigília junto ao corpo do Eris com o fim de cometer o fato, não quando se tratava das últimas horas que passaria com ele. Veneno assentiu pensativo, deslizando seus refletidas óculos de sol de novo sobre seus olhos. —Farei o que possa, mas terei que sair em três dias como máximo. Neha não me dará sua indulgência além disso. —É melhor juiz de seu estado de ânimo que eu, vê quando o necessitar. —Obtendo uma piscada de Veneno, fez-lhe ao vampiro uma pergunta que não tinha nada que ver com sua tarefa na fortaleza—. Como está Sorrow? —A menina tinha sobrevivido ao ataque de um arcanjo demente, saindo disso infectada por uma toxina que a tinha trocado de mortal a algo distinto, suas erráticas habilidades. A mandíbula de Veneno se esticou, os tendões empurravam contra a pele de seu pescoço. —Janvier se tem feito cargo de sua formação vampírica no momento —disse, refiriéndose ao vampiro que tinha trabalhado diretamente sob o Dmitri em um número de operações, e cuja lealdade à Torre era indisputável, embora até agora tinha sido mais útil o ter fora, no mundo, como um aparente agente livre. —Sabe o bom que é Janvier —adicionou Veneno—. Mas terei que retornar periodicamente para fazer os rápidos bailes com ela. Veneno podia mover-se com a rapidez de uma serpente, Sorrow compartilhava a habilidade, embora a dela provinha de uma fonte diferente. —Pode chamá-lo vontade? —Não. E se não aprender a fazê-lo, morrerá. —Palavras imperdoáveis— . Mas Honra tem razão, primeiro precisa obter os conhecimentos básicos antes de que comece a pressioná-la outra vez, ou a não ser cometerá enganos estúpidos que a velocidade só não pode curar. 115
—Quem se está fazendo cargo de seu treinamento físico com Honra fora da cidade? —Ashwini. —A cara de Veneno se relaxou e seus lábios se crisparam um pouco—. Sabe o que fez ao Janvier a última vez que se encontraram? —Mel esteve envolto. Jason tinha visto a jaqueta e ao vampiro treinar desde seu primeiro encontro, nunca compreendeu muito sua relação, eram adversários um minuto, decididos a correr um após o outro pelo chão, e aliados ao seguinte. Foi Janvier a quem Ashwini tinha tomado quando tinha tido que trabalhar no perigoso território do Nazarach, e era do Janvier o pendente de safira que a jaqueta levava ao redor de seu pescoço. Entretanto, até onde ele sabia, nunca tinham sido companheiros de cama. —por que simplesmente não se deitam o um com o outro? — perguntou a Veneno, perguntando-se se se tinha perdido um sutil matiz em sua relação. A risada de Veneno foi tranqüila, com os misteriosos olhos sob o sol enquanto empurrava seus óculos à parte superior de sua cabeça. —Isso é um mistério sem resolver. —Inclinou a cabeça—. Quem é essa bonita mulher que vem para cá? Jason não tinha que seguir o olhar de Veneno, podia sentir a presença da Mahiya com um suave calor contra suas asas. —A Princesa Mahiya, e é minha. —Não tinha direito a fazer tal afirmação, mas Veneno tinha uma maneira de enfeitiçar às mulheres quando estava de humor, e Jason descobriu que não desejava que Mahiya fora enfeitiçada. —Ah. —O vampiro se girou e saltou da porta com um despreocupado descuido que fez a Mahiya levar bruscamente a mão a seu coração. Mas Veneno aterrissou em cuclillas sobre os dedos de seus pés, ágil como um gato. Aterrissando a seu lado, Jason olhou a Mahiya em lugar da Veneno quando o vampiro se levantou e se inclinou sobre sua mão. —Por impossível que pareça, não acredito que nos tenhamos conhecido. O olhar fascinado da Mahiya se atrasou nos olhos de Veneno quando levantou a cabeça e soltou sua mão. —Não…mas ouvi falar do vampiro com olhos de víbora. Estava estabelecido na corte do Delhi, principalmente. —Estava-o. —Veneno esteve de acordo—. Mas estive aqui mais de uma vez. Deveu ter
estudado no Refúgio. 116 —Sim. Acredito que tinha jurado lealdade ao Rafael no momento em que retornei à fortaleza. Jason captou o ligeiro tremor que ondulou sobre a pele da Mahiya enquanto falava de uma volta que deveu ter sido uma terrorífica experiência para uma garota jovem, e estendeu suas asas o suficiente para roçar as suas. Era uma intimidade, e uma que não lhe tinha devotado, que nunca teria iniciado se se tivesse parado a pensar nisso, mas em vez de acovardar-se, ela se relaxou. —É bom que ao final te tenha conhecido —disse a Veneno, com uma genuína calidez em sua voz—. Neha sempre há dito que é uma de suas mais orgulhosas criações. O sorriso de Veneno era aguda, suas seguintes palavras foram dirigidas ao Jason. —Encontraremo-nos no jantar? —Vêem o palácio da Mahiya. —Até então. —Beijou a mão da Mahiya outra vez antes de partir. Jason riscou o perfil da Mahiya com o olhar enquanto ela observava ir-se ao vampiro. —Não duvidaste em permitir que te tocasse. —Acredito que foi o primeiro impacto de todos, esses olhos… —Sacudiu a cabeça—. E então vi que era seu amigo. Uma fina greta, algo intrínseco se rompia dentro dele. Mahiya continúo falando quando não respondeu. —Neha tratou que recrear o efeito que conhece, e algumas de seus Criações têm o menor signo disso, mas nunca teve o êxito que conseguiu com Veneno. —Estará encantado de saber que é único —disse Jason, examinado a fissura que se criou em seus escudos, o profundo dano, a reparação não seria fácil. Os brilhantes olhos da Mahiya lhe sorriram. —vais falar com as damas de honra? tomou tanto tempo em responder que seu sorriso de desvaneceu, sua expressão atenta. E ele sabia que a tocaria outra vez se lhe entregava o mais mínimo fôlego, seu corpo faminto não
só pela sensação, mas sim pelo mistério e, quando ela baixava o guarda, a inexplicável doçura que era Mahiya. 117 18 Traduzido pelo Panchys e BlancaDepp Corrigido pelo Amigasoy Depois Mahiya observou a forma de asas negras do Jason enquanto este se levantava para o céu, os minúsculos pêlos em seus braços se mantiveram levantados em reação a o que tinham captado seus olhos. A resposta primária não se alimentou de alarme ou temor, mas sim de paixão mais à frente do simples desejo físico. Jason fascinava a muitos níveis. Ele era uma escultura de bordos ásperos, um homem formoso de que tinha a sensação que nunca nenhuma mulher se aproximou de domesticar. Seria uma lástima que isso fora a passar. Sua selvageria era uma parte integral dele, talvez outros não o consideravam assim, dada a distância fria com a que ele via o mundo, mas Mahiya entendia… ela levava a mesma rebeldia interior. O fato de que tinha sido encarcerado, confinado e controlado não significava que não estava ali. Jason levava sua natureza na pele, nas linhas curvas de uma tatuagem que ela queria riscar com seus dedos… seus lábios. Era uma admissão perigosa, mas mentir assim mesma não servia de nada. Melhor aceitar que tinha uma vulnerabilidade no que se referia ao inescrutável chefe de espiões, e assim proteger-se contra essa debilidade. O único problema era que Mahiya não estava segura de querer afastar-se da brilhante chama nascente entre eles. *** Jason aterrissou detrás do Lisbeth onde ela estava sentada em um banco de mármore se localizado em uma pequena terraço fechada em um jardim do palácio que albergava às damas de honra. Os homens tinham estritamente proibido esta zona, salvo se se enviavam por negócios pela mesma Neha, todos os guardas —angélicos e vampiros—, eram mulheres. A pequena mulher ficou de pé com um ofego. —Senhor, dou-me conta de que é hóspede de minha senhora, mas você não pode estar aqui. —Neha não estará desgostada com você. —Poderia está-lo com o Jason, mas como não lhe tinha proibido especificamente falar com as damas de honra em seus aposentos privados, não rompeu nenhuma regra—. Eu gostaria de falar com você a respeito do Shabnam. 118 Uma mudança em seu rosto, uma rapidez de pensamento. —Estamos angustiadas. —Seus olhos se umedeceram, o marrom profundo voltando um topázio brilhante, sua beleza luminosa. Levantando um lenço de encaixe delicado a sua cara, limpou-se a pureza cristalina de suas
lágrimas. —Sinto muito lhe causar mais dor. —Agudizó seu tom de voz para acalmar. Enquanto que não podia imitar a emoção tão bem como Lisbeth, era perito no uso da voz como uma arma. Uma vez, tinha-a usado na canção, mas as canções em seu coração se ficaram em silêncio faz muito tempo, e sabia que algum dia também o faria sua voz. Um homem que não tinha nada em seu interior, finalmente não teria nada que dizer. Asas de cor azul meia-noite e intenso verde, um sorriso que viu muito, agitou as coisas que não tinham sido tocados em um eón. A voz do Lisbeth se enredou com as imagens inesperadas que sussurravam através de sua mente. —Está bem. —Sorvendo com delicadeza que não fez nada para danificar sua beleza, disse—: Você pede ajuda para procurar o assassino do Shabnam? Inclinou a cabeça. —Sabe você de algo que possa arrojar luz sobre o assunto? Uma vacilação calculada antes de que negasse com a cabeça. —Estou segura de que não tenho nada que dizer. —Ela está morta —acrescentou Jason gentilmente, cálidas nota em sua voz—. O que você diga não pode lhe fazer danifico. Tragando saliva, Lisbeth envolveu seus braços ao redor dela como se fizesse frio. —Não se fala mal dos mortos, mas… Shabnam não foi fiel a seu amante. —As palavras se formaram com sinceridade, mas Jason as conhecia por mentira. Entretanto, permitiu-lhe continuar, com vontades de ver como de negro pintaria à vítima—. Era generosa com seus favores… especialmente quando se tratava dos guardas, acredito que pensou aliviar seu caminho em lugares que não estamos destinadas a ir. Uma hábil acusação de espionagem, talvez inclusive traiçoeira. —você crie que um dos guardas pôde haver ficado ciumento? —perguntou atuando obtuso a propósito. O mais leve espiono de impaciência revoava sobre seu rosto, fraturando a ilusão até agora impecável de formosa tristeza. —Estou segura por todos seus ares, que Shabnam não era mais que uma diversão para eles. Mas sua família, são orgulhosos. É possível que tenham considerado vergonhosas suas ações. —Um varrido para baixo de suas frisadas pestanas negras—. Não os estou acusando de nada, e estou segura 119 de que nunca o faria… mas você perguntou. E só queria, OH, esqueça que pinjente algo. —Agradeço-lhe sua confiança. Obrigado.
—É obvio. —Ela não pôde evitar a presunçosa satisfação de sua voz—. Só espero ter ajudado. —Sim, muito. —Desculpando-se, Jason se elevou no ar. Não tomou muito tempo localizar ao resto das damas de honra. Eram criaturas que não gostam de ir muito longe de seu hábitat, por temor a que outra tomaria seu lugar ou obteria algum favor de que seriam excluídas. Todo mundo, exceto o aliado amigo do Shabnam, Tanuja, tentou difamar à vítima. Inclusive se insinuou que tinha seduzido ao Eris. Entretanto, Tanuja insistiu em que Shabnam tinha sido uma amante fiel e não uma espiã. —Ela era uma pessoa agradável —soluçou Tanuja, a pele cheia de manchas de cor marrom clara por sua angústia—. Muito boa para este poço de víboras, e o fato de que era uma das favoritas da Neha, só fez que as outras atuassem pior contra ela. ria e dizia que eram bruxas ciúmas, mas agora está morta. —Um duro olhar de olhos avermelhados—. Pode que ao Lisbeth não goste de sujá-las mãos, mas ela vem de uma família a que não lhe importa o sangue. *** O céu estava de um exuberante cinza por uma cálida tarde quando aterrissou no balcão fora de sua suíte. Fazendo caso omisso das portas de seu aposento, chamou a da Mahiya. Ela abriu o lado esquerdo uma fração, sua expressão cautelosa trocou no instante em que o viu. —OH, é você! —O sorriso alcançando seus olhos para iluminá-los com um brilho avermelhado, atirou as portas completamente abertas. Nesse instante, Jason sentiu golpear algo nele, algo amorfo de grande alcance que tratou de capturar, examinar, mas havia tanto fumaça, saindo de sua mão até deixando um rastro detrás. —por que se preocupa? —perguntou, sentindo como se lhe tivessem marcado de algum jeito imutável. —Eu… —Mahiya negou com a cabeça—. Entra primeiro. A comida está quente. Caminhando no interior quando ela se deu a volta, fechou as portas a suas costas, mas ela não se sobressaltou ao ato. A platería no rosa pálido de sua túnica, ajustada nos punhos e tornozelos de suas branca calças uso harém, capturaram a luz do minúsculo abajur de cristal de teto. O pente de prender cabelo em seu cabelo pulcramente pacote, trabalhada com prata e trespassada com diamantes. O lenço de gaze branca jogado sobre 120 os ombros, adornado com fios da mesma cortina metálica nos extremos. —Veste-te formalmente. Tomando assento na almofada elegante frente da mesa baixa, estendeu suas asas em uma glória de esmeralda e azul pavão com toques de azeviche, agarrou a jarra de água. —Terá que te vestir assim, também. Neha convocou a um jantar formal. Mas temos tempo suficiente para comer e beber.
Tomou seu lugar frente a ela, notando a cor em seus lábios, o hábil uso de outros cosméticos para ressaltar os maçãs do rosto, enquanto que subtraía importância a seus olhos. Isto, também, pensou, era uma máscara sutil. —A comida no jantar não vai ser agradável? —A comida será deliciosa mas a conversação vai coalhar meu estômago. E você estará muito ocupada vendo e escutando a todos que unicamente poderá comer um ou dois bocados. Pensou que talvez a estranha sensação em seu peito, pudesse ser diversão. Illium de vez em quando, incitou a mesma resposta nele, mas isto era de algum jeito mais suave, mais tenra. —Nesse caso, dou-lhe as obrigado por sua amabilidade. Lhe dirigiu um olhar penetrante, seus olhos se estreitaram. — Tome cuidado ou vou deixar de te alimentar. —Um grande castigo em efeito —E assim seria. Este ritual frágil de retorno a casa era importante para ele de uma maneira que não podia compreender—. Me dá um pouco de água? —disse, notando distraídamente uma bolsita de cenouras situada em uma pequena mesa que sustentava um abajur apagado, como se Mahiya tivesse posto a bolsa no chão, e logo a esquecesse. —Posto que você solicitou tão bem. —Seus lábios se crisparam, derramados por ele, logo retirou as tampas das bandejas que estavam colocadas entre eles—. Estava de humor para cozinhar, assim tem várias opções. Quer provar um pouco de cada um? —Sim. —Sabia que devia protestar pela forma em que lhe serve, mas parecia que ela desfrutava… e o permitiu. Assim que ficou em silêncio, tomou o prato que fez por ele. Enquanto comiam, sua mente continha uma cascata de lembranças de como tinha tentado cozinhar depois de que ele ficasse só; como se tinha queimado tudo; como se tinha alimentado de frutas e raízes de yuca crua durante um tempo, até que seu estômago se rebelou. Mais tarde, quando tinha chegado ao Refúgio, tinha exigido ser tratado como um adulto, independentemente de sua idade cronológica, e ninguém o tinha questionado. Até a Mahiya, não tinha assegurado que tinha perdido 121 a tranqüila indicação de como alguém se incomodava em notar se comia ou não. —Agora —disse, depois de limpar os pratos e que lhe servisse o chá de hortelã, refrescante e forte—, me diga se o motivo de que seu estômago se coalhe, é o mesmo que te fez temer abrir a porta. Mahiya o olhou por cima de sua taça de chá, brincos de vapor acariciando seus lábios —Sempre é assim de persistente? Ele arqueou uma sobrancelha e seus lábios se abriram em um sorriso tranqüilo.
—É obvio que sim. Como se não te teria convertido no melhor chefe de espiões na Catedra? Cavando as mãos ao redor do chá, disse—: Arav, o homem com quem tive uma relação quando eu era um pouco mais que uma menina —a risada filtrando-se em seus olhos—, encontra-se na fortaleza, e está sendo persistente, de uma maneira não desejada. Fogo negro, frio e mortal, formado em sua corrente sangüínea. —Há-te meio doido? —Só minha mão. —Deixando a um lado sua taça, esfregou-se nessa mão—. Me pilhou no pátio uma hora antes, quando ele não tinha nenhuma razão para estar neste nível da fortaleza. Sei que o fez para me recordar sua presença, para intimidar, mas rapidamente me afastei dele e, ninguém faz isso. Jason escutou enquanto ela narrava seu encontro com o anjo pela manhã, o fogo negro dentro de uma fração temperada quando ela adicionou—: Não pode ter sido a decisão mais inteligente que ele deliberadamente antagonizó, mas foi satisfatório, e não me arrependo. — Ela apertou os dentes, como se esperasse censura. —Quando tinha cento e vinte e três anos —disse Jason, fazendo uma nota para cobrar ao Arav uma visita na hora mais escura da noite, recordando o sabor acre do medo do outro homem—. Perguntei a Michaela se queria dançar. —Não era porque tinha estado bêbado por sua beleza—tinha visto sempre a verdade de seu coração egoísta—queria experimentar essa embriaguez, queria sentir além da remota distância que era seu modo normal da existência—. Ela não era um arcanjo então, mas era uma rainha com um imenso poder. Com os olhos enormes, Mahiya se inclinou para diante. —E bem? — exigiu com impaciência oculta—. O que aconteceu? —surpreendeu-se tanto por minha valentia que me disse que sim. —E ele tinha obtido a resposta a sua pergunta: o que fora que estava quebrado nele, inclusive a proximidade da mulher mais bela do mundo não podiam arrumá-lo—. Depois, Rafael me disse que ela bem poderia haver-se ofendido e me matar no ato, mas não o lamentava, não obstante. 122 Mahiya Rio de novo, a nitidez das faíscas em seus olhos com bolinhas de ouro o cativou, porque nunca antes tinha vislumbrado esses brilhos de metal brilhante. E pensou que talvez o jovem que tinha sido poderia haver-se equivocado, que talvez inclusive um coração congelado poderia algum dia ser despertado. —Certamente —disse ela quando recuperou o fôlego—, foi uma lenda entre seus companheiros. Jason não tinha tido muitos amigos nesse então, mas contava com o Dmitri e Rafael. —Rafael me serve um copo de um wiski escocês de mil anos de idade, e junto com o Dmitri
brindaram por meu Pelotas. —Tinha sido um elo mais em sua relação com os dois homens, um vínculo que se reforçou nos últimos anos, com cada um dos outros Sete, acrescentando suas próprias peças para criar uma cadeia que o sujeitava ao mundo, à vida. —Não acredito que Neha tenha sido nunca tão informal com algum de seu corte —disse Mahiya—, embora não a conhecia quando era tão jovem como devia sê-lo Rafael em seu primeiro encontro. —Perguntarei ao Lijuan a próxima vez que nos cruzemos. Os olhos da Mahiya se moveram para cima, ampliaram-se, logo brilharam uma vez mais. —Sabe como rir! —Pôs um dedo a seus lábios curvados com travessura—. Prometo que não direi a ninguém. —Ninguém te vai acreditar em qualquer caso. Mahiya deixou a taça, o chá quase se derramou. —Não posso acreditar que me fizesse dar uma risilla —acusou entre baforadas de ar. Ele não podia mover seus olhos pela alegria luminosa dela, sentia ansiedade nos dedos por agarrar seu queixo, atirar dela através da mesa para provar os molhados e brilhantes lábios de seu último sorvo de chá. —Quem mais estará no jantar? —perguntou, enquanto seu sorriso se desvanecia para ser remplazada por um rubor de cor febril em seus maçãs do rosto. Tragando, ela baixou a cabeça com a aparência de verter mais chá, mas viu que seus dedos tremiam, seu instinto de caça rugindo à superfície. —vai ser um grupo pequeno, acredito. —Fez uma lista concisa de pessoas possíveis, enquanto ele lutava por conter o impulso primário de empurrar a mesa a um lado e saciar a sede que sentia por esta princesa com teimosa esperança e com um coração não poluído pelo veneno, e sua forma de lhe olhá-lo disse que poderia acessar a cada de suas demandas. —Se levar luto branco ou não —acrescentou Mahiya sem cumprir com seu olhar—, Neha se aflige pelo Eris, inclusive se continua odiando-o. Assim será um assunto solene. 123 —Sinto-o muito. me perdoe O eco de séculos de antigüidade foi um arrepiante aviso de que o amor e o ódio se entrelaçam intimamente freqüentemente, de uma maneira que pode ser incompreensível para um menino, mas que o homem entendia muito bem. Como o fato de entender que as brasas de necessidade em seu estômago não se esfriariam, até que se fartará da pele suave e relaxada, e os gritos de prazer da princesa.
—Mahiya. Dedos colocando para trás uma mecha de cabelo. —Sim? —Acredito —disse, alcançando a parte oca de seu queixo, escovando com o polegar seu lábio inferior—, que tem que decidir algo esta noite. 124 19 Traduzido pelo Vane-1095 Corrigido pelo Amigasoy Mahiya recolheu as coisas do chá, as levando até sua pequena cozinha privada depois de que Jason se retirasse a trocar. serve-se um copo de água geada. —Querido Deus. Jason era… Tremendo, rodou o copo frio sobre seu pescoço. A pesar do fogo sexual que ardia entre eles, ameaçando em converter seus ossos fundidos, não tinha objetivos rosas nublando seu julgamento, entendia que Jason era um alto depredador na cadeia alimentícia com lealdade a um arcanjo rival. Mais ainda, era um espião com séculos de experiência na intriga, bem poderia estar jogando com ela por razões próprias. Mas… não lhe fez promessas, e portanto, não as estaria rompendo. Escutava-a. Tratava-a como alguém com valor. E se esse valor radicava somente na informação que ela poderia lhe dar, ele era veraz a respeito disso, também. Não tomava como um insulto, porque Jason estava no negócio da informação. Quanto à falta de palavras de amor e bonito cortejo? Mahiya negou com a cabeça. Seria muito melhor estar com um homem que era honesto em seu desejo, que com quem a enganou com a brutalidade de doces mentiras de sedução. Jason tinha mais honra em um só osso de seu corpo do que Arav teria em toda sua vida. De volta acima, refrescou sua maquiagem antes de pressionar uma lágrima de prata na frente, centrando-a entre as sobrancelhas. —Sim —sussurrou a seu reflexo?, a resposta é sim. Um único golpe soou na porta nesse momento, como se a tivesse escutado. Deslizando seus pés nas sapatilhas plainas de prata, respirou fundo e saiu da habitação ao outro lado da sala de estar para abrir a porta, revelando a dura beleza masculina do Jason, exibida em um impecável traje negro combinado com uma camisa cinza aço. —Luzes maravilhoso. —Formoso, sentiu um repentino desejo de desfazer seu cabelo recolhido em uma rabo-de-cavalo ordenada—. Neha estará agradada. —A expressão do Jason não trocou mas ela sabia—. Não te importa nada do que Neha pensa.
—Pelo contrário —disse, deixando-a precedê-lo nas escadas. 125 Sua nuca picava, não em sinal de advertência, mas com a consciência de que ele via seu movimento corporal. Isso a fez tomar fôlego, sua pele estreita e tensa sobre sua carne. —Nunca é boa idéia enfurecer a um arcanjo —continuou—, mas enquanto ela possa exigir, Neha nunca poderá admirar o servilismo. Mahiya negou com a cabeça enquanto saíam do palácio. —Sua opinião é colorida pela força. —Uma das vantagens, era o conhecimento que ela tinha adquirido desde muito jovem—. Você pode te dar o luxo de despertar sua ira, porque ela te vê, mas sim como um igual, mas sim como alguém o suficientemente intrigante como para não matar sumariamente. Não sabe o que é o medo. —Não sempre fui o homem que sou agora —disse Jason, uma porta desbloqueando-se no interior de sua mente, derramando uma sombra fria através de sua alma. Ela o olhou do outro lado da habitação, seus escuros olhos marrons rodando sobre uma brancura que estava equivocada. O coto de seu pescoço era uma crosta com sangue situado na mesa da esquina, como se tivesse sido colocado ali unicamente para esse propósito. Não gritou. Nunca soube como gritar. Em seu lugar, olhou a parte de carne que tinha estado bloqueando a trampilla. Levava uma capa de seda de brilhante ametista. Ametista. Isso é o que sua mãe sempre chamava sua cor favorita. Ametista. lhe tinha levado muito tempo para assegurar-se que estava no correto, e ela sempre se riu com deleite quando usava essa palavra, seu brilhante cabelo negro dançando sob o sol. —Jason. —Um rosto feminino brandamente iluminado pelo calor radiante dos abajures com o passar do caminho, a preocupação em cada linha de seu rosto—. Você… não estava aqui. aonde foi? Brilhantes areias brancas debaixo de seus pequenos pés, com ardor quente. O vento que se agitava através das palmeiras, enviando um coco a cair na areia com um golpe surdo. As gaivotas grasnavam acima e abaixo na areia molhada, deixando rastros de três garras que o mar apagaria estrelando-se em sua próxima chegada. —Jason! Vêem e come seu almoço antes de que se esfrie. —Um lugar que já não existe —disse brandamente e retirou a mão que ela tinha colocado em seu peito… para recolocá-la ao redor de seu braço esquerdo, onde não se interpor em seu caminho se tivesse que tirar sua espada—. A respeito do Arav —disse, enquanto ainda estavam na privacidade—, não tem nada que temer.
126 —Ele é muito forte. —A preocupação persistente em seus olhos, cresceu—. Não o subestime. —Sei exatamente quão forte é. —Embora não o conhecia pessoalmente, o fato de que era um dos generais da Neha, significava que Jason fazia uma pausa para aprender dele, e apesar de sua arrogância e postura, Arav não estava ao mesmo tempo que Jason—. É como um pavão, estendendo suas plumas e cacarejando forte para distrair o fato de que seu corpo é mais débil. Uma risada afogada, autêntica delícia que era um tipo de música. —Proponho que um galo seria uma melhor analogia —sussurrou—, pavoneando-se e bicando a qualquer que se interponha em seu caminho. —Liberando seu braço, sob a voz ainda mais ao entrar nos corredores povoados por funcionários e cortesãos—. Ele não é mais que o primeiro. Muitos virão, com a esperança de ter o lugar do Eris, ou ao menos, o lugar que teria tido se não fora por sua incapacidade para manter seus desejos sob controle. Contemplando as olhadas especulativos que os observavam, não fez nenhum movimento para ampliar a distância entre eles, o ocasional roce de suas asas como uma bem-vinda carícia. —Alguma vez consideraste ao Eris como um pai de verdade? —Não depois de que me dava conta de que me queria morta. —Um falso sorriso em benefício dos que a viam, mas a mulher com malícia em sua voz se foi, arrastada pelas ondas da memória e a cruel realidade de sua vida—. Era uma menina. Rompeu-me isso o coração ao me dar conta que o homem bonito que cada semana acompanhava a Neha a me visitar, odiava lombriga. Então não entendia que ela me usava como uma arma. Jason sempre se ocupou da informação, até que a coleta era parte de sua natureza, mas esta noite desejou ter permanecido em silêncio e permitir aos olhos da Mahiya rir um pouco mais. —É próximo a seu pai? —perguntou ela, revolvendo as páginas de sua memória. —Aqui, filho. Utiliza a corda para atirar dele para diante vê? —Era-o. —antes de que seu pai tivesse sido devorado de dentro para fora, a progressão do que Jason pensou como uma enfermidade tão lenta e sigilosa que ninguém tinha visto a verdadeira profundidade dos demônios que ele combateu—. Está morto. —Sinto muito. —Seus dedos se posaram por um fugaz instante em seu antebraço, e sentiu o toque chegar até os ossos. 127 —Foi faz muito tempo. —Tinha aprendido a viver com os fantasmas—. me Fale da
Anoushka —disse, fechando a porta das lembranças—, de sua relação com o Eris. —Acredito que puderam ter estado unidos quando ela era muito jovem —disse Mahiya lentamente, seu aroma, uma sutil mescla de flores exóticas e algumas brilhantes especiarias que lhe fascinaram—. Mas quando a conheci, desprezava-o, considerando-o débil e covarde. Nunca a escutei revelar isso a Neha, entretanto. Não, pensou Jason, Anoushka tinha sido muito inteligente para afastar a sua mãe dessa maneira. —Estamos aqui. —Mahiya se deteve ante o Palácio de Jóias. O que parecia ser um milhar de velas piscavam ao longo da parede exterior, em nichos e suportes especiais, cada chama refratada pelos diamantes que tachonaban o palácio, como se o edifício estava em chamas, uma assombrosa obra de arte. —Isto —disse, com máxima honestidade—, é impressionante. —Não é de sentir saudades que Neha o tenha preferido por diante de grandes palácios ornamentados. —Sim —foi a suave resposta da Mahiya—. Me fascinava quando era uma menina. Sentiu algo ali, um puxão de voz. Mas não teve nenhuma possibilidade de lhe dar seguimento, porque tinham sido vistos pelos guardas. Abrindo as portas, os dois vampiros se inclinaram profundamente ao passar. Jason não estava acostumado a tal subordinação, a Torre do Rafael funcionava de uma maneira muito diferente, mas já não era o moço sem educação que tinha feito seu caminho até o Refúgio à sombra de outros anjos. Seu pai tinha escolhido uma ilha fora dos usuais caminhos angélicos, por isso era estranho que um anjo se aproximasse do Jason depois de ficar sozinho. Tratou de chamá-los gritos, mas era muito pequeno e débil para voar o suficientemente alto para captar sua atenção antes de estar fora de seu alcance. Assim tinha sobrevivido, feito-se mais forte… e depois de um tempo, tinha detido seus intentos de alertar a alguém de sua existência, e simplesmente esperou até estar seguro que era o suficiente resistente para voar durante o dia e noite sem falhar, pois não havia nenhuma ilha para descansar. No ínterim, tinha vivido em silêncio. —É uma pena que o menino seja mudo. Os instrumentos que constrói, são coisas tão virtuosas que se poderia pensar que teria aprendido do mesmo Yaviel. Jason nunca tinha estado mudo. Só precisava recordar como falar. E não tinha feito mais que observar e escutar. Essas habilidades 128 mantinham-no em uma boa posição esta noite. A habitação frente a ele era cálida à luz das velas; uma mesa de madeira cor mel gentil com alto brilho que cintilava como âmbar, sobreposto em um tapete; as almofadas dos assentos a jogo de um rico clarete. Era um contraste com as cores
pálidas escolhidas pelos convidados, a conversação silenciada, porque ninguém estava preparado para dançar sobre a tumba do Eris. Salvo um homem que Jason identificou como Arav, e pela forma em que se feito um lugar assim mesmo junto à Neha, evidenciou que se tratava de um encantado, elegante companheiro enquanto a arcanjo jogava a gentil anfitriã. Jason sabia que escondia uma terrível tristeza detrás dessa pessoa, mas em se mesma, não era mentira. —Nunca estive em uma corte tão simpática como a que Neha conserva. —Dmitri jogou com uma faca em seus dedos, um dos três que havia trazido do território da Neha—. Realmente acredita em dar honra a um visitante. —Lançou a faca ao Jason. tornou-se para trás quando Veneno adicionou—: Apesar de que poderia ter a esse convidado perfeitamente executado enquanto a corte dorme. A resposta de Veneno foi tão precisa como a do Dmitri. Neha não era uma caricatura bidimensional. Nenhum arcanjo o era, e acreditar o contrário era encontrar-se com uma desagradável surpresa. Jason não tinha nenhuma intenção de cair detento por tal cegueira. Alguns mortais tratavam de ver a divindade nos arcanjos, mas Jason os via como eram, umas criaturas de poder violento que tinham tido milênios para aperfeiçoar cada um de seus letais borde. Nesse momento, reina-a das Serpentes, dos Venenos, voltou-se, encontrando-se com seu olhar. Jason inclinou a cabeça mas não se moveu para ela, e em resposta Neha lhe devolveu a saudação antes de trocar sua atenção aos convidados de pé frente ela. —O vampiro que vem fazia para cá —disse Mahiya em voz baixa, como sussurrando um segredo, depois do intercâmbio silencioso—, é Rhys, um dos conselheiros internos de confiança da Neha. —Reuni-me com ele no Refúgio. —Entretanto, não conhecia ninguém na habitação como os conhecia Mahiya, tendo a intenção de lhe perguntar suas opiniões depois de que a atividade acabasse. —Jason. —Uma piscada cortesa antes de que Rhys centrasse sua atenção a Mahiya—. Está preciosa, princesa. A resposta da Mahiya foi o suficientemente cálida que lhe indicou que gostava de Rhys. —Obrigado, senhor. Brigitte está bem? —Está-o, de fato, apesar de que a conhece. —Um sorriso compartilhado entre ambos—. Me temo que minha amada não é uma criatura de 129
corte —disse ao Jason—. Entretanto, é tão boa em seu trabalho como criptógrafa4 que Neha perdoa sua excentricidade. —Conheço seu trabalho. —Todo mundo na profissão do Jason conhecia o nome dela—. Inclusive tratei que afastar o dela uma ou duas vezes. O outro homem se Rio, seus olhos cintilando. —Ah, tenho que admitir que era consente disso. Ela estava tão alagada, mas somos leais. Enquanto que o chefe de espiões nele estava decepcionado por este feito, o Jason que era um dos Sete, entendeu essa decisão. —Agora Neha trata de te afastar. —O tom do Rhys era quente, mas com um sorvete cálculo em seus olhos, deixando claro que considerava o Jason uma ameaça para a segurança da fortaleza. Jason não disse nada a isso, o silêncio era freqüentemente, uma arma melhor que as palavras. Em seu lugar, optou por dirigir a atenção do Rhys a outra ameaça. —A fortaleza alberga um visitante que quer ser consorte, ao parecer. Rhys não se voltou para olhar ao Arav. —Sempre há pretendentes. —A dureza em seu tom traía ao general puro-sangue baixo a mascasse de cortesia, antes de que se desculpasse para falar com uma mulher anjo que Jason conhecia como outro membro do conselho interno da Neha. —me fale dele —ordenou Jason a Mahiya. A resposta da Mahiya foi tranqüila, mas com um matiz que aço. —Dei-me conta exatamente de quanto você gosta de dar ordens. Jason considerou as palavras enquanto contemplava o fluxo intrigante e a interação das pessoas na habitação. —Não é meu igual —disse, e foi uma prova. Fechou sua mão em um punho, logo a flexionou de onde ele podia vê-la. —Tenho a informação que necessita sobre esta gente. —O sorriso que lhe enviou foi uma criação de tal complexidade feminina que lhe fez pensar que estava vendo e compreendendo sozinho a metade dela—. Ao menos no momento —uma sombra revoou em seus olhos—, sustento as cartas. Jason não tinha ponto de referência sobre como comportar-se com uma mulher que não era seu amante e entretanto já o conhecia melhor que qualquer amante que tivesse tido. Essa intimidade, pensou, era uma coisa de dar e receber, um equilíbrio constante.
4 Criptógrafo: é o profissional que se dedica a decifrar mensagens codificadas. 130
—Dança comigo. —Estou fazendo o café da manhã, Yavi! Seu pai, com os braços ao redor da cintura de sua mãe, girando-a ao redor da cozinha, suas asas varrendo, enviando o cabelo do Jason de volta a sua cara enquanto se sentava jogando com seus blocos no chão. —Baixa me! —Uma ordem entre risadas—. Yavi! Os panqueques estão ardendo. Inclinando-se por cima de seu braço, sorridente, seu pai reclamou um beijo. —Dava por favor. —me fale de …por favor —lhe disse à mulher com a que nunca poderia dançar, mas não obstante, tinha uma reclamação em sua lealdade. lhe disparando um olhar impenetrável, voltou a cara para ele, e este pensou que tinha perdido algo, um momento, uma emoção deslizando-se através das gretas, água entre seus dedos… como a cabeça atalho de sua mãe que uma vez se deslizou de suas mãos para golpear o chão. —Sinto muito, Mamãe. —Pela maior parte, Rhys é o que parece. —A voz da Mahiya cortou como um golpe opaco, o som que o tinha seguido através do tempo—. esteve com a Neha durante mais de seis séculos e não é ambicioso, exceto quando alguém se atreve a ameaçar sua posição junto a ela. Eris como consorte de nome, não representava uma ameaça como tal —acrescentou no mesmo momento que o pensamento chegava a sua mente—. Rhys sabia que quando chegasse o momento de discutir a política e a guerra, o poder e a estratégia, Neha procuraria seu próprio conselho. Arav, entretanto, é um general capaz em si mesmo, levou às tropas da Neha à batalha. Além disso, é tão eficaz tratando a política angélica como Rhys. O outro homem se levantou nesse instante, ao igual a Neha. Esta vez a arcanjo se dirigiu para o Jason. —Nunca te vi vestido assim — disse, com patente aprovação—. Todos os Sete do Rafael se reformam bem, inclusive esse bárbaro general. —Direi ao Galen seu comentário —disse Jason, sabendo que o professor de armas lhe importava um cominho qualquer opinião que pensassem sobre ele. Deslocando seu olhar para a Mahiya, Neha disse em um tom bordeado de gelo—: Não saudaste o Arav. 131 20
Traduzido pelo Annabelle Corrigido pelo Vane-1095 Encontramo-nos no pátio. —Mahiya manteve sua voz uniforme, recusando-se a dar a satisfação ao Arav de vê-la titubear. Talvez seu valor provinha de ter a escura força do Jason a seu lado, mas não acreditava assim. Arav era o único indivíduo que podia lhe fazer esquecer a razão e aproximar-se perigosamente aos insultos. —O insulto a um convidado é um insulto para mim. Era algo que Neha havia dito faz muito à menina que Mahiya tinha sido, o disse quando tinha retornado de visitar o forte logo depois de umas férias de seus estudos. Nunca lhe tinham gostado dessas visitas, o tempo em que esteve na escola com o Jessamy tinha sido o mais feliz de sua vida. A reprimenda desse dia em particular não tinha sido pessoal, e ainda assim, a forma em que a arcanjo a tinha cuidadoso, fez que os vellitos em sua nuca se levantassem em advertência. No instante em que Neha se foi, girou-se até a babá que a cuidava quando se encontrava no forte, quão mesma logo lhe tinha contado que nada do que alguma vez fizesse, satisfizera a Neha. —por que não lhe caio bem a lady? O rosto severo de sua babá se converteu em uma careta antes de assentir bruscamente. —Já é o bastante grande para sabê-lo. Nunca deve repetir isto em público, mas seu pai é Eris, o consorte da Neha. E sua mãe era a irmã da Neha, Nivritti. Era pequena, assim não entendeu imediatamente. —Compartilhavam um consorte? O horror adornou as facções de sua babá. —Nunca fale tanta imundície, menina. —Fechou o vestidor, guardando a túnica que tinha estado dobrando—. Sua mãe seduziu a um homem que não lhe pertencia, e carregou em seu ventre a fruta de sua fealdade. Eu, pensou Mahiya, a fruta sou eu. —Sou feia? Um suspiro suavizou as facções da babá. —Não é feia, menina, mas recorda a meu lady essa fealdade. É um testamento para sua natureza tão boa que lhe cumpram todos seus direitos e privilégios de princesa. 132 O último, é obvio, era uma mentira. Mas inclusive Mahiya devia admitir que o tratado que Neha manteve com ela tinha sido escrupuloso enquanto ainda era uma menina. Possivelmente nunca houve calidez, mas tampouco houve abuso. Assistia à escola do Refúgio, estudava em livrarias e ali tinha tido acesso à bondade e guia do Jessamy, tinha sentido o que era sentir-se
amada pela professora que amava todos seus estudantes. Logo, tinha chegado a “casa,” cumpriu os cem… e compreendeu que simplesmente a crueldade da Neha tinha sido reservada para a adulta em que essa indefesa e inocente menina se converteu. O homem que ficava de pé detrás da Neha era prova suficiente dessa crueldade. Inclusive se a arcanjo não tivesse ordenado a sedução, tampouco lhe tinha advertido a Mahiya sobre o duplo cortejo do Arav, certificando-se de que o primeiro bocado de romance que saboreasse Mahiya fora amargo. —Não me disse que tinha falado com a Mahiya. —A voz da Neha era seda sobre aço. As bochechas do Arav mostraram um sorriso que brilhava com encanto. —Passei a seu lado quando devia falar contigo —lançou a Mahiya um condescendente olhar de aprovação—. Não te havia dito quão satisfeito estou de te encontrar luzindo tão bem. —Levantando sua taça, tomou um sorvo de vinho, e o anel quadrado em seu dedo indicador refletiu um vívido azul à luz das velas, a pedra era uma estranha forma de turmalina. —Ele é como um pavão, pulverizando suas plumas e grasnando a toda voz… —Obrigado —disse ela, com um sorriso tão deslumbrante, que tomou a Arav por surpresa. Pelo ar ressonaram pequenos ruídos de cristais quando os braceletes de vidro na boneca da Neha chocaram uns contra os outros. —Venham. nos sentemos —Seu olhar recaiu no Jason—. Como convidado no forte, sinta a minha esquerda. Arav pode entreter a Mahiya. São grandes amigos. Mahiya sentiu uma inefável tensão irradiando do homem a seu lado, embora sua expressão se manteve opaca, e soube que era devido a ela. Também sabia que não podia lhe permitir que se fizesse inimigo de uma arcanjo simplesmente por lhe evitar ter que estar sob as cuidados de Arav. —De fato —disse com um rápido sorriso—. Vi o bolsista Quinn em frente. Acabo de ler seu mais novo tratado, e lhe prometi que falaríamos a respeito. 133 Neha não se opôs, o vampiro era um de seus favoritos. Isso importou muito menos que o fato do Jason já não era uma cuchilla a ponto de ser desenvainada. *** —Apesar de todo —disse Mahiya ao Jason logo depois de que o chá já tivesse sido servido, e se preparavam para retornar a seu palácio—, não foi um jantar tão terrível. —Quinn
tinha sido de muito boa companhia, e Neha tinha estado tão engrossada em sua conversação com o Rhys e Jason, que tinha ignorado ao Arav grande parte da noite. —Arav não tem idéia de com quem se está colocando. Neha joga com ele como o faz um gato com um camundongo. A resposta do Jason a sua hipótese murmurada foi silêncio. Ela não leu nada detrás disso. Enquanto cruzavam o pátio, pensou que ele simplesmente pensava primeiro no tema antes de responder. —A temperatura está úmida. —Ainda assim, a noite se encontrava relativamente fragrante, embora quando elevou o olhar, só pôde ver as estrelas escondidas detrás de grosas nueves que ameaçavam com chuva. Quando algo começou a cair do céu, pensou que devia ser um ave, era uma coisa muito pequeñita. Mas então começou a crescer e a crescer cada vez mais e… —Jason! Entretanto, Jason já o tinha visto. Em vez de correr para o corpo que acabava de cair na terra em um poço de sangue e osso que salpicou aos convidados que se encontravam perto do sítio de impacto, subiu direto para o céu, a perseguir o responsável por tal matança. Com a boca seca, Mahiya o viu partir, como uma flecha voltando-se invisível imediatamente em meio da escuridão da noite, foi então que começou a dirigir-se ao corpo, tomando especial cuidado em não pisar em todo o sangue. Ignorou o grito de uma mulher queixando pelo sangue em seu rosto, as vozes mais profundas dos homens chamando uns aos outros no meio do pânico, o estalo do vento quando outros subiram para unir-se à perseguição, e tragando o nó em sua garganta, enfocou toda sua atenção em identificar o corpo. O anel de quadro com a estranha perca turmalina, essas asas marrons com manchas… Por um segundo, seu cérebro não processou do tudo o que estava olhando, e logo todas seus sinapsis estalaram, fazendo conexão, e pôde dar-se conta que o anjo sem cabeça, e provavelmente sem órgãos internos, era… —Arav. *** 134 Jason era rápido, um ás com as decolagens verticais, mas sua presa já tinha desaparecido para o momento em que conseguiu atravessar a pesada capa de nuvens carregadas de água. Dado ao limitado período de tempo e a velocidade do Jason, adivinhou que o assassino tinha pirado justo por fora do alcance visual, e logo desceu em picada para deslizar-se a seu esconderijo. Inclinando seu ouvido para o vento, escutou para ver em onde se interrompeu, e o usou para rastrear, assim como algum dos caçadores usaria uma essência. O efêmero rastro terminava abruptamente nas montanhas mais à frente do forte. Esteve consciente de que sua presa teve o tempo suficiente de tomar um caminho aonde pudesse voar debaixo, enquanto Jason se encontrava por cima da base das nuvens, não obstante, aterrissou e começou a examinar o chão rochoso ao redor dele. Não havia sinal de que alguém tivesse aterrissado, nada mais que escuridão.
Brilhante azul esverdeado apanhado em um raio prateado justo antes que a lua se escondesse de novo detrás de uma nuvem. Deslizando a pluma em seu bolso para examiná-la mais tarde, elevou-se e retornou a Mahiya, com confiança de que sem importar sua surpresa, não estaria desconsolada. Não o estava. Em vez disso, tinha encomendado a um os guardiães maiores a que organizassem um perímetro ao redor do desastre, embora Jason esperava que o guarda acreditasse que a idéia tinha sido sua própria. —Boa garota —murmurou, e quase esperou o levantamento de sobrancelha. Logo ela sacudiu a cabeça, e pensou que possivelmente simplesmente tinham tido uma conversação. Armazenou o momento para analisá-lo depois, e enviou a dois guardas a procurar abajures portables de alto poder ou tochas. Enquanto eles faziam isso, observou os restos do sangrento corpo do Arav, e sopesou esta situação tão inesperada. Possivelmente o assassinato do Shabnam poderia ser bem recreado por um imitador ao usar o corpo do Eris como coberta, mas o do Arav? Era muita coincidência que um segundo caçador estivesse esperando para aproveitar-se das circunstâncias. Tinha que haver uma conexão esconde entre as vítimas que ele ainda não tinha descoberto. Também, considerando quão determinado esteve Arav de ser o porto da Neha em alguma tormenta, então deveu ter sido uma grande tentação de verdade o que o levou até o céu, longe desses que poderiam superar sua oferta para ser o próximo consorte da Neha. Jason considerou a forma em que Arav tinha visto a Mahiya quando pensou que ninguém o estava olhando, já quase terminando o jantar, seu 135 máscara decaiu para revelar uma feia posesividad que provava que unicamente olhava a Mahiya como uma espécie de troféu, uma coisa para roubar e ser usada. Como Jason já tinha decidido lhe ensinar uma lição que o outro anjo nunca esquecesse, não se encontrava muito motivado em descobrir o assassino do Arav. Entretanto, Shabnam não tinha feito nada para receber a morte que teve, assim foi por ela que Jason começou a considerar os comos e porquês do crime. Um homem como Arav muito bem poderia não ser capaz de controlar o impulso de tomar o que quisesse se tivesse a oportunidade. Ainda assim, apesar da pluma que Jason tinha
encontrado —se supõe que devia encontrá-la?— Mahiya nunca se separou do olhar do Jason, assim não pôde impulsionar ao Arav para que subisse ao céu. Outra mulher? Arav não seria tão estúpido, não nestes momentos. Isso só deixava aos políticos. Era uma certeza que Arav tinha a seu próprio espião dentro da cadeira. Entretanto, de novo, o tempo não quadrava, por que o anjo decidiria encontrar-se com seu espião justo agora? Sim, tinha saído fora para fumar um cigarro, mas para o Jason foi muito claro que o homem simplesmente passava o momento enquanto Neha terminava de conversar com seus convidados. Com o Rhys havendo-se ido cedo, Arav tinha uma muito boa oportunidade de ser o último convidado em ficar. Nunca se tivesse perdido o chance e a privacidade associada para avançar em seu cortejo, sem importar qualquer outra tentação de carne. Rhys? Ao Jason tinha surpreso que o general maior da Neha se foi enquanto Arav ainda se encontrava ao redor da arcanjo, mas o movimento encaixaria perfeitamente se Rhys tivesse tentado planejar uma emboscada. Rhys nem sequer teria que preocupar-se de apartar a atenção dos guardas. Ele era um general conhecido por manter a lealdade de seus homens—já que não lhe importava manchar-se de sangue suas próprias mãos. —Estava aqui quando Arav saiu? —perguntou-lhe ao guarda mais próximo, um anjo que se mantinha tenso e alerta, olhando longe do corpo. —Não, senhor. Passei voando quando caiu, devi ver se podia ajudar — Fez uma pequena pausa ao olhar aos outros guardas a seu redor—. Acredito que Ishya e Gregor, quem foi procurar as lanternas, poderiam ter estado nas portas nesse momento. 136 Logo, Jason falou com a pequena e competente Ishya, quem lhe disse que sim, ela e Gregor tinham visto o Arav sair a fumar um cigarro. —Entretanto —disse a vampira—, não se manteve perto do palácio. Escutei lhe comentar a outro convidado que iria caminhar para digerir o jantar enquanto esperava para falar com o Lady Neha. —Ishya assentiu para o jardim do pátio, que se encontrava sombrio como o bordo de um brilhante Palácio das Jóias—. Como nosso dever é monitorar as portas, não seguimos seu caminho. Jian se encontrava do outro lado do pátio, possivelmente pôde ver mais. —Vi o brilho de seu cigarro na escuridão —confirmou Jian, seus olhos olhavam para cima ao falar dos borde do território da Neha, em onde limitavam com o do Lijuan. Suas asas eram de um branco pó adornadas com âmbar nos borde—. Uma vez que o reconheci como um convidado,
continuei dando minhas voltas do perímetro. Já se tinha desvanecido para o momento em que voltei a passar. Nesse momento, Gregor retornou com os abajures portáteis, e Jason esperou até que as intensas luzes estivessem postas em posição para falar com o vampiro. Ele respaldou a história da Ishya, mas acrescentou—: Sim vi que alguém voava para o Arav quando desapareceu de vista, mas ele não se alarmou, assim pensei que devia ter sido um amigo. —Quando perguntou especificações sobre o segundo anjo, tudo o que pôde dizer foi—: Uma mulher… possivelmente. Ou um homem bastante magro. —Obrigado. —Deixando os restos completamente iluminados, o vermelho puro e úmido rosa por cima de plumas rotas marrons com manchas muito visíveis, assentiu para a Mahiya para certificar-se de que ninguém perturbasse a cena, e caminhou dentro do Palácio das Jóias. Neha se encontrava caminhando de um lugar a outro, sua fúria era tão frígida que congelava os espelhos. Então. —Jogos —vaiou—. Alguém está jogando dentro de meu corte. Sim. Era o único patrão que podia ser afirmado. Eris tinha sido o consorte da Neha, Audrey a mulher que tinha pensado em lhe montar os chifres a uma arcanjo, Shabnam uma lady em espera que Neha tinha repleto de genuína dor, e Arav um pretendente da arcanjo, tinham estado jogando amarrados para seu próprio entretenimento. Jason aceitou que sua primeira conclusão tinha sido falsa; Neha era inocente dos assassinatos do Eris e Audrey. Em vez disso, tinha sido emoldurada com uma sagacidade que os tinha enganado a ele e a Mahiya. Uma oponente brilhante, então, e uma com a suficiente astúcia e poder para evadir guardas e dirigir a uma lady e a um experiente general direto a suas mortes. —Uma mulher… possivelmente. Ou um homem bastante magro. 137 Ainda poderia ser qualquer. O atrativo não teria que ter sexo específico, não quando os imortais jogavam podendo. —Encontrará ao responsável —ordenou Neha, sua respiração era branca no sorvete ambiente—. Tem os recursos do forte a sua disposição. Entendeu que lhe outorgava muita mais liberdade da que a tinha devotado ao início. —Está consciente de alguma razão pela que Arav pôde ter sido um branco?
—Nem sequer se supunha que estaria aqui —disse Neha, com suas asas varrendo o sorvete revisto, e as pontas brilhantes com salpicaduras roda de gelo—. Deveu oferecer seus respeitos logo depois de escutar da morte do Eris, e ficou para continuar seu cortejo. —Sacudiu a cabeça, sua voz se voltou extrañamente mais desce—. Na verdade deveu me haver visto como alguém com coração de gelo, para pensar que aceitaria seus cortejos quando me encontrava ainda em vela por presenciar a cremação de meu marido justo ao amanhecer. O assassinato do Arav tinha sido uma oportunidade casual, então, não foi um pouco planejado com precisão. —Isto tomará mais tempo de que estimei ao início —disse—. Possivelmente deva abandonar seu território por algum tempo para resolver outros assuntos. Os olhos da Neha o golpearam com toda sua força, a pele da mulher encandecía com o poder letal que a convertia em parte da Cadeira. 138 21 Traduzido pelo Kass Corrigido pelo Juli_Arg Não falte a sua palavra e a minha fé, Jason. —Nunca te menti —disse, tomando nota do gelo que tinha começado a subir pelas paredes, tal como Mahiya havia descrito. O domínio sobre os elementos nunca antes tinha sido parte do repertório da Neha. Ao parecer, muitos arcanjos haviam evoluindo. —Não —disse por fim, o frio na sala se retiro uma fração—. Inesperado para um chefe de espiões, mas tem honra. É por isso que aceitei sua promessa de sangue. —Nesse instante, era a Neha da antigüidade, antes do Eris, antes da Anoushka. Um imortal letal, mas com uma mente não nublada pela amargura ou a raiva—. Se tiver que te ausentar, que seja rápido. —Tentarei evitar essa necessidade. —Já planejava a forma em que se poderia fazer, despediu-se e saiu para encontrar-se com que Rhys tinha chegado, junto com uma equipe forense que era muito moderno para a fortaleza. Tivesse preferido sua própria equipe, mas seus instintos estavam contra a participação do Rhys nos assassinatos. Jason tinha estudado ao homem, compreendia que era um anjo de outro tempo. Apesar de que era iminente capaz de matar ao Shabnam, não a teria deixado com seus peitos ao descoberto. —Qualquer signo de vida? —Arav era um muito poderoso imortal. Possivelmente poderia regenerar sua cabeça, o braço lhe faltem, e a asa arranco. Rhys sacudiu a cabeça. —Daremo-lhe a noite, mas seu sangue começou a cristalizar. Não se está levantando desta.
Jason sentiu o mesmo. A queda a tão alta velocidade tinha apagado o outro dano, mas tinha a sensação de que os órgãos internos do Arav tinham sido arrancados junto com sua medula espinhal. Jason poderia sobreviver a semelhante insulto a seu corpo, estava seguro que Rhys poderia, também, mas Arav não estava nessa liga. —A mesma equipe forense cobrirá a morte do Shabnam? 139 —Sim, o relatório tivesse estado preparado esta noite, mas não pôde ser por isso —respondeu Rhys—. Entretanto, Neha não permitiu que ninguém tocasse ao Eris. Foi incinerado sem nenhum tipo de exame forense. Antes, todos os indícios pareciam apontar a Neha, já que a supervisão não lhe tinha importado. Agora... —Necessito-os para recuperar outro corpo —disse, tomando a decisão de arriscar-se a confiar no outro homem—, e necessito que todos guardem o segredo. Os olhos do Rhys se obscureceram. —Minha senhora. —Não o pode saber —disse Jason ao Rhys o que suspeitava sobre a mulher cujo corpo jazia exposto aos elementos durante muito tempo. Rhys passou uma mão tremente por seu cabelo. —Idiotas! —cuspiu em um tom tão baixo que não chegaria além do Jason—. Audrey era uma mulher de pouco engenho, mas tratar de ser o bobo de um arcanjo? Se o tivesse descoberto, Neha haveria a Mordeu suas palavras, de repente o rosto do general luzia sombrio, já que sua lealdade pertencia a Neha. —Isto —Jason assentiu ao corpo do Arav—, troca as coisas. Não acredito que ela esteja envolta em algum dos assassinatos. Uma exalação tremente que soou como alívio. Jason não entendia a reação, não quando Neha era um arcanjo, a violência era parte de sua natureza, até que Rhys disse—: Não importa sua raiva, se é que tinha assassinado ao Eris, tornou-se louca com o tempo. Minha senhora o amava de verdade. Jason tinha visto a loucura do amor de primeira mão, apagou seu rastro de óxido vermelho das paredes, cheirava os restos fumegantes do inferno, sabia o dano que podia fazer. Era o mais perigoso, a emoção mais destrutiva de todas. —O mundo —adicionou Rhys—, não pode permitir um arcanjo demente. Lijuan, pensou Jason. ficaram em silêncio, foi mais que suficiente. *** Tendo deixado seu relógio sobre o corpo uma vez que Jason chegou, Mahiya retornou a suas habitações, sua pele pegajosa com o aroma da morte. Demorou vinte minutos sob o jorro
lhe pulsem de água quase fervendo até que finalmente se via poda. Vestida com uma singela túnica negra, com calças ajustadas de um azul profundo que combinavam com parte de suas asas, secou-se e se cobriu amplamente seu cabelo antes de sair ao balcão. 140 Era impossível pensar em outra coisa que não fora o açougue que converteu a fortaleza em um matadouro, as imagens da carne violada de Shabnam e o corpo esmagado grosseiramente do Arav estavam gravadas em sua íris. Sem a evidência do que ficava das asas do Arav, assim como o anel pesado que tinha sobrevivido milagrosamente em seu dedo, nunca teria sabido que era ele. Uma pegada tranqüila. Inclinando-se, viu um criado que acontecia a via brandamente iluminada por debaixo, gritou para que se detivera. Quando se reuniu com ele, lhe perguntando se os criados tinham ouvido algo sobre o Arav, seu rosto se voltou fechado e com uma expressão formal. —Foi uma triste noticia o nos inteirar da morte do general Arav. —Ninguém te castigará por falar mal dele —disse ela—, e muito menos eu. Todo mundo sabia de sua humilhação, tinha posto o coração em sua mão durante sua participação com o Arav. —A fortaleza da dama está sendo grafite de vermelho sangue e quer respostas. —Mahiya não choraria pelo que Eris ou Arav e Audrey fizeram em sua própria cama, mas Shabnam tinha sido um inocente—. Sabia Arav da ofensa? Estava claro que o servente se debatia entre a obediência aos ditados do arcanjo que era sua senhora e seu autoprotección. O primeiro ganhou. —Lhe ouviu falar com alguém que é leal ao Rhys, ofereceu-lhe ao homem uma posição que ele ainda não tinha a capacidade de dirigir, com a condição de que sua lealdade fora para outro. —Quando serei consorte... —Como se inteirou? —Arav não tivesse abordado o tema da traição em público. O servente baixou a cabeça e se afastou na escuridão. Ao princípio, pensou que se negava a responder, então compreendeu qual era sua resposta. Não, Arav não tinha sido um estúpido, mas tinha sido arrogante, um anjo de novecentos anos que considerava os seres mais débeis muito por debaixo dele. —Já vejo —disse, enquanto o criado voltava a aparecer das sombras—. Rhys era consciente dos intentos do Arav de destruir seu povo? Outro olhar baixo. —Não sei. Sim, Rhys sabia. Ele sabe tudo o que acontece esta fortaleza. —Mas —disse ao Jason quando retornou muito mais tarde—, Rhys sempre foi muito mais
elegante em seus métodos para eliminar a seus inimigos. —Ao sair na metade da terraço onde Jason esperava, entregou-lhe o conhaque que verteu da garrafa que guardava para os convidados. 141 —Acredito que preferiria chá esta noite. As palavras se sentiram inexplicavelmente íntimas. —eliminei ao Rhys como suspeito antes de saber este dado, mas ainda com isso, sigo sem acreditar que é o assassino. —Bebeu o líquido de cor âmbar escuro, os músculos de sua garganta trabalharam—. A forma em que Shabnam foi exposta, acredito que Rhys não é capaz de uma coisa assim. —Sim. Nunca tinha tratado a uma mulher com tanta falta de respeito, inclusive na morte. Tomando outro sorvo, Jason colocou o copo sobre o suporte da janela detrás deles, antes de voltar a inclinar-se com seus antebraços nus sobre o corrimão do balcão. tomou banho se e trocado, também, levava uma camiseta negra e calças jeans, com os pés nus. detrás dele, suas asas caíam graciosamente no chão, sombras familiares da noite. Ela nunca o tinha visto desta forma... depravado, como se se tivesse tirado parte de sua armadura. Seus olhos se dirigiram a sua nuca, à pele bronzeada, e recordou o roce de seu dedo polegar pelo lábio inferior. —Acredito que deve decidir algo esta noite. Seu ventre se apertou. Ela não tinha crédulo seu corpo a um homem em uma eternidade, e Jason... ele nunca tinha mentido. —Posso desfazer o laço de seu cabelo? Ele ficou imóvel por sua suave solicitude, pôde ter sido a gárgula mais formosa jamais criada, com as asas azeviches. O coração lhe pulsava em sua garganta, esperou... até que ao final, inclinou a cabeça em um gesto de assentimento. Seus dedos tremiam enquanto estendeu a mão. Tomando cuidado de não tocar a nuca, não assumiria uma intimidade mais profunda, desfez o laço e o lançou ao lixo. Uma cascata de seda negro se esparramo sobre os ombros dele, os fios já não se encontravam úmidas, o ar da noite era o suficientemente quente para absorver a umidade. Incapaz de resistir, passou seus dedos brandamente entre as mechas antes de baixar a mão a seu rosto. —Até onde você gostaria de ir? Surpreso pela pergunta, saltou. —O que?
—Como você há dito, sou sua única saída… assim, até onde você gostaria de ir? Tinha a pele avermelhada quente e logo fria. —Estava-te esperando —admitiu—. Inclusive por alcançar minha liberdade nunca entregaria quão único sempre foi meu. —Seu corpo, seu desejo. 142 —Bem. tomaste uma decisão? —Sim. —Um fôlego lhe pressionava o peito, levantou a mão, vacilou. —me toque, Mahiya. Foi tudo o que necessitava. Cedendo à necessidade, passou os dedos pelo cabelo. sentia-se como se acariciasse um tigre, mas por razões inexplicáveis, ela decidiu que não lhe morderia a mão. Não cometeu o engano de pensar que isto era uma greta no escudo de obsidiana ao redor do coração do Jason, permitiu-se pensar uma relação mais profunda. Ainda se sentia bem estando perto de um homem que nunca a tinha tratado como lixo. Inclusive ao princípio, tinha-lhe tratado com um respeito formal. Agora, via o verdadeiro respeito em seus olhos escuros e exuberantes. entristeceu-se profundamente porque o frágil vínculo entre eles se romperia quando esta tarefa finalizasse. Sabia sem perguntar que Jason não era um homem que se permitisse confiar em uma amante. Doía-lhe o peito de dor ao saber que ele ansiava a solidão, mas também sabia que tinha que ser assim, tomaria cuidado de não apaixonar-se por ele, não procurar mais que a sexualidade escura que se formava redemoinhos entre eles, quente e belamente violenta como uma tormenta do deserto. *** Jason sabia que caminhava por um bordo perigoso com a Mahiya, mas também sabia que desejava tanto seu toque para voltar atrás. Apertou a mandíbula para controlar o estremecimento quando seus dedos tocaram o couro cabeludo, acariciou, obrigou-se a permanecer imóvel quando quão único queria fazer era girar, pegar a à parede, e encerrar-se no calor de seu corpo exuberante. Ouviu os ossos da mandíbula moer uns contra outros enquanto o acariciava de novo, e de repente, seu toque se foi. —Estou-te angustiando. Sinto muito. —Havia um bordo de horror em seu tom—. Nunca haveria… Empurrando o corrimão, deteve sua desculpa pelo simples feito de querer tomar seu formoso rosto delicadamente entre suas mãos. —Para. Seu fôlego raspou na garganta quando ela tomou ar, com os olhos enormes. Mas em vez
de acovardar-se por seu tato ou apartá-lo, aferrou-se com sua mão ao suave algodão de sua camiseta… e se levantou nas pontas dos pés. Tomou até a última gota de controle que tinha não aceitar o convite silencioso. —Tem que entender —disse, e sua voz era um grunhido—, isto não fará que fique contigo, não me fará ficar aqui. Não tenho essa habilidade. —Para um vínculo, para abrir seu coração, para confiar. Não faria o selvagem. 143 O fôlego da Mahiya sussurrou contra seus lábios e manteve sua posição. —Sei. —As palavras eram suaves—. Também sei que eu gostaria de estar com um homem forte que não me corteja com mentiras, e que seu desejo é sincero. Viu-a tragar, sabia que não era tão segura como tentava fingir. —Tem que estar segura. Nunca será capaz voltar atrás. Além disso, não queria manchar a um inocente com sua escuridão, a sua vez, não queria amargurá-la. Seus lábios roçaram os seus. Colocando as mãos em seu cabelo, as mechas começando a desmoronar-se, inclinou sua boca sobre a sua com uma intenção, devorá-la… quando sentiu que sua coluna vertebral se esticava. Devagar, Jason. Lento. Não é uma companheira de cama acostumada a procurar o prazer. Tomou todo seu controle, mas suavizou o beijo, sugando seu lábio superior em sua boca e logo liberando-o, só para cortejá-la, sorvendo os beijos que exigia. Seus dedos flexionados sobre sua cintura, seus músculos perdendo sua rigidez. depois de não estar nas pontas dos pés, ela voltou a elevar-se, suas asas começaram a abrir-se. Persuadiu-a com outro beijo, acariciando-a, assinalou a sala, a zona iluminada só pela luz de um abajur na mesa. Tinha usado suas habilidades para ocultar-se dos olhares curiosos até o momento, mas a capacidade requeria sua atenção, e agora toda estava posta em seu Mahiya. Rompendo o beijo uma vez que estiveram dentro, murmurou—: A porta principal. O pulso se acelerava em sua garganta, ela fez um gesto brusco e fechou as portas em sua suíte enquanto fechava com chave as da terraço. —Preparado. —Suas palavras terminaram em um ofego, com o peito pego à costas, com a cabeça inclinada sobre a curva de seu pescoço.
144 22 Traduzido pelo Danny_McFly Corrigido pelo Daemon 03 Pondo suas mãos em seus quadris, manteve-a em posição enquanto provava sua pele, enquanto se afogava no sentido de conexão, de ser real, embora só fora por uma parte fugaz de a noite que passaria com a mulher em seus braços. Seu aroma, essa especiaria silvestre, embebedou-o, sua pele tão suave e cálida, todas as curvas elegantes de seu corpo. Ele desejava que ela levasse um sari para que pudesse acariciar com suas mãos a pele nua de sua cintura. Suas asas, apanhadas entre eles, moveram-se em movimentos pequenos e inquietos enquanto se estendia para tirar o resto das forquilhas que ela tinha usado para manter o cabelo em seu lugar. desabou-se sobre suas mãos em uma cascata de cachos inesperados, exuberantes, grossos e acetinados. Colocando uma mão, atirou a cabeça para trás, arqueando o pescoço dela em sua boca. Um tremor estremeceu seu corpo, os dedos dela se alargaram contra a madeira das portas. O movimento da língua dele, o lhe intoxiquem sabor dela. Seu pulso pulsava entrecortadamente rápido, as asas dela movendo-se em um ritmo errático. Levantando a mão livre do quadril dela, fechou-a firmemente sobre o bordo de sua asa esquerda e acariciou abaixo. Um som afogado, suas pupilas dilatadas enormemente quando as pestanas dela se moveram para cima. —Jason. Interrompendo o contato íntimo antes de que fora muito, estendeu sua mão sobre o estômago plano dela. —Como posso tirar isto? —Os botões que sustentam as ranhuras da asa fechada. —Palavras roucas—. Também há uma cremalheira oculta em um lado. Desejando sua pele de novo sobre a dele, tomou só um passo de distância e varreu seu cabelo das costas por cima de seu ombro. Os botões eram como cristais negros, brilhando na suave luz. 145 Deslizando os botões de acima sem tocar o sensível arco de suas asas, agachou-se e encontrou os botões a jogo da parte inferior de suas asas.
O painel central na parte traseira caiu, por cima de suas curvas inferiores enquanto via como atirava da parte dianteira de seus braços, sustentando o tecido enrugado contra seu peito com uma modéstia que, paradoxalmente, fez-lhe arder. Com sua mão livre, ela chegou até seu lado e empurrou para baixo uma cremalheira oculta que aconteceu suas costelas à ranhura na parte inferior de sua túnica. O calor se reuniu nos nódulos dele enquanto os moveu para baixo da linha central das costas dela, finos tremores viajaram através de sua pele. Se fosse um melhor homem, deteria isto, Mahiya não respondia como uma mulher que tinha tido suficientes amantes para perder seu acanhamento. —... quem não me corteja com mentiras, é honesto em seu desejo. Seu desejo não tinha nenhum engano, era como um murro no estômago. Não obrigando-a a soltar a parte dianteira da túnica, pôs suas mãos na curva de seus quadris e se apertou contra ela de novo, suas asas estendidas detrás deles. Ela se estremeceu ante o contato íntimo, já que enquanto tinha estado ocupada com sua túnica, ele se tinha despojado de sua camiseta. A suavidade de suas plumas contra sua pele nua, levando a informação sensorial através de sua mente, um rio fundido que o manteve cativado. Dobrando o pendente elegante de seu pescoço uma vez mais, utilizou um dedo para deixar a um lado uma mecha de cabelo, sentiu-a tremer como resposta no lugar onde seus corpos estavam conectados. Apesar de que pressionou seus lábios contra sua pele sensível, acariciou-lhe com uma mão sob seu braço para fechar os dedos sobre os que ela tinha em um punho, sustentando a túnica em seu lugar. Não a forçou, só lhe deu um suave puxão. A mais mínima vacilação antes de que ela endireitasse seus dedos e lhe permitisse tomar uma mão para pressioná-la contra a porta. Quando riscou a viagem de volta pela calidez de seu esbelto braço, manteve sua mão onde ele a tinha posto. Trocando lados, varreu-lhe o cabelo para o outro lado com luxuriosa lentidão... porque agora que a estava tocando, a febre nele se transformou em uma escura paciência que prometia um prazer sexual lhe esmaguem. Ela sabia o que vinha está vez quando acariciou sob seu braço até seu punho restante, sua respiração rápida, superficial. Deixando seus dedos contra ela, alisou sua mão livre sobre a curva de sua cintura enquanto 146 lambia seu pescoço com os lábios antes de beijar o pendente de um grácil ombro, com a cara roçando o arco superior de suas asas. Tremendo, soltou os dedos de sua túnica e lhe permitiu acomodar a mão para que pressionasse também a porta. Ele acariciou seu caminho de volta pelo braço com a mesma lentidão, beijando a tentação de sua pele todo o tempo. Logo pôs as duas mãos aonde estava a
túnica em seus quadris e atirou dela. deslizou-se abaixo à piscina a seus pés. Ela deu um passo fora do tecido, chutando-a longe. —As calças têm —tragou, como se sua garganta estivesse seca—, ganchos nos tornozelos. —vão seguir assim —disse, levantando-se para olhar a imagem que ela armava, suas asas ligeiramente separadas, com seu corpo nu da cintura para acima, os exuberantes cachos de seu cabelo caindo sobre seu ombro—. Não há necessidade de apressar-se. Estendendo a mão, passou os nódulos pelo centro de suas costas nua de novo, esta vez com uma pressão mais profunda, seu suave pranto um punho ao redor de sua franga. —Fecha suas asas. Ao segundo que o fez, apertou-se e moveu sua mão ao redor da cintura de suas calças de algodão para desfazer o nó que os sustentava. Só permitindo que o objeto se deslizasse até debaixo dos quadris, voltou a fazer o nó. Seu abdômen se estremeceu contra a mão que se estendeu sobre sua pele acetinada, seu dedo anelar roçando o bordo superior de suas calças que logo que ocultavam a mancha de sua estreiteza. Seu corpo palpitava, espesso e quente. Sentindo-o, estremeceu-se, mas não tratou de afastar-se enquanto deslizava sua mão livre do quadril até justo debaixo de seus peitos. Ele não sentiu a taça de pequenos montículos amadurecidos, só roçou seus dedos ao longo da parte inferior antes de atirar de um mamilo tenso. A doce necessidade no pranto de resposta dela sussurrou sobre sua pele como uma carícia tateante. Recompensando-a com outra escova de brincadeiras, outro puxão que a fez tremer, insinuou a outra mão justo debaixo da parte superior de sua cintura. Seu umbigo tenso se relaxou com um estremecimento enquanto ele acariciava seus peitos uma vez mais. Beijando seu pescoço muito sensível, moveu sua mão mais abaixo, sob a rugosidade de seda de encaixe fino para tocar os delicados cachos entre as coxas, o calor úmido dela era a tentação mais deliciosa. —Jason. —Deixando cair uma mão da porta, dirigiu sua mão detrás dele para lhe tocar o cabelo—. me Beije. —Foi uma petição sussurrada. Ele deteve a erótica exploração e lhe deu a volta, suas asas estendidas no magnífico desdobramento detrás dela enquanto o 147 enfrentava, uma mulher com um rubor avermelhado sobre seus maçãs do rosto e peitos tensos rematados com escuros mamilos que sabia que logo saborearia.
—Você —murmurou, fechando seus dedos sobre um peito—, é adorável. Apoiando o braço livre ao lado da cabeça enquanto que com seus próprios braços envoltos ao redor dele se levantava nas pontas dos pés outra vez, deu-lhe o beijo que lhe tinha pedido. Foi uma nua fusão úmida de bocas que a fez esfregar-se contra ele, seu abdômen se deslizou sobre sua franga. Seu agarre nas rédeas escorregou. Alcançando entre eles, desfez o nó nas calcinhas dela, rompeu o beijo e seu agarre para empurrar-se para baixo. Seu umbigo era um chamariz que não podia resistir, o beijo que pressionou fez que os dedos dela se fechassem em um punho em seu cabelo antes de que lhe acontecesse os polegares por seus quadris e se apartasse. —Não te mova —murmurou ele, pressionando um beijo na parte interior de uma de suas acetinados coxas. Mahiya aspirou baforadas se desesperadas para ar, a cadência musical de seu desejo em seu sangue. Insistiu-lhe a lhe arrancar suas calcinhas, mas apertou os dentes e se tomou o tempo de desfazer os ganchos, forçando-se a si mesmo a ir devagar, para não afligir a seu amante com sua doce paixão e a vontade de confiar nele para dirigir a dança. Finalmente as calças estavam fora. Passou suas mãos lentamente pelas pantorrilhas dela, as coxas, a lingerie branca era o único que a cobria agora. Para quando chegou a sua altura, o aroma de almíscar perfumou o ar. —tira-lhe isso Queria vê-la escorregadia e lista, para prová-la no mais perfeito beijo erótico, mas primeiro teria esta indicação de que ela seguia sendo uma participante voluntária. Sua respiração se entrecortou... mas agachou a cabeça e enganchou seus polegares nos lados da parte de encaixe. Deu um passo atrás para vê-la baixando e tirando-a objeto, porque a sensação visual era uma festa, embora nada podia ser melhor que o tato para ele, o prazer tateante era um verdadeiro vício. Com calor ardente sobre cada centímetro de sua pele, ela empurrou o enrugado encaixe a um lado com um esbelto pé, suas pestanas ocultando seu olhar. Ele estendeu a mão, passou o dorso de um dedo sobre um duro mamilo. sacudiu-se. Incapaz de resistir, baixou a cabeça agarrando parte de seu peito, pô-lo em sua boca, e chupou. Seus joelhos se dobraram. —Jason, OH por favor... 148 Sustentando-a enquanto soltava sua sensível carne, acalmou-a com um beijo lânguido que derramou combustível sobre a negra tormenta de sua própria paixão.
—Assim —murmurou ele contra seus beijados lábios inchados enquanto continuava seduzindo-a com sua boca—. Justo assim. Com sua franga dolorosamente dura, deslizou uma mão entre suas coxas e lhe acariciou brandamente para baixo da linha central de seu sexo com um só dedo. Uma e outra... e outra vez. A respiração dela se converteu em ofegos irregulares, a ponta do dedo dele escorregadio por sua necessidade e aferrou suas mãos aos braços dele. Seus olhos aturdidos enquanto rompia o beijo, e sabia que o prazer se ia construindo nela, um crescendo lento. —Voa. —Era um fôlego áspero enquanto exigia outro beijo, desejando o contato—. Te tenho. —Continúo com suas lentas, implacáveis carícias, tocando o nó brilhante no vértice de suas coxas com cada toque, agora que ela tinha estendido suas coxas mais longe em um esforço para aprofundar o contato íntimo. Suas unhas se cravaram em seus braços, seu pescoço arqueado. Inclinando-se por cima de seu braço, tomou parte de seu peito descuidado em sua boca, passou seus dentes na carne tensa enquanto a soltava... ao mesmo tempo que capturava a protuberante sensibilidade entre suas coxas em seus dedos e pressionava com força. —Jason. Elevando a cabeça, ele tirou sua mão antes de que o prazer acumulado em seu corpo se voltasse doloroso. —Tenho-te —repetiu, acariciando seu rosto contra o dela—. Te tenho. Só quando ela deixou de tremer trocou seu agarre aos quadris e a levantou até que ela pôde envolver suas pernas ao redor de sua cintura. Seus olhos eram preguiçosos, seu beijo lânguido. Braços trancados ao redor de seu pescoço, abriu-se para ele com uma generosidade sensual que lhe dava vontade de devorar, seus dedos ziguezagueando através de seu cabelo. Colocou a mão entre eles para desfazer-se de suas calças jeans, agarrou sua franga e se posicionou na entrada dela. Um suave ofego em sua boca enquanto a cabeça de sua franga se esfregava contra sua apaixonada carne torcida e logo foi empurrando dentro a seda bem-vinda de sua vagem. —OH! —Mahiya se apoderou dele, mais estreita com cada parte de seu corpo, seus músculos internos continuaram com ondas posteriores de seu prazer. 149 Estremecendo-se, deixou cair sua frente contra a dela enquanto lutava com o impulso de empurrar. Seu corpo lhe dizia que não tinha sido utilizado de tal maneira durante muito tempo, seus músculos lutando para estirar-se a seu redor.
—Tudo está bem, Jason. —Dedos na bochecha, beijos suaves e tenros e inesperados—. Te necessito tanto. Tomou um fôlego desigual e empurrou uma fração mais profunda. um pouco mais. Calor infernal, os músculos femininos pulsantes em sua carne rígida. O prazer era quase dor, a deliciosa mordida. Voltando a boca para roçar a dela, continuou trabalhando sua franga dentro dela, lenta e implacavelmente. —Jason. Flexionando os quadris ao som do gemido, ele se forçou a si mesmo a parar. —Dói-te? —perguntou sem rodeios. Um olhar aturdido. —Queima, e entretanto se sente bem. Quero-te em mim. Isso era tudo o que precisava ouvir. Deslizando suas mãos debaixo de suas coxas, levantou as pernas de seus quadris e empurrou seus joelhos mais abertos, sua força mais que suficiente para mantê-la sujeita enquanto empurrava, a sensação de suas unhas cravando-se em suas costas enquanto seu corpo se convulsionava a seu redor, banhando sua franga no desejo fundido. Então, começou a mover-se. 150 23 Traduzido pelo Panchys Corrigido por Rominita2503 Honra se sentou à luz do sol rica como o mel e tão lânguido, um copo de suco de laranja na mão e uma camisa branca do Dmitri solta e cômoda a seu redor, observando o passeio de seu marido de ida e volta através dos extensos jardins que rodeavam sua vila privada. Tinha um telefone à orelha, dando ordens recortadas em um tom que dizia que esperava ser obedecido. Lhe tinha perguntado se queria explorar o campo, mas o único que queria era estar com o Dmitri. Fizeram o amor no sol e na escuridão, jogaram jogos de dormitório que lhe fizeram ruborizar-se, e se alimentaram o um ao outro com delícias que tinham ordenado de uma discreta loja no povo próximo. Era uma existência preguiçosa, nebulosa, e se alegrou disso depois do horror do que tinha passado antes. É obvio, Dmitri não podia desconectar-se por completo da Torre que tinha sido sua responsabilidade durante séculos, nem o tinha esperado dele. O que importava era que no instante em que o olhava de uma maneira que dizia que necessitava sua
atenção, o telefone acabava. Não havia duvida em sua mente que ela era a parte mais importante da vida de seu marido… o suficientemente importante que ia renunciar à imortalidade se ela escolhia uma existência mortal. Porque isso era outra coisa que entendia, seu Dmitri não escolheria seguir adiante depois de sua morte. Tinha sobrevivido uma vez, não voltaria a fazê-lo. Caminhando para ela, pôs seu telefone na mesa de ferro forjado que sustentava um prato com rodelas de fruta que tinha talhado para que pudessem compartilhar. —O que está pensando? —inclinou-se para baixo, com as mãos nos braços de sua cadeira—. Está tensa. E o tinha averiguado a metros de distância, enquanto ela o tinha acreditado absorto em sua conversação. —Quase desejaria —disse, deixando seu suco e colocando seus pés na cadeira—, que não me tivesse dado tempo para repensar minha eleição. Sua cabeça caiu, e foi instinto passar os dedos pelo cabelo. —Sou um filho de puta, Honra. —Voz feroz, os olhos bloqueados nos seus—. Os dois sabemos isso. —Quando ia falar, ele negou com a cabeça e continuou—. Aceitei sua decisão original, talvez pensei que te estava dando 151 uma opção, mas ao te perguntar quando o fiz, assegurei-me de que a eleição era a que eu queria. Arrastando os dedos por seu pescoço e sobre o cinza esvaído de sua camiseta, disse—: Isso se supõe que tem que me impressionar? Mmm? Seus lábios, tão sexis e tentadores, curvaram-se. —Dá-te conta que a maioria das pessoas se sentem intimidados por mim. —Sério? —Era uma brincadeira descarada—. Que estranho. pôs-se a rir, seu Dmitri que nunca se riu assim quando se conheceram, com a luz em seus olhos. —Você definitivamente não é Ingrede. Ela se tinha perguntado se realmente ele entendeu isso quando se casaram, se entendeu que enquanto que levava a alma e a lembrança da mulher com a que tinha dançado em um campo de flores silvestres, tinha sido formada pelos ventos de outra vida. Agora via o conhecimento em seus olhos, viu também o amor de coração que sentia pela mulher que era nesta vida, uma jaqueta com cicatrizes mas não rota. —Ah? —disse com um sorriso que podia sentir em cada célula de seu corpo—. Não me parece recordar a sua primeira esposa aceitando cada palavra como lei. —Acredito que sua memória deve estar defeituosa. —Eliminando os centímetros que os separavam, ele solicitou um beijo sem pudor sexual que derreteu os ossos. Quando passou os
lábios pela mandíbula e até o pulso no pescoço, agarrou seu cabelo em um punho. —Tome. —Era uma oferta que faria só ao Dmitri—. Não alimentaste hoje. Mas em lugar de afundar suas presas na desejosa carne, levantou a cabeça e franziu o cenho. —Não quero te debilitar. Posso ter algumas unidades de sangue… —Não. Alimenta-te de mim. —Era seu para cuidar, seu para adorar. —Honra. —Estou em uma dieta alta em calorias, alto conteúdo de ferro, alto fluido e alto tudo por uma razão. —Tinha tido uma larga conversação com um médico do Grêmio antes de partir para a Itália. O ancião cascarrabias estava acostumado a tratar com emparelhamentos vampiros-humanos e lhe tinha dado pautas a seguir se tinha a intenção de ser uma dessas “mulheres possessivas”—. Se me disser que prefere uma bolsa de sangue velho a meu pescoço —murmurou—, te vou morder eu mesma. Não se abrandou à brincadeira, sem deixar de apoiar-se escuro e perigoso e um pouco cheio o saco por cima dela. —vou procurar os pacotes entregues. 152 —Dmitri… —vou deixar que tenha sua maneira em tudo o que queira, mas não porei em perigo sua saúde. —Sua voz era de aço—. vou alimentar me de ti uma vez à semana. Honra entrecerró os olhos. —Cada dois dia. —Isto não é uma negociação. —Sim, é-o. trata-se de um matrimônio. Assim negócia. Os músculos de seu braço se voltaram rígidos onde se aferrou à cadeira. —Duas vezes à semana —chiou—, e submeterá a uma prova de ferro cada cinco dias. Tocando com os dedos sua boneca, viu a implacável resolução em sua expressão, sabia que a negociação tinha chegado a seu fim. Tinha ido melhor do que esperava, depois de tudo, Dmitri estava perto de um milhar de anos e a arrogância com ele. —Bem —disse simulando uma careta—, mas se alguma vez deixa de me dar pequenas dentadas quando fazemos o amor, apresentarei uma demanda de divórcio. —Os eróticos beijos de sangue eram tudo sobre o sexo, não alimentação. Esta vez, seu sorriso era de um homem muito mau que tinha em sua cama três vezes ao dia como mínimo. —OH, nunca vou deixar de fazer isso. Se o pedir bem, até poderia morder nesse lugar no interior de sua coxa que você gosta tanto.
Honra se estremeceu. Uma vez, a idéia de uma dentada na coxa a teria feito vomitar, e inclusive Dmitri só poderia fazê-lo se estivesse em uma posição determinada, onde podia jogá-lo fora se era necessário… mas quando ia bem, quando as lembranças horríveis do que lhe tinham feito não a afligiam… OH latido. —Você é uma ameaça. Seus olhos brilharam. —vamos entrar para que possa te corromper um pouco mais. Impossível, mas se volta mais sexi com cada minuto que passa. Atirando dele para baixo, beijou aqueles lábios sensuais, recebeu uma carícia que fez que seus peitos se inchassem, os mamilos se apertassem. —Vêem e sente-se comigo —disse antes de que se esquecesse de sua intenção—, por isso podemos falar de minha decisão. Estendendo-se na cadeira do outro lado da mesa, agarrou uma parte de pêssego branco doce com uma mão desinteressada. —Não me peça que te fale de vampirismo. Só estou sendo tão bom porque não quero que me odeie. Ela mordiscou uma parte de damasco. —Tomo nota. 153 Retorcendo-se, pôs os pés em seu regaço, os dedos dos pés, pintados agora em um vívido azul esverdeado, brilhavam à luz do sol. Sua mão a acariciou de maneira ausente. —Nunca será como os monstros —disse em voz baixa, dirigindo-se a seu medo mais profundo—. Nunca, Honra. Isso não está em ti. engasgou-se com seu terror cego de que podia chegar a ser como as criaturas sem alma que tinham causado um prejuízo tão dilacerador, não em uma vida, a não ser em dois. Mas então olhou ao homem que tinha amado tanto nessas vistas, e não viu simplesmente a escuridão que levava tão perto de sua pele, mas também a verdade de que tinha mantido uma garra na honra, inclusive enquanto se afundava no pecado e a depravação. Dmitri nunca tinha maltratado a uma mulher, e nunca faria mal a um menino… não depois de que tinha tido que romper o pescoço de seu filho para salvar a Misha de um horror inimaginável. A diferença do Dmitri, ela não ia a esta vida nova através de um ato de coação feia, rota e retorcida e torturada. ia subir a ela por um homem que a adorava, passaria a eternidade descobrindo todas as facetas cambiantes dele. Jamais se voltariam obsoletos com os outros, nunca. Era uma verdade silenciosa profunda de seu ser, nascida de um amor que tinha sobrevivido à morte e o tempo mesmo. —Dmitri —disse no silêncio iluminado pelo sol—, onde está seu coração? Sua pergunta poderia ter sido tirada de muitas maneiras, mas seu marido sabia o que queria dizer. —Em suas mãos, onde sempre esteve. Alegria luminosa em cada respiração, uma sensação de paz em sua alma. —E você
mantém o meu. Assim já vê, o único do que tem que preocupar-se é de seu coração, não o meu. —À medida que seu coração era seu tesouro mais prezado, o sua era dele. Amaria e cuidaria o coração com cada pedacinho de sua força perigosa, nunca permitiria que perca a compaixão e a humanidade que ele apreciava nela—. Vamos a casa — disse—, a começar o processo. As mãos do Dmitri se apertaram em suas pernas. —Isto é, Honra. Não há mais oportunidades. —Não, Dmitri. Agora teremos uma eternidade de oportunidades. 154 24 Traduzido pelo Marie.Ang Christensen Corrigido por Rominita2503 Mahiya sentiu feridas em lugares que não sabia que era possível ter contusões, dor nos músculos de uma maneira que em que nunca tinham estado adoloridos. Jason era… uma tormenta. Lento. Implacável. Inexorável. Tinha pensado que estaria satisfeito depois dessa escandalosa união carnal contra a porta, mas havia a trazido de volta a sua cama, permitiu-lhe somente uma pequena pausa antes de tomá-la de novo. Mahiya não se queixava. Nunca o faria, sempre e quando ele a levasse a sua cama. —… isto não me fará ficar contigo, não me fará perpetrar. Uma pontada em seu coração enquanto abria a janela do dormitório a brilhante luz de sol da manhã, de uma mulher que não só foi uma sensual pulseira do Jason, mas que estava fascinada pelas visões que tinha tido do homem atrás do chefe de espiões… e que homem, ele era uma perigosa, complexa e fraturada criatura que ansiava conhecer. Mas não era uma oportunidade que ela nunca teria, não era uma oportunidade que Jason lhe daria. Nem sequer estava segura de se voltaria para sua cama. —boa noite, Mahiya. —Olhos vigilantes. Ela só queria dormir envolta ao redor da força e calor dele, mas se deu por satisfeita com uma última carícia de seus dedos sobre sua bochecha, tendo a inquietante sensação de liberar uma criatura selvagem.
—Verei-te na manhã. —Na manhã. Um rangido na porta rompeu o sussurro da lembrança. Então Vanhi foi buliçosa através da habitação, seu delicioso cabelo ébano domesticado em um forte nó na parte posterior de sua cabeça, seu corpo vestido em um sari de cor negra com pontos carmesim. Somente ela podia sair com esses tons atrevidos, enquanto o resto da fortaleza 155 usava as cores apagadas de semi duelo. Porque somente Vahni tinha estado viva desde antes da Neha. A vampiro com seus verdes olhos e pele de profundo bronze tinha a aparência de uma impressionante mulher em seus trinta anos, mas a forma e maneira de uma avó. Ela tinha balançado a Neha e Nivriti na enfermaria como tinha balançado depois a Anoushka, logo a Mahiya. Foi o único ser que Mahiya se atreveu a amar depois da brutalización da única amiga que tinha feito como uma adulta. Carmesim nas pedras, lisas e grosas, asas ensangüentadas situadas sem vida junto à inconsciente forma de um homem cujo único crime tinha sido a bondade. Inclusive a amada égua que Mahiya tinha ajudado a criar desde potranca tinha sido dada de presente, a novo amante do Arav, uma crueldade consciente. De qualquer forma, Vahni tinha o afeto da Neha e portanto, era segura de amar, inclusive embora a vampiro não lhe permitiu acontecer muito tempo com a Mahiya sem encontrar-se a si mesmo enviada de férias a outra parte do território. —Assim —disse Vanhi agora—, esse feto de uma cabra está morto então. Mahiya não se surpreendeu ante o julgamento. —Não estarei de luto pelo Arav, mas a forma em que morreu… não tivesse desejado isso para ele. Vanhi soprou. —Ele deveria ter sido castrado pela vantagem que tirou de uma jovem menina logo que desenvolvida. —Permiti-lhe tomar essa vantagem —replicou Mahiya, um velho argumento—. Fui uma parva —disposta a aceitar escória por ouro—. Não o serei de novo. —OH, sim? —Vahni levantou uma sobrancelha enquanto agarrava uma pluma negra azeviche do tapete—. Entretanto, o chefe de espiões do Rafael é bem-vindo em sua habitação? —Ele não me diz mentiras. A tranqüila declaração fez que Vahni parasse em seus enérgicos movimentos ao redor do quarto enquanto acomodava isto, endireitava aquilo. Com uma tristeza pesada em sua
expressão, pôs uma suave palma contra o rosto da Mahiya. —Eu gostaria que esperasse mais, pequena Mahiya. —Um dia —prometeu Mahiya—, terei a oportunidade de sonhar grandes sonhos. Até então, tenho que trabalhar com o que tenho. —A falsa esperança podia ser mais devastadora que o pragmatismo sem adornos; tinha aprendido isso durante seu intento de encontrar refúgio com Lijuan anos antes da “evolução” da arcanjo. 156 —Menina tola. —As asas cinza pomba do Lijuan varreram o piso enquanto agitava a mão, despachando o guarda que tinha escoltado a uma exausta Mahiya dentro a um quarto cavernoso que fazia eco com o som—. Me pediu arruinar minha amizade com a Neha por ti? —Não. Pedi somente refúgio. Misteriosos olhos de um estranho cinza perlado, olhando a de um rosto de pele tão pálida, que se imaginou que podia ver o esqueleto debaixo. —Ou é fraco de mente —disse Lijuan—, ou está sendo falsa. Mahiya lutou contra o gelo invadindo sua corrente sangüínea para dizer —: É muito mais capitalista que Neha. Ela não poria sua relação em perigo por tão insignificante coisa como eu. —Resulta que não tenho necessidade de ti. Não me oferece nada. —Um sorriso que fez ao estômago da Mahiya apertar-se, seus ossos ranger—. Suas asas… hmm, talvez te manterei depois de tudo. Foi então quando Lijuan tinha “convidado” a Mahiya a ver seu Quarto de Coleção, olhando com esse mesmo sorriso desumano enquanto Mahiya se inclinava e vomitava a pouca comida que havia em seu estômago. —Ju limpará isso. —O homem que saiu arrastando os pés da escuridão estava… mau. Erguendo-se, Mahiya se passou o dorso da mão por sua boca enquanto Ju produzia um trapo e limpava toda a evidência de sua falta de controle, seus olhos negros e opacos, seus movimentos como de uma marionete. —Foi um homem forte uma vez, mas o rompi. Ainda assim, não posso deixá-lo ir. —Lijuan se aproximou de acariciar a asa da Mahiya. Movendo-se longe, esperou a ser reduzida a cinzas por sua insolência, mas Lijuan sorriu. —Uma lástima não poder tomar para minha coleção. Melhor acredito, te devolver a Neha. Serei paciente, e lhe pedirei que te dê de presente para mim quando estiver morta. Eu não gostaria que tanta beleza se perdesse na putrefação. Uma noite e um dia.
Esse foi o tempo que Mahiya tinha passado na fortaleza do Lijuan, um período de horas de pesadelo que lhe congelou os ossos ao pensar nisso, inclusive agora. —Vahni —disse, forçando a sua mente a voltar para presente—, quais são seus pensamentos sobre a morte do Arav? —Esse pedaço de esterco de elefante pôde ter insultado a alguém, ou simplesmente pôde ter estado no lugar equivocado no momento equivocado. —Vanhi se encolheu de ombros, recolhendo um sari que Mahiya tinha deixado fora ao ar. 157 Caminhando para tomar o outro extremo do escorregadio tecido, Mahiya trabalhou com o Vahni para dobrá-lo. —Não sei. Tudo parece calculado de algum jeito. —Digo-te uma coisa, pequena Mahiya —um tom solene—. Os jogos são uma coisa, mas jogá-los contra Neha? —sacudindo sua cabeça, Vahni usou seus dedos para desenhar um signo antigo que significava afastar o mal—. Só costure más virão disto. Sim. *** Saindo do palácio meia hora depois da saída do Vahni, Mahiya encontrou uma visita inesperada que avançava a sua porta. —Veneno. Um sorriso preguiçoso com encanto, seus olhos ocultos por óculos de espelho que refletiam seu rosto para ela. Vestido com uma calça negra e uma camisa branca, seu cabelo úmido penteado, parecia um dos cortesãos mais perigosos, os que tinham o cérebro para esquema e conluio. —Lady Mahiya. —Só Mahiya —disse, tomando o sol da manhã em cascata de um céu azul puro, parecia obsceno que ainda pudesse dar testemunho a mais matança—. Se está procurando o Jason, está em outra parte. —Como Neha tinha expandido seu mandato, não se esperava que Mahiya atuasse mais como espião e informasse sobre suas atividades. —Jason. —Deu um passo para o balcão, lutando contra si mesmo para não tocá-lo agora que a noite tinha passado, para não tratar de reclamar direitos de posse, o que seria tão absurdo como tentar deter uma tormenta—. Tomará café da manhã antes de ir ? —Não, tenho uma reunião que devo fazer. —Estendeu suas asas, deteve-se—. Te verei
quando retornar. Talvez era uma tolice, mas significava muito para ela que ele tivesse chamado a sua porta em vez de simplesmente desaparecer na madrugada, seu chefe de espiões quem sempre caminhava sozinho. —Deveria ter chamado antes —disse Veneno, sua voz fraturando sua lembrança, o sorriso de um homem que sabia como convencer e seduzir mulheres—. Posso te oferecer uma escolta a seu próximo destino? A paquera brincalhona a fez sorrir. —Vou a Neha. —A sala de audiência privada? —Não. —Mahiya franziu o cenho—. A mensagem pedia que me reunisse com ela perto de Guardião. —Levantando o olhar, procurou a fortaleza 158 mais espartana que havia à vista da Fortaleza do Arcanjo. Estava isolada, sem ninguém a distância escutando mas as tropas da Neha, quem não teria visto nada e nem feito nada se o arcanjo decidia eliminar a moléstia da filha ilegítima de seu consorte. Na verdade, não seria diferente que estar nesta fortaleza. Exceto… Jason estava ali. Não, disse-se com severidade, sem girar esperanças de ar e uma escura sensualidade que a tinha marcado dentro profundamente. Jason tinha prometido ajudá-la a escapar, mas não tinha mais direito em seu amparo. —Assim, já vê —disse a Veneno—, devo te deixar aqui. O vampiro franziu o cenho. —Está segura de que a mensagem era da Neha? Vi-a voando para baixo, para a cidade não faz muito tempo. —Sim. vamos reunir nos nas ruínas do templo justo para fora das muralhas da fortaleza. —Entretanto, incômoda com a inesperada eleição de lugar, meteu em um bolso oculto de sua túnica a mão para recuperar o pequeno cartão—. É de seu punho. Tomando o cartão, Veneno esfregou seu polegar na escritura. —Sim, está no certo. Mas sua escritura não é tão ornamentada para ser impossível de falsificar. Eu não gosto da sensação disto. De repente, ela sabia por que Veneno tinha vindo ao palácio, e seu coração se torceu. —Jason te disse que velasse por mim. —Fez algo para que ela soubesse que ao Jason importava o suficiente para ter que lhe pedir a outro dos Sete que a mantivera em seu olhe. Ninguém tinha velado por ela desde que deixou o Refúgio e o amparo daqueles que se encarregavam do cuidado dos anjos jovens. Ela não era tão orgulhosa para refutar as emoções que sua preocupação engendravam nela.
Veneno lhe deu um leve sorriso em resposta. —diz-se que tem quinze minutos até sua reunião. —Pensava chegar mais cedo. —me dar espaço para me acomodar assim que nada do que Neha faça me incitará a cometer um engano fatal. —me agrade —disse Veneno—, e chega bem a tempo. Olhando para cima, levantou uma mão e agarrou os óculos de sol de sua cara antes de que ele se desse conta de sua intenção. A forma em que se afastou dela foi uma coisa sinuosa, formosa e rápida, mas ela manteve sua posição. —Tinha somente que perguntar —disse, apartando mechas desordenadas de cabelo enquanto se levantava de sua posição lista de 159 combate, seus olhos verdes vívidos e hipnóticos contra o deserto marrom de sua pele, cálida e desta terra. —Pensava ler seus olhos. —Mahiya lhe devolveu os óculos de sol, uma débil queixa na parte posterior de sua mente—. Mas isso era uma tolice —disse, a estranha sensação de que estava perdendo um pouco ido antes de que pudesse segui-lo—. Não conheço ninguém que possa ler tais olhos. Deslizando-se nas sombras detrás, Veneno começou a afastar-se dela. —Recorda, chega bem a tempo. —Então, apurou o passo e desapareceu em um rápido movimento de amálgama que não era nada humano. Entretanto, sem importar quão rápido fora, não podia chegar a Guardião antes que ela. Ainda assim, voou até o teto do palácio para esperar, depois de ter decidido lhe dar o tempo que lhe tinha pedido, seu sentido de “maldade” amplificando-se quanto mais pensava na situação. Mas não assistir à reunião não era uma opção, não quando tinha sido muito provável que Neha tinha mandado a nota, a arcanjo sabia que Mahiya tinha um medo doentio de Guardião… e sabia por que. Por favor, não! Por favor! Foi a única vez que tinha suplicado. Também foi a única vez que tinha visto uma expressão de horror no rosto da Neha, como se ela não pudesse acreditar suas próprias ações. Não a tinha detido, entretanto… e Anoushka tinha estado de pé a seu lado todo o tempo, a fria e sombria sombra de sua mãe. Só dois minutos para chegar à reunião.
Estendendo as asas, deixou o teto e subiu até as nuvens, em ângulo para as ruínas do templo. Nisto, Neha se tinha equivocado. Embora Guardião fazia a pele da Mahiya pegajosa com o suor do medo, o templo guardava somente lembranças felizes. Aquelas lembranças um talismã, varreu Guardião e seus sentinelas. A certa distância das muralhas protetoras da fortaleza para o sul punham as ruínas de um templo que tinha sido construído faz tanto tempo em honra ao arcanjo que tinha governado antes que Neha. Neha não era responsável por sua destruição. Tinha cansado simplesmente de uso alguns anos depois que o arcanjo em questão tinha sido assassinado em uma batalha contra outro da Cadeira. Enquanto um lado inteiro tinha paralisado, o teto se estrelou no pavimento por debaixo, a outra metade estava mais ou menos vertical. Dez colunas robustas mantinham o resto do teto, os buracos nele pulverizando sol pelo piso baixo para criar um mosaico de luz e sombra. 160 Aterrissando fora do templo, Mahiya tomou uma profunda respiração do ar disperso das montanhas e pregou as asas… justa quando um passo soou detrás dela. Girou sobre seus pés para encontrar-se cara a cara com um Veneno cuja pele brilhava pelo suor, seu formidablemente antiga camisa branca agora úmida e moldando-se a si mesmo a músculos lisos, seus olhos desprotegido estreitados contra a luz do sol. Surpreendida, olhou-o fixamente. —Ninguém é tão rápido. Um brilho de presas enquanto sorria. —Peço estar em desacordo. Miolos chutando em marcha, olhou além dele às muralhas plainas da fortaleza, jogando a cabeça para trás. —Conhece os túneis. —Da pouca informação que tinha sido capaz de reunir, as passagens subterrâneas que conectavam as duas fortalezas que tinham sido construídas com o passar do milênio, tinham que ser um labirinto. —Talvez. —Passando-a com velocidade que não era de nenhuma forma humana, subiu correndo as escadas do templo. —Veneno! —Deu um passo para a luz salpicada do templo em seus talões… e se sentiu afligida pela sensação de paz. Isto tinha sido sua praça favorita quando tinha sido um anjo menino em visitas do Refúgio. Tinha tido milhares de aventuras dentro de suas rotas, quedas muralhas, escrito seu nome com uma barra de carvão em uma das colunas antes de que a culpa a fizesse voltar a apagá-la. A lembrança tinha levantado seus lábios nas comissuras incluso enquanto procurava por alguma sinal da Neha e não encontrou nada. Entretanto, Veneno não estava muito por diante dela, comprovando uma quarto em sombras.
—Tem que sair antes de que faça um branco de ti. —Neha não toleraria o fato de que Mahiya estivesse sendo escoltada por um vampiro que lhe recordava algo de um favorito, independentemente de sua eleição de servir Rafael—. Pode vigiar facilmente de uma posição oculta. —Sua ajuda seria bem-vinda se seu sentido de maldade não é sua imaginação correndo, revelando-se. —Hmm? Não, não acredito. —Tirarei-te se tiver que fazê-lo. —Era amigo do Jason, e Jason, sabia instintivamente, era um homem com poucos amigos. Veneno não se podia permitir atirar sua vida pela amurada. A resposta de Veneno foi sorte baixa. —vamos ver isto, Mahiya. 161 25 Traduzido pelo Vane-1095 Corrigido pelo Amigasoy Apanhada pelo estranho tom de sua voz, ela cruzou através de um feixe de luz solar e chegou a um ponto morto. dentro da quarto frente a Veneno havia uma caixa envolta em papel dourado brilhante pacote a um laço prateado. Quando o vampiro deslizou cautelosamente o cartão metido na cinta de prata, resultou conter nada mais que seu nome na mesma escritura que a nota lhe ordenando a ela estar aqui neste momento. —Posso não ser um chefe de espiões como nosso Jason —refletiu Veneno—, mas me atreveria a dizer que Neha não enviou essa nota. Mahiya tinha que estar de acordo com isso, sua mente tentava dar sentido às estranhas circunstâncias e as falhas. —vamos levar a caixa fora antes de abri-la. —Não se deve abrir absolutamente até que Jason e eu tenhamos oportunidade de… —Como um forte vampiro, sua audição é aguda —o interrompeu—. Ouve tic tac? Algo que indique que pode conter um artefato incendiário? —Se uma explosão os golpeava corretamente, poderiam ser decapitados e assassinados. Veneno inclinou a cabeça, finalmente a sacudiu relutante. —Não. Mas… —E, há uma alta probabilidade de que tenha um excelente sentido do olfato. —Tinha-o visto “provar” o ar com sua língua—. Cheira algo suspeito? —O fato era, que ela sabia que se se afastava agora,
Veneno ou Jason correriam o risco. Mas como, negava-se a permitir—. Substâncias químicas, algo? Os dentes apertados. —Não. —Eu tampouco, e este é o assassino —disse razoavelmente—. Ele ou ela não tem razão para jogar estes jogos. Um anjo o suficientemente forte para aniquilar ao Arav poderia rompê-la pela metade. —Alguém poderia tropeçar com isto, um guarda em descanso, um menino curioso, e nenhum dos assassinatos parece ter sido ao azar. —Isto último era discutível, mas seu instinto lhe dizia que havia 162 uma conexão entre as quatro vítimas, e sabia que Jason estava de acordo. As negras pupilas dos olhos rasgados de Veneno se estreitaram enquanto a considerava. —Pensei que foi uma princesa. —Deveria saber que a corte de um arcanjo é muito mais perigosa que as cale de Nova Iorque. —Tomou a caixa antes de que ele pudesse tocá-la e levou com muito cuidado, à luz do sol. Fazendo seu caminho para o lado totalmente oculto do Guardião, colocou a caixa sobre uma mancha clara de erva a uns cinqüenta metros do templo, na teoria de que os muros do templo não se derrubassem—. te Ponham de pé a distância. Uma sobrancelha arqueada. —Não acredito. —Não seja parvo —disse ela, pensando que gostava de Veneno não só porque era amigo do Jason, mas sim porque a olhava como se ela fora uma criatura perigosa—. Se algo me acontecesse, não te verá afetado e será capaz de pedir ajuda. Ou prefere ser ferido ao mesmo tempo? Seus lábios curvados. —Essa lógica sustenta se for o que abre a caixa. —Verdade, mas tenho maior probabilidade de sobrevivência. —Não acredito. —cruzou-se de braços—. Pode ser um anjo, mas eu sou mais forte que você. E Jason é mais forte que nós dois. Sim, e não terei que feri-lo, não importa se for uma tola decisão emocional. —Assim esperaria por ele? —Quando não respondeu, disse—: Sim, isso é o que eu pensava. Esta caixa é para mim, Veneno. Não permitirei que ninguém mais a abra —Para ser machucado—, e não me pode seguir no céu se desapego com ela. Não seria melhor ficar aqui? Outro duro olhar. —Obviamente, tenho que estudar mais às princesas. —Com isso, deu-se
meia volta e correu até ficar de cuclillas detrás de uma grande rocha. Ficando de joelhos, desfez a cinta depois de examinar os cabos ocultos, dando-se conta que a caixa não estava envolta em papel dourado, em realidade o cartão estava pintado por uma cortina metálica, assim que uma vez que teve a cinta fora, tudo o que tinha que fazer era levantar a tampa. —Veneno! Vê alguma ramo perto? —Havia uma árvore não muita longe dele. —Espera. —Um minuto mas tarde, lançou um robusto ramo de aproximadamente quatro pés de comprimento—. Estou feliz de saber que não é suicida. Não, tenho a intenção de viver, de amar, de voar… e se me permitir isso, dançar outra vez com um chefe de espiões com asas de jato. 163 —Aqui vamos. Aplanando seu corpo na terra para melhorar o impacto de qualquer explosão, alargou a mão com o ramo e tirou a tampa. Não passou nada. Soprando um suspiro tremente, levantou-se e caminhou mas perto, enquanto isso Veneno corria para unir-se com ela. Ambos olharam o que havia dentro da caixa antes de que Veneno se agachasse. —Nada, cheira a apagado. —Levantou uma mão quando ela queria alcançar o objeto—. Espera, me deixe me assegurar que não está sentado em algo. Mahiya esperou, paciente, até que assentiu com a cabeça para que seguisse adiante. —Parece que tem um admirador secreto ?murmurou ele enquanto examinava o fofo urso de peluche rosado com cara e patas brancas?. Talvez o assustei. —Possivelmente. —Observou o brinquedo inteiro, mas não encontrou algum compartimento oculto—. Admito que é uma coisa tão estranha que não tenho idéia de que fazer com ele. Talvez Jason saiba. —Se me permite sugerir que eu o baixe. —Sim, é melhor que não me vejam com ele. Se for assim, pensarão que está cortejando uma amante. —Tenho uma reputação, ao parecer. —Uma declaração suave como a seda, mas com a mordacidade da mesma. —Teria que estar cega para não me dar conta de sua sensualidade.
—Perigoso e lânguido ao mesmo tempo—. Estou segura de que não tem que ir a uma cama vazia a menos que o deseje. —Independentemente da misteriosa „otredad? de seus olhos. —Cuidado —tomando a caixa e sua carga, levantou-se, com um líquido movimento de graça—, fará que Jason fique ciumento. —Não deixe que isto te esmague, mas não é meu tipo. —Apesar de que o emoldurava em brincadeira, o fato era que via a Neha muito profundamente em Veneno. Tinha os olhos de suas criaturas, seus mesmos movimentos e por isso disse o seguinte, porque se negava a permitir que Neha estragasse as amizades que podia fazer—: Acredito que seremos uns maravilhosos amigos. Uma sobrancelha arqueada, sofisticada frescura em suas seguintes palavras— : De verdade? —É obvio. Admite-o, já você gosta de incluso se tiver ganho nossa discussão. 164 Um tremor leve nos lábios de Veneno. —Quando te conheci, não podia entender a atração, mas agora acredito que Jason encontrou seu casal. Tomou um esforço para manter seu tom constante. —vou entrar na cidade por um curto tempo. Verei-te quando retornar à fortaleza. —Era uma lembrança imprecisa no melhor dos casos, de fazia mais de dois anos, mas se tinha razão, havia uma pequena possibilidade de que pudesse lhe proporcionar uma resposta de algum tipo. Veneno franziu o cenho. —Jason me deu ordens estritas de te manter a salvo. O coração lhe enganchou pela confirmação direta de sua conjetura. Algumas mulheres poderiam haver-se irritado pelo protecionismo, mas Mahiya, quem nunca lhe tinha importado a ninguém, tal coisa não era uma cadeia não desejada, a não ser uma indicação de bem-vinda atenção. Isso não queria dizer que tinha a intenção de deixar de pensar por si mesmo. —É de dia —disse—, não tenho planos de ficar em algum beco escuro, e de fato, em um distrito de concorrido mercado. —Algumas princesas —murmurou Veneno. Colocou a mão no bolso para recuperar o celular—. Este é de reposto. Estou introduzindo o número do Jason. Chama se tiver algum problema. Uns minutos mas tarde, abatia-se pela cidade. Seu objetivo era um ensolarado edifício amarelo com uma velha mas brilhante maquina de costurar de pedal na janela e um menino poeirento com calças curtas jogando na porta. Seus olhos se aumentaram ao ver a Mahiya. Estava fora como uma bala imediatamente seguinte, correndo para a casa gritando—: MA! MA!
Sem fazer nenhum esforço por ocultar seu sorriso, Mahiya esperou cortesmente na rua, consciente que os outros lojistas apareciam a cabeça das pequenas lojas e/ou oficinas, e os clientes congregando-se nas portas de todo o estreito caminho. Seis ou sete lojas abaixo, havia um camelo mastigando boliche alimentício, enquanto seu dono jogava com uma cadeira de montar que levava campanitas de prata e fingia não ver a Mahiya. Anjos enchiam os céus desta cidade, mas um anjo nesta rua do distrito de mercado era uma coisa estranha. Não era esnobismo que mantinha a seu tipo a distância, pois os anjos eram tão curiosos como os mortais quando se tratava de explorar caminhos ocultos de uma cidade. Era devido a que as lojas daqui eram pequenas, sem espaço para as asas. A única razão pela que Mahiya sabia sequer deste particular lugar, era porque sua proprietária tinha sido convidada a exibir seus produtos na fortaleza em uma exposição comercial. 165 Agora, a jovem mortal apareceu na soleira. É obvio, Mahiya pensou que a juventude é uma coisa relativa. Esta mulher tinha vivido vinte e sete anos, possivelmente vinte e oito, idade suficiente para ter um menino escondido detrás de suas saias. À mesma idade, Mahiya tinha sido uma menina não muito maior que ele. —Meu lady. —A fabricante de brinquedos se inclinou, com as mãos empunhadas no avental—. Eu gostaria de lhe dar a bem-vinda dentro, mas… —A intenção é suficiente —disse Mahiya com maior suavidade no dialeto local informal—. Não lhe incomodarei por muito tempo. —Por favor, deixe que lhe traga uma taça de chá pelo menos. —Uma súplica em seus olhos de chocolate derretido—. Não posso atender um anjo em minha porta sem cortesia. —Obrigado. O chá seria bem-vindo. Um sorriso iluminou o rosto tremente da mulher. —Tenho uma panela na estufa. Um minuto, não mais. —Quando se voltou para ir-se, o menino encontrou o valor para ficar, os olhos do mesmo chocolate derretido que sua mãe olhavam a Mahiya com assombro. —Olá —disse Mahiya, e como não pareceu fugir, perguntou—: por que não está na escola? Seus olhos se fizeram mais arredondamentos, e se chupou o polegar na boca. Quando ela não disse nada mais, retirou o polegar com lento esmero, como se não confiasse em seu silêncio. —Não sou tão grande como Nishi ainda. —Uma pausa, logo, como se queria assegurar-se de que entendesse, adicionou—: Nishi vai à escola. —Ah —disse—. vais ser o suficiente major logo? Linhas em sua frente. —Não muito logo. Talvez quase logo.
Reprimindo um sorriso sobre sua implacável lógica infantil, viu seus olhos ir a suas asas. —Pode te aproximar se o desejar. O polegar na boca outra vez, acolchoou o pé a poucos centímetros dela, examinando suas plumas com a franqueza dos mais jovens. Quando sua mãe apareceu na porta, monopoliza em mão, foi chamar o de volta, mas Mahiya negou com a cabeça. Aceitando o chá, disse—: É inteligente e valente de uma vez. —Sim. —A mulher sorriu orgulhosa, seu magro rosto formoso—. Se parece com seu pai. Só então Mahiya fez a pergunta—: Vi alguém com um urso de brinquedo de cor rosa e branco, com um colar bordado. —De margaridas brancas —afirmou rapidamente emocionada. 166 —Sim, exatamente. Pensei que poderia ter sido seu trabalho —Cozido e bordado à mão, os olhos de um cristal azul precioso, e o trabalho de ponta deliciosa. —Recorda se tinha uma pequena estrela amarela no pé esquerdo? Mahiya recordou. —Sim. —Então é mijo com certeza. Mas o sinto, meu lady, não tenho outros. —OH, isso é uma lástima. Mantém muitos? —Não, só um de cada tipo —A mulher alisou suas mãos pelo avental—. Vendi Daisy faz uma semana. OH, deixe tomar sua taça. —Obrigado. O chá esteve delicioso. —Rico, leitoso, com sabor a cardamomo e adoçado com mel—. Recorda a quem vendeu Daisy? Posso ver se esta disposto a me vender isso —Um homem difícil de perder. —Entretanto, não conhecia nenhum vampiro com cabelo e pele tais nos arredores. —Um vampiro. Desconhecido, talvez convidado no forte. —A mulher se mordeu o lábio e sacudiu a cabeça— Não deu seu nome, mas seu cabelo era escarlate e sua pele como porcelana a China. —Um homem difícil de perder. —Entretanto, não conhecia nenhum vampiro com cabelo e pele tais nos arredores. Outro mistério.
*** Jason tinha passado a manhã recolhendo informação em quartéis fechados a outros, e agora aterrissou no campo em aro de um agricultor, em direção à sombra projetada por uma choça provavelmente utilizada como lugar de descanso durante a temporada de semeia. Necessitava o sussurrado silêncio para pensar, para pôr todas as peças juntas. O fato era que, apesar de que não havia dito nada a Veneno ou Mahiya, tinha a amorfa sensação de que Mahiya era a chave. Mas enquanto ela tinha tido relações de algum tipo tanto com o Eris e Arav, nada significativo a conectava com o Audrey ou Shabnam. Entretanto, seu instinto persistiu, como se tivesse visto ou ouvido algo que não tinha entendido conscientemente. Frustrado, tirou seu celular, decidindo perseguir a resposta a outra pergunta. —Jason. —A calidez do sorriso do Jessamy percorreu inclusive através da pequena tela—. É bom verte. —E a ti. —Foi Jessamy quem pela primeira vez lhe ajudou a recordar o que era ser uma pessoa de novo. 167 De pé fora do lugar onde tinha visto os anjos bebe aprender coisas, esperou a que o último estudante persistente desaparecesse antes de entrar. A mulher elevou o olhar, seus suaves olhos com uma amabilidade que não era lástima. —Tenho algo para ti —disse ela, como se tivesse estado esperando por ele, como se soubesse que tinha estado escutando suas lições das sombras por muitos dias. Aproximando-se, entregou uma série de livros de tampa dura com letras grandes nas páginas—. Para te ajudar a recordar. Ele toco a coberta, passando as páginas. Em uma ocasião tinha tido livros como estes, tinha lido uma e outra vez, inclusive depois de que estivesse sozinho, mas depois se derrubou, e passado um tempo, esqueceu-se de que podia ler. Até hoje, a mais nova a lição do Jessamy se converteu em uma chave para sua mente, abrindo-a para o som da voz de sua mãe enquanto lhe ensinava suas cartas. Tomando os livros, foi sem dizer uma palavra. Tinha demorado meses em romper seu silêncio, mas Jessamy, com seus olhos sábios e coração amável, nunca o tinha empurrado, sempre lhe deixava espaço para respirar. Agora disse—: Tenho uma pergunta para ti. Uma inclinação de cabeça. —Sabe que Lijuan evoluiu, e Rafael ganhou uma nova habilidade. Agora há sinais de que algo pode estar lhe acontecendo ao Titus, embora ainda não posso dizer o que. —O povo do arcanjo guerreiro era ferozmente leal e os espiões do Jason só tinham podido comprovar que
Titus estava lutando contra uma enfermidade. Como os arcanjos não se adoecem, Titus devia estar submetendo-se a uma transformação de algum tipo. A capacidade da Neha para dirigir o gelo não era de conhecimento público, por isso não podia falar disso sem romper o juramento de sangue, mas tinha mais evidencia sobre um fenômeno ao largo da Catedra. —Lembra-te do comportamento errático do Astaad? —O arcanjo tinha aniquilado a uma de suas mais queridas concubinas a pauladas, quando era conhecido por ser indulgente com suas mulheres até o ponto das mimar—. O que escutei agora é que está estabilizado e obteve habilidades incipientes sobre criaturas marinhas. A expressão do Jessamy era pensativa. —Neste momento, seu comportamento se explica pelas perturbações causadas pelo despertar do Caliane. —O despertar de um ancião é um fato que não devemos ignorar —disse Jason, pensando na cidade perdida do Amanat deslocada em um 168 lugar longe de sua origem—. Mas, poderia o despertar do Caliane ter sido provocado por uma força mais dominante? —A escura evolução do Lijuan tinha precedido a vigília do Caliane por poucos meses, ambos os eventos transladando o curso da história do mundo. ?Não há... ?Jessamy ficou em silêncio?. Espera. Quando retornou, fez-o com um velho livro encadernado que sustentava com tanto esmero, estava claro que era frágil. ?Esta história menciona um evento chamado a „Cascada? e diz: „Y os arcanjos não eram o que deveriam ser, e os corpos se apodreciam nas ruas, e o sangue chovia dos céus como impérios queimados?. Com expressão solene, Jessamy levantou a vista. ?Esta Cascata aconteceu faz vinte e cinco mil anos. vou começar a procurar os arquivos para obter mais informação, mas apesar de que se discute sobre sua idade exata, acredito que há um arcanjo acordado que o viveu em carne própria. Caliane. Finalizando a chamada pouco depois de fazer outra, levantou-se em uma trajetória de vôo para o forte, para o escritório do Rhys mantida perto do quartel que albergava a maior parte do guarda. O outro homem estava fiscalizando um exército de treinamento do balcão, mas possuía os relatórios forenses. ?Não há nada que não soubesse já ?disse ao Jason?. Não houve nenhuma delicadeza, nenhum tento de ocultar nada. Audrey parecia ter tido seus órgãos removidos, enquanto que a
cabeça do Shabnam foi arranco. Arav, também foi esmigalhado, os tendões cortados, os músculos quebrados. Jason explorou os informe, observando a nota sobre a cabeça de Shabnam, leu que Arav tinha sido efetivamente esmigalhado por mãos nuas. Em seu corpo não se encontrou nenhuma só marca que poderia atribuir-se a uma arma. Isso disse ao Jason algo importante. Muito, muito poucos anjos tinham a força para extrair fisicamente a coluna vertebral de outro anjo, muito menos sua cabeça. E fazer isso em vôo contra um general com as habilidades do Arav? requeria-se quase a força de um arcanjo ou um nível de habilidade nova e desconhecida. Necessitava que sua gente começasse a comprovar o estado de alimentação encoberta de certos anjos, obter uma indicação de se eles também estavam sendo afetados por essa estranha evolução que parecia afetar à a Catedra. Movendo-se de um puxão para trás, voltou a comprovar o relatório de Shabnam. Apesar de que o patologista não tinha podido confirmar muito dada a natureza de suas feridas, em sua opinião o rosto tinha sido 169 rastelado com garras de algum tipo. Jason tinha sido testemunha das unhas da Neha alargadas em garras, mas não era uma habilidade limitada só a ela. Mesmo assim, era uma peça mais do quebra-cabeças. ?Sim ?disse, mantendo sua cópia dos resultados forenses?. Não há nada importante neste caso. ?Rhys podia ser o homem da Neha, mas não do Jason. 170 26 Traduzido pelo Panchys Corrigido pela Deeydra Ann’ Rafael considerou a discussão que acabava de ter com o Jason, e tomou a decisão de fazer uma chamada ao Caliane. Sua mãe tinha estado inicialmente resistente a utilizar qualquer tipo de equipe de comunicações moderno, mas depois de que se negou a comunicar-se com ela mediante força bruta, finalmente tinha acessado a uma pequena suíte que Naasir e Isabel tinham posto em seu lugar. Agora, Rafael esperou a que o anjo de guarda fora a procurar a
Caliane. —Rafael. —Com olhos brilhantes de amor, ela estendeu a mão por volta da tela como sempre, como se fora a tocá-lo—. Meu filho. —Mãe. —Sempre tinha pensado nela sempre perdida cada vez que falava com ela, era uma patada no estômago, uma dor em seu coração—. Eu gostaria de te fazer uma pergunta. —Em primeiro lugar, deve responder a uma das minhas. —A ordem de um arcanjo que tinha estado viva durante um eón antes de seu sonho—. Quando posso esperar a presença próxima de meu filho? —Agitou sua mão—. E não me refiro através deste dispositivo. —Não posso sair da Torre até que um dos altos Sete retorne. —O azul formoso. Ele não é certamente débil. Não, Illium não era de maneira nenhuma débil, mas seu poder tinha ido crescendo em sacudidas imprevisíveis, o suficiente para que não acabasse de ter um cabo em sua nova força. —Mãe —disse brandamente, porque lhe daria sua honra até e a menos que sua loucura terrível retornasse—, sou seu filho, mas também sou um da Cadeira. Não trate de dirigir meu Torre, e eu não vou tentar dirigir sua cidade. No olhar do Caliane se acendeu uma chama azul dramático, o resplendor mortal. —E se me dito a te visitar, então o que? —Meu consorte e eu lhe daremos a bem-vinda. —Assim insiste em seguir o enlace? Poderia rompê-la com um estalo de dedos. 171 —Então teria que te matar, como o vou fazer se alguma vez te considero uma ameaça para a Elena. —Sua mãe era uma Anciã, acostumada a sair-se com a sua e vê-lo como um menino. Tinha que recordar que o moço que tinha deixado sangrando, quebrado e desconsolado em um campo verde longe da civilização tinha desaparecido—. Não sou o que era antes. O brilho atenuado, melancolia em cada linha de sua cara, e sabia que revivia as mesmas lembranças. —Faz sua pergunta, Rafael. Falou-lhe da “Cascata,” viu a compreensão imediata. —Então —um sussurro que sustentava o peso de muito conhecimento—, é verdade. Tinha começado a sentir os signos, mas esperava estar equivocada. —O cabelo, a sombra que ele tinha legado lhe caía sobre os ombros enquanto negava com a cabeça.
—Contará-me isso? —É exatamente o que a Historiadora do Refúgio acredita que é, uma confluência de tempo e de certos eventos críticos que provocou uma ascensão de tensão na Cadeira. Alguns ganharão força, enquanto que outros renascerão com novas habilidades. Não há maneira de predizer o resultado, e muitas destas habilidades serão erráticas no melhor dos casos, terão efeitos catastróficos no pior. —A Cadeira pode ser capaz de resistir a mudança com êxito, agora que temos este conhecimento. A expressão do Caliane foi repentinamente velha, tão velha que ele podia acreditar que Lijuan tinha razão, que sua mãe tinha vivido duzentos e cinqüenta mil anos. —Sim, mas já vê, foi durante a última Cascata que acredito que pela primeira vez fui tocada pela loucura, embora não sabia então, porque era um insidioso intruso escondido dentro. Não há maneira de proteger-se contra tal mudança. 172 27 Traduzido por Gaby828 e pelo Panchys Corrigido pelo Juli_Arg Veneno, com suas pernas pendurando de um lado e suas lentes de espelho em seu lugar, encontrava-se sentado na parte da terraço fora da habitação do Jason quando Jason retornou ao palácio. Uma taça de café fumegante chegou ao lado de sua mão esquerda. —Tive que rogar —disse o vampiro quando viu a direção do olhar do Jason. —Sua princesa considera o café como um insulto às papilas gustativas. —Levantou seu rosto ao céu, bebendo o sol com sinuoso prazer—. Alguma vez te disse que ódio o frio? —Cada inverno. —Jason aconteceu com Veneno os reporte forenses—. O que vê? —Força de arcanjo ou algo próximo… ou possivelmente algum tipo de habilidade —disse Veneno, porque tinha sido treinado pelo Jason para ver essas coisas. —Dá um novo giro aos acontecimentos recentes. Lijuan? —Ela pôde havê-lo feito e haver-se ido antes que ninguém soubesse que esteve aí. —A Arcanjo da China tinha a habilidade de desmaterializar seu corpo, embora como Rafael tinha mostrado na batalha no Amanat, não era tão onipotente como fez todo o possível para que todo mundo acreditasse. —Sim —disse Veneno—, mas ela sempre teve uma relação bastante cordial com a Neha. E matar ao Eris asi? Vi as coisas doentes que
Lijuan fez, mas isto era pessoal. —Sim. —Capturando um sussurro de alguma flor desconhecida mesclada com especiarias brilhantes e opulentas, voltou-se para ver a Mahiya sair de sua suíte. Uma parte dele ficou imóvel, esperando ver se se tinha arrependido da paixão que tinham compartilhado horas antes do amanhecer. Seu sorriso iluminou seus olhos. —Escutei sua voz. Tomou uma intensa concentração não aproximar-se, dividir seus suaves lábios com os seus, saborear o sorriso que era um beijo contra seus sentidos. —O que descobriu hoje? 173 Veneno rodou a seus pés antes que Mahiya pudesse responder. — Falemos dentro. Parecia natural seguir a Mahiya dentro da fresca comodidade de seus quartos, a mesa desce no piso com comida. —Pensei que poderia estar faminto, já que é depois do almoço —disse, mas a atenção do Jason se encontrava cravada no osito de peluche rosa posto ao lado do abajur. —Ah. —Veneno fechou as portas e disse—: Tenho uma história sobre isso. Jason ficou em silêncio enquanto Veneno transmitia a estranha história. —Uma vampiro de cabelo escarlate? —perguntou a Mahiya uma vez que tinha agregado suas conclusões. Quanto a ela tomando o risco de abrir a caixa, discutiriam-no em privado. —Sim. —Um brilho feroz em seu olhar—. Infelizmente, não podia lhe perguntar a ninguém mais na área se tinham visto o homem, teria causado muitos murmúrios. Jason olhou a Veneno. Sorvendo seu café, o vampiro lhe deu um sorriso preguiçoso. —Sim, fui à cidade, fiz algumas pergunta. —Apoiando-se contra a parede, disse—: Nosso comprador não soa como se fora a mesclar-se com a população em geral, mesmo assim, ninguém sabe dele. Mas então, meus contatos, em términos relativos, estão no lado mais jovem. Poderia ser um velho que acaba de sair da reclusão. Os anjos dormiam quando a vertia em uma carga muito pesada. Enquanto que os vampiros careciam dessa capacidade de pôr seus corpos em um estado similar à animação suspensa, podiam refugiar-se no isolamento acompanhados sozinho por seu “gado”. Assim era como os antigos chamavam a quão humanos eram viciados no beijo do vampiro e permaneciam com eles como fonte de alimento. Para os vampiros mais antigos, o término era um de afeto, os doadores eram tratados com
o mesmo respeito que alguém poderia ter com um mascote querido. Esses ganhos, bastante freqüentemente, eram recrutados como substituição enquanto as décadas passavam—Jason tinha conhecido a um vampiro que passou trezentos anos em reclusão e contando. —Ele poderia ser de fora da região —disse Mahiya. —Enviou-te algo que poderia ser um presente de cortejo. Isso argumenta o contrário. De acordo com tudo o que lhe havia dito, sua viagem à fortaleza do Lijuan tinha sido sua única incursão além das fronteiras do território da Neha desde que voltou do Refúgio. —Viu alguém que poderia ajustar-se à descrição enquanto encontrava na China? 174 Um pequeno tremor ondulo através de seus ombros. —Não. Asas vermelhas, sim, cabelo vermelho, não. Tampouco ninguém com essa cor de pele. —No Refúgio? —perguntou Veneno—. Poderia te haver visto quando foi mas jovem? Mahiya negou com a cabeça. —Algum visitante a corte da Neha te emprestou atenção ultimamente? A cor de cabelo pode ser alterado. —As cortes adulação sem sentido. Nada que conduziria a um esquema complicado para transmitir um presente. E o presente em si, Jason pensou, era incomum para um imortal, a maioria cortejaria a uma mulher com jóias ou tesouros incomuns. Quanto a esta mulher em particular, a idéia de outro homem cortejando-a, incitou-lhe uma escura violência que tinha passado toda uma vida aprendendo a conter. —Não me minta, Nenê! —Não o estou fazendo! por que não escuta? É um amigo… —É por isso que desapareceu com ele por uma hora? —Ensinava-lhe o atol enquanto você falava com seu pai! —Um soluço de frustração—. Eu não gosto de seu feio ciúmes, Yavi. Está-nos matando. As proféticas palavras de sua mãe soando em sua mente, Jason se voltou para Veneno. —A ver se pode aprofundar mais sem que chegue aos ouvidos equivocados. Veneno se inclinou para pôr sua taça vazia sobre a mesa antes de desembocar em seus pés com uma graça flexível que era uma beleza para uns, e uma indicação de perigo para outros. —Acredito que saltarei do balcão, assustarei aos guardas escondidos fora. —Com isso, foi-se.
Jason se aproximou da Mahiya. —Não deveria ter tomado esse risco. —Era uma conta. —Seu tom era firme—. O faria de novo em um segundo. Não farei uma troca de minha vida pela teu ou a de Veneno. Agarrando seu queixo, Jason olhou um olhar impávido brilhante como a de um gato da selva. —Não quero raspar os restos de seu corpo quebrado e violado. —Era uma confissão de si mesmo que não tinha visto a luz em um eon—. Assim tem que me permitir te manter a salvo. Mahiya tinha estado lista para lutar contra arrogância, mas se viu desconcertada pela silenciosa petição tão potente com as emoções não expressas. —Não tomarei riscos desnecessários —disse, fechando seus dedos ao redor dos ossos de sua boneca, sua pele quente sob seu toque—. O prometo. —É a mais fraco de nós, Mahiya. 175 —Mas —sussurrou ela, lhe pedindo que entendesse—, não sou débil. Não posso sê-lo e sobreviver. Seu amante de asas negras não disse nada por um comprido tempo, imóvel, antes de liberar seu agarre nela. forçou-se a deixá-lo ir, sentindo-se despojada. —Vamos —disse—, come comigo antes que a comida se esfrie. Jason agarrou sua boneca quando se transladou à mesa. — Não trata a comida como outros imortais. —Moveu seu polegar sobre seus nódulos—. me Diga por que. As serpentes vaiaram a seu redor, presas afundando-se em sua pele, veneno em seu sangue. Os dedos da Mahiya se curvaram em um punho, mas se manteve firme. —Não, Jason. Não vou permitir que roube todos meus segredos enquanto monopoliza os teus. —Ele sabia muito dela, enquanto que ela nem sequer sabia onde ele fez sua casa. Seus dedos se flexionaram, e atirou dela mais perto, até que ficaram cara a cara. —Conhece a história do Yaviel e Aurelani? Era uma pergunta muito surpreendente. —É obvio. —O seu foi um dos maiores romances angélicos—. Nasceram de famílias em guerra desde diferentes lados do mundo. Yaviel era um cantor convertido em artesão, Aurelani era uma erudita ganhando renome. — Ambas as famílias tinham estado extremamente orgulhosos de seus filhos, mas quando os dois se apaixonaram, séculos de ódio velho tinha afligido a ternura de sua devoção, e tinham sido rasgados. —diz-se que Yaviel sobreviveu à tortura por irromper na casa do Aurelani para roubá-la
longe e que desapareceram para construir uma vida juntos, longe do poder vicioso de suas famílias. —O romance deles tinha feito suspirar seu coração de menina. Inclusive agora, como adulta, sua alma lhe doía à idéia de ser amada com tanta devoção—. Os instrumentos musicais do Yaviel continuaram aparecendo no Refúgio, assim havia alguns que sabiam onde viviam os amantes, mas era um segredo jamais traído. A voz do Jason era áspera quando disse—: Ele a chamava Nenê, e ela o chamava Yavi. Um calafrio sobre sua pele, uma visão de sufocante escuridão. —Nenê não podia suportar o frio, e Yavi a queria, assim que lhes encontrou um atol desabitado nas águas cálidas do Pacífico, longe, muito longe de qualquer estrada à civilização. —Os dedos se apertaram em sua boneca, mas ela não se moveu, não se atreveu a respirar—. Amigos de confiança se aproximaram e levaram as criações do Yavi ao Refúgio, onde as vendiam por quantidades que significava que podia comprar a seu Nenê o 176 que quisesse. adorava as ametistas, e a encheu deles… mas o que mais amava Nenê era a seu Yavi. Uma lágrima rodou por sua bochecha quando não havia dito nada terrível, mas a tristeza nele, era um peso pesado que pensou que poderia esmagar a um homem menor. —Teve que te haver amado, também — sussurrou ela, vendo em seu rosto a história de dois diferentes clãs que tinham terminado finalmente entre si em um ataque de violência. —Sim. —Olhos enfeitiçados encontraram os seus—. Fui muito querido por meus pais. Mahiya queria lhe perguntar por que utilizava só o tempo passado, por que levava tal escura tristeza, o que lhe teria passado ao Yavi se Nenê teria morrido, mas não podia lhe fazer danifico quando já se sentia tão terrivelmente ferido no mais profundo—. Nunca ignoro a comida, porque sei o que é passar fome. A tristeza profunda do Jason trocou, converteu-se em uma espada negra cintilando com fogo. Tomava um grande tempo, para um anjo mais velho, morrer de fome, mas um anjo da idade da Mahiya permaneceu vulnerável. —Quando? Mahiya tragou, seus dedos se fecharam sobre o peito. —depois de que Lijuan me tivesse escoltado desde seu território. Neha atirou a uma cela sem janelas no Guardião, e logo fechou a porta. O medo que emanava dela era muito violento, algo para a lenta dor da inanição. E Jason sabia. —Não te encontrava sozinha na habitação, verdade? As lágrimas brotavam de seus olhos, os dentes cravados em seu lábio inferior, negou com a cabeça. Soltou-lhe a boneca, fechou seus braços ao redor dela. Mas não chorou, a princesa que sustentava. Com a respiração entrecortada, disse—: Havia tantas delas. Víboras e cobras cuspindo, serpentes cascavel e taipán.
Serpentes venenosas. Seu veneno não pode matar a um anjo adulto de sua idade, mas ainda poderia causar uma dor intensa, convulsões, cegueira e paralisia temporária. —me diga uma coisa. —Cavou a parte de atrás de sua cabeça, apertou a bochecha contra sua têmpora. —Sim? —Se pudesse matar a Neha, faria-o? —Um chefe de espiões sabia que era um grande trato, como quando um arcanjo pode ser mais vulnerável aos ataques de seus inimigos. Mahiya negou com a cabeça. —Não. —Trocando para estar frente a frente, sussurrou—: Ao fazer esse meu objetivo, chegarei a ser como ela, uma 177 mulher impulsionada pelo ódio até que haja esse nó de amargura em seu interior que infecta tudo o que touca. Anoushka, pensou Jason, não se tinha convertido em quem era em isolamento. —vou encontrar minha vingança em viver uma vida cheia de felicidade — prometeu Mahiya—. Em me afogar no amor e não o ódio. Nesse instante, seus olhos incandescentes contra o dourado de sua pele, ela era a mulher mais formosa que tinha visto em sua vida, e sabia que era muito boa para ele, que o negro vazio em seu interior seria sua ruína. E, entretanto, disse—: Os céus estarão claros esta noite. Voaria comigo? Seu sorriso brilhava, o horror apagado por uma alegria sem medo. *** As horas passaram com pesada lentidão. Jason voltou sobre tudo seus passos na busca do assassino, mas foi a entrevista com os guardas que tinham estado na porta do Eris quando foi assassinado que resultou ser mais intrigante. Quando Jason tinha acreditado que Neha era o assassino, o fato de que a arcanjo houvesse dito que tinha despojado suas mentes e encontrado nada, não foi uma surpresa. Não tinha entendido que se referia literalmente. —Não posso recordar —disse o primeiro guarda, um afligida olhar nos olhos—. Ao momento, não tive consciência disso, mas depois, quando fui interrogado, notei que não tinha lembrança de muitas horas essa noite. O segundo guarda contou a mesma história.
Jason sabia que Veneno tinha a capacidade de hipnotizar às pessoas, o vampiro o tinha ganho durante sua Conversão por parte da Neha. —Sabe de qualquer outra pessoa que a possui? —perguntou a Mahiya essa noite. —É um rasgo de família —respondeu—. A minha mãe foi dito que o compartilhasse com a Neha, apesar de que suas habilidades fossem de outra maneira diferente. Eu não o herdei, mas se Anoushka. A linha de sangue de Neha é uma só antiga, não sei de nenhum descendente direto, com a Anoushka morta, mas há alguns velhos que vieram antes que ela, que não Dormem. Jason fez um par de chamadas, localizou aos antepassados. —A relação é distante, e todas são muito fracos para ter matado inclusive ao Shabnam. —A dama de honra não tinha tido nenhum poder, mas como todos os cortesãos, tinha tido um certo nível de força. 178 Mahiya franziu o cenho. —Não posso pensar em ninguém mais que se saiba que tenha essa capacidade, mas alguns anjos mantêm em segredo suas forças. Sim, pensou Jason, especialmente se o impacto da Cascata ia além da Catedra. —Descobriu algo? —Tinha passado as últimas horas da tarde navegando pelo labirinto e as primeiras funções da corte de noite. —Uma sensação de mal-estar —disse—. Todo mundo tem medo de se ele ou ela será o próximo branco e vários estão fazendo planos para sair da fortaleza, mas isso é tudo. Neha não perdoaria a deserção, e pareciam muito obcecados perdendo seu lugar na quadra de esportes. — Suspirou, esfregando-a frente com os dedos—. Me dói a cabeça pelo doentio disto, e não tenho nem um pequeno bom pedaço de informação para demonstrar meus esforços! —Basta já —disse Jason—. Ambos precisamos estender nossas asas. Vêem. Permitiu que Mahiya marcasse o ritmo, para estabelecer sua direção, as sombras de suas asas vibravam enquanto varria através dos céus com a facilidade e a graça de alguém que conhecia os caprichos dos ventos na montanha, entendida como a terra interactuaba com o céu. Não era a acompanhante de volto mais técnica, mas havia uma persistente felicidade em cada um de seus movimentos que era impossível passar por cima e que a fazia surpreendente de ver. —Livre —disse ela quando se deteve em uma colina com vistas às brilhantes luz da cidade—. No céu, sempre fui livre. Observando o prazer nu em sua cara, Jason teve que reprimir o impulso de envolvê-la em suas asas, ocultar a da vista daqueles que voltariam essa alegria em desespero, usando seu amor pelo céu para torturá-la. —Tome cuidado.
Fechando a pequena distância entre eles, Mahiya pôs uma mão no peito em um gentil convite feminino, que sabia que só tinha que dar um passo atrás para rechaçar. Apesar de suas intensas emoções, não era uma mulher capaz de perseguir um homem que deixou em claro que não a queria… ou um que sabia que ao tomá-la, poderia destruir o brilho mesmo de seu espírito que o apanhou em delicadas cadeias, dor agônica em sua esperança. 179 28 Traduzido pelo Mery St. Clair Corrigido por val_mar Eu sou —disse ela—, sempre cuidadosa, mas você… agora sei por que é o grande professor dos espiões. Ele não entendeu seu significado, o calor de seu toque se filtrava através da magra camisa negra que vestia para ficar impregnado em sua pele. Bebendo da sensação, passou seus dedos pela linha de seu pescoço, houve uma ardente satisfação em seu sangue quando se estremeceu. Havia um profundo prazer nisto, em saber que a fazia suspirar, aprendendo as intimidades de seu corpo. Entretanto, este era um prazer que se negou a si mesmo durante centenas de anos. —Jason? —Olhos feridos, azuis e úmidos—. Vai? —Disse-te que não podia ficar. —Não podia lhe dar seu coração. Apertando o punho sobre a folha que sustentava contra seu peito, com lágrimas rodando por suas bochechas. —Eu pensei… quando você voltasse… Tinha sido muito jovem então, muito bom em seu trabalho, mas muito longe de seus companheiros quando se tratava de emoções, ou relações. Pensou que muito tempo atrás tinha aprendido a falar com a verdade, sem importar os sonhos secretos em seu coração. Um que rompeu sem querer, sem sequer saber que tinha o poder de fazê-lo. Sanou muito em breve porque ela tinha sido jovem, também, e pensava que nem sequer recordava ao anjo com asas negras ao qual lhe rogou para que ficasse a seu lado. Mas nunca esqueceu a lição, e se perguntou se Mahiya realmente escutou o que lhe disse a noite anterior ou se também albergava esperanças de reconstruir as peças rotas nele. A verdade, não importava se o fazia, porque logo descobriria que estava tão quebrado que nada poderia saná-lo, o dano foi feito a uma idade tão jovem que se converteu em uma parte de sua própria psique. Em troca, em lugar de retroceder, fez algo egoísta. Baixando sua cabeça, reclamou a deliciosa intoxicação de seu beijo, suas mãos enredando-se em seu cabelo para sentir a seda negra sobre sua pele. Abriu a boca para ele com uma generosidade doce e sensual que não foi a propósito, mas o fez querer acariciar cada ponto secreto de agradar nela até que seu desejo brilhasse sobre sua pele e a conhecesse como nenhum outro homem jamais poderia.
180 —Jason? Vai? Jogando a cabeça para trás com a mão ainda em seu cabelo, obrigou-se a liberar seus lábios inchados por seus beijos. —Abre os olhos. —Foi uma ordem dura. As espessas pestanas se levantaram para revelar uns olhos apaixonados. —Vejo-te, Jason. —E que vê? —Acariciou seu flanco com sua mão livre, esfregou o polegar brandamente para trás e adiante sobre seu mamilo através da roupa. ficou sem fôlego, mas não rompeu o contato visual. —Um homem que é uma tormenta, que não pertence a ninguém e que nunca poderá ser domesticado. Esperar outra coisa seria uma agonizante decepção. Ela tinha os olhos muito abertos, pensou ele. —Alguns diriam que tenta me seduzir para me pôr uma correia. Uma risada cálida e assustada se incrementou. —Só um parvo poderia tentar conter ou dirigir uma tormenta. Eu sou muito lista. Ele beijou seus lábios, tentando beber de sua risada, roubar um pouco de seu quente e resplandecente espírito para entesourá-lo em seu interior. Suas unhas se cravaram em seu peito através de sua camisa, empurrou seu peito em sua mão, e seu aroma o envolveu com uma exótica selvageria. A profunda sensação de conexão foi um choque intenso que fez que suas terminações nervosas ardessem. Nunca se havia sentido tão real, mais que uma parte do mundo. Rompendo o beijo só o tempo suficiente para que ela ofegasse por ar, retornou a sua boca, lambendo e saboreando-a e afundando-se no prazer carnal. Seu mamilo era um ponto duro debaixo do tecido de sua túnica, e quando o apertou entre seu índice e polegar, ela se estremeceu, apartando-se de seu toque. Dobrando as asas que se estenderam totalmente, observou seu intento por controlar sua respiração. —Não aqui —disse finalmente, seu peito subindo e baixando com um ritmo errático—. Quer vir a minha cama? Foi um convite cortês, e entretanto, seus lábios estavam úmidos por seu beijo, suas bochechas ruborizadas com uma necessidade sexual. —Sim. *** Havia dito sim, mas a deixou depois de escoltar a de retorno ao palácio, já que recebeu
uma mensagem em seu telefone ao qual tinha que dar seguimento. A frustração sexual percorreu suas veias, decidiu que se faria cargo da tarefa ela mesma e se dirigiu às habitações do Vanhi 181 utilizando os condutos internos. Se era um branco, seria difícil para alguém abordá-la. Vanhi lia quando chegou. Mahiya se inclinou para lhe beijar a bochecha sorridente antes de tomar assento em uma das cômodas poltronas na sala da vampira. —Espero não te incomodar. —Sabe que sempre é bem-vinda. —Vanhi deslizou um separador metálico entre as páginas e pôs o livro sobre a mesa de café—. Isto me preocupa, Mahiya, esse olhar que vejo em seus olhos. —Vanhi… A vampira levantou sua mão. —Conheço-te muito bem, querida. Arrulhei-te quando chorou sendo uma bebê e quando Arav rompeu seu jovem coração. —Suspirando, estendeu a mão para tomar uma das mãos da Mahiya entre as suas, deu-lhe um apertão—. estiveste esperando toda sua vida amar a alguém, minha doce menina. Não quero que desperdice esse formoso coração em um homem que não valorará esse presente. —Entendo-o, Vanhi. —Nunca poderia esquecer a terrível dor que sentiu em sua história de Nenê e seu Yavi, inclusive imaginá-lo doía—. Não espero nada, só o que pode me dar. —Diz isso, mas é profundamente vulnerável a sua bondade, a qualquer indício de atenção. Um golpe emocional. —Faz-me soar como um animal ferido. Levantando-se, Vanhi se aproximou da zona do comilão para tomar duas taças de vinho. —Eu não invejo sua felicidade. —Foi cuidadosa em cada sílaba enquanto voltava a tomar assento, depois de haver entregue a Mahiya uma taça—. Simplesmente não quero que lhe machuquem de novo. Mahiya lhe deu à outra mulher um sorriso torcido. —Se a dor for honesta, posso sobreviver. —Talvez tivesse passado sua vida esperando alguém a quem amar, e Jason… precisava ser amado, como uma flor silvestre necessita a luz solar. Vanhi negou com a cabeça. —Tenho algo de culpa nisto… me dói não ter podido estar ali para ti, por não te dar o amor que um menino necessita. —Fez tudo o que pôde. —O que Mahiya conhecia da bondade e afeto provinha do Jessamy e Vanhi—. Ela é um arcanjo. —E sua lealdade era primeiro com ela. Era uma verdade que Mahiya aceitou faz muito tempo. Uma tristeza sombria na expressão do Vanhi. —me diga porque vieste a mim tão tarde, querida Mahiya.
Deixando a um lado a taça de vinho, Mahiya lhe contou sobre o urso de peluche, e o vampiro de cabelo escarlate e pele de porcelana. Vanhi esfregou 182 os sulcos que se formaram entre suas sobrancelhas. —OH, conheço-o. —Um som frustrado—, tenho seu nome na ponta da língua, mas não posso recordá-lo. —Descansa um pouco. —Mahiya não queria pressioná-la, mas Vanhi tinha milhares de anos de antigüidade, levava um milhão de fragmentos de lembranças—. Se o recordar amanhã, me envie uma mensagem. As linhas ainda seguiam em sua frente, Vanhi assentiu lentamente. —Ele não era importante, acredito. Mas sempre está ali, nos borde. Essa é a razão pela qual é tão difícil de recordar. —Um sorriso triste—. Certamente, estou-me voltando velha. Há tantas peças de lembranças de minha vida… algumas vezes acredito que se escondem em segredo nos rincões de minha mente. —Eu gostaria que minha memória fora tão boa como a tua. O sorriso do Vanhi se desvaneceu. —Desejaria que tivesse conhecido a sua mãe, menina. As costas da Mahiya ficou rígida. —deitou-se com um homem casado. Um que pertencia a sua irmã. —Sim. —Vanhi assentiu solenemente—. Elas sempre competiam, Neha e Nivriti. —Bebendo um profundo sorvo de seu vinho, a vampira sustentou o olhar da Mahiya com seus olhos intensamente verdes—. Eris cortejou primeiro ao Nivriti. As palavras foram como um punho que golpeou contra suas costelas. —Neha foi a que cometeu a traição inicial? —Nunca foi tão simples. —Os olhos do Vanhi se fecharam, abriu-os de novo para mostrar uma vontade de aço—. Alguma vez te falei antes sobre isto, porque, do que tivesse servido? O passado é passado, já foi. —Terminou seu vinho, jogou com a taça entre seus dedos—. Agora vejo que me equivoquei. Deveria saber de onde vem se quer tomar as rédeas de seu próprio destino. E se eu não compartilho estes segredos contigo, quem o fará? A pele da Mahiya se sentia como se fora a estalar com todas as perguntas que tinha dentro, mas se manteve em silêncio, tentando escutar com cada célula de seu corpo. —Todo mundo —murmurou Vanhi—, sempre chamou o Nivriti a irmã menor, e foi… por
cinco pulsados. Seu silêncio se fez pedacinhos. —as gema? Como pode ser isso? Nunca ninguém o mencionou. —Neha sempre foi mais forte, até que Nivriti foi lançada dentro das sombras. Sempre foi a mais inocente das duas, e ao passar os séculos, as pessoas se esqueceram da verdade e só pensavam nela como 183 a menor. —A voz do Vanhi era séria, enche história, enquanto continuava—: Quando eram meninas nunca brigaram ou competiram. Neha estava acostumada ter muito cuidado do Nivriti, e tinham um vinculo que nada poderia romper. Mahiya logo que podia assimilar o que Vanhi lhe contava. —O que o trocou? —A idade, o tempo, a vida. —Sacudiu a cabeça—. Possivelmente foi a inveja por parte do Nivriti, a arrogância da Neha, ou talvez a simples rivalidade entre irmãs, mas começaram a jogar um jogo. Começou como uma batalha de engenhos e declinou em um pouco tão feio que a meu coração doeu ser testemunha. Os olhos do Vanhi brilhavam úmidos. —Primeiro, se Nivriti lhe pedia à costureira que lhe fizesse um vestido especial, Neha lhe roubava o desenho, obtinha outro idêntico realizado em um tempo mais curto e o usava antes do grande evento do Nivriti. Então Nivriti tomaria represálias escondendo as jóias da Neha, assim se veria obrigada a aparecer sem nada brilhante, enquanto ela resplandecia. depois de um momento —uma profunda respiração—, começaram a jogar o jogo com pessoas como peças de xadrez. A curiosidade da Mahiya formou um nó em seu estômago. —Se uma delas tinha um amigo, a outra utilizava qualquer encanto para que também fora o seu ou tinha uma relação com ele até que terminava feito um novelo e morrera. Foi um jogo tolo, um desperdício de seus talentos e dons. Mahiya passou um punho sobre seu ventre, porque sabia que isto estava a ponto de ficar muito pior. —escutei que minha mãe tinha uma forte habilidade com as coisas que voavam? —Sim. —A sombra de um sorriso, os exuberantes lábios vermelhos se curvaram pela lembrança—. Ela me assegurou que os pássaros lhe falavam e que podia ver através de seus olhos. Os falcões se posavam sobre seus ombros sem agredi-la ou estar zangados… Embora quando sua amargura cresceu, deixo de desfrutar admirar sua beleza selvagem para começar a usá-los como armas. Uma lágrima que derramou Vanhi rodou até seus lábios. —Uma vez a vi enviar um falcão a lhe cravar as garras nos olhos a um vampiro. Tinha sido seu amante, acabava de tomar posição na recém formada corte de
Neha. Quando cheguei até ele, seu rosto era uma máscara vermelha, seus gritos de agonia me perfuraram até os ossos. Mahiya nunca acreditou que sua mãe fora a ofendida donzela de um conto de fadas… mas tinha tido a esperança de que Nivriti fora melhor que Neha, que o nascimento da Mahiya não tivesse sido um ato de ódio supremo. Entretanto, apesar de que isto fazia pedacinhos seus sonhos, 184 desejava a verdade, queria escutar tudo. —Assim Eris não foi seu primeiro campo de batalha. —Mas foi o primeiro que ambas amaram. —A taça do Vanhi se quebrou sob a força de seu agarre, enviando um fio de sangue descendo por sua palma. Levantando a palma para acalmar o grito da Mahiya, Vanhi pôs os pedaços quebrados sobre a mesa e limpou a ferida com um lenço—. Lamento dizer que Eris não se merecia a nenhuma de minhas meninas, ou às filhas que ajudei a criar. —Vanhi, deixe ir te buscar uma atadura. —Cala, menina. Curará-se logo —a repreendeu com um sorriso—. Mas pode me servir outra taça de vinho. Mahiya o fez, contente de ver que o sangrado da vampira se deteve. —cheguei a acreditar que Eris cortejou primeiro ao Nivriti porque era a mais acessível —disse Vanhi, tomando um sorvo de seu vinho branco—. Neha era já um arcanjo, mas sua mãe tinha seu próprio poder. Digo que para estes dias já tivesse entrado na Catedra se estivesse com vida. Seu fogo se desenvolvia lento em comparação com o da Neha. —Uma vez que Eris ganhou sua confiança —adivinhou Mahiya, sem ter ilusões sobre o homem que a engendrou—, foi procurar a da Neha. —Não sei se ela sabia que pertencia ao Nivriti ao princípio. —As palavras do Vanhi eram suaves, comovedoras pelo amor que tinha tido a essas garotas—. Acredito que Neha se apaixonou tão profundamente de Eris porque não sabia a verdade… Se tivesse estado jogando um jogo, teria se posto uma armadura a seu coração para poder desfazer-se dele uma vez que deixasse ao Nivriti. Enquanto que para o Eris… o amor era algo intercambiável. Mahiya não tinha nada que dizer ante isso. Tinha conhecido a seu pai muito bem. —Nesse momento —disse Vanhi—, Nivriti não fez nenhum tipo de alvoroço. Minha pobre menina tinha o coração destroçado, inclusive abandonou parte do território que governava como
uma capitalista reina, e se foi por muitos anos às terras que Favashi agora chama delas. Nunca a vi tão derrotada. Neha, também, lamentava-o por sua irmã. Suponho que pensou que ganhou o prêmio e isso a fazia uma melhor pessoa. Os jogos se detiveram. Ira, poda e brilhante, borbulhou sob a pele da Mahiya. —Minha mãe obviamente decidiu trocar de status depois do matrimônio da Neha — Tendo em conta os acontecimentos que levaram a sua filha a crescer sem mãe e apanhada. 185 Mas Vanhi negou com a cabeça. —Não, isso não era um jogo. Nivriti nunca sentiu por outro homem o que sentiu pelo Eris —A vampiro baixou sua taça como se temesse rompê-la, também—. É uma das maiores injustiças do mundo que ele, de todos os homens, tivesse em suas mãos os corações de duas fortes mulheres. A ira da Mahiya se rompeu ante uma dolorosa compreensão pela mãe que nunca conheceu, porque detrás da fealdade da infidelidade havia um amor duradouro. Eris não tinha sido digno dela, mas Mahiya foi concebida por amor, do menos de um deles, isso trocava a natureza de sua história. —Chora. —Vanhi tocou com seus dedos as lágrimas da Mahiya, as limpando—. Ah, minha doce menina. Não era minha intenção te fazer sentir triste. —Sempre me perguntei se lhe importava sequer um pouco —disse Mahiya, sua visão imprecisa pelas lágrimas que seguiam caindo—. Agora acredito que talvez lhe importava, que possivelmente signifiquei algo para ela. A angústia floresceu no rosto do Vanhi. —Você não significou um pouco. Significou tudo. —Embalando o rosto da Mahiya, disse—: Tenho outro secreto para ti, um que sua mãe me prometeu manter, porque eu estive em seu nascimento. 186 29 Traduzido pelo Andreani & Panchys Corrigido pelo Amigasoy Mahiya piscou para afastar suas lágrimas, seu mundo era um caleidoscopio. —Não fui arranco do ventre de minha mãe? —Não, não. —A angústia do Vanhi cresceu—. Me assegurei que o parto do Nivriti fora tão fácil como poderia ser o de uma mulher que estava em uma cela. —Seus dedos trementes acomodaram para trás o cabelo da Mahiya—. Foi depois de seu nascimento, quando foi arrebatada de seu lado, e nesse momento estive sozinha no quarto com sua mãe durante uns segundos. Sussurrou-me que deixaria a sua filha um presente, e me fez prometer dar esse dou
de presente no momento justo. —O que é? —perguntou, tremendo ante a idéia de um vínculo com sua mãe. A risada do Vanhi alagou o lugar. —Mahiya, um nome muito formoso, Não te parece? Um que eu sugeri a Neha. Mahiya sempre tinha tomado seu nome como uma piada cruel por parte da Neha, que significava felicidade, alegria... e às vezes, amada. —Minha mãe me deu meu nome? —Era um presente que nunca ninguém poderia lhe tirar. —Sim, mas a segunda parte, tinha que mantê-la em segredo, do contrário Neha não o teria permitido. —A angústia de uma mulher que amou ao Arcanjo mas conhecia suas faltas. Mahiya se inclinou para frente, sentindo um centenar de mariposas em seu sangue. —Qual é a segunda parte? —Geet —sussurrou Vanhi—. Seu nome é Mahiya Geet. Alegre canção... a canção amada. Seu coração começou a reparar-se de dentro para fora. longe de ser uma brincadeira, seu nome era um tesouro, um último presente de uma mãe que não tinha sido, sem necessidade de perguntar, permitida de ficar com sua filha recém-nascida. —Obrigado —sussurrou ao Vanhi através de uma garganta inflamada pela emoção. 187 —lhe pensei dizer isso antes... mas não estava lista —disse Vanhi, lhe dando um braço—. Agora o está. Acredito que o mundo tremerá ao escutar sua canção, doce menina. *** Amada Canção. Mahiya sujeitou com força o corrimão do balcão e voltou a olhar ao homem que era a única pessoa além do Vanhi que conhecia seu verdadeiro nome. Tinha que dizer-lhe alguém e Jason... ele guardaria seus segredos. Perto de meia-noite, o céu estava vazio além dos sentinelas exteriores. Aqui, dentro dos muros da fortaleza, estava tranqüilo, mas para os insetos da noite, o vento ainda era como uma lacuna cristalina, o ar era afresco mas não frio. O homem a seu lado era uma parte da noite, suas asas perto de ser indistinguíveis das sombras. —Fica bem —disse, enquanto uma dessas asas acariciava a sua quando a estirou detrás dela.
Reprimindo um estremecimento em resposta, se Rio, um som suave e íntimo na escuridão. —Não sou a mais talentosa das cantores, mas não me importa. Sentiu um puxão de cabelos, os dedos do Jason desatavam prolijamente o penteado ordenado em sua nuca com deliciosa paciência, cada pin de ouro era posto sobre o corrimão em ordem, brilhando na escuridão, e seu cabelo caiu pelas costas e por cima de suas asas. Mahiya tremeu. Tinha nascido em um tempo quando uma mulher não podia soltar seu cabelo ante ninguém exceto seu amante, e alguma parte dela era essa garota ainda. Era uma intimidade que compartilhavam sob o céu estrelado. Quando deslizou sua mão debaixo de seu cabelo para fechá-la sobre sua nuca, Mahiya esperou que atirasse dela para beijá-la, mas só esfregou o polegar sobre sua pele antes baixar seus nódulos pela linha central das costas e retornar a inclinar-se no balcão sobre seus antebraços, sua asa repousava fortemente contra a sua. —Eu posso cantar. Era o último que esperava ouvir dele, este homem que ameaçava desmoronando suas defesas até que se repetiu a história de sua mãe sobre um amor não correspondido. Mas agora que tinha falado, sua mente sussurrou lembranças fragmentadas de conversações escutadas. —Uma voz mais formosa que a do Caliane dizem. —... rompe-me o coração. —Pureza, é a voz do Jason. 188 Os que falavam o tinham feito faz mais de quatrocentos anos de antigüidade. —Eu gostaria de lhe escutar —lhe sussurrou. —Não cantei durante muitos anos. —Ocorreu algo que detivera seu canto? —perguntou-lhe, incapaz de afastar-se quando esta era a primeira vez que espontaneamente lhe oferecia uma olhada a seu mistério. Sua resposta demorou para chegar, mas ela não tomou seu silêncio como irritação, sabendo que Jason era um homem que não sentia a necessidade de saturar o ar com palavras. Em troca, tentados pela forma em que estavam suas cabeças, ele se inclinou para baixo, ela se estirou para desfazer o acréscimo que sustentava seu cabelo habitualmente. Esta caiu como água negra ao redor de sua cara, e não a deteve quando ela começou a acomodá-lo sobre seus ombros. —Tem um cabelo tão formoso. —Prefiro o teu. Sua mão sujeitou o cabelo dela, pondo seus lábios em sua garganta.
Apertando suas pernas, passou os dedos sobre seu couro cabeludo. —Então somos um bom casal. Ele se arqueou um pouco a seu toque. —As únicas canções em meu coração foram as que fizeram afogar-se em lágrimas o Refúgio. Assim que o deixei. Sem haver esperar uma resposta tão direta, ela ficou momentaneamente quieta, seus dedos deixaram de mover-se. Tinha a sensação de pânico quando uma oportunidade se deslizava através dos dedos, uma oportunidade perdida para sempre. —Doeu-te deixá-lo? —perguntou, agarrando essa oportunidade com sombria determinação. —Sim —disse finalmente—. É similar a que lhe cortem um membro, mas a canção não era boa para mim. Franzindo o cenho, separou seus lábios para perguntar por que, mas se deteve. Jason era um homem das sombras, para dar voz à escuridão interior... Sim, não seria bom para ele inundar-se nela. —Se alguma vez encontrar algo digno de cantar de novo —disse ela, com a esperança silenciosa e feroz em seu coração por escutar sua canção—, espero que me convide a escutá-la. Jason se afastou do corrimão para ficar completamente erguido, dobrando suas asas a suas costas ao mesmo tempo. Ela perdeu o peso quente que sentia em seu contrário, mas logo ele inundou sua cabeça e a calidez se converteu em um fogo negro que beijou sua corrente sangüínea e se propagou a todas as células de seu corpo. 189 Nunca esquecerei ao Jason. *** Levou-a a dormitório, mas quando se deteve os pés da cama, ela levantou os dedos aos botões de sua camisa depois de desfazer a correia do arnês de sua espada através do peito. A forma em que Jason tinha tomado o controle a noite anterior, preocupava-lhe que não aceitasse seu desejo de descobrir o que ele quisesse, entretanto Jason jogava com seu cabelo enquanto ela desabotoava a camisa para mostrar a beleza de seu corpo. Cada puxão suave no couro cabeludo enquanto retorcia uma mecha solta e pesada ao redor de seu dedo, soltando-o, fez que seu coração deixasse de pulsar. Mas eram as cristas e vales de seu corpo as que a tinham gemendo de prazer feminino enquanto abria os lados da camisa para estender os dedos sobre sua pele. Sua mão fez um punho no cabelo, mas não pôs fim à exploração. Encantada, deu forma ao quente aço dele, acariciando o pesado músculo que falava de sua força e velocidade. Era um capricho da biologia angélica que os poderosos músculos necessários
para apoiar o vôo não afligissem a parte superior do corpo. Em seu lugar, descansavam sutil e ferozmente forte por debaixo da pele. Mas o corpo do Jason contava uma história diferente, a de um guerreiro que tinha que fazer manobras no céu, os músculos de vôo por si só não se teriam em conta. —Pode usar sua espada em vôo? —Seria inútil como lutador de outro modo —murmurou, levantando com seus dedos as correias de seus ombros que ajudavam a manter o arnês da espada em suas costas. Tomando a silenciosa instrução, ela desabotoou a fivela elegante mas forte, repetiu o ato no outro lado, o couro suave pelo uso. —Alguma vez não leva sua espada? —Não. —Removendo o arnês e espada, colocou-os junto à cama. Ao alcance da mão. —É minha principal arma. —Sim, entendo-o. —Deixando a um lado sua camisa, esfregou os dedos sobre as ligeiras marcas vermelhas criadas pelo couro. Tal coisa não seria grave para um anjo da força do Jason, mas não gostava de ver seu corpo maltratado, inclusive de uma maneira tão pequena. Havendo-se tirado as sandálias no salão, onde Jason tinha deixado as botas, levantou-se sobre os pés descalços para pressionar seus lábios em uma das marcas. O braço livre do Jason chegou à cintura, mas não deteve seus movimentos quando beijou um caminho através das 190 outras marcas. —Poderia fazer isto por horas —disse, viciada na sensação, ao sabor dele. A resposta do Jason foi novamente inesperada. —Se esse for seu desejo. Isso a fez tremer, a idéia de ter a este homem em sua cama, seu para explorar. Deixando cair de plano em seus pés outra vez, não lhe deu tempo a trocar de opinião e deu a volta para desabotoar os botões simples fechavam as frestas das asas. Sua camisa caiu ao chão uns segundos mais tarde, suas asas impressionantes, arcos de denso negro. Passou os dedos pela perfeição escura de suas plumas, de forma tímida. Mas ele já estava desabotoando seu cinturão, o metal soou duro e íntimo no silêncio da habitação. Com respiração entrecortada, ela caminhou ao redor para fazer-se carrego da tarefa, os dedos roçando os dele. —Eu o farei. —Foi um sussurro, mas a mão do Jason caiu… para desabotoar os botões colocados os ombros de sua túnica. Deslizando seu cinturão dos cintos, deixou-o cair ao chão, e cooperou com ele para sair de sua túnica. Seus peitos, pequenos como eram, não necessitavam suporte, e só levava uma camiseta debaixo. Tomou a
Jason solo um momento para tirar o de seu corpo, passando o dorso de sua mão sobre um montículo tenso. —Formosa. Um tremor ondeou sobre sua pele ante o murmúrio, desabotoou o botão de seu jeans e passou os dedos ao longo de seu umbigo. Seus músculos se contraíram. Intoxicando-a por sua resposta, e ela tinha o desejo de conhecer cada toque, cada carícia que este homem forte e sensual o fazia estremecer-se de prazer. Tragando ante a fascinante ideia, passou os dedos por cima de seu fechamento e o debaixo bordo duro. A exigente boca do Jason de repente esteve por sua conta, seu agarre no cabelo a sustentava em seu lugar. Não soube como aconteceu, mas suas calças foram despojados dela segundos depois, e se encontrou tombada de costas na cama com o Jason entre suas pernas, pesada-a tecido de seu jeans roçando a pele enquanto devorava sua boca. Ela enganchou uma perna ao redor de sua cintura, e abriu a boca para a sedução de seu beijo úmido, lambendo sua língua contra a dele em um fundido desejo. Gemendo, instalou-se mais perto em seu contrário, o frio metal da cremalheira pressionando a pele de seu abdômen enquanto suas asas estavam estendidas por cima dela em uma carícia de meia-noite. —Mais tarde. —Uma palavra rouca contra seus lábios—. Pode tocar tudo o que queira depois. A rouca promessa a fez derreter. —Tenho a intenção. Sua mão sobre o peito, apertando uma fração muito brandamente. Talvez era vergonhoso, mas pôs a mão sobre a sua, aumentando a 191 pressão. Sua recompensa por tal descaramento foi um penetrante prazer, seus lábios quentes e úmidos em seu pescoço enquanto lhe acariciava os peitos, esfregando o mamilo. Sustentando sua cabeça, ela se retorceu contra ele, frustrada pelo tecido que os separava. —Jason, seus jeans. Sentiu um calafrio repentino enquanto se levantava para desfazer-se de sua roupa restante. A visão dele na tênue luz da lua que entrava na habitação através de uma janela alta, formada por finos desenhos esculpidos na pedra mesma, roubou-lhe o fôlego. Era uma obra de arte, cada parte dele levando-a a um bordo mortal. Levantando o braço, tendeu-lhe a mão, chamando-o de novo à cama. Ele voltou em uma onda de calor primário que a golpeou. Beijando o caminho por seu corpo, colocou os dedos no cetim e encaixe das calcinhas para as atirar, as jogando a um lado. Um úmido beijo pressionou justo por cima do montículo antes de separar suas coxas… Mahiya se arqueou na cama sob a crua intimidade de sua seguinte carícia, sua boca saboreando a carne mais delicada com exuberante erotismo enquanto suas mãos a mantinham aberta para ele, seu prazer. As mãos se aferraram aos lençóis, as asas revoando como seres
apanhados, e seu fôlego se converteu em um soluço. Enquanto aprofundava o beijo, um de seus dedos se deslizava em sua vagina. A sensual intrusão a derrubou, em um prazer tão intenso que lhe roubou a voz. Subindo sobre seu tremente corpo em uma lenta e detalhada atenção que não deixou centímetro de pele intacta sem provar, sem tocar, os mamilos, pequenos bagos duros para as rodar contra sua língua, os peitos manchados e úmidos para esfregar contra a formosura de seu musculoso peito quando ao fim ele chegou a seus lábios. Primeiro, beijou-a na comissura dos olhos, saboreando o sal do prazer que brilhava sobre sua pele ainda. Mas quando ela procurou seus lábios, aceitou o convite com crua fome, enquanto uma de suas mãos correu pela cintura para agarrar a coxa, levá-lo por cima de seu quadril, abrindo-a para ele. E logo estava empurrando dentro dela, lento e insistente. Ela ficou sem fôlego, sua carne torcida, mas não houve dano. Só uma necessidade quase dolorosa do ter dentro. Envolvendo a outra perna ao redor de seu corpo, apertou, insistindo-o mais profundo. Mahiya. O controle do chefe de espiões se fraturou. 192 30 Traduzido pela Luisa...? Corrigido pelo Amigasoy Horas antes de que retornasse Mahiya, Jason tinha pirado uma distância considerável fora da fortaleza para falar com um casal de anjos que acaba de retornar ao território depois de uma estadia no Refúgio. Tendo recebido sua mensagem, tinham-lhe pedido encontrar-se no albergue onde descansavam, já que planejavam começar a segunda etapa de sua viagem à primeira luz do dia, a seu lar no outro extremo do território da Neha. Tinha tido a sorte de encontrar o casal, pois passavam grande parte de seu tempo percorrendo o mundo, depois de ter ganho uma pausa por suas funções detrás milhares de anos de serviço. Embora os dois eram inquestionavelmente leais a seu arcanjo, também tinham uma afeição não oculta pelo Rafael. —Vimo-lo crescer de menino a arcanjo. Nunca foi muito orgulhoso para falar com os mais débeis, mesmo que seu poder eclipsava o nosso apesar de que não era mais que um bebê. Esse carinho se estendia aos Sete, e os dois tinham estado dispostos a responder às
perguntas do Jason sobre o vampiro com o cabelo escarlate, embora ele tinha utilizado o patrão de interrogar fazendo que a pergunta mais importante não era mais que uma entre muitas. Não queria que uma palavra ociosa assustasse a sua presa. O que tinha descoberto tinha sido... interessante, até que quase podia saborear a resposta na língua. Algo se moveu contra ele, os dedos da Mahiya vacilavam em seu peito. Seu cabelo se deslizou por seu braço e ombro no mesmo instante em que uma de suas asas média entrava e médio saía de seu corpo enquanto jazia de costas, com as mãos na cabeça. —Quanto tempo dormi? —perguntou ela sem levantar a cabeça de seu ombro, com a voz rouca. Jogou uma olhada à luz da lua que se filtrava pela alta janela de persiana e disse —: Não muito. Talvez uma hora. —Tempo em que a tinha escutado respirar enquanto dormia, enquanto riscava patrões tranqüilos sobre sua pele e sentia seu ritmo cardíaco lento, arrulhado pelo 193 ritmo dela. Tinha sido uma coisa inesperada, e tinha causado uma resposta violenta nele, um impulso insistindo a sair, a liberar-se. Mas Jason que tinha quase setecentos anos, entendia o que isso conduzia, tinha cuidadoso no abismo de sua alma; tinha visto o menino solitário, esquecido e que o olhava. Sabia que esse menino não confiava em ninguém e nada; sabia que via algum tipo de vínculo emocional com suspeita, não esperava nada, salvo a dor de tal relação. Esse menino estava muito assustado. Era uma verdade sobre si mesmo com a que tinha chegado a um acordo faz muito tempo. Esse menino assustado não controlava sua mente consciente, mas estava tão encravado em seu subconsciente que muitas vezes não sabia por que atuava como o fazia, até que o ato parecia e sua mente se esclarecia de novo. Esta noite, lutou contra o impulso de sair quando o golpeou. O estar na cama com a Mahiya dormida, era um prazer por si mesmo. Gostava que seu aroma o esquentasse e parecesse penetrar em sua própria pele; gostava de poder lhe trançar o cabelo perezosamente ao redor de seus dedos e jogar com ele enquanto pensava; gostava dos pequenos ruiditos que fazia e quando se acurrucaba mais profundamente nele de vez em quando, como se adorasse estar com ele. Quase se sentia real, como se fora um homem normal, capaz de amar a uma mulher e sustentá-la perto. Era uma ilusão, mas que estava disposto a acreditar esta noite. —Hmm. —Tendendo a mão, Mahiya atirou o lençol enredado ao redor de suas coxas até a cintura, antes de colocar sua mão sobre seu coração de novo. Sua asa se levantou uma fração enquanto sua boca e mandíbula se moviam contra sua pele em um bocejo, e a luz chapeada da lua beijou as plumas que brilhavam como jóias. antes de ficar dormida, essas asas tinham brilhado em sua visão durante a hora que esteve tocando e beijando seu corpo em um prazer oculto. Bêbado das sensações tateantes, tinha tido que convencê-la para que se montasse
escarranchado, sua tímida Mahiya, mas uma vez ali, ela tinha usado sua posição para acariciá-lo com doce deleite feminino. Vivendo na ilusão, moveu uma mão para percorrer seus dedos sobre o arco delicado. Ela se estremeceu, sua asa flutuando para baixo para jazer sobre seu corpo uma vez mais. —Poderia me fazer acessar a cometer grandes pecados com esses dedos, Jason. —Não pecou no prazer. —Era algo que Dmitri lhe havia dito, um giro irônico nas palavras, a brincadeira dirigida para o interior. 194 A risada suave da Mahiya trocou essas palavras, converteu-as em sensuais e juguetonas. —Acredito que vou fazer o meu lema quando este livre, e viver a vida como uma hedonista descarada. Imagens dela vestida com seda e cachemira deliciosa, seu corpo acariciado e alisado com natas exóticas, seus lábios fechando-se sobre um delicioso bocado enquanto jazia sobre lençóis de cetim, cruzaram por sua mente. Colocando a ponta dos dedos por suas costas, estendeu sua mão, seus dedos roçando as curvas de abaixo. —Estaria encantado de te dar massagens com azeites perfumados. —Até que sua pele brilhasse e se jazesse fraco sob seu toque. Sua risada rouca o surpreendeu esta vez. Esfregando a bochecha contra sua pele, disse—: Homem perigoso—Não estou segura se sobreviverei ao prazer. — Empurrando seu peito, olhou abaixo, para ele, enquanto seu cabelo caía sobre um ombro suave, seus peitos ocultos pela savana que tinha levantado para sustentar contra seu peito. Sempre tão modesta, embora como amante, nada contradizia o que ele exigia. —Vanhi —disse ela, convertendo sua expressão em solene —, disse algo importante. Esqueci-me de te dizer com todo o resto. Pensou que poderia ter visto o vampiro com osso e pele pálida e cabelo escarlate uma vez. Faz muito tempo. Jason escutou, acrescentou este fato à informação que já tinha. —E? —Apressou-o quando não respondeu—. Eu sei que estava fazendo o que sempre faz. O que aprendeste? —Um cenho franzido— . Não acredito que deva me manter na escuridão, Jason. Deveria lhe haver recordado que ela não possuía cartas para jogar, mas sabia que lhe faria mal, e ele não queria ferir esta princesa com o coração o suficientemente forte para sobreviver 300 anos com um arcanjo que a via só como médio para um fim. —Há um montão de luz pela lua. Fazendo um som de exasperação, ela baixou a cabeça para lhe dar um beijo, afundando seus dentes no lábio inferior, em uma mordida que não fez mais que picar. —Este não é o momento para o humor de um chefe de espiões. Se fosse outra mulher, teria pensado que tentava utilizar o resplendor do sexo para influir
nele, mas esta era Mahiya, quem tinha crescido em um foco de mentiras, mas decidiu não utilizar essas táticas. Acariciando-a com a mão que tinha em suas costas, disse-lhe—: Encontrei a um casal que recorda ter visto um vampiro que se ajusta à descrição, na corte da Neha faz trecientos ou quatrocentos anos. —Não podem estar mais seguros? —perguntou ela, uma espécie de zumbido esticando seu corpo. 195 —Aos cinco mil anos de antigüidade... Mahiya suspirou. —Ao igual a Vanhi, suas lembranças se encontram escondidos nos rincões secretos de sua mente. —Uma pausa pensativa, antes de dizer—: Faz um pouco mais de trezentos anos, Eris foi exilado a seu palácio, e minha mãe foi executada. depois de havê-la mantido viva, o tempo suficiente para dar a luz ao filho que levava em seu ventre. As palavras ficaram tacitamente suspensas entre eles. —Eles não foram os únicos —disse Jason, perguntando-se quanto sabia—. Os que tinham conhecido do assunto e ajudaram ao Eris e Nivriti foram executados, outros que simplesmente eram leais ao Nivriti foram exilados. Mahiya se separou de seu peito para sentar-se erguida, sua asa escovando através de seu corpo, o calor desaparecendo de repente. —Um homem ao bordo de seu círculo —murmurou—, teria sido considerado como um parasita. O exílio, então. —É uma conclusão viável. —Centrar-se só em uma possibilidade quando esta ainda não era uma certeza, era criar esquinas cegas onde o inimigo podia ocultá-la pergunta é, por que ia expor se ante ti? —Um sentido de lealdade residual talvez. Olhos avermelhados intensos como os de um gato na escuridão se encontraram com os seus, o potencial encerrado dentro de seu corpo, um brilho luminoso. —Mas há outra questão. —Qual é? —Jason intuía o mesmo sentimento de poder em Mahiya que havia sentido quando Illium era jovem. Pode ser que lhe levasse mais tempo que ao anjo de asas azuis para crescer nesse poder, de mãe a filha, talvez. Mas lhe dando espaço para respirar e desenvolver-se, Mahiya se converteria em um anjo a ter em conta... e teve a idéia repentina e cegadora que queria presenciar a mudança, vê-la estender suas asas. —Como —disse ela agora—, conseguiu ele a caixa do templo? Era uma pergunta ardilosa. —Alguns vampiros podem subir como aranhas —disse,
recordando ter visto veneno escalar sorridente a Torre uma noite sem lua, depois de que ele e Illium jogassem uma aposta—, mas as possibilidades de ser capturado teriam sido muito altas. Não só os guardas angélicos varriam a zona, os sentinelas que vigiavam a Fortaleza do Guardião tinham um amplo campo de visão. —Poderia ter utilizado os túneis, Veneno disse que não via nenhuma outro rastro ao longo da rota que utilizou, mas ouvi que é um labirinto. 196 —Farei que o comprove de novo. —Agarrou o telefone celular que tinha posto na mesa de noite depois de atirar suas calças jeans. —Agora? —É o melhor momento. —Ninguém se preocuparia muito por um vampiro caminhando na noite, muito menos um com reconhecidos favores pelas mulheres. Tão assim são as coisas que ouviu um suave suspiro feminino em segundo plano quando Veneno respondeu. —Não há problema —disse o outro homem—. Acabo de comer, tenho um montão de energia. Jason ouviu a saciedade no tom do vampiro, sabia que se alimentou da veia, e certamente de uma fêmea muito disposta. —Cuida suas costas. —O sexo poderia turvar a mais aguda mente, e enquanto a Neha gostava de Veneno, seguia sendo um dos Sete. O som de rangido, como se Veneno se estivesse levantando da cama. —Não se preocupe. É uma companheiro de jogos deliciosa, mas o único que queria era bombear minha franga, não meu cérebro. —Poderá ser capaz de comprovar cada rota possível até Guardião? —Posso fazê-lo antes do amanhecer. Pendurando um pouco depois, Jason perguntou—: Pensa que a caixa foi transladada ali? —Olhou à mulher a seu lado, com uma expressão pensativa. —Sim. —Mahiya tomou a savana quando desceu da cama, os filamentos das plumas deixavam mil beijos suaves através de sua pele. Desaparecendo em seu camarim, retornou vestida com uma túnica azul vivo, pacote à cintura. Ele já se pôs as calças, apesar de que tinha deixado a camisa e espada, este último a seu
alcance, como sempre o fazia. Ficando de costas à parede sólida junto a uma pequena janela de vidro de cor, viu-a caminhar para abrir a janela e olhar mais à frente, banhada pela luz da lua. —Um osito de peluche, ou é um presente romântico parvo —lhe sussurrou ao fim—, ou o tipo de coisa que dá a um menino. Pensou na pluma verde azul que tinha encontrado a noite do assassinato do Arav, o fato de que Nivriti tivesse herdado a habilidade de hipnotizar, não podia descartar a impossibilidade detrás do olhar de preocupação no rosto da Mahiya. —O que é o que Neha te contou sobre a execução de sua mãe? 197 —Que antes de sua morte, começou a gritar e rogar por sua vida. — Seus dedos se apertaram com tanta força o batente da janela que seus ossos se marcaram, contra a pele. —Vi órgãos de minha querida irmã derramados fora do buraco que tinha sido seu ventre e o sangue verter dos cotos de suas asas, e logo a deixei morrer de fome. Isso é o que Neha me disse quando lhe perguntei por minha mãe. —Tragou—. Vanhi diz que mentiu sobre a forma de meu nascimento, mas ela teve que fugir depois de que eu nascesse. Neha poderia ter feito exatamente o que disse. Calidez, uma mão na bochecha, um dedo polegar na mandíbula, fazendo uma pressão suave mas inexorável. voltou-se e se encontrou centrada em uns olhos próximos a obsidiana que ardiam com uma chama escura fazendo a seu coração perder o ritmo. O polegar do Jason se moveu brandamente inclinando seu queixo. —Enquanto veja o Eris em ti, Neha sabe como guardar rancor. Mahiya conteve o fôlego, esperava que Jason argumentasse contra a esperança dolorosa em seu peito. —Pôde ter mantido a minha mãe viva todo este tempo por despeito? —Sacudiu a cabeça—. por que faria isso? —Pela mesma razão pela que o fez ao Eris, o amor e o ódio entrelaçados. Diz que Nivriti era seu gêmea. Isso é um vínculo da alma. Mahiya pensou no dia em que tinha visto a Neha e Eris no pátio, quando tinham acreditado estar sozinhos. Ela deveu dá-la volta, afastar-se, mas tinha sido capturada pelo quadro que contemplava: Neha, sua expressão jovem e vulnerável de um modo em que Mahiya nunca tinha visto, que permitia ao Eris lhe inclinar o queixo com o dedo, com um sorriso zombador em seus lábios. É obvio, esse momento não tinha durado, o passado muito lhe esmaguem para que essas sementes frágeis brotassem, mas… —Acredito que se ele não tivesse morrido, Neha lhe teria permitido sair. Talvez inclusive antes. —voltou-se para o Jason, sua mão deslizando-se para cavar o flanco de seu pescoço—. A morte de um Anoushka a golpeou com força. Começou a visitar o Eris mais e mais.
—Havia rumores de que estava tratando de conseguir um filho. —Não posso te dar uma resposta quanto à verdade disso, mas acredito que necessitava o consolo do homem que tinha engendrado a seu filho, e Eris, a sua vez dava esse consolo. —Quanto tinha sido real, e quanto uma fantasia criada com o fim de chegar a congraçar-se com a Neha, não sabia. Em qualquer caso lhe tinha dado a Neha um pouco de trégua, e quem era Mahiya para contradizer as decisões de um homem que se passou três séculos encerrado com bonitas cadeias, embora ele se encarregou disso? 198 Soltando seu agarre sobre ela, Jason passou a inclinar um ombro contra a parede. —Não estou seguro de quanto tempo pode durar qualquer liberdade. Mas pude comprovar que Audrey estava esquentando sua cama. —Uma pausa—. Se foi primeira e ele durou trezentos anos antes de romper —o tom do Jason deixou claro que pensava de outra maneira—, então pôde ter sido um homem mais forte do que nós damos crédito. Mahiya pensou de novo nesse aspecto vulnerável na cara da Neha e se perguntou se uma mulher com tanto amor em seu coração tivesse sido ao final capaz de perdoar cada transgressão. —Pouco importa agora. Eris se foi, e alguém está jogando um jogo doente comigo, O... —As palavras se alojaram em sua garganta, muito pesadas, muito importantes para sair. *** Espero que ela viva. Jason não disse seus pensamentos em voz alta, mas independentemente das muitas complicações, esperava que Mahiya conseguisse um milagre. Entendia o que era crescer sem uma mãe, mas pelo menos ele tinha tido um sussurro de tempo com os seus. —Jason, bebê, que demônios está fazendo? Deu a sua mãe um olhar sofrido e fez uma pausa em seus trabalhos. —Plantar coqueiros. Uma piscada solene. —Já vejo. —Indo de joelhos, ela agarrou um dos cocos que tinha recolhido—. Talvez deveríamos plantá-los um pouco mais acima da praia. Acariciou a areia sobre o coco que tinha enterrado, o som das ondas rompendo na areia molhada era uma música familiar. —por que? —Do contrário, o mar pode levá-los longe. Considerando-o, decidiu que tinha razão. —Quer me ajudar a levá-los? Seu sorriso lhe fez sentir um calor no interior de uma maneira em que nada mais o tinha feito. —Estava esperando que me pedisse isso.
Jason logo que podia recordar como tinha sido esse calor, o eco do amor de sua mãe se desvaneceu e perdeu seu brilho, mas era consciente que tinha sido algo formoso, tanto que penetrou no coração do moço que tinha sido, e pelo que sabia existia tal beleza. Mahiya nem sequer tinha isso. Por seu bem, esperava que Neha tiver sido incapaz de executar a sua irmã, já que tinha sido incapaz de executar seu consorte. 199 —Quer dizer que Neha? —A pergunta da Mahiya foi quase um sussurro—. O que estamos considerando? Que... minha mãe poderia estar viva? 200 31 Traduzido pela Deeydra Ann’ Corrigido pelo Amigasoy Neha é quão única sabe a verdade aproxima nossa conjetura —disse Jason, pensando no assunto—, e se estivermos no correto, e sua mãe está livre, contar-lhe a Neha não a põe em desvantagem. —Era pouco provável que o vampiro com cabelo escarlate fosse o único da gente do Nivitri que tinha encontrado e reunido—. Neha também pode ter uma idéia sobre onde Nivitri poderia ter localizada sua base... Mahiya fez um repentino som de opressão na garganta. —Se for minha mãe, sei por que matou ao Arav. Também Jason. O homem que tinha ferido a Mahiya, machucado ao bebe do Nivitri, merecia castigo. Jason encontrou que não tinha nenhum argumento com isso, e a compressão lhe fez deter-se, considerando que Mahiya era para ele. Não tinha resposta a isso, mas de repente viu uma para sua pergunta anterior. —Não falarei com a Neha sobre isto. Mahiya se estremeceu, sacudindo a cabeça. —Não. Se ela assassinou ao Shabnam, não posso protegê-la. —Isto não se trata de proteger ao Nivitri. Os olhos da Mahiya esquadrinharam seu rosto. —O que é? —Fechando a distância entre eles, ela colocou uma mão sobre se peito. Havia ternura, mas nada de propriedade ou posesividad no toque, e ele sabia que ela não girava raios de lua no ar, esperando nada dele, sendo o homem que era. Algo tenso e em espera nele se relaxou. Não queria terminar com Mahiya, mas era uma decisão que se obrigou a fazer se ela tentasse reclamá-lo, tratou de ver seu futuro, e encontrou que não podia construi-lo com ela. Não da maneira em que Dmitri o tinha com
Honra, Rafael com a Elena. —Um refém —disse ele, com a mão sob suas costas—. Se dermos a Neha esta informação, damo-lhe um refém. Os olhos da Mahiya se abriram em dor ao compreender o significado, e negou com a cabeça. —Corre o risco de romper o juramento de sangue, Jason. —Um sussurro feroz—. Poderia significar sua morte. 201 —Ainda há tempo. —Até que estivesse seguro de que Nivitri vivia, isto caía sob seu mandato, seu silêncio não era uma ameaça para o voto—. E não vou pôr te em perigo. —Fazia sua eleição, e era esta mulher, com seus olhos tão brilhantes como uma criatura selvagem e perigosa por quem ele elevaria sua espada, não um arcanjo cheio de séculos de ódio. O lábio inferior da Mahiya se estremeceu. —Não deve. —Seus dedos roçaram sua mandíbula, sua boca suave sobre a seu—. Obrigado por me pôr em primeiro lugar. Ninguém mais o tem feito, e nunca esquecerei o que você fez. —Sua voz se quebrou—. Mas você mesmo disse que Neha poderia saber onde pode estar escondida minha mãe. Não posso comprar minha vida com o sangue do Shabnam gritando por justiça. Se estivermos no certo, então minha mãe a matou assim como certamente matou ao Arav. Mas esta vez, sem nenhuma razão. —Havia uma razão: Shabnam era a favorita da Neha. Mahiya levantou uma mão tremente a sua boca. —Parecido a um menino destruindo o brinquedo favorito de um irmão por inveja ou rancor. Um grito atravessou a fortaleza acompanhado suas horrorosas palavras. *** Nenhum corpo angélico ou vampírico os esperava esta vez, mas não obstante houve uma massacre. Pulverizados através do que parecia cada centímetro do salão de audiências públicas, estavam os corpos flácidos e mutilados de pelo menos vinte serpentes domésticas da Neha. As colunas que sustentavam a estrutura, encontravam-se salpicadas com sangue. —Isto tomou tempo. —Mahiya se ajoelhou ao lado do grosso corpo de uma jibóia cuja pele seca e curtida continuava cintilando um espetacular verde—. As serpentes não são mansas como tais... elas vêm só à mão da Neha. Rastreamento e paciência, requer-se ambas as qualidades. Escutando a tristeza em seu tom, Jason encontrou seu olhar em uma muda pergunta. —depois de Guardião —disse ela com um sorriso forçado—, não posso evitar o medo que espessa meu estômago ao ver as criaturas da Neha, mas não permitirei que o medo me governe. —Uma sombria determinação—. Trato de recordar o que sempre soube: tentava as deixar a sós,
estas criaturas me evitavam enquanto eu as evitava a elas. Não merecem ser sacrificadas. Um banho de vento, Neha vindo à terra detrás eles, a ira em seu rosto atravessada pela dor. Sem dizer uma palavra, aproximou-se do bordo do salão de audiências e se limitou a olhar, como se tomasse nota de cada uma das serpentes que tinham sido massacradas. E assim tinham sido. A 202 jibóia que estava a lado da Mahiya parecia uma exceção, mas uma examinación mais detalhada, demonstrou que solo era a metade da serpente. depois de ter sido cortados em pedaços, os répteis foram jogados ao redor da sala de audiências. Tal coisa deveu ser impossível fazê-lo à luz do dia, mas esta área em particular, era desértica a certa hora da noite. O cedo descobrimento ocorreu devido a uma briga de amantes, que enviou ao vampiro macho a perambular sem rumo pela fortaleza. —Seus corpos lhe dizem algo? —perguntou Neha com fria cortesia. Jason sacudiu a cabeça. —Só que a faca usada foi provavelmente de açougueiro. —Um simples e afiado corte—. Há algum patrão nas serpentes danificadas? O olhar da Neha se atrasou em várias das serpentes mutiladas. —Eles foram as mais dóceis, os mascotes mais velhos que se usaram o suficiente como para que os seres humanos não fugissem quando foram abordados por elas. —Com suas asas mantendo-a cuidadosamente fora do piso ensangüentado, disse—: Tenho que cuidar delas. —Aproximando-se de novo, tomou a cesta tecida da dama de honra, com a que tinha chegado. Sem dizer uma palavra, Mahiya tomou uma segunda cesta e ajudou a Neha a recolher os restos. O silêncio era agudo, a ira da Neha como um pulso que quase podia sentir contra sua pele. Mas isso não era o que Jason tentava escutar ou observar. Estava quase seguro que por aí, nas sombras, à vista do salão de audiências, estava alguém que ria da angústia da Neha. Entretanto, nem sequer seus olhos, com sua extraordinária visão noturna, podiam penetrar nas densas nuvens de negro que se uniram no interior dos arcos e portas que podia ver desde este lugar vantajoso. Iniciar uma busca pelo observador não teria sentido. Ele ou ela, tinha a vantagem de ter planejado uma rota de escapamento, fugiria para o momento em que Jason se aproximasse de seu esconderijo. Em troca, fazia guarda, sem perder de vista onde estava Mahiya em todo momento, independentemente de seu enfoque nas sombras. —Vêem. —Neha não disse nada mais enquanto tomava o vôo com a cesta na mão.
Mahiya subiu depois dela, e Jason seguiu, elevando-se por cima delas com o fim de vigiar. Entretanto, Neha não foi muito longe, aterrissaram em um pequeno altiplano de montanha cinco minutos mais tarde. No centro do espaço aberto, havia uma pedra plaina cinza se localizada sobre outras pedras com forma de tijolo suave e ranurado para criar uma pirâmide baixa. 203 Colocando ambas as cestas na pedra plaina, Neha se inclinou e sussurrou algo tão suave, que o vento sacudiu longe suas palavras antes de que chegassem ao Jason. A primeira mecha de fumaça apareceu debaixo das cestas um segundo mais tarde. Para o momento em que Neha se separou da pequena pira, as chamas lambiam as cestas, e ele entendeu que a arcanjo tinha ganho poder não só sobre o gelo, mas também sobre o fogo. O gelo pode fazer mal, mas o fogo... o fogo era aniquilação e violência em um nível mais à frente. E Neha agora poderia descer em uma piscada, a morte amarela-anaranjada do céu. 204 32 Traduzido pelo Panchys Corrigido por maggiih Dmitri se assegurou de que Honra estava cômoda na cama com dossel que ela tinha feito com lençóis de seda branca salpicadas com pequenas flores azuis. Voltando para país com tanto sigilo como era possível, dirigiu-se imediatamente à casa da que Jason lhe tinha falado ao Dmitri em seu dia de bodas com Honra. O instante em que Dmitri viu o lugar, entendeu por que Jason tinha estado tão seguro de que ninguém viria sobre eles por surpresa. Era uma fortaleza criada pela própria natureza. A montanha não tinha caminhos, ele e Honra tinham caminhado no atalho altamente específico que Jason tinha compartilhado. Toda separação desse caminho os teria mandado aos escarpados infranqueáveis, perigosas rochas soltas enfrentadas com armadilhas de cascalho, ocultas. Construída em pedra e madeira, a casa era uma parte do meio ambiente, enquanto que por cima estava um dossel de cor verde escura que deixava passar raios de sol enquanto ocultava a casa da vista aérea. Acrescentado a isto estava um sofisticado sistema de segurança que alertaria ao Dmitri de qualquer pessoa no bosque ou no céu. Era o lugar seguro que Jason tinha prometido, um lugar onde a esposa do Dmitri abraçava a sua nova existência como quase imortal. A toxina que a converteria em um vampiro se introduziu em seu sistema três horas antes, com o Rafael tendo saído de Nova Iorque ao amparo da noite para voar aqui para realizar a tarefa, uma tarefa que o arcanjo faria duas vezes mais com umas semanas de diferença.
Dmitri não teria crédulo em ninguém mais com a Conversão de Honra e Rafael tinha mantido sua confiança, tratando a Honra com a maior cortesia. Agora, só duas podas marcas de presas na boneca ficaram como uma lembrança de uma decisão que trocaria sua existência, mas Dmitri sabia que a toxina já tinha começado a reformar suas células, embora ela não sentiria a queimadura do processo dentro de outros poucos minutos. Tinha a intenção de protegê-la para esse então. Tudo estava preparado. De um braço de ouro corria uma gota de solução salina que tinha estabelecido com o conhecimento médico que tinha acumulado por curiosidade, postergando o aborrecimento de uma imortalidade que tinha sido 205 forçada sobre ele. Havia outra linha, que tinha uma destilação cuidadosamente calculada de morfina, destinada a compensar a dor da transformação. —Dorme —sussurrou enquanto que os olhos de cor verde meia-noite inesquecíveis começaram a apagar-se—. Estarei aqui quando despertar. —necessitaria-se ao redor de três meses para que o processo se complete desta maneira, mas seria uma mudança suave, não a dor que o tinha convertido em um animal pacote com cadeias que esfregava a pele crua, a carne exposta à sujeira da habitação onde tinha estado apressado. —Sonha comigo. —Como se —sussurrou ela com um sorriso sonolento—, pudesse sonhar com alguém mais. —Suas pestanas revoaram fechadas, sua respiração caiu ao ritmo de sonho ainda mais profundo. Acariciando os finos fios de cabelo da bochecha, comprovou para assegurar-se de que seus signos vitais eram como deviam ser. Agora vinha a parte mais difícil, a espera. Honra não necessitaria nutrientes para os primeiros dias, e seu corpo tinha deixado de produzir refugos no instante em que a toxina golpeou a corrente sanguínea, tudo se queimou no aumento maciço da energia necessária para iniciar a transformação. depois dos primeiros três ou quatro dias, dependendo da rapidez com que a mudança avançasse, ele a levaria a uma vigília brumosa para que pudesse beber umas gotas dele. O beijo de sangue era um passo que repetiria, até que sua última comida seria verdadeira. Para a maioria dos Candidatos, era um processo clínico, sangue introduzido através de um tubo de alimentação, exceto para Honra, que seria uma viagem íntima. Sua mulher sempre despertaria em seus braços, segura e amada. —Retorna para mim —sussurrou no idioma de sua longínqua pátria, uma parte dele com um medo mortal já que não podia ouvir sua voz, a rouca intimidade de sua risada silenciosa. Não sabia como ia suportar o silêncio, mas ia encontrar uma maneira, porque ela estaria ferida se ele iniciava um despertar prematuro. E Honra nunca, jamais seria ferida. Não enquanto Dmitri vivesse.
206 33 Traduzido pelo Annabelle Corrigido por maggiih Duas horas e meia depois de descobrir os corpos mutilados dos mascotes da Neha, Jason chamou o Rafael do topo de uma montanha tocada pelo amanhecer. —Um de meus acaba de me enviar um prova litográfica que indica que é bastante segura a possibilidade de que Lijuan esteja fazendo renascimentos de novo. Os homens do Jason não se encontravam situados no lar presídio do Lijuan, se não em outra das fortalezas da arcanjo. A distância da origem fazia que cada informação que chegasse fosse suspeita, mas este rumor em particular tinha estado ganhando ímpeto durante semanas, até que o altamente inteligente vampiro se encontrava seguro de que tinha nascido da verdade. Os murmúrios mais recentes tinham sido perigosamente explícitos em detalhes. —Não posso acreditar que seja tão tola. —A voz do Rafael era gelo puro—. Foi um de seus renascidos que a atacou na Beijing. —Se rumora que já não está escolhendo candidatos de seu corte, mas sim de seus camponeses, esses que a vêem como uma espécie de deusa. —Lijuan era uma boa imperatriz em muitos sentidos. Sua gente sempre tinha suficiente comida, e sempre impunha justiça de maneira muito razoável. Entretanto, ela preferia manter à maioria de sua gente em um estado de cultura e tecnologia que se mantinha intacto ao passar os séculos. —por que criaria descontente ao permitir que conheçam coisas além de seu alcance? Não é como se vivessem o suficiente para que importasse. Essas foram palavras que lhe tinha dirigido ao Rafael faz quatrocentos anos, enquanto Jason se encontrava na habitação, sua decisão era a de uma arcanjo que tinha estado viva por milênios e que considerava os mortais pouco mais que pessoal descartável. Entretanto, somente a idade não desculpava sua decisão. Caliane era muito, muito major, e de acordo a todos os reporte que Jason tinha recebido de parte do Naasir, sua gente se encontrava muito bem aprendida, e em sua cidade havia uma grande livraria aberta a todo mundo. Não, o desejo que possuía Lijuan de manter a sua gente na ignorância vinha desde seus adentros, ao igual a seu poder de reanimar a morte em uma horrível vida arrasta pés. E cabia a possibilidade que esta fora a arcanjo que lhe tinha estado ensinando a Neha como dirigir seus 207 novas habilidades destrutivas. Jason tinha que averiguar o conteúdo de todas essas lições. Se Lijuan tinha conseguido adotar um aliado para assisti-la em seus jogos malignos, a terra estava em perigo de converter-se em um lugar de horrores intermináveis. Um lugar onde o fogo
cairia do céu e a morte caçaria à vida, em procura carne e sangue morno. *** Mahiya se encontrava sentada em uma banca no pavilhão de seu jardim frente a seu palácio, seus magnifica asas estavam abertas sobre o mármore detrás dela quando retornou de falar com o Rafael. Não disse nada até que ele se deteve seu lado. —Sigo pensando nela. Jason não necessitava que dissesse a quem se referia. —É natural. Nivriti era sua mãe. Sua cabeça se levantou, vacilou um pouco ao dizer—: Sua mãe, Aurelani, está viva? —Não. —Acordada, acordada, acordada! Escondidos de olhos curiosos graças a suas asas expandidas e as colunas do pavilhão, estirou sua mão para apertá-la ao redor da sua. —Lamento-o. Fiz-te entristecer. —Não —disse—. Não o fez. Isso aconteceu faz uma eternidade. —Suas emoções tinham envelhecido, tomaram um matiz que não podia descrever. —Falaria-me dela? —Olhos leonados o olharam, e suas pestanas pintavam sombras de encaixe sobre suas bochechas. Nunca lhe tinha falado a ninguém de sua mãe até que apareceu Mahiya, e inclusive então, tinha sido em forma de conto romântico. Não sabia se poderia falar dela, da mãe que a famosa Aurelani tinha sido para ele, a malha cicatrizante de seu interior tinha rasgado uma barreira. —Volta a me pedir isso outro dia. —De acordo. —Com um gentil assentimento, Mahiya apoiou a cabeça contra seu corpo—. Esta manhã pedi ao Vanhi que me contasse histórias sobre minha mãe. —Seus dedos o apertaram—. Me contou muitas coisas, incluindo que o palácio do lago era seu lugar favorito em toda esta terra. Não se encontra muito longe daqui. A uma hora de vôo. Jason baixou o olhar até a seda negra de seu cabelo, sua mente se enchia de imagens de um edifício desolado talher de musgo, com suas janelas e portas cheias de buracos. —Foi abandonado. —Sim. Quando minha mãe foi supostamente executada. —Exalou em silêncio—. O palácio se fez para que durasse. Construído com mármore de 208
as crateras de uma montanha, e o “lago” cheio com chuvas de monção. Não sei se ainda segue ali. —Sim, continua ali. —Jason lhe contou sobre sua viagem anterior até seu território—. Vim enquanto o sol se estava pondo, e algo apanhou a luz. Quando me girei e lhe dava a volta, só vi o brilho da água…tomou um minuto encontrar o edifício quase escondido entre o lago. —Embora talher por musgo, o palácio de água emergia para o profundo e escuro verde do lago, sua camuflagem era perfeita. —Temos todo o dia —disse Mahiya, seu corpo era quente contra o seu—. Neha está em reclusão…não sei a quem lhe chora, se às pessoas perdidas ou a seus mascotes, mas a vi assim antes. Não sairá de novo até o anoitecer, e não pensará em nos perguntar em onde nos encontrávamos. —Vamos —disse ele—. Pode que me leve um momento localizar o palácio. *** Mahiya olhava para o edifício que se converteu em um camaleão ao passar os séculos, escondido a simples vista. Talher não só por uma escura capa de musgo verde que combinava com a cor da água, mas também com finas trepadeiras do mesmo tom, o qual fazia que não se parecesse com nada mais que um grupo de vegetação. Por sua posição tão desolada, poucos anjos passavam sobre ele, e os que o faziam não se sentiam tentados a ficar. Foi a curiosidade do Jason o que lhe permitiu descobri-lo. —Nesse momento não tive tempo de baixar a investigar —disse, detendo-se seu lado com uma tranqüilidade que ela invejava—. Não podemos contar com que seja muito estável. —Suportará-o —lhe respondeu—. Foi construído para sustentar água, para que durasse durante décadas. —Baixou de repente sem esperá-lo, e se dirigiu até o que supunha que alguma uma vez tinha sido um varanda ou pátio que pendurava sobre a água. Um segundo mais tarde, a seu lado passou uma sombra escura, e Jason aterrissou, com suas asas dobradas para trás, muito antes de que ela sequer tocar o chão. Uma tormenta se desatou em suas íris, até voltar-se de um negro turbulento. —Isso não foi inteligente, Mahiya. Fascinada, ficou olhando fixamente. Nunca antes o tinha visto zangado, e a correia com a que aprisionava sua raiva, inclusive agora o fazia perguntar-se quão profundo seria seu controle. —Sabia que foi mais rápido —disse—. E que me deteria se detectava algo que indicasse perigo. 209 A tormenta caiu, escura e violenta. — Não deveria ter tanta fé em um espião inimigo. —Não a tenho. Tenho fé em ti. —Estirou a mão para tocar sua asa, e lhe sorriu ao homem
que representava um enigma que nunca conseguiria resolver, e que mesmo assim, com cada pausa se enterrava mais profundo em seu coração—. vamos explorar. Jason deveu ter mantido sua postura, ter forçado a Mahiya a dar-se conta que tinha atuado com uma impaciência imprudente, mas pensou que desatar sua fúria nela, justo neste momento, seria como quebrar o vidro mais frágil. Viu a confusão detrás de tanta ansiedade, viu que ela não sabia se queria a sua mãe viva ou morta, já que se Nivriti vivesse, teria uma sádica rajada de violência. —Manténte perto. —Procurando detrás, tirou sua espada da vagem. Mahiya levantou uma mão como se fora a tocar a cuchilla obsidiana que parecia acesa de chamas escuras, mas baixou a mão e seguiu caminhando detrás dele. Em vez de usar a porta coberta de trepadeiras frente a eles, Jason caminhou com passos silenciosos pelo flanco do castelo. Deviam ser muito cuidadosos com suas pegadas, já que o musgo era bastante resbaloso. O palácio tinha sido desenhado para estar sobre o nível da água, mas era claro que as chuvas dos mozones tinham sido o suficientemente fortes para superá-lo com os anos. As marcas desses dilúvios eram ondas marrons imprentadas no mármore do edifício. Era muito provável que o lago tivesse algum mecanismo aonde a água fosse dirigida para outros cursos de água—havia visto muitos desses na terra da Neha. Mas este palácio e seus arredores não tinham sido utilizados durante mais de trezentos anos, assim puderam ter ocorrido bloqueios não intencionais no sistema. Uma porta permitia que a luz do sol refletisse para dentro. —Espera. —Entrou com cuidado, examinando cada esquina desolada antes de lhe indicar a Mahiya que entrasse. —Não há nada aqui. —A decepção voltou pesada sua voz, enquanto tomar em conta todos os escombros e musgo, juntos com os restos secos do lodo que tinha entrado quando a água se elevou. Embora o ar não se encontrava úmido, já que a luz do sol conseguia entrar com muita facilidade, as capas de terra criavam uma essência mofada e terrosa que deixava muito claro que esta habitação não tinha tido sinais de vida durante séculos—. Os móveis deveram ter sido de madeira, já podre. —Sim. —encaminhou-se até uma entrada na sombras que levava mais dentro—. Se me estivesse escondendo aqui, escolheria o centro para fazê-lo. —Onde a luz não pegaria tanto até que chegasse a noite. 210 A asa da Mahiya esfregou a sua quando se deteve seu lado uma vez mais. As habitações que seguiam estavam tão desoladas como a primeira. Nuas de móveis, tapetes, e pinturas, junto com fossas quebrados que provocavam ecos. Mahiya pôde adivinhar
que as funções de alguns dos fossas se apoiavam em janelas providas de vidros e portas faz tempo destruídas. —Deveu ter sido magnífico quando novo —murmurou ela—. Como uma jóia na água ao anoitecer, com as luzes refletidas no lago. Prevenido pelo súbito silêncio, Jason seguiu seu olhar e viu cor. Carmesim. Brilhante e terso, um fita de seda que deveu ter provindo do vestido de uma mulher. —Os amantes —murmurou Mahiya, recolhendo o decadente matiz que não pertencia a este solitário palácio desprovido de risadas—, pode que estejam utilizando isto como um discreto lugar aonde levar a cabo suas atribuições. —Foi evidente que lutou contra toda esperança. —Talvez. —Era muito velho e para nada cômodo para tentar a alguém, mas ele já tinha conhecido anjos jovens que faziam coisas alarmantes. —Está suave. —Acariciou o fita de seda com seus dedos—. Não pôde ter estado aqui durante muito tempo ou a umidade lhe tivesse filtrado, e tivesse deixado a cinta áspera ao secar-se. —Sua voz era quase completamente silenciosa, e suas asas se encontravam bem apertadas contra suas costas, para lhe dar ao Jason tanto espaço como fosse possível enquanto se moviam pelo palácio. Dois quartos depois, sustentou seu punho no ar. Mahiya se deteve. Sem mover um músculo, Jason escutou. Mas o vento não sussurrava o nome da mãe da Mahiya, nem tampouco advertia perigo. Mesmo assim, podia sentir algo, e um segundo depois, soube o que era. Sensualidade, luxuriosa e potente, e um perfume que alguma mulher poderia usar. A causa da advertência silenciosa se identificou, deixou cair a mão, mas levou os dedos até sua boca. Assentindo, Mahiya manteve silêncio enquanto ele se fazia passo a uma entrada cheia de trepadeiras… para revelar uma habitação tão distinta às demais como um rubi a um tumulto de rochas. Aqui, o mármore tinha sido limpo com escrupuloso cuidado, até que, apesar das manchas permanentes, as paredes brilhassem. 211 A luz entrava por um clarabóia provido de vidro e quase talher por trepadeiras. A chuva poderia penetrar facilmente a débil barreira, mas nesta época do ano representava uma ameaça quase inexistente. Indubitavelmente, a quem quer que tenha arrumado esta habitação não lhe importava o potencial dano que poderia provocar à custoso tapete índigo que adornava o piso, nem às almofadas de seda dourada que se encontravam desordenados sobre a cama em meio da habitação. Uma pequena penteadora se encontrava apoiada contra a parede mais longínqua, com forquilhas e jóias sobre a superfície. Em frente se encontrava um banco aonde uma mulher
poderia sentar-se enquanto se arrumava. — Nenhum vampiro pôde ter trazido isto até aqui. —Não com o único caminho pela montanha enterrado debaixo de uma avalanche o suficientemente velha para ter árvores abraçadas a sua profunda inclinação. —Jason. Girando-se para o sussurro afetado, viu o reflexo da Mahiya no espelho sobre a penteadora. Seus dedos apertavam algo. Um sobre. Em cima só havia uma palavra escrita: Filha. *** Mahiya sabia que Jason tinha tido razão ao insistir que voassem a um lugar mais seguro antes de que abrisse a carta, mas para o momento em que aterrissaram em um campo dotado com algumas árvores pulverizadas e rodeado de nada mais que bolas de folhagens de pó rodando por toda a extensão, ela se sentiu como se sua pele fosse se abrir por todos lados. Mas então já estavam ali, e era o momento. Com as costas apoiada contra uma árvore que logo que proporcionava uma pequena sombra cinza, olhou fixamente ao selo vermelho da carta, enquanto o anjo de asas negras que já não era seu inimigo se encontrava de pé como um escuro sentinela. Não disse nada, lhe permitindo encontrar o valor suficiente para romper o selo. Minha querida Mahiya Geet, Tinha a esperança de que encontrasse isto. Você e você perigosa sombra negra. Ao princípio pensei em matá-lo por ti. Mahiya se tragou uma choramingação, levando seus nódulos até sua boca. —mas logo depois de um tempo de reflexão me dava conta que ele é o único existente entre você e Neha. E é deliberado. Então devo te dizer que o passo. Tomou uma melhor decisão que eu. Seu coração se aperto pela dor inerente detrás dessa simples confissão. 212 Lamento não poder estar ali para te receber, minha amada filha. Mas esta parte já parece. Foi uma prova para minha força e habilidade. Uma advertência, também, mas ambas sabemos que Neha é muito arrogante para escutar, para entender. Este lugar é para ti, fique aqui, te cuide. Seu espião te protegerá. Se o precisa voltará para a Neha, mas te asseguro que eu me encarregarei de que retorne a ti sem dano algum, logo
depois de que o verdadeiro jogo seja realizado e ganho. Não pode estar na corte para esse momento. Neha cortaria sua garganta e te arrancaria o coração ainda latente de seu peito, simplesmente para me machucar. Sua estadia neste lugar não será por muito tempo. Muito em breve te sustentarei como uma mãe deve sustentar a sua filha, enquanto Neha se sangra e sua gente foge cheios de pânico e terror. tive trezentos anos para planejar minha vingança. Nivriti. 213 34 Traduzido pelo Cris_Eire Corrigido por maggiih Tremendo, Mahiya se aproximou para apoiar sua cara contra as costas do Jason, seus fortes, elegantes e paradoxalmente suaves asas em cada um de seus lados. —Não sei o que pensar. —Passou-lhe a carta sem trocar de posição, encolhida em suas costas. Não a forçou a mover-se, não tentou dá-la volta e sustentá-la em seus braços, como se entendesse que só precisava apoiar-se em sua força um pouco até que o mundo deixasse de girar. —Há uma sensação de umidade na carta —disse Jason detrás escanear as letras—. Mas a cera ainda leva uma impressão dela, como a habitação. Sua mãe não se foi faz tanto como para ter sido eliminada do palácio. —Acredito que seu orgulho é tal que não a deixaria ter feito o que fez às serpentes. —Mas não tinha nenhuma dúvida que Nivriti conhecia a crueldade desnecessária—. Deveu haver-se ido do palácio detrás ter matado ao Arav, deixando alguns dos seus atrás para ocasionar mais desordem. Jason voltou seu olhar à carta. —Não pode planejar um ataque militar, sem importar quanto tempo tenha estado planejando-o, Neha é um arcanjo com uma guarnição a seu mando. Mahiya sabia que deveria dizer algo a isto, mas se sentia tão perdida em um mundo que se deslocou de seu eixo. Minha mãe está viva. Um rangido de papel, Fortes asas trocando sob seu toque, e Jason estava dando-a volta. Surpreendida, assustada que ele a estivesse afastando quando tão desesperadamente necessitava sua companhia, necessitava-lhe, paralisou-se... até que ele deslizou sua mão atrás de sua cabeça e baixando até pressionar-se sobre a parte baixa de suas costas, justo o suficiente para fazê-la saber que estava aí, sua força disponível para seu uso.
Um soluço sacudiu seu corpo, e então já não pôde parar, seu corpo inteiro sacudindo-se, seus ossos voltando-se frágeis de repente. 214 Fortes braços, lábios sobre seu rosto, asas da cor de meia-noite abrindo-se para rodeá-la, até que Jason a cobriu em todas partes. Suas palpitações fortes e acalmadas, suas mãos quentes sobre sua cabeça e suas baixas costas, e seu calor corporal, tudo era um inferno amoldado sobre sua pele. Negro. Essa era a cor do poder do Jason, sabia sem dúvida nenhuma. sentia-se como se estivesse rodeada de uma tormenta furiosa. A sensação deveria lhe haver dado medo, mas a tormenta não fez a não ser mais que elevar o cabelo de sua cabeça, enchendo a de uma calma com tal cálida amparo como se não o tivesse experiente nunca. Não sabia quanto tempo tinham estado no centro da tormenta, mas depois de um momento, pôde respirar de novo. E cada respiração trazia com ela o aroma do fogo negro. Não podia descrever a intensidade selvagem da fragrância de outra forma, mas para ela, era a essência do Jason. Tratando de aproximar-se mais ao Jason, inclusive conseguiu colocar seus pés entre suas botas. —Minha mãe —disse Jason, sua voz um baixo retumbo contra ela—, era minha pessoa favorita em todo mundo. Queria a meu pai, mas minha mãe? Ela era a que corria quando saía da cama pela manhã. —Deslizou sua mão por seu cabelo, esfregando sua bochecha contra sua têmpora—. Então um dia, ela já não estava mais ali. Se o mundo repentinamente trocava e ela se encontrava frente a mim, teria deslocado a seus braços como um menino pequeno. Elevando sua cara manchada de lágrimas para a dele, disse —Isso é o que eu quero fazer. —A reação primitiva a tinha assustado, lhe falando sobre uma necessidade violenta que ela nunca reconheceria—. Mas nunca tive uma mãe, nunca a conheci. Não deveria estar respondendo desta forma. Jason passou sua mão de seu cabelo a sua cara, limpando os restos das lágrimas com seu dedo, sendo o toque rude, familiar. —sonhaste sobre ela, pensaste nela, fantasiaste sobre como seria toda sua vida. Importa. —Algumas vezes —disse tragando o nó em sua garganta—, quando era pequena, convenceria-me mesma que ela era uma pessoa odiosa, horrível. Que não tinha lutado por mim o suficiente. Quando estava realmente zangada, diria-me mesma que realmente não me quis nunca, que em realidade cedeu a Neha. —Estirou seus dedos sobre sua camiseta, tentando alisar as rugas que tinha feito quando tinha agarrado o tecido enquanto chorava—. Então outras vezes, antes de me voltar o suficiente major para entender o que tinha feito, me imaginava como um tipo de deusa, uma mulher que era encantadora e
215 graciosa e perfeita, e quem me ia levar a um lugar no que nunca ia ter medo. Jason não riu dela. Tampouco tentou lhe dizer que aqueles sonhos eram algo normal para a solitária menina que tinha sido. Tudo o que fez foi sustentá-la e deixá-la falar, suas asas criando um casulo protetor, mantendo seu corpo perto de seu calor, perto de seus batimentos do coração, perto dele. Não te deixarei ir. Era uma promessa. Não importava o que acontecesse, que Jason pensasse sobre sua inabilidade para formar laços duradouros, ele era dele, e lutaria para lhe manter. necessitavam-se mutuamente, ela e seu anjo com as asas feitas para a noite. Ele era poderoso, tinha com diferença mais conhecimento sobre o mundo, mas ela tinha um coração o suficiente forte para lhe importar um homem que pode que nunca abrisse seu coração ao dela... porque inclusive um fragmente do coração do Jason, seria uma crua, honesta, resplandecente alegria. *** Jason observou a Mahiya andar à boca da cratera, o qual albergava o lago que continha o palácio do Nivriti. Ela queria voltar ali, e tendo em conta o conteúdo da carta, não viu nenhuma razão para impedir-lhe Com seu uso somente de um nome Vanhi sabia a data, essa carta devia ser autentica, então isto deveria ser um céu seguro para Mahiya. Entretanto, ele voltaria a repassar ao Vanhi, assegurar-se que o vampiro não juagaba nenhum de seus jogos. Olhos livres das lágrimas que tinham nublado antes seu brilho selvagem, Mahiya estava de pé ante ele com suas asas, o azul característico do peru e o verde brilhante chamando a atenção pelo sol na montanha. Se o estivesse sozinho, teria eleito um lugar muito mais resguardado, inclusive agora, ele se encontrava na leve sombra formada por um comprido árvore que tinha cavado suficientes raízes para nutrir-se a se mesmo para alcançar uma grosa resistência. Mas Mahiya, embora tinha sido obrigada a aprender a navegar as sombras de uma corte não amigável, era uma criatura da luz. Embora não parecia incomoda ou repelida pela negra chama que era a manifestação do poder dele. Quando a havia sustenido, ela tentou aproximar-se mais, até que sentiu cada curva suave em cada espaço de seu corpo. Enquanto pensava sobre a necessidade protetora que o tinha obrigado a sustentá-la, girou-se para olhar sobre seu ombro, esses olhos aleonados lhe assinalando com exatidão infalível. —Há uma coisa —disse ela, aproximando-se dele—. Estou de acordo em que um assalto militar não é provável, mas não temos nem idéia de quanto tempo ela esteve livre. O ataque para o Eris era simplesmente o começo deste “test”. 216 —Além disso poderia perfeitamente ter conseguido mas reforço de que pensamos
—assentiu Jason—. A morte da Anoushka tem suposto um forte impacto na Neha, poderia ter causado sua falta na supervisão do encarceramento do Nivriti. Mahiya descendeu a vista ao chão, linhas aparecendo em sua frente, voltando a vista acima. —O... Neha teria deixado a minha mãe para que se apodrecesse de por vida sem incomodar-se em vigiá-la. O estar isolada é um castigo que gosta de utilizar. Escuridão rugiu no interior dele, uma violenta onda de fogo negro. —Ninguém nunca mais será capaz de te encarcerar —disse brandamente, consciente de que aquela promessa o mais seguro é que lhe pusesse no ponto de olhe de um arcanjo. A cara da Mahiya estava tão radiante que lhe manteve cativo. —O sei. Expandindo suas asas, tocou sua cara com seus dedos, o carinho nisso tão capitalista como a parte afiada de uma arma, até que teve a sensação de que seu mundo tinha trocado para sempre. —me dê esta noite —disse ele, alcançando calma do caos—. Poderia ser capaz de lhe dar mais luz à situação —Tinha contatos e pessoas com o passar do universo, simplesmente não tinha sabido as perguntas adequadas para fazer até este momento. Rompendo o toque que lhes tinha conectado, Mahiya lhe deu um olhar cheia de humor. —É incrível. Suas defesas arderam. —Mahiya, não procure mais em mim do que há. Ela moveu sua cabeça uma fração a um lado. —Possivelmente seja a filha de minha mãe, depois de tudo. Decidi-me por ti, Jason. E se isto é uma decisão estúpida, é uma que também não lamentarei. Ele pôs sua mão sobre sua boneca quando se ia dar a volta, mantendo-a contra ele. Em vez de lutar contra ele, estirou-se, seus olhos brilhando com determinação e outra emoção muito mais perigosa. —Não posso te dar o que quer —repetiu ele, um pouco desconhecido rompendo-se e destroçando-se em seu interior com o pensamento de ter que cortar sua conexão, quando era a primeira vez em sua vida que tinha crédulo uma parte se se mesmo a uma amante. Um suave sorriso apareceu em seu rosto. —Fiz alguma demanda, hmm? —Elevando sua mão livre, percorreu seus dedos sobre sua mandíbula—. Tenho tanto amor dentro de mim, Jason. Tanto. E nunca me foi concedido dar-lhe a ninguém, ninguém o queria. me deixe estreitar as asas de meu coração contigo.
217 Ele pôde sentir seus dedos apertando-se em sua boneca, forçou-se a se mesmo a soltar seu agarre. —Será suficiente amar sem ser amado? —perguntou, sabendo que era uma pergunta brutal—. Dar e alguma vez receber? O sorriso dela se voltou inclusive mais luminosa ante isto. —Não tem nem idéia do que me dá. Jason não lhe soltou a boneca. Isto só podia terminar em lágrimas, não havia outra possibilidade. Mas quando ia responder lhe, ela pressionou seus dedos sobre seus lábios. —Não seja arrogante, e não terei que ser dura em resposta. —Palavras burlonas mas cuja intenção era puro aço—. Sou uma mulher enchente —disse ela—. Sei quem sou, e entendo as eleições que faço. Se o que você pode me dar resulta ser insuficiente, afastarei-me. Não te culparei por minhas eleições, por isso déja que seja minha eleição. Jason soltou sua boneca antes de danificar aqueles ossos tão delicados com sua força. Sem ter em conta sua eloqüente promessa, seus instintos lhe rugiam para que acabasse com isto, que a protegesse da dor que ele causaria. Mas o tranqüilo intercâmbio que vibrava em cada fibra do corpo dela deixava claro que não aceitaria facilmente seu decreto. Não, esta princesa que tinha vivido uma vida que teria quebrado à maioria, e tinha saído dela acreditando na esperança, o amor, era feita de um material muito mais duro. Mahiya lutaria para aferrar-se a ele. Uma estranha violenta emoção lhe atravessou... e soube que não tomaria a decisão racional. Não quando envolvia a Mahiya. —Não te disse algo —disse, desejando que os caminhos dentro dele não se congelaram pela falta de luz, que fosse capaz de lhe dar o que um homem deveria lhe dar a sua mulher—. Veneno encontrou rastros frescas no resto dos túneis. Não havia uma exultante vitória no rosto da Mahiya por suas palavras não sortes, solo uma sorte silenciosa que lhe assustava em um nível que nada havia meio doido por então. —E tão velhos como são os túneis —respondeu ela—, algumas saídas e entradas devem ter sido esquecidas, deixadas sem vigiar. Jason recordou o que Veneno havia dito. —A única razão pela que sempre soube sobre as entradas e saídas do labirinto é que quando fui criado ao princípio, eu era... mais próximo ao outro que havia em mim. Não me ocorre como alguém pudesse conhecer as partes antigas dos túneis, mas é ali onde encontrei os rastros. —Irmãos gêmeos —murmurou ele—, um que tem uma afinidade com as serpentes, teria
convertido esses túneis em seu lugar de recreio. — 218 Onde Neha se esqueceu da complexidade do sistema de túneis, Nivriti não tinha tido mais que tempo e o contínuo desejo de vingança para respirar sua memória. Entretanto…—Não vejo o Nivriti as usando para um ataque de tanta magnitude. Tomaria muito tempo deixar sair a sua gente um cada vez, lhes deixando vulnerável à exterminação se eram vistos. —Um fogo nos túneis as teria aniquilado. Mahiya envolveu seus braços sobre si mesmo. —Quero a minha mãe viva, mas se Neha dever morrer, o território ao completo será arrojado ao caos, milhões de vistas em jogo. Jason sacudiu sua cabeça. —Só outro da Catedra pode matar a Neha. Se Nivriti lhes uniu, todo mundo teria sido testemunha —Todas as ascensões à a Catedra começavam um fenômeno mundial que não podia ser ignorado, como se os arcanjos estivessem encerrados no mesmo tecido do planeta. No dia que Rafael cruzou o bordo, os oceanos se voltaram de um violento, impossível azul, assim como qualquer Rio e lago em todo mundo. Inclusive a chuva que caía do céu era de uma cor azul de pedra preciosa, e quando era destroçado, deixava um resíduo brilhante, como pó de diamante na palma da mão. —Devemos parar a sua mãe —disse pensando em todo o poder contido nos corpo da Catedra—. Nunca sobreviverá um enfrentamento contra Neha. —O arcanjo da Índia só necessitaria um mero golpe para acabar com a vida do Nivriti para sempre—. Fala com o Vanhi, averigua que mais pode descobrir. —Não posso lhe dizer que é possível que minha mãe está viva. Vanhi é leal a ambas, Nivriti e Neha, e pode tomar-se para si mesmo o tentar negociar a paz entre ambas. —Suas mãos se converteram em punhos, sua pele estirando-se fortemente ao redor de seus delicados ossos de sua cara—. Só espero não ter que enterrar a minha mãe antes de sequer conhecê-la. *** Jason começou a conectar com seus informantes incluso enquanto voltavam para a fortaleza, recolhendo partes de informação de todo o mundo. Veneno se tinha ido, indo ao Refúgio justo depois de chamar o Jason sobre os túneis. —Fico mais tempo e Neha me considerará um espião. De todas formas, outro dos Sete chegou uma hora antes do amanhecer, justo quando Jason voltava de um encontro com um vampiro que solo hoje voltava de uma área a quatro horas do forte.
—Aodhan —lhe disse ao anjo que parecia ser feito de peças fraturadas de luz, do brilho de diamante que ia desde sua cabeça até 219 suas asas cujos filamentos pareciam estar recubiertos de partes de espelhos. Só o tom bronzeado de sua pele e seus olhos cristalinos azuis-verdosos, cujas íris saíam fora da pupila, salvavam-lhe de parecer uma escultura de gelo—. Não te esperava. —Não posso ficar. Neha não permite nenhum dos outros Sete aqui. Veneno é a exceção. Jason assentiu. —Tem algo para mim? —Aodhan era muito, muito bom em filtrar a informação que flutuava continuamente através do Refúgio. Teria sido um excelente espião se não fosse pelo fato de que não havia lugar no mundo onde Aodhan não destacasse. Em troca, o anjo tinha sido durante muito tempo a mão direita do Galen no Refúgio. Agora, foi a Nova Iorque e à Torre, e se ocupou de muitas das funções do Dmitri enquanto que o líder dos Sete ajudava a sua esposa através de sua transição. Já seja que a transferência ia funcionar, ninguém sabia. Como chefe conjunto das operações de La Torre, Aodhan teria que fazer frente a qualquer número de pessoas, quando era um homem que não podia dirigir o tato e o isolamento procurado tantas vezes. —É a primeira vez em centenas de anos que Aodhan expressou seu desejo de ser parte do mundo. —Os olhos do Rafael, de um azul visto só no mundo no dia que se converteu um da Catedra, encontraram-se com os do Jason—. Deve ter a oportunidade. Jason estava de acordo, desejando que o anjo o conseguisse. Agora, Aodhan disse—: Sei que não pode me contar os detalhes do que está fazenda aqui, mas detectei um patrão unido a esta região. Pode que não tenha nenhuma relevância para sua missão, mas meus instintos me dizem outra coisa. 220 35 Traduzido pelo Vane-1095 & ?...Luisa...? Corrigido por Safira antes de que o outro anjo pudesse continuar, uma mariposa com as asas de um vermelho descarado salpicado de amarelo açafrão, posou-se no ombro do Aodhan. Seguiu-lhe outra um segundo depois, suas marcas mais modestas, sua envergadura maior. Aodhan as olhou, e por um fugaz instante, era um anjo jovem de novo, terrivelmente envergonhado pela mais curiosa de suas
habilidades. —É como se me pudessem cheirar —murmurou, mas não escovou as delicadas criaturas as afastando. Em seu lugar, levantou um dedo e uma terceira mariposa apareceu do céu para posar-se nele, estas com asas de cremosa posta do sol—. Illium diz que talvez possa as usar para bater as asas a alguém a morte. Jason olhou como Aodhan punha a mariposa cuidadosamente ao lado das outras, criando um adorno vivente em sua de outro modo prosaica camiseta marrom escuro. Não eram os únicos seres voadores frágeis que se sentiam atraídos pelo Aodhan alguma vez, faz muito tempo, Jason tinha visto o outro anjo rendo enquanto era talher por uma grande variedade de aves diminutas de tons de jóias, sua atração maior que o néctar que habitualmente bebiam. —Como Galen diria —respondeu—, Campainha tem as asas de uma mariposa em si mesmo. —Sabia que Illium fazia muito para tirar o Aodhan do abismo, que o laço de amizade entre os dois foi rápido. Sacudindo a cabeça, Aodhan voltou para tema que os ocupava. —Uma série de vampiros velhos e anjos renunciaram a seus postos de trabalho sem alvoroço em várias cortes de diferentes regiões nos últimos seis meses, e logo desapareceram do quadriculado. Todos eles tinham algum vínculo com o território da Neha em seu passado. Seis meses. Tempo suficiente para estabelecer uma bem guardada base. —Que tão fortes são estes anjos e vampiros? —Ninguém tão forte como Dmitri ou você, mas de maneira nenhuma débil. Juntos, poderiam pôr em perigo a um batalhão o suficientemente capitalista para resistir um assalto importante e prolongado. 221 Se, Jason pensou, a força de assalto não incluía um arcanjo. —levaram-se gente com eles? —Criados de confiança que poderiam manter a boca fechada. —Aproximadamente quinhentos uma vez que põe todas as peças juntas. Essas eram as pessoas às que Aodhan tinham conseguido realizar um seguimento. Bem poderia ser qualquer número de vampiros ou anjos que se comprometeram a não servir em nenhuma corte, por isso voaram sob o radar. Porque embora Nivriti poderia não ter sido um arcanjo, era um anjo de poder reconhecido, que tinha governado uma vasta franja de território sob a Neha. Jason não tinha ouvido nada que dissesse que sua gente não tinha sido leal. Estas lealdades persistiam, e trezentos anos não eram uma eternidade na vida imortal. —Foi capaz de recolher toda a informação a respeito de seu possível destino?
—Só este subcontinente. —Os olhos do Aodhan fraturaram o reflexo da cara do Jason em inumeráveis fragmentos—. É um segredo que foi bem guardado. Nada surpreendente. Os seguidores do Nivriti tinham que saber que se Neha descobria a conspiração, ela caçaria a sua irmã antes do Nivriti estivesse lista para a batalha, e completaria a execução que tinha começado muitas vidas mortais atrás. —Um dia —lhe disse ao outro anjo—, vou ser capaz de te dizer o que me acaba de dar. Aodhan abriu suas asas, o ar a seu redor ocupado com peças de cor enquanto as mariposas posadas nele tomavam vôo. —Vemo-nos em Nova Iorque. —Sim. Boa viagem, Aodhan. —Enquanto olhava ao outro anjo empreender o vôo, um pedaço estilhaçado de luz no céu, já estava calculando todos os ângulos deste problema. Não foi até a manhã seguinte, o céu ainda uma escura nuvem cinza, que tinha encontrado a resposta. —É hora de lhe dizer a Neha da ressurreição do Nivriti. —Sim. O sangue do Shabnam… grita por justiça. —Profundos sulcos ao redor da boca exuberante Mahiya—. O que é o que tem descoberto que escolhe este momento? Quando o expôs, ela conteve o fôlego. —Você joga à roleta russa com um arcanjo. Nunca tinha temido à morte, não por si mesmo. Mas ele não permitiria que Mahiya fora sacrificada no altar da cruenta guerra a ponto de estalar. Que era nascida de uma antiga vingança e velha dor, 222 retorcida e rançosa. Pode que Nivriti ame a Mahiya, mas odiava mais Neha. Qualquer pessoa apanhada em meio de seu conflito seria destruído. Pensou na Mahiya com as asas rotas, seu rosto destroçado, seus olhos chorando sangue, e sabia que ia forçar sua mão se era necessário, ganhar seu ódio, mas não queria vê-la morrer. Não Mahiya. —O que está pensando? —perguntou em voz baixa—. Foi longe por um segundo. Considerou a confusão, decidiu na verdade. Sua resposta foi foto instantânea. —Eu nunca poderia te odiar. Preferiria amar a Neha. —Beijando sua mandíbula com lábios doces e quentes, disse—: Bem, Jason. É mais experiente em assuntos de guerra, vou tomar seu guia nisto. *** Jason tinha planejado aproximar-se da Neha por sua conta, mas Mahiya se cruzou de braços e sacudiu a cabeça. —Conheço-a de maneiras que você não o faz, que não pode, sobre
tudo quando se trata de uma coisa em que Neha não é racional. —Quero que esteja a salvo. —Nunca ninguém tinha sido para ele no que Mahiya se converteu—. Uma só explosão de ira da Neha e seria apagada da existência. —E não podia imaginar-se caminhando pelo mundo sabendo que nunca mais voltaria a ver a estranha e perigosa esperança que vivia nesses olhos brilhantes como os de um gato selvagem. —Aceito sua ajuda porque é o mais forte —disse, crua emoção em cada palavra—, mas não vou esconder me detrás de suas asas. Esta é minha batalha e não vou atuar covarde! Não o farei, Jason. antes de que tivesse alcançado este inexplicável equilíbrio com a Mahiya, antes de que tivesse deixado rastro nele, a teria incapacitado e completado a tarefa antes de que soubesse que parecia. Sua ira depois teria importado pouco. Agora compreendia quem era Mahiya, entendia o que sua ação lhe roubaria, sabia que lhe negar isto tomaria algo dela que nunca poderia ser devolvido. Assim foi como ela aterrissou junto a ele nos jardins que davam ao lago, enquanto pôr-do-sol permanecia no horizonte, Jason tendo acontecido o tempo intermédio limitando o provável paradeiro do exército do Nivriti, com a Mahiya ajudando mediante a recopilação de toda a informação que pôde através de sutis pergunta aos serventes mais antigos. Neha estava de pé só no bordo onde a fortaleza caía abruptamente na água, seu olhar sobre a cidade mais à frente. 223 —Escuto que a gente do Rafael agora está acontecendo tempo livre em meu território —foi sua declaração de abertura, seu tom desenhado em geada. —Aodhan tinha informação de que me era de ajuda em minha tarefa. As dobras do sari verde salvia que Neha levava hoje fluíram ao redor de seus tornozelos enquanto se girava, suas asas arcos perfeitos em suas costas. —Devo mendigar esta informação de ti? —Nunca esperaria tal coisa —disse, consciente da decidida presença da Mahiya e consciente de que sem importar o que lhe instruíra, ela não correria se isto resultava mortal—. Entretanto, as apostas trocaram. Neha esfregou a pele da magra serpente dourada enroscada ao redor de seu antebraço como um bracelete vivente. —Já vejo. —Um brilho perigoso nos olhos—. Rompeu o voto sangre. Ele o teria feito sem escrúpulos se tivesse salvado a Mahiya, mas como isto estava, não tinha que fazê-lo. —Com minha ação, protegerei os melhores interesses da família. —Neha, Nivriti e Mahiya eram os últimos descendentes diretos de uma antiga linhagem. Com a Neha e Nivriti a ponto de ir a uma guerra determinada, Mahiya se tinha convertido na única esperança da família para um futuro.
—Tem que procurar algo valioso em efeito, para que te atreva a jogar comigo. —Não é valioso... a não ser intrigante. —Sabia que Mahiya escutava o que ele dizia, e entretanto, não forrou suas palavras, tendo muita fé em sua inteligência—. Minha curiosidade não se saciou. O olhar da Neha passou dele a Mahiya, seu sorriso tão frio como o sangue da criatura ao redor de seu braço. —Não tem que negociar comigo por ela, Jason. É bem-vindo em permanecer nesta corte, sempre e quando o desejar. —Sou um dos Sete do Rafael —lhe recordou—. Logo tenho que voltar, e te peço que libere a Mahiya para mim. Os olhos da Neha eram de repente lascas de gelo. —por que te daria meu brinquedo favorito? —Um simples movimento da boneca e Mahiya foi arranco no ar, com o pescoço arqueado de maneira que significava que tinha que estar tendo problemas para respirar. Raiva, escura e violenta, disparou-se por suas veias, mas a manteve a raia. Mostrar sequer um indício de atenção para a Mahiya seria acabar com esta negociação antes de que começasse, e a menos que a Cascata tivesse trocado as coisas, este aspecto do poder da Neha era muito débil. Não poderia sustentar a Mahiya por muito tempo. —Porque o que tenho que lhe dizer te proporcionará muita mais satisfação. 224 —Posso romper sua mente como papel de arroz das terras de Lijuan. —Não —disse Jason. —Não pode. —Sentiu então, seu toque mental, empurrando contra seus escudos, arranhando e duro. Seus olhos se abriram, a ira substituída pela fascinação. —Incrível. É como se sua mente usasse um carapaça ônix. Rafael lhe havia dito um pouco parecido ao Jason quando tinha tentado acessar à mente do Jason para, bastante ironicamente, lhe ensinar como proteger seus pensamentos da invasão. Ninguém dos que consultaram, nem sequer Jessamy ou o curador, Keir, jamais tinha visto nem ouvido falar de um pouco parecido em um anjo tão jovem. —Talvez —os sábios olhos do Keir nesse rosto muito jovem —, criou-o antes de que sequer soubesse que era impossível. Uma defesa instintiva. Jason sempre tinha pensado que Keir tinha razão nisso. Só e assustado quando tinha sido pouco mais que um bebê, tinha tido que aprender a proteger-se de um mundo muito grande, muito perigoso, muito vazio. —Pode me matar —disse, porque isso era certo—, mas, ao fazê-lo,
perderá a informação que tenho. —Faria-me sua inimizade por uma ninharia? Jason ouviu Mahiya cair detrás dele, sabia que tinha que estar ferida, mas mesmo assim não se voltou. —Não acredito que o considere assim depois de escutar o que tenho que dizer. *** Mahiya aspirou dolorosas pausas de ar, pelo menos três de suas costelas rotas. Empurrando-se de seu estado machucado no chão a uma posição sentada, tomou uma respiração tão profunda como se atreveu. Sentia como facas ferroando em seu fígado, mas a névoa de seus olhos se esclareceu para trazer para o Jason e Neha nitidamente enfocados. O rosto do arcanjo era frio, o do Jason era uma máscara, sua tatuagem dramática sob os raios de sol. De repente, Neha riu, e foi uma risada verdadeira, cheia de alegria. —Sabia que tinha eleito bem. O sangue da Mahiya se gelou, a compreensão uma chuva geada em suas veias. —Posso oferecer algo ao Jason que Rafael nunca será capaz de igualar. Jason não se daria conta, não o entenderia, mas ela conhecia esse olhar na cara da Neha, tinha visto o calculador nela antes, depois 225 de disputas com o Eris. Nada disso tinha chegado nunca a nada, mas agora Eris estava morto. Tragando a dor que ameaçava estilhaçando seus pensamentos, tratou de chegar à mente do Jason. Nunca antes se atreveu a isto, porque supõe uma intimidade que ele não queria compartilhar, mas tinha que saber ao que se enfrentava. Quando seus pensamentos golpearam o inquebrável negro brilhante de seus escudos e ricochetearam para trás, o pânico a golpeou com suas asas revoando, mas se disse que devia ser paciente, manter a calma. Se não tinha êxito, Jason inadvertidamente poderia insultar a Neha e, ao fazê-lo, perder sua vida. Não vou deixar que lhe mate, Jason. Não o farei. Tomando uma respiração funda, tratou de chegar a ele de novo, deu-se conta com um toque de desespero que estava muito fraco para ter nenhum impacto sobre um escudo tão sólido que ia além de diamantina. Era improvável que inclusive se fixasse em seus intentos,
especialmente quando pelo que estava dizendo Neha, o arcanjo, também, estava tentando bater suas defesas. Retirando-se, lançou cada parte de sua mente em idear alguma outra maneira de obter sua atenção ou criar uma distração. Está ferida? Uma voz, antiga como um sino... e dentro de sua cabeça. A maravilha do fato de que tivesse iniciado uma conexão poderia havê-la paralisado se não tivesse tido tanto medo por ele. Não, estou bem, mentiu, podia degustar a obsidiana brilhando de fúria. Jason, escuta, há algo que deve saber. Silêncio, mas a conexão se manteve aberta. Ela não se preocupa comigo, exceto por ser o brinquedo que me chamou, mas te quer. Neha não é o primeiro arcanjo em querer roubar minhas habilidades. Não. Conteve o fôlego, lançando-o em uma carreira tranqüila enquanto a dor apunhalava seu peito. Está ferida. Umas poucas costelas rotas não importassem se ambos terminamos mortos, assim escuta. Ela não quer suas habilidades, ela te quer como seu novo consorte. 226 36 Traduzido pelo BlancaDepp Corrigido pelo Amigasoy A voz da Neha quebrou o silencioso intercâmbio. —Não esperava uma criatura tão fraco para a intriga em si mesmo, mas sem dúvida é um interesse passageiro. —Com isso, rapidamente Neha despediu-se da Mahiya—. O que te ofereço é muito mais do que pode imaginar. Está louca. Mahiya piscou avaliando completamente ao Jason. Não, Neha está corda. Fríamente corda. Está segura que será um forte, perigoso e inteligente consorte. Jason era um homem que qualquer mulher se sentiria orgulhosa de ter a seu lado. E você é formoso. Neha sempre foi atraída pela beleza de um homem. Embora Jason era uma folha nua contra os rafinados adornos do Eris. Mas só seria uma loucura cega o fato estúpido que aceitasse a oferta de uma mulher que encarcerou a seu passado consorte durante trezentos anos.
A boca da Mahiya ameaçou caindo aberta. Bom, quando o põe dessa maneira... —Necessito um consorte —disse Neha, caminhando para o bordo do jardim, uma vez mais, seu olhar no lago, cuja a superfície era um espelho que tocava o céu azul com borde de cor vermelha e laranja—. Não te quero como amante, por isso pode manter a Mahiya como uma diversão, se o desejar, o que te estou oferecendo é uma oferta que nunca obterá nos tribunais do Rafael. Jason ficou calado por um comprido momento. —Não esperava tal oferta — disse ao fim, como se Neha o tinha pego despreparado e procurou tempo para pôr seus pensamentos em ordem. Sim, pensou Mahiya, observando o rosto da Neha quando se voltou de novo para o Jason. Era o rumo correto. Rechaçar tal oferta de forma pura e simples, seria um insulto para a arcanjo que não esqueceria, nunca perdoaria. —Um consorte tem que caminhar ao lado de um arcanjo —acrescentou—, prefiro as sombras. 227 —Meu consorte passado foi uma criatura da luz, brilhante e formoso, e me traiu. —Frágeis palavras. Alguma assistência, Mahiya Geet. Surpreso pela ternura em sua voz mental, algo que nunca escutou em sua voz falada, tomou um segundo em responder. Ela ainda está apaixonada pelo Eris, e você é um homem bastante orgulhoso para estar com uma mulher que chora por outro. Sou eu? Seus lábios tremeram. A risada do Jason estava escondida muito dentro, onde a luz não alcançava freqüentemente, mas estava ali. É-o, disse com firmeza, aproveitando a preocupação da Neha pelo Jason para chegar a seus pés. —Esta vez —continuou o arcanjo—, um consorte que está nas sombras me viria bem. Jason fez uma reverência mais profunda que Mahiya nunca tinha visto nele, suas asas se estenderam em uma largura impressionante, as cores do pôr-do-sol que jogavam sobre o jorro de uma tela que se converteu em um tecido de fogo negro. Quando se levantou de novo, sua expressão era tão inescrutável como sempre, mas sua voz era suave. — Sinto-me muito adulado. —Mas. —O canto na voz da Neha foi como uma foice.
—Entretanto, apesar de que de que te tenha enganado, Eris está em seu coração. A respiração da Neha era forte no silêncio. —Não estou oferecendo amor. —Sei. —Jason dobrou suas asas com pulcro cuidado—. Mas sou um dos Sete, vi um verdadeiro consorte de arcanjo, um autêntico salto pelo coração, e pelo que sempre haverá algo que falta. A ira da Neha açoitava seu cabelo para trás de seu rosto, um débil resplendor provinha de suas asas. —A consorte do Rafael deveria estar morta. Elena, recordou Mahiya muito tarde, tinha sido fundamental na execução da Anoushka. —Entretanto —disse Jason, sem perder o ritmo—, Rafael assumiria o lugar na Cadeira antes de evitar qualquer machuco a seu consorte. Você não faria o mesmo por mim. Neha o olhou fixamente, uma confusão débil em sua expressão. —Não esperava um coração romântico de ti, Jason. —Seu olhar foi bruscamente a Mahiya—. Espera encontrar um amor nisso? 228 Mahiya sentiu crescer uma tormenta contra seus sentidos, deu-se conta de que não eram suas próprias emoções as que estava sentindo. Jason. —Não espero nada por diversão —disse Jason em um tom tão tranqüilo que se não tivesse sido alagada por sua ira, nunca tivesse imaginado sua existência—, mas a quero a minha maneira, em meu território. As asas da Neha invadiram a grama de veludo alimentado pelos jardineiros para uma vida exuberante, enquanto se afastava. —Entregarei-a a sua manutenção, se o conhecimento que poses demonstrar que é valioso como cria. Mahiya sabia que era o melhor que se podia conseguir. Neha tomaria qualquer intento de negociar como um ataque a sua honra. Deveríamos aceitar. E atirar os jogo de dados. —O assassino do Eris e outros não está em seu telhado. —Jason se dirigiu ao lado da Neha, suas asas um marcado contraste com o branco pó anil do arcanjo—. Ela não estará mais tempo na zona, mas minhas fontes dizem que retornará aqui nas horas posteriores à posta do sol. O coração da Mahiya lhe doía ante a idéia de que sua mãe estivesse muito perto. Sabia que Jason tinha sido surpreso pelo descobrimento do iminente assalto, mas fez um esforço brutal para compreender os sentidos Neha, quem estava sofrendo a perda do Eris, encontrando-se vulnerável.
Agora, o cabelo do arcanjo estalou de novo em um vento que ninguém mais podia sentir. —Uma de suas putas? Mahiya fechou suas mãos em punhos até que suas unhas se cravaram nas Palmas. —Eu não faço julgamentos —respondeu Jason—. Mas estou quase seguro que até sua morte, ela não o havia meio doido há mais de trezentos anos. Neha ficou imóvel como um desumano. Era como se deixasse de existir no momento, no agora, e se fora ao outro lado. —Você traz mortos à vida. Preocupada com o efeito do eco misterioso na voz do arcanjo, Mahiya esfregou o pêlo de seus braços, todos seus sentidos em pé de alarme. —Não acredito —respondeu Jason—. Mas sim acredito que esta mulher morta está reunindo um exército. Neha tirou as asas. —Vêem. —Com isso, abandonou o jardim e atravessou o lago antes de girar para cima e atrás para a fortaleza. Jason a seguiu. Está ferida. Espera aqui. 229 Mahiya já estava no ar. Posso descansar depois. Vencer a batalha contra suas asas pondo sua tensão na caixa torácica, a agonia ameaçando em levá-la por debaixo, mas não podia dar marcha atrás. Mahiya. Tinha a sensação de que estava no bordo, que ele podia derrubá-la fisicamente se era necessário. Preciso saber, disse, pondo seu coração aberto, o coração de uma garota que nunca tinha conhecido o destino de sua mãe. Uma pausa. Então me usou. Não estava segura se era isso o que ele queria dizer, entretanto ela se aferrou à força da meia-noite que podia sentir através de sua mente, e aterrissou no fortificado do Guardião um segundo depois da Neha e Jason. A arcanjo não se deu conta de sua presença, caminhando com passos decididos por volta de uma seção da fortaleza que tinha permanecido fechada durante o tempo que Mahiya tinha sido consciente disso. Tinha tratado de explorar uma vez quando era menina, quando encontrou seu caminho bloqueado por escombros cansados que eram muito pesados para movê-los. Agora, Neha tocou com seus dedos os escombros em um patrão complicado... e só uma parte da planta caiu, revelando uma escada no outro lado. O coração da Mahiya pulsava tão forte que estava segura de que a arcanjo podia ouvi-la. Cada pulsado entupido, empurrando as costelas rotas, mas a dor foi eclipsado pela compreensão brutal.
Aqui, ela esteve aqui todo este tempo. Era um lamento. Já não. Recorda. Atarraxando sua angústia sob um controle vicioso, Mahiya envolveu a essência do Jason a seu redor enquanto os seguia pela escada e em um corredor iluminado com lâmpadas elétricas modernas fixadas em spots de parede que arrojavam uma luz cálida nas paredes de pedra. Muitas delas se queimaram, enquanto que outras estavam envoltas em tecidos de aranha, uma indicação silenciosa de quanto tempo tinha passado desde que alguém caminhou nesta passagem. Um centenar de metros mais abaixo do corredor, Neha revelou outra escada que foi ainda mais profunda inclinada para a terra. As luzes aqui eram lâmpadas nuas, o corredor golpeou a terra em si... e a habitação individual ao final de um fossa na terra com barras entrecruzadas que ocultavam o reino sombrio mais à frente. Lançando uma mão, Neha iluminou a cela com uma labareda de poder violento. Estava vazio. Mahiya se cambaleou, teria cansado se Jason não lhe tivesse agarrado a mão. 230 Mahiya. Estou bem. O ar se precipitou em seus pulmões enquanto tomava uma baforada de este e pensou no que tinha visto: o metal derretido onde poderia ter estado algemas penduravam das paredes, as marcas de queimadura em todo o buraco dos barrotes da cela. Quem tinha resgatado a sua mãe, tinha usado um maçarico para cortar e liberá-la. Prometo-o. Ele a soltou antes de que Neha se girasse. O que tanto te dói? Já estou curada. Eu só. . . este lugar. Ela teve muito medo, nem a metade do meio que equivocadamente pensavam, sua mãe ficou apanhada neste lugar de pesadelo. Uma criatura destinada aos céus, tinha sido mantida tanto tempo na escuridão... Suas asas tinham sido em vão. Ela não podia ter pirado fora daqui. Também significa que foi resgatada muito mais que faz seis meses. Se me pedissem que apostasse, diria que se fez quando Rafael executava ao Uram. O mundo era um caos, e Neha freqüentemente tinha que estar longe da fortaleza por negócios da Cadeira. Um grito de raiva estilhaçou o silêncio, Neha dava voltas em uma fúria criando uma parede de gelo e fogo, alargadas uma da outra. Mahiya logo que escapou de ser queimada pelas chamas... e seu passo fora a trajetória, colocou-a na linha direta da visão da Neha. Os olhos do arcanjo a imobilizaram, frios como o inferno, e Mahiya sabia que estava morta. O negro brilhava em sua visão até que as asas do Jason era tudo o que podia ver. Não, Jason, não! Neste estado de ânimo, Neha o executaria independentemente de qualquer outra consideração.
—A informação —disse ele enquanto tentava mover os ombros, empurrando-a fora do perigo—, valeu a pena o preço? Um silêncio frio, o gelo se gretava e rupturas caíam a seus pés, o fogo vacilante deixava as paredes chamuscadas, o corredor estava fracamente iluminado pela única lâmpada que tinha sobrevivido. A risada da Neha esta vez foi o suficientemente desumana para azedar o estômago da Mahiya, e, entretanto, evidenciou uma diversão determinada. —Agora entendo, Jason. Tem uma debilidade pelas aves rotas, e ela seria uma bonita refém. —Isso parecia agradar a Neha—. Muito bem, faz completo admiravelmente o voto de sangue. Toma esta ave ferida. Segue com ela, deixa-a em algum ninho protegido, não importa nada. Não tenho necessidade de um refém quando posso rasgar a minha querida irmã membro a membro com minhas próprias mãos. 231 Os joelhos da Mahiya quase se derrubaram, só seu controle sobre Jason a mantinha erguida. Sou livre. . . e minha mãe está a ponto de morrer. 232 37 Traduzido pelo Panchys Corrigido pela Deeydra Ann’ Dmitri dirigia várias peças dos trabalhos da Torre, limpando tanto da coberta como pôde da distância, incluindo uma situação que significou enviar um anjo superior fora do estado para fazer frente a outro anjo que pensava criar dele um feudo livre da supervisão da Torre. Uma vez feito isto, falou com o Illium. —Há algo mais urgente que temos que limpar? —Não, Aodhan deve ter tempo para instalar-se. —Bem. —Dmitri era consciente que o anjo estaria fora de seu elemento, mas confiava em que tinha a capacidade de caminhar nos sapatos do Dmitri, até certo ponto. Aodhan e Illium eram muito mais jovens, tinham menos experiência, mas juntos eram uma força perigosa— . Sabe como me buscar se me necessitar. —Dmitri. —Olhos dourados rodeados de negras pestanas com pontas azuis encontraram os seus—. Cuida de Honra. Prometo-te que não queimarei a Torre em sua ausência, não sei por que todo mundo se volta tão emocionado com um pouco de fumaça.
Consciente de que o anjo de asas azuis estava tratando de aliviar seu estado de ânimo, disse—: Estou tranqüilo. Deixa chamar os bombeiros. —despediu-se da risada Illium e olhou por cima do ombro para comprovar a Honra como o tinha feito uma e mil vezes através do dia. Tinha movido seu escritório à habitação, nunca longe dela por mais de uns poucos minutos como máximo. Não queria que voltasse a despertar sozinha. Com a toxina causando estragos em sua corrente sangüínea, poderia entrar em pânico, estar assustada. —Estará aqui quando despertar? —Sempre. Uma vez que esteve seguro de que estava a salvo, sua respiração constante, obrigou-se a retornar a seu trabalho, as árvores além da janela murmuravam sob a carícia do vento brincalhão. Dois dias mais 233 até que pudesse despertá-la, até que pudesse ouvir sua voz de novo. Dois dias mais. 234 38 Traduzido pelo Vane-1095 Corrigido pelo Juli_Arg Tomou só minutos a Mahiya para empacotar as coisas sem as que não podia suportar estar. A bolsa era lastimosamente pequena, mas então sempre tinha sabido que algum dia sairia deste lugar. —Não tomei nenhuma jóia, exceto por aquelas que eram indiscutíveis dotes pessoais —disse, e não era uma questão de orgulho estúpido, mas sim de segurança—. Não posso me arriscar a que Neha me marque como uma benjamima, exigindo meu retorno para o castigo. —Não tem necessidade de escolher alguma coisa. —Jason assentiu em sinal de aprovação a simples túnica e as calças que tinha atirado sobre o vôo fora do território da Neha—. Vou te dar o que necessita para começar sua nova vida. —A tensão que tinha atado à costas em sua primeira frase, dissolveu-se em um segundo. —Obrigado. —Um empréstimo vinha com a expectativa de que seria devolvido, não roubar sua nova liberdade fazendo-a dependente dele—. Sua bolsa? —Nada me faltará. —Tirou sua espada, comprovou-a, deslizou-a de novo na vagem—. me Dê a tua. —Não é pesada. —Desenhada para ser levada a frente, deixava suas asas sem obstáculos.
Ele só estendeu a mão e tomou, levando-a em uma mão. —Suas costelas ainda não sanaram por completo, por isso não discuta. —vou levar a na mão enquanto o está fazendo, pelo menos até que estejamos fora da fortaleza. Precisa ter as mãos livres em caso de ter que lutar. —Seus passadores com cuchilla, seriam úteis ao ser abandonados, mas a espada em mãos de um professor terminaria antes de que as coisas nunca chegassem tão longe. Tem uma tendência a te dar ordens, princesa. Apesar das palavras escuras, devolveu a bolsa. —Vamos, temos que ir. Mahiya saiu ao balcão, vacilou. —Vanhi, não posso ir sem dizer adeus. 235 —Pode te encontrar com ela no Refúgio, visita ali pelo menos uma vez ao ano. E Neha se preocupa muito por ela para castigá-la por seguir a te vendo. desceu-se do balcão com essas palavras para chegar a uma aterrissagem bonita no pátio, as asas estendidas. Surpreendida, ela seguiu em silêncio. O que está mau? Não confio que Neha não nos derrube do céu. Mahiya tinha o mesmo temor, o teto da fortaleza estava enriquecido com um número cada vez major de armas de tierra-ire em preparação para o retorno do Nivriti. Bastaria um só "acidente" para desfazer-se de um anjo inconveniente e o chefe de espiões que a protegia. Os túneis, disse ela. Veneno te deu um mapa? Sim. Manten o mais perto de mim que possa, sem enredar minhas asas. Ela descobriu a razão de sua ordem de uns momentos mais tarde, quando dois guardas foram na direção a seu palácio passaram de comprimento sem sequer um gesto de assentimento, embora Mahiya e Jason ficaram expostos em um oco justo ao lado da rota. Adivinhando que só tinham visto uma piscina manchado de escuridão, converteu-se na sombra do Jason enquanto se abriam caminho através da fortaleza, com passo cauteloso mas firme. Em lugar de cruzar os pátios, Jason tomou um caminho interior, passando pelos corredores desertos e através das pesadas portas até que saiu em um pequeno jardim iluminado só por um número de reposto de velas de chá. Era, recordou, um anexo a um palácio abandonado. Como era evidente pelas velas, o jardim era utilizado pelo estranho casal que procurava privacidade, mas ninguém se sentava nos bancos esta noite. Jason se deteve na escuridão fora da porta pela que tinha vindo, e viu sombras formadas redemoinhos ao redor das velas, um momento depois, eclipsando inclusive a tênue luz. Pode
ver? Não muito bem. Uma mão cálida se apoderou da dela. Movendo-se com a graça felina de um homem em sua casa na noite sem lua, Jason a levou até o centro do jardim e o pedestal sobre o que se elevava uma estátua de um anjo sem nome, com as asas estendidas na preparação para o vôo. Uma torcedura da boneca direita da estátua, seguido de um puxão duro na asa oposta, e um lado do pedestal se abriu. A porta era estreita, esta entrada não se encontrava feita para estar com asas, mas Mahiya jogou para trás sua incipiente claustrofobia e entrou, o quente corpo do Jason sutil como um resseguro, entrou justo detrás dela. Um segundo depois, a porta se fechou de novo. 236 Estigio5, a escuridão vaiou com os fantasmas de terror, e ela pensou que poderia entrar em pânico, até que uma luz suave e brilhante encheu o espaço, a bola de calor flutuando justo em frente dela. Não foi algo que teria esperado de um homem cujo poder se expressava em tons da meia-noite, mas estava além de agradecida. Obrigado, disse, capaz de respirar outra vez agora que podia ver que a pequena caixa não possuía serpentes. Seu braço veio a seu redor. Escadas nos túneis se abrirão sob seus pés. logo que o faça, baixa a cabeça. Pressionou algo na parede e a metade do estou acostumado a tremeu. Tão rápido como é possível, princesa. Mahiya não necessitava que lhe explicasse por que. Neha poderia lamentá-lo mais tarde se ela lhes causava dano, poderia considerá-lo uma mancha em sua honra, mas estariam igual de mortos. Usando a luz que se abatia ante ela como um farol, asas raspando os borde da estreita escada, empurrou para frente para entrar em um túnel tão estreito. Foi talvez dois minutos depois que finalmente tropeçou em um túnel muito mais amplo. Gira à esquerda. Jason caminhou a seu lado com essa instrução, os dois agora capaz de permanecer em posição vertical. Um conjunto de par de rastros precedido as seu no pó. Veneno? Diz que conhece estes túneis como uma serpente conhece sua toca. Como se ele as tivesse chamado, duas serpentes se deslizaram sinuosamente em seu caminho. Mahiya se deteve, examinando a cor de sua pele curtida e exalou um suspiro. Não são venenosas. Neha não alterava a natureza, exceto quando tinha uma razão específica. Jason lhe dirigiu um olhar inquisitivo. Não tem medo. Não na luz, respondeu com honestidade.
Não eram as únicas criaturas escorregadias que viram, mas em sua major parte, as serpentes só queriam estar sozinhas ou curiosas. Só uma atuou agressiva, e morreu de uma morte rápida sob a folha da espada de obsidiana do Jason, seu corpo se converteu em cinzas entre uma respiração e a seguinte. —É a espada? —perguntou em voz alta, sentindo que se encontravam o suficientemente profundo para que o som não se levasse as palavras—. O fogo negro? —Não. Entretanto, é algo útil.
5 Estigio: algo que tem que ver com o inferno. 237 Sua resposta não foi uma surpresa, não quando havia sentido a chama da meia-noite dele mais de uma vez. —Os túneis… —Enviei- uma mensagem ao Rhys justo antes de ir. —Bem. —Ela não queria obstaculizar a sua mãe, mas à medida que Jason se conheceu sobre o uso da tática possível dos túneis antes de que o voto de sangue seja considerado completo, permanecendo em silêncio mancharia sua honra e poria sua vida em perigo. —Mais rápido, Mahiya. Os músculos da pantorrilha se esticaram enquanto os túneis começavam a inclinar-se constantemente para cima, conteve seu fôlego e sua força até que saiu por fim... de uma trampilla no chão do templo desmantelado onde tinha encontrado o urso de peluche. —por que Veneno não usou isto antes? —A saída se achava oculta habilmente em um rincão escuro. —Provou a porta que estaria rígida com o desuso, afastando-o. Engordurou as dobradiças para nós antes de ir-se. —Foi a outra quarto, saiu com uma bolsa que supôs tinha escondido Veneno—. Arma, em caso de que as necessitemos. Esfregando na areia fina na cara, sem dúvida sacudiu as telarañas na cabeça, deixou cair a bolsa na esquina e entrou no espaço aberto no centro da parte intacta do templo. —Não posso ir. —As palavras sem envernizar simplesmente se derramaram, antes de que fora consciente de estar fazendo uma eleição. —Sei. Uma dor terrível, floresceu no peito a sua simples aceitação.
—Se o mundo trocasse de repente e ela ficasse de pé frente a mim, eu correria a seus braços como esse garotinho. Tivesse sido mais inteligente permanecer em silêncio, a não empurrar a seus limites, a não ser uma vida de muros e secretos não era o que queria com seu chefe de espiões. —vais contar me? —disse, pedindo que compartilhasse um pedaço de sua história com ela, inclusive se ele não podia compartilhar seu coração—. Como morreu? *** Jason se apoiou contra a parede à parte posterior do templo em ruínas, com as orelhas inclinadas para o vento. Trouxe uma só palavra. Nivriti. Não muito que esperar, pensou, adivinhando que o anjo de vingança tinha um espião no forte que a tinha informado no instante em que seu 238 filha estava fora do alcance da Neha e já não corria o risco de ser utilizada como refém. Seus olhos se detiveram na mulher que estava de costas a uma coluna que tinha sobrevivido aos caprichos do tempo, sua cara um estudo da resistência e a vulnerabilidade relacionados. Esperando sua resposta, esperando que lhe dissesse de um pesadelo que tinha compartilhado com ninguém nesta terra. Mas esta princesa tinha pesadelos por sua conta. Pode ser que por isso falou. Ou talvez era pelo calor luminoso na parte posterior de sua mente que era a presença da Mahiya. Teria que havê-la bloqueado, estava segura dela não se deu conta de que tinha mantido a conexão desde a primeira vez que lhe permitiu através de seus escudos. Mas ele era resistente a cortá-la-se sentia como se ela mesma se colocou nele. Não entremetida, de maneira nenhuma agressiva, só se acurrucó contra ele como gostava de estar na cama, com a mão sobre seu coração. —A vida de minha mãe —começou a dizer, tomando força desse resplendor suave—, foi roubada quando era um menino cujas asas eram ainda muito grandes para seu corpo. *** Tremendo, Jason se obrigou a deixar de olhar o óxido que não era óxido, e se arrastou fora do buraco, fechando a trampilla com cuidadosas mãos e desviou os olhos, para não fazer ruído. E logo ficou olhando à parede. Não queria dar a volta e ver o que havia ao outro lado, o que lhe tinha empurrado fora da parte superior da trampilla. Mas a parede se encontrava salpicada com o óxido que não era óxido, também. Pedacinhos de que tinha começado a desprender-se, forno quente pelo sol entrava pela janela do céu. Com o estômago todo retorcido e seu coração um vulto, não olhou à parede e ao piso, mas estava manchado de marrom pálido, com os pés de ter feito copia de menor tamanho na madeira
polida. A sujeira no interior do buraco não tinha sido molhada. Não foi a não ser até depois. depois de que os gritos calaram. Fechou os olhos, mas ainda podia cheirar o oxido que não era óxida. E sabia que tinha que dá-la volta. Tinha que ver. Ela o olhava do outro lado da habitação, seus olhos marrons escuros bastante rodados acima com uma brancura que estava equivocada. O coto de seu pescoço era uma crosta de sangue, onde estava na mesa da esquina, como se estivesse ali só para este propósito. Não gritou. 239 Sabia sobre nunca gritar. Em seu lugar, olhou a parte de carne que tinha estado bloqueando a trampilla. Levava uma capa de seda brilhante de ametista. Ametista. Isso é o que sua mãe chamava sempre sua cor favorita. Ametista. Tinha-lhe levado um tempo comprido para dizê-lo corretamente, e ela sempre punha-se a rir em deleite quando ele utilizava a palavra, sua forma de dançar seu brilhante cabelo negro na luz do sol. O tapete rangia sob seus pés, e se deu conta de que se moveu, deu-se conta que arrastava a carne usando a parte superior ametista à outra parte que corresponde, que acrescentava os braços e as pernas, as plumas rotas e ensangüentadas de suas asas de cor branca prateada, com o peito palpitando pelo esforço, as peças muito pesadas para seu pequeno corpo. Mas ele tinha que fazê-lo. O sol ainda não tinha secado as partes na sombra e escondido da luz direta, e suas mãos se converteram em escorregadio vermelho escuro uma vez mais. Quando sua cabeça se deslizou de suas mãos e golpeou no piso, mordeu-se o lábio duro e a recolheu de novo, acariciando o cabelo de novo que tinha chegado em seus olhos. —Sinto muito, mamãe. —Tinha o cabelo de sua mãe, sua pele, seus olhos, ela sempre o dizia. Mas hoje seus olhos não estavam bem, não sorriam como sempre o fazia quando se voltavam para ele. Finalmente pondo a cabeça onde tinha que estar em seu corpo, ajoelhou-se sobre o tapete que sempre se entrecruzam patrões de joelhos e disse—: Acordada agora. Sua mãe era um imortal, igual a ele. Só quatro centenas sessenta e cinco anos, mas era o suficientemente maior.
Os anjos viviam por sempre. Isso é o que disse sua mãe aos mortais, mas disse que os anjos simplesmente viviam um tempo muito comprido. Moveu seus ombros, sua pele moréia brilhando fria em lugar de com o calor. —Acordada. —Tratou de não recordar que mais havia dito sua mãe, mas suas palavras lhe sussurraram em sua mente, falando na linguagem lírica da ilha onde tinha nascido e vivido até que foi levada a escola em um lugar que chamou o Refúgio. Refúgio. —Os anjos podem morrer. É uma coisa difícil, mas não impossível. Especialmente para os mais pequenos anjos. Agora olhou a parte de carne usando a seda ametista, e sabia o que esse buraco no peito significava. Seu coração se foi, arrancado. Seu 240 estômago também tinha um buraco. E sua cabeça... não tinha sido muito pesada para ele para levantá-la. Porque havia um buraco nela, também. Todas as vísceras de sua mãe se foram. Um anjo de sua idade e poder não podia despertar de novo sem isso em seu interior, não podia reformar-se. Ainda assim a sacudiu, dizendo —:desperta, acordada, acordada! —Até que se deu conta de que estava gritando, quando se supunha que nunca, nunca gritaria. Encerrando-se em si mesmo, mordendo o lábio outra vez até que sangrou, deu uns tapinhas no cabelo de sua mãe em seu lugar e se levantou, pondo uma mão ensangüentada no trinco para abri-la. Silêncio o recebeu no outro lado. Seguiu o rastro de sangue seca, decidido a encontrar as vísceras de sua mãe. Se os punha de novo, despertaria, sabia que o faria. Suas asas se arrastavam pelo chão, a sujeira e as raias de óxido vermelho ao longo dos pisos de madeira brilhantes, e sabia que sua mãe lhe arreganharia. supunha-se que ia sempre às manter devidamente elevadas, por isso seus músculos de vôo cresceriam fortes, mas se sentia tão cansado e faminto. —Sinto muito, mamãe —sussurrou de novo—. Prometo que o farei melhor manhã. —depois de que ela estivesse acordada. No exterior, todo o poder do sol cegava, a luz se refletia nas areias brancas no outro lado do frondoso jardim de sua mãe, a água de um horizonte infinito azul. Piscou até que as manchas se desvaneceram, e continuou sua tarefa. O rastro de sol temperado negro marrom deu a volta ao lado da casa e do que tinha sido o pequeno abrigo onde seu pai tinha construído coisas, como os instrumentos que seus amigos se levaram a vender ao lugar Refugio e os brinquedos que Jason estava acostumado a amar.
Antes. Fumaça subia ainda dos restos derrubados da casa de trabalho de seu pai, mas o fogo tinha devorado uma boa comida e se acomodava para dormir, as vigas quedas brilhando com umas poucas brasas finais. Sabia que não devia ir perto do fogo, mas foi de todos os modos, apartando peças ainda quentes com as mãos. Quando as brasas queimavam a pele, as plumas chamuscadas, ele sacudiu a ferida e continuou, dando início a um lado as cinzas e as partes de madeira chamuscadas até que viu a cabeça de seu pai. Rodava pelo chão, todos os ossos, os buracos para os olhos vazios. O corpo de seu pai, carbonizados ossos negros, estava em outra parte do edifício pequeno, e Jason soube então que seu pai tinha queimado as vísceras de sua mãe, assim como as suas, que lhe tinha talhado a cabeça com o que ele tinha construído... teria talhado os do Jason, se tivesse feito um som quando seu pai o chamou depois de que 241 os gritos se detiveram e o sangue começou a filtrar-se através da trampilla. 242 39 Traduzido pelo Andreani Corrigido pelo Juli_Arg Mas talvez seu pai tinha cometido um engano, de repente pensou, Esperança, uma brilhante estrela em seu interior e o de sua mãe tinham sobrevivido? Começou a cavar através das cinzas uma vez mais, sua pele o ardia, seu rosto se enegreceu pelo pó. Escavou e procurou, e deixou uma esteira pegajosa vermelha enquanto sua pele se queimada e suas mãos maltratadas começaram a sangrar. Foi então quando caiu a noite que se deu conta de que não havia nada para encontrar. O interior de sua mãe se converteu em cinza. —Só um imortal muito potente pode ressurgir das cinzas das chamas. —Uns olhos marrom brilhante com alívio e preocupação—. É por isso que nunca deve jogar com fogo, Jason. Inclusive eu não posso sobreviver a um incêndio que alcança meu coração e minha mente. Com as asas lhe arrastando sob a meia lua, saiu da parte mais próxima de sua lacuna, lavou-se na cálida água superficial. A sua mãe não gostava quando entrava na casa sujo, assim que ele lavou e lavou até que tudo o sangue e o pó tinham desaparecido de seu corpo, a carne que tinha ficado exposta pelos cortes que se feito-lhe escócia com a água salgada. Levando sua roupa suja, deixou-as no alpendre onde ela sempre a recolheu para levá-la a lavar. Suas asas se pegaram pela água, assim que as abriu e sacudiu antes de entrar. Mamãe sempre beijava sua bochecha e acariciava suas asas com um pano suave e seco,
mas hoje, tinha que fazê-lo se por acaso sozinho. Foi difícil, suas asas eram maiores que seu corpo, e não podia chegar a cada parte. —Assim, Besouro. Escutando a lembrança, estendeu o pano no chão e se recostou sobre o como mamãe e seu pai tinham feito uma vez, ambos rendo depois de um banho, suas asas brilhavam sob a luz do sol enquanto ele dava círculos encantado por cima deles “como um grande besouro”. Era uma boa lembrança, o tempo antes de que seu pai se convertesse em um estranho que bloqueava a porta do dormitório e fizesse que sua mãe fizesse pequenos e lastimosos sons que faziam retorcer ao Jason até que não podia respirar. 243 Seco, ficou roupa limpa, e embora não deveria usar sapatos dentro da casa, pensou que estaria bem esta vez, porque o piso estava bastante sujo. Preparado, caminhou fazia a porta de atrás, para onde sua mãe guardava as coisas com as que trabalhou em seu jardim. Gostaria de estar perto de seus grandes floresça de hibisco amarelas, pensou, começando a cavar. Eram seus favoritas, quando lhe trazia uma, ela sempre a colocava detrás de sua orelha, onde brilhava, tão brilhante como o amanhecer contra a seda negra de seu cabelo. Seu pai havia dito isso e a tinha beijado. Antes. Era só um menino. Tomou dois dias para escavar o buraco. Não queria pôr a sua mãe na terra, mas as moscas tinham começado a incomodá-la apesar das folhas que tinha miserável para fora das outras habitações e estendeu sobre ela. Sabia que não gostaria. Assim depois, utilizou uma esteira para depositar gentilmente as partes dela no buraco que tinha cavado, pô-lhe uma flor de hibisco no cabelo e a cobriu com seu xale favorito. —Amo-te, Mamãe. Então, começou a devolver a terra dentro do buraco, em cima de sua mamãe. Suas lágrimas correram silenciosas e sem parar por suas bochechas, seu corpo tinha aprendido muito bem a nunca, nunca fazer um som. Quando o buraco esteve cheio e sabia que nenhum dos pequenos animais que viviam no bosque seriam capaz de incomodá-la, foi à praia a recolher conchas uma e outra vez, até que toda sua tumba brilhava e cintilava com as espirais e curvas e brilho do mar, pesada-las flores dos hibiscus pendurando acima. Logo, pôs os ossos de seu pai em um saco e os arrastou na espessura úmida das árvores, pesava muito para que pudesse voar. Não soube quanto tempo caminhou arrastando-o. Muito tempo. Às vezes descansava. Mas finalmente chegou à pequena lacuna cercada de recife de coral que me sobressaía fora o atol principal, como um gêmeo que não se formou corretamente. A diferença de sua lacuna, não lhe permitiam jogar neste. Seu pai lhe havia dito que havia um vulcão debaixo da superfície, uma cratera profunda. Esse vulcão, tinha-lhe feito algo à água, algo que queimo os olhos do Jason uma vez ele foi curioso e deveu explorar. Os batimentos do coração de seu coração golpeavam contra as costelas pelo esforço, elevou-se no ar e voou para o centro da má lacuna e deixou cair o saco em seu escuro coração, observando como o saco se afundava por debaixo da superfície e nas fauces do vulcão oculto.
Quando a lacuna devorou a seu pai, e embora Jason queria odiá-lo, odiá-lo, odiá-lo, sentiu dor em seu coração. 244 Recordou como seu pai lhe ensinou sobre o coral, sobre as criaturas do mar, sobre como trabalhar com madeira para construir instrumentos que faziam música inquietante e seus olhos se voltaram imprecisos até que não podia ver mais e sabia que tinha que escapar antes de que caísse na Lacuna má. Endireitando seu corpo, voou para cima no ar e longe, tão rápido como seus músculos cansados e suas asas pesadas puderam levá-lo, antes de deter-se olhou a seu redor. O atol era um anel de esmeralda verde que rodeava uma lacuna brilhante. Ainda não podia sobrevoá-lo em um dia, mas planejou fazê-lo quando fora maior. Sua mãe havia dito que iria com ele, mostraria-lhe todos os lugares secretos que encontrou, mas agora não estava aqui. Não havia ninguém mais. Estava sozinho. *** O coração da Mahiya se rompeu uma e mil vezes enquanto escutava a história do Jason, enquanto pensava nesse menino tão só e assustado e triste. Mas também sabia que o homem diante dela não era esse menino, não tinha sido esse menino por centenas de anos. Não podia limpar sua dor e lhe dizer que tudo estaria bem. Jason tinha aprendido muito bem que às vezes nada podia reparar o que se quebrado. Não foi um pensamento consciente caminhar para ele. Só pareceu ser o correto. Ao igual a pareceu correto deslizar seus braços ao redor de seu torso e colocar sua bochecha em seu peito. Às vezes, o tato podia dizer muito mais que qualquer palavra. Por isso só se aferrou a ele e sentiu as frescas lágrimas lhe picando os olhos enquanto seus braços a envolviam, mantendo-a perto. Suas mãos se achavam sob suas asas, sobre as dela e parecia como se esta fora a maneira em que sempre foram em um abraço, como seriam em um abraço dentro de mil anos a partir de agora. —Meu pai —murmurou Jason, sua bochecha apoiada contra sua têmpora—, era um homem talentoso, impulsionado por uma natureza muito apaixonada. Seu Nenê significava mais para ele que nada e ninguém na existência. —Asas negras passaram ao redor dela, uma carícia de meia-noite—. Possivelmente seu apaixonado apego a minha mãe poderia ter sido temperado nos permitindo viver em paz no mundo, ou talvez a escuridão foi o preço que pagou por seu talento, mas a amou até que se converteu em uma obsessão, até que um por um, afastou a todos seus amigos com seu ciúmes. Inclusive as mulheres não eram bem-vindas, acreditava que procuravam seduzi-la para que se fora longe com seus contos do Refúgio. 245 Deixando, pensou Mahiya, a uma mulher e um menino sós com um homem cujo amor se
converteu em uma soga. —Sua mãe… —Deixou de falar, dando-se conta muito tarde que a pergunta causaria uma dor horrível a ele. Mas ele sabia o que não havia dito. —Ia contra os desejos de sua família aceitar sua petição, mas não foi orgulho o que a deteve de me levar e retornar ao Refúgio. Foi amor. —Seus braços se apertaram ao redor dela—. Inclusive quando seu ciúmes se intensificaram ao ponto onde imaginou tinha um amante secreto, quem a visitava durante os tempos estranhos quando voava a uma ilha próxima a colher os frutos. Inclusive quando começou a machucar a de maneiras que não deixava moretones exceto os que tinha nos olhos. Mahiya queria lhe gritar a sua mãe, fazê-la reagir. Como pôde não ter protegido seu filho de tal horror? Entretanto, enquanto gritava em silencio a causa da dor que tinha forjado ao homem em seus braços, sabia que as emoções não eram nada tão simples. O amor constante da Neha pelo Eris era só um exemplo. —Sinto-o muito —disse, e as palavras se levaram toda sua dor, seu raiva. A resposta do Jason foi uma carícia de sua mão por suas costas, seu coração pulsando forte e constante em sua bochecha, seu corpo emanando calor, sua força tão inexorável da que devia ter estado aterrorizada. Mas este era Jason, nunca poderia machucá-la. Sabia no fundo incluso antes de que lhe dissesse sobre um passado que a fizesse entender, por que ajudava a “aves rotas”. Uma lança de dor, mas mais forte, era sua necessidade de trazer para o Jason do horror, para lhe recordar que o mundo não era só uma criação de dor e sofrimento e perda. Afastando-o suficiente como para que pudesse olhá-lo aos olhos, pensou em tudo o que lhe havia dito, recolhendo uma maravilha oculta. —Sabe nadar? —perguntou no silêncio, com a quietude da noite a seu redor, mas com o som que anunciava a presença de um lagarto inquisitivo pouco antes de que sacudisse seu corpo de jóias verdes e desaparecesse em uma greta da parede do templo—. Disse que jogava na lacuna. Pergunta-a surpreendeu ao Jason. Tinha esperado que a mulher em seus braços perguntasse pelos detalhes de como tinha alcançado finalmente o Refúgio, mas este tema foi uma distração agradável das lembranças. —Como um peixe. Ensinarei-te se quiser. —Todos os anjos podiam flutuar, suas asas eram flutuantes. Entretanto, essa flotabilidad para que inundar-se na água e nadar atleticamente, particularmente em águas 246
profundas, fora muito difícil. Os pais do Jason lhe ensinaram truques para anular o efeito, ao menos durante curtos períodos de tempo. —Eu gostaria disso. —O sorriso da Mahiya descongelou o gelo que se formou em seu peito quando falou das perdas que tinham alterado para sempre o curso de sua existência. —Existe —disse, aproximando-a uma fração mais—, maior liberdade no mar que no céu se souber como te mover nele. —Só e sem pais, conciente de que se foi muito longe, tinha aprendido sulcar través das profundidades, pregando em suas costas suas asas. Nivriti. Liberou a Mahiya no sussurro do vento, dobrando suas asas em suas costas. —Vêem aqui. —Caminhando para fora e ao redor de um lado do templo que se achava envolto em sombra, Mahiya o seguiu em silêncio, ele olhou para a fortaleza, procurando qualquer sinal de problemas. Não viu nada... não até que dirigiu seu olhar para a direita. A noite no céu era uma folha de cor negra, o brilho das estrelas foi apagado por um exército de asas. Essas asas pareceram estar "mal" em sua visão, até que se deu conta que eram jato. Já que não era um anjo vivo sabia que tinha asas similares às suas, isso significava que tinham sido tintas como camuflagem. O protetor da terra vampírica tinha que chegar em uns minutos à fortaleza. Isto é uma loucura. A voz da Mahiya soava aterrorizada. Inclusive com este exército, minha mãe não pode esperar poder vencer a Neha em combate. Jason não podia estar em desacordo. Impressionado ao ver as forças do Nivriti aparecer, não eram, não em comparação com a guarnição que vivia no forte, que representava só uma pequena percentagem dos recursos ofensivos em comando da Neha. Não deveria ver isto. Não... Deveria ser parte disso. Pode que não conheça o Nivriti, mas é minha mãe, e Neha não tem feito nada para ganhar minha lealdade. Jason se voltou para sujeitá-la com seu olhar. Ponha nesse campo, e não fará mais que distrair a sua mãe. Neha te usará, fará que Nivriti te veja sangrar. É muito fraco para ser outra coisa que uma responsabilidade. Mahiya vacilou. Isso era cruel. Às vezes a crueldade é necessária. Você é forte, replicou ela. Poderia ajudar a minha mãe, mas é um covarde ao te ocultar aqui. Não lhe permitiu ver o que lhe fez seu golpe mental. O instante no que dê um passo nesse
campo de batalha, atrairei ao Rafael e a toda sua gente a uma guerra. Milhares, milhões morreriam nas seqüelas. 247 Mahiya pareceu fazer-se pequena, seus olhos postos nas asas negras do horizonte. Sinto muito. Sabia que... Não devo descarregar minha ira sobre ti. me perdoe, Jason. Ele podia sentir seu coração romper-se. Está perdoada. Deslocando-se para pôr suas costas à parede, ela se deslizou até recarregar-se sobre esta, com uma desolação em sua expressão que nunca antes tinha visto, essa esperança obstinada, formosa perto de extinguir-se. esperei tanto tempo por ela, e agora vai morrer. Jason voltou seu rosto para o céu. Fique aqui. elevou-se na negrume repleta de estrelas antes de que pudesse questioná-lo, mesclando-se nas sombras da noite com uma facilidade que era instintiva. Logo saiu disparado diretamente ao exército que se aproximava a passo lento e cuidadoso sem nenhuma similitude com sua velocidade. Um grito emergiu só quando quis ser visto. Levantando uma mão para deter molas de suspensão ser lançadas, uma mulher que era sem dúvida a gêmea da Neha se afastou do grupo. Sentiu seu toque mental, mas não quis reconhecê-lo. Imperiosa e altiva, deteve-se frente a ele, tirando suas asas sem pintar para sustentar sua posição. —Espião. Esta mulher, pensou, talvez lhe tinha dado a Mahiya os ângulos delicados de seu rosto, o selvagem azul e o verde de suas plumas, mas não era nada como a menina que ela tinha dado a luz, em seus olhos se sentia uma fúria devoradora. —Deveria falar com sua filha antes de empreender esta missão suicida. Seus olhos se ampliaram antes soltar uma gargalhada no ar, rouca e suave. —Ah, que fé. —Torceu seus lábios—. me Leve com ela. Jason não se surpreendeu nem por sua falta de preocupação a respeito de uma possível emboscada, nem de sua completa indiferença por sua advertência a retirar-se. Amor e ódio tinham uma tendência de cegar, para destruir a razão. —Ela não está longe. O Guardião do a Fortaleza estava vivo e ativo para o momento em que voltaram para templo, e levou uma combinação de bastante tempo e sorte para derrubar ao Nivriti sem ser detectado. Mahiya não se encontrava onde a tinha deixado, mas sim de pé sobre os degraus do templo, com uma mola de suspensão na mão, o perno com entalhes e em posição para disparar. Ele quase sorriu. Sabia que o perigoso látego da ira no brilhante café era para ele, pela forma em que a tinha deixado, mas seu olhar trocou a shock enquanto seu olhar se posava no Nivriti. ***
248 O ruído surdo da mola de suspensão ao golpear o estou acostumado a tinha tirado Mahiya de seu atordoamento. Dobrando-se reflexivamente, recolheu-a sem apartar jamais os olhos da mulher que caminhava para ela, vestida do que parecia ser couro negro de combate, suas asas eram a palmilha da que Mahiya tinha sido feita. —Filha. —Uma palavra sussurrada brandamente, os dedos da mulher percorreram sua bochecha de uma vez que em sua expressão transbordou uma profunda emoção que rasgou o coração da Mahiya, sua alma—. Sempre amada de meu coração. Esta vez, Mahiya não se preocupou com a mola de suspensão quando a deixou cair. Lágrimas sulcavam por sua cara, meteu-se em braços de sua mãe e deixou que esses braços a abraçassem com segurança. Não importava nesse momento que Nivriti fora um monstro, quem tinha arrancado os órgãos internos de um homem e goleado brutalmente a uma mulher sem razão, mais que a de fazer machuco a seu gêmea. Nada importava mais que o fato de que pela primeira vez em sua vida, era sustentada com amor. 249 40 Traduzido pelo Marie.Ang Christensen Corrigido pelo Juli_Arg Nivriti lhe murmurou, sua voz uma melodia cadenciosa—: Ela pensou me atormentar ao me dizer quanto sofreu, mas a afirmação de que minha preciosa filha vivia era o presente mais grande que pôde me haver dado. Cavando o rosto da Mahiya enquanto se tornou para trás, Nivriti pressionou seus lábios na frente da Mahiya. —Lutei para sobreviver e me manter corda, inclusive quando minhas asas podres e minhas lembranças ameaçavam fragmentando-se, por ti. Nunca se esqueci. —Eu tampouco —sussurrou Mahiya, porque não importa o que se havia dito a si mesmo através dos séculos sobre sua mãe, já fora bom ou mau, a única coisa que não tinha feito foi esquecê-la—. Não tem que ir à guerra com a Neha. A expressão de sua mãe trocou, toda a suavidade apagada. —Sim, tenho que ir. Ou nunca me permitirá paz, minha querida irmã precisa ver que me cresceram presas. —Um sorriso que Mahiya não pôde ler—. É estranho que cresçam no metrô escuro, assim como outras coisas podres. —Com essa enigmática afirmação, girou sua cabeça para o Jason—: Te encarrego que a tire daqui. Jason ficou imóvel, um escuro sentinela. —Não sirvo nem a ti nem a
Neha. A resposta do Nivriti a essa proclamação de lealdade claramente redigido não foi ira, mas se uma risada de puro deleite. —Vejo por que está atraída por —disse a Mahiya—. Mas recorda, é somente um homem e não se pode confiar. —Seus olhos brilharam duro como diamantes enquanto estendia as asas—. Te verei logo, filha. Mahiya olhou ao céu quando sua mãe se elevou com perfeita graça, seu corpo sem mostrar signos de seu comprido cativeiro. —Minha mãe teve anos de liberdade —disse ao fim—. Suas asas teriam tomado ao menos um ano para regenerar-se. —Talvez. —O tom mantido do Jason, uma nota inesperada. —O que viu que eu não? —Cegada pela emoção como estava, sabia que não podia confiar em seu próprio julgamento. Mas, no do Jason? Sempre. 250 —Nivriti é muito confiada por um anjo sobre ir à batalha contra uma da Cadeira. —Olhou para a fortaleza, seguindo o exército de Nivriti—. E voa com muita força e habilidade para alguém que sofreu séculos da prisão debaixo da terra. —Como podiam os que a salvaram —disse Mahiya lentamente—, inclusive ter sabido onde estava? —Não lhe importou manter a voz baixa, o ruído em Guardião era contundente quando as tropas encheram o ar. —Não todas as lealdades são o que parecem. —Mechas perdidas do cabelo do Jason voaram de novo com suavidade desde seu rosto no frio vento da noite—. Se Nivriti for inteligente, teria semeado ao menos a uma de suas pessoas no partiu interno da Neha quando essa primeira corte se formou. E inclusive arcanjos, pensou Mahiya, tocando seus dedos com os seus, podendo cometer enganos de confiança. A mão do Jason se fechou na sua. —Olhe. Seguindo seu olhar, viu um anjo elevar-se flutuando diretamente sobre a Fortaleza do Arcanjo. Do resplendor do poder letal que rodeava sua figura, só podia ser Neha. Mahiya girou a cabeça para a direita, esperando que sua mãe estivesse protegida na massa de combatentes, mas não, flutuava à cabeça de suas tropas. Neha começou a voar para o Nivriti enquanto ela voava para a Neha, as tropas da Neha acumulando-se sobre a fortaleza. Aquelas tropas eram um insulto, um esquadrão nu. À medida que as gêmeas se detiveram sobre a cidade, Mahiya sabia que a população abaixo devia estar olhando para cima com assombro e medo, ao mesmo tempo. Porque quando um arcanjo brilhava, pessoas morriam.
Neha e Nivriti se detiveram vários metros de distância, os suficientes para que suas asas não se tocassem e entretanto, para que pudessem falar. Mahiya tivesse dado algo para estar aí neste momento, para saber o que era o que se diziam a uma à outra. Mas fora o que fora, parecia como se sua mãe jogasse a cabeça para trás e riera antes de esboçar uma reverência tão hipócrita, que Mahiya pôde senti-la desde esta distância. O brilho da Neha se intensificou… e Nivriti deixou cair o braço que tinha levantado sobre sua cabeça. Suas tropas irromperam para a fortaleza enquanto as próprias forças da Neha foram a seu encontro. Ambos os grupos evitavam às duas mulheres no centro do caos. Neha e Nivriti continuaram flutuando em frente da outra, enquanto o aço chocava e virotes de molas de suspensão atravessavam asas, encerrando em uma batalha de vontades que Mahiya não podia compreender. Matar não só a sua irmã, mas seu gêmea… não posso imaginá-lo, Jason. 251 São tolas. Uma dura soma. Não compreendem que o que lhes deu era um presente que não deve ser desperdiçado. Entendimento cantou um noturno, melancólico e inquietante, através de seus ossos. Neha e Nivriti tinham nascido como duas partes de um tudo. Se tivessem permanecido encerradas juntas em amizade e lealdade enquanto os séculos passavam, Neha tivesse sido um arcanjo com a mais confiável dos aliados a seu lado. E Nivriti tivesse sido segunda a um arcanjo, a mais forte das posições se uma não fora da Cadeira. Mais, elas dois tivessem tido a alguém em que pudessem confiar para contar a verdade, sem importar a pergunta. Tal confiança poderia bem as haver salvado de cometer os enganos que fizeram, lhes dando uma vida mais feliz. Mas tinham perdido esse presente, permitindo que o orgulho e a vaidade as separasse, até que Neha foi uma mulher sem consorte ou filho, e a ponto de matar à irmã de seu sangue. Enquanto isso, Nivriti era uma mulher tão consumada pela raiva que preferiria nunca ter a oportunidade de ver de novo a sua filha, que afastar-se de sua busca de vingança. O brilho ao redor da Neha se voltou para vermelho vivo. —Fogo de Anjo —sussurrou, nomeando a força mortal que podia matar inclusive a um arcanjo. Jason negou com a cabeça. —Neha não pode criar fogo de anjo, mas o que pode criar é tão mortal para os outros na Cadeira. — Inclusive enquanto falou, um látego de verde se deslizou da mão da Neha, uma coisa viciosa tão rápida como as serpentes que vinham tão facilmente à mão do arcanjo. Nivriti fechou suas asas e caiu quase ao mesmo instante que deixou a mão da Neha, um movimento a tal velocidade que Mahiya não pôde segui-lo com seus olhos. —O que foi isso? —Não estava segura de se perguntava pela Neha ou Nivriti.
—A Cadeira o chama o látego venenoso —respondeu Jason—. Um só roce contra a pele e libera uma toxina mortal na corrente sangüínea. Ao igual ao fogo de anjo, um arcanjo pode vencer um certo número de golpes de soslaio, mas um anjo ordinário morreria em segundos. Um golpe de cheio com o látego ao coração ou a cabeça é igual à morte total para inclusive os arcanjos. —Os olhos do Jason seguiram às duas mulheres enquanto Neha golpeava com o látego e Nivriti esquivava, sua velocidade não natural—. Sua mãe também tem poder sobre as serpentes? —Não, aves. —Seus dedos convulsionaram nos seu quando o látego venenoso entrou no que parecia como por um cabelo no rosto do Nivriti. 252 De repente, o céu se encheu de fogo. Suas asas rangeram, anjos gritaram e caíram, estrelando-se nos terraços da cidade. Jason sabia que enquanto seus corpos pudessem ser quebrados e queimados, a maioria sobreviveria. Em tanto que a cabeça ficasse unida ao corpo e as chamas fossem extintas antes de que alcançassem os órgãos internos, os restos carbonizados e enegrecidos continuariam respirando, continuariam sofrendo. —A nova habilidade da Neha —sussurrou Mahiya. O fogo se apagou tão rapidamente como tinha estalado no céu, mas as tropas do Nivriti tinham sido dizimadas, embora a mesma Nivriti tinha sido o suficientemente rápida para esquivar o caldeirão de fogo. Agora, fez algo com suas mãos e uma telaraña de ácido verde idêntico ao látego venenoso da Neha se deslizou para envolver-se ao redor do arcanjo, asas e tudo. Neha caiu. Justo quando parecia que se estrelou abaixo na cidade em chamas, rompeu os laços, deteve sua descida, mas Nivriti não cedeu, continuou enredando-a nessa abrasadora telaraña verde. Parecia-lhe com Mahiya que escutou a Neha gritar com raiva enquanto a arcanjo rompia os laços uma e outra vez antes de liberar o látego venenoso uma vez mais. Nivriti os esquivou, não o suficientemente rápido esta vez, e o veneno tocou o bordo de uma de suas asas. Entretanto, contra os efeitos conhecidos do veneno nos anjos ordinários, não adoeceu nem caiu. Em seu lugar, disparou-se mais alto no céu. Neha a seguiu, suas asas em chamas podendo, suas mãos envoltas em verde. Nivriti girou, deixando cair uma rede de filamentos verdes que se envolveram ao redor da Neha, encerrando sua forma inteira. A arcanjo lutou, uma mosca apanhada em uma telaraña, e outra vez caiu, mas esta vez, o verde se voltou branco e a gretou em frágeis peças como o cristal. Gelo. O segundo aspecto das novas habilidades da Neha, mas como o fogo, parecia limitado, porque a arcanjo não tentou congelar a seu oponente fora do céu.
—Jason. —Mahiya se inclinou para ele, sua asa deslizando-se protectoramente sobre a sua—. Minha mãe deveria estar morta, não deveria? —Sim. Entretanto, Nivriti continuava evadindo a Neha. Um momento depois, fez mais que isso. Atirou a pegajosa telaraña a Neha uma vez mais. Claramente confiando que podia neutralizá-la, Neha não 253 fez nenhum esforço para esquivar a telaraña. Mas esta vez, os fios verdes brilhavam incandescentes, e o grito do arcanjo foi de tal agonia que cada combatente no céu se congelou em seu lugar. Mahiya estendeu uma mão, a quem ela não conhecia. Só parecia terrivelmente equivocado que devessem matá-los uns aos outros. Porque Neha, com chamas lambendo ao redor de seu corpo, tinha quebrado a armadilha no segundo último, e a mãe da Mahiya esteve tão perto que não pôde evitar o golpe do látego venenoso. Não foi um golpe direto, mas fez danos. Mahiya afogou seu grito de perda, mas Neha não seguiu o ataque com um golpe mortal, sua trajetória de vôo errático. —Ela está gravemente machucada. —Impossível, Neha era uma arcanjo. E entretanto… Fogo lambia o céu outra vez, caindo na cidade para acendê-la mais. Os pegajosos fios verdes de sua mãe retornaram, uma de suas asas arrastando-se, perdendo a Neha a acender nessa mesma cidade. Os gritos se levantaram do chão, misteriosa e lhe angustiem, a cidade começou a brilhar laranja enquanto as chamas se apoderavam. O sangue da Mahiya se encheu de horror, uma devastadora necessidade de fazer algo agarrando sua garganta, imagens do inocente filho do fabricante de brinquedos circulando em sua mente. Justo quando tivesse falado, Jason estendeu suas asas. —Devo deter isto. —Sim. —Entre elas, Neha e Nivriti devastariam a cidade e seguiriam adiante, ambas muito zangadas e enfurecidas para renunciar, embora era evidente que estavam feridas quão suficiente poderia inclusive ser letal. Ignorando os como e por que de como sua mãe pôde ter prejudicado a um arcanjo, apertou a mão do Jason—. Precisamos deter isto. por agora, estes são minha gente e não vou permitir que se queimem. preparou-se para lutar, mas Jason tocou sua mandíbula em uma carícia fugaz e inesperada antes de dar um seco assentimento. —O lado da Neha está em tão má posição como o de sua mãe. Ver sua dor os desmoraliza.
—Tenho valor como refém de novo. —Mahiya assentiu—. Ficarei perto de ti. —Ensangüentava-a pensar no Jason machucando com o fim de protegê-la, mas à medida que ele entendia sua necessidade de fazer isto, ela entendia que ele era um homem que nunca permitiria que sua mulher estivesse em perigo sem companhia e sem escudo. Mahiya? Essa ternura de novo, algo que nunca tinha escutado em sua voz física. Sim? 254 Não te faça mal. Era uma ordem, seguida por um beijo duro que a deixou sem fôlego. Com a intenção de atirar seu peso, Mahiya tomou a mola de suspensão que tinha deixado cair, junto com um caso de dez pernos de reposto que penduravam de seu braço. Tinha roubado uma velha mola de suspensão do guarda faz várias décadas atrás, com o argumento de que a diferença da esgrima ou a luta corpo a corpo, era algo que podia acostumar-se a si mesmo. Nos anos transcorridos, tinha tido que roubar substituições, mas seu plano tinha funcionado. Tinha conseguido penetrar em práticas de tiro nas montanhas ao menos duas vezes ao mês até que sua última mola de suspensão se rompeu faz cinco anos atrás. Não sou perita, disse ao Jason, mas usualmente golpeio meu objetivo. Bem. Necessitarei-te para olhar minhas costas. Com essa inesperada declaração, conduziu-a a uma trajetória de vôo de baixa altura sobre o abrasador calor da cidade, até que estiveram posicionados entre a Neha e Nivriti. Ela tivesse assumido que ele tivesse pirado para cima aonde brigavam, de algum jeito para tratar de deter a batalha, mas tirou sua espada, apontando-a para baixo. Um segundo mais tarde, um raio negro rangeu ao longo de seus braços e sobre as mãos que tinha empunhadas ao redor do punho da espada, e se deu conta que ele empurrava seu poder de meia-noite para baixo através do conduto da espada. Uma gota de suor caía de seu rosto, seus bíceps rígidos… e as sombras começaram a unir-se em toda a cidade, grosas e pesadas, apagando a chama, detendo a agonia. A gente gritava ante o rio de suave negro até que viram que cobria às vítimas ardentes, sufocando as chamas antes de continuar. Logo trataram de dirigi-lo para suas próprias casas e lojas, mas as sombras eram dirigidas pela mente de um anjo cujo corpo continha um nível de poder que aturdia, e foram onde eram mais necessitadas. Às pessoas. Aos animais. Aos edifícios nos que seres vivos estavam apanhados.
Quando um lutador abertamente agressivo lançou flechas para o Jason, ela não duvidou nem se incomodou em perguntar-se a que exército pertencia. Levantando a mola de suspensão, pôs um perno através de sua asa, enviando-o em uma espiral incontrolada que terminou com ele estrelado em um teto incendiado. Mahiya fez uma careta mas pondo um segundo perno no arco, e quando o seguinte agressor dirigiu seu caminho, apontou e disparou. Talvez não era uma lutadora, mas não permitiria que ninguém machucasse ao Jason. 255 Só tinha despachado ao segundo anjo antes de que pudesse disparar sua própria mola de suspensão, quando Jason se estremeceu e levantou sua espada. —Os piores incêndios estão fora —disse, sua voz era áspera. Perguntando-se por sua força, a forma que a tinha usado para salvar, não danificar, tinha cheio sua garganta de emoção. —Deste-lhe uma oportunidade de lutar. —Podia ver os carros de bombeiros jogando água sobre os edifícios que continuavam ardendo, a gente correndo para o lago para criar uma cadeia de cubos. O rosto do Jason se elaborou quando se girou para ela. —Segue disparando a qualquer que se aproxime de ti, e espera meu sinal. —Com isso, voou diretamente para cima flutuando entre as duas mulheres enfrentadas. Confiando em suas habilidades como um guerreiro, não discutiu. Por favor, tome cuidado. Um só golpe, já seja do látego venenoso ou da telaraña de ácido verde de sua mãe, e se teria estrelado contra sua morte, não tanto como alterar-se quando as gêmeas se atacaram a uma à outra, os golpes passando a centímetros dos borde de suas asas. Enquanto Nivriti se recuperava para lançar outro golpe a Neha, somente para desviar-se para o Jason quando seu braço vacilou, ele o desviou com uma cinta de fogo negro que parecia uma extensão de sua espada. Agora, princesa, disse e seu título soou como uma carícia. esgotaram suas energias no momento. 256 41 Traduzido pelo Andreani Corrigido por Safira Mahiya bateu suas asas para cima, assegurando-se de manter-se no lado de sua mãe da linha de batalha, para não prover a Neha com um branco fácil. Jason lhe deu um assentimento quase imperceptível quando o alcançou, e soube que estava renunciando às rédeas, um reconhecimento de que ela conhecia dos jogadores muito melhor que ele.
—Está destruindo a cidade —disse a Neha—. Está matando a sua própria gente. As asas seguiam brilhando, Neha olhou para baixo, franziu o cenho e ondeou uma mão. Uma fina capa de gelo se formou sobre os lugares onde o verde nocivo da rede do Nivriti tinha começado a borbulhar sobre os tetos e as paredes... e as pessoas. congelou-se, logo, pareceram romper-se em pedaços inertes. Neha ondeou sua mão outra vez, mas os incêndios que Jason não tinha sufocado continuaram ardendo, a capacidade do Arcanjo de criar gelo aparentemente esgotada. Não era só a fatiga o que marcava às duas mulheres. O corpo e asas da Neha tinham feridas provocadas pelo mesmo ácido, sua bochecha arranco a um lado revelava a mandíbula, sua asa esquerda luzia um buraco do tamanho de uma mão que teria paralisado à maioria dos anjos. Enquanto isso, sangue quase negra jorrava do nariz e as orelhas do Nivriti, inclusive das esquinas de seus olhos, o veneno em sua corrente sangüínea atacando-a de dentro para fora. —Suas forças estão dizimadas —disse a sua mãe, desejando que Nivriti desse a volta, para ver como muita de sua gente estava morta ou brutalmente ferida—. E está te desvanecendo. Nivriti sacudiu sua mão, os quebrados copos sangüíneos de seus olhos tornando seu olhar a uma cor carmesim. —Fora do caminho, menina. —Eu não sou a menina aqui. —Mahiya manteve sua posição, lhes falando às dois—. Estão em um ponto morto, e logo, estarão lutando sobre o chão com os mortais olhando como se fora um ato de circo. 257 Neha e Nivriti permaneceram em silêncio. Então sua mãe começou a rir, sua risada alagada de quase maníaco deleite. —Sem dúvida isso não lhe faria bem a sua tão cacarejada dignidade, querida irmã. —O que te convém muito —foi a resposta cortante da Neha, sulcos de dor rodearam sua boca enquanto um dos tendões menores em sua asa esquerda pareceu ceder—. Alguma vez quiseste fazê-lo. Nivriti se encolheu de ombros, limpou-se seu lhe sangrem nariz na manga. —Pelo menos não acreditei uma grande atuação por verdade e tomei a um homem que não me amava como meu consorte. —Não, você só levava a seu filho e permaneceu fiel enquanto ele era um gato em zelo.
Mahiya teve a estranha sensação de estar apanhada em meio de uma rixa de irmãos. Exceto esta briga já havia flanco centenas, talvez milhares de vidas. —Meu pai —disse com uma lentidão desenhada para compensar as emoções que alimentavam seu diálogo—, era um homem o suficientemente formoso para encantar a um coração de pedra, mas não era forte, não era digno de nenhuma das duas. —Minha filha diz a verdade. —Uma grande amargura na expressão do Nivriti, uma coisa horrível que pode consumir a uma pessoa de dentro para fora—. Te fiz um favor, irmã. Ele estava levantado as saias de uma de seus, sem dúvida, muitas putas dentro de sua fortaleza quando vim a resgatá-lo. Assim voltei com uns presentes. Neha vaiou e agitou o látego de veneno, mas tão fraco como estava, não foi muito longe. —Não era seu lugar ditar sentença. —Como te atreve a dizer isso? —Nivriti tentou orvalhá-la com o ácido, falhou—. depois de que atuou como juiz e jurado? Jason, deve falar. Elas não me escutam, não importa quanto sentido tenha o que digo. O fato era que a tinham despedido como a uma menina. Seu orgulho é o ponto débil de ambas. Jason se moveu. —Se desejarem um duelo a morte —disse em uma voz tranqüila e acerada que exigia atenção—, poremo-nos fora do caminho, mas em sua condição atual, terminarão lutando sobre o chão, sendo uma atração para os mortais. Estou seguro que nenhum Arcanjo ou anjo morreu tão ignominiosamente. Silêncio. Então Nivriti levantou um braço e o remanescente de suas tropas, formou-se a seu redor, inclusive quando as tropas da própria Neha se retiraram. Os lábios da Arcanjo se retorceram em um frio sorriso. 258 —Corre enquanto possa, hermanita. Assegurarei-me que nos voltemos a encontrar. Nivriti respondeu com um sorriso que era tão escura como o sangue de seus olhos. —Tenha a segurança que estarei esperando. —Com isso, deu a volta, suas tropas fechando-se detrás dela em um protetor guarda negro. Mahiya. Mahiya começou a seguir o comando de sua mãe, mas a impressão não foi nada em comparação a quando escutou a voz do Jason em sua mente. Vê com ela. É o lugar mais seguro para ti. Queria discutir, queria sacudi-lo, lhe dizer que seu lugar estava a seu lado, mas ele já estava girando para a Neha.
Muito mais, deu-se conta, estava em jogo que as necessidades e desejos de uma princesa que nunca tinha tido um reino para governar ou um homem que amar, até que lhe deu seu coração a um espião inimigo com asas de meia-noite. Ainda assim, ele poderia ter tomado um instante para lhe assegurar que a encontraria. A agonia a atravessou ao vê-lo voar cada vez mais longe. Mordeu seus lábios, acalmando as vontades de chamá-lo. Já tinha posto seu coração a seus pés, não lhe rogaria. Porque embora não esperava que Jason, com as profundas cicatrizes de sua alma, amasse-a como ela o amava, entendia que devia escolher estar com ela livre de qualquer outra consideração. Não era suficiente, nunca seria suficiente, se o único que sentia era a responsabilidade de velar por ela, porque não tinha a ninguém mais. Agora que isto último já não era certo... Tragando, alcançou-o uma última vez com sua mente e o liberou. te cuide, Jason. O esquadrão de sua mãe se separou para permitir que fora ao centro, fechando-se detrás dela para formar um muro impenetrável. *** Jason se obrigou a não voltear e procurar a Mahiya. Sabia que neste momento, ele era o conhecido, o familiar. Se lhe pedia que viesse com ele, faria-o. Uma vez que tivesse passado tempo com o Nivriti, entretanto... Não, não lhe roubaria a relação familiar que tinha a oportunidade de forjar, inclusive se perder a conexão mental com ela causava um vazio angustiante em seu interior enquanto voava fora de seu alcance, protegida pela gente de sua mãe. Daria-lhe tempo e espaço suficiente para decidir se queria caminhar junto a ele, agora que sua vida tinha uma dimensão completamente nova. Tendo que voar escoltando a Neha enquanto Rhys se assegurava da retirada do Nivriti, manteve um olho sobre a asa danificada do Arcanjo 259 enquanto aterrissava diante do Palácio de Jóias. Quando caiu a um lado ao chegar, deliberadamente aterrissou muito perto dela, para que sua tropeção fora tomada pelos outros que aterrissavam ao redor, como estupidez dele em lugar de um signo de debilidade. O orgulho, como Mahiya havia dito, era um componente integral da natureza da Neha. Endireitando-se a si mesmo empurrando seu corpo, ignorou-o enquanto entrava em seus aposentos privados, mas ele sabia que ir-se agora seria desfazer qualquer bem que tinha feito. Assim saiu ao pátio para ajudar a lutar com os feridos, que os anjos e os vampiros fossem difíceis de matar não significava que não sentissem dor. Um homem que sabia injetar morfina e outros medicamentos que aliviavam a dor sempre
era útil em condições de batalha. Quando o guarda privado da Neha o convocou duas horas mais tarde, o pátio tinha ficado quase livre, os feridos transladados às habitações internas. Despedindo do curandeiro para o qual tinha estado trabalhando, entrou no Palácio para encontrar Neha sentada na cadeira tipo trovejo à frente da sala central. A Arcanjo se banhou e vestido com roupa fresca, suas feridas estavam enfaixadas. As vendagens lhe disseram duas coisas, que as feridas estavam sanando a um ritmo muito mais lento que de que deveriam, e que Nivriti já não era um anjo ordinário. —Assim, agora é um pacificador? —O tom da Neha era perigosamente neutra. —É um dos arcanjos mais racionais —disse, e apesar de seus atos depois da morte da Anoushka, suas palavras eram verdadeiras—. Que perdesse criaria mais problemas dos que resolveria. —Exatamente, que tão racional crie que sou? —Um olhar sutilmente calculado. —O suficiente para tomar e utilizar o que Lijuan poderia te ensinar a respeito de acelerar a aparição de suas novas habilidades —disse—, sem te permitir cair em sua rede. —Foi um disparo na escuridão. —Finalmente —disse Neha em um sussurro sinuoso—, chegamos ao tema. Era por isso que estava tão ansioso por me ajudar, não? —Sou um chefe de espião. O sorriso da Neha foi fria. —E te pedir que atuasse de qualquer outra forma seria como lhe pedir a uma águia que não se coma a um coelho. 260 Recolhendo uma pequena víbora bebê que se deslizou pelo piso para ela, enrolou-a sobre seus ombros, acariciando distraídamente sua pele amarelo laranja. —Sim, Lijuan foi mais amistosa ultimamente. Jason poderia adivinhá-lo. O trauma da morte da Anoushka tinha voltado para a Neha um bota de cano longo de primeira para um depredador como Lijuan. —Perguntei-me uma coisa —disse. Neha levantou uma sobrancelha. —Se de algum jeito Lijuan pode absorver poder, ou está tentando aprender como fazê-lo, de outros na Catedra. —Era uma teoria tão incipiente, que nem sequer a tinha mencionado ao
Rafael—. Sua oferta para te ajudar, então teria mais sentido. —Bom, bom, bom. —Neha se levantou e sob os degraus de seu trono sacudindo sua cabeça—. Que desperdício que nunca reinará. Sim, a útil Lijuan pensou jogar comigo. —Um brilho de dentes—. Mas esqueceu que eu joguei este jogo por milênios, também, e sei como conseguir o que quero. Jason estava quase seguro de que, na verdade, não havia nenhum verdadeiro secreto para acelerar o desenvolvimento do poder, Lijuan simplesmente tinha aproveitado o efeito da Cascata. Com ao menos nove mil anos de idade, tinha tido milênios para procurar na biblioteca do Refúgio esses segredos, inclusive se não tivesse alcançado seu poder em um momento quando vários Anciões ainda se sentavam na Catedra. Eles bem poderiam lhe haver dito o da Cascata. Dito plano poderia convir à tortuosa mente da inteligente Arcanjo da China, mas mencioná-lo agora seria fazer a Neha parecer uma parva, por isso guardou silêncio e considerou seu relatório ao Rafael. Embora não podia falar da conexão da Neha-Lijuan, agora poderia discutir as novas habilidades da Neha, sua exibição sobre a cidade as tinha feito públicas. —Se desejas conservar meu favor, Jason —disse Neha, seu sari sussurrando ao longo do tapete enquanto caminhava para a janela que dava fazia o pátio ajardinado—, descobrirá como Nivriti foi capaz de fazer o que fez, e logo me dirá isso. —Faço isso e passarei a formar parte de sua guerra pessoal. Rafael não estaria contente. —Sempre faz o que agrada ao Rafael? Jason sabia que essa pergunta estava destinada a cravar seu orgulho, mas o fato era que servia ao Rafael por eleição, não por coação. —Deixarei seu território esta noite —disse, com tom uniforme. 261 As asas da Neha se estenderam, os filamentos de cor índiga capturando a luz, antes de render-se cuidadosamente em suas costas enquanto se voltou para sustentar seu olhar. —me diga, quando adquiriu a habilidade de usar as sombras de tal maneira? Não disse nada, porque ela não podia esperar uma resposta. A verdade era que o que tinha feito essa noite era só um aspecto de sua força, podia usar o relâmpago negro de forma muito mais violenta. —Desejas que leve alguma mensagem ao Rafael? Suspirou, com um sorriso tênue. —lhe diga que o serviço impecável de seu chefe de espiões me tem feito reconsiderar nossa briga. Que Rafael já não é meu inimigo. —Permitiu que a víbora se arrastasse para baixo por seu braço, acariciando sua própria pele—. Bom viaje,
Jason. Tentarei não ferir muito a Mahiya quando a encontrar. *** —Tentarei não ferir muito a Mahiya quando a encontrar. Jason entendeu que as palavras da Neha pretendiam atormentá-lo. Não era a primeira vez que alguém o tinha tentado, mas era a primeira vez que deram no branco. Não importava sua decisão de lhe dar tempo a Mahiya com sua mãe, sabia que isso não era o que ia fazer, inclusive se uma parte dele dizia que utilizava a brincadeira da Neha como desculpa. Voando alto e rápido, assegurou-se que ninguém o seguisse da fortaleza. Só quando esteve totalmente seguro de que estava sozinho no céu, desço para os pastos iluminados pelo amanhecer no topo de uma montanha irregular, os ventos penetrantes tentavam arrancar seu cabelo do laço. Ignorando o açoite do ar frio, tirou seu celular e chamou o Rafael. Rafael era mais rápido que Neha, talvez porque tinha sido afetado diretamente pelos acontecimentos dessa primavera. —O mundo foi um caos quando Caliane subiu a vigília —disse o instante que ouviu sobre a capacidade do Nivriti de fazer machuco a Neha—. O caos se atribuiu às perturbações ocasionadas por sua vigília, mas e se foi a confluência de dois eventos, o reaparecimento de uma Anciã ocultaria o surgimento de um Arcanjo? —Pensei o mesmo —disse Jason, recordando as violentas tormentas que tinham assolado ao mundo, o mar levantando-se enfurecido, as placas da terra tremendo, o gelo caindo quando deveria demorar muito tempo em descongelar-se—, mas não sinto a mesma profundidade de poder no Nivriti como o faço com o Grupo de Dez—. A aguda conscientiza de estar em presença de algo distinto. —E Neha teria sabido se sua irmã se converteu em um da Catedra —disse Rafael. 262 —Um Arcanjo sempre reconhece a outro, mas pelo que há dito, parece que está na escuridão sobre o origem das habilidades de Nivriti. —Sim. Poderia ser que como geme a da Neha, Nivriti tem a capacidade de danificá-la como nenhum outro anjo, junto com uma certa resistência às próprias habilidades da Neha. Os gêmeos foram além do estranho na população angélica e Neha foi a primeiro Arcanjo de que soube tinha nascido com outro. —Não temos nenhuma diretriz para julgar o vínculo que as une entre si.
Uma breve pausa. —Se Nivriti se crie um integrante do Grupo de Dez, procurará unir-se a nosso número muito em breve —disse Rafael pensativamente—. A diferença da Neha, o resto de nós não estamos desfavorecidos por uma conexão de sangue, tomará uma só reunião para responder à pergunta de sua força. por agora, segue mantendo a sua gente as vigiando, a ambas. —Sire. —Finalizando a chamada, Jason inclinou seu ouvido para o vento, escutando os ecos desvanecidos de um exército em retirada... e a brilhante e obstinada esperança de uma princesa cuja presença, escondida em sua mente, sentia saudades. 263 42 Traduzido pela Lucia A. Corrigido por Safira Mahiya não sabia o que tinha esperado da base de sua mãe, mas não era um complexo palácio fortificado escondido em um vale montanhoso escassamente a quatro horas de distância voando. Entretanto, tinha perfeito sentido, Nivriti não poderia ter pirado em segredo uma frota na escuridão a uma distância muito mais larga. As tropas de infantaria vampíricas, em um trajeto mais largo, tinham viajado à cidade em veículos que não destacam nas estradas e agora se retiraram da mesma maneira. Trazendo com eles os mortos e os feridos menos críticos do Nivriti, Rhys e o general em chefe do Nivriti tendo negociado um breve intervalo no que se pudesse recuperar aos cansados. Enquanto que Nivriti foi obrigada a sair da cidade imediatamente, ela tinha enviado a metade de seu batalhão angélico a terra, fiscalizado pelos homens do Rhys, para resgatar e levar a casa aos piores feridos, tanto vampiros como anjos. Essa unidade estava a aproximadamente duas horas detrás deles, os veículos de terra quase no meio do dia. Este complexo, disse Nivriti a Mahiya depois de que aterrissaram na escuridão prévia ao amanhecer sob o atento olhar do pequeno esquadrão que tinha deixado na base montando guarda, uma vez tinha sido dela, e agora o era outra vez. —Neha o deixou cair na ruína. —Uma declaração satisfeita—. O povo circundante foi se pique sem o encargo da fortaleza, por isso a zona é um árido e boscoso páramo. —Um lugar perfeito para ocultar um exército. —Entrando no Palácio, Mahiya passado as tapeçarias antigas, assim como as pinturas que tinham sido criadas utilizando as paredes como tecido, de elefantes e cavalos cavalgados por guerreiros vampíricos armados com espadas, e donzelas angélicas com tímidos sorrisos mas com armas em suas mãos. As uma vez brilhantes cores agora eram pálidos fantasmas, as jóias usadas pelos
guerreiros e donzelas ambos os rochas opacas. Era evidente que as tapeçarias e os tapetes que cobriam o chão de pedra eram tão antigos como as pinturas, mas às peças que sobreviveram lhes tinham limpo o pó revelando obras de desvanecido esplendor. As paredes e pisos do palácio em si mesmo também tinham sido esfregados 264 até que a beleza do edifício, cheia de intrincadas talhas e janelas de encaixes, criava ainda mais adornos por luxo não por uma necessidade. —A maior debilidade da Neha foi sempre a arrogância —disse Nivriti depois de servir um copo de água de uma jarra próxima, bebendo-lhe muito rapidamente—. Nunca acreditou que eu poderia ser seu igual, e assim se foi deixar guardas sobre mim ou nos lugares que sempre foram e sempre serão, meus. —Palavras tão duras como a pedra de sua fortaleza—. Agora aprendeu melhor. Um anjo, arrastando sua asa esquerda como resultado de uma queimadura na metade superior, entrou então. —Minha Dama —disse—. Lamento interromper, mas devemos falar sobre nossos planos defensivos com tantos feridos. Assentindo ao homem, Nivriti fez gestos a Mahiya de que se fora. —vá procurar um lugar para o descanso, menina. —Baixou o olhar à mola de suspensão ainda na mão da Mahiya—. Não necessitará isto aqui, mas me alegro de que minha filha não seja um inútil adorno. —Com isso, foi-se. Mahiya teve a oportunidade de explorar o palácio. O que encontrou foi que isto era o mais próximo a uma fortaleza impenetrável do que se podia conseguir e mesmo assim seguia sendo um lugar que era claramente um lar para o Nivriti e sua gente. Altos muros perimetrales, mas suaves atapeta no piso. Via armas em todas partes, mas uma cozinha impregnava as habitações com deliciosos aromas. Quando se abriu passo a um balcão na parte traseira do palácio, viu funcionando bem um saudáveis fruteto de uma vez que hortas dentro das muralhas defensivas. Embora o céu era ainda cinza, um vampiro já tinha começado a trabalhar nos jardins, e lhe contou que a água no poço era procedente de um depósito subterrâneo. —Não há maneira de que alguém o envenene. Estas precauções não protegeriam a fortaleza contra ataques aéreos, mas as montanhas ao redor do vale estavam estabelecidas com armamento tierra-ire, que Mahiya adivinhou tinha estado escondido até o assalto a Neha e só havia um caminho que levava a dentro. Era um lugar destinado a manter-se sob um assédio, pensou enquanto caminhava para o interior do palácio. Embora ninguém parecia lhe emprestar atenção, guardas saíram de um nada para redirigir seu caminho quando tratou de ir por um corredor em particular. Também tomaram sua mola de suspensão, dizendo que a limpariam por ela. Com seu melhor sorriso de princesa, disse—: É obvio —e partiu sem discutir.
265 Demorou uma hora em observar e esperar, mas os persistentes guardas finalmente foram chamados longe a outra tarefa, e tomou dez segundos chegar às portas e as passar. As habitações mais à frente estavam fechadas com antiquados ferrolhos e cadeados, reja nas pequenas janelas recortadas nas portas. Com um repentino calafrio em seus ossos, olhou na primeira janela. Um ensangüentado e inconsciente anjo se encontrava dentro, suas asas cravadas no piso por pernos martelados através das plumas, tendões e músculos. O horror era um peso esmagando seu peito, obrigou-se a caminhar até a seguinte cela, para encontrar a um vampiro pendurando de suas bonecas por grosas cadeias, golpeado e ensangüentado, sua cabeça queda sobre seu peito. Reconheceu a ambos da Fortaleza do Arcanjo. Não eram o suficientemente capitalistas para ser imediatamente sentidos falta de, mas ambos tinham idade suficiente para ter um conhecimento do funcionamento interno da fortaleza. —Mahiya. Tendo ouvido as pisadas das botas do Nivriti, não se sobressaltou. —Quebra a estas pessoas. —Neha faria o mesmo a meus. —Gelo, rígido e brutal—. O fez muito pior para mim. Foi nesse instante que Mahiya admitiu a idéia que tinha alimentado em um rincão secreto de seu coração, que os assassinatos do Eris, Audrey, Shabnam e Arav, tinham sido uma aberração, que sua mãe não albergava a fealdade da crueldade em seus ossos. —vais liberar os agora? —Não. —Nivriti se estirou através das grades para envolver essa pegajosa rede verde ao redor da garganta do vampiro. —Mãe, détente. —aferrou-se à mão do Nivriti, atirando, mas era muito tarde, a substância estava já sobre o prisioneiro. Enquanto Mahiya olhava horrorizada, sua pele, músculos e ossos se dissolveram em um borbulhante branco até que o corpo caiu longe do pescoço. A misericórdia só era que o homem nunca recuperou a consciência. —Isso... —Mais misericordioso do que Neha lhe teria feito se ele se arrastou a casa. —Seu poder tinha que ver com as aves. —Foi a súplica de uma menina se desesperada por salvar algo de seu sonho de sua mãe—. Com as coisas vivas. —Não esta morte sádica. O sorriso que tocou os olhos do Nivriti estava tinta de verde ácido.
266 —A habilidade de morrer —disse tajantemente—. Mas enterrada na terra, encontrei consolo em outras criaturas. —moveu-se à cela que ocupava o anjo—. Eles sacrificavam suas vidas quando eu necessitava sustento e compartilharam sua força comigo. —Não! Por favor! —Uma vez mais, Mahiya tentou deter o Nivriti enquanto sua mãe, quase caprichosamente, atirou a mortífera rede verde sobre o anjo. Mas sua mãe tinha mais de três mil anos, seu poder era enorme inclusive nas seqüelas da batalha. Era uma competência desigual, uma que Mahiya não pôde ganhar. Tremendo, obrigou-se a olhar, a recordar esta morte, enquanto o anjo se dissolvia em nada. Ele e o vampiro, ambos, mereciam epitáfios, ambos mereciam não ser simplesmente apagados da existência. Suspirando, Nivriti foi tocar a Mahiya, sacudiu sua cabeça quando Mahiya se cambaleou para trás. —Como te manteve tão suave sob a amorosa mão de minha irmã, né? Porque eu não queria terminar como ela... como você. Seu coração se rompeu outra vez, quando se deu conta de que alguns sonhos da infância não tinham nenhuma esperança de alguma vez converter-se em realidade. —Não importa. Estou aqui para cuidar de ti agora. —Nivriti olhou por cima seu ombro—. Acompanha a minha filha a sua habitação. Ela deve descansar. Mahiya se permitiu ser guiada à poda e, para os padrões do palácio, luxuosa habitação. Era evidente que estava sendo honrada como filha do Nivriti. —Estou aqui para cuidar de ti agora. Sentada na cama com dossel, um nó de dor na garganta, envolveu seus dedos ao redor de um dos postes de madeira esculpida que tinham sido polidos até brilhar, e logo pensou. A respeito de quem era, que queria fazer com a existência imortal que se estendia interminavelmente diante dela. Independentemente do que Nivriti pensava, não era uma menina. Tinha lutado por sua liberdade de um arcanjo. Jason lhe tinha ajudado a conseguir essa liberdade, e talvez nunca a teria ganho por sua conta, mas inclusive enfrentando obstáculos aparentemente insuperáveis, inclusive depois de toda uma vida com um arcanjo que queria esmagar seu espírito, negou-se a render-se. E com seu chefe de espiões, também, ela era quem tinha conduzido um pacto quando sustentou um frágil e individual cartão. —Tem que me dar algo em troca. Não posso entregar a peça mais valiosa de informação sem ganhar algo igualmente valioso em troca. 267 Tinha pronunciado essas palavras, exigiu-lhe que tratasse sua necessidade de liberdade
com respeito. Mas agora, uma vez mais, encontrou-se a si mesmo em uma prisão. Não havia fechaduras, nem nenhuma má vontade do Nivriti, mas sua mãe tinha feito patente que via a Mahiya como a um bebê. Alguém que se manteria a salvo neste palácio, tendo suas asas cortadas e sendo encerrada ou ordenada a calar quando chegava a hora de falar para os adultos. Protegida das duras realidades da vida. —Acompanha a minha filha a sua habitação. Já, Mahiya podia sentir uma opressiva sensação de asfixia constrangendo sua caixa torácica. —É muito tarde, mãe —sussurrou, era uma decisão que tinha necessitado tomar antes de poder continuar com sua vida—. Não fui um bebê por muito tempo. Tristeza atravessou suas veias por tudo o que tinham perdido, o tempo que nunca poderiam recuperar. Mas também havia um doce, doce alívio, pesada-a culpa em seu estômago ante o pensamento de abandonar ao Nivriti se aliviava pelo conhecimento de que para construir uma relação com sua mãe, teria que deixá-la. Era a única maneira de forçar ao Nivriti a vê-la como uma mulher adulta. Uma mulher que amava a um chefe de espiões com asas de cor negra. Tinha-o sabido Jason? Que se tivesse pirado longe do Nivriti no campo de batalha, teria se perguntado sempre o que seria sua vida de poder ter estado com sua mãe? Que sua culpa por abandonar a uma mulher que tinha sobrevivido a um pesadelo, e que olhava a Mahiya com amor em seus olhos, teria sido uma dor constante em seu peito? Seus lábios se curvaram, porque é obvio que sabia, Jason pensava quatro passos adiante. A esperança floresceu, mas com os dedos apertando no poste, obrigou-se a ser racional, a recordar que se separou dela sem nenhuma indicação de que tinha a intenção de encontrá-la de novo. Inclusive se o fizesse, não podia adivinhar que ela tinha chegado a sua decisão, estando disposta a partir só horas depois de sua chegada. Leal como era ao Rafael, provavelmente já tinha deixado o subcontinente para fazer seu relatório. O qual significava que Mahiya estava sozinha. Tomando uma respiração profunda, ficou de pé e fez um balanço de si mesmo. Estava um pouco cansada pelo vôo ao palácio, mas não esgotada, já que o exército se moveu a um ritmo mais lento para dar capacidade a seus irmãos feridos. Não obstante, seria inteligente descansar, recuperar completamente sua força, exceto ela queria ir-se agora.
Inclusive as restrições mais amorosas eram cadeias que pretendiam limitá-la. 268 Partir agora lhe dava uma pequena vantagem, a segunda unidade angélica, com sua carga de feridos, tinha chegado enquanto ela era escoltada a sua habitação. Sua oferta de ajuda tinha sido rechaçada, e por seus condescendentes sorrisos, estava bastante segura que era porque os guardas pensavam que ela se deprimiria quando visse os danos, nunca dando-se conta das
coisas das que foi testemunha na corte da Neha. Todos outros que se pudessem prescindir estavam atendendo aos feridos, as defesas do palácio eram mais magras do que nunca o seriam. Era sua melhor oportunidade de escapar, porque a verdade era, não acreditava que sua mãe simplesmente a deixaria ir. Não quando Nivriti acreditava uma menina incapaz de cuidar de si mesmo. Os olhos da Mahiya ardiam, e se perguntou se a cegueira de sua mãe era intencional, se tentava encontrar ao bebê que tinha sido roubado dela faz muito tempo. Tragando uma onda de crua emoção, Mahiya apartou as cortinas nas portas do balcão, viu que o sol da manhã era cristalino. Ela ressaltaria contra o azul do céu... mas ninguém lhe tinha proibido tomar um vôo. Decisão tomada, entrou no banheiro e se lavou a cara, arrumou seu cabelo em uma apertada trança, então abriu as portas de balcão e saiu. Havia qualquer quantidade de anjos fora, e a gente voou para ela imediatamente, suas asas tintas de negro lhe diziam que tinha sido parte do assalto. —Princesa —disse com a brusca cortesia de alguém que tinha coisas mais importantes em seu prato—. Como posso lhe servir? —Eu gostaria de estirar um pouco minhas asas antes de descansar. — Ampliando seus olhos, lhe deu um vacilante sorriso—. Suponho que, é seguro voar na área por cima e ao redor do Palácio? Como tinha desejado, ele se centrou na segunda pergunta e não se incomodou em perguntar-se por que quereria estirar suas asas depois de quatro horas de vôo. —Tão seguro como o podemos obter. —Franzindo o cenho, dirigiu-se a um trio de anjos com um complexo conjunto de sinais de mão—. Entretanto, estou seguro que de La Dama Nivriti preferiria que você permanecesse a salvo em seus quartos. Era um general de algum tipo, pensou. Havia muita autoridade em seu tom para um ajudante. Em lugar de obedecer como claramente esperava, endireitou seu espinho dorsal e canalizando à morta Anoushka no cúmulo de sua malcriação disse—: Você está ordenando para mim de permanecer em minhas habitações? Possivelmente você gostaria de me pôr uma correia e me levar ao redor como a um mascote, também? O cansaço se arrastou através da cara do general, e teve que lutar para impedir uma careta de simpatia, não gostaria de estar tratando com esta versão de si mesmo, tampouco, sobre tudo depois de uma batalha que lhe havia flanco muita de sua gente. Mas se não saía agora, poderia ficar entupida neste doloroso purgatório durante 269 semanas, inclusive meses, sufocada por um amor maternal cego à verdade da vida que Mahiya tinha sobrevivido. —Por favor, espere —disse, sem ceder terreno ante sua indignação, o que significava que não era um general, a não ser provavelmente o general—. vou encontrar lhe uma escolta. —Girando, voou para a esquerda.
Bom, isso foi estúpido. Soprando ante sua hipótese de que ficaria onde estava, desceu do desenrejado balcão, percorreu o pátio e em lugar de mover-se em amplos círculos em espiral, dirigiu-se diretamente para cima como tinha visto fazer ao Jason tantas vezes. Se pudesse chegar sobre a fina capa de nuvens brancas antes de que alguém notasse o que estava fazendo, poderia confundir e talvez distrair a qualquer perseguidor o suficiente para escapar. Essa perseguição chegou muito antes do que esperava, uma brusca voz lhe ordenou descender. Mais velho e mais forte do que ela era, sabia que o general a apanharia em segundos, mas apertou os dentes e continuou batendo suas asas para cima, os músculos dos ombros e as costas tensas até que seus tendões se sentiam como se pudessem romper-se. lhe deixar pensar que era uma mucosa malcriada, seria plantar a idéia equivocada em sua mente, talvez lhe daria outra oportunidade mais adiante. Uma extensão de negro parou frente a ela. Jason! Estava tão assustada que aconteceu ele. —Lista para partir? —perguntou quando se aproximou para unir-se o como se ela tivesse ido para uma visita pela tarde a algum lugar. Está tudo bem, princesa? Quase estalou em lágrimas ante a penetrante ternura de sua pergunta mental. —Sim e sim —disse com um sorriso tremente, perguntando-se se alguma vez entenderia a este homem ao que adorava—. Mas me temo que adquiri um problema. —Já o vejo. —Pode sobrevoar? Sim. Seu corpo protestou pelo abuso, mas ela o tinha dirigido pior. Situando-se a seu lado em lugar de em frente, Jason chegou de novo e tirou sua espada, mantendo-a casualmente a seu lado enquanto o general os alcançava. Os olhos do anjo foram do Jason a Mahiya, e à silenciosa ameaça da espada negra do Jason, e pareceu decidir que o silêncio era a melhor política. Assim que todos se olharam educadamente um ao outro até sua mãe voou para enfrentá-la. —Mahiya. —Um látego de ira dirigido a uma errante vergôntea—. Espero que minha menina esteja a meu lado. 270 —Mãe —disse Mahiya com soma delicadeza, não querendo ferir Nivriti, mas sabendo que tinha que obrigar a sua mãe a ver a verdade se alguma vez foram construir uma relação—, não fui uma menina durante séculos. Realmente nunca me permitiu ser uma. Sabe. Apesar da gentileza, Nivriti se estremeceu. —vou matar a pelo que fez.
Mahiya levantou uma mão. —Não. Não pense me usar como uma desculpa em sua guerra com a Neha. Não quero ser parte disso. —Com o coração retorcendo-se, sustentou esse olhar tão familiar e tão estranho—. Trezentos e sete anos —disse em um sussurro que tomou toda uma vida de sonhos perdidos e lhe esmaguem Essa dor é o tempo que sobrevivi, não quero sobreviver mais tempo, mãe. Quero voar. Um momento de absoluto silêncio antes de que os olhos do Nivriti se chocassem contra Jason. —Se não se preocupar por ela, chefe de espiões, perseguirei-te até os limites da terra. —Com essa violenta ameaça, ela e seu general se deixaram cair para o palácio. Guardando sua espada, Jason se deu volta. Realmente te ama, a sua maneira. O suficiente para me fazer libere. 271 43 Traduzido pelo Panchys Corrigido pela Deeydra Ann’ Quatro dias depois de havê-la dormido, Dmitri trouxe para Honra pela metade de seu sonho drogado. —Dmitri. —Foi uma pergunta lenta enquanto a embalava em seu regaço, mas ouviu o pânico. —Está a salvo —disse—. É hora do primeiro beijo de sangue. Lembra-te? —Havia-lhe dito cada passado do processo, para que não tivesse medo ao despertar sem o pleno controle de suas faculdades, sua Honra que tinha sido convertida em prisioneira por monstros. Seus dedos se fecharam no peito, o temor uma mancha de brilho em seu rosto. —Não me posso mover. —Honra, neném, não te posso tirar de tudo. —Ela o estava rasgando—. Por favor, recorda. —Acariciou e beijou à mulher que fazia valer a pena viver a eternidade, abraçando-a tão forte como pôde, pois sua pele era sensível agora, mais fácil de deixar moretones—. Nunca faria nada para te machucar. Um suspiro contra seu pescoço, o afundamento do pânico, embora sua voz seguia sendo espessa com as drogas. —Amo-te. Aliviado até que quase não podia respirar, permitiu-se três preciosos minutos com ela antes de usar uma de suas presas para perfurar a boneca e mantê-la até sua boca. —Sei que não sabe bem agora —Não o faria até que a transformação tivesse mais tempo para afiançar-se em seu corpo—, mas é suficiente tomando umas quantas gotas.
Honra enrugou o nariz, mas não brigou. —Não muito atrativo —murmurou depois e o fez rir, a tensão deixando seu corpo. —Confia em mim, volta-se mais atrativo. —Beijando-a, obrigou-se a afastá-la—. Preparado? —Quero-o feito. —abraçou-se a seu corpo—. Quero estar contigo. Ele se agachou para reativar a droga que dormiria uma vez mais. —vou estar aqui, esperando por quando despertar de novo. —Tinha esperado perto de um milhar de anos, nada o faria mover-se de seu lado—. Dorme. vou manter te a salvo. 272 44 Traduzido pelo Marie.Ang Christensen Corrigido pelo Juli_Arg Mahiya estava sentada no teto da casa do Enclave do Anjo que era o lar do Arcanjo Rafael e seu consorte, logo que acreditando que tinha sido mais de uma semana desde que deixou o palácio de sua mãe. A cidade de brilhante metal e resplandecente cristal que podia ver através da água a fascinava, quase tanto como o anjo com cabelo quase branco que avançava para o teto. Elena aterrissou junto à Mahiya com uma alegria aberta que a fez sorrir. —Dez pontos por certo —disse, tendo jogado este jogo com a outra mulher a princípios da semana. —Está sendo amável. Tive que tomar um passo adicional para equilibrar a aterrissagem. —Nove ponto três, então. —Isso tomarei, apesar de que ainda está sendo amável. — Pregando aquelas inquietantes asas de meia-noite e amanhecer, Elena tomou assento—. Está esperando ao Jason? —Está dentro, falando com o Rafael. —Tendo crescido junto a um arcanjo, Mahiya não se via afetada por eles como outro anjo de sua idade poderia está-lo, mas nunca esqueceria que eram outros e portanto, ser tratados com precaução—. Cheguei a admirar sua cidade tão ocupada e brilhante, e escutar a água. —O rio corria mais à frente do escarpado, e não muito longe na distância, podia ver dois recipientes de água a ponto de passar. Estendendo um joelho, Elena enganchou seu braço ao redor dela.
—Ficará? Mahiya tinha considerado isso, descartado, Nova Iorque era uma cidade deslumbrante e formosa, mas com borde dentados que afligiam. —Acredito que eu gostaria de visitar. —Provando-a em pequenos bocados—. Mas este não é meu lugar. Elena assentiu. —Não é para todo mundo, minha cidade, mas a adoro. —Anulando uma mola de suspensão ligeira da parte exterior de sua coxa esquerda, pô-la a seu lado no teto. 273 —Estava de caçada? —Assombrou a Mahiya que a consorte de um arcanjo fizesse tal coisa, mas também a assombrou como Rafael olhava a Elena e como Elena olhava ao arcanjo de volta. A profundidade abrasadora de sua conexão era algo que nunca tivesse esperado, sem importar o que tinha escutado de sua união. —Não, dirigia uma sessão de treinamento na Academia do Grêmio. Meu turno na lista. —Levantou seu rosto para o vento, e se sentaram em silencio durante quase dez minutos antes de que Elena a olhasse—. Jason —disse em voz baixa—, verá-o depois, não? Surpreendida, Mahiya disse—: Não é um homem que necessite o amparo de ninguém. —Mas —disse Elena, a incisiva cor de olhos cinza prateado—, acredito que te necessita. Sim. Pergunta-a era, permitiria-lhe Jason lhe dar o que necessitava, ou o evitaria, como uma criatura selvagem poderia? Não era a melhor das analogias, pelo Jason sabia que os caminhos de sofisticação e civilização eram tão bons como qualquer corte masculina. Entretanto, ele não era deles, parte dele ainda era esse menino solitário em meio de um oceano. —Sinto coisas por ele —sussurrou—, que me aterram. —Bem —disse Elena com um empurrão de ombros—. Nunca encaixaria em nosso clube de outra maneira. Piscou ante a surpreendente declaração. —O que? —É para aquelas de nós que somos o suficientemente loucas para nos apaixonar por homens seriamente maus que mulheres mais sensíveis sairiam correndo gritando. Agora superaste a Honra como o novo membro. —Elena sorriu—. Te ensinarei o secreto apertão de mãos. Mahiya riu, e era a risada compartilhada com um amigo. Elena era a consorte para um arcanjo, tinha acesso ao poder além do imaginável. Não tinha necessidade de cultivar uma
relação com a Mahiya, entretanto Mahiya sabia por que o fazia. Não só por uma inerente bondade que a tinha feito sentir bem-vinda desde o começo, mas também porque Jason era um dos “seus”. A Mahiya não importava ser adotada em uma família assim. Havia alegria aqui, lealdade, e o melhor de tudo, ninguém desejava usá-la como um peão em algum jogo político. OH, não tinha dúvidas sobre os instintos do Rafael, mas também sabia que o arcanjo a trataria com a cortesia devida a amante de um de seus Sete. Exceto não estava segura de que era essa amante, que seu chefe de espiões simplesmente não esperava para encontrar suas asas. Não vá, Jason. Palavras que nunca havia dito, cadeias que nunca havia 274 envolto ao redor dele, mas OH, doía pensar que nunca sentiria de novo o calor áspero de seu tato, nunca ver de novo esse selvagem fogo negro nos olhos do mais profundo marrom. *** Saindo de seu estudo e na grama, Jason a seu lado, Rafael se dirigiu para o bordo do escarpado. Olá, Arcanjo. Seus lábios se curvaram. Olá, hbeebti. Jogando uma olhada por cima de seu ombro, viu seu consorte sentada no teto com a princesa que Jason havia trazido para casa. As mulheres tinham seus rostos girados a uma à outra, o cabelo da Elena uma chama branca, a seda ébano da Mahiya recolhimento perfeitamente em um nó na nuca de seu pescoço. Se alguma vez tivesse considerado a mulher que chegaria através dos escudos do Jason, não tivesse sido esta elegante princesa da terra da Neha, com sua cortesia impecável e uma personalidade que parecia um espelho sereno sem profundidade. E, entretanto… Jason era seu chefe de espiões, hábil ao ver detrás de escudos e além das defesas. O que pensa da princesa do Jason? disse a seu consorte. Que tem uma vontade de ferro, que ama ao Jason com todo seu coração, e que há muito mais nela que nenhum de nós saberá nunca, disse enquanto tornava sua atenção de volta ao Jason. Nada estranho nisso. Somente você conhece todas as peças de mim. Como Elena conhecia as dele, pensou enquanto ele e Jason se detiveram no escarpado sobre o Hudson. Tantas conversações que tinha tido com seu chefe de espiões neste mesmo lugar, ao Jason não gostava de ser confinado quando podia estar sob o céu. —A princesa —disse—, tem santuário aqui tanto como o necessite. —Obrigado, Sire, mas acredito que pode viver a salvo no amplo mundo. —Jason arrumou
suas asas—. Terá que ser cuidadosa, mas sou da crença que as ameaças a um lado, Neha é muito orgulhosa para romper sua palavra. Quanto à mãe da Mahiya, é uma relação que só pode aprender a navegar. Rafael esteve de acordo com o Jason sobre a Neha. A arcanjo não era mercurial como Michaela, a honra significava muito para ela, algo próprio que vigiava. —Tem a princesa um lugar para ir? —Sim. Rafael deixou que a brisa roçasse seu rosto, tecesse seus dedos através de seu cabelo, e esperou, sabendo que Jason tinha algo mais que lhe dizer. 275 —Sire —continúo Jason olhando para o exterior, para Manhattan, seu tom acalmado—, você Libero de sua promessa. Rafael tinha vivido um milênio e médio, tendo lembranças fortes e débeis. Recordava o dia exato em que cada um de seus Sete tinham jurado lealdade, Jason tinha sido tão jovem, e entretanto, tinha sido uma força contida que lhe tinha falado ao Rafael. Tinha sabido que o menino se converteria em homem de aço temperado. E tinha sabido que esse aço tinha um defeito fatal. —Só te peço uma promessa por meu serviço. —Palavras que Jason havia dito, sua pele Lisa e nua das marcas que começariam a parecer em outra década—. Eu não fui… formado corretamente. Parte de mim está prejudicado e pode um dia romper-se. Quando ocorrer, peço-te que me execute limpamente antes que me permitir erodir de dentro para fora. Rafael nunca lhe tinha perguntado ao Jason por seu passado, mas tinha posto as peças juntas, e entendeu que seu chefe de espiões tinha sobrevivido a uma infância que o teria deixado muito quebrado para funcionar, e que tinha cicatrizes que nunca se desvaneceriam. Cicatrizes… e fraturas. Assim fez essa promessa, e tinha esperado nunca mantê-la. Agora, um vento fresco lhe beijou a pele, o sangue, o peso da promessa levantando-se de seus ombros. —Me alegro disso, Jason. Continuou olhando por cima da água, e justo quando Rafael pensou que Jason poderia falar de novo, deu-lhe um assentimento quase imperceptível e guardou silêncio. Rafael não sabia se Jason tinha encontrado alguma espécie de paz ao fim, ou seja que essa paz era somente um brilho no horizonte, mas esperava que o anjo de asas negras nunca mais tivesse motivos para procurar uma promessa dele. Porque inclusive um arcanjo poderia chorar. *** Mahiya se encontrava no estufa da Elena, olhando com assombro às exuberantes floresça
amarelas de uma planta com largas folhas de verde primavera, quando a porta se abriu. Não precisava girar-se para saber quem se achava de pé na porta, sua pele parecia suspirar ante sua presença, sua necessidade dele um pulso profundo, porque não a havia meio doido desde antes da batalha. —Acredito que este é meu lugar favorito em toda esta terra que vi até agora. —Tudo florescia com vida aqui, e não haviam aspectos ocultos, sem políticas sutis. —Pode ter um jardim agora se o desejar. Seu sorriso saiu dela. —Sim, posso, não? —Era um pensamento maravilhoso, e um que tinha posto em prática logo que encontrou um lugar chamado lar. Sua oferta de empréstimo ainda segue aberta? Embora 276 tinha estado fisicamente remoto, ela não tinha perdido a esperança, porque nunca uma vez a tinha excluído de sua mente desde dia que lhe tinha permitido entrar. É obvio. —Tenho uma casa que pode te satisfazer até que ditas o contrário —adicionou pouco depois de sua confirmação mental. Girando, inclinou suas costas contra os bancos em que estava a vasilha com as flores amarelas, a planta esperando ser transplantada na vasilha maior do lado. Jason se encontrava na soleira, suas asas acariciadas pelo encrespado verde de uma trepadeira que se vertia de uma cesta pendente. Ele deveria luzir muito duro, muito escuro para este lugar, mas de algum jeito, encaixava. Selvagem, pensou, ele é uma coisa tão selvagem como estas novelo. Só estavam temporalmente domesticados pelo estufa, sem isso, expandiriam-se e propagariam até que as muralhas de cristal fossem muito verde. Jason, também, só estava domesticado quando desejava está-lo, uma tormenta mantida ferozmente fiscalizada. —A casa está vazia? —perguntou este mistério convincente de um homem que tinha jurado uma vez um voto de sangue a ela. Não… espera—. Jason, quem libera o voto de sangue? —Sua tarefa tinha sido pela Neha, mas era o sangue da Mahiya através da qual o voto tinha sido feito. Ele ficou tão imóvel, que quase poderia acreditar que não seguia aqui. —A parte a quem se faz. —OH, não sabia. Então, você Libero. —Não o queria pacote a ela por um enlace forçado de qualquer Isso tipo é tudo o que preciso dizer para fazê-lo? —Sim. —Sua quietude não diminuiu—. Os cuidadores vivem sozinhos na propriedade —disse, respondendo sua pergunta anterior—. Vampiros de confiança recomendados a mim pelo Dmitri, estariam encantados de ver a casa cobrar vida de novo. Preferem fazer seu lar em um edifício à parte, mas está a questão de segundos a pé.
—A propriedade, está perto? —A cidade brilhando ao outro lado do Enclave não era adequada para ela, mas não queria estar tão longe disto que não pudesse cuidar das nascentes amizades que tinha feito, com a Elena, com um vampiro chamado Miri quem trabalhou em La Torre, mas que tinha estado na casa do Enclave do Anjo várias vezes a semana passada. Para uma mulher que nunca tinha sido livre de ter amigos, estes eram apreciados presentes. —Três horas de vôo a um ritmo médio, noventa minutos se te esforça —disse Jason—. É uma grande propriedade, quão suficiente ninguém será capaz de chegar até ti sem violar o sistema de segurança, mas não tão isolado que necessite sempre estar sozinho em caso de que deseje companhia. 277 Soava perfeito, mas não tinha esperado menos do melhor chefe de espiões na Cadeira, o homem que conhecia às pessoas melhor do que se conheciam eles mesmos. Mas, conhecia-se Jason a si mesmo? Com os lábios curvados, cruzou a distância para ele, pôs suas mãos contra seu peito, insegura de si mesmo e dele neste novo lugar, mas não querendo renunciar à reclamação que tinha feito. Seus braços a rodearam sem vacilar, seus dedos espraiando-se em suas costas baixa. —Desejas ver a casa? —Sim. —sentia-se tão bem estar perto dele de novo—. Estou caindo em dívida cada vez mais contigo. —Isto não é dívida, Mahiya. —Sua mão se movia em um suave círculo em suas costas—. Não entre nós. Seu coração chutou, e queria arrebatar suas palavras, forçá-lo a explicar-se, mas tais demandas nunca funcionariam com este homem. —Não —disse—, deve me permitir te pagar de alguma forma até que tenha os recursos para limpar o empréstimo. —Empurrou seu peito o suficiente para poder olhá-lo à cara—. Meu lar será teu, tanto como queira que o seja. Uma piscada de seus olhos, mas sua resposta foi uma acalmada inclinação de sua cabeça, a aceitação. A maldade nela, nascida da mesma vontade que tinha mantido sua personalidade, sua proprietária todos estes anos se tendeu acordada depois de toda uma vida de moderação. —Já não terei suficiente dinheiro para pagar meu empréstimo durante anos, talvez suplicarei sua indulgência com favores sensuais. A escuridão escureceu seu rosto, sua mão caindo para deixar seu desprovido. —Não te pediria tal coisa.
Rendo, tomou seu rosto. —Jason, estou-te tirando o sarro. —Nunca tinha iniciado um beijo, mas respirada pelo modo em que havia tornado a tocá-la, fez-o agora, bebendo e saboreando esses firmes e formosos lábios até que a abraçou de novo—. Qualquer sensualidade que compartilhe contigo é dada livremente, e sempre o será. Apertou-a mais perto de seu corpo com a mão que tinha em suas costas baixa, sua mão livre levantando o ângulo de seu queixo exatamente como gostava, e então tomou o controle do beijo, acariciando sua língua com a sua em uma carícia que fez curvar seus dedos, o fogo negro dele uma coisa escura e bela. Não deveria te burlar de meu assim, Mahiya. Alguém débito. O coração fazendo carreira à perfeição pecaminosa dele, colocou seu pé entre suas botas em um esforço por aproximar-se e lhe fazer uma pergunta que se sentia muito tímida para 278 fazer em voz alta. Está a propriedade o suficientemente isolada para que possamos dançar? Um fino, fino tremor fatiou através do marco potente do Jason. Não. Mas conheço um lugar que o está. Bem. Porque queria dançar com seu chefe de espiões, a sensual dança erótica dos amantes angélicos que era parte do noivado, parte de uma prova de força e habilidade, e, se se fizer bem, todo prazer. Nunca antes tinha crédulo em ninguém o suficiente para compartilhar-se dessa maneira. Não posso esperar a enredar asas contigo, Jason. Rompendo o beijo, um toque de cor em suas bochechas, Jason disse—: criei contas a seu nome e transferido os recursos que necessitará para conseguir seus pés. —Seu tom se achava despojado de ternura… mas continuou pressionando-a contra ele, suas asas curvadas em uma protetora tela a seu redor até que tudo o que viu era negro exuberante—. A dívida não se espera até que se sente capaz de pagá-la, a uma taxa de zero por cento. —Jason! —Rendo, empunhou suas mãos contra seu Esse peito é o empréstimo mais terrível que jamais ouvi, perderá em cada conta. A expressão do Jason era solene. —Não, não o farei. Porque tanto como me deva uma dívida, terei um lar. Tudo nela ficou em silêncio, inclusive seu pulso, o tempo mesmo se deteve. —Então —sussurrou em uma voz rouca com amor—, é uma dívida que nunca te pagarei. antes de que ele tivesse falado, antes de que ela tivesse entendido a profundidade de sua necessidade, teria insistido em lhe pagar o empréstimo até o último centavo como signo de sua independência. Agora sabia que isto não era sobre dinheiro ou sobre controlá-la. Jason tinha tido séculos para acumular riqueza. Isso significava pouco para ele além do prático.
Mas, um lar? Isso, ele não tinha tido desde que enterrou a sua mãe. Tampouco ela tinha, a fortaleza não era um lugar seguro para ela. Assim compreendeu o que significava para ele ter um lar, entendia também, que ele necessitava o vínculo inequívoco criado pela dívida. Um dia, pensou, ele não necessitaria essa atadura mais tempo, chegaria a aceitar que sempre seria bem-vindo no lugar que era seu lar. Então, ririam de sua dívida vencida, e talvez se burlaria de seu anjo de asas negras por ter permitido a uma princesa ingênua atá-lo a tal terrível pacto. Até então, só o amaria. —Vamos a casa. 279 280 45 Traduzido pelo BlancaDepp Corrigido pelo Melii O imóvel a que Jason a levou era uma vasta extensão de verdor interrompida por rajadas selvagens de cor, a casa de pedra cinza estava dentro de uma grande quantidade de jardins que lhe tinha permitido funcionar selvagem, os cuidadores têm muito que fazer para disputar a novelo. —OH! —Encantada, tocou com os dedos uma rosa âmbar beijada de rocio que florescia desafiante sem ter em conta à Isto temporada é maravilhoso! —Já podia começar a imaginar sua nova vida aqui—. OH, Jason, a casa é perfeita. —Não um imenso palácio ou mansão, era um edifício de dois pisos destinado a ser uma casa, as pedras quentes no preguiçoso sol do entardecer. A residência do cuidador, criada da mesma pedra preciosa, estava em um ângulo reto à casa—: Tenho que ver tudo! Jason não sorriu, não qualquer poderia havê-lo visto, mas sentiu sua alegria enquanto a seguia pelo caminho e sem pressas a suas costas enquanto explorava os jardins. Até o momento, não sabia o que ia fazer com sua liberdade, embora tinha algumas ideia, borbulhante entusiasmo percorria em suas veias nas infinitas possibilidades. Quanto ao Jason, admitiu um segredo—: Sempre me gostaram dos cavalos que Neha tem guardados. Enquanto que os anjos não podiam comodamente montar a cavalo, o que podiam e faziam
era admirar os formosos e fortes animais, e não só os tinham para os vampiros sob seu mando, gostavam como mascotes, para seu uso em carreiras organizadas, e contra outros imortais. Mahiya tinha estudado o tema durante muitos anos, já que apesar de que Neha o Quito a égua que ela tinha acreditado dela, a única coisa que a arcanjo não lhe tinham invejado era sua capacidade de aprender. —Talvez, uma vez que estou resolvida, poderia construir alguns estábulos. —Teria que começar pouco a pouco, converter-se em um estudante de novo—. Quando aprender mais, poderia tentar criá-los, mas até então, poderia me oferecer para cuidar dos cavalos dos vampiros e anjos que não têm lugar para seus animais domésticos nas cidades próximas. —Os imortais poderia ser receosos de confiar em sua carne de 281 cavalo a mortais, tão injusto como poderia ser—. Conhece qualquer outra pessoa que ofereça o mesmo? —Não. —Bem. —Ser custódio de animais não se consideraria uma posição exaltada para os de sua espécie, mas que necessidade tinha de tal coisa? Não, só queria viver uma vida cheia de alegria. Apertou o braço do Jason—. vai ser um começo glorioso a uma eternidade que não posso esperar para viver. —Com este homem que fazia pulsar seu coração e o futuro parecia uma promessa deslumbrante. Tomando sua mão, Jason a guiou de volta à parte traseira da casa, ao outro lado do jardim de ervas relativamente mansos... e além dos estábulos. Estábulos que tinham sido limpos e reparados até que estavam preparados e esperando para seu uso. As lágrimas ardiam em seus olhos. vou ter que trabalhar muito duro para que te surpreender, chefe de espiões. Você me surpreende todos os dias. De algum jeito sabia que era seu amor o que o surpreendia, que não esperava, não acabava de entender. Tragando as lágrimas, tirou reluzir suas mãos entrelaçadas e lhe esfregou a bochecha contra a parte posterior da sua. Ficará? Sim. *** Embora os cuidadores, tanto vampiros de seiscentos anos de idade, foram reservados em sua alegria, seu deleite por ter a casa convertida em um lar era clara. Jason olhou como Mahiya ganhava sua lealdade com sua tranqüila e abertura de coração, e sabia que o perigoso par, treinado em alto nível ofensivo e defensivo, velaria por ela quando teria que ausentar-se. Porque um chefe de espiões não sempre podia estar em um lugar, e se perguntou se Mahiya o entenderia.
Essa, entretanto, era uma pergunta para outro dia. Essa noite, jantou com uma princesa que parecia não ver nenhuma falta nele e que entendia o que as palavras não o fazia, não podia falar. depois de ter dado aos cuidadores a noite livre, ele e Mahiya jogavam na cozinha como meninos... até que beijou a nuca da mulher que o olhava com amor tão brilhante, quase podia acreditar que não terminaria em dor. Ela se estremeceu, seu corpo em sua fusão. Sabendo que Mahiya não se sentiria cômoda fora das portas fechadas de seu dormitório, e era seu dormitório, ela tinha deixado claro em silêncio movendo sua pequena bolsa de outra suíte, beijou-a de novo antes de conduzi-la pelas escadas e no interior. Os cuidadores haviam 282 retirado as cortinas antes de que se fossem, mas as estrelas queimam através da clarabóia. Fechou as portas detrás dele e ficou em seu lugar. Fará-o? Sua pele se ruborizou e agachou a cabeça, antes de caminhar para o penteadeira e deslizar os braceletes de cristal verde jade com levedura de ouro que tinha comprado para ela da mesma loja onde tinha comprado vários jogos de roupa nova, tendo chegado a Nova Iorque sem nada mais que o que levava. esqueceu-se de recolher a bolsa do templo onde o tinha deixado cair, tinha estado tão desesperado por chegar a ela, assegurar-se de que estava a salvo. Braceletes que tilintavam em vaidade, ela tirou os aros simples de oro em seus ouvidos. Com um fôlego lento, profundo caminhou longe do espelho, foi a suas costas e alcançou até desfazer os botões no alto de suas asas que sustentavam uma túnica simples de puro negro adornado com o bordado verde e de prata com o passar do pescoço de mandarim. Enquanto observava com uma posse tranqüila que construiu até que foi uma fome primitiva dentro, ela apartou a túnica, inclusive quando chegou de novo a desfazer seu cabelo para criar uma cortina de volteio de ébano. Suas pernas eram elegantes e elegantes quando se tirou as calças estreitas cónicos de um verde intenso e profundo. endireitou-se em toda sua estatura, recolheu seu cabelo sobre seu ombro esquerdo em um movimento que enviou uma onda de cor sobre sua pele... e viu que se tirou a última peça frágil de roupa quando se tirou as calças, a beleza evocadora de suas asas aram seu único amparo. A respiração irregular e o corpo rígido, fechou a distância entre eles para passar uma mão pela linha central das costas e ao redor de seu quadril para deslocar-se a seu umbigo. Quando ela sussurrou seu nome, prodigalizou-lhe um beijo sobre o rápido batimento do coração de sua garganta. Obrigado, princesa. Levantando-a em seus braços com seu ofego suave, levou-a a cama e se deitou em suas costas, suas asas estendidas em um magnífico desdobramento. Seus olhos se deslizaram longe, vermelho quente polvilhava seus maçãs do rosto, mas embora tinha os punhos das mãos nos lençóis, não tentou cobrir-se. E quando começou a desabotoar os botões de sua camisa, seus olhos voltaram a olhá-lo com uma antecipação que era uma carícia através de seus sentidos.
No momento em que cobriu seu corpo com o seu, a necessidade dentro dele tinha um desejo que pulsava em cada centímetro de sua pele. Empurrando suas coxas, instalou-se entre os membros de seda que se deslizaram a seu redor para bloquear a suas costas, uma prisão doce, quente não tinha nenhum desejo de escapar. Sentiu sua astúcia em sua franga enquanto se arqueava para ele, apertava os dentes contra as vontades de surgir nela. Não importa o muito que queria selar a união entre eles 283 neste novo lugar com um ato íntimo e honesto, que não lhe faria mal. Mahiya? Estou preparada. abriu-se a seu beijo sem duvidá-lo. Vêem em meu interior, Jason. Te sinto falta de. Tremendo de fome tão profunda que era doloroso, tomou a palavra e começou o lento deslizamento, delicioso em seu corpo. Sua coluna vertebral arqueada, seu prazer uma corrente viva que lhe queimava em cada centímetro, suas mãos agarrando seus braços, suas pernas mantendo-o cativo. OH! enterrou-se até o punho em seu interior quando seu grito apaixonado reverberou através de seus ossos, sua boca exigente por sua conta. Lhe deu tudo o que pediu, e fez suas próprias demandas, a sua vez, sutis demanda femininas que um homem tem que emprestar muita atenção a escutar, a sentir, e que deu ao Jason um violento prazer de cumprir. Acariciando sua mão pelas curvas de seu corpo, tomou a parte posterior de sua coxa elegante e se balançou contra ela, tirando uma polegada nua antes de empurrar para dentro. Ela rompeu o beijo para aspirar uma baforada de ar, com a cabeça girando sobre o travesseiro enquanto seu corpo ondulava em perfeito ritmo com o seu, como se tivessem estado sempre destinados a ser amantes. Quando tomou com os dedos um punho de cabelo e voltou a tomar sua boca, suas mãos se deslizaram sobre sua nuca para fechar-se por cima dos arcos sensíveis de suas asas uma carícia que lhe fez gemer, seu duelo com sua própria língua. Tirou uma fração mais, balançando mais, o roce de seus peitos contra seu peito uma doce tentação. Rompendo o beijo, levantou-se sobre um cotovelo e agarrou um dos montículos sensíveis. Está além do formosa. —Me ocorre pensar que não sou a bonita nesta cama, selvagem meu amante —disse sem fôlego. Lhe sustentou o olhar brilhante de gato, esfregou-lhe o mamilo, uma vez mais provando esses lábios que deram forma a essas doces palavras. Palavras que o enredaram, marcaram-no, reclamaram-no. Jason deixou o enredo, o marcado, a reclamação. Pela primeira vez em sua vida
desde que tinha enterrado a sua mãe e destruiu o que ficava de seu pai, deixou-se pertencer a alguém. Então ele a amou. *** 284 —Não posso criar a luz —disse Jason a Mahiya tempo depois enquanto jaziam de costas, com a propagação posesivamente sobre ele, com a mão em suas costas—. Só o fogo negro. Franzindo o cenho, Mahiya se empurrou para cima da seda de seu musculoso peito para lhe olhar—: É obvio que pode, iluminou os túneis. Um olhar largo e estável. Sua boca se abriu—Eu? Essa era eu? —É muito forte, Mahiya Geet, e a força só crescerá. Deve trabalhar na aprendizagem de todos os aspectos de seu poder. Surpreendida e contente, sentou-se com as pernas cruzadas junto a ele, com o cabelo lhe cobrindo seus peitos—: Me ajudará? —Foi tão fácil pedir-lhe sabia que nunca tentaria lhe fazer danifico ou humilhá-la. —Sim —disse, pondo sua mão em suas costas de novo, forte e quente—, e quando não estiver aqui, vou pedir a outros dos Sete que venham freqüentemente como lhes é possível, para que seu desenvolvimento não sofra. Rafael também é apto para tomar sobre si mesmo o comprovar seu progresso. Isso não o esperava, mas então, Rafael e Jason tinham uma relação diferente a qualquer que tinha visto que Neha tinha com seus cortesãos e conselheiros. —Suponho que terei que me acostumar a ter ao mais capitalista dos visitantes. —Mariposas no estômago, nascidos da felicidade, não da preocupação. —depois de que tenhamos tido tempo de nos instalar —disse—, e Dmitri haja tornado com sua mulher, devemos convidar a nossos amigos para jantar. —Ela mas bem pensava que gostaria de fazer tais coisas, gostaria de ter sua casa cheia da risada dos amigos que eram sua família—. Elena desfrutará dos jardins. Jason moveu sua mão para jogar com mechas de seu cabelo, seus nódulos roçando a ponta de seu peito com cada passada. —vamos ter que ter dois jantares deste tipo —murmurou, continuando com as carícias que fizeram que lhe deram prazer indolente através de suas veias—. Não podem estar fora da cidade ao mesmo tempo.
—Já sabia isso —disse ela com um sorriso, porque ambos sabiam que não o tinha considerado—. Há tantas coisas que tenho que aprender e explorar, Jason. —O entusiasmo como o champanha borbulhava em seu sangue. O subir sobre ela enquanto se deixou cair sobre a cama, Jason empurrou a folha brandamente até a cintura, seus dedos fazendo um desenho de redemoinho em seu quadril que ondulava um calafrio por cima de 285 seu marco—: Se em algum momento decide —disse em voz baixa—, que quer explorar outro… Ela pressionou seus dedos em seus lábios, sustentando seu escuro olhar. —Pode que tenha estado apanhada na fortaleza, mas não estava isolada do mundo. Milhares de vampiros e anjos de todas as idades e níveis de poder passaram através dele nos anos de minha existência. Nenhum falou com meu coração. —Movendo sua mão, ela tomou seu rosto—. Sei quem é o homem com o que quero crescer, com o que quero explorar o mundo. Você. Só você. —Não tinha nenhum mal-entendido sobre este ponto—. E tenho a intenção de seduzi-lo tão a fundo, que se converterá em meu escravo fiel. Os lábios do Jason se curvaram na mais sutil dos sorrisos, e foi uma patada no coração, um tesouro que não tinha preço. Quem pode dizer que não sou já seu escravo, princesa? Amorosa diversão em sua mente. depois de tudo, aqui fico, meu corpo devastado por sua paixão. Rendo brandamente de agradar ao feito de que seu chefe de espiões se estava burlando dela em troca, estendeu a mão para riscar o negro redemoinho de uma tatuagem que falava de terras de areia branca e mar azul, folhas de palma ondeando na brisa suave, enquanto que gaivotas lutavam acima e peixes brilhantes como jóias se lançavam nas águas pouco profundas. —vais contar me a história disto um dia? —perguntou no murmúrio íntimo entre dois amantes enquanto ele se acomodava entre suas coxas, uma vez mais, seu peso apoiada nos antebraços. —Foi me recordar que estava vivo —disse, as palavras austeras—. Me sentia tão pouco parte do mundo às vezes que não estava seguro de que não era uma sombra na verdade, um fantasma que não tinha nenhum impacto, não tinha lugar. A dor e a marca indelével dessa dor, disse-me que vivia, que era uma pessoa. Irritação torcida de tristeza em seu interior, mas em lugar de escuridão, deu-lhe um sorriso. —Bom —disse, esfregando seu pé sobre sua pantorrilha—, a próxima vez queira te sentir vivo, volta para casa e me arraste ao dormitório. —Acariciou sua garganta, seu enrojecimiento da pele. Não posso acreditar que haja dito isso. Na verdade, estou-me voltando uma descarada no que se refere. É muito inquietante. Inclinando a cabeça, seu cabelo deslizando-se por seu rosto enquanto seu corpo se deslizava no seu, Jason disse: Não o direi, sua risada silenciosa era mais preciosa para ela que um milhão de pedras preciosas esculpidas. 286 Epílogo
Traduzido pelo Mery St. Clair Corrigido pelo Melii Mahiya sempre soube que Jason teria que ir-se, o chefe dos espiões não podia permanecer em um só lugar. Embora ele tinha feito muito bem procurando informação as últimas duas semanas que tinham acontecido enredados o um com o outro enquanto se estabeleciam em seu lar. —Neha e Nivriti parece que seguirão em trégua por um momento mais —lhe havia dito uma semana atrás—. É impossível predizer o que cada uma fará… sua batalha é única. —Sim. —Mahiya via o amor atrás do ódio, via a necessidade de estar juntas através da necessidade de aniquilar—. Me pergunto se no fundo não quererão matar uma à outra, se for assim, ambas terminarão feridas mas com vida. Agora, sete dias depois dessa conversação, seu amante estava ali de pé, esperando partir a lugares desconhecidos por vários dias, ela não sabia com exatidão. —Pode que não seja capaz de contatar contigo todos os dias —disse, o homem que despertou com um beijo esta manhã estava enterrado debaixo do aço do chefe de espiões—. Mas tentarei te contatar tão freqüentemente como posso… e se não poder me contatar, chama o Rafael ou a qualquer dos Sete. Ou se encontrar mais confortável falar com uma mulher, Elena e Jessamy são capazes de descobrir para ti qualquer informação relevante. Este homem, pensou enquanto ele falava, nunca lhe disse que a amava, nunca lhe daria flores ou um bonito romance. Nem sequer admitiria frente a ela ou ante si mesmo que lhe importava de uma maneira que não era uma simples conexão sensual, se não um vínculo emocional que fazia que seu peito doesse. Mas, acaso ela necessitava palavras e adulações? Cresceu rodeada de mentiras e ilusões, sussurros e insinuações, milhares de intrigas e romances de uma corte. Eris disse a Neha que a amava uma e outra vez, e disse ao Nivriti a mesma coisa. Não, as palavras não importavam a Mahiya, nunca o fariam. 287 —Sei —disse à instrução do Jason—. Tenho os números de todos. —Pondo as mãos em seus ombros, ficou nas pontas dos pés para reclamar um beijo e entesourá-lo até sua volta—. Te sentirei falta de durante sua ausência —sussurrou contra seus lábios tempo depois—. E se não cuidar de ti, incomodarei-me muito. Seus dedos estendidos sobre suas costas, sua cabeça inclinada contra a sua. —Retornarei a casa logo que possa.
As lágrimas obstruíram sua garganta ao notar que ele aceitava que este era seu lar agora, seu refúgio. Dando um passo atrás, entrelaçou seus dedos com os dele. —Caminharei contigo até o bordo de minha colina. —Era uma brincadeira, esse montão de terra logo que merecia um nome, mas ela insistiu em chamá-lo assim, até que despertou dois dias atrás para encontrar um pôster de madeira esculpido com esmero, proclamando ser “A Colina de Mahiya”. Isso a fez sorrir e apaixonar-se incrivelmente dele cada vez que o via. A asa do Jason roçou a sua enquanto caminhavam através dos jardins, as rosas silvestres aromatizavam o ar com seu sensual perfume, a cálida luz do sol em seu rosto. Sua mãe vivia, era uma letal criatura que não entendia por completo. Neha ainda podia sumir sua região em uma guerra. Lijuan começava a ressurgir novamente, e a sombra da escuridão se via no horizonte. E entretanto, este momento era perfeito. Muito logo chegaram ao bordo a pequena colina, e os dedos do Jason deixaram os seus. Nenhum dos dois falou enquanto ele estendia suas asas e partia, suas plumas resplandeceram contra a luz do sol, sua força era magnifica. Em lugar de elevar-se para cima por cima das nuvens como usualmente o fazia, fez um amplo varrido sobre ela… e então o escutou… Uma voz tão pura, não tinha competência. Tão clara e deliciosa que as aves ficaram em silêncio e o vento suspirou, voltando-se seu escravo. Seu coração se rompeu, atravessou-a uma dor tão profunda que não tinha princípio nem fim. Ela não sabia que tinha cansado de joelhos, chorando, até que sentiu a água salgada entrando em sua boca. “As únicas canções de meu coração foram as que fizeram ao Refúgio afogar-se em lágrimas. Assim deixei de cantar”. Esta canção não era para o Refúgio. Era para a Mahiya. E as lágrimas que derramava não eram de tristeza. Porque ela se equivocou. Sua selvagem tormenta lhe dizia que a amava, a alegria que tingia sua canção como a ela era indelével. Estarei em casa logo, princesa. Fim
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