Jornal
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Ano 6 - 41ª Edição - Fevereiro/2014 - Órgão oficial de Comunicação da Arquidiocese de Uberaba
2014 é o ano da Catequese em nossa Arquidiocese Aprovado pelo 12º Plano Pastoral Arquidiocesano de Uberaba - Papiu, 2014 dará atenção preferencial à Catequese. A proposta é repensar nossa catequese, não só no sentido de criar novas fórmulas e maneiras de evangelizar, mas também de preparar melhor nossos agentes. Quais são as perspectivas de ação pastoral? Quais são as prioridades? Esta edição do Metropolitano vem tratar justamente destes assuntos e, ao mesmo tempo, motivar os católicos a participarem dessas ações de nossa Igreja. Páginas 06 e 07.
Iniciação à Vida Cristã Em Araxá, criada a Esta frase se tornou importante nas paróquias. A proposta é criar meios que proporcionem ao cristão um verdadeiro encontro pessoal com Jesus Cristo. Na prática, como fomentar isto? É o que você confere nesta edição. Página 06.
Vinte diáconos permanentes Entre janeiro e março serão ordenados 20 diáconos permanentes na Arquidiocese de Uberaba. Nove deles receberão o novo ministério no próximo dia 22, no Santuário da Medalha. Página 2
Paróquia Mãe Rainha
Intereclesial de CEBs em Juazeiro Representantes da Arquidiocese de Uberaba, entre eles, dom Paulo, estiveram participando em janeiro, em Juazeiro do Norte, Ceará, do 13º Intereclesial das CEBs. Foram mais de 5 mil pessoas mostrando que as CEBs estão vivas por todo o Brasil. Página 11.
Por 19 anos ele comandou a Arquidiocese de Uberaba. Dom Benedicto Ulhoa Vieira, em seu pastoreio, nos presenteou com sua oratória e, sobretudo, enfrentou os poderosos em defesa dos marginalizados. Página 12.
RCC na Catedral Ele é um dos mais antigos dos 23 grupos da RCC existentes em Uberaba. São 37 anos de história. Em janeiro, nova coordenação tomou posse. Página 09.
Encontro de Folias em Romaria Em 2014 o tradicional Encontro de Folias de Reis em Romaria bateu vários recordes. Foram cerca de 80 Companhias de Reis e quase 18 mil fiéis presentes à festa. Página 04.
Toca de Assis dá lugar à Casa São Pio
Depois de 12 anos, a Fraternidade Toca de Assis deixou a cidade de Uberaba. Entretanto, o serviço antes realizado por eles continua sob a responsabilidade dos membros da Casa de Acolhimento São Pio. Página 08.
Dom Benedicto, com ele Uberaba chegou à CNBB
A missa de instalação da Paróquia Mãe Rainha foi em 25 de dezembro, presidida por dom Paulo Mendes Peixoto. Padre Luizinho assumiu a direção da caçula de nossas paróquias. Página 05.
ECC faz envio de Cruz Peregrina Escola das Irmãs no Prata Desde meados de 1950, as irmãs de São João Batista e Santa Catarina de Sena oferecem à comunidade do Prata educação de qualidade. Trata-se da Escola Nossa Senhora da Aparecida. Página 09.
Novo rodízio de padres Seis padres vão mudar de paróquia neste começo de ano. A maioria das posses acontece em fevereiro. Uma delas será a de monsenhor Célio Lima à frente da Paróquia de Santa Teresinha. Página 03.
Uberaba pretende participar efetivamente do Congresso do ECC, em julho, na cidade de Colatina – ES. Para tanto, no mês passado, membros do ECC da Arquidiocese fizeram o envio de Cruz Peregrina que irá percorrer nossas paróquias. Página 03.
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artigos
Jornal Metropolitano - Uberaba, fevereiro de 2014
Editorial 2014! Caríssimos amigos e amigas, Saúde e paz! Chegamos a 2014 com a pressa de sempre, com a montanha de atividades de sempre. Continuam imensas as solicitações, os deveres e obrigações. Vamos repetir 2013? É o que parece!! Mas não precisa ser assim. Podemos construir o novo, não precisamos nos repetir! Há lições que precisam ser aprendidas. Gostaria de elencar algumas: 1º- A lição da Bondade e da Ternura. Aprendemos de Deus esta lição no Natal, que não passou. Jesus é a maior lição da Bondade e da Ternura de Deus. Tornou-se o seu sacramento. Como cristãos, somos provocados com esta lição. Devemos ser, nós também, sacramentos da Bondade e da Ternura. Assim como Jesus é do Pai, nós devemos ser de Jesus. Pense em como seria diferente ao seu redor se você semeasse Bondade e Ternura. 2º- Eu me recuso a ser feliz sozinho. Todos querem e buscam a felicidade. Deus também a quer para todos nós. É licita e válida essa busca, mas para nós, cristãos, há um agravante: eu não posso querer a felicidade só para mim ou somente a minha. Por força de minha fé, devo querer e buscar a felicidade de todos. 3º- Devo voltar por outro caminho. O Evangelho da festa da Epifania termina dizendo que os magos voltaram por outro caminho para suas casas. A provocação é clara para nós: tendo visto Jesus, tendo-se encontrado com Ele, é preciso seguir na vida por outros caminhos, distintos dos caminhos do ódio, da vaidade desmedida, do orgulho, da indiferença, do egoísmo. Os caminhos, agora, precisam ser os caminhos do Evangelho, das Bem-Aventuranças. Como Pastoral da Comunicação em suas três expressões: rádio, jornal e sites, queremos reafirmar nosso compromisso de cristãos e usar estes meios para evangelizar. Queremos semear a Bondade e a Ternura de Deus, falando, cantando e contando. Queremos ser profetas do novo! Há um mundo novo para ser construído, um mundo marcado pelas maravilhas do Bom Deus! O mundo pode ser melhor, mas cada um de nós precisa fazer sua parte. Então, a construção desse mundo melhor passa pelas minhas e pelas suas mãos. Santo Inácio de Loyola expressava assim esta certeza: “Faça tudo como se tudo dependesse de você, sabendo que tudo depende de Deus”! Sabemos que, como canta o poeta, “fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho!” Deste modo, marcados pela Bondade e pela Ternura, queremos refletir e fazer refletir sobre esta proposta: eu me recuso a ser feliz sozinho. Ao longo de 2014, nossa Pastoral da Comunicação quer ajudar a Igreja a propor, sempre de novo, o Evangelho em sua força e vigor. Nós acreditamos nessa força que é capaz de arrebatar os corações, de desfazer os muros do ódio e do egoísmo, de derreter as geleiras da indiferença. Uma força que possibilita um mundo novo, um mundo de paz! Este é o nosso compromisso com Jesus, com a Igreja, com a nossa Arquidiocese e com você. Ao longo de 2014, nas suas edições mensais, o nosso Jornal Metropolitano quer estar conversando, discutindo, refletindo com vocês sobre temas e assuntos que nos atingem como sociedade e Igreja, como pessoas e famílias, num compromisso sério de fazer com que o Evangelho seja a norma, o caminho, a verdade e a vida! Queremos agradecer a todos os que continuam conosco nesta bela aventura de fazer este Jornal. O nosso muito obrigado a editores, colunistas, membros da Equipe e, de um modo especial, aos que tornam o Jornal viável financeiramente, fazendo nele seus anúncios. Que a Bondade e a Ternura de Deus sejam os nossos grandes presentes de Ano Novo!
2014: ano da Catequese
Ano da Copa do Mundo a ser realizada no Brasil, ano eleitoral, tempo de sensacionalismo, de mobilidade, paralisações, articulações financeiras e, quem sabe, também de grandes manifestações populares e reivindicatórias, principalmente da juventude. Tudo constituindo grande alimento para fertilizar os desejos da mídia brasileira e mundial. Na arquidiocese de Uberaba, no esforço de colocar em prática o segundo ano de seu Plano Arquidiocesano de Pastoral (PAPIU), consta como alvo principal, a dimensão catequética. Ela é caminho próprio formativo e motivador de vida cristã, atingindo todas as faixas etárias das pessoas. Todos os esforços devem ser concentrados nessa dimensão. É muito importante que todas as pastorais conheçam o Plano de Pastoral e sejam verdadeiros instrumentos de formação catequética. A Palavra de Deus deve perpassar todas elas como fonte de discernimento e de compromisso com os objetivos da Igreja. O próprio Jesus diz que todo cristão deve fazer ressoar o evangelho
no coração das pessoas. Desejamos que em nossas cinquenta e nove paróquias haja esforço concentrado para trabalhar e pôr em prática seus planejamentos. Isto deve começar pelo padre, como primeiro catequista ali na paróquia, e ser seguido por todas as lideranças, dando dinamismo e articulação para as diversas pastorais, movimentos e associações. Ninguém pode como desculpa ficar esperando pelo outro. No âmbito da formação paroquial e arquidiocesana, este ano seja de maior acompanhamento da catequese, de formação dos catequistas, de encontros com as famílias dos catequizandos etc. É fundamental dar atenção à Escola Catequética Arquidiocesana. Sem uma boa formação, torna-se muito difícil dar passos significativos nas comunidades cristãs, principalmente na existência de lideranças. O Jornal Metropolitano quer ser também um aliado dessa tarefa, apresentando matérias que ajudem nas reflexões e no despertar para uma consciência mais comprometida com os
parâmetros do Reino de Deus. Convocamos toda sua equipe, seus articulistas e redatores para caminharem nessa direção. Somando forças, ideias, reflexões, leituras, poderemos, assim, ter um ano fecundo e marcado por atos de vida, e vida com dignidade. Dom Paulo Mendes Peixoto Arcebispo de Uberaba
UM MÉTODO MAIS ATUALIZADO Trata-se de pastoral vocacional para hoje
O trabalho vocacional quase nunca é um passeio – seus resultados exigem o suor do rosto. É conhecido o resultado não esperado, ocorrido aos Jesuítas no Mato Grosso. Durante décadas mantiveram inúmeras Paróquias missionárias (tendo inclusive vários bispos, filhos de Santo Inácio, na região) e jamais ordenaram um único sacerdote naquelas terras. Precisa ficar estabelecido, antes de tudo, que a vocação vem do Coração de Deus. Este é que dá a graça do chamado. “A cada um foi dada a graça, segundo a medida do dom de Cristo” (Ef 4,7). Todavia, logo após a iniciativa divina, deve começar nosso labor, dedicado, esperançoso e muitas vezes estafante. Por ocasião de minhas andanças pelo sul do país, neste mês de janeiro, tive ocasião de conhecer um trabalho vocacional muito organizado e de bons retornos. Tentarei descrevê-lo. Já é bem conhecida a nova situação familiar no mundo e no Brasil. Se antigamente a fertilidade da mulher alcançava em média oito filhos, nos tempos atuais se reduziu a um
ou dois. É bem compreensível que uma família, mesmo piedosa, com número reduzido de filhos, considere a entrega de uma filha para a vida religiosa ou um filho para a vocação sacerdotal, como proibitiva. Além de investir nos vocacionados, através das Paróquias, abriu-se hoje um horizonte muito amplo pelas redes sociais. Por meio desse expediente, pode-se criar uma verdadeira paróquia vocacional. A internet tem a facilidade de atingir a amplidão do vasto mundo. E também consegue um retorno extremamente rápido. Olhando o trabalho “cibernético” do zeloso sacerdote que conheci, às 8 horas da manhã ele colocou um texto no ar e às nove, já havia recebido 44 retornos. Tal sistema exige um promotor vocacional criativo, atento e com muita fé na graça divina. É preciso distribuir textos explicativos, ver o grau de firmeza vocacional, fazer seleção de candidatos, manter correspondência eletrônica, enviar mensagens postais, marcar encontros com os interessados, levá-los a conviverem por alguns
dias. Vi que para o aludido padre se tratava de uma experiência arrebatadora. E o que é muito importante, para aquela Congregação não havia falta de vocacionados. Dom Aloísio Roque Oppermann scj – Arcebispo Emérito de Uberaba, MG Endereço eletrônico: domroqueopp@terra.com.br
Homenagem ao jovem Gilmar
Disse Papa Francisco, na Jornada Mundial da Juventude: “Ide sem medo para servir”. Podemos afirmar que essa frase resume o que foi a breve vida do jovem Gilmar dos Reis Santos. Do início de sua caminhada na Paróquia de Santa Luzia, e posteriormente na Paróquia de Santa Cruz, além dos Movimentos Estrada de Emaús, Emaús, EJC e, por último, na Pastoral da Comunicação Arquidiocesana. Gilmar será lembrado por seu dom do canto e da alegria, um servo fiel que se dedicou a seu ministério, à evangelização dos jovens e à grande devoção a Nossa Senhora.
Abraços, Padre Valmir Ribeiro
Alex Maia
Expediente Órgão oficial de comunicação da Arquidiocese de Uberaba Praça Dom Eduardo,56, bairro Mercês, Uberaba - MG, CEP-38.060.280 E-mail: jornalmetropolitano.diocese@gmail.com Assessor PASCOM: Monsenhor Valmir Ribeiro Jornalista Responsável: Rubério Santos - Mtb: 4.384/MG - e-mail: santoruberio@gmail.com Editorias : Rubério Santos e Francine Moura Revisão: Amabile Pierroti e Luiza Nogueira Direção Comercial: Carlos Carvalho / 9151-0431 – e-mail: carvalhocunha66@gmail.com Impressão: Imprima Editora e Gráfica Diagramação: Alex Maia 9969-4028 – e-mail alexesmmaia@gmail.com Distribuição: 20 cidades do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba Tiragem: 10 mil exemplares
arquidiocese
Jornal Metropolitano - Uberaba, fevereiro de 2014
Fabiano Gonzaga é ordenado sacerdote
Em cerimônia realizada na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, na cidade do Prata, em 14 de dezembro, o arcebispo dom Paulo Mendes Peixoto ordenou padre o então diácono Fabiano Gonzaga. Centenas de fiéis de vários pontos da Arquidiocese de Ube-
raba participaram da celebração, que reuniu ainda 50 sacerdotes, além de religiosas e familiares de Fabiano. Nos ritos principais da Celebração Eucarística, o arcebispo impôs as mãos sobre a cabeça do candidato e depois o ungiu com
óleo, ordenando-o padre Fabiano Gonzaga. Coube aos antigos párocos do Prata, os padres Ricardo Fidélis, Márcio Ruback e monsenhor Célio Lima, colocarem os paramentos no novo sacerdote. Aos 25 anos e natural do Prata – MG, padre Fabiano Gonzaga
eleva para 71 o número de sacerdotes diocesanos em Uberaba. A princípio, ele continuará trabalhando na cidade de Comendador, onde vinha atuando como diácono transitório. Rubério Santos
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Agenda fevereiro 09 – 4º Encontro Arquidiocesano para cantores e instrumentistas da Música Litúrgica – Centro Pastoral – das 8h às 16h 09 – Solenidade de S. Jerônimo Emiliani e abertura do Jubileu Áureo (50 anos) da Paróquia N. Sra. das Graças – Uberaba–19h 10 – INBRAC 14 – Reunião do Conselho Arquidiocesano do EJC 14-16 – Encontro Estadual de Lideranças para Ministério Jovem da RCC 15-16 – Escola Bíblico-Catequética Arquidiocesana (V Módulo) 17-20 – Encontro dos Coordenadores de Pastorais do Leste II em Teófilo Otoni-MG 18 – Reunião dos Bispos da Província – Uberlândia – 9h 21-23 – Assembleia Estadual da RCC 22 – Ordenação Diaconal – Medalha Milagrosa – 9h
Dom Paulo ordena 20 diáconos permanentes Até março, a Arquidiocese de Uberaba ganhará 20 novos diáconos permanentes. Nesse período, serão ordenados os alunos que concluíram a segunda turma da Escola Diaconal “Dom Aloísio Roque Oppermann”. A primeira ordenação, inclusive, foi realizada no último dia 25 de janeiro, na paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Frutal. Na oportunidade, Geraldo Batista de Almeida foi ordenado diácono permanente. A ordem foi conferida por dom Paulo Mendes Peixoto, sendo que centenas de fiéis participaram da celebração.
Ainda em fevereiro, no dia 22, a partir das 9h da manhã, no Santuário da Medalha Milagrosa, outros nove candidatos serão ordenados diáconos permanentes por nosso arcebispo. As demais ordenações foram programadas para março. No dia 21, na paróquia São José, em Araxá, um candidato; dia 22, na paróquia São Sebastião, em Tapira, mais um candidato e no dia 28 de março, novamente na Medalha, em Uberaba, serão ordenados outros oito diáconos.
Formação para Equipes Dirigentes e Coordenadores Gerais do EJC – Paróquia de Santo Expedito – das 9h às 12h Reunião do Conselho Arquidiocesano de Leigos - Cúria - 14h 23 – Encontro Arquidiocesano da Pastoral Familiar 25 – Aniversário Natalício e Episcopal – Dom Paulo 25 – Reunião de Região Pastoral – Conceição das Alagoas 26 – Reunião de Região Pastoral – Ressurreição 27 – Reunião de Região Pastoral – Prata 27 – Reunião dos Funcionários da Cúria 28/02 a 02/03 – Visita Pastoral – Paróquia São Domingos (Uberaba) ARQUIDIOCESE DE UBERABA COLETAS FEITAS NAS CELEBRAÇÕES DOS DIAS 14 E 15 DE DEZEMBRO DE 2013
Rubério Santos
Cronograma de posses
26/01 - Padre Oitaé de Souza Botachin 09h30 - Nossa Senhora Abadia - Pirajuba - Pároco 19h30 - Nossa Senhora das Dores - Campo Florido Administrador Paroquial 07/02 - Padre José Eduardo Faria - Pároco 19h - Nossa Senhora do Carmo - Prata 09/02 - Padre Roberto Francisco de Oliveira - Pároco 09h30 - São Miguel - Nova Ponte 11/02 - Mons. Levi Fidelis Marques - Pároco 19h - Santo Antônio de Pádua - Araxá 16/02 - Padre Marino Molina - Pároco (foto) 19h - Santa Maria, Mãe da Igreja - Uberaba 19/02 - Mons. Célio Pereira Lima - Pároco 19h - Santa Teresinha - Uberaba
No. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61
Paróquias P. São Sebastião P. Sagrada Família P. Santo Antônio P. São Domingos P. São José P. São Sebastião P. São Geraldo Magela Área Pastoral N.S.Conc.Aparecida P. N. Sra Dores P. São Sebastião P. Imaculada Conceição P. N. Sra Lourdes P. Santa Maria dos Anjos P. N. Sra de Fátima P. N. Sra Aparecida P. N. Sra do Carmo P. Santo Antônio P. Nossa Sra Aparecida P. São Miguel P. São Sebastião P. Nossa Sra Abadia P. Santo Antônio P. N. Sra do Carmo P. São José P. Nossa Sra Abadia P. N. Sra Patr. Sacramento P. N. Sra da Abadia P. N. Sra das Dores P. São Sebastião P. Cristo Bom Pastor P. N. Sra da Abadia P. N. Sra de Fátima P. N. Sra das Graças P. N. Sra de Lourdes P. N. Sra do Rosário P. Santa Cruz P. da Ressurreição P. São José Tutunas P. Santa Bárbara P. Sto Expedito P. São Galvão P. Sagrada Família P. Catedral P. Santa Luzia P. Santa Maria Mãe Igreja P. Santa Teresinha P. Santíssimo Sacramento P. São Benedito P. São Domingos P. São Mateus P. São Geraldo Magela P. São José Gameleira P. Sta Edwirges P. São Judas Tadeu P. São José Operário P. São Miguel P. São Pedro Santuário da Medalha Carmelo Comunidade Espírito Santo Quase Paróquia N.S.Lourdes Total
Cidade A. Comprida Araxá Araxá Araxá Araxá Araxá Araxá Araxá C. Florido C. Gomes C. Alagoas Conquista Delta Fronteira Frutal Frutal Frutal Ap. de Minas Nova Ponte Pedrinópolis Pirajuba Planura Prata Prata Romaria Sacramento Sacramento Santa Juliana Tapira Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Ponte Alta Veríssimo Conceição Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba
Coleta 260,00 1.023,43 636,15 1.223,00 400,00 383,00 605,00 217,00 65,00 68,75 508,35 296,60 320,00 1.160,10 1.105,02 460,00 187,00 558,50 372,50 38,00 650,00 1.057,00 348,95 850,50 672,00 308,00 400,20 273,55 1.200,00 600,00 532,28 143,00 215,30 383,30 400,00 225,00 400,35 302,20 300,00 214,00 1.215,00 425,50 883,80 507,00 1.950,00 1.992,00 989,00 510,45 56,35 557,55 390,10 550,00 86,70 124,50 2.799,00 189,00 121,70 163,90 32.874,58
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paróquias
Jornal Metropolitano - Uberaba, fevereiro de 2014
Paróquia de Água Comprida realiza festa em louvor a São Sebastião A comunidade paroquial de São Sebastião e Nossa Senhora Aparecida, da cidade de Água Comprida, realizou entre os dias 17 e 20 de janeiro as comemorações em louvor ao mártir São Sebastião. A festa contou com a participação dos devotos da cidade e de outros visitantes. Além da parte religiosa, aconteceu também no salão paroquial uma quermesse com o intuito de arrecadar fundos para dar prosseguimento às reformas necessárias nas dependências da paróquia. De acordo com Padre Rone Carlos, muitas coisas já melhoraram na comunidade, ao longo dos dois anos que está à frente da Paróquia, graças à participação e
à colaboração efetiva de todo o povo. “Estamos trabalhando juntos com fé e determinação afim de que nossos sonhos se tornem realidade e nosso trabalho contribua para o crescimento da fé, da fidelidade e do compromisso de todos na construção de um mundo melhor,” finalizou Padre Rone Carlos.
Passagem de coroas marca o encerramento da festa de Santos Reis Centenas de fiéis passaram pela capela de Santos Reis, no bairro Olinda, no dia 06 de janeiro, em comemoração à festa dos Três Reis Magos. O dia dos Reis Santos contou pela primeira vez com a celebração de cinco missas. A primeira às 7 da manhã, depois às 10, 12, 15 e 19 horas. Na última celebração, foi realizada a tradicional cerimônia da passagem das coroas, quando os festeiros de 2013/2014 passaram àqueles que representarão os reis Baltazar, Belchior e Gaspar nos próximos festejos, relembrando a adoração ao Menino Jesus recém-nascido. Os festejos deste ano foram coordenados pelos padres Paulo Porta e
José Lourenço da Silva Júnior, com efetiva participação dos integrantes da Comunidade de Santos Reis, situada no bairro Olinda. Rubério Santos
Mais de 18 mil fiéis presentes no 37º Encontro de Folias de Reis, em Romaria A fé é o alimento do povo simples e sertanejo do Triangulo Mineiro. Nesse clima aconteceu no domingo, 12 de janeiro, na cidade de RomariaMG, no Santuário de Nossa Senhora da Abadia de Água Suja, o 37º Encontro de Folias de Santos Reis. O encontro contou com a presença de mais de 18 mil pessoas que, diante do Santuário, viram a apresentação de suas folias com suas particularidades. Foi servido um grandioso almoço com comida típica mineira para todo o público, preparado por cerca de 300 voluntários devotos de Santos Reis. A Folia de Reis é uma festa religiosa de origem portuguesa, que chegou ao Brasil no século XVIII. Em Portugal, em meados do século XVII, tinha a finalidade principal de divertir o povo, enquanto aqui no Brasil, passou a ter mais um caráter de manifestação religiosa popular da fé do povo. A abertura acontece em suas cidades no período de 24 de dezembro, véspera de Natal, a 6 de janeiro, Dia de Reis. Grupos de cantadores e instrumentistas percorrem a cidade entoando versos relativos à visita dos Reis Magos ao Menino Jesus. Passam de porta em porta convocando os moradores a doarem suas oferendas, que podem variar de um prato de comida a uma simples xícara de café. A Folia de Reis, herdada dos colonizadores portugueses e desenvolvida aqui com características próprias, é manifestação de rara beleza. Os preciosos versos são preservados de geração em geração por tradição oral. Os Magos que vieram do Orien-
te para oferecer presentes e adorar o Menino Jesus nos ensinam os valores da partilha. Prova disto é que na festa de Santos Reis há muita fartura de alimentos e muita alegria. Mais de 70 grupos de Folias participaram do Encontro, provenientes das cidades da região, entre elas Araguari, Araxá, Campos Altos, Coromandel, Monte Carmelo, Uberlândia, Nova Ponte, Ituiutaba, Perdizes, Pedrinópolis, Goiatuba-GO e Ipuã-SP. A festa também tem uma função social. Durante o dia que antecede a festa, e no próprio dia, são recolhidos alimentos e ofertas trazidos pelos fo-
liões. Os alimentos excedentes, que não são usados para o almoço do dia, são destinados a cestas básicas e encaminhados aos pobres. Para isso, é feita uma sindicância nas famílias necessitadas da cidade e da região. Desde já estamos planejando a festa do próximo ano. Muitos festeiros e foliões que passaram pela festa e que são devotos de Santo Reis prometeram suas doações de porcos, vacas, leite, alimentos e outros para a 38ª. Festa de Folia de Reis que será no dia 11 de Janeiro de 2015. Maik Neumann Naves
paróquias
Jornal Metropolitano - Uberaba, fevereiro de 2014
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Instalada em Araxá a Paróquia Mãe Rainha ECC realiza envio de Cruz em preparação
Desde o final de dezembro último, a Arquidiocese de Uberaba conta com mais uma nova paróquia denominada Mãe Rainha, na cidade de Araxá. Com ela, a diocese uberabense chegou a 59 paróquias espalhadas por 20 cidades. A missa solene de ereção canônica da Paróquia Mãe Rainha deu-se em 25 de dezembro de 2013. A celebração foi presidida por dom Paulo Mendes Peixoto e concelebrada pelos padres Marino e Luizinho. Oportunamente, além da instalação da paróquia, foi dada posse a seu primeiro pároco. Trata-se de padre Luiz Carlos de Rezende, mais conhecido como padre Luizinho. A paróquia Mãe Rainha, situada entre os bairros Ademar Rodrigues Vale e Novo Santo Antônio em Araxá, é fruto de desmembra-
mento da Paróquia Santo Antônio, que foi fundada há aproximadamente seis anos, sendo que em 2010 foi concluída a atual sede do templo. Em sua homilia, o arcebispo enalteceu a grande devoção à Mãe Rainha em nossa região, tendo em Araxá seu ponto mais forte. Lembrou que, dentro do possível, a meta é criar novas paróquias, visando dar mais atenção aos fiéis. Completou, dizendo que para isto é fundamental o surgimento de novas vocações sacerdotais. O dia 22 de agosto é dedicado à Mãe Rainha. Na nova paróquia, as capelinhas peregrinas percorrem os doze setores existentes com orações semanais.
para o Congresso no ES
Rubério Santos Integrantes do ECC da Arquidiocese de Uberaba realizaram em 16 de janeiro o envio da cruz peregrina em preparação ao 16º Congresso das Famílias, que acontecerá em julho, na cidade de Colatina, Espírito Santo. O envio ocorreu durante missa na paróquia São José da Gameleira. A celebração foi presidida por dom Paulo Mendes Peixoto e concelebrada pelos padres Rogério Aguiar e Eliseu Carvalho. Centenas de casais do ECC de Uberaba e região participaram da Celebração Eucarística. Na oportunidade, o casal coordenador José Humberto e Neusa entrou com a réplica da cruz peregrina, que contém também uma imagem de Nossa Senhora da Saúde, padroeira da cidade de Colatina, onde acontecerá o Congresso nos dias 19 e 20 de julho deste ano. Ainda na missa foi lida a provisão de nomeação de padre Rogério Aguiar como novo diretor espiritual do ECC Arquidiocesano.
Ele externou sua alegria e motivação com mais essa missão, ressaltando que acredita na ação do grupo em busca do resgate de muitas famílias para o caminho do Reino de Deus. Em sua pregação, dom Paulo ressaltou que o ECC tem muito a contribuir para a prática de valores do Cristianismo nos lares. Aproveitou para destacar o empenho do Papa Francisco neste sentido, apontando as palavras ternura, bondade e beleza como intimamente ligadas às famílias. “Que beleza ser uma família de Deus, vocacionada e doando-se para a construção do Reino,” arrematou o arcebispo. Ao final da cerimônia, dois casais de Conceição das Alagoas, pertencentes à Paróquia da Imaculada, saíram conduzindo a cruz peregrina, que percorrerá as 18 paróquias da Arquidiocese uberabense com vivência no ECC. Rubério Santos
Espaço do Santuário da Medalha Milagrosa SAnTUáRIO ARqUIDIOCESAnO DE nOSSA SEnhORA DA MEDAlhA MIlAGROSA MOSTEIRO COnCEPCIOnISTA Rua Medalha Milagrosa, 123 – Bairro Mercês – Cep.: 38060-500 – Uberaba – MG Fone: (34) 3312-9070 – Site: www.mosteiroimaculadaconceicao.org.br Facebook: Santuário da Medalha Milagrosa - Uberaba
Programação Permanente: Aberto todos os dias das 06h às 17h (exceto quarta: aberto até 20h – (Sábado e Domingo: aberto até 19h) Missas: Todos os dias 07h Quarta- feira: 07h e 19h (com a Novena da Medalha Milagrosa) Sábado: 07h e 17h30 (Missa Dominical) Domingo: 07h – 09h e 17h30 laudes (Oração da Manhã) Segunda a Sábado: 06h30 novena Perpétua da Medalha Milagrosa Quarta: 19h (com a Santa Missa) Sábado: 09h (com a Bênção do Santíssimo Sacramento) e 16h Adoração e Bênção do Santíssimo Sacramento Quinta feira: 06h às 07h Sábado: 09h (com a Novena Perpétua da Medalha Milagrosa) Terço (Contemplação dos Mistérios do Rosário) Domingo: 17h Terça feira: 15h Confissões: Segunda a Sábado: antes e após as Missas e Novenas Secretaria do Santuário Segunda a Sexta: 06h30 às 12h Sábado: 06h30 às 12h – 14h às 17h30 Batizados: 2º Domingo do mês: 10h30 Casamentos: Sábado: 19h30
Catequese: Sábado: 16h Catequese com adultos: Domingo: 16h Escola da Fé (Grupo de estudos Bíblicos e do Catecismo da Igreja Católica) Quarta feira: 20h (a partir de Março) Grupo de Casais “nova Aliança” Quinta feira: 20h (reunião quinzenal) Grupo de Jovens “luminus” Domingo: 18h30 Grupo de Oração “Ruah” RCC Terça feira: 20h lojinha do Santuário Todos os dias: 08h às 17h “O Santuário de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa é um sinal da presença de Cristo. No Santuário a Palavra Sagrada é proclamada, os Sacramentos são celebrados, a fé é alimentada, a caridade é estimulada, a esperança é vivificada e a devoção mariana é vivenciada intensamente. Todos os que entram no Santuário imediatamente são convidados a olhar para o alto, para o céu, e reconhecer que para ele caminhamos entre as coisas que passam, vivenciando esta única vida que é dom divino, na busca da Vida eterna.” Madre Maria dos Anjos do Santíssimo Sacramento, OIC – Abadessa do Mosteiro Padre Ricardo Alexandre Fidelis – Reitor do Santuário e Capelão do Mosteiro
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especial
Jornal Metropolitano - Uberaba, fevereiro de 2014
12º Plano Arquidiocesano
Igreja, casa da iniciação à vida cristã Em nossos dias é comum ouvirmos no ambiente eclesial a expressão iniciação à vida cristã. Isso acontece pelo fato de a Igreja ter voltado seu olhar para uma prática já antiga, mas que se torna urgente hoje. A iniciação à vida cristã surgiu desde os primórdios da Igreja, com a experiência de catequese dos apóstolos de Jesus. Funcionava naquele período como um processo de adesão à fé em Jesus Cristo e também à vida de comunidade, mostrando a importância que tal ação teria em cada uma daquelas pessoas, uma vez que fariam a experiência pessoal com o Ressuscitado. Vivemos em um mundo onde muitos valores estão sendo perdidos ou esquecidos, deixados de lado por
grande parte das pessoas. Isto, sem dúvida, se reflete também na religião e, principalmente, na catequese em nossas comunidades. Talvez um dos grandes fatores responsáveis por esse acontecimento seja a falta de um verdadeiro encontro pessoal com Jesus Cristo. As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil -2011-2015 (Doc. 94 da CNBB) em seu número 91 dizem que: "A comunidade eclesial é o lugar de educação na fé para crianças, adolescentes e jovens batizados, em um processo que os levem a completar sua iniciação cristã. A formação dos discípulos missionários precisa articular fé e vida e integrar cinco aspectos
fundamentais: o encontro com Jesus Cristo, a conversão, o discipulado, a comunhão, a missão. O processo formativo se constitui no alimento da vida cristã e precisa estar voltado para a missão, que se concretiza na vida plena em Jesus Cristo para todos, em especial para os pobres. A formação não se reduz a cursos, pois integra a vivência comunitária, a participação em celebrações e encontros, a interação com os meios de comunicação, a inserção nas diferentes atividades pastorais e espaços de capacitação, movimentos e associações. A formação de leigos e leigas precisa ser uma das prioridades da Igreja Particular, dado que é 'um direito e dever para todos'. Ela se
torna mais efetiva e frutuosa quando integrada em um 'projeto orgânico de formação', que contemple a formação básica de todos os membros da comunidade e a formação específica e especializada, sobretudo para aqueles que atuam na sociedade, onde se apresenta o desafio de dar 'testemunho de Cristo e dos valores do Reino'". Pensando em toda essa dimensão da iniciação à vida cristã, o 12º PAPIU volta seu olhar neste ano de 2014 para a Catequese, buscando fortalecer ainda mais a formação de nossos catequistas para que estes, estando bem formados, possam orientar bem os catequizandos, proporcionando a cada um deles que
faça sua experiência pessoal com Jesus Cristo. Em atenção a tudo isso, nosso plano de pastoral apresenta como urgência, neste ano, a Igreja: casa da iniciação à vida cristã, com o objetivo de fomentar em nossas comunidades um processo catequético que se baseie na experiência do catecumenato inicial já citado no início desse artigo. Desejo a todos os catequistas da Arquidiocese de Uberaba que o trabalho catequético seja muito frutuoso, cheio de alegrias e muitas experiências felizes em todas as comunidades.
pastoral na Iniciação à Vida Cristã e promoção da Semana de Liturgia nas Paróquias. A Comissão Pastoral para Animação Bíblico-Catequética da Arquidiocese de Uberaba já ofereceu durante o ano de 2013, e continuará oferecendo em 2014, formações, vivências, momentos de reflexão e subsídios sobre a Iniciação à Vida Cristã aos catequistas e agentes de pastoral. Teremos formações em todas as Regiões Pastorais e momentos de formação e reflexão com a participação de toda a arquidiocese. Faz-se necessário dar um novo
vigor e um novo rosto à forma de se trabalhar a catequese. Por isso, o Plano Arquidiocesano de Pastoral prevê também para este ano a elaboração de Diretrizes Arquidiocesanas para a Catequese que contemplem nossa realidade e que façam de nossa ação algo mais eficaz na promoção da pessoa e em seu encontro com Jesus Cristo. Independentemente das inúmeras dificuldades, é urgente que nossa Igreja se torne casa de formação dos cristãos, onde os discípulos missionários possam fortalecer sua vocação, alimentar a fé e a esperança para as-
sumirem a missão de dar testemunho que revela a fidelidade de cada um às propostas de Jesus Cristo. Somente assim seremos uma Igreja em estado permanente de missão. Iluminados pelo Espírito Santo, conseguiremos realizar as mudanças necessárias para sermos uma Igreja acolhedora e amadurecida na vivência da fé, seguindo as Diretrizes Gerais da CNBB em nosso Plano Arquidiocesano de Pastoral.
Leandro Santos Assessor da Comissão Pastoral para Animação Bíblico-Catequética
Atenção especial: Catequese Contemplando o rosto da educação da fé em nossa arquidiocese, seus anseios e as orientações da CNBB nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE) 2011-2015, o 12º Plano Arquidiocesano Pastoral da Igreja de Uberaba (PAPIU) traz, inserida na Urgência da idealização da Igreja, como casa da iniciação à vida cristã, a atenção preferencial à Catequese. A Arquidiocese de Uberaba tem a missão de evangelizar, em comunhão com toda a Igreja, edificando comunidades de fé e educando-as à luz dos valores do Reino de Deus. O momento histórico em que vivemos, com seus desafios e mudanças, exige dos evangelizadores preparação, qualificação e atualização. Diante desse cenário, a catequese desempenha uma missão efetiva e o Plano Arquidiocesano de Pastoral traz como prioridades a formação de agentes de pastoral e a reestruturação do processo catequético, levando em consideração a inspiração catecumenal. É urgente pensar nossa catequese com ênfase nessa proposta de inspiração catecumenal, que equivale à implantação do processo de Iniciação Cristã nas comunidades e paróquias.
Para isso, é necessário que haja agentes bem preparados para o acompanhamento dos catecúmenos, ou dos cristãos que pedem a formação, e um itinerário catequético integral e permanente, a fim de que todos tenham clareza do processo formativo. Segundo as DGAE, a Iniciação à Vida Cristã deve ter inspiração bíblica, catequética e litúrgica, pois é nos momentos de oração, nas celebrações litúrgicas, na experiência comunitária e no compromisso apostólico que o Cristo se dá a conhecer. Nesse contexto, como perspectivas de ação, o Plano Arquidiocesano de Pastoral destaca, entre outras, o aprofundamento sobre o Estudo da CNBB sobre a Iniciação à Vida Cristã (nº 97) entre bispos, padres, religiosos, diáconos permanentes, seminaristas e leigos; Estudo e implantação do Ritual da Iniciação Cristã de Adultos (R.I.C.A.); Revisão do trabalho da Pastoral do Batismo e direcionamento do mesmo para a unidade eclesial que favoreça a Iniciação à Vida Cristã de quem é batizado e de sua família; Intensificação da formação dos catequistas nas Regiões Pastorais; Formação permanente dos CPPs, favorecendo a consciência da corresponsabilidade de todos os agentes de
Márcia Marques dos Santos Felix Comissão Pastoral para Animação Bíblico-Catequética
especial
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Pastoral da Igreja de Uberaba Perspectivas de ação pastoral Prioridades do
Nossa Igreja Arquidiocesana vive o segundo ano de seu Plano de Pastoral. De acordo com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil (2011-2015), a urgência de 2014 é a idealização da Igreja como casa de iniciação à vida cristã,
com atenção preferencial à Catequese. Nesse contexto, as Perspectivas de Ação para este ano visam dar condições de um aprofundamento pessoal e comunitário de nossas realidades pastorais.
São 7 (sete) as perspectivas de ação para o ano de 2014: Frente à necessidade de um melhor conhecimento e atualização do que significa Iniciação à Vida Cristã, a proposta é que seja realizado um estudo aprofundado sobre o Doc. 97 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) que trata justamente da Iniciação à Vida Cristã. Esse estudo será destinado a todos que formam a Igreja: bispos, padres, religiosos, diáconos permanentes, leigos consagrados, seminaristas e todos os fiéis engajados em pastorais nas diversas comunidades.
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Existe na vida da Igreja um Rito de Iniciação Cristã dos Adultos (RICA), um caminho proposto pela Igreja para acolher na vida da própria comunidade cristã os que, já sendo adultos, não têm os sacramentos de iniciação à vida cristã. A estes a Igreja oferece um caminho de ingresso na vida cristã. Também esse documento (ritual) será estudado em nível de Arquidiocese para depois ser implantado nas paróquias.
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Quanto ao Sacramento do Batismo, em cujo trabalho se percebe não haver uma linguagem comum nas orientações arquidiocesanas sobre a Pastoral do Batismo, deverão ser intensificados esforços para que seja esse momento de preparação e realização do sacramento lugar de favorecimento dos pais e padrinhos. Também para todos os presentes seja uma verdadeira Iniciação à Vida Cristã, tanto do batizado como de sua família.
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Como este ano é voltado à Catequese, haverá intensificação da formação dos nossos catequistas, em nível de Região Pastoral.
Percebemos que em nossa Arquidiocese muitos CPPs (Conselhos de Pastoral Paroquiais) não têm presente seu verdadeiro compromisso eclesial. Será fomentada, em nível de Região Pastoral, a formação permanente para os CPPs, levando a seus membros maior consciência de sua corresponsabilidade na vida da Igreja.
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Será promovida uma peregrinação de toda a Arquidiocese ao Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora da Abadia, em Romaria, marcada para 15.11.2014, valorizando o Santuário existente dentro da Arquidiocese.
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Visando a uma continuada formação à vida cristã, percebemos a necessidade de formação para todos os agentes paroquiais sobre o mistério celebrado, a Liturgia. A proposta apresentada é que aconteça, em nível paroquial, a Semana de Liturgia. Que realmente façamos deste ano pastoral um grande momento de renovar nossa caminhada eclesial, particularmente na vivência da vida cristã e no conhecimento aprofundado de alguns documentos de nossa Igreja, ajudando-nos a todo instante a uma maior consciência como cristãos pelo compromisso assumido no Batismo e na Crisma.
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Padre José Edilson da Silva Coordenador Arquidiocesano de Pastoral
12º PAPIU em 2014
São duas as prioridades apresentadas pelo 12º Plano Arquidiocesano de Pastoral da Igreja de Uberaba para o ano de 2014, a saber: 1 – Formação dos agentes de pastoral; 2 – Reestruturação do processo catequético, levando em consideração a inspiração catecumenal. A partir delas, vamos agora conhecer um pouco do que a Comissão Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética propõe para este ano. Com relação à formação dos agentes de pastoral, que é a primeira prioridade, a Comissão de Catequese da Arquidiocese promoverá em todas as regiões pastorais um momento formativo que será dividido em dois: primeiro, oferecendo o estudo do RICA – Ritual da Iniciação Cristã de Adultos – que nos apresenta um modelo de Catequese inspirado no catecumenato dos tempos dos apóstolos de Jesus Cristo. Um modo de catequizar que pode ser aplicado tanto para adultos como para crianças em idade de catequese. Em um segundo momento, os catequistas serão convidados a um trabalho em grupos, realizando os ritos propostos pelo RICA, como uma forma de terem sintonia e contato com a ação, saindo, assim, do campo teórico e partindo para o que será a prática do ato catequético. A Comissão quer oferecer também aos catequistas nosso Segundo Subsídio Catequético com o
tema: Iniciação à vida cristã de inspiração catecumenal. O subsídio será composto de texto sobre o tema “O rito de iniciação cristã de adultos e crianças em idade de catequese” com comentários, e do texto de vivência, que poderá ser realizado posteriormente pelos catequistas em suas respectivas comunidades. A segunda prioridade, que trata da reestruturação do processo catequético, levando em consideração a inspiração catecumenal, será contemplada dentro da elaboração de novas diretrizes para os Sacramentos, dentro das quais a catequese está inserida. Com a reestruturação do processo catequético, queremos propor um itinerário semelhante ao de Jesus com seus discípulos. Ele formou seus discípulos lentamente, primeiro chamou-os e ensinou, propiciando o convívio com ele e entre eles. A partir daí, temos etapas na missão: são enviados, experimentam o aprofundamento de tudo o que tinham aprendido com o Mestre Jesus, porém não estavam prontos para assumir a tarefa de ser Igreja, careciam ainda de uma profunda experiência com o mistério pascal. É justamente essa experiência que a catequese deve proporcionar a seus interlocutores, os catequizandos. Assim sendo, desejamos realizar esse trabalho de reestruturação de nossa Catequese segundo os moldes do catecumenato, como nos pede a Santa Mãe Igreja. Esperamos contar com a colaboração de todos os envolvidos com a catequese: bispos, padres, seminaristas, catequistas, pais e catequizandos, para que alcancemos o objetivo desejado por todos nós. Afinal, Jesus veio para transformar, trazer mais Vida para todos. A consequência social do seguimento do Evangelho deve tornar-se visível para que a missão seja coerente (nº 14 – Estudo 97 da CNBB). Leandro Santos Assessor da Comissão Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética
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Casa de Acolhimento São Pio
Foi com muita dor que recebemos a notícia da partida da missão da Fraternidade de Aliança Toca de Assis aqui de Uberaba. Sabemos da importância do trabalho que foi desenvolvido em nossa cidade nesses últimos doze frutuosos anos. Ao mesmo tempo entendemos o momento difícil que a mesma está atravessando por falta de vocações, motivo este que tornou necessário suprimir a missão em Uberaba e em mais três lugares no Brasil. Também sabemos da lacuna que essa ausência irá deixar, principalmente entre aqueles que tinham na Toca sua única esperança. Tendo em vista a experiência que obtive nos últimos catorze anos administrando as missões de Uberaba e de Cotia-SP, e crendo firmemente em minha vocação com os sofredores de rua, decidi obedecer ao desejo de meu coração e continuar essa missão tão bem desenvolvida pela Toca de Assis, entre 2001 e 2013. Assim estamos fundando a Casa de Acolhimento São Pio que desenvolverá em Uberaba um trabalho semelhante ao da Toca, porém de uma maneira independente e totalmente desvinculada da mesma. Nossa missão será acolher as pessoas que se encontram em situação de rua e que queiram passar por todo um processo de recuperação e reinserção social. Além disso, nossa casa ofertará àqueles que ainda estão nas ruas um local para se alimentarem, fazerem sua higiene e seguirem suas vidas. A Casa de Acolhimento São Pio não nasce para ser mais uma ONG, porém, para ser um local onde os pobres irmãos de rua possam, além de encontrarem os cuidados descritos acima, encontrar em nós a esperança de um recomeço e sobretudo experimentar o verdadeiro sentido do amor cristão. Nossa casa será uma casa CATÓLICA, ou seja, todas as ações desenvolvidas terão como principal foco o Autor e Consumador de nossa fé: NOSSO SENHOR JESUS
CRISTO. É ele quem nos inspira e nos capacita a cada dia, pois sabemos que “somos servos inúteis” sem sua Graça. O lema que nos foi inspirado e que será o combustível que nos moverá está no final do versículo 40 do capítulo 25 de Mateus: “... foi a mim que o fizestes”. Isso para nos lembrar desde o primeiro dia de missão que cada pessoa que passar por nós necessitando de nossos cuidados não será tratado simplesmente de uma maneira filantrópica, mas será cuidado por causa de Jesus. Eis aí o verdadeiro sentido da caridade cristã. Por isso queremos ser na cidade de Uberaba uma das faces da Arquidiocese que tanto se preocupa com os problemas sociais em nossa realidade. Gostaríamos de agradecer a confiança de nosso arcebispo Dom Paulo Mendes Peixoto, que nos abençoou e deu total apoio para este novo desafio. Estamos em fase de organização e composição jurídica, mas já estamos trabalhando e
conseguindo, pela graça de Deus, o apoio de vários segmentos. A prefeitura, que mantinha um convênio com a Toca de Assis, nos deu todo o respaldo para o trabalho, garantindo seu apoio já para 2014 com um convênio a ser assinado assim que nossa documentação estiver pronta. Também várias pessoas se prontificaram em nos ajudar para que o trabalho possa continuar em Uberaba. Nosso primeiro desafio será estruturar a Casa por completo com todos os equipamentos de cozinha, refeitório, dormitório, lavanderia, barbearia, escritório, etc. para podermos realizar nossas atividades já em fevereiro deste ano. Enfim, contamos com a graça de Deus e suas orações para que essa nova missão possa continuar socorrendo as necessidades daqueles que peregrinam pelas ruas de nossa cidade. Que o Senhor nos ajude! Renato Afonso Vinhal
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Programação de Pastorais e Movimentos em 2014 Como em anos anteriores, o Centro Pastoral João Paulo II promete ser movimentado a em 2014 por conta de pastorais e movimentos de nossa Arquidiocese. No dia 6 de fevereiro tiveram início as aulas da Estelau – Escola de Teologia para Leigos da Arquidiocese de Uberaba. Interessados ainda podem inscrever-se. No dia 09 acontece o Encontro de Músicos Arquidiocesanos. A coordenação é de padre Fabiano Roberto. Já nos dias 15 e 16 de fevereiro haverá mais um módulo da Escola Catequética. Informações com Márcia ou com o seminarista Leandro. Confira a programação no Centro Pastoral de março a novembro: Março Dias 15 e 16, 22 e 23 – RCC Dias 29 e 30 – Estrada de Emaús Abril De 04 a 06 – Cursilho Masculino De 11 a 13 – Cursilho Feminino De 25 a 27 – Escola Catequética Maio Dias 03 e 04 – EJC / Paróquia de Santa Cruz Dia 18 – Formação do Cursilho Dia 31 – EJC da Paróquia Santa Bárbara
Pastoral da Criança esta se movimentando Novamente foi realizada uma reunião da Equipe de Coordenação Arquidiocesana com a Coordenação de Área da Pastoral da Criança. Algo que infelizmente não se percebia na pastoral, pois o Setor (Diocese), mesmo tendo um coordenador, tem consigo uma equipe de apoio ou coordenação. Junto a estes se encontram também os coordenadores de áreas, que são os representantes da pastoral nas Regiões Pastorais, tornando-se o elo entre o Setor (Diocese) e o Ramo (Paróquia). Na manhã de 25.01.2014, na Cúria Metropolitana, esses grupos se reuniram para conferir o caminhar da pastoral. Após a oração e o momento de formação, cada representante de área presente relatou a situação da pastoral nos Ramos (Paróquias) que representam. Detectou-se que há um grande trabalho pela frente para reanimar os trabalhos da pastoral na base, mas ao mesmo tempo há coragem em fazer a pastoral reacender na vida de nossas comunidades.
pastorais e movimentos
Após essa exposição, foi feito a agendamento da Pastoral da Criança nos encontros propostos. Será realizado nos dias 14, 15 e 16.02, no Centro de Pastoral, um encontro de Formação em Missão e Gestão da Pastoral da Criança para os que já são coordenadores de Ramos ou que serão. Para esse encontro, as fichas dos participantes deverão ter sido entregues até dia 03/02. Para um contato mais próximo da Equipe de Coordenação com os Ramos e seus líderes de comunidades, serão realizadas, durante o ano de 2014 visitas da Equipe de Coordenação a todas as áreas da Arquidiocese. Algumas áreas já foram agendadas, mas por ausência dos coordenadores de algumas áreas ou sua não existência, será agendada posteriormente essa visita. A saber: 12/03 – Área Nossa Senhora das Graças 15/05 – Área Conceição das Alagoas
Junho De 06 a 08 - Emaús Dias 14,15, 21 e 22 – RCC
06/06 – Área Romaria 01/07 – Área Catedral 24/10 – Área Araxá 07/11 – Área Prata 10/12 – Área Ressurreição
Julho Dias 05 e 06 – Diálogo Conjugal Dias 12,13,19 e 20 – RCC De 28 a 30 – Encontro de Seminaristas da Província
Para as áreas Nossa Senhora da Abadia, Sacramento e Frutal serão agendadas as visitas posteriormente, com as devidas coordenações. O local e horário serão comunicados também às respectivas comunidades. Pedimos aos senhores padres que motivem suas comunidades a fazerem desta pastoral um lugar da experiência pessoal com Cristo, que se revela nos mais sofredores.
Agosto Dias 02 e 03 – RCC Dias 23 e 24 – EJC da Paróquia São José Dias 30 e 31 – Estrada de Emaús
“Eu vim para que todas as crianças tenham vida e a tenham em abundância” Coordenação da Pastoral da Criança
Setembro De 12 a 14 – Escola Catequética De 19 a 21 – Cursilho Masculino De 26 a 28 – Cursilho Feminino Novembro De 07 a 09 – Emaús Dia 16 – ECC Dias 22 e 23 – RCC Dias 29 e 30 – Diálogo Conjugal
evangelização
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Grupo de Oração da Catedral (RCC) Escola de Nossa O Grupo de Oração é a célula fundamental da Renovação Carismática Católica, sua expressão máxima e principal, tendo três momentos distintos: núcleo de serviço, reunião de oração e grupo de perseverança. Além disso, o Grupo de Oração também pode ser definido como uma comunidade carismática que cultiva a oração, a partilha e todos os outros aspectos da vivência do Evangelho, a partir da experiência do batismo no Espírito Santo. Trata-se de uma reunião semanal na qual um grupo de fiéis se coloca diante de Jesus, sob a ação do Espírito Santo, para louvar e glorificar a Deus, participar dos dons divinos e edificar-se mutuamente. O grupo da RCC da Catedral é um dos mais antigos da cidade, com 37 anos de história. Esse grupo nasceu na década de 1970, quando Monsenhor Olímpio era pároco da Catedral. Ao iniciar minha participação no grupo, em 2005, ficava impressionada com a quantidade de pessoas que participavam mais ou menos duzentas pessoas. Gente de todos os bairros vinha participar:
Senhora Aparecida
não havia lugar para sentar; as escadarias do salão serviam de assento. Hoje, como atual coordenadora, percebo que o apoio constante da Arquidiocese e de seus párocos foi fundamental para que permanecêssemos ativos. Esperamos contar com a ajuda de Deus e a proteção de Nossa Senhora Aparecida para continuarmos fazendo um belo trabalho. Ao todo, há 23 grupos em Ubera-
ba, mas certamente o grupo da Catedral sempre vai ser lembrado por ser o grupo-mãe. Venha participar toda segundafeira do Grupo de Oração que acontece dentro da Igreja Catedral, começando com a Santa Missa às 19h. Tereza Oliveira Coordenadora do Grupo de Oração Sagrado Coração de Jesus
Congregação das Irmãs dos Sagrados Corações de Jesus e Maria
A Congregação das Irmãs dos Sagrados Corações de Jesus e Maria foi fundada por Dom Francisco Xavier Petagna, bispo de Castellamare (Nápoles, Itália) em 16 de julho de 1871, que confiou a elas, como fonte inspiradora a adoração diária ao Santíssimo Sacramento, meio de reparação e difusão da devoção aos sagrados corações de Jesus e Maria. Sua ação apostólica está voltada para a educação de crianças e adolescentes. No Brasil, a Congregação come-
çou sua obra em 1967, na cidade de Canápolis, MG. Em seguida, abriram casa em Araguari, MG, onde funciona uma escola que vai da Educação Infantil ao Ensino Fundamental completo. Ali oferecem também cursos profissionalizantes para a comunidade local. As Irmãs dos Sagrados Corações chegaram a Uberaba em outubro de 1992. Eram duas Irmãs e três Noviças, acolhidas carinhosamente pelos vizinhos onde foram morar.
Em maio de 1993, foram para a casa definitiva, na Rua José Bonifácio, 1163, no Leblon, onde funciona à tarde a “Escolinha” de Educação Infantil. São 60 crianças de 03 a 05 anos, distribuídas em três turmas de 20. Dedicam-se a elas duas religiosas e uma professora leiga, num ambiente muito acolhedor. A comunidade religiosa de Uberaba conta atualmente com quatro Irmãs, incluindo Madre Angélica, ativa em seus 90 anos, e uma postulante.
A Congregação das Irmãs de São João Batista e Santa Catarina de Sena foi fundada na cidade de Gênova, Itália, no ano de 1594, com a finalidade de instruir e educar crianças e jovens. Em 1950, algumas Irmãs deixaram Gênova e vieram para o Brasil com a missão religiosa, iniciando o apostolado em São Paulo, na assistência aos filhos de pais portadores de Hanseníase. Aos 07 de junho de 1953, assumiram a direção do Hospital Nossa Senhora do Carmo, na cidade do Prata/MG. Posteriormente, com a finalidade de instruir, educar e catequizar, mais Irmãs chegaram à cidade, iniciando a construção da Escola Nossa Senhora Aparecida. A Escola oferece um ensino integrado ao Sistema Positivo, atendendo a Educação Infantil e o Ensino Fundamental I e II. A entidade, somando experiências e vivências, procura preparar o educando dentro dos valores evangélicos. Optamos por uma educação formal na qual o ser humano se realiza como ente que se faz na
história, na busca de sua identidade e na relação consigo, com o outro e com o mundo transcendente, num processo educativo que promove constantemente, nos educadores e educandos, os valores do bem, do justo, do verdadeiro, da fraternidade, do bem comum, da liberdade responsável, da participação criativa, do respeito e do serviço mútuo. As Irmãs, atualmente, dedicam-se não apenas ao trabalho da educação, mas também à catequese e à liturgia da paróquia Nossa Senhora do Carmo. Agradecemos a Deus participarmos da educação das famílias do Prata há quatro décadas. São 45 anos contribuindo para a formação humana, cristã e intelectual da sociedade numa filosofia educacional que caracteriza a qualidade do ensino: “Educando para o bem, o justo e o verdadeiro”. Esta é a Escola Nossa Senhora Aparecida, acolhendo a todos! Irmã Janete Oss Emer Diretora administrativa
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DOMINGO, DIA DO SENHOR!
Especial: Bíblia A cada domingo nós nos reunimos para celebrar a páscoa semanal, trazendo nossa vida, conquistas, lutas e dores na vida do Senhor da Vida, o Crucificado-Ressuscitado, Cristo Jesus. Além disso, é um dia próprio para passear, viajar, visitar amigos e parentes, fazer uma pescaria. Dia para dormir um pouco mais, assistir ao futebol, ir ao teatro, ao cinema, ao restaurante. Enfim, tanta coisa se faz no domingo! Como surgiu o domingo? Por que esse dia é tão importante para nós, cristãos? Os Evangelhos nos dizem que mal começou o domingo, a semana, Maria Madalena e outras mulheres foram de passo em passo, de rua em rua, até o túmulo de Jesus, bem cedinho (cf. Mt 28,1-7; Mc 16,17; Lc 24,1-8; Jo 20,1-2). E chegando à sepultura de Jesus, uma grande surpresa! Estava aberta, vazia! Imaginem o susto que levaram aquelas mulheres, não conseguiram não chorar. E ali mesmo foram avisadas de que Jesus estava vivo, ressuscitara! Uma grande alegria invadiu o coração daquelas mulheres que,
correndo, foram avisar a todos: O Senhor está vivo! Jesus, nesse mesmo dia, apareceu e conversou com os discípulos que caminhavam rumo à cidadezinha de Emaús. E também com os apóstolos fechados em casa, com medo, sem esperanças. Jesus falou-lhes de paz, dandolhes o Espírito Santo e ordenandolhes que anunciassem a notícia a todos os cantos da terra. Notem que tudo isso aconteceu no primeiro dia da semana. A partir daquele dia, a Vida foi sentida como mais forte que a morte. Assim, esse dia passou a ter para nós, cristãos, um sentido profundo. Primeiro, porque ele nos lembra o início da criação do mundo. No primeiro dia Deus começa a criar, começa criando o sol. Agora surge para nós um novo Sol, na pessoa do CrucificadoRessuscitado. Esse mesmo dia se torna também o dia sem ocaso, o dia da Nova Criação, um novo começo para Jesus e sua Comunidade. Com isso, Jesus tornou-se o Senhor dos vivos e dos mortos, ninguém mais domina sobre ele. O primeiro dia da semana agora é Dele,
Dia do Senhor, do latim: Dies Domini. É o dia sem fim, dia de festa, porque festejamos a vitória da vida sobre a morte. No entanto, em nossos dias o domingo vem perdendo seu sentido. Certas necessidades obrigam as pessoas a trabalharem aos domingos, em serviços como transportes, hospitais, grandes indústrias com funcionamento ininterrupto, locais de lazer. E em muitos outros serviços. Diante dessas necessidades, como se pode apontar o valor e o sentido do Domingo? Os Bispos do Brasil já refletiam sobre essa questão quando, em 1989, escreveram o Documento 43, sobre a Animação da vida litúrgica do Brasil: “Sentimos fundo no coração a deturpação do domingo, imposta pelo consumismo de nossa época dominada pelo espírito secularista. Alguns são obrigados a trabalhar no Domingo por imposição de suas profissões. A caridade com que exercem seus deveres é seu sacrifício espiritual, uma vez que estão impedidos de celebrar plenamente o dia do Senhor. Inaceitável, outrossim, é a sociedade que obriga
Especial: Liturgia No tocante aos métodos de interpretação dos textos sagrados, temos outros dois: O Método Retórico tem em vista a análise do texto como composição textual, ou seja, a forma como o texto foi elaborado para realçar uma ideia, transmitir um pensamento a partir de sua apresentação. Na dimensão retórica, além do teor do texto, o autor transmite sua ideia pela forma de apresentar o mesmo texto. Compõe-se, portanto, do esquema: autor-texto-leitor, em que o leitor aprecia ou deprecia a ideia do autor a partir do estilo da composição textual. O Método Retórico preocupase com a simetria textual, os paralelismos utilizados no texto, também o quiasmo, onde se busca uma justaposição de ideias; da mesma forma busca as ideias concêntricas no esquema (A B C B’ A’), além dos temas principais pela repetição de frases ou palavras. O recurso de palavras sinônimas ou antônimas para ressaltar uma ideia é muito usado também. Outro
tópico são os merismas (mesmas informações que aparecem no início e no final de uma unidade textual, delimitando-a). Por esse método é feita uma tábua de composição textual, buscando todas as informações de estilo, formas e estruturas da composição. O resultado é fornecer a real concepção do autor quando compôs o texto e o que buscou salientar. Nós também usamos esse método em nossos textos e discursos, quando repetimos ideias, salientamos um ponto de vista e queremos convencer/ informar um tema central dentro do discurso/texto apresentado. São recursos que visam informar, persuadir e conduzir o leitor a uma compreensão do todo do texto. O Método Retórico bíblico não busca informações sobre o autor, sobre datas, história ou destinatários, mas todas as informações se encontram no próprio texto, ou melhor, na forma como o texto foi escrito e apresentado. Já o Método Semiótico analisa o texto em seu estado final de
composição, recordando que cada idioma tem seu sistema de regras determinadas e que o texto bíblico também está sujeito a essas regras. Esse método se preocupa com a estrutura gramatical para ressaltar as ideias centrais e ajudar na compreensão do texto revelado. Um texto do AT escrito em hebraico não pode ser analisado sob o mesmo prisma de um texto escrito em grego (como o são os livros do NT). O Método Semiótico é sincrônico e preocupa-se com a imanência do texto, não buscando paralelos ou informações adjacentes (como fazem os diacrônicos). Informações como autor, destinatários, história, teor dos fatos narrados, comparações com outros textos bíblicos ou extrabíblicos etc., tudo isto é desnecessário, pois o que conta é o texto em si e o estilo gramatical usado pelo idioma específico. As molas mestras de análise são as normas gramaticais do texto. Ao analisar-se o texto final, procura-se conhecer os tempos e modos verbais usados, bem como as orações principais e as subordinadas.
formação
multidões à luta pela sobrevivência por causa do trabalho mal remunerado, que desfigura o Domingo feito dia de horas-extras. A própria realidade urbana dificulta muitas vezes a vivência cristã do Dia do Senhor. Lamentamos, também, o consumismo secularista, que leva centenas de pessoas ao mero lazer, a viagens e programas, que mais parecem criados para distrair ou di-
rigir as atenções em direção oposta ao culto e à religião. Corremos também o risco de esvaziar o sentido do Domingo com o excesso e superposição de comemorações, que pretendemos realçar nesse dia, sem notar que não sobra espaço para celebrar o mistério pascal [...]” (nº 117-119).
Toda reflexão em nível gramatical vai delineando o que o autor quis chamar atenção em seu texto. Para uma real compreensão faz-se mister conhecer os idiomas usados na escrita bíblica. Por exemplo: no grego, Koinè, o tempo forte é o presente, no modo indicativo. Nos Evangelhos, embora os textos sejam muitas vezes narrados no passado, quando Jesus fala, o autor quase sempre apresenta a fala de Jesus conjugada no presente do indicativo, mostrando o presente contínuo. Além dos métodos, existem as abordagens que auxiliam na interpretação da Sagrada Escritura. Por abordagem entendam-se os diferentes “pontos de vista” que podem orientar a pesquisa interpretativa dos textos bíblicos.
Importante salientar que os métodos são universais, podendo ser utilizados em praticamente todos os textos bíblicos, mas eles analisam o texto em si. Já a abordagem procura ver o texto sob a ótica da realidade. Embora as abordagens sejam parciais, contribuem na interpretação, mesmo que seja de um ou outro texto. São elas: Canônica; Segundo as Tradições Judaicas; Segundo a história dos efeitos do texto; Sociológica; Antropológica; Psicológica e Psicanalítica; Segundo a Teologia da Libertação; Feminista e uma última, que não consiste em abordagem, mas em um perigo à interpretação, que é a Leitura Fundamentalista.
Padre Saulo Emílio
Interpretação da Sagrada Escritura (Parte II)
Pe. Marcelo Lázaro
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notícias da igreja
Jornal Metropolitano - Uberaba, fevereiro de 2014
Intereclesial de CEBs O 13º Intereclesial de CEBs (Encontro das comunidades eclesiais de base) aconteceu em Juazeiro do Norte (CE), Diocese do Crato, de 7 a 11 de janeiro. O tema foi “Justiça e profecia a serviço da vida” e o lema, “Romeiros do Reino no campo e na cidade”. Estivemos reunidos sob a proteção de Nossa Senhora das Dores e a inspiração de Padre Cícero Romão Batista, o “Patriarca do Nordeste”, assim como de Padre Ibiapina, o “Apóstolo da caridade”, do beato José Lourenço, da beata Maria de Araújo e de tantos outros ícones religiosos, culturais e históricos da região do Cariri. A plenária geral, concentrada num Ginásio poliesportivo, recebeu o nome de Caldeirão, recordando a comunidade alternativa liderada pelo beato José Lourenço na primeira metade do século XX. As miniplenárias, num total de sete, reunidas em lugares diversos, foram chamadas de ranchos e levavam o nome de líderes religiosos e populares da região. Os grupos, denominados chapéus, foram o espaço maior de participação de delegados e delegadas. A temática foi amplamente debatida, atendendo o último pedido de Dom Helder Câmara: “Não deixem morrer a profecia”. As palavras dos assessores e das assessoras enriqueceram os debates e a participação popular. A análise de conjuntura contribuiu para uma visão ampla e nítida do atual momento em que vivemos: já aconteceram várias conquistas para nosso povo, mas tantas outras são necessárias. Ficou claro que “transformar os cidadãos e cidadãs em consumidores é ameaça para o ‘Bem Viver’”. O julgar foi iluminado não só pelas contribuições das assessorias, mas também pelo resgate da sabedoria dos patriarcas, das matriarcas da cultura local e dos mártires da caminhada, que fizeram resplandecer a Palavra de Deus. Vários compromissos foram assumidos pelos regionais e pelas dioceses, sempre a serviço da profecia e da vida. A forte religiosidade das terras de Padre Cícero inspirou a espiritualidade do 13º Intereclesial. As celebrações foram de profunda intensidade, desde a abertura até a missa de envio, resplandecendo uma encantadora diversidade. Recordamos algumas delas: a celebração de envio missionário nas comunidades, a celebração indígena, o momento orante inter-religioso, a celebração dos mártires da caminhada e a romaria que antecedeu a celebração de envio. Marcante também foi o momento cultural nas comunidades de hospedagem e o encontro de artistas da caminhada, coordenados por Zé Vicente. Pela primeira vez na história dos intereclesiais, um papa se fez presente através
de uma mensagem. O Papa Francisco nos presenteou com sua animadora palavra de Pastor, fortalecendo as CEBs. Manifestando alegria e chamando os participantes do encontro de “queridos amigos”, o Papa nos recordou as CEBs em dois documentos importantes: “Como lembrava o Documento de Aparecida, as CEBs são um instrumento que permite ao povo ‘chegar a um conhecimento maior da Palavra de Deus, ao compromisso social em nome do Evangelho, ao surgimento de novos serviços leigos e à educação da fé dos adultos’ (D. Ap., 178). E, recentemente, dirigindo-me a toda a Igreja, escrevia que as Comunidades de Base ‘trazem um novo ardor evangelizador e uma capacidade de diálogo com o mundo que renovam a Igreja’, mas, para isso é preciso que elas ‘não percam o contato com esta realidade muito rica da paróquia local e que se integrem de bom grado na pastoral orgânica da Igreja particular’” (EG, 29). Assim finalizou sua mensagem: “convido a todos a vivê-lo como um encontro de fé e de missão, de discípulos missionários que caminham com Jesus, anunciando e testemunhando com os pobres a profecia dos ‘novos céus e da nova terra’, ao conceder-lhes minha Bênção Apostólica”. Foram 5.046 participantes numa bela pluralidade: 2.248 mulheres, 1.788 homens, 146 religiosos e religiosas, 232 padres, 72 bispos, 68 assessores e assessoras, 75 indígenas, 20 representantes de outras comunidades cristãs, 35 representantes de outras religiões e 36 estrangeiros. Nossa Arquidiocese se fez representar por oito delegados e delegadas: Ademir, Ilma, Rosa, Daniela, Padre Rogério, Padre Fontes, Padre Geraldo e Dom Paulo. Pela primeira vez um Arcebispo de Uberaba se fez presente num Intereclesial. Assim, Dom Paulo confirmou sua opção por fomentar as CEBs na Arquidiocese. Seu testemunho de simplicidade contagiou a todos. Estiveram presentes, ainda, sete romeiros e romeiras que se integravam ao grande grupo nos eventos abertos. Fomos hospedados em casas de família. Ficamos todos maravilhados com a calorosa acolhida que o povo do Cariri nos dedicou. Pessoas simples e humildes nos ensinaram lições de solidariedade e de partilha, com profundo calor humano. O 13º Intereclesial foi uma manifestação de que as CEBs estão vivas por todo o Brasil, no campo e na cidade. Esta é a maneira tão antiga, tão nova e tão normal de ser Igreja, unindo fé e vida, evangelho e política para a edificação do Reinado de Deus, que é o projeto de vida, liberdade e esperança para todos os povos, sonhado e inaugurado por Jesus de Nazaré. Padre Geraldo Maia
Dom Orani diz que o convívio com o papa na JMJ pode ter contribuído para sua nomeação
Dom Orani Tempesta disse, no dia 12 de janeiro, que acredita que seu convívio de sete dias com o papa Francisco, em julho de 2013, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), pode ter sido decisivo para sua nomeação a cardeal. “Nos conhecemos e conversamos por uma semana. Isso não obriga o papa a nomear, mas, ao fazê-lo, creio que ele levou em consideração o fato de saber mais sobre mim”, afirmou. O arcebispo do Rio de Janeiro ponderou sobre as implicações políticas de sua ordenação no Vaticano. Dom Orani diz ter sentido “frio na barriga” com a nomeação para cardeal. A indicação de Dom Orani como cardeal encerra longa espera. Dilma fala em ‘alegria’ sobre a nomeação; leia a repercussão: “Ao escolher um arcebispo do Brasil,
não há dúvida de que ele olha para o país com carinho, assim como para a América Latina.” Para o padre Omar Raposo, reitor do santuário do Cristo Redentor, a realização da JMJ (Jornada Mundial da Juventude) fez crescer o prestígio do arcebispo do Rio de Janeiro na Cúria Romana. “O sucesso da visita do papa à cidade com certeza influenciou na indicação de dom Orani hoje”, disse o padre. Opinião semelhante tem dom Paulo Celso Demartini, amigo de dom Orani desde os anos setenta, quando este era monge no mosteiro cisterciense de São José do Rio Pardo (SP). “Orani sempre foi um empreendedor. Isso se refletiu na organização da Jornada”. Texto extraído da UOL
Jovens de São José participam de Curso de Verão em São Paulo
Os Jovens da Paróquia São José da Gameleira em parceria com as CEBs e o Projeto dos meninos, estiveram presentes no Curso de Verão promovido pela CEESEP, ocorrido de 04 a 12 de janeiro de 2014, na PUC-SP.O Curso é um projeto que há 27 anos tem a força de um mutirão e a voz de um povo que luta por um mundo igualitário de justiça e paz. Este ano teve como temática central “Juventude em foco” por políticas públicas. Uma característica marcante foi a diversidade de crenças, de etnias, de religiões e culturas que, durante nove dias, foram unidas num só coração que pulsa pelo mesmo objetivo: ir além das diferenças em busca do ecumenismo e do respeito mútuo. "Para ser ecumênico, é preciso antes ser convicto na própria fé, para assim compreender que o outro é portador de princípios tão valiosos para ele quanto os seus para você, então também merece ser respeitado. Quando isso for real em nosso meio, teremos um mundo mais
agradável." A Pastoral da Juventude agradece ao Padre Rogério e às Irmãs Anita e Terezinha terem proporcionado essa chance. Para nós, jovens, foi uma oportunidade em que se abriu um leque de entendimento e conhecimento. Cabe-nos, então, desbravar o caminho e mostrar a quem queira entender que o jovem de hoje precisa de subsídios para trabalhar seus princípios e mostrar a outros jovens que a vida é pra ser vivida de uma forma justa e com paz. Nossos jovens, somados aos 40 participantes desse evento, saíram de lá esperando um futuro promissor e, ainda mais, acreditando num presente melhor. Todos aqueles que não tiveram a oportunidade de participar do Curso de Verão, sem restrição de idade ou religião, deveriam têla! Junte-se a nós em 2015 e participe do curso que terá como tema “Juventude e afetividade”. Andreza Silva Paróquia de São José Gameleira
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espaço memória
Jornal Metropolitano - Uberaba, fevereiro de 2014
Dom Benedicto de Ulhoa Vieira
Nomeação para Arcebispo de Uberaba-MG Dom Benedicto foi ordenado sacerdote há 64 anos, em 8 de dezembro de 1948, e foi sagrado Bispo Auxiliar de São Paulo, em 25 de janeiro de 1972. Foi eleito Arcebispo de Uberaba em 1978: “Paulo Bispo, Servo dos Servos de Deus ao Venerável irmão Benedicto de Ulhoa Vieira, [...] Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo no Brasil, eleito Arcebispo de Uberaba, [...]. Dado em Roma, no dia 14 de julho do ano do Senhor 1978. Paulo VI”. Dias depois (22 de julho de 1978), o Jornal “O São Paulo” publicou um artigo comentando a atuação de Dom Benedicto como Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo. Naquele texto, Dom Paulo Evaristo Arns afirmou: “[...] de início - Bispo Auxiliar - eram os hospitais, as crianças e os jovens que levavam o nome do Padre Benedicto para todas as casas. Depois, foi a vez das Faculdades e da Universidade a receber o entusiasmo e a dedicação do jovem Monsenhor Doutor em Teologia e Licenciado em Letras [...]. Era orgulho poder chamar ao Padre Monsenhor ou Bispo Benedicto pelo título de amigo”. Em sua posse, no dia 14 de setembro de 1978, com a presença do Núncio Apostólico Carmine Rocco, do Cardeal Paulo Evaristo Arns e de 20 outros bispos, Dom Benedicto se apresentou: “Dirijo-me à Igreja de Deus que está em Uberaba. Se me perguntardes - quem sou, da parte de quem venho, com que títulos - responder-vos-ei: sou apóstolo do Evangelho; vou em nome do Senhor Jesus; tenho o nobre título de servidor dos meus irmãos ...”. Em 26 de agosto de 1979 recebeu das mãos de Dom Carmine Rocco, Núncio Apostólico, o pálio de Arcebispo, concedido pelo Papa João Paulo II. O que supervisiona = o epíscopo, o bispo A palavra bispo vem do grego “epi+scopo” = sobre + observar, supervisionar.
Dom Benedicto observava sempre sorrindo e corrigia amando, adotando o mesmo método pastoral em todos os 18 anos de episcopado em Uberaba. Toda Diocese tem seu Livro de Tombo, registrando as iniciativas pastorais e relatando os principais acontecimentos de seu tempo. A partir de 1978, Dom Benedicto fez registros semanais de seu governo pastoral. Também escrevia artigos para jornais da cidade. Em seu primeiro ano na Arquidiocese, recebeu 83 pessoas em audiência particular e despachou 82 cartas respondendo a solicitações de praxe. Além disso, sabia dar demonstrações de atenção e zelo ao clero. Desde o início, recomendou atenção às homilias nas Missas e zelo pelas vocações sacerdotais, e sabiamente sentenciou: “A melhor propaganda é viver o sacerdócio de tal maneira que desperte vocações”. Ainda em 1978, anunciou seu desejo de criar aqui mais quatro Paróquias: Ressurreição, Santa Maria Mãe da Igreja, São Judas e São José Operário. Em 19 de março de 1979, reabriu o Seminário São José, mesmo com apenas um seminarista iniciando seus estudos e outro em prosseguimento do Curso de Teologia. Meses depois idealizou a criação de uma Diocese em Ituiutaba-MG. E no final daquele ano, aconselhou a reorganização do dízimo. Em fins de 1979, houve politização nas Comunidades Eclesiais de Base. A determinação de Dom Benedicto foi clara: “Fica proibido, de hoje em diante, nesta Arquidiocese qualquer vinculação civil de comunidades, capela, paróquia, associação religiosa ou grupos de pastoral ambiental”. Tese de doutorado em Teologia Em grego “soterios” significa salvação. Soteriologia é o estudo da salvação humana. Antes de ser consagrado bispo, Dom Benedicto dissertou sobre Teologia Sistemática com ênfase
em Teologia Patrística, que contém a doutrina dos primeiros grandes homens da Igreja do século II ao IV, trata de nossa salvação através dos infinitos méritos de Cristo Redentor. “A consumação soteriológica na Epístola aos Hebreus: Teologia de São João Crisóstomo” foi a tese defendida em 5 de março de 1954, que lhe conferiu o título de Doutor em Teologia, no Seminário de São Paulo. “Consumar significa conseguir mediante sofrimentos as duas finalidades impostas a Cristo pelo Pai: salvar os homens e ser exaltado com a ressurreição e a ascensão ao céu. A consumação cristológica passiva é, pois, a consumação sacerdotal de Cristo em ordem a sua missão soteriológica”. Dom Benedicto sempre dedicou-se a entender bem a Bíblia, o Evangelho, a Apostólica Igreja de Cristo, o Apostolado, a Evangelização e, sobretudo, entender bem que ser Bispo exclusivamente é ser servidor consagrado para um eclesial ministério, em sua plenitude sacerdotal, exercido em favor dos que creem em Jesus Cristo Redentor e Instituidor de uma Comunidade Eclesial de fé que consiga perpetuar-se até o fim dos tempos.
Valorizando os laços familiares, em seus abençoados 92 anos Entrevistado, ainda com boa lucidez, fez questão que se publicasse esta despedida: “Minha maior alegria na vida foi ser padre; a segunda alegria foi ter ordenado 32 padres em Ubera-
ba e uns oito mais e desde os oito anos ter querido ser padre. E sou padre, por causa de minha família. Minha mãe sempre esperava meu pai à tarde e quando ele chegava em casa, minha mãe puxava o terço em família, todos os dias, a Nossa Senhora Aparecida. Aos sete anos assisti a um milagre em família. Minha irmã Zirza, três anos mais velha que eu, era doente. Só andava com duas muletas. No momento em que minha mãe nos contava o milagre de Aparecida, o do escravo acorrentado que ficou livre das correntes de seus dois braços, minha irmã Zirza jogou ao chão as muletas e parou de pé. Minha mãe gritou: “Vai cair”. E Zirza exclamou resoluta: “Mamãe, não vou cair. Eu também posso ser livre das muletas. Sinto que posso andar”. E, até morrer, Zirza andou sem muletas. Não foi por isso que fiquei padre. Antes disso já queria e tinha devoção a Nossa Senhora”. Carlos Pedroso Historiador