Portfรณlio Alexandre Junior
@desenheirojr ale.alaj@hotmail.com www.alexandrejunior.net facebook.com/lagealexandrejr
Alexandre Junior Atua na área das artes visuais desde 2010. Formado em Desenho pela EBA/UFMG, trabalha também com outras linguagens, como quadrinho e ilustração. Lançou em 2015 no Festival Internacional de Quadrinhos – FIQ seu primeiro álbum solo de quadrinhos, chamado Os Abestados. Em 2016, foi convidado a participar do livro Sketchers do Brasil, uma coletânea de 51 artistas nacionais participantes do movimento Urban Sketchers. Possui publicados os zines Anatomia de corpos que estudam e Movie Quotes Sketchbook, que faz parte de um projeto pessoal para desenhar diálogos dos seus filmes preferidos. Seus trabalhos são em sua maioria focados em pessoas, abordando temáticas variadas. O artista já compôs séries sobre aniversários, lutas e, em um recorte mais intimista, sobre seu irmão no leito hospitalar. Seus desenhos são realizados em diferentes formatos e tamanhos, além de contarem com técnicas mistas como: Nankin, aquarela, acrílica e marcadores.
Alexandre Junior
Atividades Artísticas e Culturais Nome completo: Alexandre Lage A. Junior Brasileiro, solteiro, 27 anos Rua: José Penido, número 55 Industrial – Contagem/MG Cep: 32223-020 Telefone: (31) 3046-7707 (31) 994804021 E-mail: ale.alaj@hotmail.com
Experiência profissional 2017 - Atual Estagiário - POSLING/ CEFET-MG.
Formação
2013 - 2015 Monitor de segurança – Seva Engenharia Eletrônica.
2018 - 2020 Mestrando em Estudos de Linguagens – Linha IV – Edição, Linguagem e Tecnologia pelo Cefet-MG.
2011 - 2012 Monitor de bidimensionalidade - Programa Escola Integrada BH.
2016 - 2020 Graduando em Letras Tecnologias de Edição pelo Cefet-MG. (4º período) 2013 Graduado em Desenho pela Escola de Belas Artes da UFMG.
Cursos
2014 Curso de quadrinhos com o profº Ricardo Tokumoto, Estúdio Black Ink/MG. 2015 Curso de Quadrinhos, Linguagem e História, Palácio das Artes/MG
2011 Exposição coletiva Mostra! No CCult/UFMG, BH. 2012 Exposição individual Apenas mais um parabéns para você nesta data querida no CCult/UFMG, BH. 2012 Exposição coletiva Mostra Externa na Escola Guignard/UEMG, BH. 2012 Exposição coletiva Nó no espaço 104, BH. 2012/2013 Exposição coletiva Salão de Arte Itabirito Regional, Itabirito, Contagem e Sete Lagoas. 2013 Exposição coletiva aTEMPORAL no Prédio da Reitoria da UFMG, BH. 2013 Exposição individual Reis do ringue na Galeria do BDMG cultural, BH.
2013 Exposição coletiva I Prêmio Casa Camelo na Casa Camelo, BH. 2014 Exposição individual Reis do ringue no Centro Cultural de Contagem, Contagem. 2014 Exposição coletiva do Projeto Entre Linhas e Sons. Traços de Contagem, Casa da Cultura Nair Mendes Moreira, Contagem. 2016 Exposição individual Vigiar no Centro Cultural de Contagem, Contagem. 2017 Selecionado para expor na FLAC – Feira Livre de Arte Contemporânea no Espaço 104, BH.
Qualificações e outras atividades 2013 Co-criador da antologia Analecto – HQ 2015 Criador dos zines Anatomia de corpos que estudam e Movie Quotes Sketchbook 2015 Criador da HQ Os Abestados 2016 Artista participante do livro Sketchers do Brasil Inglês – Nível avançado. Espanhol - Nível básico Pacote Adobe Photoshop - Avançado Indesign - Intermediário Illustrator - Intermediário
Artes
VISUAIS
O retratado e a obra. Foto da abertura da exposição Vigiar, no Centro Cultural de Contagem.
Momento que passa, desenho que fica
conhecimento de seus momentos sendo levados, nada podem fazer. Já diziam os nossos avós: ‘’O que os olhos não veem o coração não sente’’. E assim o artista continua a roubar, momentos.
A proposta da exposição Momento que passa, desenho que fica é mostrar uma coleção de desenhos cotidianos, realizados muitas vezes entre atividades diárias, aproveitando aquilo de mais precioso que o homem se dispõe no mundo contemporâneo: o tempo. Os desenhos são registros de pessoas, lugares, situações, momentos etc, mas, especialmente, pessoas. Pessoas em seus momentos, privados, delas. Momentos em que o artista com seu olhar curioso entra, sem pedir licença. E como entra, sai, sem ser visto. Pessoas que acabam por ficar eternizadas em uma folha de papel com tinta, mas que nunca terão ciência disso. O artista rouba esses momentos mundanos e se apropria deles, colecionando-os.
A maioria dos desenhos da exposição foram realizados em sketchbook tamanho 17x11cm.
O artista é um ladrão, mas que não rouba nada de propriedade, nem de valor material. Talvez, de valor simbólico. Sem se dar conta, as pessoas têm tomadas
de si uma das coisas mais valorosas que se pode ter. Sua privacidade. Enquanto estão tendo seus momentos banais, no trânsito, trajeto,
de cansaço, reflexão. É desenho no metrô, no bar, na praça, na rua, no metrô de novo. Mas as vítimas, por não terem
Essa é a proposta da exposição Momento que passa, desenho que fica, uma série de desenhos feitos em poucos minutos com o intuito de captar vislumbres que ficarão para a eternidade. Em um mundo em que a cada dia temos menos tempo, aproveitar os espaços em branco entre obrigações e tarefas faz do artista, mais que um ladrão de momentos, um observador, paciente, apreciador do tempo e do cotidiano. Um colecionador de tempo, tempo seu e tempo alheio, daqueles que estão alhei os. O artista aqui não é egoísta, rouba, mas divide. Os momentos são frequentemente postados na internet para que possam ser apreciados por outros interessados pelo banal, e esta é também a ideia da exposição, uma compilação
dos melhores momentos, juntos, criando uma narrativa sobre esses personagens diários, que vem e vão, mas que ficam, no papel.
O metrô é um tema recorrente nos desenhos presentes na exposição.
Ser acompanhante é ser passivo. Passivo no sentido de poder apenas estar lá, ‘’dando força’’, e nada poder fazer. Passivo na dor, na tristeza, na inércia e na depressão que Pedro aparentava estar sofrendo.
A proposta da exposição Vigiar é mostrar desenhos de observação direta, presencial e fotográfica a partir da experiência de ser um acompanhante de quarto para a internação de Pedro, nas últimas semanas de 2015. Pedro tem Fibrose Cística, uma doença sem cura. Ao longo de sua vida, sempre têm recaídas em sua condição médica e por várias vezes é obrigado a ser internado.
A partir da última e mais recente experiência de ser um acompanhante de quarto e, como tal, lidar com coisas típicas da ‘’tarefa’’, comecei a refletir questões pertinentes aos desenhos que fazia in loco. É inevitável perceber ( e por vezes, retratar ) repetidas vezes, os caminhos tortuosos que os dias acompanhando Pedro tomavam, dias esses repletos de tédio, monotonia, mais tédio e muito, mas muito sono.
Essa passividade, essa observação direta e particular feita por mim, estão presentes nos desenhos realizados. A ideia dos trabalhos é transmitir as sensações presentes naquele quarto branco intimidador que exalava morte, doença e outras coisas, mas do meu ponto de vista, passivo, do ponto de vista do acompanhante ( e neste caso, artista ) que tudo observa, mas nada pode fazer por Pedro. Uma passividade que também traz coisas boas, por que não? Companheirismo, diálogo, troca de experiências e segredos, comunhão entre irmãos.
Nem só passivo é o acompanhante, que com pouco a oferecer, o oferece de peito aberto. Os trabalhos são repletos de monotonia, sentimento frequente sentido por mim ( e tenho certeza que pelo Pedro também )
artístico, experimentar se faz necessário.
ao estar presente todos aqueles dias. Sua linguagem varia bastante, em materiais, conceitos, técnicas, formatos... É uma mostra de Desenho em várias de suas formas, e como é de praxe no meu percurso
( ser companheiro ), sobre perceber as fraquezas e estados de Pedro, sua vulnerabilidade, inércia, tédio, sobre perceber tudo de ruim pelo que Pedro passa e se doer por isso. Por amar alguém e só poder esperar.
Vigiar é uma exposição sobre o olhar artístico, que observa, registra, entende e se compadece, é sobre acompanhar
Vigiar é repleta de desenhos que tentam transmitir como a Fibrose Cística e as internações em si ( foco principal do olhar ) afetam Pedro e, por consequência, o olhar de seu acompanhante.
Vigiar
Alexandre Junior VS a austeridade bruta Daniel Bilac
Reis do Ringue
O combate que Alexandre Junior trava nesta sua nova série, chamada Reis do ringue, é, afinal de contas, um pouco como as lutas que agora lhe interessam. Acrobático, coreografado, inventivo – falso jamais. Cada desenho é realizado com um domínio facilmente verificável, sobretudo no uso de combinações de cores vibrantes e das hachuras. Ainda assim, há um caráter gráfico tão severo que a sensação é justamente de economia de recursos. Para além desse assombro com a precisão das suas linhas, o que se percebe é que algo parece ligeiramente desajustado com suas figuras. Algumas vezes, seus movimentos parecem um tanto quanto endurecidos; em outras, as expressões são exageradas. Embora seja evidente a presença de uma mão razoavelmente experimentada, a construção de cada rosto é de uma simplificação surpreendente. Os desenhos guardam, apesar de todo o apuro, um tom ligeiramente amador. Isso contribui decisivamente para o humor do que vemos; é a maneira através da qual o desenhis
ta transforma fragilidade em artifício. Quando se percebe, por exemplo, que Alfredinho, o imbatível é campeão apenas no seu bairro, isso o torna subitamente... mais próximo; esse tropeço ensaiado, sorrateiramente introduzido no discurso, é precisamente ele o que faz rir. Provavelmente por ocasião desse jogo, o texto escrito se mostra como uma ferramenta de grande importância. Pela informação que ele contém e que complementa ou confronta o que é visto, é claro, mas também pela maneira como ele participa visualmente em cada composição. Alexandre assimila uma organização típica dos cartazes e, numa ambigüidade totalmente coerente com sua proposta, a tipografia ora lembra manifestações vernaculares, ora se apresenta em letterings requintados. E o que essas letras garrafais anunciam é isto: um homem salta em direção a outro, uma espécie de vôo; as pernas à frente num golpe impressionante que certamente irá derrubar seu opositor. Os olhos estão atentos e prevêem o susto do que já sabem: o impacto dos pés no peito. Com susto, mas sem medo; é o
que temos vontade de ver. Não como quem espera enfim sentir-se piedoso diante da catástrofe ou inflamado pelo combate; somos, na verdade, a platéia que está a dois segundos da risada. Somos a claque infame. Na luta que se apresenta nos desenhos de Alexandre, a violência é apagada pela comicidade e pela acrobacia. Não apenas porque seus lutadores muitas vezes usam máscaras de lucha libre e nomes jocosos – uns ficcionais; outros, não – mas também porque existe um certo deboche na maneira como cada imagem é construída. É esta, finalmente,
a operação que Alexandre realiza tão bem, o seu golpe mais especial: desarmar o que poderia ser pretensioso, excessivamente
austero. Na trajetória que vem se configurando desde os pequenos retratos em sketchbooks, passando por sua série de desenhos de festas de aniversários e chegando até esta Reis do ringue, o critério usado para eleger seus modelos tem se mantido o mesmo. Alexandre procura por aquilo que lhe pareça, sobretudo, engraçado.
Os cartazes da expoisção foram produzidos em tamanho A2.
Apenas mais um parabéns para você nesta data querida
Na abertura da exposição teve festa, bolo e claro, o parabéns para você.
A proposta é transformar o espaço em um ambiente festivo, onde o público é convidado a reviver memórias sobre sua própria infância, principalmente acerca das festas infantis que todo ser humano frequenta em algum momento de sua vida. A ideia é mostrar uma visão nada romântica sobre as crianças, com desen-
hos marcados por sorrisos estranhos, cores cruas e poses atípicas. Os adultos muitas vezes não passam de penetras, aqueles que são solicitados se comportam como crianças e o restante ganha o caráter frio de serem apenas mais um plano no trabalho. O objetivo do trabalho é tentar abordar visões além daquelas tradicionais em festas, os momentos são variados e abarcam não só os felizes, mas também os tristes, trágicos, patéticos, etc. A ironia e a crítica a esses momentos são o ponto forte da proposta, que tem a intenção de fazer com que o público se divirta com esses momentos e faça suas próprias reflexões sobre a relevância dos mesmos. Os trabalhos irão englobar diversas técnicas e materiais. O artista utiliza de inúmeras linguagens do desenho para executar sua proposta, tais como a luz, a sombra, o vazio, a textura, a mancha, etc. Sua referência é a cultura Pop do século XX e XXI, mas não exclui o interesse pela construção do retrato que podemos visualizar através da História da Arte; quer dizer que o artista observa como as imagens dos retratos clássicos são elaborados e isso é um motivo
grande de aprendizado. Por outro lado, a influência dos quadrinhos também é considerável. A maioria de seus trabalhos podem ser encaixados na categoria do Retrato, mas os desenhos ganham caráter e linguagem própria, mesmo tendo como referência fotografias de família do próprio autor. A proposta é quase autobiográfica, possui relações
fortes com a infância do autor e agora com a atual geração de sua família. O objetivo é fazer uma boa mostra de desenho, seja pelo tema, pela técnica, pelo conceito, execução ou olhar. Transformar o espaço em uma grande festa, pois todo mundo adora festas.
Ilustração
Série de ilustrações de plantas de quintal. Tema recorrentes em meus Sketchbooks.
Desenho realizado em Sketchbook. Nankin e marcadores, 2h aproximadamente.
Movie Quotes Sketchbook é um projeto pessoal de ilustração que junta duas paixões do artista Alexandre Junior: O Desenho e o Cinema. No projeto, o artista realiza desenhos de seus filmes e séries de TV favoritos, baseando-se em citações específicas desses filmes. Os trabalhos são realizados em cadernos de esboços. O projeto está atualmente no quarto volume e conta com mais de 200 filmes e séries desenhados, dos mais variados gêneros possíveis. Os cadernos acabam se tornando um laboratório de práticas experimentais sobre desenho, variando bastante em técnica, materiais e conceitos. Para melhor apreciação dos desenhos, o projeto é postado inteiramente no facebook: https://www.facebook.com/ moviequotessketchbook/
Projeto Gráfico
Em 2017 decidi criar um selo editorial com o intuito de explorar as possiblidades de assinar meus trabalhos de outra forma, que não fosse a do artista Alexandre Junior. Dessa maneira nasceu o selo Galo de Calça Edições. A escolha do nome e da logo vem de encontro com um aspecto bastante forte em meu trabalho, que é o humor.
Capa
Contra capa
O zine Entre as linhas do metrô é uma publicação autoral do artista Alexandre Junior. Conta com 24 páginas recheadas de desenhos realizados na categoria do Urban Sketching, especificamente feitos dentro do metrô em Belo Horizonte-MG. O projeto conta com diversos desenhos, um texto de apresentação e uma
mini-biografia de apresentação do artista. O miolo é preto e branco em papel offset 120g, capa colorida em papel couchê 220g, tamanho 15x10cm. Conta com uma tiragem de 55 exemplares. Preço: 5 reais.
Páginas 4 e 5 do Zine.
VAI E VEM
O projeto gráfico do livro Vai e Vem foi realizado durante a disciplina Estudos introdutórios de Edição, no 2º semestre do curso de Letras Tecnologias de Edição do CEFET-MG. O livro contém uma seleção de desenhos feitos por crianças de 2 a 3 anos, acompanhados de poemas
escritos pelos alunos do curso de Edição. No projeto, realizei a diagramação das páginas, arte para o fundo dos poemas, concepção de capa e do projeto gráfico em geral. O livro contou com a organização e orientação do professor Rogério Barbosa Silva.
O zine Movie Quotes Sketchbook é uma extensão do projeto de esboços de cinema em forma impressa. A edição de 100 exemplares é feita em miolo preto e branco, 20 páginas, tamanho 21x15cm em papel pólen 90g e capa em couche brilho 220g. Para esta edição em específico, utilizei apenas desenhos em preto e branco realizados no projeto, com exceção do que consta na capa. O desenho da capa é do filme Little Miss Sunshine, de 2007. Preço: 5 reais.
Crumb (1994).
Per un pugno di dollari (1964).
O zine Anatomia de corpos que estudam é um compilado de desenhos realizados em sala de aula, entre cursos, disciplinas e em casa, acerca de pessoas que estavam estudando no momento.
O projeto de 15x10cm contém 24 páginas, miolo preto e branco em appel pólen 90g. Capa colorida em papel couche brilho 220g. Para esta edição foram impressos 100 exemplares. Preço: 5 reais.
Os Abestados são uma raça especial que combina características humanas com de outros seres vivos da natureza. Para que possam manter sua condição especial, eles precisam passar por uma espécie de iniciação e encarar Deus para colocar em prova suas habilidades. Os abestados conta a história de um desses seres,
do seu nascimento ao confronto com seu criador. A edição de 21x29,7cm conta com miolo offset e capa couchê brilho coloridos, 24 páginas. Foram impressos 200 exemplares deste que foi meu primeiro álbum autoral de quadrinhos. Preço: 10 reais.
www.alexandrejunior.net