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Ano 6 - 45ª Edição - Junho/2014 - Órgão oficial de Comunicação da Arquidiocese de Uberaba
Igreja celebra Corpus Christi Uma importante festa do catolicismo, CORPUS CHRISTI relembra a instituição da Sagrada Eucaristia. É Cristo que nos dá seu Corpo e Sangue, alimento para nossa alma e motivação para nossa salvação. Em Uberaba, diferente dos últimos anos, a celebração no próximo dia 19 de junho será pela manhã, às 9 horas, no Ginásio Marista Diocesano. Após a missa, haverá a procissão com o Santíssimo Sacramento até a Catedral, onde o arcebispo dará a bênção especial aos participantes. Nesta edição, o Metropolitano traz matérias bem fundamentadas sobre o assunto, incluindo ainda as festas de Pentecostes e da Santíssima Trindade. Páginas 06 e 07.
Um mineiro à frente do Pio Brasileiro
Sagrado Imagem peregrina da Abadia Coração de Jesus
Ele é o patrono da Arquidiocese de Uberaba. Agora em junho, para celebrar a data, a Catedral montou vasta programação e o Metropolitano traz enfoque especial sobre o Sagrado Coração de Jesus. Página 12
A imagem peregrina de Nossa Senhora da Abadia, vinda do Santuário de Romaria, no Alto Paranaíba, já está em Uberaba, onde chegou no dia 31 de maio. A entrada da imagem foi pelo conjunto Maringá, de onde seguiu em carreata até a Catedral Metropolitana. Lá, a imagem permaneceu por quatro dias; depois, foi para as paróquias São Benedito e Santa Teresinha. No momento, a visitação é na paróquia São Mateus. Há uma programação estabelecida para a imagem visitar as 27 paróquias de Uberaba. Essa peregrinação, que depois irá para as outras 18 cidades da Arquidiocese, faz parte das atividades aprovadas pelo Plano Pastoral Arquidiocesano, quadriênio 2013/2016. Em novembro deste ano, ao final da peregrinação, fiéis de todas as 59 paróquias da diocese irão a Romaria para o grande encontro das famílias de nossa região.
No final de maio, padre Geraldo Maia, da Arquidiocese de Uberaba, foi escolhido para dirigir o Colégio Pio Brasileiro em Roma, na Itália. Ele tomará posse em 30 de setembro. Página 03
Rosa da Mata em Sacramento Creche fundada há mais de 30 anos assiste, atualmente, cerca de 150 crianças. As doações ajudam sobremaneira em seu funcionamento. Página 05
Visita Pastoral a São Galvão “Criativa, envolvente e frutuosa.” Foi assim definida pelos participantes a Visita Pastoral de dom Paulo Mendes Peixoto à Paróquia São Galvão. Página 04
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artigos
Jornal Metropolitano - Uberaba, junho de 2014
Editorial Este mês de junho traz aos católicos uma excelente oportunidade de pensar a relação entre Deus, o homem e a Igreja, em razão das várias datas comemorativas concentradas num curto período de tempo: a Ascensão do Senhor (01/06), Pentecostes (08/06), Santíssima Trindade (15/06), Corpus Christi (19/06) e Sagrado Coração de Jesus (22/06). Tais comemorações possuem um significado especial para todos nós: da Trindade, o Verbo se fez carne e Deus-pai enviou seu Filho à terra para celebrar uma nova Aliança com os homens. Morto e ressuscitado, o Cristo subiu aos céus, mas o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã que se formava, inspirando a Igreja. Nesta edição, o Especial do Jornal Metropolitano se dedica à compreensão desses mistérios, apresentando uma visão integrada de alguns dos eventos fundamentais de nossa fé. Também trazemos um breve estudo feito pelo saudoso Dom Roque Oppermann a respeito do significado da celebração do Sagrado Coração de Jesus. Por sua vez, nos estudos seriados, nossa página de Formação inicia uma nova fase. Passamos, a partir desta edição, a apresentar uma reflexão a respeito dos sete sacramentos e a analisar as Cartas de São Paulo, nos estudos bíblicos. A preocupação com esses estudos e as novidades anunciadas se justifica: após um festejado aniversário de um ano de atividades da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Uberaba, o Jornal Metropolitano busca constante aprimoramento de seu trabalho, o que exige o aprofundamento de seus temas e reflexões. Francine Moura
Corpus Christi Seguindo os passos do Tempo Pascal, algumas festas e solenidades vão marcando nossa espiritualidade, inclusive nos estimulando para um compromisso mais autêntico com a vida cristã e com a comunidade eclesial. Uma dessas marcas, com grande significado para o cristão, é a envolvente movimentação da solenidade de Corpus Christi, em 19 de junho deste ano. Olhando para a figura do Filho de Deus, Jesus, destacamos a profecia, a concepção, o nascimento, a vida na Família de Nazaré, o batismo por João no Rio Jordão, os três anos de vida pública, ou de missão, a condenação, a morte na cruz, a sepultura, a ressurreição, o tempo de aparições aos apóstolos, a Ascensão e o envio do Espírito Santo sobre a Igreja, com a promessa de continuar presente. Agora é o Espírito Santo quem governa a Igreja, mas Jesus continua presente de forma eucarística, perpetuando sua memória ao dizer aos apóstolos e sacer-
dotes: “Fazei isto em memória de mim” (Lc 22, 19). Na celebração eucarística, isto se torna realidade nas aparências do pão e do vinho. É momento de ação de graças porque Cristo dá a nós sua vida de forma totalmente simples. Na solenidade de Corpus Christi, o olhar do cristão deve ser canalizado para a sublimidade da doação de Deus, continuando sua missão salvadora, colocandose como fonte alimentadora da ação missionária. Todo caminho de espiritualidade deve levar a Jesus Cristo. Ele é o único salvador da humanidade. As outras realidades de espiritualidade são caminhos que nos levam a “tocar” em Deus. O humano, como criatura imperfeita, necessita de realidades intermediárias para chegar à eternidade. A solenidade de Corpus Christi é um desses caminhos, que motiva o cristão para compromissos concretos na Igreja. Mais do que nunca, a cultura moderna exige ousadia na evangelização. A
raiz de tudo é Jesus Cristo, Deus feito homem, que cumpriu sua missão salvadora e agora nos fortalece na continuidade do projeto salvador de Deus. Não estamos sós, pois, além do Espírito Santo, Cristo continua presente. “Estarei convosco...” (Mt 28, 20). Dom Paulo Mendes Peixoto Arcebispo de Uberaba
Havia leigos em Pentecostes? O momento em que o Espírito, aquele que dirige invisivelmente a Igreja, foi derramado sobre a primeira comunidade - conhecido como dia de Pentecostes - é de primordial sentido. Chega a ser considerado o ato fundante. É o instante da “largada”. Tudo ali é revestido de alto significado e carregado de simbolismo. Comecemos pelo local. “Entraram na cidade e subiram para a sala de cima” (At 1, 13). Com efeito, o andar superior é identificado como o local das reuniões, da oração e da contemplação. O térreo é o espaço do trabalho e da comunicação. Com isso, ficou delineado o perfil da Igreja, para sempre identificado como espaço de contemplação (sala de cima) e de apostolado (salas térreas). Nem sempre o pessoal que trabalha em cima e o que age em baixo se entendeu com facilidade... Também é altamente revestido de simbolismo o grupo de pessoas presentes no momento da explosão pentecostal. É como o embrião, reduzido a poucas células, que contém toda a carga genética, o DNA. Este redundará num corpo adulto, harmoniosamente origi-
nado a partir dessa vida inicial. Sabemos com certeza que estava presente a hierarquia. “Estavam presentes Pedro e João, Tiago e André...” (At 1, 13). Ainda hoje a comunidade eclesial precisa da presença daqueles que receberam o mandato de “pastorear o rebanho”. Entretanto, não havia mais gente? É evidente que sim. O autor do livro dos Atos registra: “Aí estava reunido um grupo de mais ou menos cento e vinte pessoas” (At 1, 15). Bons exegetas garantem que eram os “Leigos” da Igreja primitiva, unidos ao grupo dos Apóstolos. Portanto, na irrupção do Espírito Santo estava presente toda a Igreja: os Apóstolos, com Maria, e os Leigos. Todos foram contemplados com as línguas de fogo do Paráclito. Como é possível que as pinturas – mesmo as mais modernas - retratem Pentecostes, mostrando as línguas de fogo apenas sobre as cabeças de Maria e dos Apóstolos? E os 120 leigos não receberam também a graça de Pentecostes? Daí a achar que a chama divina é avara com o povão vai um passo só. Essa inter-
Expediente Órgão oficial de comunicação da Arquidiocese de Uberaba Praça Dom Eduardo,56, bairro Mercês, Uberaba - MG, CEP-38.060.280 E-mail: jornalmetropolitano.diocese@gmail.com Assessor PASCOM: Monsenhor Valmir Ribeiro Jornalista Responsável: Rubério Santos - Mtb: 4.384/MG - e-mail: santoruberio@gmail.com Editorias : Rubério Santos e Francine Moura Revisão: Amabile Pierroti e Luiza Nogueira Direção Comercial: Carlos Carvalho / 9151-0431 – e-mail: carvalhocunha66@gmail.com Impressão: Imprima Editora e Gráfica Diagramação: Alex Maia 9969-4028 – e-mail alexesmmaia@gmail.com Distribuição: 20 cidades do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba Tiragem: 10 mil exemplares
pretação reducionista precisa ser corrigida. Estamos em bom tempo, pois a nova evangelização, a partir do documento de Aparecida o exige. Sem os Leigos, as coisas não andam. Dom Aloísio Roque Oppermann scj In Memoriam
arquidiocese
Jornal Metropolitano - Uberaba, junho de 2014
Padre Geraldo Maia é nomeado reitor do Colégio Pio Brasileiro Entre os mais de 17 mil sacerdotes brasileiros, padre Geraldo dos Reis Maia – reitor do Seminário São José, em Uberaba, foi confirmado no último dia 29 de maio como novo reitor do Colégio Pio Brasileiro em Roma, na Itália. O comunicado foi feito pela CNBB, após anúncio do prefeito da Congregação para o Clero no Vaticano cardeal Beniamino Stella. O Colégio Pio Brasileiro comemorou 80 anos de fundação em abril. Durante esses anos, a instituição foi administrada pela Companhia de Jesus. A CNBB assume a diretoria e a gestão do Colégio que tem como proposta a formação acadêmica e pastoral de sacerdotes diocesanos do Brasil. Padre Geraldo Maia entende que a incumbência é uma grande responsabilidade na formação permanente dos presbíteros do Brasil. Ao mesmo tempo, afirma que “é uma alegria, porque demonstra uma confiança dos bispos do Brasil e também do Vaticano em seu trabalho e, consequente-
mente, no clero uberabense”. Faz questão de frisar que pretende desenvolver um trabalho colegiado, sempre ouvindo os demais colegas da Comissão e do Conselho de alunos. A posse à frente do Colégio Pio Brasileiro em Roma está marcada para 30 de setembro. O mandato é de três anos, podendo ser renovado por mais dois mandatos de igual período. Padre Geraldo Maia tem 50 anos e é natural de Babilônia, município de Delfinópolis (MG). Recebeu a ordenação sacerdotal em 1988. Atualmente ocupa a função de reitor do Seminário de Teologia São José, da Arquidiocese de Uberaba. Já exerceu a mesma atividade entre 2007 e 2008. É doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana. Na dimensão pastoral, também atuou como pároco na mesma diocese, nas paróquias Imaculada Conceição (Conceição das Alagoas), São Sebastião (Pedrinópolis) e Santa Teresinha
(Uberaba), entre outras. No período de 2005 a 2007, exerceu a capelania e reitoria do Santuário da Medalha Milagrosa. Dedicase a atividades de formação, conselhos e assessorias. Rubério Santos Assessor de Imprensa
Cinco novos diáconos para a Arquidiocese de Uberaba "Dei-vos o exemplo, para que também vós o façais" (Jo 13,15). Com este lema que lembra a dimensão do serviço, nossa Arquidiocese ganhará cinco novos diáconos para o serviço da Palavra, do Altar e da Caridade, que serão ordenados no dia 14 de junho, às 10horas, no Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, em Uberaba – MG.
Os cinco candidatos (Douglas Silva Araújo, Gustavo Cortez Fernandez, Hélio Marcelo da Silva, Leandro Santos da Silva e Ronan Belo Júnior) realizaram seu estágio pastoral em preparação para o diaconato em paróquias diversas, onde deverão permanecer como diáconos, enquanto se preparam para a ordenação presbiteral. O diácono é colaborador direto da ordem episcopal e presbiteral,
caminhando junto e servindo em todos os momentos a Igreja. Também é chamado a anunciar a Palavra de Deus e a servir o altar em todas as celebrações litúrgicas. Pedimos a todos que rezem por esse ministério diaconal, para que seja realmente de serviço e alegria, e de bênçãos de Deus a nossos irmãos e irmãs. Da Redação
Mais três diáconos permanentes
Estão programadas para julho, em Uberaba e Romaria, as três últimas ordenações de diáconos permanentes da segunda turma da Escola Diaconal Dom Aloísio Roque Oppermann. Em cerimônia marcada para o dia 05 de julho, às 10 horas, no Santuário da Abadia, em Roma-
ria – MG, serão ordenados diáconos os postulantes Yuri Hilário Borges e Hamilton Pires Ribeiro. Já no dia 08 de julho, às 19 horas, também no Santuário da Abadia, só que em Uberaba, será a vez de Mário Miguel Gomes Assis receber a ordem do diaconato.
As duas cerimônias serão presididas por dom Paulo Mendes Peixoto e se espera presença maciça dos 42 diáconos já ordenados, além, é claro, dos padres de nossa Arquidiocese e do povo de Deus. Da Redação
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Agenda - Junho 01 – ASCENSÃO DO SENHOR 01 – Retiro Espiritual do EJC De 03 a 05 – CONSER – Leste 2 – BH 03 – Reunião da Pastoral da Educação – Centro Pastoral – às 9h30 06 – Reunião da Comissão de Animação Bíblico-Catequética – Centro Pastoral – às 19h30. De 06 a 08 – Visita Pastoral – N. Sra. Abadia (Uberaba) • Romaria da Área Pastoral de N. Sra. Aparecida de Araxá ao Santuário Nacional de Aparecida - SP • Movimento Jovem de Emaús 07 – Reunião do Núcleo de Animação de CEBs – às 14h 08 – PENTECOSTES 09 – IMBRAC 10 – Reunião dos Coordenadores de Regiões Pastorais – às 9h • Reunião do Conselho de Presbíteros – às 14h • Reunião do Conselho Arquidiocesano para Assuntos • Econômicos (CAAE) 12 – Abertura da Copa do Mundo 13 – Reunião do Conselho Arquidiocesano do EJC 15 – SANTÍSSIMA TRINDADE (Dia das Comunidades) 19 – CORPUS CHRISTI – celebração às 16h 19 – Aniversário Natalício de Dom Roque 20 – Encerramento das atividades do Primeiro Semestre no Instituto de Teologia São José De 20 a 22 – Encontro Inter-regional Leste II e Sul I dos Diáconos Permanentes 26 – Reunião dos funcionários da Cúria 27 – Aniversário de Ordenação Episcopal do Papa Francisco 28 – Reunião do Conselho Arquidiocesano de Leigos – Centro Pastoral - às 14h 29 – SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO (Óbolo de São Pedro) 29 – Aniversário Sacerdotal de Dom Roque 30 – Missa em Ação de Graças pelo Aniversário de Ordenação dos Diáconos Permanentes (Araxá–1ª turma) – Igreja São Domingos No. 1 2 3 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 42 43 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 63 73
Paróquias P. São Sebastião P. Mãe Rainha P. Sagrada Família P. Santo Antônio P. São Domingos P. São José P. São Sebastião P. São Geraldo Magela Área Pastoral N.S.Conc.Aparecida P. N. Sra Dores P. São Sebastião P. Imaculada Conceição P. N. Sra Lourdes P. Santa Maria dos Anjos P. N. Sra de Fátima P. N. Sra Aparecida P. N. Sra do Carmo P. Santo Antônio P. Nossa Sra Aparecida P. São Miguel P. São Sebastião P. Nossa Sra Abadia P. Santo Antônio P. N. Sra do Carmo P. São José P. Nossa Sra Abadia P. N. Sra Patr. Sacramento P. N. Sra da Abadia P. N. Sra das Dores P. São Sebastião P. Cristo Bom Pastor P. N. Sra da Abadia P. N. Sra de Fátima P. N. Sra das Graças P. N. Sra de Lourdes P. N. Sra do Rosário P. Santa Cruz P. da Ressurreição P. São José Tutunas P. Santa Bárbara P. Sto Expedito P. São Galvão P. Sagrada Família P. Catedral P. Santa Luzia P. Santa Maria Mãe Igreja P. Santa Teresinha P. Santíssimo Sacramento P. São Benedito P. São Domingos P. São Mateus P. São Geraldo Magela P. São José Gameleira P. Sta Edwiges P. São Judas Tadeu P. São José Operário P. São Miguel P. São Pedro Santuário da Medalha A. P. D. Espírito Santo Quase Paróquia N.S.Lourdes Total Atualizado em:
Cidade A. Comprida Araxá Araxá Araxá Araxá Araxá Araxá Araxá Araxá C. Florido C. Gomes C. Alagoas Conquista Delta Fronteira Frutal Frutal Frutal Ap. de Minas Nova Ponte Pedrinópolis Pirajuba Planura Prata Prata Romaria Sacramento Sacramento Santa Juliana Tapira Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Uberaba Ponte Alta Veríssimo Conceição Uberaba Uberaba Uberaba
CF R$ 377,00 R$ 995,75 R$ 2.500,00 R$ 1.182,00 R$ 4.670,25 R$ 700,00 R$ 412,30 R$ 915,20 R$ 300,00 R$ 287,55 R$ 107,10 R$ 901,40 R$ 511,73 R$ 207,00 R$ 512,00 R$ 1.516,40 R$ 4.777,90 R$ 625,70 R$ 335,00 R$ 389,00 R$ 991,40 R$ 160,00 R$ 825,00 R$ 1.878,25 R$ 871,00 R$ 1.305,00 R$ 2.063,00 R$ 1.081,85 R$ 1.096,25 R$ 504,00 R$ 500,00 R$ 1.250,00 R$ 1.417,00 R$ 530,00 R$ 175,00 R$ 259,65 R$ 597,00 R$ 650,00 R$ 299,35 R$ 568,85 R$ 589,35 R$ 210,50 R$ 409,00 R$ 2.416,00 R$ 416,75 R$ 1.226,00 R$ 1.408,65 R$ 4.867,75 R$ 3.216,05 R$ 1.734,00 R$ 1.811,75 R$ 109,00 R$ 1.179,55 R$ 674,30 R$ 700,00 R$ 142,20 R$ 103,00 R$ 611,15 R$ 3.104,70 R$ 489,60 R$ 444,95 R$ 65.110,13 23/05/2014
Terra Santa R$ 143,10 R$ 267,00 R$ 450,00 R$ 304,00 R$ 1.062,30 R$ 30,00 R$ 195,36 R$ 64,00 R$ 36,00 R$ 176,10 R$ 12,00 R$ 188,80 R$ 402,00 R$ 49,20 R$ 120,00 R$ 290,00 R$ 952,80 R$ 160,00 R$ 115,00 R$ 272,00 R$ 181,20 R$ 70,00 R$ 80,00 R$ 278,35 R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
379,00 432,00 109,80 292,25 108,40 119,60 200,00 191,00 410,00 89,00 138,60 56,00 109,45 80,00 160,00 393,90 66,05 148,00 269,00 64,75 120,00 330,00 600,00 414,50 350,30 456,35 37,00 261,05 91,80 100,00 20,05 61,75 135,75 868,45
R$ R$
35,00 13.598,01 23/05/2014
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paróquias
Jornal Metropolitano - Uberaba, junho de 2014
Lançamento de CD marca visita Pastoral a São Galvão
De 15 a 18 de maio, o arcebispo dom Paulo Mendes Peixoto esteve em Visita Pastoral à Paróquia São Galvão, situada no bairro Morumbi, em Uberaba. Uma vasta programação foi montada por padre José Alves e paroquianos que incluiu visitas
às escolas, unidades de saúde, centros de referência social e comércio da região da Paróquia São Galvão. Para tanta locomoção, a paróquia até viabilizou um veículo emprestado intitulado de Bispo Móvel. O arcebispo também celebrou
Encontro de Congados em Romaria
O Santuário de Nossa Senhora da Abadia, em Romaria – MG, promoveu no último dia 25 de maio o 36º Encontro de Congados, Moçambique e Cotutes. Ao todo, 43 ternos participaram do encontro. A maioria era de cidades da região, como Patrocínio, Uberlândia e Araguari. No entanto, houve também grupos de Ituiutaba, Pontal e Catalão – GO. O rei e rainha eram de Patrocínio. O evento constou de apresentação dos ternos no palanque e visitação à imagem da Abadia
(na torre). Em seguida, foi servido almoço para cerca de seis mil pessoas. Encerrando o encontro, integrantes dos ternos e fiéis participaram do cortejo que saiu do Santuário e foi até o bairro dos Diamantes, retornando à praça da igreja. No local, dom Paulo Mendes Peixoto presidiu a Celebração Eucarística, seguida da coroação do novo rei e rainha da festa de 2015. O reinado agora será da cidade de Araxá.
em casas, visitou as comunidades Rainha da Paz, no Copacabana e Girassóis e São Jorge, na zona rural, e Comunidade Santa Efigênia, no Beija Flor II, onde aconteceu a missa de despedida no domingo. Na matriz de São Galvão, um
dos momentos bastante esperados foi o do lançamento de CD com cantores e instrumentistas da paróquia e DVD sobre a Família e Vocação de Dom Paulo. A cerimônia teve grande participação da comunidade. Durante a passagem do Arcebispo pela paróquia de São Galvão, seja nas celebrações ou reuniões, os fiéis refletiram sobre o tema: “Discípulos e Missionários de Jesus Cristo para o serviço à Vida” e o lema: "Vinde Visitar Vossa Vinha" Sl 80. Dom Paulo Mendes Peixoto ficou extrema-
mente feliz com a acolhida, organização e, sobretudo, com a fé dos paroquianos de São Galvão. A paróquia São Galvão engloba em sua área de abrangência os bairros Morumbi, Pacaembu I e II, Beija-Flor I, II e III, Residencial Du Park, Francisco Angotti e Nova Era. Os bairros Copacabana, Girassóis e Mariitas fazem parte de Área Pastoral recémcriada, a cargo de monsenhor Geraldo Majela. Eles são vizinhos da Paróquia São Galvão. Rubério Santos
Terços dos Homens e Famílias em Conceição das Alagoas
Rubério Santos
A Paróquia da Imaculada Conceição, na Arquidiocese de Uberaba, encontrou na reza do terço uma forma de motivar as comunidades. Em maio, dois deles, os Terços dos Homens e das Famílias, comemoram aniversário de criação. O mais antigo é o Terço dos Homens. Está completando cinco anos de fundação. A reza do terço, na Capela São Benedito, em Conceição das Alagoas, começou com um grupo pequeno e, atualmente, conta com 20 membros assíduos. As orações em todas as terças-feiras são divididas en-
tre os presentes, de modo que todos participem. “Todos saem satisfeitos e renovados,” afirma Fabiano Pinheiro, coordenador do grupo. O Terço dos Homens acabou despertando o interesse de outros segmentos e há um ano foi criado o Terço das Famílias, cujas orações acontecem na Capela de Santa Rita. Cerca de 50 pessoas participam da reza desse terço que acontece sempre na primeira terça-feira do mês. O ato reúne famílias inteiras, como a do casal Zé Batista e Gilda, um dos coordenadores do Terço das Famílias, ao lado
de Rosa e Dirceu Tristão. Diferente do Terço dos Homens, no das Famílias há outros momentos, como a oferta de flores à Sagrada Família, a passagem da rosa durante a reza e cantos entre um mistério e outro. A criação do Terço das Famílias segue a carta apostólica de São João Paulo II. A meta do grupo, explica padre Zezinho, é de atrair ainda mais gente, quem sabe aumentando os dias da reza. Afinal, os resultados são significativos. Rubério Santos Assessor de Imprensa
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paróquias
Jornal Metropolitano - Uberaba, junho de 2014
Casa do Menor Rosa da Mata A Casa do Menor Rosa da Mata foi fundada no dia 1º de maio de 1977. É uma entidade beneficente, com fins filantrópicos, cuja finalidade é atender as crianças carentes, promovendo sua educação biopsicossocial e religiosa. Além disso, visa prepará-las para uma vida profissional que lhes dê garantia de futuro, sem esquecer o necessário encaminhamento dos menores que atingem a idade-limite de permanência nessa Instituição. Neste ano, atendemos 150 crianças. O período integral é reservado ao Berçário e Maternal (de seis meses a três anos), enquanto as crianças de quatro a dez anos frequentam regularmente as escolas do Município de Sacramento, permanecendo na Creche somente um período. A Entidade conta com dezoito funcionários. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 07 às 16 horas. Todas as manhãs, no início das atividades, as crianças reunidas rezam e louvam a Deus, nosso Pai e Criador, pelo dom da vida, por suas famílias e pelos amigos e benfeitores. Duas vezes por semana, há um momento de formação no qual recebem orientação de boas maneiras, bons hábitos de higiene e de boa convivência. Também disponibilizamos diversos projetos, nos quais as crianças participam de acordo
Casa Rosa da Mata recebeu doações da Bungue
com a faixa etária: educação física, Kung Fu, recreação, informática, música, oficinas de bordado, além de estudo dirigido, com orientação para as tarefas escolares. Alguns trabalhos confeccionados pelas crianças são colocados à venda nos eventos promovidos pela Diretoria. Diariamente, há práticas de lazer: jogos, filmes, recreação dirigida, parque, pequenos passeios pela cidade e banho de sol. Algumas datas são especiais na vida das crianças. Assim, a Semana da Criança é vivida com muita intensidade (campeonatos entre turmas, show de palhaços, gincana musical, saborosos lanches, passeios a Peirópolis, à Gruta dos Palmares e ao Museu da cidade). Na festa do Natal, momento celebrativo de fé, alegria e emoção, com a ajuda de muitos benfeitores realizamos um Auto de Natal que inicia a celebração com muita música, lanche e
Papai Noel com presentes. A assistência médica é feita por meio do serviço de saúde no Posto Municipal, que facilita o atendimento e, na medida do possível, fornece medicamentos e exames necessários. Além disso, cuidamos para que as crianças tenham uma boa e saudável alimentação que lhes garanta um desenvolvimento físico sadio. Neste ano, damos continuidade ao Projeto Ação Família, cujo objetivo é despertar as famílias de nossas crianças para um compromisso maior no cuidado e zelo com os filhos e familiar, de modo geral. Para tanto, há encontros bimestrais, visitas domiciliares, dinâmicas, vídeos, palestras e debates.
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Paróquia de Santa Cruz celebra missas em Libras
Na Paróquia de Santa Cruz e Nossa Senhora das Dores, aos domingos, na Celebração das 19 horas, presidida pelo Padre Alex Pereira dos Santos, uma intérprete de Libras participa da missa, a fim de possibilitar a inclusão dos deficientes auditivos, permitindo que essas pessoas possam viver sua fé, sejam evangelizadas e recebam os sacramentos. Uma jovem surda já manifes-
tou interesse em ser catequizada e receber a primeira Eucaristia. Isso nos mostra a necessidade de sermos cada vez mais acolhedores e atenciosos como Jesus foi com aqueles que tinham alguma limitação. Precisamos urgentemente estimular o testemunho de comunhão e igualdade. Dagmar Luci da Silva (Coordenadora da Liturgia)
Novos bancos para a Comunidade do Divino Pai Eterno
A Comunidade do Divino Pai Eterno adquiriu 26 novos bancos, cada um com 3,5m, a partir da doação dos devotos do Pai Eterno. Os bancos antigos serão doados para a Paróquia de São Geraldo Majela.
Padre Alex e a Comunidade agradecem a colaboração de todos e convidam para a Novena que acontecerá entre 27/06 e 06/07, na Comunidade. Padre Alex P. dos Santos
Educar é conduzir a criança pelo caminho do amor (Padre Siqueira). Ir. Jandira de Aguiar
FAMÍLIA NA NOVA EVANGELIZAÇÃO
Tendo presente o próximo sínodo extraordinário de Bispos, que será realizado do 5 a 19 de Outubro de 2014, é oportuno refletir sobre o tema que será abordado: “Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização”. A família é insubstituível para o ser humano, pois constitui a célula primeira e original da sociedade; nela o homem e a mulher são acolhidos e tratados pela primeira vez como a sua dignidade requer: com amor desde a concepção até a morte, sendo amados pelo que são. É no lar onde cada pessoa aprende a amar e ser amada. O ser humano precisa da família, não só pela sua fragilidade e pela necessidade que tem dos outros para sobreviver, mas principalmente para atingir a sua plenitude. A defesa da família não é uma questão religiosa ou privada. O ser humano, o fundamento da sociedade, nasce e se desenvolve na família. Por isso “Nenhum país do mundo, nenhum sistema político pode pensar no seu futuro senão através da imagem destas novas gerações que assumirão dos pais o múltiplo patrimônio dos valores, dos deveres e das aspirações da nação à qual pertencem, e o de toda a família humana.” (São João Paulo II, Exortação Apostólica Familiaris Consortio, n. 11). Por outro lado, a identidade da família cristã não está só nisso. Deus quis lhe dar um papel fundamental para a vida da graça e para a relação de cada pessoa com Deus. A Constituição Dogmática Lumen Gentium no número 11 afirma que nesta espécie de Igreja doméstica “devem os pais, pela palavra e pelo exemplo, ser para os filhos os primeiros arautos da fé e favorecer a vocação própria de cada um” . A família cristã é uma autêntica ‘igreja doméstica’: “participa na vida e na missão da Igreja”, pois os casais cristãos “não só recebem o amor de Cristo tornando-se comunidade salva, mas também são chamados a ‘transmitir’ aos irmãos o mesmo amor de
Cristo, tornando-se assim comunidade salvadora” (São João Paulo II, Exortação Apostólica Familiaris Consortio, n. 49). Para cumprir esta missão, é necessário um movimento em duas direções, porque só uma família evangelizada, que acolheu o Evangelho e permitiu que frutificasse nos seus membros, pode ser evangelizadora. Por isso em primeiro lugar a igreja doméstica deve acolher em si mesma a mensagem de Cristo: converter-se num lugar onde se aprende a fé, e em que as relações entre as pessoas são vivificadas pela graça de Deus. Deste modo, a família cristã poderá ser luz para os outros homens, e instrumento de Deus eficaz para a nova evangelização. Uma família assim será capaz de “anunciar com renovado entusiasmo que o evangelho da família é um caminho de realização humana e espiritual” (Bento XVI). Contra falsas concepções do casamento, que desfiguram a realidade e o plano de Deus, o “Evangelho da família” proclama que “ o amor e a entrega total dos esposos, com as suas notas peculiares de exclusividade, fidelidade, permanência no tempo e a abertura à vida, está na base dessa comunidade de vida e amor que é o matrimônio.” (Bento XVI). Nosso tempo precisa de testemunhas. Precisa ser lembrado de que viver o Evangelho não é apenas possível, mas é uma fonte de alegria. Uma família que acolhe o número de filhos que Deus quiser enviar-lhes, torna-se, em alguns lugares, um convite à reflexão, que desmente – através da alegria de seus componentes – qualquer lugar comum ou preconceito. E também quando dá testemunho de firmeza na fidelidade conjugal, respeito à vida, etc. Hoje muitos são tentados ao desânimo e estão angustiados com as dificuldades que mais cedo ou mais tarde atacam a vida familiar e acabam rompendo muitos lares. Para eles, encontrar um casal de amigos que segue o exemplo da Sagrada Família pode implicar a ajuda que precisam para recuperar a esperança, enfrentar
com entusiasmo a tarefa de formar uma família feliz, descobrir o significado do sacrifício por amor aos outros. As famílias têm a necessidade de ver como a graça funciona em outros casais: saber como enfrentam problemas e lutas similares, como educam os seus filhos, como o marido e a esposa salvaguardam o seu amor. Para isso é de grande importância promover encontros que reúnam os casais para o mútuo enriquecimento e o fortalecimento diante de temas importantes que envolvem a vida familiar. A este respeito, a amizade com outras famílias é um terreno fértil para apostolado pessoal, pois facilita o ambiente, amável e de confiança que é necessário para atingir o coração das pessoas. E nada mais lógico que enfrentar os desafios comuns dos problemas de toda a sociedade: “Aos pais e às mães de família corresponde por direito próprio – insisto – uma ampla gama de apostolado pessoal com diversas manifesta-
ções. E nada mais lógico do que associaremse livremente a muitas outras pessoas que enfrentam problemáticas semelhantes, para enfrentar esta situação de evidente relevância: o uso do tempo livre, o lazer e o entretenimento, as viagens, a promoção de locais adequados para que as filhas e os filhos possam ir amadurecendo humana e espiritualmente, etc.”. A alegria e a luz que transmite uma família unida - lar luminoso e alegre são um anzol para atrair nossos amigos e mostrar-lhes a Verdade que nos faz felizes. É o “vem e vê” (Jo 1, 46) particular das famílias, que estão sempre sob a proteção de Santa Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, Rainha das Famílias.
Grupo de Casais Nova Aliança – Santuário da Medalha Milagrosa / 2014
Wagner Santos e Elzira Teixeira Santos – Coordenadores do Grupos de Casais Nova Aliança
Coordenadores do Grupo de Casais Nova Aliança
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especial
Jornal Metropolitano - Uberaba, junho de 2014
A relação de Deus com o Homem e a Igreja Mons. Valmir A. Ribeiro
Ascensão do Senhor - o destino Pentecostes - A Igreja vive no do homem novo Espírito de Cristo
Celebrar a Ascensão só tem sentido se estiver unida à Ressurreição do Senhor: 1º porque na Ascensão, em sua glorificação, ele se torna o “rei da glória”, prêmio da fidelidade ao projeto do Pai. 2º porque a Ascensão determina a natureza da Igreja: levar o evangelho aos confins do mundo e batizar todos os homens e mulheres, formando, assim, um povo que seja conduzido pelo Espírito Santo, dom maior da ressurreição do Senhor. 3º porque, tanto a evangelização como o mandato batismal, são modos de transmitir e de colocar o poder de Cristo até os confins do mundo. O centro de nossa reflexão é o poder de Cristo como resultante da Ascensão. Duas perguntas iniciais: de onde vem o poder de Jesus e que tipo de poder é este? A origem do poder de Jesus encontra-se na cruz e na ressurreição: “quando o ressuscitou dos mortos e o fez sentar-se a sua direita nos céus”. Como refletíamos na Semana Santa, Jesus não conquistou esse poder pela violência ou enganação, como havia sugerido Satanás, na tentação do deserto. O poder lhe foi dado por Deus pela obediência, porque ele foi fiel ao projeto do
Pai até as últimas consequências. Esse poder Cristo passa à Igreja. A autoridade da Igreja não acontece pela lógica da violência nem pela impostura religiosa, com práticas e promessas para soluções de qualquer tipo de problema. A Igreja recebeu a autoridade de Cristo para que o projeto do Reino de Deus aconteça no mundo – não a criação de um reino político, mas a missão de tornar homens e mulheres discípulos de Jesus, gente que vive de acordo com os ensinamentos do Ressuscitado. O outro poder (autoridade) que Jesus recebeu depois da ressurreição é o de introduzir toda humanidade no mistério da vida divina através do Batismo, no Espírito Santo. Para isso, Jesus envia seus discípulos (a Igreja) para batizar todos os povos e submetê-los, assim, ao poder de Cristo (e não ao poder de Satanás). Compreende-se melhor a missão da Igreja que vem da autoridade de Jesus, anunciada na Ascensão e iniciada em Pentecostes. Missão que tem a garantia do Batismo no Espírito Santo com uma finalidade bem clara: “para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda Judeia e até os confins da terra”.
A Santíssima Trindade
Deus é Comunidade de Amor Quando o homem olha para dentro de si, a fim de analisar sua experiência religiosa, tem a sensação de um abismo sem fundo, uma profundeza infinita. A essa profundeza inatingível de nosso ser refere-se a palavra “Deus”. Deus significa isto: a profundeza última de nossa vida, a fonte de nosso ser, a meta de todos nossos esforços. Esse fundo íntimo de nosso ser se manifesta na abertura de nosso “eu” para um “tu” e na seriedade dessa inclinação. Vemos, assim, impressa em nosso ser a realidade profunda e grandiosa do Deus cristão, a Trindade. Isto é, o mistério de um Deus que é comunidade e comunhão de vida. Um Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo.
A comunhão com Deus, fim do homem O próprio Deus vem ao homem, manifesta-se a ele como “Senhor”, mas cheio de bondade e misericórdia, rico em graça e fidelidade. Na exuberância de seu amor pelo mundo, manifestado no dom de seu Filho único para salvá-lo, o Deus do amor e da paz derrama sobre os homens sua graça em Cristo e os chama à comunhão com ele, no Espírito Santo. A comunidade trinitária é verdadeiramente o valor último e supremo, o único fim do homem, uma vez que Deus, e somente Deus, é a plenitude de toda perfeição. A comunidade trinitária é verdadeiramente mistério, realidade que supera absolutamente toda compre-
Do ponto de vista litúrgico, Pentecostes é a solenidade da plenitude dos dons pascais. Plenitude porque Deus derramou sobre nós e em nossos corações aquilo que tem em abundância: seu amor, sua própria vida... O sopro que revive e refaz o existir como missão. Do ponto de vista eclesiológico, Pentecostes torna-se exame de consciência para a comunidade, o local onde a Igreja acontece. Cada comunidade é questionada sobre sua principal atividade. Se a comunidade tem outras motivações mais importantes que continuar a missão de Cristo, então precisa invocar o Espírito Santo para que venha e a renove. Se a comunidade considera que promover eventos sociais, festivos, esportivos, promocionais... é a coisa mais importante, então precisa invocar o Espírito Santo para que venha e redirecione as forças para a missão de Cristo, em que são outras as prioridades. Não se discute a importância de realizar promoções; o problema é quando isso ocupa o centro, a preocupação única da comunidade eclesial. É preciso deixar bem claro que a comunidade cristã é essencialmente a Igreja viva que continua a mesma missão de Cristo. Ele, Jesus Cristo, iniciou-a e nós, que formamos a comunidade, continuamos o mesmo serviço que ele prestou ao mundo, na ação do Espírito Santo. Isso é impossível se a mentalidade do individualismo religioso é predominante. Em casos agudos, tal mentalidade anula a comunidade. Claro, se a pregação valoriza a fé para ser vivida somente no âmbito pessoal, na relação eu-Deus, se a Eucaristia serve somente para pedir favores, fica difícil compreender que os batizados são discípulos de Jesus e que o Espírito Santo os conduz a serem continuadores da mesma missão do Mestre. Pregações voltadas para culpar antepassados, incentivando
ensão humana. Deus jamais deixará de causar admiração no homem, e nunca homem algum penetrará na terra de Deus se não estiver disposto a desarraigar, como Abraão (Gn 12,1), das fronteiras de suas limitações e da estreiteza de suas seguranças. A oração não deve reduzir Deus aos limites do homem, mas deve dilatar o homem aos horizontes de Deus. O silêncio, que o Pai parece opor em muitos casos aos pedidos humanos, nasce da autenticidade de sua paternidade, de sua firmeza em não condescender com a mesquinhez dos planos humanos para poder substituí-los por planos bem maiores, nascidos de seu amor. A comunidade trinitária é o verdadeiro futuro do homem; só ela pode assegurar ao homem um plano de vida sem limites, porque capaz de superar até a morte.
o dízimo em vista de retribuição financeira, promoção de devoções que desatam nós e outras coisas mais não passam de fugas ou cegueiras do que é essencial para a Igreja: continuar a missão de Cristo no mundo. Diante disso, Pentecostes torna-se, de fato, um exame de consciência para a Igreja. Todas as comunidades são convidadas a uma séria reflexão e a pedir que o Espírito Santo renove a mentalidade de lideranças, de padres, de religiosas e de pregadores, convertendo-os ao que é essencial: ir e pregar o Evangelho do perdão e da salvação com a coragem de quem tem o sopro divino dentro de si.
Diz eficazmente Santo Agostinho: “Deus é tão inexaurível que, quando encontrado, ainda falta tudo para encontrá-lo”. Isso signi-
fica que o dinamismo e a criatividade humana encontram nele um horizonte sem limites; portanto, um futuro total.
especial
Jornal Metropolitano - Uberaba, junho de 2014
Corpus Christi: Origem e Signi�icado
Ao terminar sua missão, Jesus Cristo desejou ardentemente comer a última ceia com seus discípulos (cf. Lc 22,15). Pondo-se à mesa, ele instituiu o sacramento de sua presença perpétua junto à humanidade (cf. Mc 14,22-25); sacramento da partilha e do serviço, ensinando-nos a partilhar o que somos e o que temos, colocando-nos a serviço uns dos outros. Na espécie do pão e do vinho eucaristizados, Jesus nos ofereceu seu corpo e seu sangue como alimento para nos fortalecermos no testemunho de seu seguimento, como seus discípulos-missionários. Na Quinta-feira Santa, véspera dos sofrimentos e da morte de Jesus Cristo, fazemos memória da instituição da Eucaristia. Após a Missa da Ceia do Senhor, permanecemos em adoração, num altar enfeitado e iluminado, louvando ao Senhor por esse sacramento. Assim, perpetuamos em sua memória o que Jesus realizou de uma vez por todas pela humanidade: fidelidade, até às últimas consequências, ao projeto do Pai. Sempre que celebramos a Eucaristia, anunciamos sua Morte e Ressurreição até que Ele venha (cf. 1Cor 11,26). É o Banquete da vida, da esperança e do amor daquele que veio “para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). A solenidade Mais de doze séculos após essa instituição do Senhor, a Igreja sentiu necessidade de criar uma solenidade para expressar a presença de Jesus eucarístico entre nós. Foi o Papa Urbano IV que instituiu a grande festa de Corpus Chris-
tre nós, fez-se humano, fez-se carne, fez-se sangue, veio habitar entre nós (cf. Jo 1,14). É a inserção de Deus na história humana. “Eis a tenda de Deus entre os homens” (Ap 21,3b). Expressamos toda nossa alegria pela presença de quem tanto amamos. Por isso, temos o costume de enfeitar nossas ruas, calçadas, janelas – preparamos até altares! O Senhor vai passar em nosso meio. É preciso preparar os caminhos para acolhê-lo bem. O melhor enfeite que podemos fazer é o de nosso coração. É nesse sacrário íntimo de nossas consciências que acolhemos a presença do Senhor em nossas vidas. Padre Geraldo Maia
Curso de Teologia (orientações) ti (Corpo e Sangue de Jesus Cristo), através da Bula Transiturus de hoc mundo, em 1264. Assim se expressou: “...Superando toda plenitude de generosidade, excedendo toda medida de amor, ofereceu a si mesmo em alimento. Ó singular e maravilhosa generosidade, em que o doador vem como dom, e o que é doado é totalmente idêntico ao doador!...” (DH 847). Mesmo durante todo o tempo desde a instituição da Eucaristia até a instituição da Solenidade de Corpus Christi, os cristãos sempre celebraram e valorizaram a presença do Senhor na comunidade. Vários nomes foram dados à Eucaristia: fração do pão dominical, missa...
Em cada uma dessas celebrações é feita a memória do Senhor, recolhendo seus ensinamentos, sua prática libertadora e sua presença estimuladora entre nós, perpetuando sua oferta na cruz e sua ressurreição, indicando o horizonte para onde se encaminha a humanidade: plenitude de vida no amor do Pai. Ao celebrar a presença de Jesus Cristo, com seu Corpo e seu Sangue, nós o levamos pelas ruas de nossas cidades. A Hóstia consagrada é conduzida sob o pálio que nos lembra a “tenda de reunião”, lugar da manifestação de Deus junto a seu povo (cf. Ex 36,8-19; 40,34-35). Jesus Cristo armou sua tenda en-
Coração de um Homem, mas Sagrado
A pessoa de Cristo tem riquezas inesgotáveis. Por essa razão, cada geração encarou essa rica personalidade de maneiras diferentes, mas complementares. Mesmo nos dias de hoje estamos muito distantes de chegar às profundezas de seu Ser. Os tempos futuros reservam muitas surpresas. As ciências humanas farão descobertas fantásticas. Todas as espiritualidades que nasceram das riquezas insondáveis de Cristo têm a tendência de se perpetuarem na vida da Igreja. Não desaparecem mais, embora tenham seu tempo de preponderância. Cinco descobertas fizeram os cristãos através dos tempos, que foram motivo de crescimento espiritual. Sem referir-me aos tempos pré-messiânicos, em que o Salvador foi saudado com muitas alusões registradas na Bíblia e que permaneceram para sempre (cordeiro pascal, maná, pelicano, leão de Judá, nuvem do deserto, pedra de onde jorrou água,...), nos primeiros tempos os cristãos gostavam de considerar Jesus sob o símbolo do Bom Pastor. Tal representação foi muito forte e continua impressionando as pessoas até o dia de hoje. Gerou uma espiritualidade de misericórdia, que queria envolver toda a humanidade na salvação, justificando uma corajosa evangelização. Mais tarde, por influência dos acontecimentos históricos, com o crescimento da importância dos reis, Jesus foi considerado o Rei por excelência pelos cristãos. Daí as pinturas solenes do Cristo Pantocrátor, abordado em sua majestade e em seu poder. Ele é o
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Rei dos reis. Essa espiritualidade, já em seus tempos de exaustão, gerou confiança, mas também levou aos meandros da autoestima falsamente vitoriosa dos cristãos. Já na Idade Média, encontramos os cristãos venerando a cruz de Cristo e nela valorizando os sofrimentos e a paixão do Salvador. Houve por um bom tempo uma consideração profunda sobre o Cristo sofredor em sua Paixão e Morte. Tal espiritualidade levou muitos cristãos a atos heróicos de sacrifício, mas também conduziu outros à autocomiseração e à falta de iniciativa. É bom sabermos que essa espiritualidade se espalhou muito nas nossas terras de Santa Cruz, tendo-se prolongado em nosso meio até os tempos do Concílio (em seus aspectos positivos e também em seus aspectos mal compreendidos). Algum tempo depois, ainda na alta Idade Média, encontramos a devoção ao Cristo Juiz. O famoso canto Dies irae é um produto desse tempo. Cristo ser juiz é uma verdade bíblica, mas seus exageros levaram a uma espiritualidade que colocava em questão a misericórdia divina. A ideia da verdade do julgamento revelava uma tendência de levar ao medo e à fuga de uma verdadeira reflexão, ainda mais quando tais proposituras vinham num invólucro de pregações severíssimas sobre a condenação eterna, a predestinação, o inferno... O universo cristão perdeu-se em considerações aflitivas, sem com isso lograr uma verdadeira conversão. Foi desse contexto bastante confuso que se originou a devoção ao Sagrado Coração. Como se os cristãos mais lúcidos dissessem: “é
preciso retornar ao essencial cristão; deve-se parar de pinçar do meio da revelação aqueles dados que são subalternos; vamos voltar ao Cristo que é amor, é misericórdia; vamos retornar à esperança confiante em nossa salvação”. Essa devoção despertou uma espiritualidade que já atravessa sete séculos. E por que tanto sucesso? Porque ela acorda a confiança na bondade de nosso Mestre e Senhor e, ao mesmo tempo, exige compromisso de uma resposta. Entretanto, não deixa de ser verdade também que o sucesso provém de suas raízes firmemente apoiadas nas escrituras sagradas, confirmadas por tantas passagens. Especialmente quando São João nos narra que “um soldado abriu o lado de Jesus com uma lança, do qual jorrou sangue e água” (Jo19,34). É um coração muito humano que esgotou sua capacidade de doação, mas ao mesmo tempo tão divino, que espalha sua misericórdia para a salvação de toda a humanidade. Mesmo que nos tempos pósconciliares tenham aparecido outras espiritualidades (p.ex. Cristo servidor, nosso irmão, cheio do Espírito Santo), ), a devoção ao Coração de Jesus vai continuar falando ao coração da humanidade por muito tempo. Sem fechar as portas para novas descobertas de sua personalidade inigualável. Dom Aloísio Roque Oppermann scj – In memoriam
O curso de teologia oferecido pelo Instituto de Teologia São José, que prepara futuros padres, com reconhecimento pela Arquidiocese de Uberaba, abrirá suas portas para acolher estudantes diáconos, religiosos, religiosas, leigos, leigas. As aulas serão de segunda a sextafeira, das 19h às 22h30min, num período total de quatro anos. Vagas limitadas. Início do curso: 04 de agosto de 2014. Período de inscrições: de 02 a 20 de junho. Informações: 3312-9565 (falar com Maria, das 8h às 11h).
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pastorais e movimentos
Jornal Metropolitano - Uberaba, junho de 2014
Santa Teresinha realiza nova edição do Farol Casal Freud e Solange
A Paróquia de Santa Teresinha, em Uberaba, realizou de 13 a 25 de maio a 13ª edição do Farol. O encontro de casais, realizado nas próprias dependências da paróquia, reuniu 28 casais encontristas e 79 casais distribuídos entre as equipes de trabalho. Tendo como tema central a “Família”,
os casais puderam assistir a palestras e refletir sobre a importância de se resgatarem os verdadeiros valores da família. Buscouse conscientizar também os participantes sobre a necessidade da família ser Igreja. Um dos momentos que tocou bastante o grupo foi a Celebração Penitencial, conduzida por monsenhor Célio Lima. O ato,
como foi conduzido, proporcionou aos casais não só o perdão de seus pecados, como um encontro pessoal com Deus. A 13ª edição do Farol contou com a coordenação geral do casal Solange e Freud Martinelli. Da Redação
Pastoral Arquidiocesana da Esperança A Pastoral da Esperança tem por finalidade fomentar na Arquidiocese de Uberaba a importância de sua implantação em todas as paróquias e entidades religiosas. No momento da perda e, principalmente no acompanhamento pós-perda, a presença da Igreja é fundamental para a família enlutada. Essa presença promove subsídios que favorecem o amparo sentimental, o amparo fraterno, a consciência de que Deus nos criou para bem vivermos e, terminada nossa jornada, para Deus voltarmos! Em Cristo Jesus, devemos trilhar nosso caminho baseado na verdade e, assim, teremos a vida eterna (Jo 14,6) ao lado do Pai. Neste sentido, a pastoral vem reunindose com frequência desde março, promovendo a formação de seus integrantes e, também, a preparação de um encontro de formação para representantes paroquiais, cujo objetivo será o de agentes multiplicadores, alcançando, portanto, toda a Arquidiocese. Com isto, surge o I Encontro de Forma-
ção da Pastoral da Esperança, previsto para a segunda quinzena de agosto deste ano. O curso está dividido em seis momentos de formação ao longo do dia, onde serão abordados temas, como Importância da Pastoral da Esperança no âmbito da Arquidiocese de Uberaba, Cristologia, Escatologia, Mariologia, Espiritualidade e Graça, todos no contexto da Esperança. A formação também contemplará um tema sobre as Celebrações da Esperança, proporcionando, assim, um melhor acompanhamento da Igreja junto à família fragilizada pela perda de seu ente querido. Aproveitamos para convidar aqueles que se sentirem tocados a participarem da Pastoral da Esperança. Maiores informações sobre a pastoral e suas reuniões pelo e-mail: p.esperanca.uberaba@gmail.com
Diácono Wagner Roberto Batista Secretário da Pastoral Arquidiocesana da Esperança
Notícias da Pastoral Arquidiocesana PASTORAL DA CRIANÇA: A Pastoral da Criança na Arquidiocese está continuando sua fase de reestruturação. A Coordenação de Setor (Arquidiocese) está realizando visitas em todas as Áreas (Regiões Pastorais), como também nos Ramos (Paróquias) que já têm a Pastoral da Criança, mas estão adormecidos para que retomem os trabalhos, convidando todos os líderes capacitados a voltarem a colaborar com esta tão importante pastoral da Igreja. A coordenação de setor já realizou visita aos seguintes Ramos (Paróquias): Santa Maria dos Anjos (Delta), Imaculada Conceição (Conceição das Alagoas) e São Sebastião (Comendador Gomes). Junto às coordenações de Áreas será feito agendamento para visitas aos Ramos pertencentes. A meta a ser atingida é de que, até dezembro de 2014, todos os Ramos, onde a Pastoral já existe, voltem a funcionar. Para que isto aconteça, é necessário que os padres em suas respectivas comunidades acolham e apoiem a Coordenação de Setor para fazer esse trabalho de reanimação da Pastoral, motivando os que já são líderes e indicando outros que possam colaborar na missão. RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA (RCC): Em encontro no Centro de Pastoral, datado de 08/05/14, a Coordenação Arquidiocesana de Pastoral, através do coordenador Padre José Edilson da Silva, reuniu as coordenações dos Grupos de Oração da Renovação Carismática Católica na cidade de Uberaba para um momento de partilha. Foi uma ocasião de grande importância, possibilitando ouvir cada coordenador e também manifestar o desejo da Arquidiocese em caminhar unidos, buscando a integração de todos os organismos pastorais e de movimentos, como também de serviços existentes na Igreja Particular, em comunhão com o Arcebispo. Padre José Edilson Silva / Coordenador de Pastoral
evangelização e religiosos
Jornal Metropolitano - Uberaba, junho de 2014
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Presença dominicana Uma vida consagrada em Uberaba A convite de dom Cláudio José Gonçalves Ponce de Leão, bispo da diocese de Goiás, os dominicanos da Província de Toulouse, França, enviaram três frades a Uberaba para colaborar na evangelização dessa imensa diocese: Fr. Raymundo Madré, Fr. Lázaro Mélizan e Fr. Gabriel Mole. Eles chegaram na cidade em 31/10/1881 e assumiram a Igreja de Santa Rita de Cássia, residindo numa casa há 30 metros da capela. No ano de 1885, chegaram as irmãs dominicanas para trabalhar na evangelização e na educação do povo. Muitos outros frades e irmãs foram enviados e fundaram vários conventos em áreas de missão. A pedra fundamental da atual igreja de São Domingos foi lançada em 16/01/1899, e no dia 1º de outubro de 1904 inaugurouse a igreja conventual. Os dominicanos adquiriram do reverendíssimo Aurélio Elias de Souza o Jornal de Uberaba que, a partir de junho de 1905, passou a chamar-se Correio Catholico, instrumento de
comunicação social que contribuiu para a formação e informação do povo. No dia 31/10/1931 – quando já se comemoravam os 50 anos dos dominicanos no Brasil – inaugurou-se a Casa do Rosário, prédio ao lado da Igreja de São Domingos, para a formação de novos frades. Dom Alexandre Gonçalves do Amaral criou a paróquia São Domingos, tendo como matriz provisória a igreja dos dominicanos, em 07/03/1941. A matriz seria o local da atual paróquia Nossa Senhora de Fátima, na praça Carlos Gomes – criada paróquia em 09/01/1970, por meio do mesmo decreto que transferiu a sede da paróquia São Domingos para a igreja conventual dos Dominicanos. A família dominicana está em Uberaba há 133 anos, exercendo o carisma da pregação da Palavra de Deus e da formação teológica e cultural do povo. Fr. Luis Antonio Alves, op
Congregação das Irmãs Servas do Senhor Carisma: manifestação ao mundo do amor de Cristo servidor, a exemplo de Maria, a serva do Senhor.
Em 1965, fui enviada a Uberaba/MG para a fundação de uma frente de missão na Santa Casa. Chegamos no dia 28/03/65, éramos seis irmãs para uma missão desafiante! Aos 24 anos, terminei o curso de Auxiliar de Enfermagem e me foi confiada a chefia do Centro Cirúrgico. Os médicos eram professores da FMTM e os estagiários, do curso de Medicina. Foi um início difícil, com a casa sempre cheia. O número de pacientes não era grande, mas tínhamos todas as clínicas: ginecologia e maternidade, clínica médica e cirúrgica (com especialidades). O número de cirurgias de urgência era alto, o Hospital encontrava-se em grande pobreza e faltava quase tudo, visto que os recursos eram minguados. Após dois meses de nossa chegada, já se notava grande mudança. Os médicos ficaram satisfeitos, os pacientes estavam bem cuidados e a todos oferecíamos evangelização. Sempre desejei ser missionária, sair para evangelizar e, por muito tempo, acalentei esse sonho. Sentia-me presa a um hospital, mas um dia encontrei a resposta que mudou meu agir e pensar. Participava da “Semana da Enfermagem”, no Hospital São Domingos (dirigido pelas Irmãs Dominicanas) e, durante uma homilia, o capelão Monsenhor Juvenal Arduini (de saudosa
memória) afirmou: “Minhas queridas enfermeiras, vocês evangelizam com ‘as mãos’, fazem a mesma ação de Jesus, que curava os doentes e cuidava da Vida! Como é bela sua missão! Continuem firmes. Deus conta com vocês”. Esse direcionamento iluminou minha vida e missão! Senti-me realizada e permaneci por 22 anos nesse hospital. Em 1965, as Irmãs Servas do Senhor, no zelo de sua missão apostólica, e atendendo aos anseios da Igreja e a expansão da Congregação, iniciaram sua atuação no Hospital Escola – época em que as Irmãs dominicanas deixaram o hospital. Como missionárias no local, as irmãs passaram a levar o amor de Deus em cada leito, fazendo a experiência da Via Crucis e da Ressurreição de Jesus. A comunidade religiosa ainda permanece na cidade de Uberaba e exerce funções no Hospital Escola, onde, como Maria, procura levar as sementes do amor, da ternura e da compaixão pelo sofredor. Nossa gratidão à população de Uberaba que se manifesta carinhosa e acolhedora, e nosso profundo respeito e reconhecimento a nosso bispo que nos acolhe com o carinho de pai e pastor, as Irmãs Servas do Senhor. Ir. Maria Marta, css
Vale a pena fazer uma opção definitiva pelo amor indiviso a Jesus Cristo, consagrando-se a Ele na vida religiosa? Fiz essa opção há 62 anos, tentando responder cada dia com amor renovado ao chamado de Deus que me amou primeiro. Entrei no Mosteiro com 16 anos e tenho experimentado sua fidelidade até hoje! A Regra de Nosso Pai São Bento, escrita há dezesseis séculos, tem mantido viva até hoje a inquietante busca de Deus centrada no slogan “oração e trabalho” – o que procuramos viver na primazia ao Louvor Divino, através da Liturgia bem celebrada. Sem dúvida, como nos lembra São Bento, cremos ser na Eucaristia e na Liturgia das Horas o momento em que Deus se faz presente mais intensamente, e é aí que, rezando em nome da Igreja, incluímos as intenções que nos são confiadas! Meu trabalho tem sido onde a obediência me coloca. Atualmente, estou me dedicando à confecção de paramentos litúrgicos, trabalhos artesanais em cerâmica, além do acolhimento das pessoas que recorrem ao Mosteiro – uma vez que o acolhimento, para nós, beneditinos, também é integrante de nosso carisma. Posso afirmar que a opção que fiz não só vale a pena, como também me faz uma pessoa realizada, completa e feliz! Não quero dizer que a vida monástica seja um mar de rosas: há sofrimento, renúncia e momentos difíceis – não podia ser de outro modo no seguimento de Cristo. No entanto, a certeza de que Ele está comigo e me sustenta com sua graça só aumenta o amor. O que preciso aprender a cada dia é partilhar esse amor com os irmãos.
Em 11 de julho iniciarei meu ano jubilar: 60 anos de Profissão Monástica, Jubileu de Diamante! Peço aos leitores do Metropolitano que se unam a minha ação de graças, por Cristo, com Cristo e em Cristo! Meu nome de batismo era Margarida, mas no Mosteiro é costume trocar o nome em sinal de vida nova. Nossa Madre fundadora chamava-se Felicidade, e havia trocado seu nome por Margarida; por isso, me deu como novo nome o nome de batismo dela, Felicidade. Ir. Felicidade Leal, osb Mosteiro de Nossa Senhora da Glória (Rua Visconde do Rio Branco, 380 – tel. 3338-2566)
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Sacramentos: sinais em nossa caminhada
Somos Povo de Deus que caminha. Caminha, colocando seus passos nas pegadas deixadas por Jesus, na construção do Reino de Justiça e Paz que nos leva à felicidade plena que é o próprio Deus. E nesse caminhar, nos deparamos, como em toda caminhada, com belas paisagens, com pessoas que cruzam por nós, com coisas bonitas que nos enchem de alegria, mas também nos deparamos com obstáculos que tornam a caminhada mais difícil: pedras soltas, poeira, rampas, degraus, dores, bolhas e cansaço. Mesmo assim, não desistimos da caminhada, porque somos impulsionados pelo amor materno de Deus, que cuida de nós. Deus tem um plano para toda a humanidade que se realiza plenamente em Jesus Cristo.
Quer salvar a todos, sem restrição, pois em Cristo Jesus recebemos a filiação divina. Somos filhos no Filho! Por isso, o Crucificado - Ressuscitado caminha com a gente, é estradeiro conosco, está a nossa frente e, com seu pé ferido, abre um caminho novo, cheio de esperança e beleza, porém não sem os desafios que impulsionam nossa vida. Por Cristo, com Cristo e em Cristo somos convidados a participar da vida de Deus, no coração da Trindade. Assim, somos instigados a sermos sinais de Deus no mundo, chamados a sermos sal e luz, darmos sabor ao mundo através de nossas ações que devem ser as mesmas ações de Jesus; devemos iluminar o mundo com a luz que recebemos dele. Somos como a lua que não tem luz própria, mas que todos os dias
formação
envia para a terra a luz que recebe do sol. Da mesma forma, a Igreja é sinal, sinal da ação de Jesus em nosso meio. É sacramento de Cristo e apresenta a todos outros sinais, sacramentos, que fortalecem nossa caminhada nas estradas do mundo. O Crucificado-Ressuscitado permanece em sua Igreja e associa a si a humanidade, constituída como seu corpo. Somos configurados em Cristo para viver sua Páscoa durante toda nossa vida, isto é, oferecendo nossa vida ao Pai, assim como Cristo o faz. Por sermos todos irmãos, na caminhada as diferenças e divisões são superadas entre os que passam a fazer parte do único Corpo, a Igreja. "Na Igreja não há diferença entre o escravo e o homem livre, entre o estrangeiro e o cidadão, entre o ancião e o jovem, entre
o sábio o e ignorante, entre o homem comum e o príncipe, entre a mulher e o varão" (São João Crisóstomo). O que nos ajuda a vivermos essa unidade são os sacramentos, sinais do amor de Deus, para que "todos tenham vida plena". São sete encontros com Deus que nos levam a descansar, a fortalecer nossos passos exaustos da caminhada, são sinais visíveis do amor de Deus. E é este caminho que vamos percorrer em nossos próximos encontros: Batismo, Crisma, Eucaristia, Reconciliação, Unção dos Enfermos, Ordem e Matrimônio. Juntos, vamos refletir sobre a importância desses sinais em nossa caminhada rumo ao Pai.
uma cidade não sem importância”. Tarso (na atual Turquia) era a sede da província romana desde 67 a.C., organizada por Pompeu. Nessa cidade se formou uma colônia hebraica, onde vivia a família de Paulo. O idioma oficial em Tarso era o grego. Paulo era cidadão de Roma, com formação e influência gregas, mas possuía outra característica muito forte: sua fé judaica. Teria sido enviado para Jerusalém para o estudo da Torah na escola do mestre Gamaliel (At 22,3), por volta dos anos 20 a 30 da era cristã. Tudo indica que a família de Paulo era favorável ao nacionalismo hebraico. Em Filipenses 3,5-6, Paulo dá autotestemunho de sua origem hebraica: circuncidado ao oitavo dia; da estirpe de Israel; da tribo de Benjamim; hebreu dos Hebreus; fariseu quanto à lei; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; irrepreensível quanto à justiça que deriva da observância da Lei. Paulo, em Tarso, frequentou a sinagoga e pôde ler a Bíblia na versão grega (LXX). Com seis ou sete anos, pode frequentar a
“escola do Livro” (começando com o Livro do Levítico) e, a partir dos dez anos, começa a estudar a Mishnàh (tradição). Aos treze anos, é chamado a conhecer e observar os mandamentos e aos quinze anos procede no conhecimento profundo da tradição através do Talmud (estudo, ensinamento). O método de Paulo é rabínico, usando as tradições orais e escritas: halaká (normas e leis) e hagadá (exemplos edificantes). Paulo dominava muito o AT: Torah (Lei-Pentateuco), Ketubim (Escritos) e Nabim (Profetas). A influência farisaica nos escritos de Paulo se faz notar especialmente porque no ambiente dos fariseus se cultivava a esperança messiânica, a fé na ressurreição dos mortos e o elevado ideal ético e moral. Enfim, Paulo é um vértice entre o mundo judaico, grego e romano. No próximo artigo, completaremos o conhecimento sobre Paulo, como personalidade e chamado apostólico.
Padre Saulo Emílio
Estudos Bíblicos
Cartas de São Paulo
Iniciaremos, no Jornal Metropolitano, um estudo sobre as Cartas Paulinas. Paulo de Tarso é um -símbolo de todo o cristianismo, responsável pela propagação da Boa Nova ao mundo greco-romano e uma das colunas da Igreja na ação evangelizadora e na teologia cristã. A melhor forma de conhecer Paulo é através de suas cartas. Nelas, deixa alguns traços de sua autobiografia, além da fé cristã. Também o autor dos Atos dos Apóstolos fornece trechos alusivos a Paulo. Proponho, antes de mergulharmos nas cartas paulinas, um breve conhecimento sobre Paulo. At 13, 9a fala de “Saulo, chamado também de Paulo”. Saulo vem do nome hebraico Sa’ûl, que significa “requisitado por Deus, reclamado por Deus, pedido a Deus” e que aparece quinze vezes na primeira parte do livro dos Atos. Saulo surge também em 1 Sm
9,2 (Saul – rei de Israel). Ambos os Saulos se apresentam como pertencentes à tribo de Benjamim (Fil 3,5 e Rm 11,1). Paulo era um cidadão romano. Ele sempre escolheu como centro de suas atividades missionárias as cidades romanas ou que fossem sedes administrativas: Filipos, Corinto, Éfeso. Roma será a meta de seus planos futuros (Rm 1,13; 15,23). A prova mais concreta de sua cidadania romana é seu processo jurídico, iniciado em Cesareia com o procurador romano, mas transferido para Roma (At 25, 11-12). Embora a tradição apresente Paulo como filho de um soldado romano, isto não está comprovado. Além de sua cidadania romana, Paulo, original de Tarso (segundo At 9,11.30; 11,25), teria nascido mais ou menos cinco anos depois de Cristo. Em At 21,29, Paulo diz: “Eu sou um judeu de Tarso da Cilícia, cidadão de
Padre Marcelo Lázaro
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notícias da igreja
Jornal Metropolitano - Uberaba, junho de 2014
Retiro Presbiteral
De 26 a reu o Retiro Uberaba em dro - SP. O
29 de maio ocorAnual do Clero de Águas de São Pepregador foi Dom
Angélico Sândalo, bispo emérito de Blumenau – SC que abordou o tema: “A Vida Ministerial do Presbítero”.
Ao final, os sacerdotes posaram para a tradicional foto de encerramento da jornada.
Encontro do ECC Leste II em Patos O 32º Encontro de Casais do Leste II debateu em Patos de Minas, em meados de maio, os novos caminhos do ECC Regional. O trabalho missionário das famílias esteve em destaque. O evento, realizado de 16 a 18 de maio, reuniu mais de 130 casais do ECC de Minas Gerais e Espírito Santo. Representando a Província de Uberaba esteve o casal Gilson e Glória Santos, além de padre Zezinho, diretor Espiritual Regional. Mais onze padres e o bispo de Patos dom Cláudio também participaram do encontro. Na reunião, cujo tema foi “Família, Escola de Virtudes e lugar de Encontro com Deus”, foram estudados os textos do documento nacional do ECC. Uma das propostas é a busca constante da uniformidade nos Encontros de
Casais com Cristo, respeitando a cultura de cada região. Outro ponto importante foi a troca de experiências entre os participantes, com relatos de dificuldades, avanços e sugestões,
ressaltou Glória Santos. O próximo encontro do ECC Leste II será em novembro, na cidade de Teófilo Otoni – MG. Rubério Santos
RCC Uberaba presente em Caratinga
A cidade de Uberaba esteve representada no Encontro Estadual de Jovens da Renovação Carismática Católica, realizado nos dias 31 de maio e 1º de junho, em Caratinga, região leste de Minas Gerais. Cerca de 50 jovens de vários grupos de oração da arquidiocese
uberabense, que integram o Ministério Jovem da RCC Uberaba, participaram do evento. “Diante de relatos dos jovens participantes, percebemos o quanto foram tocados pelo Espírito Santo, estando dispostos a assumir seu papel de missionários em nossa diocese,”
observa Wagner Pereira, presente ao encontro. Os temas abordados: a teologia do corpo, a santidade, a castidade no namoro, etc., destacaram a importância do jovem dentro da igreja, atribuindo a eles a responsabilidade de serem sentinelas do amanhã.
Conselho Arquidiocesano de Leigos (CAL) Qem Somos? O que é o Conselho Arquidiocesando de Leigos? O Conselho Arquidiocesano de Leigos é um organismo de articulação, organização e representação dos cristãos leigos em nível arquidiocesano. É parte integrante do Conselho Nacional de Laicato do Brasil – CNLB. Não se trata de mais um “movimento” ou “pastoral”, mas de um organismo que busca integrar os movimentos, pastorais e os leigos presentes em outras organizações eclesiais (paróquias, comunidades, associações, etc), organizados em nível Arquidiocesano, bem como os leigos, inclusive de outras denominações cristãs, comprometidos com a evangelização e o anúncio do Reino de Deus. Também não deve ser confundido com os Conselhos Arquidiocesanos de Pastoral, dos quais participam não só leigos, mas também o Arcebispo, sacerdotes, diáconos e religiosos, e cuja função específica é a de planejar e executar as atividades pastorais da arquidiocese. Ao Conselho de Leigos compete antes articular e organizar a ação dos fiéis leigos para que possam melhor cumprir sua vocação e missão na Igreja, mas, sobretudo, no mundo, respondendo aos imensos desafios do vasto e complicado mundo da política, da economia, da cultura, das ciências e das artes... Dessa forma, embora todos os organismos da Igreja sejam corresponsáveis na evangelização da sociedade como um todo, ao Conselho de Leigos é atribuída a tarefa imensa e difícil de transformar por dentro as estruturas sociais que estão a serviço de um sistema de rejeição e profundamente injusto. Para que serve o Conselho Arquidiocesano de Leigos? Muitas vezes tentamos justificar a criação do conselho de leigos, argumentando que os outros segmentos da Igreja já possuem sua organização. Fica a impressão de que estamos nos organizando “contra” esses outros segmentos, quando na verdade nossa organização deve dar-se para, em comunhão com esses outros setores da Igreja já organizados, podermos realizar a ação evangelizadora e enfrentar nosso inimigo comum que é um sistema perverso de exclusão e uma realidade profundamente desafiante para nós, leigos, que temos no mundo, nosso “campo específico de missão”. Devemos ver a Igreja “como comunidade de comunidades, com poderesserviço”. A organização do laicato coloca-se hoje como uma tarefa imprescindível frente ao imenso desafio que é a “nova evangelização” proposta pelo saudoso São João Paulo II, quando se aproximava o terceiro milênio. Superar os limites históricos de nosso cristianismo por um empenho mais profundo na articulação entre fé e vida, entre outros. Quais são, então, os objetivos da articulação e organização do laicato? • Despertar a consciência da identidade, da vocação e missão dos leigos na busca de uma presença efetivamente transformadora no mundo e na Igreja. • Incentivar a vivência da Igreja-Comunhão, mediante a troca de experiências e vivências entre os diversos movimentos, pastorais, leigos engajados em paróquias e comunidades, no respeito mútuo e na busca de caminhos comuns. • Criar e incentivar mecanismos para oferecer uma formação integral, gradual e permanente aos leigos, mediante organismos que facilitem a formação de formadores e programem cursos e escolas arquidiocesanas..., buscando capacitar os leigos para que possam responder com mais eficácia aos desafios a que são chamados a enfrentar num mundo profundamente marcado pelo pluralismo, individualismo, pela crise ética pública e pelo subjetivismo ético na vida privada. • Levar os leigos a descobrirem e vivenciarem sua espiritualidade em seus ambientes, à moda do sal e do fermento. • Incentivar a articulação e organização dos leigos em diferentes níveis da Arquidiocese (Paróquias, Comunidades, etc.). • Estimular a participação permanente dos leigos em processos de planejamento, decisão, execução e avaliação da ação evangelizadora da Igreja. • Representar o laicato junto aos setores organizados da Igreja Católica, de outras Igrejas Cristãs e da sociedade. • Fazer-se presente na caminhada ecumênica, incentivando a ligação e a comunhão entre os leigos católicos e aos de outras Igrejas Cristãs, na base do povo de Deus. Caros leigos e leigas de nossa Arquidiocese! Querem fazer parte do Conselho Arquidiocesano de Leigos? Teremos muito prazer em recebê-los. Nossos encontros são mensais. Ocorrem sempre às 14 horas, na Cúria Metropolitana. No mês de junho, será no dia 28. Suely Fernandes Membro do CAL
Se você estiver no centro da cidade de Uberaba fazendo compras, resolvendo assuntos médicos, bancários, ou ainda na hora do seu almoço lembre- se: A Catedral Metropolitana oferece a você a oportunidade de um momento de Paz e de Oração!
MISSA DO MEIO – DIA
De segunda à sexta- feira, sempre às 12h. A Eucaristia cura, restaura e fortalece. Venha Participar!!!
Maiores Informações: (34) 3315-1775
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espaço memória
Jornal Metropolitano - Uberaba, junho de 2014
Sagrado Coração de Jesus, uma história de devoção
Em 1673, Margarida Maria Alacoque, religiosa francesa, começou a ter uma série de revelações que a levaram à santidade e ao impulso de formar uma equipe de apóstolos da devoção ao Sagrado Coração. Jesus deixou doze grandes promessas às pessoas que, beneficiando-se de Sua Divina Misericórdia, participassem das comunhões reparadoras das primeiras sextasfeiras. Disse Ele, numa dessas ocasiões a Santa Margarida Maria: “Prometo-te, pela minha excessiva misericórdia e pelo amor todo-poderoso de meu Coração, conceder a todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, a graça da penitência final; não morrerão em minha inimizade, nem sem receberem os sacramentos, e Meu Divino Coração lhes será seguro refúgio nessa última hora”. Em 1647, quando nasceu Santa Margarida Maria Alacoque, a devoção ao Sagrado Coração não era muito conhecida, se bem que já existisse. Sua missão foi dar-lhe um impulso e uma difusão universal, precisar o seu espírito, adaptá-lo às necessidades da Igreja nos tempos modernos e fixar as práticas de piedade mais adequadas às novas circunstâncias. No Brasil, a devoção chegou a partir de meados do século XVIII, trazida por diversas Congregações Religiosas de origem europeia. A implantação de sua devoção visava também à colaboração com o episcopado na reforma católica do clero e do povo cristão. Assim, a devoção espalhou-se e igrejas de todo o mundo escolheram o Sagrado Coração de Jesus, como padroeiro. Um exemplo dessa devoção é Uberaba, onde o padroeiro está registrado na Bula de criação da Diocese, assinada pelo Papa São Pio X: “Erigimos a cidade principal existente nessa região, chamada Uberaba (...) Constituímos ainda a Egreja, dedicada ao Sagrado Coração de Jesus, Egreja Cathedral sob o mesmo título e invocação e nella erigimos e constituímos a
Sé e a dignidade episcopal para um Bispo que se chamará de Uberaba”. A criação da paróquia do Sagrado Coração de Jesus em Uberaba, vinculada à então Diocese de Goiás, aconteceu em 02/03/1820, por ato do rei de Portugal – e não por ato de um Bispo, visto que os padres eram “funcionários de cartório” a serviço do Império . Quando o bispo de Goiás Dom Eduardo Duarte da Silva solicitou ao Vaticano, em 1890, que fosse criada uma diocese em Uberaba, fundou a primeira Associação do Sagrado Coração de Jesus em 1891. O Vaticano aceitou a solicitação, desde que se construísse uma catedral – a obra foi concluída em 30/09/1905 e inaugurada em 27/01/1907. Assim, com a criação da Diocese de Uberaba em 29/09/1907, o novo templo passou à condição de catedral. Tornou-se Catedral Metropolitana com a elevação da Diocese a Arquidiocese em 14/04/1962. A Arquidiocese de Uberaba
tem como padroeiro o Sagrado Coração de Jesus, enquanto os padroeiros da cidade são Nossa Senhora da Abadia, instituída pela Lei Municipal 10.196, de 14 de agosto de 2007, Santo Antônio e São Sebastião, padroeiros desde a fundação do município. A primeira capela construída na região de Uberaba data de 1807, nas Cabeceiras do Córrego do Lajeado, Arraial da Capelinha, nas terras de propriedade de José Francisco de Azevedo. Em 1812, as imagens de Santo Antônio e São Sebastião, os padroeiros, foram entronizadas. Em 1815, com a mudança dos moradores do Arraial da Capelinha para o novo Arraial da Farinha Podre, Uberaba, o Sargento-Mor Antônio Eustáquio da Silva e Oliveira (Major Eustáquio) construiu uma nova Capela, na Praça Frei Eugênio, com a mesma invocação de Santo Antônio e São Sebastião, sendo benzida e liberada para as cerimônias religiosas em 01/12/1818. Em 02/03/1820,
N.R. A Igreja da Adoração Perpétua denomina-se hoje Paróquia do Santíssimo Sacramento.
com a instalação da Freguesia, essa Capela foi elevada à Categoria de Paróquia, que funcionou até o ano de 1856, tendo como vigário o padre Antônio José da Silva – Vigário Silva. A nova (ou segunda Igreja) foi construída a vinte metros abaixo da primeira – onde hoje está a atual Catedral de Uberaba –, com a ajuda de cidadãos beneméritos e começou a funcionar entre 1853/1854. Antônio Borges Sampaio, quando se mudou para Uberaba (1847), encontrou a Matriz nova inacabada, tendo apenas o telhado sobre os esteios e baldrames de aroeira, sem paredes nem assoalhos. Em 1848, o capitão Joaquim Antônio Rosa retomou sua construção cujas obras prosseguiram até 1856. Essa Igreja passou por várias reformas e melhorias: Em 1857, Frei Eugênio construiu a sacristia e o adro; em 1859, Joaquim Francisco Ananias aumentou a Igreja para a frente e construiu as duas torres, o coro, o arcocruzeiro e o altar-mor. Entre 1867 e 1868, o Capitão Joaquim Antônio Rosa mandou revestir as torres de tijolos, argamassa e óleo, colocando nelas mais tarde dois sinos de cerca de trinta e cinco arrobas cada um, que ainda hoje se conservam na Catedral e, em 1874, o relojoeiro Florêncio Forneri assentou o relógio em uma das torres –
que veio do Rio de Janeiro e funcionou durante 25 anos, doação do capitão Manoel Rodrigues da Cunha. Em 1880, foram colocados dois sinos, fundidos em Uberaba por José Carlos Onofre. Em 1896, as duas torres foram demolidas e edificada uma única torre, projetada pelo engenheiro Ataliba Vale, com características neogóticas e, em 1899, com a transferência da sede do Bispado de Goiás para Uberaba, a Igreja Matriz alcançou as prerrogativas de Catedral. Em 1907, com a inauguração da Igreja Sagrado Coração de Jesus (hoje Adoração Perpétua)*, para ser a Catedral, o atual templo da praça Rui Barbosa voltou a ser Matriz de Santo Antônio e São Sebastião. Em 1926, Dom Almeida Lustosa, 2º Bispo de Uberaba, transladou a Igreja Catedral para a Matriz de Santo Antônio e São Sebastião, com seu título de Sagrado Coração de Jesus, passando os santos da primitiva Capela à Igreja da Adoração Perpétua. Em 1933, a matriz passou por sua última reforma total, permanecendo assim até os dias atuais. Foram acrescentados um transepto, capelas laterais e realizadas modificações no frontispício. O arquiteto responsável pelas obras foi Emanuel Giani. Maria das Graças Salvador Aparecida Manzan
As 12 Promessas do Sagrado Coração de Jesus feitas a Santa Margarida Maria Alacoque 1ª: Minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de Meu Sagrado Coração.
2ª: Darei aos devotos de Meu Coração todas as graças necessárias a
seu estado. Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias. Eu os consolarei em todas suas aflições. Serei refúgio seguro na vida e, principalmente, na hora da morte. Lançarei bênçãos abundantes sobre seus trabalhos e empreendimentos. 7ª: Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdia. 8ª: As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção. 9ª: As almas fervorosas atingirão em pouco tempo grande perfeição. 10ª: Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais endurecidos. 11ª: As pessoas que propagarem esta devoção terão seu nome inscrito para sempre em meu Coração. 12ª Promessa: A todos que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.
3ª: 4ª: 5ª: 6ª: