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O PROCESSO DE PRODUÇÃO DE UMA REPORTAGEM
Capítulo 2 O PROCESSO DE PRODUÇÃO DE UM
A REPORTAGEM
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Os jornalistas em um veículo de imprensa se dividem, de acordo com suas funções, entre editores e repórteres, principalmente. Em geral, editores decidem quais são as pautas (temas) a serem trabalhadas e distribuem entre os repórteres, que cuidam da apuração e escrevem o texto, que volta para os editores. São eles que decidem se o material será publicado e quando, e muitas vezes também fazem alterações no texto.
Para desenvolver uma reportagem, os jornalistas buscam informações com autoridades, especialistas e empresas que tenham alguma ligação com o tema. Muitas vezes essas fontes são encontradas através de pesquisa no Google, no que saiu na imprensa (por isso é importante também começar a aparecer, mesmo sem ser o protagonista) e também com sua rede de relacionamento. É comum essa pauta ser compartilhada com profissionais de assessoria de imprensa para que estes ajudem a identificar essas fontes. Acontece também de as assessorias de imprensa ligarem para os jornalistas, informarem-se sobre o que eles estão trabalhando e então, se podem contribuir, sugerem uma fonte.
Uma vez tendo uma lista de prováveis fontes, o repórter passa a fazer os contatos (quase sempre via assessoria de imprensa, dificilmente direto com a pessoa/empresa) e monta uma agenda, pois ele tem um tempo pré-determinado para realizar a apuração de dados. Se alguém não confirma ou demora a responder, normalmente o repórter parte para outra fonte em potencial.
Depois de ouvir todas as fontes necessárias, o repórter se dedica à validação das informações fornecidas pelas fontes, escolhe as mais relevantes e as utiliza para compor sua reportagem, dando crédito a elas, muitas vezes com citações. As empresas também servem de exemplos de como uma coisa deve ser feita ou não.
Não estranhe se não localizar a matéria no prazo comunicado. No caso de jornais, as matérias factuais são veiculadas no dia seguinte, mas há situações em que a apuração destina-se à produção de matérias para o final de semana e cadernos de suplementos. Se a matéria for fria, ou seja, se não houver necessidade de publicá-la imediatamente por se tratar de assunto atemporal, aguarde. A despeito do veículo, em algumas situações a matéria pode cair (não ser publicada), em virtude de critérios de edição ou falta de informação. O repórter, na maioria das vezes, não tem poder de decisão sobre a veiculação da matéria, pois esta tarefa cabe ao editor. Frequentemente, não é o repórter quem decide a edição, a forma como o material será colocado no ar ou como entrará na página, não tendo ingerência sequer sobre o título da reportagem. Cabe ao editor estas etapas.