QUARTA-FEIRA, 29 DE FEVEREIRO DE 2012
DIÁRIO DO GRANDE ABC
SETECIDADES
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Santo André promete entrega de uniforme para início de abril
Secretária de Educação esteve na Câmara para explicar atraso a vereadores Claudinei Plaza 24/2/12
REPETIÇÃO A demora para beneficiar os estudantes com os uniformes também ocorreu em 2011. Apenas em abril o governo municipal começou a distribuição de pares de tênis e, na sequência, das roupas.
Natália Fernandjes
A
secretária de Educação de Santo André, Cleide Bochixio, prometeu, ontem, que a entrega dos cerca de 33 mil kits de uniformes escolares para os alunos da rede municipal será feita na primeira quinzena de abril. A ação está atrasada, tendo em vista que a administração havia informado à equipe do Diário que os kits estariam disponíveis no início do ano letivo, na primeira reunião de pais, programada para o início do mês. Cleide esteve ontem na Câmara para explicar aos parlamentares os motivos do atraso. Segundo ela, o problema é consequência de demora em processo licitatório realizado em 2009. Com isso, o município passou a ter de adquirir os kits com verba do orçamento do mesmo ano em que alunos receberão o material. “Não posso sobrecarregar o orçamento de um ano efetuando duas compras do mesmo produto para antecipar a entrega”, explica a secretária. A licitação para compra dos uniformes foi iniciada em
Alunos tiveram de começar o ano letivo com uniformes antigos ou usar roupas do dia a dia para ir à escola
janeiro, após abertura do orçamento de 2012, e na segunda-feira foi feita homologação. O vencedor do processo foi o consórcio formado pelas empresas Douat Têxtil e G8. Foram adquiridos cerca de 33 mil kits, no valor de R$ 165,60 cada – R$ 19 a menos do que previa a licitação –, compostos por uma
calça, duas bermudas, uma camiseta regata, duas camisetas polo, um blusão de inverno, dois pares de meia e um par de tênis. Apesar disso, cerca de 2.500 crianças continuarão a ter de usar roupa comum para ir à escola. Trata-se dos novos alunos de 51 escolas municipais e 31 creches, que
Conselho Tutelar 3 não tem data para mudança de sede O Conselho Tutelar 3 de Santo André, que atende à população do 2º Subdistrito, não tem data para mudar-se para sede própria, no bairro Bangu. Conforme reportagem publicada domingo pelo Diário, desde sua criação, em outubro de 2010, a unidade funciona na Rua General Glicério, no Centro, no mesmo espaço destinado ao Conselho 1. De acordo com a Prefeitura, a sede do Conselho Tutelar 3 está em vias de ser entregue, mas não informa data ▼
precisa. O atraso se deve a uma solicitação dos próprios conselheiros, que pediram para mudar o primeiro endereço escolhido, “tendo de iniciar todo o processo de locação, reforma e adaptação para atendimento”. Enquanto isso, os problemas de estrutura no prédio do Conselho Tutelar 1, como as infiltrações e o mofo, dependem de terceiros para ser resolvidos. Uma equipe de manutenção da Secretaria de Obras e Serviços Públicos constatou que a origem do problema está no prédio vizinho. “Já foram
realizados contatos com os responsáveis pelo salão/salas do referido imóvel, porém até o momento não obtivemos retorno quanto ao prazo para conserto, sem o qual não adianta mexer nas paredes do imóvel”, informa a administração. Com relação ao mobiliário amontoado em salas do Conselho Tutelar 1, a explicação é que estavam em processo de inventário, não sendo possível realizar transferências nem disponibilizá-los como bens inservíveis. Após vistoria, os móveis foram liberados, mas ainda não têm destino definido. ▲
▼ SAÚDE
Fechamento de ambulatório terá baixo impacto nas cidades As prefeituras da região avaliaram que o encerramento das atividades do Ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina do ABC terá baixo impacto no atendimento prestado nas unidades de Saúde municipais. As cerca de 200 consultas realizadas por mês serão transferidas para UBSs (Unidades Básicas de Saúde), AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades) e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). O local oferecia os serviços de ▼
▼ COMPROMISSO
São Bernardo concluirá obra em quadra até fim de março ▼ Atrasada em dez meses, a en-
trega da quadra poliesportiva da Emeb (Escola Municipal de Educação Básica) Mário de Andrade, no Jardim Copacabana, em São Bernardo, foi prometida pela administração para até o fim março. A obra inclui cobertura metálica e fechamento lateral do espaço e deveria ter sido concluída até 30 de abril de 2011. A quadra está interditada pela Prefeitura desde o dia 1º de dezembro de 2010. Dessa forma, os cerca de 430 alunos, dos ensinos Infantil e Fundamental, ficaram sem utilizar o único espaço esportivo da escola – antes havia quadra descoberta no local. A justificativa da Prefeitura foi a necessidade de licença ambiental para o corte de árvores que estavam interferindo na obra. Além disso, havia piscina desativada, e uma casa de máquinas, que interferiram nas fundações. Quando descobertas, precisaram ser realizadas modificações nos projetos de estrutura, e mais os serviços extras de demolição. A obra foi retomada pela Construtora Cappellano, vencedora de licitação para construção de 51 quadras . O valor do contrato é de R$ 16,9 milhões – R$ 186.260,44 só da Emeb Mário de Andrade. NF
▼ PROBLEMA SE REPETE
▼ SANTO ANDRÉ
Angela Martins
não contam com uniformes dos anos anteriores. Neste ano, 6.972 uniformes que estavam em estoque foram distribuídos para estudantes que ainda não tinha uniforme, segundo a secretária. “Conforme as escolas nos pediam a gente ia mandando”, revela.
LIVRO DIDÁTICO Outro tema questionado ontem foi os livros didáticos com erros apresentados aos alunos. O material continha, além de palavras grafadas incorretamente, como Mogi, referindo-se à cidade de Mogi das Cruzes, e Susano, quando o correto é Suzano, trechos das atividades repetidos e com letras pequenas e de difícil leitura. De acordo com a secretária, os professores da Fundação Santo André, responsável pela elaboração do material, estão realizando a errata dos materiais. “Já houve falhas em distribuição de materiais pelo MEC”, comparou Cleide. Para ela, Santo André poderá ser a primeira cidade a usar tablet como livro didático. “Estamos fazendo uma formação continuada e planejando o futuro”, observa Cleide. ▲
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rastreamento de lesões suspeitas no colo do útero (detecção de câncer), ginecologia endócrina (transtornos hormonais), menopausa e climatério e osteoporose. De acordo com a a Secretaria de Saúde de São Bernardo, todos os serviços prestados pelo ambulatório estão disponíveis na rede municipal, tanto nas unidades básicas de Saúde quanto nas unidades de pronto atendimento ou no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher. Poderá haver algum reflexo no movimento de algumas
dessas unidades, mas estima-se que será de pouca relevância, visto que os usuários do ambulatório da Faculdade de Medicina irão procurar atendimento em toda a região, pulverizando essa demanda entre os municípios. Na mesma linha seguem as prefeituras de Santo André, Diadema e Mauá, cidade que ainda fará o levantamento das pacientes atendidas no ambulatório da FMABC. Em média, uma consulta com especialista em ginecologia demora 15 dias. AM
Moradores ainda reclamam de ruas escuras em Santo André Alexandre Calisto Especial para o Diário ▼ Os problemas ocasionados por falhas no serviço de manutenção continuam a deixar ruas às escuras em Santo André. Apesar de o prefeito Aidan Ravin (PTB) ter anunciado, via Facebook, que iria triplicar o número de equipes nas ruas para resolver mais rapidamente a falta de iluminação em vias da cidade, a cena volta a se repetir. Ruas de bairros como Parque Novo Oratório, Vila Vitória, Vila Curuçá e Centro foram algumas das atingidas pelo problema, que começou em dezembro, quando a FM Rodrigues, empresa até então responsável pela manutenção da rede de energia pública, deixou de prestar os serviços. Um dos locais que têm luzes apagadas é o Viaduto Cassaquera. De acordo com a Prefeitura, o elevado é alvo constante de furto de fiação e por isso o problema é frequente. O restaurador Cícero Pereira, 42 anos, que diariamente usa a via para chegar ao trabalho, diz que quem usava a bicicleta para se locomover, por exemplo, agora tem evitado passar por ali. Roubo de fiação não é o caso da Avenida Áurea, no Jardim do Estádio, mas, segundo moradores, está completamente sem iluminação desde o dia 23. De acordo com eles, vários contatos foram feitos junto à Prefeitura para que o
problema fosse resolvido, porém não houve retorno. O metalúrgico Diogo Ferreira, 25, disse que o prazo dado pelo órgão para restabelecer a energia não foi cumprido. “Logo que faltou energia comunicamos a Prefeitura e nos deram o prazo de 72 horas para religar a energia, mas até agora nada foi feito. A administração municipal informou, por meio da Secretaria de Obras e Serviços Públicos, que está finalizando a instalação de cabos para restabelecer a iluminação no
Viaduto Cassaquera. A estimativa é de que a conclusão do serviço aconteça até fim da semana. No caso do Jardim do Estádio, a Prefeitura afirmou que reenviará a equipe de manutenção ao local para fazer os reparos. A primeira visita foi feita no dia 13 fazendo reparos. A administração esclareceu que o contrato com a empresa prestadora de serviços de manutenção foi prorrogado e, desde então, mantém equipes para sanar os problemas com a iluminação. ▲ Celso Luiz
Prefeitura promete restabelecer energia no local até o fim da semana