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MANUAL BÁSICO DE BEISEBOL

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MANUAL BÁSICO DE BEISEBOL

ÍNDICE As Origens do Beisebol O que é Beisebol? HISTÓRIA DO BEISEBOL O Beisebol no Brasil As competições oficiais O primeiro adversário estrangeiro O Estádio do Bom Retiro O Primeiro Pan em 1963 COMO SE JOGA? O campo Campo interno (infield) Campo externo ou jardim (outfield) Zona morta (foul zone) A partida Alternância entre defesa e ataque Os jogadores Os Juízes Ataque Objetivos do ataque O ponto ou corrida (run) Objetivos do corredor Defesa Objetivo da defesa O arremessador Região boa (strike zone) Formas de eliminação (out) Algumas jogadas especiais Resumo CURIOSIDADES TÉCNICAS DE BATTING SWING TÉCNICAS DE ARREMESSOS POSIÇÃO DE DEFESA FLAYBALL 2

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AS ORIGENS DO BEISEBOL

Existem indícios de que as pessoas jogavam jogos que envolviam um taco e uma bola desde os primeiros dias de civilização. Antigamente, culturas como a Persa, a Egípcia e a Grega por diversão e ou em certas cerimônias jogavam-se jogos com taco e bola. Jogos deste tipo espalharam-se por toda a Europa na Idade Média (séc. V ao séc. XV) e tornaram-se populares numa variedade de formas. Os europeus levaram estes jogos de taco e bola para as colônias americanas no séc. XVII, e durante o séc. XVIII eram largamente considerados jogos de crianças. No séc. XIX, muitos destes jogos que teve origem na Inglaterra, tornaramse bem populares na América do Norte. Muitas pessoas das cidades do nordeste dos E.U.A. como Boston, Nova Iorque e Filadélfia, jogavam cricket, um jogo tradicional dos aristocratas ingleses. E ainda havia um jogo inglês chamado “Rounders”, jogado em comunidades rurais e urbanas ao longo da América do Norte, que em muito se parecia com o beisebol moderno. No “Rounders” um batedor batia a bola e corria entre as 4 bases tentando não ser eliminado (put out). A bola que fosse apanhada durante o vôo (fly), ou em alguns casos depois de bater uma vez no chão (caught-out), ou quando os defensores faziam com que a bola rebatida chegasse antes que o corredor a base-objetivo, levavam normalmente à eliminação do jogador. O “Rounders” também envolvia a prática de “plugging”, na qual os defensores podiam eliminar um jogador acertandolhe com a bola enquanto ele corria entre as bases. As regras do “Rounders” variavam bastante de sítio para sítio e as pessoas usavam vários nomes para o descrever, nomeadamente “Townball”, “One o´cat” e “baseball”.

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O QUE É BEISEBOL?

O jogo de Baseball, ou Beisebol aqui no Brasil, é um dos jogos mais populares do mundo, principalmente nos Estados Unidos. Este é um esporte tipicamente americano que conquistou adeptos pelo mundo inteiro e é o esporte mais popular em países como o Japão, Cuba, e em muitos países do Caribe e da América Central. O Beisebol é um esporte completo, que exige força, reflexos, agilidade, e velocidade. Alguns jogadores profissionais, com certeza poderiam ser velocistas, outros poderiam praticar outras formas de atletismo. O Beisebol é um esporte coletivo no qual o espírito de equipe e a colaboração entre os jogadores em campo é muito importante. O Beisebol é um esporte familiar, pois, a assistência ou torcida é formada de famílias, desde o avô até o netinho, por qual o amor ao esporte é passado de geração a geração.

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HISTÓRIA

O Beisebol no Brasil O beisebol brasileiro nasceu no início do século XX, trazido dos Estados Unidos pelas mãos de funcionários de empresas americanas como a Light (companhia de energia elétrica) que se estabeleceram na cidade de São Paulo. Contam-se que em meados de 1913/1914, haviam jogos do Mackenzie que costumavam atrair mais público que as partidas de futebol realizadas na mesma escola. Houve, ainda, uma liga de beisebol na década de 20 que reunia esportistas americanos e era dirigida por um diretor da companhia telefônica. A chegada dos imigrantes japoneses, que conheciam o beisebol desde 1873, deu maior força ao desenvolvimento desse esporte em terras brasileiras, com vários clubes e equipes que foram formando-se a par da colonização e do crescimento das cidades à beira da estrada de ferro, chegando ao Oeste do Estado de São Paulo (Presidente Prudente, Marília, entre outras) e ao Norte do Estado do Paraná (Bandeirantes, Londrina, Maringá, Arapongas, Assaí, etc.). A eclosão da Segunda Guerra Mundial e a derrota do Japão, comprometeu o sonho de enriquecer e voltar ao país de origem o que acabou tornando-se praticamente impossível, além das inevitáveis retaliações e desconfianças dos brasileiros, chegando a vigorar leis restritivas como a proibição do uso da língua japonesa e de reuniões, além da destruição de todo o material escrito em japonês. Em 1946, o ambiente da colônia não poderia ser definido como calmo. O clima de desapontamento e desilusão pós guerra era visível, mas ao mesmo tempo, percebia-se a necessidade de reorganizar a vida social da colônia, seriamente reprimida durante a guerra. Surgiram, assim, os primeiros movimentos nesse sentido, principalmente em torno das atividades de lazer e esporte dentre as quais o beisebol.

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MANUAL BÁSICO DE BEISEBOL Esta forte presença da comunidade japonesa sobre o beisebol “Yakyu” no Brasil é vista até hoje neste esporte o qual mesmo sendo americano é considerado um jogo de japoneses com profundas influências da língua japonesa Atuação decisiva na organização do beisebol brasileiro teve o repórter da Gazeta Esportiva – Olímpio de Sá Silva – um dos fundadores da Federação Paulista de Beisebol e Softbol, em 24 de setembro de 1946, e seu presidente durante 17 anos.

As competições oficiais Em 11 de maio de 1947, seguindo os regulamentos e códigos recémcriados, com o Capitão Silvio de Magalhães Padilha, então Diretor do Departamento de Esportes do Estado de São Paulo, fazendo o lançamento inicial, na solenidade de abertura do evento. Participaram da primeira temporada oficial do beisebol paulista, no Clube Atlético das Bandeiras, localizado próximo à Ponte das Bandeiras, às margens do Rio Tietê (quando este ainda era navegável !) alugado para o evento, as equipes: Marília, Pereira Barreto, Santo Anastácio, Ribeirão Preto, Suzano e Capital (São Paulo BBC), encerrada à 7 de setembro do mesmo ano, após 3 dias de disputa, com a vitória do EC Marilhense por 6 a 3 sobre a equipe de Suzano. Curioso o registro de haverem apenas duas cadeiras no campo, que foram utilizadas pelos anotadores, ficando em pé o Capitão Silvio de Magalhães Padilha e Cecil N.Cross, cônsul americano. Uma das principais dificuldades eram os campos, porque simplesmente não existiam e eram improvisados onde e quando necessário e, muitas vezes em espaços cedidos pela Força Policial do Estado, valendo considerar que, no Campeonato da Cidade de São Paulo, em 1948, um dos jogos teve que ser adiado porque o campo fora ocupado, pela manhã pelos hipistas da Força Policial, só podendo ser utilizado após as 10 horas. Finalmente, a 13 de novembro de 1948, inaugurava-se o campo da FPBS, oficial e digno, construído com tábuas, tinha muros, arquibancadas para três mil pessoas e placar, com a realização de um Torneio Inter-Clubes reunindo as equipes: Bilac, Mogi das Cruzes, Universo, São Paulo, Coopercotia, Gigantes e Tigres. 6


MANUAL BÁSICO DE BEISEBOL As competições seguiam as divisões das colônias japonesas nos diferentes locais, assim, havia o “shibutaiko”, que corresponderia a um torneio inter-clubes municipal, que levava o estandarte de sua cidade ou região colonial para o “tihotaiko”, competição inter-regional que representaria então o setor todo no campeonato estadual. Inspirado em idéia de Toshihiko Nakabayashi, foi criado o Campeonato Inter Regional Adulto - “Sembatsu”, em qual estariam presentes apenas as seleções dos melhores jogadores de cada região, sendo que a sede do evento seria itinerante. Assim, para sediar o torneio, a cidade deveria contar com um bom estádio, com acomodações suficientes para o fluxo de torcedores que vinham com os selecionados. A iniciativa acabou por incentivar a criação de estádios por todo o Estado de São Paulo e estimulando e reforçando a prática do beisebol no interior do Estado.

O Primeiro Adversário Estrangeiro A equipe da Universidade de Columbia, em 1951, foi a primeira equipe estrangeira a vir ao brasil e enfrentar a equipe nacional, que perdeu todas as partidas, por escores bastantes dilatados. Um jogador de 19 anos, Anthony Mitcher, defensor da primeira base, recém contratado por uma equipe profissional americana. Com cerca de dois metros de altura e cem quilos, o canhoto, ao demonstrar o seu “batting”, rebateu todas as bolas para fora do estádio, na direção do jardineiro esquerdo, caindo num brejo que ali havia, mas foi obrigado a interromper sua demonstração, pois havia acabado todas as bolas disponíveis. Até hoje, não se sabe ao certo, como foi conseguido o dinheiro para custear a viagem dessa equipe universitária americana, havendo registro do pagamento da viagem em parcelas.

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O Estádio do Bom Retiro Após muito esforço e dificuldades financeiras só vencidas pelo amor ao beisebol, a FPBS conseguiu inaugurar em grande estilo o seu Estádio, o primeiro da América do Sul, a 21 de junho de 1958, como parte das comemorações dos 50 anos da imigração japonesa, com a presença de Suas Altezas Imperiais, o Príncipe Takahito Mikasa e sua esposa, que participou hasteando a bandeira brasileira e fazendo o arremesso inaugural da partida entre o selecionado da capital e a equipe da Universidade de Waseda, que ainda percorreu Mogi das Cruzes, Piedade, Araçatuba, Dracena, Tupã, Marília, Presidente Prudente, Londrina, Rio de Janeiro, São José dos Campos e Atibaia, enfrentando equipes locais. Somados todos os pontos, Waseda fez 372 contra 5 das equipes locais, tendo, ainda, marcado 53 homeruns. Para a realização desta festa, a colônia organizou-se a nível nacional práticamente, levantando fundos que permitiram as despesas envolvidas. Ressalte-se também que por onde passou, a equipe da Universidade de Waseda inaugurou marcos e monumentos, deixando registrada sua passagem até hoje, nos belos e bem cuidados jardins dos clubes.

O Primeiro Pan em 1963 por Antonie Morel O bairro paulistano do Bom Retiro se transformou no palco do primeiro embate de uma rivalidade esportiva que marcaria o continente. "Cuba esmagou os EUA no basebol: 13 x 1", estampou o jornal Última Hora em 22 de abril de 1963. O comitê organizador do Pan tentava a todo custo amenizar o clima, enquanto o público fazia papel contrário, torcendo claramente para os cubanos. Os países de Fidel Castro e John Kennedy estavam com relações diplomáticas cortadas desde dois anos antes, quando os norte-americanos financiaram refugiados cubanos na tentativa frustrada de contra-revolução, que ficou conhecida como a invasão da baía dos Porcos. A partida de beisebol em São Paulo marcou o primeiro encontro esportivo após esse evento e a crise dos mísseis (em outubro de 1962, a União Soviética mandou ogivas nucleares para a ilha do Caribe, o que irritou os Estados Unidos). 8


MANUAL BÁSICO DE BEISEBOL O alinhamento de Cuba com a União Soviética, inimiga número um dos Estados Unidos, deram o tempero para os repórteres correrem atrás das delegações dos dois países e relatarem as mínimas ações de cada atleta. A Guerra Fria estava em pauta no Pan de São Paulo. O jornal Última Hora Torcedores se aglomeram para assistir às relatava que “do lado brasileiro partidas de beisebol do Pan de São Paulo há muito esforço no sentido de aproximar Cuba e EUA”. Já entre os curiosos no pequeno estádio do Bom Retiro estavam muitos estudantes de esquerda, que sabiam muito de política, mas pouco de beisebol – o locutor tinha que explicar quando saia um ponto para o público festejar. O Brasil vivia o governo de João Goulart, com medidas sociais que desagradaram tanto os setores conservadores que o presidente foi deposto no ano seguinte. “Cuba tinha simpatia dos torcedores”, afirma Samir Abujamra, jogador da seleção brasileira naquele Pan. Os cubanos, desde que desembarcaram no país, sentiram o clima favorável. Tanto que, na cerimônia de abertura, levaram uma bandeira brasileira ao lado da cubana. A torcida paulistana não precisava ajudar o time de beisebol cubano. O bom nível técnico era notável.

Fidel Castro (d) promoveu o beisebol e tornou-o esporte oficial do governo cubano

“Eles tinham uma equipe fortíssima. A diferença era muito grande. A rebatida deles era impressionante”, confirma Abujamra, exterceira base que enfrentou os caribenhos. O Brasil terminou na melhor posição da equipe até então na história: um quarto lugar. A 9


MANUAL BÁSICO DE BEISEBOL medalha de bronze escapou, mesmo vencendo os EUA por 4 a 3, pois os brasileiros tropeçaram diante do México. Contra Cuba, não teve jeito: levaram 16 a 1. Nos livros norte-americanos, a história é contada de outra forma. Steven Olderr, autor de “The Pan American Games - A Statistical History”, afirma que a torcida brasileira vaiou e fez coro de “profissionais, profissionais” para os cubanos após a vitória sobre a equipe anfitriã. A versão não é confirmada pela equipe brasileira. Quem se irritou mesmo com a supremacia cubana foi a equipe dos EUA. Chegou a tal ponto que os norte-americanos se recusaram a receber a medalha de prata na competição. Embarcaram de volta dias antes do pódio. Coube ao jornalista Bob Carrel, que cobria o Pan, subir ao pódio e receber a medalha. Constrangido, o norte-americano usou da diplomacia no discurso para acalmar a inflamada torcida que vaiava o acontecimento. À época, a intenção de Fidel Castro era justamente transformar seu país em uma potência esportiva, o que só aconteceria na década de 70. A vitória no Pan sobre os inventores do beisebol foi a primeira travessura da ilha socialista. O líder cubano, um ex-arremessador nos tempos de faculdade, cogitou até em priorizar o futebol para tentar desviar os cubanos do “esporte ianque”. Sem sucesso. Pelas pressões, Fidel cedeu e logo, em 1961, investiu e já fez grandes mudanças. A primeira foi acabar com o profissionalismo. O campeonato de 1962 foi o primeiro da nova liga amadora. A transformação se notou no ano seguinte, em São Paulo, no primeiro teste internacional dos cubanos. Portanto, os cubanos em São Paulo não eram profissionais, mas tinham sido até dois anos antes. A partir daquele Pan, porém, Cuba dominaria o esporte dos bastões. Ganhou todos os ouros, exceção feita a Winnipeg-1967. Em Olimpíada, venceu três ouros nas quatro edições em que a modalidade foi realizada (Sydney2000 viu uma vitória norte-americana). Por acaso, aquele campo em forma de diamante à beira do rio Tietê, que só tinha visto até ali partidas da comunidade japonesa, entrou para a história inaugurando a rivalidade esportiva entre Cuba e EUA. No Pan do Rio, em a partir de julho, escreve-se nova página dessa rixa.

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COMO SE JOGA?

O Beisebol é um jogo de Taco e Bola que tem as mesmas origens do Cricket, Golfe, Bets e outros jogos de taco. Primeira coisa para entender um jogo de Beisebol é saber que neste esporte, cada equipe tem os seus Tempos de Ataque e Tempos de Defesa. Um jogo de beisebol somente acaba depois que terminarem 9 alternâncias de Ataque/Defesa. Um conjunto Ataque/Defesa no beisebol é chamado inning. O inning é equivalente ao set no voleyball, ou no tennis.

O campo O campo de Beisebol conhecido como o Diamante (Diamond) devido a sua semelhança ao diamante, é composto de uma área principal com a forma aproximada de um quarto de círculo (fair zone) , e uma secundária chamada de zona morta (foul zone) . A área principal, por sua vez, é dividida em duas partes que são o campo interno (infield) e o campo externo ou jardim (outfield). 11


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Campo Interno (infield) O campo interno (infield) é a área central na qual existe um quadrado, em cujos vértices (pontas) existem as bases do beisebol. São as bases e a bola é que dão o nome ao jogo (BASE = Bases e BALL = Bola). A Base Principal (HOME BASE ou HOME PLATE) também conhecida como Base da Casa é aquela que fica na extremidade central interna do campo. É onde se localizam o jogador de defesa chamado Receptor (Catcher), o Juiz Principal (Umpire) e o Rebatedor (Batter). Primeira Base é a base localizada na extremidade direita do quadrado interno. Esta região do campo é defendida pelo jogador chamado Defensor da Primeira Base (First Base); Segunda Base é a base localizada na parte central interna do quadrado interno no campo de beisebol. Esta região é defendida pelo Defensor da Segunda Base (Second Base); Terceira Base é a base localizada na parte esquerda do quadrado interno. Ela é defendida pelo jogador da Defesa chamado Defensor da Terceira Base (Third Base). Adicionalmente aos Defensores das Bases (Infielders) o Arremessador (Pitcher), e existe um último jogador da Defesa posicionado entre as Segunda e Terceira Bases. Este jogador se chama Interbases (Short Stop), ele é posicionado nesta posição do campo porque nela ocorre grande incidência de rebatidas e sua função é defendê-las. Normalmente este é o jogador mais ágil do time, porque ele precisa fazer deslocamentos laterais muito rápidos para defender as bolas rebatidas. 12


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Campo Externo ou Jardim (outfield) O jardim (outfield) é obtida pelo prolongamento de dois lados do quadrado, a partir do prato da casa, por pelo menos 50 metros além das primeira e terceira bases, formando assim o resto do quarto de círculo citado anteriormente. É importante observar que a limitação do jardim se refere apenas à atuação dos jogadores pois a bola rebatida para além deste limite (Homerun) é uma das jogadas mais esperadas por todos conforme descrito adiante. Esta área é dividida, para fins de colocação dos jogadores da defesa, da seguinte maneira: Jardim Esquerdo (Left Field) Jardim Central (Center Field) Jardim Direito (Right Field) Em cada uma destas áreas é posicionado um dos jogadores da defesa. Estes jogadores da defesa tem a seguinte denominação: Defensor do Jardim Esquerdo ou Jardineiro Esquerdo (Left Fielder) Defensor do Jardim Central ou Jardineiro Central (Center Fielder) Defensor do Jardim Direito ou Jardineiro Direito (Right Fielder) Estes jogadores da defesa tem a característica de serem os melhores corredores do time. A área que eles precisam defender é muito grande e exige que eles corram grandes distâncias, em altas velocidades, para capturar a bola no ar e evitar que a bola atinja o chão, depois de rebatida pelo rebatedor (o jogador no Ataque do time adversário).

zona morta (foul zone) A zona morta é a área do campo atrás da base da casa e entre as laterais e a arquibancada. 13


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A partida A partida de Beisebol é dividida em nove tempos chamados de entradas (innings) na qual cada entrada tem duas partes. Na primeira parte, por exemplo, o time da casa joga na defesa e o time visitante joga no ataque e na segunda parte os papéis se invertem. Não existe empate em um jogo de Beisebol. No caso da partida estar empatada no final da nona entrada, são disputadas novas entradas até que, no final de uma delas, o jogo esteja desempatado.

Alternância entre defesa e ataque Durante um jogo de Beisebol, as equipes, se alternam entre Tempos de Defesa e Ataque. A equipe que está no Ataque, visa marcar pontos, e é obrigada a ir para a Defesa, toda vez que tiver 3 (três) dos seus jogadores de Ataque eliminados (out). A equipe que está na Defesa, tenta evitar que a equipe adversária marque pontos e procura eliminar jogadores do ataque adversário. Ela consegue sair da situação de Defesa para a situação de Ataque, quando consegue eliminar 3 jogadores de ataque do adversário.

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Os jogadores Cada time de Beisebol é formado por nove jogadores sendo que, durante a defesa, eles estão distribuídos da seguinte forma: um arremessador (pitcher - P) no centro do diamante fazendo os lançamentos, um receptor (catcher - C) agachado atrás da base principal para receber estes lançamentos, um jogador defendendo cada base: primeira, segunda e terceira (first, second e third baseman - 1B, 2B e 3B), um jogador que auxilia os defensores de bases chamado de inter-bases (shortstop SS) e três jogadores chamados de jardineiros: esquerdo, central e direito (right, center e left fielder - RF, CF e LF) na parte mais externa do campo. Inicialmente, quando o time está no ataque, ele só tem um jogador em campo que é o rebatedor (batter). Durante o desenrolar da partida, se este time estiver jogando bem, pode ter até quatro jogadores em campo simultaneamente, ou seja, o rebatedor e mais um corredor (runner) em cada uma das outras três bases.

Os Juizes Quatro juizes (umpires), cada um próximo a uma base, controlam o jogo decidindo quanto à conquista ou não da base pelo corredor. O juiz posicionado no prato da casa, atrás do receptor, é o juiz principal da partida e também tem a função de decidir se as bolas arremessadas são válidas. Alguns jogos amadores têm apenas um ou dois juizes mas os jogos mais importantes do campeonato chegam a ter seis deles, ficando estes dois juizes extras, atentos às jogadas no jardim (outfield). 15


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Ataque Quando uma equipe está no Ataque, um jogador de cada vez entra em campo como Rebatedor (Batter) equipado com o seu bastão, procurando rebater a bola lançada pelo arremessador (Pitcher). Todos os jogadores do time entram como Rebatedores, na sua vez, numa seqüência pré-estabelecida pelo técnico. Esta seqüência é imutável durante um jogo. O técnico não pode mais alterar a ordem dos batedores depois de feita a escalação. Ele pode apenas promover substituição de um Rebatedor por outro vindo do banco, da reserva.

Objetivo do ataque O Ataque tem por objetivo marcar pontos, que acumulados, e em maior número que os marcados pelo adversário, permitem à equipe conquistar a vitória. O primeiro objetivo do Ataque é o Rebatedor conseguir rebater a bola lançada pelo Arremessador, para dentro das linhas que delimitam o campo, e de preferência longe (fora do alcance) dos jogadores da defesa. Se a bola rebatida pelo Rebatedor (Batter) for capturada no ar, antes de atingir o chão, o Rebatedor está automaticamente Eliminado (Out). No entanto, se o Rebatedor fizer uma Rebatida Válida (Hit) dentro dos limites do campo e a bola não for capturada no ar pelos defensores, ele precisa correr e atingir (pisar) a primeira base antes que a bola seja dominada e arremessada para o Defensor da Primeira Base (First Base). Se o Rebatedor (Batter) conseguir atingir a primeira base antes que a bola seja arremessada para lá e dominada pelo defensor da primeira base, ele é considerado “salvo” (Safe). Se o Rebatedor for considerado Salvo, ele passa a ocupar a base e ser considerado Corredor (Runner).

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O ponto ou corrida O Ponto ou Corrida (Run) é marcado quando o Corredor (Runner) tiver passado por todas as bases e retornar para a Base Principal. O ponto no Beisebol não é marcado pela bola e sim pelo jogador, o Corredor (Runner) no caso. Por isto que o ponto também é chamado de Corrida (Run). Um Rebatedor pode marcar um ponto direto, se ele rebater uma bola para fora da linha circular que delimita o Jardim Externo, porém dentro das linhas laterais que delimitam o campo. Esta jogada é chamada de HOME RUN (Corrida para Casa). É a maior rebatida possível pelo Rebatedor que lhe dá direito de percorrer todas as bases e retornar à Base Principal (HOME BASE).

Objetivos do corredor O Rebatedor, depois de ser considerado Salvo (Safe) pelo correspondente Juiz de Base, passa a ser ter direito à base e passa a ser considerado Corredor (Runner). O objetivo do Corredor (Runner) é conquistar a base seguinte, consecutivamente até conquistar a Base Principal (Home Base). No momento em que o Corredor conquista a Base principal, ele marca um ponto, ou também chamado Corrida (Run), para a equipe. O Corredor pode conquistar a Base seguinte de várias formas:

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MANUAL BÁSICO DE BEISEBOL (1) Empurrado, ou Impulsionado, pela Rebatida válida do Rebatedor. Isto ocorre quando o Rebatedor da vez, rebater uma bola indefensável (Hit). Sempre que acontecer uma rebatida, é obrigação do Corredor correr para a Base seguinte. Ele precisa chegar na Base antes que a bola seja dominada e arremessada para o Guardador da respectiva base a ser conquistada pelo corredor. Se a base for pisada ou tocada pelo defensor da base, com a bola dominada em suas mãos, antes do corredor tocar a base, o Corredor estará Eliminado (Out) e retorna para o banco. Ele pode ser Eliminado também se ele for tocado (Touch) pelo defensor com a bola dominada enquanto não estiver pisando na base. (2) “Roubando” a Base (Steal). Isto ocorre quando o Corredor (Runner) dispara na corrida em direção da Base seguinte enquanto o Arremessador (Pitcher) está no processo de arremesso para o Receptor (Catcher). Ele precisa ser muito rápido porque o Receptor vai arremessar rapidamente a bola para o Defensor da Base correspodente e se a bola chegar antes e o Corredor for tocado (Touch) com a bola, ele estará Eliminado (Out). (3) “Ganhando” a base de “graça” (Walk). Isto ocorre quando existe um corredor (runner) nas bases e o Arremessador (pitcher) arremessa 4 bolas inválidas (Four Ball) para o rebatedor (Batter) que ganha a base de graça (Walk), ou quando o Arremessador (pitcher) comete uma irregularidade na sequência de movimentos permitidos (Fault), ou quando o rebatedor (Batter) é impedido pelo receptor (catcher) de rebater, atrapalhando-o com a luva, ou ainda, quando o arremessador (Pitcher) acerta o rebatedor (Batter) com a bola (Get-Ball). Este direito de ganhar a base seguinte é chamado, em inglês, de Walk (andar, caminhar), porque o corredor (runner) pode ir andando até a base seguinte, sem obrigação de correr como na rebatida. Se ele estiver na Terceira Base, ele ganha o direito de avançar para a Base Principal, e conseguentemente marca um Ponto, ou Corrida (Run).

Defesa Quando uma equipe está na Defesa, seus nove jogadores entram em campo, equipados com as suas luvas, cada um para defender a sua região do campo determinada pela sua especialidade e pelo técnico. 18


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O objetivo da defesa

O objetivo principal da defesa é evitar que a equipe adversária marque pontos. Para que a equipe adversária termine logo a sua tentativa de marcar pontos, a defesa precisa provocar a eliminação de 3 (três) jogadores de ataque do adversário. Depois de eliminados os 3 jogadores, a equipe adversária é obrigada a passar para a defesa. Cada equipe, durante um jogo de beisebol, tem direito a 9 ataques e é obrigado a se defender o mesmo número de vezes.

O arremessador O conjunto mais importante da defesa é a dupla Arremessador-Receptor (Pitcher-Catcher). Eles são considerados o Coração e o Cérebro do time. A função desta dupla é impedir que o rebatedor do time adversário consiga realizar uma boa rebatida (hit). É através de um perfeito entrosamento entre estes dois jogadores que a equipe procura evitar que o Rebatedor (Batter) adversário consiga sucesso nas suas tentativas de rebatida. O arremessador (Pitcher), de preferência, procura lançar bolas que o rebatedor (Batter) não consiga atingir com perfeição. Após três tentativas frustradas de rebatida, o atacante é Eliminado (Out). A eliminação do rebatedor por 3 tentativas frustradas de rebatida chama-se, em inglês, de Strike-Out.

Região boa (strike zone) O Arremessador (Pitcher), para que a bola seja considerada Válida (Strike) para o rebatedor (Batter), precisa fazer a bola passar dentro de uma área préestabelecida, dentro do alcance do bastão do rebatedor (Batter). Ela precisa passar por uma zona, um espaço geométrico de formato 2D que segue a medida da base principal em frente ao rebatedor, e entre as alturas do joelho e do meio do peito do rebatedor (Batter). 19


MANUAL BÁSICO DE BEISEBOL Este espaço, considerado Válido (Strike), é chamado de Zona de Strike (Strike Zone). Qualquer bola que não passar dentro deste espaço geométrico, nem que seja apenas de raspão, é considerada Bola Ruim ou Inválida (Ball).

BALL ZONE BALL ZONE

STRIKE BALL ZONE ZONE

Quem determina se a bola foi Válida (Strike) ou Ruim (Ball), é o Juiz Principal (Umpire) que fica posicionado atrás do receptor (Catcher), para ter uma perfeita visão da bola.

BALL ZONE

O arremessador tem direito a jogar até 3 Bolas Ruins (Ball) para o rebatedor. E o rebatedor pode deixar passar (rejeitar) até 2 Bolas Boas (Strikes). Se o arremessador lançar a Quarta Bola Ruim (Four Ball) para o rebatedor, o juiz concede o direito do rebatedor avançar “de graça” para a primeira base (Walk em inglês, isto é ele pode ir “andando” até a primeira base).

BALL ZONE STRIKE ZONE entre altura do joelho até o peito

Se o rebatedor deixar passar a Terceira Bola Boa (Strike) , ou não conseguir acertá-la com o bastão, ele está eliminado ( Strike-out em inglês). O arremessador (Pitcher) utiliza toda uma estratégia, misturando Arremessos Bons (strikes), com arremessos ruins (balls), para confundir o rebatedor (Batter). Além

BALL ZONE

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MANUAL BÁSICO DE BEISEBOL disso, o arremessador (Pitcher) ainda mistura bolas rápidas (Fast Ball, Streath Ball), bolas lentas (Off Speed, Change Up), bolas curvas (Curve Ball), tudo para impedir que o rebatedor (Batter) consiga atingir a bola adequadamente. Se a bola não for atingida adequadamente, ela pode subir demais e assim se tornar uma bola fácilmente defensável (Fly Ball ou “bola voadora”). Ou então sair uma rebatida fraca e rasteira (Ground Ball ou Grounderl) que também normalmente é de fácil defesa. Precisa haver um perfeito entendimento entre o Arremessador e o Receptor (Pitcher e Catcher), pois costuma ser o Receptor (Catcher) a solicitar ao arremessador (Pitcher) o tipo de bola mais adequado para confundir o rebatedor (Batter). O Receptor (Catcher), considerado o Cérebro do time, precisa conhecer o repertório de bolas do arremessador (Pitcher) e as fraquezas do rebatedor (Batter). Portanto, uma boa dupla ArremessadorReceptor ( Pitcher e Catcher ), com bom entrosamente, pode impedir que os rebatedores (Batter) se tornem corredores (Runner), eliminando-os antes de conquistarem a primeira base (First Base). Se uma dupla Arremessador-Receptor (Pitcher e Catcher) conseguirem a proeza de evitar que nenhum rebatedor (Batter) da equipe adversária conquiste a primeira base num jogo, isto é considerado um JOGO PERFEITO (Perfect Game). Isto é a realização máxima para a dupla Arremessador-Receptor (Pitcher e Catcher). Existe ainda uma outra proeza desta dupla chamada de NO HITTER, que significa que nenhum rebatedor (Batter) conseguiu uma Rebatida Válida (HIT) durante todo o jogo.

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Formas de eliminação (Out) 1. Strike-out, ocorre quando o Arremessador (Pitcher) consegue lançar 3 bolas boas (strikes) sem que o Rebatedor (Batter) consiga rebatê-las. Neste caso o receptor (Catcher) deve segurar a terceira bola, caso não consiga o mesmo deve eliminá-lo na primeira base ou dar Touch. 2. Fly-ball (Bola voadora), ocorre quando o Rebatedor (Batter) rebate a bola lançada pelo arremessador (Pitcher), porém, a bola sobe e fica fácil a defesa pegá-la no ar. 3. Quando o Rebatedor (Batter) rebate um Fly-ball e existe um corredor (Runner) em uma das bases, este não poderá sair da base antes que a defesa domine a bola no ar. Se o Corredor (Runner) sair da base antes, este deverá, obrigatoriamente, voltar a base que estava, porém, se a defesa dominá-la no ar e fazer com que a bola chegue antes que o corredor (Runner) este também estará eliminado (out). 4. Ground Ball (Bola Rasteira), ocorre quando o Rebatedor (Batter) rebate a bola lançada pelo arremessador (Pitcher), porém rasteira de fácil domínio da defesa que a lança para a primeira base (First Base), fazendo com que a bola chegue antes que o Rebatedor. 5. Touch, Quando existe um corredor (Runner) este por descuido está fora da base, o defensor da base ao ter o domínio da bola em suas luvas ou mãos toca (Touch) o corredor (Runner) que estará eliminado (out). 6. Quando o corredor (Runner) ocupando uma base, após a rebatida do rebatedor (Batter) é obrigado correr para a base seguinte, porém, a defesa domina a bola e faz com que chegue antes do corredor (Runner) chegar a base obrigatória. 7. Interferência, Quando o rebatedor (Batter) rebate uma bola curta dentro do campo e este na corrida para a primeira base atropela a bola que está em jogo, este automáticamente estará eliminado. O mesmo acontece com o corredor (runner) que ao correr para a próxima base atropela a bola rebatida pelo rebatedor (Batter) 8. Quando o rebatedor (Batter) ou o corredor (Runner) pratica o jogo anti-desportivo ou agressão, além da expulsão do mesmo. 9. No Tee-Ball e no Softball, quanto o corredor (Runner) sai da base ocupada antes do lançamento do arremessador (Pitcher).

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ALGUMAS JOGADAS ESPECIAIS

Conforme já citado antes, o corredor (Runner) pode conquistar mais de uma base em uma mesma jogada, que é chamada de corrida dupla ou tripla (double ou

triple run), ou as quatro base (Running Homerun) conforme o caso. A defesa por sua vez também pode eliminar mais de um jogador em uma mesma jogada, que é chamada de jogada dupla ou tripla (double ou triple play). A jogada tripla é muito difícil pois os jogadores de defesa têm que ser extremamente rápidos. Ela consiste, normalmente, em lançar a bola (recuperada após uma rebatida válida) para o guardador da terceira base (eliminando o corredor que avançava para esta base), que lança para o da segunda base (eliminando mais um corredor), que lança para o da primeira base (eliminando o terceiro atacante que no caso é o rebatedor). Assim, em apenas uma jogada três jogadores são eliminados e os times trocam de posição. Outra jogada interessante é a rebatida de sacrifício. Neste caso, se existirem corredores (Runners) em condições de marcar pontos (na terceira e/ou segunda bases) e houver no máximo um jogador eliminado (out), o rebatedor (Batter) pode decidir por se sacrificar, sendo eliminado mas dando tempo a um companheiro de chegar à base da casa e marcar um ponto. Este sacrifício pode ser feito rebatendo uma bola voadora (sacrifice fly) ou dando um pequeno toque na bola, de preferência para o lado da primeira base (sacrifice bunt), ou rebatendo qualquer bola que o arremessador (Pitcher) lançar (Hit to Run). Estas jogadas facilitam o time de defesa na eliminação do rebatedor mas dão chance aos corredores (Runners) de marcar pontos.

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RESUMO

Naturalmente que os ítens acima não esgotam as regras deste esporte. Na Enciclopédia Britânica, por exemplo, o verbete sobre Baseball ocupa seis páginas! Por outro lado, esta descrição pode ser ainda mais resumida, se nos concentrarmos nos seguintes pontos principais: a) o arremessador (pitcher) só pode errar três vezes a zona de “strike” pois no quarto erro o rebatedor (batter) conquista a primeira base sem disputa e outro rebatedor (batter) entra em seu lugar; b) o rebatedor (batter) só pode ter dois “strikes” pois no terceiro ele é eliminado (out) (conta como “strike” qualquer tentativa de rebatida - exceto se for o terceiro em uma bola rebatida para a zona morta - e qualquer bola arremessada na zona de “strike” ); c) o rebatedor (batter) também é eliminado (out) se a bola rebatida for recuperada pela defesa, antes que ela toque o chão; d) no caso do item anterior (bola recuperada antes de bater no chão) qualquer corredor só pode sair de sua base (para tentar conquistar a próxima), depois que o defensor estiver com a bola na mão; e) o corredor (Runner) só conquista uma base se chegar nela antes do jogador de defesa que tem a bola na mão e se, durante a corrida, não for tocado (Touch) por este defensor (caso contrário está eliminado); e f) quando o time de defesa eliminar três jogadores do time de ataque, os times trocam de posição.

PLAY BALL !!!

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CURIOSIDADES

No Brasil, o crescimento do beisebol aconteceu com a chegada dos imigrantes japoneses, que se expandiram pelo interior de todo estado de São Paulo e norte do Paraná, por este motivo e por muitos anos o beisebol era considerado um jogo de japoneses. Sua influência foi tanta que os nomes das posições, jogadas e regras são em inglês com sotaque japonês. Ou seja, a dificuldade que os japoneses têm para falar a palavra inglesa é tão grande devido a limitação do alfabeto japonês que normalmente se pronunciam em sílabas e não em letras separadas. Por exemplo a palavra ENGLISH que em japonês se pronunciaria INGURISHI. Portanto quando dizemos as posições: ARREMESSADOR

PITCHER

PITCHYA

RECEPTOR

CATCHER

KYATCHYA

1ª BASE

FIRST BASE

FASUTO BEISU

2ª BASE

SECOND BASE

SECANDO BEISU

3ª BASE

THIRD BASE

SAADO BEISU

INTERBASES

SHORT STOP

SHOOTO ISTOPU

JARDINEIRO ESQUERDO

LEFT FIELD

LEFUTO FIIRUDO

JARDINEIRO CENTRAL

CENTER FIELD

CENTAA FIIRUDO

JARDINEIRO DIREITO

RIGHT FIELD

RAITO FIIRUDO

REBATEDOR

BATTER

BATTAA

CORREDOR

RUNNER

RANNAA

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MANUAL BÁSICO DE BEISEBOL E jogadas como: JOGAGA DUPLA

DOBLE PLAY

DOBURU PUREI

BOLA BOA

STRIKE

SUTORAIKU

BOLA RUIM

BALL

BORU

ELIMINADO

OUT

AUTO

SALVO

SAFE

SEEFU

BOLA VOADORA

FLY BALL

FURAI BORU

HOMERUN

HOMERUN

HOMURAN

UM

ONE

WAN

DOIS

TWO

TSU

TRES

THREE

SURII

QUATRO

FOUR

FORU

BOLA FORA

FAUL BALL

FAARU BORU

BOLA

BALL

BORU

CORRENDO

RUNNING

RANNINGU

REBATEDOR DE EMERGÊNCIA PIT HITTER

PITHY HITTAA

TROCAR

CHANGE

THYENJI

EM LINHA

IN LINE

IN RAINAA

BATIDA

HIT

HITTO

TOCAR

TOUCH

TAATCHY

JUIZ

UMPIRE

SHINPAN

VOLTAR

BACK

BAKKU

UM PINGO

ONE BAND

WAN BANDU

REBATENDO

BATTING

BATTINGU

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IMPORTANTE

AS TÉCNICAS APRESENTADAS A SEGUIR, PODEM VARIAR DE ACORDO COM A INTERPRETAÇÃO DO LEITOR. POR ESSE MOTIVO, ACONSELHO QUE OBSERVE E TIRE AS DÚVIDAS COM UM INSTRUTOR. UM MÁ INTERPRETAÇÃO DESTES FUNDAMENTOS PODEM FAZER COM QUE O JOGADOR FAÇA OS MOVIMENTOS DE FORMA ERRÔNEA, DIFICULTANDO A CORREÇÃO FUTURAMENTE. NÃO EXECUTE OS FUNDAMENTOS INSISTIVAMENTE SEM A APROVAÇÃO DO INSTRUTOR.

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TÉCNICAS DE BATTING A primeira coisa que precisamos observar é que uma batida boa nem sempre depende de força. A maioria das vezes a força que precisa ser utilizada no batting é a força adquirida através de exercícios específicos e técnicos e muita dedicação. A segunda coisa é que uma boa batida é atingida não com a força dos braços e sim com a força que é aplicada no jogo da cintura e de todo movimento do corpo. A terceira e mais importante é a visão, precisamos enchergar a bola para podermos acertá-la. Se não conseguimos enchergá-la então não conseguiremos rebatê-la, pois, estaremos dependo somente da sorte.

POSIÇÃO DE BATTING Exemplo rebatedor destro.

Altura do Bastão, mão direita na altura da orelha e na direção do pé direito

Visão fixa para o Pitcher

Queixo sobre o ombro esquerdo

Coluna sutilmente dobrada para frente.

Segure firme o bastão com a mão esquerda deixando um espaço de dois dedos do final do bastão. Então alinhe a mão direita junto a mão esquerda e apenas apoie o bastão.

Joelhos um pouco dobrados

Abertura das pernas um pouco a mais que os ombros

Pernas alinhadas com a linha de Batting em frente ao Home Plate 28


MANUAL BÁSICO DE BEISEBOL a ponta do bastão devido ao movimento da cintura deve ir em direção da cabeça, sobre o ombro direito

o queixo mantém-se sobre o ombro esquerdo e a visão fixa na bola impulsione a cintura para trás, como se estivesse engatilhando um estilingue. com o movimento da cintura e o pé direito fixo, o joelho esquerdo acompanha o movimento de forma a ganhar força para disparar o pé esquerdo para frente em direção da bola.

pé direito firme ao chão

o movimento do bastão deve acompanhar o movimento do corpo, de forma que a força nele imposta venha através da cintura e não dos braços

a mão esquerda continua segurando firme o bastão e a direita só acompanha ao firmar o pé esquerdo, gire cintura para frente em direção a bola utilizando-se do impulso conseguido quando engatilharmos a cintura para trás.

cotovelo direito colado ao corpo ao movimentar-se para frente a força passa para da perna direita para a perna esquerda, e para facilitar o movimento da cintura gire a perna direita para frente 29


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olho fixo na bola, principalmente na hora do impacto

Ponto de impacto, ao gira a cintura para frente e fixar o pé esquerdo passando toda a força do lado direito passa para o lado esquerdo do corpo, fazendo aquela base do movimento do estilingue que agora faz com que os braços que seguram o bastão vão para frente e, ao esticálos, neste momento, na hora do impacto é que colocamos força no braço direito.

neste momento o braço esquerdo dobra-se fazendo com que o braço direito o sobreponha.

neste momento o braço esquerdo dobra-se fazendo com que o braço direito o sobreponha. Completando assim o giro do bastão que vai até o ombro esquerdo. 30


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SWING Observe que a posição da cintura e altura da visão é mantida a mesma durante todo o movimento.

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TÉCNICAS DE CORRIDAS

Se observarmos o traçado do campo de beisebol, podemos ver que no trajeto do Home à 1ª Base há um traçado paralelo e nas outras bases não há. Este traçado destina-se a área de corrida do corredor (Runner), evitando que o corredor (Runner) atrapalhe a defesa ou mesmo a defesa atrapalhe o corredor (Runner). Com relação as outras bases, em realidade existe o mesmo traçado porém imaginário. Desta forma o corredor (runner) não pode se desviar destre traçado, podendo ser considerado eliminado (out) automáticamente se o fizer. O rebatedor (batter) ao rebater um batida curta, dever focar-se exclusivamente a corrida à 1ª base, portanto, somente na 1ª Base o corredor (runner) poderá ultrapassar a base desviando-se para fora do campo. Mas, prestem muita atenção o mesmo deverá retornar a base pelo lado de fora do campo, se o corredor (runner) voltar por dentro das linhas do campo será considerado em jogo e a defesa poderá eliminá-lo. Se o rebatedor (batter) consiguir uma batida mais longa e acreditar que pode ganhar mais que uma base, o mesmo deverá abrir sua corrida a base há uns três passos antes chegar a base e pisar com o pé esquerdo na base, facilitando assim a curva para a próxima base. E assim, sucessivamente.

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TÉCNICAS DE ARREMESSOS

A primeira coisa que precisamos entender que o beisebol não é somente ataque, se não existir o equilíbrio com a defesa, o jogador sempre será incompleto. Para segurar a bola de forma que ela não escorregue na hora do arremesso, devemos apoiar os três dedos sobre as linhas ou costuras que sobressaem da bolas. O lançamento se deve ao trabalho da quebra da munheca para frente, fazendo com que o polegar solte a bola que é impulsionada pelos dedos indicador e médio.

3. os outros dedos ficam dobrados, simplesmente apoiando a bola

1. apoie os dois dedos (indicador e o médio) sobre a costura

4. movimento de lançamento utilizando-se da munheca

2. encaixe a bola deixando um espaço e segure com o dedo polegar.

Quanto a potência e precisão do lançamento, se deve ao movimento de corpo, principalmente braço, pernas e cintura.

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De novo o fator fundamental é a visão, devemos fixar na direção para qual queremos lançar a bola. Un dos exercícios mais praticados é o Catch-Ball, que consiste em arremessar a bola para o companheiro e recepcionar a bola lançada pelo companheiro.

Para fazer o lançamento, (exemplo destro) colocamos o pé esquerdo apontado para a direção do companheiro e com a visão fixa no peito dele, fazemos o movimento de lançamento, abrindo os dois braços de baixo para cima e com o cotovelo esquerdo apontando para a direção do companheiro como contrapeso e balanço do corpo. Enquanto o direito sobe com munheca acima da cabeça. 35


MANUAL BÁSICO DE BEISEBOL Os mesmo movimentos visto de costa.Agora o corpo avança para frente na direção do companheiro, fazendo com que a cintura gire; neste momento o braço direito acompanha o giro da cintura, com o cotovelo adiantado para frente; e ao firmar o pé esquerdo no chão torax faz um movimento de cata puta lançando o braço direito para frente arremessando a bola.

Para que o arremesso da bola pegue velocidade, não utilizamos somente a força nos braços e sim de todo um conjunto de movimentos do corpo.

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Alguns treinamentos específicos ajudam a melhorar o controle da bola, como arremessos em séries sobre um alvo. E a corrigir o movimento do corpo como no caso do espelho.

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POSIÇÃO DE DEFESA Ponto a observar: nem sempre a bola rebatida é tão rápida a ponta que a defesa consiga dominá-la e lançá-la a base para eliminar a jogada. Portanto a defesa precisa tirar alguma vantagem do corredor, adiantando a jogada, ou seja, não esperando a bola e sim buscando o mais rápido possível a bola rebatida. E como não podemos adivinhar para onde vai a rebatida, toda a defesa deve estar atenta a jogada. Adiantando todas as jogadas possíveis mentalmente. Posição semi-agachado, impondo força nas pontas do pé, para que possamos disparar com agilidade em direção da bola rebatida. Correr em direção da bola, para que a defesa ganhe mais vantagem sobre o corredor.

Em posição agachada colocando a luva e a mão entre as pernas, formando um triângulo, criamos um bloqueio de forma que impessa a bola de passar. Após dominar a bola, devemos lançá-la de forma precisa e o mais rápido possível para a base de eliminação para completar a jogada.

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Em posição agachada colocando a luva e a mão entre as pernas, formando um triângulo, criamos um bloqueio de forma que impessa a bola de passar. Após dominar a bola, devemos lançá-la de forma precisa e o mais rápido possível para a base de elimanação para completar a jogada.

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Quanto mais a defesa conseguir adiantar a jogada, correndo em direção da bola e lançando-á o mais rápido e preciso possível para a base de eliminação; podemos assistir a grande jogadas como do Doble-play (quando a defesa consegue iliminar dois em uma só jogada) ou até a mesmo a Triple-play (quando a defesa consegue iliminar três em uma só jogada).

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FLY BALL Uma das jogadas mais interessante no beisebol acontece quando o rebatedor rebate uma bola voadora, provocando tensão sobre todos inclusive os expectadores, pois, é uma jogada que pode provocar a eliminação do rebatedor e outros corredores, como também pode provocar a salvação em pontos para o time de ataque. De novo o fator fundamento é o ponto de vista do jogador de defesa, que, deve correr em direção da bola e não se posicionar em baixo da bola, mas sim a um passo atrás da direção em que a bola está caíndo.

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MANUAL BÁSICO DE BEISEBOL Ao posicionar-nos a um passo atrás, mantemos nossa visão fixa sobre a bola e preparamo-nos para o arremesso. Agora se posicionar-mos em baixo da bola, os ventos pode no enganar, dificultando assim a defesa e nosso ponto de vista.

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REGRAS DO T-BALL Normalmente são definidas durante o congresso técnico, apontando lances ocasionais que colocam dúvidas algumas das regras do t-ball. Lembrando que esta categoria trata-se de um categoria com o objetivo de incentivar as crianças a prática de esportes. Segue algumas das regras normais: 1) Equipes deverão jogar com no mínimo 9 atletas, podendo ser jogado com mais desde acordado previamente com a equipe adversária, sendo estes jogando nas posições do outfield. 2) Uma partida contém 5 innings, sendo que, dependendo do campeonato este irá para prorrogação e penalidade. 2) Change é considerado quando a defesa consegue executar 3 eliminações ou quando o ataque completa 5 pontos. 3) Além das linhas do campo existe ainda um semi-círculo a frente do batter box, indicando a batida mínima para ser considerado dentro de jogo. Se a bola rebatida parar dentro desta área é considerado foul ball. 4) Quando após a rebatida, a defesa ao tentar eliminar a jogada erra no lançamento de forma que a bola percorra uma distância longa, o corredor do ataque só poderá percorrer uma base além da conquistada. Porém, se a defesa conseguir salvar a bola e o corredor estiver fora da base e se tocado com a bola este estará eliminado. 5) Quando o rebatedor faz uma boa rebatida ao fundo de campo, este poderá correr mais de uma base, parando a jogada quando a defesa assegurar a bola e lançá-la para frente. Neste caso, é considerado a linha divisória entre uma base e outra, se o corredor conseguiu passar a metada da distância antes da defesa lançar a bola este ganha a base objetivo; agora se este não conseguiu passar a metada da distância antes da defesa lançar a bola este deverá volta a base anterior. 5a) Este é uma das jogadas que causam polêmicas, pois, foram descritas acreditando na falta de habilidade da defesa de conseguir completar a jogada como uma intenção real de eliminação do corredor, porém, vimos assistindo estas jogadas acontecerem, o que faz com que algumas regras sejam reescritas. Neste caso, temos que haver um acordo pré-estabelecido antes do início da partida, para que o mesmo possa ser


executado pelo adversário. Vale lembrar que a intenção é de ensinar e não de ganhar, não podemos esquecer que há sempre atletas iniciantes que ainda não compreendem a regra e acha que é apenas bater e correr a quantidade de bases que for possível, não sabendo desta jogada. É um caso que está em análise. 5b) O mesmo acontece quanto o rebatedor erra a batida e o catcher habilidoso defende a bola e lança a primeira base pegando o corredor de surpresa eliminando-o, porém e se o defensor errar a bola: o corredor terá direito a uma base? Na regra normal do t-bol a jogada só será válida a partir da rebatida, mas não devemos descartar que a cada ano o t-bol vem jogando muito mais. 6) Quando a bola rebatida atravessar a cerca sem que tenha contato com o campo é considerado home-run. 7) Quando a bola rebatida atravessar a cerca tendo contato com o campo é considerado two-base e o ataque conquista 2 bases, impulsionando todos os corredores também em 2 bases.

PLAY BALL !!!


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