Ultrapassando Limites A história do Hip-Hop foi construida com superações. A primeira foi conquistar a atenção da sociedade, depois ganhar espaço e com isso mudar um pouco da injusta realidade social do planeta. Em todo o globo isso vem sendo alcançado, mas agora a Cultura de Rua vive outro momento, como disse Rappin Hood: “Não precisamos aumentar nosso público, e sim, cuidar melhor dele”. Para isso cada vez mais surgem filmes, músicas, esportes e entretenimento baseados na estética e na cultura do Hip-Hop. Um exemplo disso é o programa Manos e Minas apresentado por Rappin Hood na Tv Cultura, que se tornou a voz da periferia na televisão brasileira. Já nos EUA outro exemplo de que o HipHop pode ser usado de várias maneiras e hoje está totalmente inserido na cultura mundial, é o sucesso mundial do filme High School Musical 3, que com sua força Pop se apropriou da estética do Hip-Hop e impulsionou as carreiras das belas Vanessa Hudgens e Ashley Tisdale. Novidades para 2009 sobre o Rap, o Graffiti, o Skate, o Street Ball, DJs e muito mais. Tudo sobre a coletãnea da Nike em parceria com Racionais e a fuga de Kelis e Nas do Brasil. Imperdível! Sobre os B.Boys, fomos até Nova York e entrevistamos Ken Swift, a lenda. E ainda uma entrevista que irá abalar a Arte de Rua. Conversamos com os pixadores que “atacaram” a Bienal de São Paulo, a Galeria Choque Cultural e a Faculdade de Belas Artes. É o Hip-Hop ultrapassando os limites. Os Editores Marques Rebelo e Alexandre De Maio
klebernegrao@bol.com.br Olá!!! Gostaria de parabenizar toda a equipe da revista Cultura Hip Hop que sempre nos deixa atualizados sobre o mundo do Hip Hop. Curti todas as edições. Só não concordo com o Catra na matéria da edição 03. Nada contra o funk carioca. Tem muita coisa boa no rap nacional que poderia rolar nos bailes. Se no próprio baile funk rola porque não rolar em nossos bailes??? Agora dizer que o rap nacional os caras só falam de morte e treta só pode ser brincadeira.
Sou a favor do rap que fale de festa mas não pode faltar o rap de protesto como Facção Central, Realidade Cruel, Gog e tantos outros espalhados por aí. E aqui vai uma sugestão: que tal uma entrevista com um desses grupos citados nas próximas edições? Rap é compromisso e não banalização. Obrigado pela compreensão. Paz!!!
om grandes poderes, surgem grandes responsabilidades, diziam os heróis. E é isso que acontece com Rappin Hood. O mano do PosseMenteZulu, que se destacou no cenário musical exaltando sua raça com o sucessso “Sou negrão”, ganhou o Brasil com seu Rap misturado com samba, o que lhe rendeu prestígio entre os músicos e grandes participações em seus álbuns, nunca antes imaginadas por nenhum outro rapper. Em seus discos, circulam nomes como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Exalta Samba, Jair Rodrigues, Arlindo Cruz, Zélia Duncan, Dudu Nobre e até os gringos do Living Color. Mas isso foi só o começo. Rappin Hood mantém no ar o programa “Rapdubom”, na Rádio 105 FM, Jundiaí, SP, além de escrever uma coluna na revista Raça. Fora suas palestras, shows e projetos, ele ainda encontrou tempo para fazer um quadro que mais tarde se tornaria um programa de televisão com a responsa de ser a “voz da periferia”. Com toda essa exposição na mídia, conseguiu quebrar tabus e levar o Rap brasileiro para novos horizontes. “A idéia era realizar um projeto focado na cultura, e conversando vimos que poderia ser a grande chance de se ter um programa que fosse a voz da periferia”, revela um dos diretores, minutos antes do programa, que trazia a Banda Black Rio como convidada, entrar no ar. Toda segunda-feira o programa é gravado com grande participação do público, e a identificação com a periferia e o Hip-Hop é total. “Alem do Rap e do Hip-Hop, temos uma perocupação social em ajudar as pessoas da periferia, as menos favorecidas”, revela Astolfo, que tem muitos anos como diretor e também mostra seu senso critico. “Com esse programa, a TV Cultura não faz nada mais que a obrigação, pois é mantida com o dinheiro do povo, dinheiro nosso. Nós temos obrigação de colocar as coisas em discussão e mostrar a cultura da periferia”, finaliza. Depois da gravação, fomos até o camarim trocar idéia com nosso parceiro. “Este ano foi agitado... Comecei querendo fazer o meu disco, mas aí veio o projeto do programa e deu uma mudada no quadro geral”. E que mudança! Um programa semanal, em rede aberta, que deu a Rappin Hood uma visiblidade a qual ele mesmo confessa ainda não ter se acostumado.
“PARA ALGUNS RAPPERS, FOI COMO SE DE REPENTE ELES PUDESSEM DIZER: ‘AGORA, EU POSSO’. ISSO FOI MUITO IMPORTANTE” A história começou com seu quadro no programa Metrópolis, que evoluiu para o projeto de um programa próprio. Depois de meses de negociações para definir o perfil do programa, a TV Cultura colocou nas mãos de Rappin Hood projetos que também estavam em andamento na emissora. “Vi os papéis do projeto do Ferréz, do Busão, e eram muito bons. Daí, pensei: ‘Vamos dar essa oportunidade para os caras’. Também conhecia a Juju Dendê para representar as minas, e asssim fomos formatando o programa”. Sobre ser apresentador de um programa de TV, ele confessa que ainda se sente estranho. “Nunca tinha me imaginado apresentando um programa de TV, e depois do que aconteceu, toda a minha expectativa se voltou para o público. O que o público iria pensar? Como o rapper vai ver isso? A dona de casa, os jovens, a mãe do jovem? Essa foi a minha principal preocupação, e vejo que funcionou. Agora, a briga é para se manter no ar”, explica Hood. Mas o saldo geral é positivo. O programa ganhou mais horário no decorrer do ano e promete novidades para o ano que vem. Rappin Hood, que já se destacava como uma voz forte do Rap brasileiro, com respeito e admiração da sociedade, depois do programa ganhou ainda mais notoriedade, e com tudo isso sua responsabilidade aumentou. “Eu me sinto cada vez mais responsável e mais preocupado em representar bem esse povo que nos assiste, que ama o Hip-Hop. Mudou o comportamento nas ruas... Hoje em dia, para fazer um rolê, o ‘bagulho é loko’!. Para ir da Praça do Correio até a Galeria 24 de Maio (Centro de São Paulo) é ‘muita idéia’. Para fazer uma compra no supermercado é complicado, só vou de madrugada, não tem jeito. Mas o que eu vejo é que mudou o olhar de alguns rappers. De repente, para alguns foi como se pudessem dizer: ‘Agora, eu posso’. Isso foi muito importante”, desabafa. Com toda essa visilbilidade e poder, Rappin Hood é a
“A GENTE NÃO PODE PERDER ISSO, MAS TEMOS QUE ENTENDER QUE O RAP TAMBÉM PODE DIVERTIR O POVO, QUE QUER SAIR À NOITE...”
grande voz do Rap na mídia. Será que com isso ficou mais fácil cobrar as autoridades? Será que com todo esse poder chegou a hora do RAP reivindicar mais ou se tornar mais comercial, para aproveitar o espaço conquistado? “È uma boa pergunta. Na verdade, acredito nas duas coisas. Acho que o Rap não pode perder essa caracteristica militante, como a frase eterna do nosso parceiro Sabotage: ‘O Rap é compromisso’. A gente não pode perder isso, mas temos que entender que o Rap também pode divertir o povo, que quer sair à noite, quer ir para a pista, quer dançar. As minas querem se divertir, o pessoal quer ficar à vontade dentro da festa. O Rap não pode ser só militância, temos que
aprender que são duas coisas diferentes: Tem que ter aquela musica mais agressiva, mais discursiva, mas também aquela música mais leve, para o pessoal tocar na pista. O equilíbrio é a maior busca do Hip-Hop hoje em dia, é estar entre a militância e o comercial. Temos que aprender a fazer um disco que atinja tanto a militância quanto o público em geral, para que uma dona de casa, um pai de família possa entender. Eu acredito nisso, em fazer um Rap que seja para todos”. Sobre as cobranças, contou: “Na verdade, sou um pessoa que se considera um ‘fio desencapado’. Mas é lógico que hoje em dia tenho que me preocupar com as conseqüências do que eu falar, porque elas podem ser grandes. Mas se eu tiver que falar alguma coisa, não vou pensar duas vezes. Se achar que algo oua lguém precise ser cobrado, vou cobrar. Mas também quero cobrar dos rappers, porque temos que nos organizar melhor nesse sentido. Hoje em dia, os projetos sao a principal fonte de muitas coisas. A Lei de Incentivo à Cultura, a Lei dos Editais, estão aí, então, precisamos nos organizar. No primeiro edital que a Secretaria de Estado abriu, foram meio milhão de Reais destinados ao Hip-Hop. Como houve poucos projetos, a verba diminuiu. E se não criarmos mais projetos, a verba vai cair ainda mais. Não adianta só cobrar, temos que nos preparar para conquistar o que é nosso. Aprender e nos preparar administrativamente, essa é uma da lutas do Rap”, alerta. Nesses mais de 40 programas, o ponto alto aconteceu no final de novembro, com a presença internacional da rapper Rah Digga. “Foi um dia muito abençoado, pelo fato de a gente não conhecer a pessoa que é a Rah Digga, mano. E deu certo; ela veio e participou. E tambem pelo fato de ter anunciado o Afrika Bambaataa e não ter tido uma atração internacional, acabou virando um tabu no programa. Foi o melhor momento, pela simpatia dela. Quero deixar um agradecimento para Rah Digga pela sua humildade. Foi um ponto alto do nosso trabalho, foi um brinde”. Mas, infelizmente, também não foram só alegrias. O programa também foi marcado pela morte do DJ de palco que acompanhava Rappin Hood. “O ponto triste foi o programa da Fabiana Coz, que não aconteceu por causa da morte do DJ Primo. Esse foi o grande pesar, mas a lembrança sempre ficará, desse irmão nosso que foi o DJ Primo”. Mas Rappin Hood não se limita ao programa. Recentemente, participou do livro “Pelas Periferias do Brasil Vol. 2”, que acabou de ganhar o Prêmio Hutuz na categoria Ciência e Conhecimento. Além de voltar com as atividades de seu selo Raizes, parceria que começou com Jhonny MC e KL Jay e hoje segue sozinho, preparando quatro lançamentos para 2009: o disco do Jhonny MC, o álbum do Liu Mr., além dos DVDs Sujeito Homem 3 e Mzuri in Sana, tudo com distribuição da Trama, sua antiga gravadora. Rappin também não pára de colecionar participações monstruosas. “O que posso lhe adiantar, com certeza, é que estamos
conversando com o Ben Jor há muito tempo, e eu lhe garanto que vem Rappin Hood e Jorge Ben Jor”. Ele também prepara um disco novo e uma Mixtape com DJ Erick Jay, além de confessar que num futuro distante vai fazer um trio com sua irmã e seu irmão, “Parte 1”. Sobre a recente vitória de um presidentre negro nos EUA, Rappin Hood volta à época do “Sou Negrão” e fala: “Barack Obama, graçaa a Deus. Acho que, independente do resultado disso chegar ou não ao Brasil, para os homens e mulheres negras no mundo todo é importante e representativo. Essa vitória muda a história dos negros do mundo todo”. Comentando e entrevista na edição passada com Afrika Bambaataa, em que ele afirma que o Funk carioca é um legitimo HipHop, perguntamos se ele levaria um Funk carioca ao Manos e Minas, ou se ele até gravaria o ritmo. “Eu sabia disso, é o Miami Bass. Muitos podem não gostar, mas é Hip-Hop sim. 2 Live Crew; a batida do Miami Bass é a mesma do Funk carioca, e é HipHop, são coisas derivadas do Afrika Bambaataa. Eu traria um Funk carioca ao programa, como também gravaria um Funk sem nenhum problema. Traria Mister Catra, Buchecha, Andinho, Léozinho, Tati Quebra-Barraco... Não tenho nenhum problema com o Funk, embora tenha diferenças de pensamento sobre algumas coisas, mas acho que cada um faz o seu, e eu tenho que respeitar o que os outros fazem”. Sobre o futuro da Cultura Hip-Hop, ele vislumbrou: “O Rap não precisa conquistar mais público, precisa cuidar melhor do seu público, cuidar para que tenhamos shows com melhor qualidade e a preços acessíveis. Temos que abrir o leque, vamos fazer a festa para o público que só tem 10 reais para pagar. Tem que fazer beneficente, mas também tem que ter show em casa ‘top’ . Temos que fazer shows como o do APC 16 no Via Funchal, precisamos levar o RAP pro Mainstream, com camisetas e bottons, shows com melhor estrutura”. Antes de se depedir, ele deixou seu recado: “Mó satisfação estar falando com essa revista, espero que possamos trazer uma nova geração para o Hip-Hop, e que todos se sintam representados nessas páginas. Que um dia o Martin possa ler essa revista, para quem sabe um dia, quando for um DJ ou um MC, possa estar também nestas páginas. Que em 2009 a gente possa continuar abrindo portas para o Hip-Hop, se prerarando para a invasão. Vamos estudar e nos aprimorar, a idéia é essa, nos aprimorar para a invasão, porque o ‘barato’ é nosso. Barack Obama é presidente, Lewis Hamilton é campeão da Fórmula 1... Nós vamos invadir! É tudo nosso!”. Como grande porta-voz do Hip-Hop, hoje Rappin Hood tem grandes poderes, mas também grandes responsabilidades.
OS MANOS E AS MINAS DO “MANOS E MINAS” Uma das caraterísticas do programa é ter pego uma galera de talentos da própria cultura, da periferia. Além dos B. Boys Katatau e Kokada, da famosa crew Tsunami, atemos também as B. Girls. O proigram ainda conta com o DJ fixo Erick Jay, que acaba de se tornar tricampeão do Hip-Hop DJ. A repórter Juju Dendê completa o time e também é DJ. “O programa não traduz o que acontece na periferia, é feito por pessoas da periferia. Temos o quadro do Buzão, que conhece bem as quebradas, o do Ferréz, nosso vídeo-repórter que mora no Capão Redondo”, revela um dos diretores. Negro Rauls, da produção de palco, também é outro personagem que, além do programa, cuida da carreira do Rappin Hood e de alguns grupos, fazendo também festa comunitárias que reúnem nomes como Leci Brandão. Tudo isso dá mais autenticidade ao programa “Não queremos fazer um programa ‘planfletário’, mas um programa importante para todas as pessoas, não somente para a periferia, para quem não é da periferia também assistir e repensar melhor alguma coisas”.
embro da primeira geracao da Rock Steady Crew, Ken Swift eh um dos bboys mais respeitados no mundo. Com agenda cheia de eventos ao redor do mundo e respeito imaculado pela sua historia com o bboying, Ken Swift nao precisa, mas ainda se preocupa com a formacao de novas geracoes de bboys e bgirls. Recentemente, abriu um espaco no Harlem, bairro de Nova Iorque, para treinos abertos onde vai uma vez por semana soh para manter o vinculo com a arte espontanea na rua. Uma vez por semana, da aulas na Peridance, uma escola de danca. Polemico, marrento e honestissimo nas palavras e modo de ser, Ken eh admirador do Brasil e dos bboys/bgirls brasileiros. Na entrevista abaixo, fala sobre as duas vezes no Brasil, da dicas de treino e critica a cena bboy de hoje.
Como foi sua experiencia no Brasil? Estive duas vezes no Brasil. Em 1997, com uma produção da Ghettoriginal chamada “Jam on The Groove” – Hip-Hop Teatro Show. Nos apresentamos no Rio e em São Paulo. Conhecemos vários grafiteiros e dançarinos da Velha Escola do Hip-Hop. Foi muito divertido viver isso e o respeito que recebemos foi maravilhoso. Essa viagem está no vídeo “The Seven Gems Video Break Magazine traz poesia e viajei protesto, ganhando o e Burn VolumeOI”.grupo Foi demais! Em 2005, com ovencendo 7 Gems; eu,eHoney Rockwell 1. Fizemos uma apresentação um teatro, onde eles mostraram o filme “Wild grande público. Com o novoem trabalho, o CD “Guerreiros de Atitude”, eles trazem mãos cansadas na capa do disco, o verdadeiro Style”. Também nos apresentamos no centro da guerreiro de atitude: o trabalhador. cidade,Destaque com crianças e demos aula na paradaasfavela, músicas “Alerta Vermelho”, “Seu Abrasede CUFA, com a Nega Gizza e o MV Bill.OHouve ço” e da a própria “Guerreiros de Atitude”. grupo também particitambém um debate e outro quegrupos o Burn 1como e a SNJ, Negra Li e pou de apresentações deevento grandes Honey participaram. Eu tive de viajar para o Japão, Paula Lima. Zona de Risco realiza diversos shows comunitários então não pude estar nos dois uútimos dias. As pela cidade, sendo famoso no bairro de Heliópolis e em ONGs da duas experiências foram incríveis. A primeira vez cidade de Mauá. Confiram o trabalho desse grupo que, além de no Brasil foi um dos momentos mais memoráveis não perdercarreira, a essência de denunciar as injustiças vividas nas peda minha eu estava muito feliz com a riferias das grandes cidades, traz belíssimas canções, com enerminha dança, minha carreira e minha vida de forma gia, atitude, realidade veracidade. geral. Nós estávamos eme uma turnê com um show que conseguimos concluir depois de muitos anos de trabalho duro. Adessola, Mr.Wiggles, Fabel e eu – a companhia de dança Ghettoriginal Productions foi uma ótima fase da minha vida.
Que impressão você teve dos B. Boys do Brasil? Que aspectos você destacaria e o que não lhe agradou? Durante nossas apresentações, sempre chamávamos o público para vir ao palco dancar com a gente… A energia era impressionante. Havia muitos B. Boys, Grafiteiros, MCs etc., que sabiam quem nós éramos, e o respeito era incrível. Os B. Boys que subiam ao palco eram bons. Tanto no Rio como em São Paulo, todos eram bem conscientes sobre a Cultura Hip-Hop e a importância do respeito aos pioneiros da dança nas duas cidades. Me agradou ver que havia aspectos da própria cultura local, como a Capoeira, misturada com o B.boying… Foi muito louco ver isso, ficamos impressionados em ver que todos sabiam fazer isso muito bem, de forma natural. Rio e São Paulo fazem parte da WWW.MYSPACE.COM/ZONADERISCO
“VOCÊ TEM QUE REALMENTE VIVER ISSO TODOS OS DIAS PARA SABER SE É PRA VOCÊ OU NÃO”
“TSUNAMI ALL STARS É UM DOS MEUS GRUPOS DE COMPETIÇÃO FAVORITOS ATUALMENTE. EU OS VI COMPETINDO NA R 16 KOREA 2007 E ACHO QUE ELES MERECIAM TER IDO PARA AS FINAIS... PARA MIM, ELES FORAM A CREW COMA MAIS CONSISTÊNCIA DO EVENTO” primeira edição da revista-DVD lancada pelo 7Gems – “VII Gems Break Magazine”. Colocamos entrevistas sobre a história do B.boying no Brasil e também uma brincadeira entre a Ghettoriginal e um grupo de Capoeira no pátio de um hotel.
O que é o 7 GEMS? É um movimento em prol do estilo de vida Hip-Hop tradicional e underground. Comecou em 1997, inspirado pelo nome de um filme de Kung Fu chamado “The Seven Grandmasters”. O conceito era que cada membro se tornasse mestre num estilo em que não fosse tao bom, assim, o grupo poderia ter resposta para qualquer tipo de competidor. A essência desse movimento é a consciência da verdadeira Cultura Hip-Hop, os estilos de vida da danca underground e suas histórias. Comparamos isso aos genes que se encontram na profundeza da terra, acreditamos que com toda a decepção e propaganda que existem por aí, é preciso pesquisar a verdade…VII Gems, a verdade da Cultura Hip-Hop.
O que voce acha dos B. Boys brasileiros atualmente? O que podemos fazer para melhorar nossa dança? Eu preciso voltar ao Brasil para poder realmente observar e dar qualquer tipo de conselho. Mas nos eventos em que tenho estado, me impressiona a evolução dos B. Boys brasileiros em comparação a 1997. O Tsunami All Stars é um dos meus grupos de competição favoritos atualmente. A maioria dos grupos nas batalhas têm bons movimentos e estilo, mas o estilo hardcore e a energia interna que eu vejo neles é inacreditável. Eu os vi competindo na R16 Korea 2007 e acho que eles mereciam ter ido para as finais. Para mim, eles foram a crew com mais consistência do evento.
Qual a sua opiniao sobre a cena B. Boy no mundo hoje? O mundo B. Boy está se tornando uma terminologia mal interpretada em filmes, revistas, festas, batalhas
“
“NA MINHA OPINIAO, PRA SER BBOY EH PRECISO COMBINAR OS CONCEITOS TRADICIONAIS DA DANCA COM NOVOS CONCEITOS SEM PERDER A ATTITUDE, O RITMO, O ESTILO E A PERSONALIDADE – ELEMENTOS ESSENCIAIS DO BREAKING ORIGINAL.” Escola do Ken Swift em Nova Iorque e festivais ao redor do mundo. Eu tenho estado em pessimos eventos de Break Dance, em que as pessoas se auto-intitulam B. Boys, mesmo que não tenham o menor estilo, se vistam como bolas de carne e não escutem a musica! Ao mesmo tempo, vou a outros eventos e vejo B. Boys e B. Girls que têm uma idéia do que é o B. Boying. Na minha opiniao, para ser B. Boy é preciso combinar os conceitos tradicionais da dança com novos conceitos, sem perder a atitude, o ritmo, o estilo e a personalidade – elementos essenciais do Breaking original. Tem que haver um certo equilíbrio e respeito a essa forma de arte e toda a sua jornada até hoje, para haver uma legítima cena B. Boy no mundo. Sobre os eventos, me incomoda o fato de a maioria dos DJs não tocarem “breaks”. A maioria toca a música do início ao final, pensando que, por ser uma música antiga, então é legal. Cada vez menos DJs tocam breaks, quebrando a música em partes. Como você chama evento de B. Boys se os DJs não tocam “breaks”? Acho que a maioria dos eventos sao de Break Dance, e nao B. Boying.
O que torna alguém B.Boy ou B. Girl? Você tem que realmente viver isso todos os dias, para saber se é para você ou não. Algumas pessoas dançam por dois anos e desistem. Alguns dancam dez anos, e só aí finalmente começam a entender e sentir a energia e a magia dessa dança. Algumas pessoas estão sendo mal direcionadas por DVDs e páginas da Internet. Resumindo, há uma série de características que tornam você B. Boy ou B. Girl, aprender a história é o primeiro passo. Para entender e apreciar essa dança, você tem que entender pelo que ela já passou. Essa dança foi ridicularizada pela mídia e desconsiderada como verdadeira dança, e ainda hoje não recebe o merecido respeito no mundo da dança. Tem programa de TV chamando cara de 65 anos para criticar breaking!!!!! Inacreditável!!
Falando sobre treino, qual seria uma boa rotina de treino e o que fazer para evitar machucados? Machucar-se é normal, e é difícil prevenir quando se está treinando sério e tentando tirar certos movimentos. Para mim, ter hábitos básicos de condicionamento físico é um começo. Comer direito, dormir bem e se exercitar são bons fundamentos. Alongar é essencial…treinar sempre os fundamentos, isso
ajuda a tirar movimentos mais complexos. Uma boa rotina está em se preparar mentalmente antes de chegar ao local de treino. Tentar tirar o máximo do tempo em que estiver treinando e não ficar preso a um só movimento ou estilo… Treinar tudo o que você tiver, do mais fácil ao mais difícil. Isso é bom pra decorar o que você tem. Dançar com intervalos de 15 segundos de descanso e focar uma grande parte da prática apenas em Top Rock! Muito importante. Me impressiona mais ver como você dança bem a música do que o que você consegue fazer com seu corpo.
Numa batalha, com o que o B. Boy ou B. Girl devem se preocupar? Depende. Primeiro, em qualquer circunstância voce tem que parecer confiante do começo ao final, mesmo que perca o racha, sempre lembrando de não deixar seu oponente sentir que voce tem medo ou ficou confuso com a sua dança. Eu, pessoalmente, em minha melhor fase não pensava muito, apenas sentia e dançava. Naquele tempo eu treinava tanto, e com tanta garra, que sentia estar preparado para qualquer coisa. O treino me trazia um sentimento de confiança, porque eu sabia o que podia fazer e tinha energia para executar bem. É bom lembrar também que há diferenças entre batalha e compe-tição. Numa batalha de verdade, não há limites nem regras, é guerra no chão. Você tem que ficar lá e encarar. Pela minha experiência, aprendi a escolher meus movimentos de forma sábia e guiar a mim mesmo. Também aprendi a forçar meus oponentes a mostrar rápido seus melhores movimentos. Estratégia é importante, mas a gente tem sempre que sentir a “vibe” e ir com ela. Não gosto de recomendar estratégia, porque qualquer coisa pode acontecer, a qualquer momento. Meu conselho é seguir a sua propria cadência, não se preocupar com o
que os outros pensam e controlar-se, para ter energia na hora em que tiver que explodir ou usar uma seqüência mais complexa. Seja você mesmo, entre na música e deixe seu estilo vir à tona.
uitos vão dizer: “Pô, Vanessa Hudgens e Ashley Tisdale não são das ruas, não são do Hip-Hop”. Mas elas estão aqui justamente por causa disso. Também porque as duas são o fenômeno Pop dos adolescentes, e tudo isso com o sucesso de “High School Musical 3”, que traz toda a estética do Hip-Hop, aliada ao Pop. Isso ainda funciona e faz barulho, mas em 1986, o filme “Beat Street” já tinha causado sucesso mundial levando o estilo Hip-Hop para as telas. É claro que o filme e o tempo são outros, e comparações não seriam muito felizes. Mas uma coisa é certa: o High School mostra que a força do Hip-Hop continua viva e poderosa. Tanto é que as duas lançaram sua carreiras musicais com Hits da Black Music, no embalo do terceiro e novo filme da série. Vanessa se envolveu em polêmica quando teve fotos suas nua divulgadas na Internet, mas sua fama fez até com que a Disney relevasse o episódio. Seu romance com Zac Efron, também ator da séri,e enche as páginas de revistas e é acompanhado em todo o mundo. O musical ao vivo levou 45 mil pessoas ao Estádio do Morumbi em maio, e se consagra definitivamente no terceiro episódio da séire, lançando meteoricamente a carreira da duas cantoras.
Av oz voz exót ic a xótic ica de Ashle y shley Tisdale Pegando impulso com o sucesso da série, Ashley Michelle Tisdale se lança no mercado como a versão “loirinha” das divas da Black Music. Ashley apareceu como atriz na série “The Suite Life”, da Disney. Mas o destaque veio mesmo com High School Musical. Em 2007, lançou o primeiro álbum, “Headstrong”, que estourou nas paradas. Foi eleita pela Revista Capricho uma das cantoras mais queridas do mundo, e esteve entre as 10 mais sexys do mundo. Ganhou disco de ouro no Brasil pelo imenso sucesso e já vendeu mais de um milhão de discos, além de ser eleita a cantora de voz mais exótica pela revista Billboard. Ela atua como atriz desde a infância, e também como modelo pela Ford Model. Atualmente com 21 anos, atingiu o número 5 no Topo da Billboard “Headstrong”, seu primeiro álbum, traz grandes compositores e produtores do planeta: The Matrix (Britney Spears, Avril Lavigne); Scott Storch (Usher, Chris Brown); Kara DioGuardi (Gwen Stefani, Ashlee Simpson); Shelly Pieken and Guy Roche (Christina Aguilera); Adam e Nikki Anders (Backstreet Boys, Sheryl Crow).
uem diria, hein? Não era só Tim Maia que não aparecia nos shows. Kelis também. Em sua desastrada passagem pelo Brasil com seu marido Nas, a diva do R&B cancelou, adiou e depois cancelou de novo os shows em São Paulo. Quando finalmente chegou ao Rio de Janeiro, adiou de novo. Depois, em fuga cinematográfica, foi para o aeroporto, onde armou confusão com direito a Polícia Federal e cobertura da TV. Na real, ela não é muito conhecida no país, mas é dona de grandes hits como “Milkshake” e “Bossy”. Por aqui, o som mais lembrado dela é o “Caught Out There”, com batida quebrada e refrão “raivoso” que fica na cabeça: “I hate you so much right now” (algo como ‘eu te odeio demais nesse momento’). Mas agora ela ficou na cabeça de muitos brasileiros, com as apresentações que não fez e com a atitude inédita de vir, não fazer os shows e fugir. A história começou mais ou menos assim: O grande nome por trás da história era Marcos Buaiz, empresário e marido da cantora Vanessa Camargo, proprietário da casa noturna Royal que vem trazendo artistas gringos através da produtora X-Type, que intermedia a negociação para a vinda dos artistas ao Brasil. O nome da vez agora era Kelis, que além do show no Royal iria gravar uma faixa com Vanessa Camargo e fazer shows no Espaço das Américas em São Paulo. Na seqüência, embarcaria para o Rio de Janeiro para se apresentar no Viaduto Madureira. Isso era o que deveria ter acontecido, mas não aconteceu. Ela chegou a vir para o Brasil, mas foi embora sem cantar e nem gravar. As acusações vêm de várias partes: a X-Type acusa os contratantes de não cum-prirem as exigências; por sua vez, os contratantes acusam a artista de calote, e assim segue o maior barraco da cena Black deste ano. Em São Paulo, depois de tudo armado, chega a notícia de que ela não chegaria a tempo para o show por causa de atraso no visto, e que o mesmo deveria ser adiado. Uma correria louca é iniciada para que toda a mídia fosse avisada de que o show
seria adiado para o dia seguinte, adiando tambem a gravação e o show no Royal para a outra semana. Mas apesar do contratempo, tudo parecia caminhar bem, até que ao meio-dia de quarta-feira chega a notícia que o vôo havia sido cancelado e que ela não chegaria. A essa altura, o Espaço das Américas estava todo pronto, com palco, luz e mais de dois mil convites vendidos, que tiveram de ser devolvidos. Parecia que o pesadelo se repetia, como quando em 2001 o grupo Bone N’ Thugs não veio para uma apresentação no Anhembi. Mas o cancelamento do show em São Paulo era só o começo da saga. Resolvido o embate aéreo, chegava a informação de que Kelis finalmente estava chegando ao Brasil, e que iria direto para o Rio de Janeiro, onde se apresentaria no sábado. Já no Rio de Janeiro e com a repercussão do cancelamento do show em São Paulo, a tensão aumentou. Novamente, troca de acusações dão conta de que os contratantes não haviam pago todo o combinado, ou chegaram tarde com o combinado, enfim, de novo a cantora não se apresentou, agora alegando que não se sentia segura. Mas prometeu cantar no dia seguinte. Acompanhada do famoso rapper Nas, seu atual marido, Kelis e sua produção mudaram o horário do vôo na madrugada, e com o dinheiro no bolso, disseram aos produtores que iriam almoçar e fugiram para o aeroporto. Avisada pelo motorista de uma Van, a equipe dos shows foi acionada, indo direto para o areoporto, alertando a Imprensa de que Kelis estava fugindo e pedindo para a Polícia Federal intervir, pois ela ainda deveria cumprir o contrato, fazendo o show em Madureira. Já no Aeroporto Internacional do Rio, a cantora e sua produção brigaram com uma equipe da Rede Globo que apurava o “no-show”. Vídeos na Internet já estão disponíveis, mostrando Kelis e Nas fugindo das câmeras. Mas como Kelis só pode-ria ser impedida de embarcar com uma decisão judicial, ela voltou aos Estados Unidos sem devolver o dinheiro, sem dar declarações ou pedir desculpas aos fãs. Na sede da Polícia Federal do aeroporto, Mônica, a produtora do evento, foi aconselhada a dar queixa para que a cantora pudesse ser indiciada, mas não havia tempo útil para impedir seu embarque. “Perguntei porque estava
DMC BRASIL LANÇA CAMPEONATOS DE EQUIPE DE DJS A equipe responsável pelo maior campeonato de DJs do mundo lança um campeonato de equipes em março de 2009. No dia, quatro equipes de dois, três ou quatro Djs usando até seis toca-discos, se enfrentarão para saber quem é a melhor. O uso do Serato está liberado na competição. Quem quiser se inscrever deve mandar para thedmcbrasil@gmail.ocm a performance para avaliação. As inscrições terminam no dia 23 de março. Ja a esperada competição individual, acontecerá em agosto.
FANZINE DO RIO GRANDE DO SUL ESTÁ DE VOLTA ON LINE “DESCULPE, MAS ESTOU MORRENDO DE MEDO DE FICAR NO SEU PAÍS”, falou Kelis à produtora do evento, minutos antes de embarcar para os EUA com o dinheiro do cachê no bolso.
indo embora daquele jeito e ela disse: 'desculpe, mas estou morrendo de medo de ficar no seu país'. Eu pedi então que ela devolvesse o dinheiro e ela respondeu 'não posso agora, depois, desculpa'”, contou Mônica a um site. “A produção está com toda a documentação, tomamos um prejuízo e vamos partir para um processo”, arremata Mônica para o site Globo.com. Mas não foram só os cariocas que ficaram no prejuízo. Em São Paulo, o empresário Marcus Buaiz revelou ter pago US$ 35mil de cachê para a cantora. “Paguei antencipadamente US$ 35 mil, e ela foi embora com o cachê sem dar nenhuma explicação”, disse Marcus. Zezão, Silvinho e Puff, responsáveis pelo show na Barra Funda, também estão acionando a empresa que trouxe a cantora. Com alegação de ambas as partes, quem está certo, só a Justiça dirá. Mas os fãs, independente de qualquer negociação tomaram um calote sem direito a explicações. Com certeza, Kelis man-chou sua imagem no Brasil, enquanto sua conterrâneas Shaka Kan e Rah Digga, conquistaram o coração dos brasileiros.
O fanzine Zine RS nasceu da idéia de Carol Anchieta durante as aulas de Planejamento Gráfico no curso de jornalismo. Ela, que já tinha convivido com a cena Hip-Hop gaúcha, achou que esse foi seria o tema ideal. Assim aconteceu o Zine RS - MÍDIA IMPRESSA ALTERNATIVA, que TVE duas edições circulando pelo Brasil, levando um pouco do rap gaúcho para outros Estados. Com dificuldade em manter o projeto, ela volta agora no mundo digital com um blog: dearcarolforyou.blogspot.com, formato ideal para pessooas que geram conteúdo exclusivo e que não encontram espaço em publicações tradicionais, além do custo zero. “É reservado mais para as minhas historinhas e coisas pessoais, e lá no blog do Zine tem todas as matérias, fotos e comentários de tudo o que rola na cena gaudéria do RAP, mas claro que continuam todos convidados a entrar no Dear e compartilhar comigo as alegrias, tristezas, desejos e curiosidades da minha vida! E aqui na Cultura Hip-Hop o Zine RS vem como parceiro, estendendo para a mídia impressa o seu conteúdo on line!”. ziners-ziners.blogspot.com Por: Carol Anchieta - ziners@gmail.com
509-E GANHA PRÊMIO COM DOCUMENTÁRIO, MAS PROCESSA DIRETORA Durante sete anos, Luciana acompanhou a trajetória do grupo de Rap 509-E, formado por Dexter e Afro-X. O documentário brasileiro Entre a Luz e a Sombra, produzido pela jornalista e documentarista Luciana Burlamaqui, ganhou o Prêmio de Público de Melhor Documentário do Festival de Biarritz, na França. Mas o filme não foi autorizado nem por Dexter nem por Afro-X, que agora estão processando a diretora, que soltou o documentário sem a autorização. As filmagens são da época do presídio do Carandiru, e o filme foi o único documentário brasileiro na Mostra Competitiva do 10º Prix Union Latine (www.festivaldebiarritz.com). Concorreu com 14 filmes selecionados, entre 170 inscritos.
Miwa e Fabgirl (BSBgirls)
a última edição da Battle Brazil, houve pela primeira vez no país uma seletiva para a competição mundial de B. Girls, o campeonato “We B. Girlz Battle”, tendo como campeãs a paulista Miwa e a brasiliense Fabgirl (BSBgirls). Como prêmio, a dupla ganhou uma viagem para a Alemanha para participar da competição mundial no International Battle of The Year, onde competiram com outras sete duplas de outros países, sendo eles: Japão, Coréia do Sul, Polônia, Holanda, Espanha, França e Israel. Os resultados foram todos positivos. Apesar de não terem tido boa colocação na competição, o Brasil já está convidado para a final do próximo ano, que será a comemoração de 20 anos do Battle of The Year, e a dupla já está se preparando. “Estar entre as oito melhores duplas do mundo já foi muito importante para nós, além disso, foi inédita a participação do Brasil nessa competição”, comenta Miwa. “Só foi possível tudo isso acontecer graças aos nossos colaboradores. Nossos sinceros agradecimentos à Rooneyoyo e Puma do Brasil, que patrocinaram nosso sonho”. Miwa agora é parceira de Rooneyoyo e produzem juntos a Batalha Final. Ela conta que a parceria foi devido à semelhança em querer desenvolver o mesmo trabalho. “Durante anos o Rooney procurou por alguém que o ajudasse e o compreendesse. descobrimos juntos que temos muito em comum, e essa viagem à Alemanha me ajudou a ter certeza de que o que fazemos é o mesmo, e o que precisamos é continuar nosso trabalho. O que queremos e as pessoas ainda não entendem é revolucionar o Hip-Hop brasileiro, fazendo a coisa acontecer. É cruel comentar dessa forma, pois todos querem usufruir, mas ninguém quer quebrar a cara.” Eles garantem que n o no próximo ano o Brasil sofrerá uma mudança drástica, e que estão trabalhando muito para que essa mudança s e se concretize. A Batalha Final virá com muitas novidades, além de comemorar dez anos desde a sua primeira edição. Em breve, mais informações.
B. Girl Miwa São Paulo - SP 22 anos Dançarina e coreógrafa desde 2000, além de ser a atual campeã nacional é também a atual campeã sul-americana de B. Girls (Sudaka, no Chile). Desde 2004, desenvolve trabalhos como palestrante e ministrante de workshops de breaking por todo o país, e já foi jurada de diversas competições nacionais e internacionais. Participou de vários programas de TV no Brasil e no Chile, atuou em alguns comerciais e é professora de Street Dance em academias de dança em São Paulo. Integra o grupo Amazon Crew (Belém/PA), uma das maiores equipes dedança do Brasil. Atualmente, também é produtora dos maiores eventos de breaking do país, como ODUELO (www.oduelo.com.br) e BATALHA FINAL (www.batalhafinal.com.br).
Fabgirl Brasília/ DF 25 anos Dançarina e coreógrafa desde 2001, é fundadora e diretora da equipe de dança feminina Brasil Style B. Girls. Também é professora de Street Dance e ministrante de palestras e workshops por todo o país, trabalha como jurada em diversas competições e produz eventos de dança em Brasília. Além de ter sido campeã em diversas competições no Brasil, foi a primeira mulher a ganhar algumas competições de dança, antes só ganhas por homens, e a primeira mulher a participar de uma disputa feminina no maior evento individual internacional do mundo, representando o Brasil: RED BULL BCONE 2006. Foi também campeã do Battle of The Year B. Girls 2007.
“REVOLUCIONAR O HIP-HOP BRASILEIRO E FAZER A COISA ACONTECER. É CRUEL COMENTAR DESSA FORMA, POIS TODOS QUEREM USUFRUIR, MAS NINGUÉM QUER QUEBRAR A CARA”
Miwa e Rooney acabaram de chegar da Argentina, onde o evento foi um sucesso.
LIL’ WAYNE, O MELHOR DO MUNDO O rapper do momento, Lil’ Wayne, vem colecionando prêmios, além de milhões de cópias vendidas, é claro. No dia 09 de novembro ele adicionou outra conquista ao seu fantástico ano de 2008, ao ser coroado como Melhor Artista de Hip-Hop/Rap do Mundo, no World Music Awards. Este ano, a cerimônia de premiação, que foi organizada em Monte Carlo, Mônaco, foi apresentada pelo ator de Desperate Housewives, Jesse Metcalfe e pela ex-integrante do Destiny’s Child Michelle Williams. A cerimônia anual, que existe desde 1988, baseia suas escolhas em vendas mundiais. Através do critério, as três milhões de cópias vendidas mundialmente de “Tha Carter 3” fizeram com que Wayne superasse seus concorrentes Kanye West e T-Pain.
50 CENT AFIRMA TER “ROUBADO” BATIDA DE EMINEM Recentemente, 50 Cent revelou que passou algum tempo na casa de Eminem, onde literalmente roubou uma produção de Dr. Dre do computador do astro. “Eu peguei a produção em Detroit, porque Dre estava trabalhando com o Em. Fui no computador do Em e encontrei. Eu pensei: 'Espere até eles ouvirem isso!' Eu escrevi o som, o Em ouviu. Ele falou: 'Você tem que ficar com essa batida, o som está tão louco!’. Eu achei que ele iria tirar a batida de mim, mas ele falou: 'Ele tem que usar isso'. “Eu acho que o empresário do Em, Paul Rosenberg, queria que ele tomasse a batida de mim”, adicionou 50. A faixa, que ainda não tem título, deve ser parte integrante do novo álbum de 50 Cent, “Before I Self Destruct”, que está previsto para dezembro.
SITE RADAR URBANO: UMA VISÃO COM O ESTILO DA RUA O site traz Skate, Street Ball, Moda, Tatoo, Clipes, Tecnologia, Música, Literatura, e é claro, o Hip-Hop, criando um universo muito maior para a Cultura de Rua, trazendo a visão de quem vive as Culturas Urbanas há mais de 18 anos. Além do website WWW.RADARURBANO.COM.BR, tem também o canal do Twitter que a cada dia cresce em número de acessos – www.twitter.com/radarurbano, e o site de relacionamento MySpace - www.myspace.com/ radarurbano, que são os meios de contato e interatividade com nossos internautas. WWW.RADARURBANO.COM.BR Fonte Central do RAp
Cassidy assina contrato com astro da NBA O rapper da Filadélfia Cassidy, assinou contrato com a Krossover Entertainment, gravadora fundada pelo super astro da NBA Carmelo Anthony. Cassidy lançará pela gravadora um álbum intitulado Language Arts, que trará participações de Rick Ross, Cool & Dre, Jadakiss, Gorilla Zoe e Raheem Devaughn. Language Arts será o primeiro álbum lançado pela Krossover Entertainment.
Libbra, campeonato organizado pela Cufa, promete novidades para 2009. Em 2008 o evento foi um sucesso no Vale do Anhangabaú, tornando-se o maior evento nacional do gênero. Ano que vem, o campenato se divide em Nacional, Estadual e Municipal, além do campeonato “Os Reis da Rua” e “Divas da Rua”. Os Reis da Rua consiste na formação de duas equipes, compostas pelos melhores jogadores eleitos na temporada que farão amistosos e clínicas no Brasil e, em dezembro, disputam um desafio internacional em São Paulo, com exibição ao vivo pela Rede Globo. As seletivas estaduais deverão acontecer entre março e abril nas capitais, o que resultará na presença de times de todo o Brasil na fase nacional. LIBBRA 2009 - 81mil atletas disputando 3 mil pessoas trabalhando 27 Campeonatos Estaduais (LIBBRA Estaduais) 2 Campeonatos Regionais 1 Campeonato Nacional 1 Campeonato de seleções (LIBBRA Seleções) www.libbra.com.br http://www.reisdarua.com.br/
Uma TV para os fãs do Basquete! Mais uma televisão muito legal da HANNspree para o quarto das crianças! A HANNSnet é um aparelho de TV com tela LCD de 10 polegadas para os fãs de basquete. O aro exterior é feito de metal, como o aro de uma cesta de basquete verdadeira, e a bola que envolve a tela é feita com o mesmo material de uma bola de basquete real. O logotipo da NBA está presente na frente e na traseira da TV. Mais informações no site da HANNspree. Fonte: blogdebrinquedo
LIGA URBANA DE BASQUETE CHEGA COM TUDO EM 2009 A Lub continua suas ativiadde em 2009, fomentando a cultura urbana. Além da atividade no campo virtual, lança a LUB TV, um canal voltado para a geração e difusão da cultura urbana e com o propósito de retratar e revelar talentos, sejam eles ballers, grafiteiros, b. boys, rappers ou skatistas, que não encontram espaço na grande mídia. A concretização de um grande sonho também acontece neste ano. A inauguração do CELUB - Centro de Cultura Urbana localizado em Marechal Hermes (RJ), com o objetivo de educar e trabalhar o desenvolvimento social, utilizando o basquete e suas vertentes da cultura urbana. E para quem pensava que Street Ball é coisa exclusivamente masculina, as meninas do time feminino da LUB Rio e São Paulo estão aí para contestar. Organizadas e já treinando a todo vapor, elas se preparam para o lançamento oficial do time feminino, assim como para futuras competições. Ratificando o intercâmbio Brasil/EUA, a Liga Urbana de Basquete retornará em 2009, a terras americanas. Neste ano que se encerra, a convite da One World Games, a instituição participou de torneios de Street Ball realizados no Harlem, considerado a Meca dessa modalidade esportiva, além de visitar a Yale University, o Hall da Fama da NBA, as instalações do Madison Square Garden e outros lugares que promoveram a troca de experiências definidas no projeto. A viagem da LUB aos Estados Unidos é conseqüência do acordo assinado entre a LUB, Maritacas em Ação, SEME (Secretaria Municipal de Esportes) e PSAL (Public Schools Athletic League), em que foi estabelecido o intercâmbio esportivo e cultural entre as cidades de Nova York e São Paulo, através do basquetebol e da capoeira. O ato deu início ao Projeto Sports Partnes Cities, realizado na cidade paulista no dia 25 de abril desse mesmo ano. O ano foi cheio para a Lub, que em 2008 teve a realização do StreetFest, o LUBão, encerrando ano com chave de ouro com o patrocínio da OI, realizando o OI Street Jam, que foi essencial para a construção do CELUB, que recebe parte dos investimentos. Quem ganha é o bairro de Marechal Hermes, na Zona Norte da cidade carioca. Liga Urbana de Basquete: é de rua, é organizado.
O ANO FOI CHEIO PARA A LUB, QUE EM 2008 TEVE A REALIZAÇÃO DO STREETFEST, O LUBÃO, ENCERRANDO O ANO COM CHAVE DE OURO COM O PATROCÍNIO DA OI, REALIZANDO O OI STREETJAM
Outra organização que surge na cena do Street Ball é o Rachão. Realizando vários jogos pelas cidades de São Paulo, o Rachão vai ganhando seu espaço.“Estamos orgulhosos pela meta alcançada; foi um ano com muita dificuldade, mas conseguimos divulgar e fazer muitos amigos e admiradores por onde passamos, e isso e muito gratificante”, revela Kaseone, organizador do Rachão. O Basquete de Rua vive hoje um grande momento, com organização e crescendo, e São Paulo, berço de muitos craques, não fica de fora.
“Fico feliz por estar vivendo este momento mágico em que o Basquete de Rua está de volta, só que agora com força total, veio para ficar e mostrar o quanto capazes e habilidosos são esses novos jogadores de rua. Acredito que num dia próximo, não tão longen esses jogadores anônimos estarão brilhando em algum timen dentro ou fora do país”. Em 2008, o site do Rachão atingiu vários paises, como Estados Unidos, África, Cuba, Portugal, Japão, Reino Unido, França, Holanda, Senegal, Bélgica, Chile, Venezuela e alguns estados brasileiros, chegando a mais de cinco mil acessos. Em 2009, vários Rachões serão organizados, em diversas regiões de São Paulo, com intercâmbios entre os bairros. “Voltaremos para as quadras com força total e divulgando mais picos onde rolam o bom e velho Basquete de Rua. Nova atualização em nossa página na Internet e vários projetos em andamento para o próximo ano, aguardem”. Kaseone, mais um braço no Street Ball, finaliza: “Um sonho que agora tornou-se realidade graças à persistência, dedicação e respeito aos joga-dores(as). Paz, respeito e união em todas as quadras desse mundão”. Acesse o site: www.rachao.com.
Um marco na história do Skate brasileiro, o evento “Oi Mega Rampa 2008” ganhou a mídia e superou os limites dos skatistas. Realizado no Sambodrómo do Anhembi, em São Paulo, o brazuca Bob reinou absoluto, sendo o campeão da edição. O grafiteiro Binho fez uma ação ao vivo para a Rede Globo, e o grafiteiro Chivtz foi o repórter da MTV para o evento. É isso: Graffiti e Skate sempre unidos. Pelo visto, ano que vem teremos mais uma edição do Oi Mega Rampa. Agora, o jeito é esperar por mais lendas por aqui, como o Tony Hawk, que disseram que viria. Fonte: www.skatecultura.com
lygia
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gabi
Eles abalaram as estruturas das artes plásticas e do Street art, logo eles, que sempre foram considerados simplesmente vândalos, sem valor artístico, discriminados por muitos críticos. Só que em 2008 as ações dos pichadores se revelaram uma das coisas mais interessantes no universo das artes. Eles atacaram a Faculdade de Belas Artes, a Bienal de São Paulo, a Galeria Choque Cultural e ainda acirraram as disputas com os grafiteiros pelos espaços da cidade. Buscando respeito e atenção eles mantém vivo o protesto dentro da cultura da pixação. Eles tem história, tem propósito, e vão muito além de tinta na parede. Numa troca de idéias no Vale do Anhagabaú, Centro de São Paulo, entrevistamos um dos mentores desse movimento, conhecemos as motivações, a história e a verdade por trás dos ataques. Tudo começou com o ingresso de um dos pichadores na Faculdade de Belas Artes. “O primeiro ataque foi o TCC do Rafael, que é um cara que é pichador e da periferia. Ele conseguiu uma bolsa de estudos na Belas Artes através de um trabalho que fez lá. Quebrou o braço, ficou desempregado e a faculdade foi obrigada a dar a bolsa integral pra ele. Nesse quatro anos de faculdade, ele defendeu como tese artística a Pichação, e tinha, no final do curso, de apresentar um trabalho prático, e o que ele achou de mais verdadeiro foi levar a galera pra pichar a faculdade, dentro do contexto da pichação. Ele não avisou ninguém. Foi o trabalho dele de conclusão dentro do contexto do movimento. Sem perder a essência, ele foi e chamou a maior galera. Chegamos lá, invadimos e pichamos tudo, e o moleque foi reprovado e expulso. Foi aí que começamos a tirar as máscaras, mostrando que uma instituição de arte não agüentou com a tinta”, revela Cripta. Depois dessa reação da faculdade, a história tomou forma e conteúdo, e os novos ataques foram à galeria Choque Cultural, famosa por exposições de grafiteiros, e a Bienal Internacional de São Paulo. “O motivo do ataque à Bienal e à Choque Cultural foi defender a pichação como manifestação artística, mas sem perder a essência dela. O que aconteceu na galeria e na Bienal foi um deslocamento de contexto. A gente levou a pichação, que é uma arte da rua, uma arte da ilegalidade, para dentro da galeria e da Bienal, mas sem perder o contexto dela, que é a ilegalidade. Se a gente fosse convidado pra pichar lá dentro, perderia todo o contexto”, explica.
Travando uma luta de conceito com a arte de galeria, a pichação segue o caminho oposto ao do Graffiti. “A pichação não vai ser domesticada, como o que aconteceu com o Graffiti. O objetivo desses ataques também é mostrar isso, que eles podem até levar a estética da pichação para dentro da galeria, escolher meia dúzia de pichadores que não entendem nada e achar que é legal. Mas é só a estética mesmo, porque a essência do movimento só tem como se manter dentro da ilegalidade”, revela, com ar de desafio. A galeria Choque Cultural, que contribui para o sucesso de grafiteiros na cena mundial das Artes Plásticas, também não foi perdoada. “O dono da Choque Cultural, o Baixo Ribeiro, andava declarando que a galeria era underground, que representava a arte das ruas, que não tinha nenhum problema, então, a gente promoveu uma exposição da ilegalidade, e aí caiu a máscara da Choque Cultural, porque eles não entenderam e levaram para o outro lado, prestaram queixa crime. Como é que uma galeria que se diz underground e ganhou de presente uma exposição da ilegalidade, recusa dessa forma? Então, foi mais uma máscara que a gente tirou também”, afirma. Enquanto galerias eram atacadas, o apoio era total, mas o aumento da cultura e as brigas por espaço na cidade também ficaram mais duras, e uma das ações dos pixadores foi atacar alguns pontos de Graffiti, como o Beco da Vila Madalena e a Avenida Paulista. Será que existe uma guerra entre grafiteiros e pichadores, irmãos na arte de rua? “O Graffiti e a pichação sempre tiveram uma relação muito delicada. Alguns grafiteiros não respeitam a pichação, e vários pichadores não respeitam o Graffiti. No caso desses ataques, foi uma coisa pensada, para atingir o movimento de uma forma geral, uma espécie de alerta para os grafiteiros se ligarem que eles se renderem ao sistema. O grafiti quando nasceu era ilegal, foi como a pichação, cada um buscava seu espaço dentro da ilegalidade. Aí, o Graffiti começou a ser usado como ferramenta para combater a pichação. As autoridades e a sociedade começaram a ver que o grafiteiro tinham o respeito dos pichadores, e começara a usar isso para combater a pichação. Muitos grafiteiros se omitiram, se deixaram levar pelo dinheiro e acabaram se vendendo. Eles estão perdendo totalmente o respeito da galera, e esse ataque aos graffitis foi uma espécie de alerta, para os caras se ligar em tudo, não entrar em qualquer fria, não ir para qualquer coisa que forem chamados. E também para buscara o espaço deles na ilegalidade, como o pichador busca. Não existe uma guerra, mas existe uma disputa de espaço. Mas essa disputa está sendo covarde por parte dos grafiteiros, que se aliaram ao sistema, à sociedade, eles se renderam ao sistema. Eu não posso ser específico, pode ser que aconteça uma guerra e a gente não sabe. O
que rolou até agora foi um alerta, tem muito pichador que não gosta de graffiti porque os caras apagam os trampos”. A discussão nas ruas continua, e na Internet o seguinte texto foi divulgado pelos grafiteiros: “Ninguém deve atropelar o trabalho do outro, seja grafiti ou pichação. Também é preciso lembrar que muitos grafiteiros que deveriam respeitar agendas e diversos rolês, não fazem isso, e talvez este momento seja oportuno para reclamar sobre esses atos com quem os pratica”, Diz o texto sem identificação, que acaba dando razão, em parte, aos pichadores. O Graffiti ganhou espaço, deixou um pouco a ilegalidade de lado e ganhou o respeito da sociedade, mas em termos artísticos, a pichação segue outros caminhos. “O caminho da pichação é se manter dentro da ilegalidade, porque vem da época da ditadura militar, e veio tomando outras formas. Essa pichação que a gente faz hoje em dia começou com a galera que ouvia Punk Rock, Hardcore, que tinha muita coisa de protesto nas músicas, e o pessoal saia pra pichar também pra protestar. Só que começou a virar uma parada de gangues, de disputa de espaços. Oque aconteceu é que no decorrer desses vinte anos de mivemento, a pichação ficou focada mais na vaidade do pichador, no seu ego, e foi perdendo aquele cunho político de protestar. A intenção dos ataques foi resgatar esse lado que estava esquecido, esse lado do protesto”. Mas os atques não são unanimidade entre os pichadores. Grandes nomes da antiga se pronunciaram contra, dizendo que tudo isso só serviu para atrair a atenção da polícia. “Tem muito pichador que não enxerga um palmo à frente do nariz, só pensa em si mesmo. Tem cara que acha que essas paradas vão arrastar a pichação, porque, de repente, tem o pensamento de que a pichação vai ser aceita, como o Graffiti foi. Isso tudo acontece para mostrar o quê? Pra ficar na rua só quem é, porque o cara que tem medo da repercussão que os ataques estão tendo, vão deixar de pichar, e isso é bom também, porque aí vão ficar só os verdadeiros, só o pessoal para bater de frente mesmo, porque pichação é resistência, não tem hierarquia, não impõe nada”, rebate o ativista. Nos ataque à Bienal estava escrito “Abaixo a Ditadura”. “Ditadura não se enquadra só em ditadura militar, ela se enquadra em tudo que é ditado, porque a burguesia está acostumada a ditar o que é arte. Quem organiza a Bienal? É a burguesia, são os burgueses. Então, eles estão acostumados a ditar o que é arte e a reduzir a pichação ao vandalismo. Abaixo a Ditadura foi contra a ditadura da arte, e existem várias fomas de ditadura dentro da arte. Nosso abaixo a ditadura na Bienal foi contra tudo isso aí, ditadura da arte e a ditadura camuflada em que a gente vive”.
Mas tudo que é contracultura, um dia acaba sendo absorvido pela sociedade. “Se a gente fosse convidado a ir lá, não teria a menor graça, não seria pichação, porque seria só a estética, só tinta, não teria lógica nenhuma, e a gente não precisa disso. Quando o pichador sai pra pichar, ele não quer dinheiro , não quer vender o picho dele, só está buscando o espaço dele como artista dentro da cidade. Isso já basta para o pichador, ele não precisa ser aceito pela burguesia, por ninguém. Uma coisa eles não podem negar: que a pichação é arte! A pichação, sem a gente saber, já existia há milhares de anos. Em São Paulo, foi inspirada nos logotipos das bandas de Rock, e aí fomos estudar as bandas de Rock, que se inspiraram no alfabeto rúnico, que tem milhares de anos, dos vickings, dos escandinavos, dos bárbaros da Europa. A gente nem sabe com veio parar aqui, pode ser até um herança genética”, filosofa. No final dese depoimento, ele entra numa questão que gera muita discussão.Por que pichação é arte? “Só o fato do pichador colocar a vida dele no limite para deixar a sua marca, já um conceito de arte. Que artista coloca a própria vida no limite para expressar sua arte? Se você estudar a História da Arte, não vai encontrar ninguém que tenha feito isso. Picasso, Da Vinci, Monet, Duchamp, você pode pegar todo mundo, nenhum artista colocou a vida no limite, e é tudo tinta. Eu vejo a pichação como tinta; se a parede está pintada de branco, é tinta, se passa um treco de spray, é tinta também. Tudo que é tinta, é arte”, revela o mano, que para colocar seu nome na cidade sobe em prédios, foge da polícia e arrisca a vida. Para quem conhece os manos da pichação, sabe que eles vêm da camada mais esquecida da sociedade, onde a cultura nunca é incentivada. “A pixação é uma forma de excluir a sociedade que excluiu os pichadores, e os pichadores são aqueles caras que são excluídos da sociedade, que não têm visibilidade nenhuma. Por isso que a estética das letras é inacessível para quem não é do meio. Se alguém quer entender a pichação, vai ter de estudar”, mostra Cripta. Em São Paulo, o prefeito Kassab mantém o projeto “Cidade Limpa”, e vem repintando os prédios da cidade. “Esse lance de cidade limpa eu acho válido, está até renovando os espaços, tem mais lugar para pichar, mais lugar para o grafiteiro buscar o espaço dele dentro da ilegalidade, sem precisar apagar nada de ninguém. É bom por esse ponto, porque está renovando o espaço da ciadade. Melhor para nós, pois vão surgir mais pichadores buscando seu espaço. Para mim não muda em nada, e se gente for analisar, sé está beneficiando o movimento”. Mas toda ação de guerra tem seu atingidos, e uma das grandes vitimas foi pichadora Carol, que no ataque à Bienal foi presa, e pelo fato de ser reincidente, ficou presas por varias semanas “Os advogados da Bienal, de uma instituição de arte, fizeram questão de que ela fosse presa. Levar o protesto para um outro lado? O pessoal da Bienal foi totalmente hipócrita, tem dedo do vice-governador, do secretario de segurança também, que estava presente na Bienal, e eles ligaram para a delegacia e exigiram que prendessem a Carol. Para quê? Foi uma forma de assustar todos os pichadores, uma forma de intimidar.” revela Cripta. Mas atitude de prender a pixadora teve ação contraria, e o caso foi para em Brasilia onde ministro Paulo Vannuchi (Direitos Humanos) defendeu a libertação de Carolina Pivetta da Mota, que ficou presa mais de 50 dias, na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de vários ministros, durante a abertura de uma conferência.Vannuchi comparou com a libertação do banqueiro Daniel Dantas, que foi preso em decorrência das investigações da Operação Satiagraha, da Polícia Federal. “Daniel Dantas ficou preso muito menos tempo”, afirmou o ministro, sendo aplaudido pelos presentes. A Justiça expediu dois mandados de prisão contra Dantas —ele ficou detido dois dias na primeira vez e um dia na segunda. E o caso dos pixadores foi usado até como argumento politico na defesa da justiça.
O mentores dos ataques também foram acusados de fazer tudo para promover a pichação, e conseqüentemente, futuros DVDs dos ataques.E questino; Vender DVD de picho, álbum de figurinha, isso também não é uma maneira de comercializar a cultura? “Eu não vejo como uma maneira de comercializar, vejo como uma maneira de documentar. A pichação é uma manifestação efêmera, que será apagada, vai acabar, então, um geração inteira de pichadores já passou despercebida e sem registro. Já que hoje em dia a tecnologia está acessível para todo mundo, por que não registrar isso o que acontece? Colocar esse DVD em comercialização é uma forma de registrar esse moviomento, e também de fortalecê-lo. Não é pela parte finaceira, é mais uma forma de integrar o movimento. E documentar a história”, explica. Para o ano de 2009, o protestos prometem continuar. “Tem muita coisa para a gente protestar ainda , estamos estudando, nossa intenção é dar continuidade. Tem vários pontos para a gente protestar, acho que o caminho da pichação é esse, resgatar esse lado do protesto. É difícil, porque têm caras do movimento que não entendem o que está acontecendo, e isso desanima um pouco. Mas a gente está aí para isso, para ser a resistência, para reivindicar, para protestar. Pelo menos esse grupo que está na linha de frente tem o objetivo de sempre protestar”.
“A PICHAÇÃO FICOU FOCADA NA VAIDADE , NO EGO DO PICHADOR, E AGORA NÓS ESTAMOS RESGATANDO O PROTESTO. É UMA DISPUTA DE ESPAÇOS ENTRE JOVENS, PARA VER QUEM SE DESTACA MAIS NA PAISAGEM URBANA” criptadjan@hotmail.com
VESTAX NO BRASIL Chega ao Brasil uma das melhores marcas de equipamentos para DJs do mundo, a Vestax. Há 31 anos no mercado, com sede no Japão, a empresa promete trazer ao Brasil toda a sua tecnologia. Especializada em mixers, toca-discos e CDJs, traz ainda uma grande inovação: os controladores. Um único aparelho capaz de tocar e mixar as músicas apenas com o auxílio do notebook, tudo em MP3. São diversos modelos para facilitar e ajudar os DJs. Até mesmo para aqueles que não são profissionais, a Vestax lhes dá a chance de começar. COMO A MARCA CHEGOU AO BRASIL? Durante uma turnê ao Japão, DJ Cia (RZO), após um contato com a Vestax, conheceu sua sede em Tóquio, e lá pôde conhecer diversos equipamentos. Muitos nem chegavam a ser lançamentos, mas ele nunca havia visto antes. Conversando com um dos responsáveis, soube do interesse deles em entrar no mercado brasileiro. Cia viu então a chance de fazer o sonho de muitos DJs virar realidade, e conseguiu encontrar uma empresa capaz de importar e distribuir a Vestax no país. Da união de duas empresas criou-se a Vestax Brasil, com sede em Curitiba e distribuição em todo o território nacional. COMO VOCÊ SE TORNOU UM REPRESENTANTE DA VESTAX NO BRASIL? COMO NASCEU A PARCERIA? Sempre gostei de usar a marca Vestax, porque os mixers são melhores que os das outras marcas. Até que, pouco antes de ir para o Japão, um cara do Chile, que representa a Vestax por lá, entrou em contato comigo por indicação de um amigo DJ chileno. Ele falou dos planos da Vestax no Brasil e perguntou se eu gostaria de ser um dos DJs patrocinados por eles. Lógico que me interessei, e disse até que estava indo para o Japão. Ele agendou uma reunião na sede da Vestax e eu fui lá conhecer. Foi louco! Tinha equipamento que eu nem imaginava que existisse. Daí, me interessei em mudar essa cena, queria fazer com que esses equipamentos chegassem ao Brasil ao mesmo tempo em que fossem lançados por lá. Queria mudar esse atraso que temos aqui, por isso batalhei para representar a marca por aqui. VOCÊ SE APRESENTA EM EVENTOS DA VESTAX. NA PRÁTICA, QUAIS SÃO AS SUAS AÇÕES? A marca está trabalhando para mostrar que está no Brasil, são eventos de divulgação. Fizemos a Expomusic 2008, uma parceria com o Hutuz e estaremos no DMC 2009. E também em shows e eventos em geral. QUAL A DIFERENÇA DOS EQUIPAMENTOS DA VESTAX PARA OS DAS OUTRAS MARCAS? Os mixers sempre foram o forte da Vestax; os faders tem cortes precisos, e muitos agora vem com efeitos. E eu, que sempre faço scratches, gosto desse tipo de equipamento. As pick-ups também estão muito boas, o disco não pula, é perfeito.
“OS MIXERS SEMPRE FORAM O FORTE DA VESTAX. OS FADERS TEM CORTES PRECISOS E MUITOS AGORA VEM COM EFEITOS. E EU, QUE SEMPRE FAÇO SCRATCHES, GOSTO DESSE TIPO DE EQUIPAMENTO” “AS PICK-UPS TAMBÉM ESTÃO MUITO BOAS, O DISCO NÃO PULA, É PERFEITO”
QUAIS OS PLANOS DA VESTAX PARA 2009? Esperamos que em 2009 a marca já esteja bem divulgada no país. Muitas pessoas ainda não têm acesso a essa informação, ainda nao fizemos a festa de lançamento da marca no Brasil. Provavelmente, esse será o primeiro evento da Vestax em 2009. COM O DMC NO BRASIL, A CENA DO DJ VEM CRESCENDO? Essa é a nossa expectativa. Quando eu concorria em campeonatos, meu sonho era disputar o DMC, mas agora já passou o meu tempo. Esse sonho então virou realidade para os DJs que estao aí agora, e só depende deles para dar certo, para revelar um DJ brasileiro lá fora, mostrar que aqui a gente também entende disso. FALE SOBRE OS NOVOS MIXERS E PICK-UPS DA VESTAX. Os grandes lançamentos são o PMC 08, que é um mixer para DJs de performance.É um mixer profissional, híbrido e digital. Converte do seu analógico AD/DA com processamento digital de sinal e a mais baixa taxa de latência, o mais alto nivel de desempenho, com dois canais digitais. O PMC 580 tem seis efeitos e parametros diferentes em cada canal, com conexao USB. Esse é o mais completo para DJs que gostam de efeitos. As pick-ups são muito boas, o disco não pula, e essa é a sua maior vantagem. QUAIS AS NOVIDADES EM TERMOS DE PRODUTOS? Os controladores USB MIDI, que são muito procurados pelo diferencial de ser um mixer Vestax, ou seja, a precisão de virada é muito maior. O VCI 300 vem de uma parceria com o Serato. Os DJs que conhecem o programa sabem da qualidade, e agora isso está disponivel em um equipamento compacto e prático. Maiores informações: info@vestaxbrasil.com 11 - 7860-4620 ID 80*14768
MANO BROWN CONSIDERADO POR MUITOS COMO RADICAL, CAUSA POLÊMICA AO ASSINAR COLETÃNEA DA NIKE AO LADO DE ICE BLUE A Nike é um dos símbolos do capitalismo americano e quando Mano Brown assinou varias letras e até o hino da campanha “Batalha nas Quadras” os fãns mais radicais se espantaram. Ação de marketing incluiu também uma participação de Ice Blue no comercial de televisão da nova coleção da Nike. A Mixtape traz o título “O jogo é hoje” tem direção de Ice Blue e letras da Mano Brown, além de vários nomes como Flora Matos, Negredo, Cocão, Terra Preta entre outros e está pra download no site da marca. Para quem ficou chocado, lembramos a participação de Brown no Roda Viva, no início do ano. “Acho que as contradições sé acabam quando a gente morre. Eu estou de Nike no pé, mas já xinguei muito a Nike por aí... Mas descobri também que a Adidas não me dá nada se eu ficar falando mal da Nike. Se você derruba uma, levanta a outra. A Adidas é dos alemães, não são nada meu, entendeu? Tô de Nike... o KL Jay não usa Nike, mas agora, veja o Nike que Blue tem no pé. É a contradição... Racionais é isso, 4 caras, 4 mentes, 4 idéias. E o mais confuso dos 4 sou eu mesmo” confessou Mano Brown em rede nacional. “Feito para trazer à tona toda a emoção, disputa, atitude e energia do futebol de rua através das vozes mais promissoras do Rap de São Paulo”, diz o release “Ice Blue é o produtor executivo e traz artistas que representam as diferentes áreas de São Paulo, unidas em sua paixão comum pelo futebol e pela música”, informa o site A faixa “O Jogo é Hoje”, composta por Mano Brown e Dom Pixote, foi criada para ser o hino da campanha. A música traz também na produção Ice Blue e William Magalhães, da Banda Black Rio. A Mixtape ainda traz Dj Cia, Negredo, Du Bronk, entre outros rappers.
Um time masculino de peso, mas o destaque vem na voz de uma mulher, Flora Matos, que com o som “Mundo Pequeno”, renova esperanças se apresentando como uma grande letrista dessa nova geração de mulheres. Terra Preta também empresta sua voz à Mixtape que nem saiu e já gerou polêmica na internet, algumas matérias criticando Mano Brown, dizia que o grupo sucumbiu ao capitalismo. O que você, leitor, acha? o jornalista Marcelo Mirisolao, inimigo decalarado de Brown, aproveitou e o criticou com a matéria "O Rap da Nike". Outras matérias saíram causando muitas repercussões e comentários, como a da internauta Mônica, que disse: “BOM, NA
VERDADE, PARA A TEORIA CAPITALISTA, QUANTO MAIS GENTE COM PODER DE COMPRA, MELHOR. É UMA ‘SACADA’ DA NIKE SE ASSOCIAR A UM GRUPO CRÍTICO, AFINAL, A MARCA É SEMPRE LEMBRADA PELA EXPLORAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL E MANIPULAÇÃO DE CAMPEONATOS. TALVEZ ELES QUEIRAM CONQUISTAR OS BRASILEIROS COM MEMÓRIA MAIS CURTA, E COMEÇAR A DIVIDIR O PREÇO DE SEUS PRODUTOS EM DOZE VEZES...”, d isparou em tom crítico. Até o fechamento desta ed ição, a campanha t inha acabado de sair, vamos acompanhar a repercurssão. E você? O que você acha? Mande Sua ponião para revista_hiphop@hotmail.com.
“ACHO QUE AS CONTRADIÇÕES SÓ ACABAM QUANDO A GENTE MORRE. EU ESTOU DE NIKE NO PÉ, MAS JÁ XINGUEI MUITO A NIKE, POR AÍ... MAS DESCOBRI TAMBÉM QUE A ADIDAS NÃO ME DÁ NADA SE EU FICAR FALANDO MAL DA NIKE. SE VOCÊ DERRUBA UMA, LEVANTA A OUTRA”
Trecho da musica
MINHA TORCIDA É SOFRIDA LIINDA DE SE VER E POR ELA EU SOU CAPAZ DE MORRER AO PERDEDOR, DESAMOR, O BEIJO DA LONA PRAÇA PÚBLICA EXPLANA VERDADES À TONA OPOSTO DA FAMA SEM DÓ, DESPREZO DAS DAMAS O JOGO É HOJE MEU AMOR, EU VOU INDO MEU UNIFORME TÁ PRONTO É MAIS QUE UM CONFRONTO É UMA PÁ É MAIS QUE TRÊS PONTOS O JOGO É HOJE
Mano Brown no Roda viva
PAR CERIA COM SI TE CUL TUR A HIP -HOP UOL E REVIS TA CUL TUR A HIP -HOP. PARCERIA SITE CULTUR TURA HIP-HOP REVIST CULTUR TURA HIP-HOP A partir de 2009 os internautas vão poder conferir uma parceria entre o mega portal Uol, o site Cultura Hip-Hop e a revista. Acesssando o link (www.culturahiphop.uol.com.br/revista) você poderá ler a publicação on-line e ficar informado sobre o que está acontecendo no cenário do Hip-Hop.
Em menos de três anos de atividade o site Cultura HipHop já registra expressivos números de audiência e consolida-se como uma da boas opções da internet. Maiores informações: Cultura Hip Hop - UOL - www.culturahiphop.com.br
e você gosta de RAP nacional, com certeza conhece rimas como “Aquela mina é Firmeza” ou “De quem é essa mulher?” um Rap em homenagem ao Corinthians. Tem também sua fase mais dançante, com o sucesso “Lagartixa”, ou mais Gangsta, com o sucesso “5º Vigia”, que chegou a vender mais de 120 mil cópias. Naldinho atravessa gerações e se mantém vivo dentro do mercado dinâmico do RAP. Mas ele não está na televisão, nem nas principais rádios, mas seu público é grande e fiel. Deve ser pelo fato de Naldinho fazer RAP de todos os tipos, dos mais “rua”, até os mais sentimentais. Recentemente, shows em Porto Alegre e Minas Gerais confirmaram que sua fama se mantém depois de 20 anos de estrada. Apesar de ser do tempo do vinil, seus vídeos no Youtube ultrapassam um milhão de visitas, e em 2008 Naldinho completa 20 anos de carreira fonográfica, somando 13 discos. Em entrevista exclusiva, falamos com Ndee sobre sua carreira, seus projetos e muito mais.
A que voce atribui estar na ativa, cantando Rap há 20 anos e ter gravado 13 discos ? N: À disposição, à vontade própria de cantar. Eu não faço Rap porque alguém manda fazer, faço porque gosto, acredito, amo, trabalho e vivo isso! Não sou ouvinte de músicas, sou amante da música. Quando faço meu trabalho, penso no público e me preocupo em saber se ele quer ouvir o que estou cantando. Todos nós sabemos que existem pessoas que
quando fazem seu trabalho ficam pensando se o outro artista vai gostar ou não. Eu já me preocupo se o povo vai gostar ou não, confio no meu trabalho e acredito que isso seja algo que também me traz um bom resultado.
Você já ouviu algum comentário sobre o RAP que você não tenha gostado? N: Sim. Agora mesmo, em tempos atuais, até de algumas pessoas que são do meio e já comentaram que acham que o Rap já era. Na minha visão, quem pensa assim é quem é fraco no Rap. Uma coisa lamentável é ver uma pessoa que canta Rap, parar de cantar Rap, entrar para outro estilo musical e ficar insinuando que o Rap é bagunçado, ficar “tirando” o Rap como irresponsável. O Rap não parou e nem vai parar, está em uma das melhores fases, pois agora está sendo mais administrado por quem é do Rap, e não apenas pelos oportunistas, e isso vai dar um bom resultado, você pode crer no que estou falando. Quem gosta de Rap nunca deixa de gostar, o nosso público está aí, eles não nos abandonaram, e sabem que o Rap é a única música que está, durante todos esses anos, ao lado deles, a favor deles e nunca vai abandoná-los (a periferia). O Rap vai se expandir e crescer muito, ir além do que alguns imaginam, vai conquistar mais público do que já conquistou, e nunca perderá a química da periferia.
Quais os grupos musicais que têm influência em seu trabalho? São muitos... Eu gosto muito da música nacional, mas minha ligação com a música negra internacional é que me fortaleceu nessa paixão por música. Entre muitos posso citar Zapp, Gap Band, Whodini, Dr. Dre, Sos Band, Bar Kays, One Way, Mtume, Manhatthans, Kurtis Blow, Stevie Wonder, Marvin Gaye, Con Funk Shun e muitos mais, que me deixaram apaixonado pela música negra. Também gosto muito de ouvir a música brasileira... Ed Motta, Roberto Carlos, Almir Guineto, Zeca, Dudu Nobre, Art Popular, Exalta Samba, e gosto muito dos imortais, como Bezerra da Silva e Tim Maia. Ouço outros estilos musicais também, se achar que a música me agrada eu ouço, e admiro pricipalmente se falam de amor. Eu sou apaixonado por música.
“...se eu achar que a música me agrada eu ouço e admiro, pricipalmente se falam de amor. Eu sou apaixonado por música!” “...o Rap não parou e nem vai parar, está em uma das melhores fases, pois agora está sendo administrado por quem é do Rap, e não pelos oportunistas”
O que vc pretende deixar de exemplo como rapper para a próxima geração? N: Que é possível vencer. Eu tive uma infância conturbada, não tive o carinho de pai. Minha mãe, empregada doméstica, até hoje não é alfabetizada, isso porque o tempo que ela tinha era apenas para trabalhar e mais nada. Estudei até a 4ª série do 1º grau, e posso dizer o que é passar fome, pois isso já aconteceu comigo e não foi um só dia. Minha infância não é uma ficção, é uma verdade que ainda ronda muita família brasileira, então, com tudo que eu passei de ruim, hoje me vejo como uma pessoa feliz, tenho minha família, dois filhos, Lucas (13) e Erick (5). Eu sofri na vida, mas o Rap me deu e me dá coisas e momentos em que me sinto recompensado, como ser aplaudido em lugares em que vou fazer meus shows. Tenho pessoas que têm grande carinho pelo meu trabalho, pessoas que admiram minha música e muitos fãs em todo brasil, essas coisas são o que sempre me fortalecem e me sustentam,
me fazem nunca parar de cantar, e digo a qualquer um que queira saber: eu não devo, não quero e não vou parar de cantar e nem me desligar do Rap nacional! Quero mostrar e servir de exemplo de que o rap faz pessoas se erguerem e melhorar de vida. O Rap é muito mais que um estilo musical, não é moda, pois a moda passa e o Rap não, ele fica. Rap é coisa séria e sempre vai estar presente na vida de quem é verdadeiramente da periferia. Para quem acha que o Rap só conta histórias de crime, saiba que o Rap tem romance, charme, amor, alegria, tem histórias de saudades de pessoas que se amam, e é lógico, a realidade da vida na periferia e do povo da classe baixa, que é o maior compromisso da nossa música.
O RAP MOVE AS PESSOAS, PORQUE É MUITO MAIS VERDADEIRO QUE QUALQUER OUTRA MÚSICAE PONTO FINAL. O que o Rap fez e faz por você na sua vida em geral? N: Me deu conhecimento, me dá muitas amizades, aqui e em vários lugares do Brasil e do mundo, como abrir o show para o James Brown no Palmeiras em 1988, viajar com Whodini para show no Brinco de Ouro em Campinas, abertura dos Shows do Born in Jamaricans. Também deu á minha mãe uma moradia, deu para mim as palmas do público, o carinho de muitas pessoas, a admiração de muitos manos e minas e do publico em geral que curte Rap, e de pessoas que também não são do Rap. Amizade de algumas pessoas responsáveis pela música negra no Brasil, como Luizão da Chic Show, Willian da antiga Zimbabwe, Black Mad, Claudinho Gordo, Armando, da Circuit Power, Donizetti Dinamite, Cláudio Costa da antiga Super Star, que foi o primeiro local das grandes festas de São Paulo que eu curtia todos os finais de semana, enfim, isso é só um pouco de muita coisa boa para contar.
20 ANOS DE CARREIRA Dee Naldinho, em 1988 foi o incentivador para a gravação da coletânea “O SOM DAS RUAS”, da Equipe Chic Show. Em seu primeiro registro gravado, ele era “NDEE RAP”, que estourou com os sucessos “RAP DE ARROMBA” e “MELÔ DA LAGARTIXA”. No começo da década de 90, ele gravou seu primeiro disco solo, “MENOS UM IRMÃO, CHEGA DISSO”, que também teve seu clássicos, como “E ESSA MULHER DE QUEM É?” e o som que também dava nome ao disco, que o colocaram definitivamente no cenário do RAP brasileiro. Em 1992, gravou o disco “SÓ PORQUE SOU FAVELADO”, que já retratava o preconceito da polícia com as favelas. Em fevereiro de 1993 ele foi pioneiro e lançou o primeiro “REMIX¨do Rap nacional. Ainda no mesmo ano, o rapper começa a deixar sua marca de bastante trabalho e lança “HUMANIDADE SELVAGEM”. Para até hoje se manter na linha de frente do Rap, Naldinho seguiu gravando na década de 90, como em 1995, com o álbum “BEM VINDO AO HIP-HOP”, e assim segue sua gravando. Em 1996 lança “The Best Ndee 1” Em 1997 grava “Você tem que acreditar” Em 1998 “Ndee Naldinho ao vivo”, o primeiro disco de Rap gravado ao vivo no Brasil em 1999 gravou “O APOCALÍPSE”, com o mega sucesso “ESSA É A LEI”, que marcou a fase mais pesada do rapper Em 2000 grava “PRETO DO GUETO” e traz os sucessos “O 5º VIGIA” e “AQUELA MINA É FIRMEZA” em 2001 grava “AO VIVO - EDIÇÂO LIMITADA”, com todos os sucessos Ainda no mesmo ano lança o álbum “O Povo da Periferia” Em 2003 gravou “NUNCA É TARDE PRA VIVER” em 2005 lança “THE BEST 2” em 2007, com o lançamento do “REMIX¨ inaugura um nova fase, produzindo o álbum dentro de seu próprio estúdio. Agora, em 2009 prepara seu álbum de inéditas pela Preto do Gueto. Ainda em 2009 lançará também a coletânea “A VOZ DO GUETO VOL. 1” e prepara para o segundo trimestre o albúm do grupo “IDENTIDADE NEGRA”. 20 anos de Rap, 20 anos de música, um rapper completo, com seu estúdio, sua marca de roupas e sua própria gravadora, a Preto do Gueto, fortalecendo o mercado e a Cultura do Hip-Hop brasileiro, servindo de exemplo para as novas gerações. Não se pode falar da história do Rap nacional, sem falar em Ndee Naldinho. Shows (11) 3971-5000/9769-2705 www.pretodogueto.com.br
QUERO SER UM EXEMPLO DE FORÇA DE VONTADE PARA AS OUTRAS PESSOAS, MOSTRAR QUE É POSSIVEL SE VOCÊ ACREDITAR EM DEUS. POR QUE UM DISCO COM TANTAS PARTICIPAÇÕES? VOCÊ ESTÁ NUM MOMENTO DE MAIS UNIÃO COM OS RAPPERS? Sempre procurei estar proximos dos meus amigos, e com o passar do tempo fiz novos amigos e me tornei fã de alguns também. Isso me levou a convidar pessoas que eu admiro e respeito para somar no meu trabalho, me dando a honra de poder cantar com eles.
VOCÊ VIVEU NOS EUA. O QUE AINDA FALTA PARA O RAP BRASILEIRO? Lá, eles tem a mídia e a grana para investir no que quiserem, até mesmo em porcaria, que acaba virando hit. Aqui a gente tem a raça e a criatividade para fazer acontecer nossos sonhos e projetos. Acho que o que nos falta é mais espaço na mídia e mais reconhecimento por parte dos críticos musicais, para que nossa música possa estourar nas pistas e nas rádios do país inteiro.
VOCÊ FOI O PRIMEIRO RAPPER GOSPEL. COMO VÊ ESSA NOVA GERAÇÃO, COMO O LITO, O MÁRCIO E AO CUBO? O QUE MUDOU NESSA NOVA GERAÇÃO E O QUE ELES TROUXERAM DE NOVO? Muitas coisas boas foram acrescentadas por essa nova geração, mas também alguns equívocos, no que diz respeito ao ponto de vista bíblico de alguns na hora de expressar suas idéias. Espero que a maturidade musical chegue para aqueles que precisam, e que aqueles que estão fazendo um bom trabalho continuem no caminho certo. Eu, particularmente, acho que o Lito amadureceu bastante como músico, e vai fazer muito sucesso em sua carreira. O Márcio também tem tudo para dar certo. Já sobre o Ao Cubo não tenho muito o que falar, porque já estão fazendo sua própria história no Rap.
A FAIXA “TUDO VAI MUDAR” É A MAIS SUINGADA, FALANDO DA SUA HISTÓRIA. QUAL O MELHOR MOMENTO NESSES 15 ANOS? Sempre acho que meu melhor momento é o que estou vivendo, ou algo que ainda vou fazer, porque sempre faço tudo com muito empenho e dedicação. Sei que ainda há muito para fazer e muito a dizer, porque o Evangelho é a boa notícia de Deus para o homem.
O QUE MUDOU DA SUA ÉPOCA ATÉ HOJE? Eu sinto falta da época dos bailes, porque a gente ouvia uma música muito mais bem feita e dançante, de um nível acima da média. Hoje o Rap americano se perdeu na banalidade, em falar de carros, mulheres e dinheiro. Isso é muito ruim para o movimento, mas é bom para a indústria, que passou a vender mais CDs. Acho que não podemos perder a essência que é a base do movimento: Diversão com conscientização.
VOCE SEMPRE SAI BEM VESTIDO. ISSO NÃO É CONSIDERADO OSTENTAÇÃO PELA PARTE MAIS RADICAL DA IGREJA? A Bíblia não diz nada contra a respeito de você viver bem e ter boas coisas, pelo contrário, Deus tem uma benção de prosperidade para o homem aqui na Terra, é só aprender como agir para recebê-la. Sempre gostei de me vestir bem porque acho que a roupa diz muito sobre quem voce é. Já passei muita vontade olhando uma vitrine sem ter como comprar o que eu queria. Hoje Deus me deu a condição de ter mais do que eu quero ou preciso, porque ele cuida de mim nos detalhes. Quero ser um exemplo de força de vontade para as outras pessoas, mostrar que é possivel se voce acreditar em Deus. QUANDO A ESPERANÇA NO SENHOR SE CONFUNDE COM O COMODISMO? Alguém que realmente tem a esperança em Deus jamais vai se acomodar, porque a Bíblia diz que não temos que nos conformar com este século, isso quer dizer que, passe o tempo que passar, a promessa de Deus para a nossa vida sempre se cumpre. A fé não se explica, mas traz felicidade.
NO SOM “SEM CHANCE” VOCÊ DIZ “SÓ VAI SUBIR QUEM FOI FIEL À PALAVRA”. VOCÊ ACHA QUE ESSA REGRAS SÃO CUMPRIDAS? VOCÊ ESTÁ SALVO? Existem algumas verdades bíblicas que tem que ser ditas, para tirar algumas pessoas do engano. O fato de uma pessoa acreditar em Deus não traz para ela a salvação, porque a Bíblia diz que até o diabo tambem acredita em Deus. Entao, o que faz uma pessoa que também acredita, diferente do diabo, é o sangue de Jesus, é a salvação que há no nome de Jesus. Somente aqueles que aceitarem a Jesus como Senhor e Salvador herdarão o Reino dos Céus, isso está na Bíblia, eu só coloquei na música porque está lá e as pessoas precisam saber. O RAP E PALAVRA DE JESUS É A UNIÃO PERFEITA PARA TOCAR O CORAÇÃO DOS JOVENS? Acho que o Rap, o Samba, o Rock ou qualquer outro tipo de música que fale do amor de Deus é capaz de falar ao coração das pessoas, porque a palavra de Deus nao volta vazia. No meu caso, o Rap somado à palavra faz a diferença na hora de uma pessoa aceitar a Jesus, porque isso é uma coisa bem inusitada. Deus escolhe os loucos para confundir os sábios. NA MÚSICA RENASCER VOCE RIMA “EU ERA O BRANCO MAIS PRETO DA MINHA QUEBRADA”. COMO FOI SER BRANCO E CANTAR E CURTIR RAP NAQUELA ÉPOCA EM QUE VOCÊ COMEÇOU? Quem me conhece sabe onde eu comecei, e sabe de onde eu vim. Eu estava lá quando o Thaíde batia na lata na São Bento, estava lá quando JR Blaw fundou a Roosevelt como ponto de encontro do Rap em São Paulo, estava lá quando o Racionais estourou com Pânico na Zona Sul, estava lá quando o Nelson Triunfo dancava em frente ao Mappin, no centro de São Paulo, então, nesse caso ser branco é sé um detalhe na vida de quem respirou o movimento Hip-Hop desde o começo. A cor não me atrapalhou, porque eu sempre respeitei a todos de maneira igual. Racismo é algo inaceitável, e se existe alguém que ainda acha que branco no Rap nao está com nada, diga isso ao DJ HUM, ao Nill, ao Branco, ao Duck Jam, ao Geração Rap, ao Eminem e ao Dj Alpiste. Estamos aí, mano. VOCÊ RIMA TAMBÉM “ENTÃO, MAIS UMA FITA PRA CATAR E SOSSEGAR” E “O BARATO DA DROGA ME SAIU CARO DEMAIS”. VOCÊ JÁ FOI DO CRIME E FOI USUÁRIO. TUDO ISSO FOI ESSENCIAL PARA VOCÊ ESCREVER SUA MÚSICA? Acho que isso serve de testemunho para outras pessoas não se deixarem levar por esse caminho, e é claro que nas minhas letras procuro sempre passar algo de
positivo baseado nas minhas experiencias de vida. A MÚSICA “A TUA GLÓRIA” TEM UMA PRODUÇÃO MAIS DANÇANTE. É POSSÍVEL UM RAP GOSPEL PARA TOCAR NA PISTA? Ja temos nossa própria pista. No Rio de Janeiro existe uma equipe de som chamada Gospel Night que realiza festas com DJ tocando som para a galera dancar. A música tem uma linguagem universsal, e várias vezes, eu, como DJ, toquei músicas gospel em meus bailes sem saber que eram gospel. Quem nao toca Rap gospel nas pistas é por preconceito ou por achar que nossa menssagem não é adequada para as pistas. Mas isso tambem é um equívoco, porque se fosse assim o Kirk Franklin não faria tanto sucesso no meio secular por causa do seu som dançante. FALA COMO SURGIU A IDÉIA DO TEMA “SE EU MORRER”? Eu tenho visto a vida de muita pessoas ser tirada de forma estúpida através da violência urbana que vivemos em nosso país, e isso me levou a refletir como nossa vida é preciosa aos olhos de Deus, e como muita gente morre sem conhecer Jesus. Na letra eu descrevo um personagem que entra em conflito consigo mesmo sobre o que vai acontecer depois que ele morrer, para que as pessoas reflitam sobre a vida eterna e o quanto essa vida aqui é passageira. O Luo, como sempre acrescentou muito na música, que ficou perfeita pra o que eu queria passar. COMO VOCÊ VÊ AS PRODUÇÕES NOVAS DE TPAIN E KANYE WEST, USANDO E ABUSANDO DO AUTO TUNE? Eu gostei da novidade, tanto que também abusei bastante desse recurso em meu novo CD. O Rap vive de evolução, hoje o barato é esse, amanhã pode ser outro. Eu tive a chance de poder usar no meu som e gostei.
Contato (11) 9880-8675 (11)7883-5352 Nextel ID: 55*9*4956
Beyoncé agora é Sasha Fierce Com seu novo disco “I am Sasha Fierce”, B. volta com seu alter ego, e o disco que já faz muito barulho com seu primerio single ganha as paradas. No clipe da música, B. interpreta uma policial que está em crise em seu relacionamento. Todo em preto e branco, o clipe traz sempre o bom gosto da diva do R&B. No disco, músicas com referência ao seu relacionamento com Jay-Z, entre outros clichês. Beyoncé se mantém no topo e dificulta a chegada de qualquer uma.
Leona Lewis, a nova estrela Como para muitos artitstas dessa geração, um programa de TV impulsionou sua carreira, e ela não parou mais. Quebrou recordes de vendas nas paradas britânicas e seu som tem chegado a vários lugares do mundo. Aqui no Brasil, sua musica e clipe invadiram Rádio e TV, e ela se mostra a mais nova candidata ao trono de diva do Black. Muitas se candidatam, mas só o tempo vai dizer se Leona Lewis vai ter maturidade para fazer como sua rival Beyoncé, que se mantém no topo por vários anos..
Dando continuidade ao trabalho de divulgação do álbum “Visão Noturna”, o rapper WX lança o vídeoclipe da música “Só pra Mim”, que traz participação da cantora Quelynah. Com produção impecável, direção de fotografia e captação em alta definição, o clipe já estreou na Rede TV, no programa “Hit TV”. A música “Só pra Mim”, que mistura Rap e R&B, conta a história de um relacionamento, e também já pode ser visto na Internet. Confira: www.myspace.com/wxspace
CN BOYS MCs SE DESTACA NA CENA GAÚCHA
O
grupo surgiu em 1999, na Zona Sul de Porto Alegre. Com letras conscientes em defesa do Hip-Hop, Os parceiros DJ Tande, Bagalo, Negão Nadré, Sandrão CNB, Caramão e Léo, seguiram seus objetivos, e em 2003 colocaram o som “Violência” na coletânea do Programa de TV “Hip-Hop Sul”, da emissora TVE. A música foi escolhida para ser divulgada nas rádios, tornando o grupo conhecido. Em 2004, saiu o primeiro CD do grupo, com 12 faixas e 2 vídeoclipes, através da gravadora AGevê Music. No ano seguinte, o grupo participou da coletânea “Militantes do Sul” e gravou um vídeoclipe ao vivo. Em 2006 saiu o segundo disco, agora totalmente independente. O álbum de 14 faixas teve o vídeoclipe da musica “A favela Chora” patrocinadao pela emissora TV Ulbra.
Em 2007, participaram da coletânea “Atitude Sul”, e paralelamente ao trabalho com o grupo o rapper Sandrão CNB inaugurou a loja “Ponto Favela”, e estreou na Rádio RCB com o programa “Atitude Sul”. Ainda no mesmo ano, Sandrão CNB lançou seu primeiro trabalho solo , um EP com participação de grupos da região e de São Paulo, como o grupo Função RHK. O álbum atingiu 10 mil cópias vendidas em poucos meses. Agora, Sandrão lança o primeiro álbum duplo do Rio Grande do Sul, que traz várias participações, como Novaments, Nego Prego, RP3, Ministro, Nitro Di, Hantaroo, Função RHK, DBS e a Quadrilha, Episódio 1, Divila, Bira Power, Baby Boy, BFN,Profeta e Maurício Roots. O disco traz 28 faixas e músicas novas do grupo CN Boys, e foi gravado nos estúdios da Ponto Favela Produções e no Dekebrada. Foi mixado e masterizado na Ponto favela Produções, pelo DJ Tande. Contatos: [51]3013-0361/8161-0128 www.myspace.com/cnboys / www.pontofavela.com.br
Um salve para os manos e minas da Cultura Hip-Hop. Aqui quem escreve é o Nuno Mendes, Espaço Rap, 105 FM de Jundiaí, São Paulo. Agora também “é nóis” na revista!
A
partir desta edição, traremos o melhor da cena Hip-Hop pelo Brasil, com muitas idéias, salves, grupos e tal. Para chegar chegando, quero falar do grupo Inquérito, do interior paulista. Formado por Renan, Nicole e Dj Rodrigo, vem com o mais novo disco, “Um Segundo é Pouco”. Está aí um exemplo de como é possível juntar musicalidade, diversão e crítica social com inovação. Vale a pena conferir. Outro CD que vai fazer barulho é o do grupo Enxame, que está na estrada desde 1997. O disco deve estar nas lojas a partir de janeiro. Vale registrar o evento que aconteceu no dia 26 de outubro em comemoração ao dia das crianças, que tive a honra de apresentar, na Zona Norte de São Paulo. Organizado pela banca Preto do Guetto, junto com o rapper NDee Naldinho, passaram por lá vários ícones do Rap nacional. Destaque para a apresentação do Big Bang Jhonson. Por fim, mas não menos importante, ainda há tempo. Agradeço todo o apoio que recebi na batalha eleitoral que enfrentamos. Fui candidato, para levar à câmara de vereadores um pouco do que estamos fazendo aqui, abrindo novos espaços para o movimento Hip-Hop e mantendo a voz da periferia ativa. Esta foi minha intenção, e tenho certeza que foi também a do Nelson Triunfo em Diadema, Aliado G em Hortolândia e dos mais de 30 manos que se candidataram nestas eleições, e dos milhares de votos de confiança que recebemos. Obrigado a todos!
GOSTOU DAS NOVIDADES? Então mande também suas dicas, críticas, sugestões, salves e vamos juntos construir o “Fala Sério”. Certo, malucão? Nos vemos na próxima edição!
Nuno Mendes – É “Nóis” na Fita. nunomendez@terra.com.br
Nuno Mendes e NDee Naldinho
G. A. P. um gr upo de apoio grupo da P er if er ia do sul do país Per erif ifer eria país..
O
grupo GAP( Grupo de Apoio da Periferia) tem 2 anos de existência e é formado por Di MC, (Alvorada), e Vid Braza (Guaíba) ambos convertidos ao evangelho. No final de 2006 eles sairamos de um um Centro de Recuperação para dependentes químicos e começaram a cantar o Rap Gospel “...pois até então éramos os três muito loucos.” revela Vid Braza. Os manos são do bairro Jardim Algarve em Alvorada, na cidade de Porto Alegre e já participaram de shows ao lado de grandes nomes do Rap Gospel Gaúcho entre eles Du e Junção. Além de diversas apresentações em Igrejas, ginásios, escolas e ruas das comunidades que fazem parte de caminhada do grupo. Em seguida demos início ao nosso CD intitulado “O Pega da Quadrada” no estúdio Dekebrada em Porto Alegre “Nos escrevemos no 2º festival de novos talentos do Rap do RS, tendo ficado em 1º lugar, dentre 50 concorrentes. Participamos também de trabalhos de outros aritstas fazendo participações tanto Gospeis, quanto secular, dentre eles Junção, Wnegro.” fala Di MC. O primeiro CD saiu em 10 de Outubro de 2008, o albúm tem 14 faixas com as participações especiais de Dú25D, Klebão de la fúria, Guinho, Ruth e Débora Atualmente tocando nas rádios Esperança, 840 AM, Ipanema e Sara Brasil. Els também estão produzindo um documentário sobre a história do Grupo. Voces se encontraram no centro de recuperação de dependendtes químicos. Como você vê essa questão hoje em dia, quem quer se tratar encontra os hospitais ou lugares para se recuperar? GAP:Em 2006 após nosso internação foi onde nos encontramos eu, Vid Brasa e DI MC. A nessecidade de procurar ajuda para se recuperar submete o usuario de intorpesentes a procurar clinicas de recuperação para dependendtes quimicos, eu pessoalmente (Vid Brasa) Recomendo a procura de ajuda em lugares que se baseiam no evangelho tendo como ancora a tarsformação através do poder que ha na pessoa de Cristo Jesus muito embora se saiba que no nosso país existam poucos lugares desse tipo, pois em hosptais só irão substituir uma droga por outra. Qual foi principal mudança na vida de voceis depois da conversão? GAP: A principal mudança em nossas vidas foi a transformação de carater e a libertação espiritual das cadeias sistematicas do cotidiano trazendo como beneficio a reentregação social, restauração familhiar assim como a submisão a autoridades em carater legal e espiritual nos fazendo entender que viviamos num constante engano sobre a verdade que é uma só, onde Deus é um ser supremo dono de tudo que há e somos todos sujeitos a ele e a sua lei e sua justiça. O novo disco do Pregador Luo tem Funk Carioca, musicas que falam da Vale Tudo, no titulo do Cd de voceis é “o pega da quadrada” que faz um referencia a um arma. Hoje o Rap gospel pode encontrar varias maneiras de passar uma mensagem e falar de cristo, que não só o louvor? GAP:Hoje o Rap é uma forte ferramenta de
resgate social, fisico e espiritual sendo conciederado uma forte arma no combate ao racismo, a corupção e a indiferença entre as classes sociais tendo varias maneiras de se espressar e passar a mensagen, mas não existe forma de você mencionar a pessoa de Cristo sem conhecelo, a palavra louvor significa adoração. Então para que Aja um empacto mais profundo é nessesario que você esteja em uma total sintonia com espirito santo de Deus porque a palavra é morta, a letra é morta, pois o que vivifica é o espirito sendo assim sem a presença do espirito não ha vida. Voceis também tocam no meio secular apesar de se intitularem gospel, onde esse rótulo de grupo Gospel é bom? e onde o rótulo atrapalha? GAP:Tocar no meio cecular é um previlégio para aqueles que levan consigo o testemunho de Cristo Jesus em Suas Vidas, sendo as palavras de Jesus : eu não vim chamar os justo ao arrependimento, mas sim os pecadores, não nessecita de médico quem esta são, mas sim os necessitados e enfermos. Muitos que estão sendo enganados com os prazeres do mundo sentem nessesidade de ouvir boas novas pois esse é o signifacado da palavra evangelho, boas novas de salvação. A palavra Gospel portanto não nos atrapalha porque éla é só uma palavra, resultado disso foi o resultado do festival regional que ganhamos onde disputamos com 50 grupos sem distinção de rotulos. Atrapalharia se dessemos total importancia a ela, Na verdado o que nos atrapalha é o pecado por que o pecado é o que nos distancia de Deus. Fale como foi a produção do disco e sobre o titulo “ O pega da Quadrada”? GAP:A produção do disco foi totalmente independente contando com ajuda de familiares sendo eles Tia Nilsa, tio Carlão, Peixoto Espowjones meu pai, Ribamar, Bem Estar Workstation, Daniel Garibaldi Jornal Fala Ai, Patrick Garibaldi, Fotos.com, Edinho Dekebrada e Pastor Volnei Comunidade Fonte de Vida nos dias de hoje conta com os colaboladores: Anderson (son) Diretor executivo da ONG B.E.COS ( Bairros Extremamente Comunitarios) Vini, Jason Programa ÊXODO Rádio Sara Brasil, Rádio Ipanema com Pia, na Rádio Esperança e na rádio do Raper DU 25D, Nelsão Firma Forte Produções, Marcio e Lindomar "Meu Patrão da Arte e Pesca de Alvorada" O titulo do nosso cd faz a lusão a Biblia Sagrada sugerindo à como uma arma de espiritual de 66 caribes utilizando a ambiguidade do significado dessa expressão e que é propria para destruição de fortalezas penetrando entre juntas e medulas discernindo a carne e do espirito revelando a verdadeira intenção do coração. Ultimamente nosso material de divulgação se encontra no endereço virtual www.sarabrasil.com.br . Contatos: (Confirmar) (51) 9644 6827?? (51) 8468 3423?? (51) 3436 1208?? (51) 3436 4017.
RAEKWON PROMETE ALBUM NOVO PARA MARÇO
RAPPER EMINEM ADIA LANÇAMENTO DE SEU NOVO ÁLBUM
“‘Only Built 4 Cuban Linx 2’ está chegando em março de 2009”, revelou Raekwon. Eu estou tendo um tempo para mim e estou fazendo isso pelas pessoas, não por mim”.
DOCUMENTÁRIO SOBRE O WU-TANG. Já tem um bom tempo que os fãs do WuTang esperam por isso: “Wu: The Story of the Wu-Tang Clan documentario”. Esse novo projeto foi idealizado pela BET e chegou ás lojas em DVD no dia 18 de Novembro. A BET liberou 7sete minutos do documentáriona net.
Fonte: Central do Rap.
Ficou para esse ano o lançamento do novo álbum de Eminem. O disco, primeiro trabalho do rapper desde 2004, ainda não está pronto e, apesar de previsões otimistas divulgadas anteriormente, deve sair apenas no primeiro trimestre do ano que vem. O disco vai se chamar “Relapse”, e será o sexto lançamento de estúdio de Eminem. "Ele está sendo perfeccionista e está totalmente obsessivo com o álbum", declarou uma fonte próxima a ele.
TSUNAMI NA ALEMANHA A crew ficou em 5º lugar no maior campeonato do mundo: “Battle of The Year”. Além da competição, as rodas ao redor do evento reservaram momento inesqueciveis. Rachando com os melhores B. Boys do mundo inteiro, O Tsunami ganhou ainda mais respeito dentro e fora dos campeonatos. Esse momentos são tão importantes quanto a própria competição. Desse ano de batalha o B. Boy Kokada tirou a seguinte lição: “Nada é impossível. Se você acredita em algo, viva e lute por seus objetivos e sonhos. A recordação é a realização de um sonho, e ver um ginásio lotado para assistir uma coisa que amamos fazer é bom demais”. Contato Tsunami: (11) 8407-9668
ENCONTRO EM SÃO LUIZ DO MARANHÃO. Aconteceu entre os dias 20 e 23 de novembro em São Luiz, o primeiro Encontro Maranhense de Hip Hop, o evento teve palestras, debates sobre igualdade racial, shows, trocas de experências e batalha de B.boys. tudo em homengame ao Preto Ghóez , um dos organizadores do evento é Nando do grupo do falecido militante “Falar do ghoez é falar da história do hip hop no maranhão, é falar da existência do clãnordestino, , é falar de uma liderança muito respeitada, é falar de atitude, de ação, de pensamentos coletivos, é falar de uma lenda e de uma referência” fala Nando Agradecimentos: Alessandro Buzo - Fotos: Marilda Borges
DJ CIA GR AVA GRA COM RAPPER AMERIC ANO AMERICANO CHING Y CHINGY A faixa “Another One” já está no seu myspace, na música com produção do DJ Cia que deve sair no disco do rapper dos EUA, ainda traz partcipação de Negra Li. DJ Cia que já carrega no curriculo musica com U-God do (WU Tang), recentemente tambem teve 2 produções nas prateleiras americans através do rapper Nature www.myspace.com/djciabrasil
MV BILL FARÁ FILME DE SANDRA WERNECK O rapper MV Bill vai estrear como ator no cinema, informa a coluna de Ancelmo Góis no jornal “O Globo”. Depois de dois anos de estudos em uma oficina com Lázaro Ramos na Cufa (Central Única das Favelas), Bill estará no próximo longa de Sandra Werneck: “Sonhos Roubados”. Ainda segundo a coluna, o rapper prepara um projeto maior, um filme sobre sua vida e a de seu parceiro Celso Athayde, chamado “Os Invisíveis”.
PRÊMIO HUTÚZ 2009 - OS MELHORES DA DÉCADA Ao comemorar seus 10 anos de vida, o festival vai premiar os melhores nesses dez anos, artistas de Hip-Hop que marcaram a década de 2000 no Brasil e ajudaram a construir esse novo conceito, essa nova identidade do Movimento Hip-Hop Brasileiro. Assim, o Hutúz separou para vocês os melhores desses anos em cada categoria, e vocês, amigos, vão decidir quem entrará para a História do Hip-Hop nesse novo século. Deste modo, em 2009 teremos no Hutúz o tema: “Aniversário Hutúz – Parabéns pra Você”, terminando essa história como ela merece: numa noite de grande festa. Afinal, só temos o que comemorar.
Apoio forte CANCIONEIROS DO GUETO CHEGA COM APOIO TOTAL DOS NOMES MAIS FORTES DO RAP, COMO DEXTER , CASCÃO (T$G) E DIMENÓ (ALVOS DA LEI).
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sses manos da nova geração do RAP começaram em 2003. Formado por Maycon, Douglas, Ruq, DJ Fefeu e DJ Caio, em 2005 a musica “Deus me conduz” alcançou o 3° lugar na Amostra de Artes de Diadema. Em 2006, novamente o grupo se destacou com a música “É Desse Jeito”. Entre shows comunitários em que o grupo se apresenta pela região do ABCD, se destaca o evento chamado, “Dia-D”, batizado e realizado pelo próprio grupo em parceria com o “Clube dos Moradores do Jardim Santa Cândida” e da “Familia 75”. Nesse evento, é proporcionado um dia de festa e lazer para as crianças e demais moradores da comunidade. Em 2007 o grupo iniciou o projeto de seu primeiro CD, intitulado “Mesmo o Barato sendo Loko, $egue Assim a Vida na Quebrada”, com músicas que relatam o cotidiano em que vivemos sem esquecer os momentos de alegria, mudando a visão de muitos que pensam que o Rap só fala de crime, armas e drogas. “Se for pela Paz e pelo Amor, ‘demorô, vem com nóis’”, é a filosofia do grupo. No álbum, o destaque vai para a música “O Zé eo Jão”, que conta a história de pessoas que vivem numa situação financeira não favorável e que têm sempre dois caminhos. “Os dois são difíceis, porque no início pode parecer vantajoso, como também pode parecer que você nunca vai chegar lá, mas no final, ambos tem suas conseqüências, seus lucros e seus prejuízos”, explica Douglas. O nome do grupo foi inspirado na poesia. “O nome do grupo foi inspirado nos poetas e musicos que marcaram historia durante anos "cancioneiros é uma união de poesias e canções de todos tipos e todos os tempos, que são eternas no cenario brasileiro, e foi o que si identificou com o q estávamos procurando, resumindo o significado é "POETAS DO GUETO" .”, relembra. Mas o grupo tem seu lado contudente, e na música “Mesmo o Barato sendo Louco”, eles falam sobre a polícia. “Toda profissão tem os seus pontos positivos e negativos, e nenhum grupo de Rap até hoje mostrou o outro lado da moeda. Pensando nisso escrevemos essa letra, para refletir que o mesmo cotidiano e rotina do comerciante do mundo paralelo, é o do herói fardado da sociedade. Realmente o refrão diz tudo: ‘O difícil é saber quem te ameaça ou te pretege’”, relata Maycon. Sobre se hoje a rapaziada absorve bem a mensagem, Myacon completou: “Eu acredito que é um conjunto, não adianta ter uma letra nervosa e não ter uma batida envolvente. A ‘rapa’ de hoje quer ir aoi baile dançar, descontrair, deixar os problemas que atormentam a semana inteira do lado de fora do salão. Em cada letra passamos o nosso cotidiano, mas sem esquecer de trabalhar as batidas envolventes, pois podemos casar o conteúdo com os ‘ritmos alucinantes’. Isso é musica, onde não existem regras ou limites, para que se possa viajar”. Cancioneiros do Gueto, a nova geração do Rap chegando com apoio total.
"CANCIONEIROS DO GUETO, GRUPO QUE CONHECI ATRAVÉS DO BUIU (QS). PROFISSIONALMENTE FALANDO, GOSTEI DA SERIEDADE E RESPONSABILIDADE QUE ELES TEM PELO MOVIMENTO RAP. FATO QUE HOJE POUCOS GRUPOS OBSERVAM E RESPEITAM AO ENTRAREM NESSA LABUTA, PELA QUAL FALAMOS QUE AMAMOS E DAMOS NOSSAS VIDAS. PASSEI A TER UM CARINHO ESPECIAL PELOS MOLEQUES PORQUE ALÉM DE SEREM MEUS AMIGO TIVE A HONRA DE SABER QUE O PAI DELES, É FÃ INCONDICIONAL DO TRILHA E O MESMOS, MOSTRARVA AS MUSICAS DO TRILHA QUE ELE GOSTAVA COMO UMA FORMA DE INCENTIVO PARA ELES. SEJAM BEM VINDOS E NÃO ESQUEÇAM A RESPONSABILIDADE É MAIOR DO QUE VOCEIS S PENSAM." CAascão Trilha Sonora do Gueto “CANCIONEIROS DO GUETO É UMA NOVA PROPOSTA NO RAP NACIONAL, NA QUAL EU APOSTO E ACREDITO. RESUMINDO, UM EXEMPLO DE CORAGEM, SINCERIDADE E LEALDADE. ENFIM JÁ É SUCESSO”. Dimenó - Alvos da Lei “OS RAPPERS QUE ESTÃO COMEÇANDO AGORA TEM UMA IDENTIFICAÇÃO COM ALGUNS RAPPERS DA MINHA GERAÇÃO, E É ALGO ATÉ QUE AUTOMÁTICO, NO CASO DO CANCIONEIROS, A IDENTIFFICAÇÃO FOI COMIGO. CONSEQÜENTEMENTE, EU TAMBÉM ME IDENTIFIQUEI COM O TRABALHO DELES E, DENTRO DO POSSÍVEL, ESTOU AJUDANDO. ACREDITO QUE É ISSO, UM AJUDANDO O OUTRO PARA QUE A CULTURA SE FORTALEÇA CADA VEZ MAIS”. Dexter
O relançamento do único disco do Sabotage, “O Rap é Compromisso”, já começa a fazer barulho, porque o disco original ficou pouco tempo nas lojas, é chance dos fãns completarem sua coleção O veterano do Gospel DJ Alpiste traz um disco recheado com grandes participações, mostrando como se manter no topo. Do Sul do país vem “RP3”, com o disco “A Fúria e a Verdade”. De lá vem também “Nego Prego”, que lança seu álbum “A Mafia dos Meninos”, trazendo todo o peso e a qualidade de sua trajetória musical em Porto Alegre. De Brasília vem o novo álbum do “Viela 17”. O grupo do Japão, DJ Batina, Denizar e Don Gerson vem com ótimas músicas no álbum “Lá do Morro”. Saiu também o álbum com 4 faixas do rapper Falco. Com o título “Hoje vai ser Diferente”, ele começa a colocar o sonho nas ruas. Outro disco de peso é do grupo Hórus, “Sequelas das Lágrimas de Sangue”. O álbum traz participações de Realidade Cruel, Cirurgia Moral, Facção Central, Pregador Luo e Moysés. Também do interior vem o grupo “Sacramento”, que lança o disco com tecnologia SMD, barateando o preço final do álbum “Em meio às dificuldades... Há vitória”. Do interior de São Paulo chega o segundo disco do Inquérito, “Um Segundo é Pouco”, garantia de bom som e letras inteligentes. Outro representante do Rap paulista é Sombra, que depois de sua saida do grupo SNJ, consegue lançar seu disco solo, “Sem Sombra de Dúvidas”. O melhor do rapper que tem um dos vocais mais diferenciados do Rap nacional. Vamos começar com o primeiro disco solo do rapper Elly, do militante grupo DMN, “Preto Original – Acerto de Contas”, com produções de Johnny Campanile e Diogo Poças. O disco sai com distribuição da Tratore. O rapper “Renegado” lança seu disco “Do Oiapoque a Nova York”, que já ganhou o Hutuz. O mano de Belo Horizonte conta com produção de Ganjaman, que já é um selo de qualidade. De Minas Gerais, o rapper Lindomar 3 L sai com o apoio do GOG e lança o disco “Das Ruas Mineiras”. Para finalizar, saiu o tão esperado CD do rapper Kamau, chamado “Non Ducor, Duco”. Entretenimento, mensagens positivas e inovação. O título, que em português quer dizer “Não sou Conduzido, Conduzo”, traz o resultado da carreira do rapper, e também já começou faturando o prêmio Hutuz.
A nova aposta da Preto do Guetto vem mostrando que “os fracos vão se assustar” grupo, formado na década de 1990 na cidade de Sumaré, interior de São Paulo, vem com força total, agora pelo selo Preto do Guetto, do Rapper NDee Naldinho. Ice Juck, Rony, R.O e DJ Odd já têm longa caminhada dentro da música, e em todos esses anos já passaram por várias formações, até a morte de um dos integrantes, em 2001. O primeiro álbum, “A Volta Terrorista”, saiu em 1998, e em 1999 lançaram o segundo disco: “Mortos para o Sistema”. Em 2006 o grupo lançou “Cadáveres sem Honra”, com letras de forte efeito e polêmicos shows com cenas apresentadas ao vivo no palco. “Ouvir o CD do Identidade é uma coisa, assistir ao show é outra”, revela Rony. Agora no selo “Preto do Guetto”, o grupo prepara um novo álbum. “...tá sendo muito bom, porque ele está dando uma atenção, sem pressa, dando todo apoio”, comenta sobre o produtor NDee Naldinho, que está trabalhando no álbum há alguns meses. Sempre falando sobre a questão racial, o grupo observa que o negro vem conquistando seu espaço. “Antigamente você não via comercial de televisão com pretos, parecia que o preto não consumia, mas as coisas estão mudando. Agora com a eleição do Barack Obama, acho que vai dar um boom a mais, e as pessoas enxergarão que todo mundo é igual. Sei que o preconceito nunca
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vai acabar, mas acho que agora as pessoas vão ter mais consciência, vão pensar mais”, fala RO. O novo disco vem com um título forte: “Os fracos vão se assustar”, e o grupo explica o motivo: “Justamente pelo peso musical que tem o Identidade Negra. Uma idéia forte, e sabemos que tem muita gente que concorda, mas também muita gente que não concorda com esse estilo. Mesmo sendo pesado, dá para fazer música boa sem falar palavrão”. Sobre hoje o Rap não ter mais a questão racial em evidência, eles não se mostram radicais. “Hoje em dia a gente fala de vários assuntos, e isso é bom. Não quer dizer que a gente esqueceu do problema, não queremos tampar o problema, mas também não podemos ficar sempre batendo na mesma tecla”.
RAP é coisa séria, e eu não tô de brincadeira RAP campineiro é como sangue que corre nas veias Revolucionário sem valor não quero ser Luto pela igualdade, não pelo poder Pra quem diz que tô perdendo tempo com o assutnto Mas alienado tem em qualquer lugar do mundo Eu não me rendo às palavras traiçoeiras Enq uant o eu ffalo alo sér io , Zé P ovinho é só best eir a Enquant uanto sério Po besteir eira
mogi
Aliados Contra o Sistema grupo vem Mogi das cruzes, interior do estado de São Paulo e atulamnete é formado por Poox T , Dj Jhay e Cachorro Loko Star. O manos começaram no Rap começou em 87 e quando o grupo Ação Criminosa se desfez eles montaram o 380 ACS. Nesse mais de 22 anos de caminhada o grupo está no terceiro álbum “Vida Real – O Dobro ou nada”. O álbum traz váriso ritmos que se mixam ao RAP Gangsta do grupo, é Jhay quem produz as bases "Nosso processo de criação... muitas vezes o Jhay nos da a base e a gente cria a letra." Revela Poox T. A artistas da periferia que começaram a muito anos hoje vêem as mudanças “Na real nós começamos lançando um fita cassete, depois veio o Vinil, depois agora od CDs” mas tudo isso na verdade é apenas o veículo, a essência está em qualquer mídia “Por exemplo eu não tiro nada de base americana, eu mesclo vários estilos, eu pego muita coisa nacional, uso muita coisa lá do fundão. No disco tem colagem de Roberto Carlos, Lindomar Castilho, Wanderley Cardoso e são artistas que juventude não conhece mais tem bastante coisa pra ser usada.Então também fazemos esse resgate da musica braileira” explica Jhay. Além do grupo, Jhay também mantêm um estúdio na quebrada e produz alguns grupos da cena local. “Quando eu comecei a trabalhar como Dj, e me infiltrei no Rap mas sempre tive interesse de ter autonomia. Eu economizei e aos pouco montei esse estudio.” Conta o Dj que também é eletricista. Enquanto seu parceiro Loko
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mogi
Star está desempregado, Poox T trabalha numa empresa de logística, mostrando que o sucesso no Rap se constrói aos poucos mas em bases sólidas. O 3º álbum do grupo abre como uma resposta pra quem desacreditou dos manos, no disco o destque fica com “cadê a lei” onde Cachorro Loko Star denúncia a ação da policia na periferia “Nessa música eu falo que quando o crime ocorre na periferia, a polícia nunca está presente e depois que o fato ocorre é que os caras chegam.” Já na música “O Brasil é só imagem” o rapper Poolx T conta "Eu estava trocando ideias com meu patrão, que o Brasil tem 2 imagens, tem dois países, existe um Brasil de quem passa fome e o Brasil de quem tem campo de golf”. Outro Rap é a “Negro no Guarujá” escrita por Loko Star “A praia é para todos mas infelizmente la é só a playboyzada que curte, é um música que eu me ponho como se fosse um criminoso, e falo da minha visão.” O grupo tambe vem com um lado consciente no som “A trajetória” onde o grupo fala sobre a sociedade que vive nas periferias “Eu fiz uma pesquisa e via que até hoje o pobre segue a mesma trajetória, que em vez de ordem e progresso como está escrito na bandeira do Brasil, existe s desórdem e regresso.” Fala PoolxT Todo esse lançamento teve o apoio e o patrocínio do empresário Volt L “ Eu vim também da periferia, mas o que me chamou a atenção foi o talento do grupo e eu vi a possibilidade de lançarmos eles no mercado.Eles são muitos diferenciados. Isso me levou e fechar com a rapaziada. O pessoal tem muito talento e quem contratar o show não vai se arrepender”
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Hoje, o “Low Rider” anda junto com o Rap Nacional. Estamos aí, lado a lado com a Cultura de Rua. Na gringa, os rappers Eazy-E, 2PAC e Snoop Dogg somaram com a cultura Low Rider, colocando-a em seus repertórios musicais e segmentos do Gangsta Rap. Nós, do “Q.I Racional”, estamos aqui, na mesma caminhada, somando com o mano “Renato Guerreiro” da $ul... Nosso objetivo é divulgar dentro do nosso trabalho a nossa própria marca: “FOOME Graffits”, mostrando que os verdadeiros apoios estão em nossa própriaárea - Jardim Niterói, Zona Sul, SP.
Mais um elo na corrente no Rap nacional que chegou para fortalecer. Com mais de um ano do lançamento do CD “Em nome dos pretos / Em nome dos brancos”, Dinho do Gheto já fez vídeoclipe da música “Essência do Amor”, e vem ganhando destaque no cenário. Recentemente, gravou um documentário sobre o movimento Hip-Hop em Itapevi que estará em seu DVD, que tem previsão de chegar às lojas em março de 2009.
Pontos de Vendas: Ismael Bernardino Seixas Jr, Maria Elena Pereira Apoio: Alexandre Baccarini, Daniela Lima Santos, José Moura, Luis Antônio de Sousa, Manoel Rosa Pereira, Ronaldo Gomes da Silva e Sabino José dos Santos Depósito e Logística: Ednaldo Saturnino, Edmilson da Silva, Erison Antenor da Silva, José Paulo da Silva, Magadiel Aranha Silva, Poliana C. Guigon e Selma Baron Atendimento ao Cliente: Bruno Rocha, Fabiana de Lima, Rosangela Caprioli e Sheila Regina Fidalgo Tel.: (11) 3437-7676 atendimento@edminuano.com.br
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MC Alex, no comando do Bonde Di Menor, mistura Black e Funk Carioca, uma característica da nova geração que tem tido grande aceitação nos bailes de todo o Brasil. No mês de dezembro, o Bondi embarca para o Sul do país e continua fazendo sucesso entre os adolescentes. O grupo também fará shows em Recife, trazendo sucessos como “Manda a Mulherada” e o RAP “Criança”. Para 2009 o grupo prepara um novo álbum, e atualmente faz um show novo com dançarinos, prometendo invadir também as rádios no ano que vem. Depois de abençoado por Afrika Bambaataa e de Rappin Hood declarar que levaria Funk ao seu programa de TV, e que gravaria um Funk carioca sem problema, o ritmo vem ganhando força e se aproximando cada vez mais do Hip-Hop. Com isso todos ganham: o Rap fica mais divertido e o Funk mais elaborado.