Manual de
Fotografia
Por Alice hoffmann
Manual de
Fotografia
Manual de
Fotografia
Por Alice Hoffmann
Livro produzido sob orientação de professores para trabalho final de produção gráfica e planejamento gráfico editorial, curso de design, na Universidade Federal de Santa Catarina.
Texto oferecido pelos professores das disciplinas Revisão e edição: Alice Hoffmann Fotos: Alunos da UFSC e bancos de imagens online Vetores: Alice Hoffmann (Alguns vetores são de atribuição Freepik) Ilustrações: Freepik
“A beleza pode ser vista em todas as coisas, ver e compor a beleza ĂŠ o que separa a simples imagem da fotografiaâ€? - Matt Hardy
Sumário
27 28 29 29 30 32 37 38
47 48 50 51 52
Configurando sua câmera Compensação de exposição Ajustando a dioptria da câmera Foco manual Foco automático Fotografia Fotometria Pares de equivalência
9 10 12 13 18 19 20 22 23 25
Treinando o olhar Composição A Espiral dourada Regra dos terços Simetria Cortes Primeiro plano Moldura Composição com linhas Ponto de vista
39 40 41 42 44
Mãos na massa Por onde começar Modos de disparo Fotômetro Cinza médio (18%)
Iluminando ideias Propriedades de Luz Luz natural Luz artificial Balanço de branco (WB) 55 56 58 59 60 60 63
Fatores técnicos e equipamentos A Imagem digital Formatos de arquivo Formação da imagem Distância focal Classificação das objetivas Fator de corte
1. Treinando o olhar
9
Composição Uma boa composição não depende de um equipamento fotográfico de última geração, de modelos e produções astronômicas ou de uma paisagem maravilhosa. O grande diferencial é o olhar do fotógrafo e o quão treinado ele está para captar todos os detalhes. Composição fotográfica é a organização dos elementos de forma harmoniosa dentro da área a ser fotografada (enquadramento), levando em conta diversos fatores como: > Textura > Contraste > Profundidade de campo > Posição dos elementos > Plano de enquadramento > Cores > Linhas e formas
F : 3.5 - Velocidade: 1000s - Iso: 400 - Autor: Bruna Korb
Objetivo da foto: Captar vegetação viva entre algumas secas, com baixa profundidade de campo. F : 5.3 - Velocidade: 1/400s - Iso: 640 - Autor: Daniel J. da Silva
F : 3.5 - Velocidade: 1/250s Iso: 100 - Autor: Bruno Amoroso
Objetivo da foto: Constraste entre o urbano e a natureza. 10
Objetivo da foto: Cachecois da feirinha visto de baixo para cima, mostrando textura.
F : 5.6 - Velocidade: 1/350s - Iso: 100 - Autor: Ketlin Souza Nunes
F : 4.0 - Velocidade: 1/70s iso: ? - Domínio Público
Objetivo da foto: Mostrar o que o reflexo da agua pode fazer.
Objetivo da foto: disposição dos elementos em uma fotografia.
F : 2.25 - Velocidade: 59/20000s iso: 50 - Domínio Público
F : 9.0 - Velocidade: 5/1s - Iso: 320 - Autor: Tyler Hend
Objetivo da foto: Aplicação de cores em uma foto.
Objetivo da foto: Plano de enquadramento de uma fotografia. 11
A espiral dourada É uma espiral formada a partir de uma sequência numérica proposta por Leonardo de Pisa em 1202 no Livro do Ábaco. A sequência é formada de números inteiros na qual cada termo subsequente corresponde a soma dos dois anteriores.
2
3 1
1 8
5
Ex: 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144 … Ao dividirmos um número da sequência pelo seu antecessor obtemos o número de ouro (1,618), representado pela letra φ (phi) em homenagem a Phidias, escultor grego que empregou a proporção áurea nas estátuas do Partenon.
F : 4.0 - Velocidade: 1/60s - Iso: 640 - Domínio Público
F : ? - Velocidade: 1/1000s iso: 100 - Autor: Spencer Selover
Objetivo da foto: Aplicação de espiral dourada em pessoas. 12
Objetivo da foto: Exemplo de espiral em uma escada.
Regra dos Terços
F : 4.5 - Velocidade: 1/20s - Iso: 6400 - Autor: Isabel Cristina Fontão
A regra dos terços é entendida por muitos como uma simplificação da proporção áurea. Ao dividirmos a imagem em 9 partes iguais, criamos 4 pontos de intersecção que estão muito próximos dos gerados pela proporção áurea. Objetivo da foto: Gato brincando com luminárias no escuro.
Proporção Aurea
Pontos de interesse Proporção Aurea
Regra dos Terços
Pontos de interesse Regra dos Terços 13
O princípio fundamental tanto da proporção aurea quanto da regra dos terços, é dar mais dinamismo à imagem ao descentralizarmos o assunto principal. O elemento principal deve ser colocado num dos pontos de intersecção das linhas que são focos de interesse da imagem. A seguir temos algumas indicações de uso para a regra dos terços, aplicada para pessoas, paisagens, movimento e equilibrio de elementos.
Regra dos terços para pessoas
F : 8 - Velocidade: 1/400s - Iso: 160 - Autor: Júlio Cezar Teixeira Jr.
Obejtivo da foto: Destacar as cores da flor solitária em um canteiro sem qualquer outra planta. F : 25 - Velocidade: 1/100s - Iso: 400 - Autor: Letícia Souto M. Sanábio
Para aplicação de regra dos terços em uma pessoa, a cabeça é o mais importante, então coloque-a num dos terços. Deixe um espaço vazio para o lado que a pessoa está olhando. Num rosto, olhos e boca são os pontos de interesse. Aconselha-se a deixar a cabeça nas linhas verticais. Atentar para o espaço vazio à frente do rosto.
Objetivo da foto: Retrata a espontaneidade e liberdade de uma mulher na praia. 14
Regra dos terços para paisagens Para aplicação de regra dos terços em paisagens, alinhe o horizonte com uma das linhas do terço. Em fotos de paisagem, cuidado para não deixar a linha do horizonte torta. Só faz sentido inclinarmos o horizonte quando estamos fazendo uma composição com linhas diagonais. Mas nesse caso, a inclinação é tanta que fica evidente ter sido proposital.
F : 20 - Velocidade: 1/100s - Iso: 200 - Autor: Jessyka de Souza Lemos
Objetivo da foto: Retratar a paisagem de acordo com a regra dos terços, com a linha do horizonte alinhada. F : 14 - Velocidade: 1/160s - Iso: 200 - Autor: Jessyka de Souza Lemos
Objetivo da foto: Retratar a paisagem rotacionando a linha do horizonte em 45º.
15
Regra dos terços e movimento Quando o foco da foto se desloca deve-se deixar um vazio a sua frente, caso contrário daria a sensação de o elemento estar prestes a se chocar contra o lado vertical da fotografia. Exemplos básicos de regra dos terços e movimento são de personagens entrando na história ou de personagens saindo da história, como nas fotos ao lado.
iso: 200 - Autor: Jessyka de Souza L.
F : 14 - Velocidade: 1/200s iso: 200 - Autor: Carolina Schütz R.
Objetivo da foto: Personagem entrando na cena.
Objetivo da foto: Personagem saindo da cena.
F : 14 - Velocidade: 1/250s
F : 5.6 - Velocidade: 1/640s - Iso: 200 - Autor: João Guilherme Eicke
Objetivo da foto: Capturar o momento que ele saiu do lago carregando o graveto. 16
Regra dos terços e equilíbrio
F : 5.6 - Velocidade: 1/100s - Iso: 1600 - Autor: Mariana Medeiros Penna
Colocar o assunto principal fora do centro, cria uma foto mais interessante, mas pode deixar um vazio na cena. Você pode equilibrar o “peso” do seu tema, incluindo um outro objeto de menor importância para preencher o espaço. Tenha em mente que a posição do assunto em sua fotografia vai gerar sensações diferentes. Coloque cada elemento na posição que melhor representar sua intenção. Elementos altos trazem leveza, movimento, alegria, espiritualidade, e céu. Já elementos baixos, trazem peso, descanso, estabilidade, tristeza, solidez, e terra
Objetivo da foto: A ironia é quando, em meio a natureza, os bichos estão nas vestimentas humanas.
F : 9 - Velocidade: 1/100s - Iso: 400 - Autor: João Guilherme Eicke
Objetivo da foto: Capturar a delicadeza e o equilíbrio da foto. 17
Simetria Estamos cercados por simetria e padrões, tanto naturais como artificiais. Eles podem tornar a fotografia muito atraente, especialmente em situações onde não são esperadas. A composição simétrica dá uma ideia de estabilidade e organização. Ela mostra os elementos com simplicidade, mas causa uma boa sensação visual. A simetria também é eficaz na organização de imagens com detalhes elaborados. As imagens simétricas ficam bem compostas quando estão centralizadas. Mas a simetria também pode ser trabalhada quebrada para criar tensão na composição.
F : 5.6 - Velocidade: 1/2000s - Iso: 1600 - Autor: Filipe Eckschmidt Thomé
Objetivo da foto: Capturar a simetria da flor.
F : 16 - Velocidade: 1/30s - Iso: 1600 - Autor: Isaías Barreto Silveira
F : 2.4 - Velocidade: 18/20000s iso: 50 - Dominio público
Objetivo da foto: Simetria. 18
Objetivo da foto: Passar balanço, equilíbrio e ao mesmo tempo algo “corrompendo” essa harmonia.
Cortes
F : 4.8 - Velocidade: 1/2000s - Iso: 200 - Autor: Nicolas Canale Romeiro
Em corpos, evite cortes em lugares como umbigo, articulações, mamilos, antebraço e orelhas. Já em rostos, evite cortes em olhos, boca e linha entre lábios. Onde pode cortar no rosto: > Topo da cabeça > Meio da testa > Meio do nariz > Entre nariz e boca > Meio do queixo
Objetivo da foto: Retrato com o fundo bem desfocado, para explicação sobre objetivas normais.
F : 11 - Velocidade: 1/40s - Iso: 500 - Autor: Maria Alice Mauricio
Objetivo da foto: Garota com duas placas cortando parte do seu rosto conforme aprendido na disciplina. 19
Primeiro plano Criar um primeiro plano bem marcado dá profundidade à imagem. A intenção é fazer com que o observador passe mais tempo apreciando sua foto e relacionando os elementos uns com os outros. O primeiro plano ajuda a evidenciar qual que será o assunto principal e quais que serão os secundários.
F : 5.6 - Velocidade: 1/25s - Iso: 400 - Autor: João Guilherme Eicke
Objetivo da foto: Trazer a tona a ferocidade que o gato possui no olhar.
F : 2 - Velocidade: 1/160s - Iso: 640 - Autor: Veronia Magno de Moraes
Primeiro plano: Focado e desfocado O fundo desfocado não rouba a atenção do que está em primeiro plano e ainda assim nos fornece informação suficiente para criar um contexto para a imagem
Primeiro plano: Hierarquia
Objetivo da foto: Testar o uso de composição em lihas e tambem de plano focal. 20
A fotografia conta uma história. e toda história tem um personagem principal e outros secundários que compõem o contexto da narrativa. Cuidado para essas personagens não se sobreporem e não dificultarem a visualização um do outro.
F : 13 - Velocidade: 1/80s - Iso: 100 - Autor: Júlio Cezar Teixeira Jr.
Objetivo da foto: Demonstrar ângulo em que uma fileira de ônibus parece ser um único e comprido veículo que se destacava dos demais em movimento.
Harmonia entre os planos
F : 14 - Velocidade: 1/10s - Iso: 200 - Autor: Ketlin Souza Nunes
A disposição de novos elementos deve complementar o assunto principal e não competir com ele. Tome cuidado para que os elementos não se sobreponham de modo a dificultar a visualização um do outro ou causar cenas estranhas. Objetivo da foto: Testar o uso de composição em lihas e tambem de plano focal. 21
Moldura
F : 32 - Velocidade: 1/16s - Iso: 100 - Autor: ?
O enquadramento de uma imagem dentro de outro enquadramento é um recurso de grande força visual. Além de dar profundidade à imagem também ajuda no contexto geral da cena.
Objetivo da foto: Foto de alta exposição com simetria.
F : 5.6 - Velocidade: 1/40s - Iso: 200 - Autor: Rafael Rezende Paese
Objetivo da foto: Centralizar a pessoa em uma moldura feita com um pedaço de plástico ( semelhante ao de sacola), ambiente escuro por ser dentro de um galpão. 22
Composição com linhas
F : 8 - Velocidade: 1/68s - Iso: 100 - Autor: Joana Fátima G. Gonçalves
As linhas são elementos importantes nas artes visuais e são responsáveis pelos contornos e formas. São através das linhas que dirigimos o olhar do espectador, de uma lado para o outro da foto. As linhas horizontais, verticais e diagonais são elementos compositivos que aportam significado as imagens. Há também outro tipo de linhas, que são especiais, são as convergentes. São linhas paralelas que acabam, devido ao efeito da distância, convergindo para um mesmo ponto. Objetivo da foto: Fotografar as linhas do trem.
F : 10 - Velocidade: 1/250s - Iso: 200 - Autor: Maria Beerboom
Linhas horizontais As linhas horizontais proporcionam estabilidade, descanso e amplidão.
Objetivo da foto: Linhas horizontais, no centro uma menina que quebra a simetria das linhas. 23
Linhas verticais
F : 4 - Velocidade: 1/500s - Iso: 400 - Autor: Tamyres Meyer Machado
Linhas verticais são mais dinâmicas que as horizontais. Contudo, ainda são estáveis, pois estão equilibradas. Linhas verticais criam ritmo, imponência, altura e profundidade.
Objetivo da foto: Linhas verticais que dirigem o olhar do espectador da esquerda para direita e que causam sensação de rítmo. F : 6.3 - Velocidade: 1/125s - Iso: 640 - Autor: Lara Haddock Lobo
Linhas diagonais Linhas diagonais são dinâmicas e são usadas para dar sensação de movimento à imagem.
Objetivo da foto: Mostrar dinamismo provido pelas linhas diagonais, insinuando que o pássaro esteja prestes a voar novamente. 24
Ponto de Vista Buscar pontos de vista diferentes para suas fotos fará com que elas saiam do trivial e surpreendam o observador. Uma foto de uma cena comum pode se tornar muito mais interessante se for feita a partir de um ponto de vista que não seja a habitual altura do olhar.
F : 5.6 - Velocidade: 1/320s - Iso: 100 - Autor: Ketlin Souza Nunes
Objetivo da foto: A fotografia foi tirada afim de mostrar o ponto de vista de um inseto.
F : 4.5 - Velocidade: 1/640s - Iso: 200 - Autor: João Guilherme Eicke
Objetivo da foto: Meu cachorro olha atentamente para mim na esperança de que eu jogue o graveto para ele pegar. Me abaixei na altura de seu olhar e capturei o momento. 25
Picado
F : 8 - Velocidade: 1/80s - Iso: 640 - Autor: Lara Haddock Lobo
Ponto de vista de cima para baixo. Pode trazer uma aparência de inferioridade do assunto fotografado. Fica muito bom quando o chão tem uma padronagem geometrizada.
Objetivo da foto: Ponto de vista picado, para poder captar a delicadeza do padrão de suas pétalas. F : 5 - Velocidade: 1/2000s - Iso: 800 - Autor: Lara Haddock Lobo
Contra picado Ponto de vista de baixo para cima. Pode trazer um sensação de superioridade e imponência. Muito usado em fotos de políticos. Funciona muito bem com fotos de arquitetura.
Objetivo da foto: Captar a imponência e altura da araucária, por isso o ponto de vista contra picado foi usado. 26
2. Configurando sua câmera
27
Compensação de exposição Podemos deixar a foto mais clara ou mais escura para compensar erros de exposição que o modo automático da câmera pode cometer ou para criar efeitos desejados.
1. Com a câmera no modo P (automático programável), pressione o botão +/- e gire o dial para a direita ou esquerda. 2. Uma setinha na escala do fotômetro irá indicar a compensação que está sendo feita.
F : 20 - Velocidade: 1/80s; 1/40s; 1/20s; - Iso: 1600 - Autor: Filipe E. Thomé
Objetivo da foto: Foto demonstrativa da variação de luminosidade (negativo, zero e positivo) com o deslocamento do fotometro. 28
Ajustando a dioptria da câmera As câmeras possuem um ajuste de dioptria para que as pessoas possam fotografar sem o uso do óculos quando necessário.
1. Pressione o disparador até a metade para acender o painel no visor. 2. Gire o anel de dioptria até que os números do visor estejam nítidos.
Foco Manual Mude a chave de foco na objetiva para foco manual (MF ou M). Faça o foco girando o anel de foco na objetiva. Um círculo verde acende no visor para indicar que o foco foi encontrado Nas lentes das câmeras DSRL, mude a chave seletora do tipo de foco para M (manual). Alguns modelos de corpo também possuem chaves para selecionar o tipo de foco. 29
Foco automático Mude a chave de foco para automático (AF ou A). A câmera foca automaticamente o objeto ao pressionarmos o disparador até a metade. Um círculo verde acende no visor para indicar o foco
> ONE SHOT/ AF-S – Objetos parados Após a focagem, o foco é travado mesmo que o objeto se mova ou a cena seja reenquadrada. > AI SERVO/ AF-C – Objetos em movimento O foco acompanha o movimento do objeto. > AI FOCUS/ AF-A – Parado/Movimento Alterna automaticamente entre ONE SHOT (AF-S) e AI SERVO, dependendo se detectou movimento na cena.
Atenção: Só gire manualmente o anel de foco da objetiva se estiver na posição MANUAL, caso contrário poderá estragar o motor do foco automático. Mesmo no modo manual a câmera pode emitir um bip e piscar em vermelho qual ponto de foco foi ativado caso você mantenha o disparador pressionado até a metade.
30
Problemas com foco automático
F : 4.5 - Velocidade: 1/125s - Iso: 200 - Autor: Murilo Hiratomi
> A câmera está programada para focar o objeto mais próximo que nem sempre é o que queremos focado. > A câmera não consegue focar cenas sem textura ou contraste, como é o caso do céu ou qualquer superfície lisa. Objetivo da foto: Quando a câmera foca o objeto próximo.
Soluções
F : 4 - Velocidade: 1/100s - Iso: 800 - Autor: Ana C. de Souza Vieira
Ponto central ativo: Deixe apenas o ponto de foco central ativo (este é o ponto mais rápido e preciso). 1. Posicione este ponto sobre o objeto a ser focado 2. Pressione o disparador até a metade para que seja feito o foco 3. Recomponha o enquadramento e faça a foto Ponto lateral ativo: Esse método é mais utilizado quando a câmera está fixa no tripé Escolha qualquer ponto lateral de foco e faça a foto sem precisar recompor o enquadramento
Objetivo da foto: Ambiente interno, garota ruiva, infância em constraste com o ambiente frio. 31
Fotografia Luz
F : 1.8 - Velocidade: 1/2000s - Iso: 100 - Domínio Público
Registro
A fotografia é o registro de uma imagem através da luz emitida por uma cena. Para se fazer uma boa foto é preciso controlar a quantidade de luz que entra na câmera. Se entrar pouca luz a foto fica escura e se entrar muita luz a foto fica muito clara. Existem três ajustes para o controle da quantidade de luz que a câmera fotográfica vai registrar: > ISO > Obturador > Diafragma
ISO
32
Objetivo da foto: A essência da fotografia.
Diafragma
Obturador
ISO
F : 5.6 - Velocidade: 1/640s - Iso: 250 - Autor: Murilo Hiratomi
Está relacionado com a sensibilidade do sensor da câmera para uma quantidade de luz. Quanto maior o ISO, mais sensível está o sensor, ou seja, mais luz ele consegue captar. Escala: 100 – 200 – 400 – 800 – 1600 – 3200 – 6400 A cada nível acima na escala ISO significa que o sensor da câmera consegue captar o dobro de luz e, portanto, a foto fica mais clara.
Ruído provocado por ISO alto Ruído são manchas e granulações que aparecem na imagem quando utilizamos valores altos de ISO, o ruído aparece principalmente nas áreas escuras. Para evitá-lo, use sempre o menor ISO possível, ou seja, preferindo aumentá-lo somente em ambientes mais escuros. A relação apresentada na tabela a seguir é apenas um ponto de partida para o ajuste da câmera no momento da foto.
Objetivo da foto: Foto com iso em 250.
F : 5.6 - Velocidade: 1/640s - Iso: 1000 - Autor: Murilo Hiratomi
Objetivo da foto: Foto com iso em 1000.
Tabela de referência 100 - Dia ensolarado 200 - Dia nublado 400 - Dia chuvoso 400 - Local sombreado 800 - Dentro de casa de dia
1600 - Noite 3200 - Noite 6400 - Abajur / luz de vela Ambientes claros: ISO baixo Ambientes escuros: ISO alto 33
Obturador
F : 4.5 - Velocidade: 1/160s - Iso: 400 - Autor: Ketlin Souza Nunes
Formado por duas cortinas pretas que se situam logo à frente do sensor. Serve para impedir que a luz chegue ao sensor enquanto a câmera não está sendo usada. O obturador se abre no momento do disparo para permitir a passagem de luz e sensibilização do sensor.
Objetivo da foto: Congelar o movimento certo para demonstrar a leveza da dança.
Tabela de tempo
Pode-se controlar o tempo de intervalo da 1ª e a 2ª cortina:
B: Obturador aberto enquanto pressionado 30”: 30 segundos 15”: 15 segundos 8”: 8 segundos 4”: 4 segundos 2”: 2 segundos 1”: 1 segundo 2: 1/2 segundo 4: 1/4 de segundo 8: 1/8 de segundo 15: 1/15 avos/s 30: 1/30 avos/s 60: 1/60 avos/s 125: 1/125 avos/s 250: 1/250 avos/s 500: 1/500 avos/s 1000: 1/1000 avos/s 2000: 1/2000 avos/s 4000: 1/4000 avos/s 8000: 1/8000 avos/s
> Obturador rápido: Intervalo pequeno entre a abertura da 1ª cortina e fechamento da 2ª. > Obturador lento: Intevalo grande entre a abertura da 1ª cortina e fechamento da 2ª.
34
F : 5.6 - Velocidade: 1/80s iso: 100 - Domínio Público
A cada nível acima na velocidade do obturador, diminuímos a entrada de luz pela metade. > Diminuir um ponto: Baixa na metade a quantia de luz. > Aumentar um ponto: Dobra a quantia de luz.
Objetivo da foto: Congelar as gotas d’água.
Efeitos do obturador
F : 4.0 - Velocidade: 1/4000s - Iso: 500 - DomĂnio PĂşblico
> Velocidade alta: Congelamos o movimento . > Velocidade Baixa: Borramos o movimento.
Objetivo da foto: Congelar o movimento.
F : 14 - Velocidade: 2.5s - Iso: 200 - Autor: Bruna Korb Lamin
Objetivo da foto: Captar o movimento das luzes dos carros com a velocidade do obturador bem baixa. 35
Diafragma
F : 9 - Velocidade: 1/200s - Iso: 160 - Autor: Lara Haddock Lobo
É um dispositivo que se abre ou fecha na lente para permitir a entrada de mais ou menos luz. Sua abertura é indicada por um número f. Quanto maior o número, mais fechado é o diagrafma. A cada nível acima ou abaixo na escala de abertura a diferença é o dobro ou a metade da luz. > Abrir um ponto: Dobra a quantia de luz. > Fechar um ponto: Diminui na metade a quantia de luz.
Objetivo da foto: Dar a ideia de se distanciar em um longo caminho.
F : 8 - Velocidade: 1/160s - Iso: 800 - Autor: Laura Amboni Buzanello
Profundidade de campo É a parte da imagem que está visivelmente nítida. > Diafragma aberto (nº f pequeno): Profundidade de campo pequena. > Diafragma fechado (nº f grande): Profundidade de campo grande.
Objetivo da foto: Capturar as fitinhas cor de rosa que decoram o CCE, desfocando o fundo. Houve ajuste manual no balanço de branco. 36
Fotometria Para fazermos uma boa foto devemos controlar a quantidade de luz que entra na câmera através dos ajustes de ISO, obturador e diafragma. Os três ajustes permitem que entre mais ou menos luz para uma correta sensibilização do sensor digital. Quem indica a quantidade correta de luz a ser captada é um dispositivo chamado fotômetro através de uma escala numérica.
Ajuste do fotômetro Fotometro no negativo: Causa uma foto escura, com pouca luz . Como corrigir: Aumentar o ISO ou diminuir a velocidade do obturador ou abrir o diafragma. Fotometro no positivo: Causa uma foto clara, com muita Luz. Como corrigir: Diminuir o ISO ou aumentar a velocidade do obturador ou fechar o diafragma. Fotometro no zero: Causa uma foto bem iluminada, com exposição correta. Perfeita combinação de ISO, Velocidade do obturador e abertura do diafragma, para objetos de tom médio a escala do fotômetro deve estar no zero.
37
Pares de equivalência
Abertura
Velocidade
Permitem a mesma exposição de luz, embora com resultados diferentes em relação ao registro do movimento e profundidade de campo.
Lei da reciprocidade Para manter uma mesma exposição (quantidade de luz). Se fechamos um ponto no obturador, devemos abrir um ponto no diafragma e vice-versa. Velocidade/Abertura 2000 - 2.8 1500 - 3.2 1250 - 2.5 1000 - 4 800 - 4.5 640 - 5 500 - 5.6 400 - 6.3 320 - 7.1 250 - 8 180 - 10 125 - 11 100 - 13 80 - 14 60 - 16 50 - 19 40 - 20 30 - 22 38
Freepik
F : 6 - Velocidade: 1/60s - Iso: 200 - Autor: Murilo Hiratomi
Objetivo da foto: Foto realizada de acordo com a lei da reciprocidade.
3. MĂŁos na massa
39
Por onde começar
F : 4.8 - Velocidade: 1/800s - Iso: 400 - Autor: Murilo Hiratomi
Comece pelo ajuste de ISO de acordo com as condições de luz do local
Objetos em movimento Se você quer Congelar o movimento, utilize o obturador rápido. Já se você quer borrar o movimento, utilize o obturador lento. Em seguida, ajuste a abertura do diafragma necessária para zerar o fotômetro
Objetos parados
Objetivo da foto: Movimento congelado.
F : 5 - Velocidade: 1/2000s - Iso: 200 - Autor: Murilo Hiratomi
Se você quer uma Profundidade de campo pequena, deixe o diafragma aberto. Já se você quiser uma profundidade de campo grande, deixe o diafragma fechado. Em seguida, ajuste a velocidade do obturador necessária para zerar o fotômetro.
Objetivo da foto: Profundidade de campo pequena. 40
Modos de disparo
Auto (totalmente automático): A Câmera define os todos os ajustes Nem sempre a foto sai de acordo com a intenção do fotógrafo e a câmera não faz as compensações necessárias para cenas claras ou escuras
P (automático programável): A câmera faz uma combinação automática de velocidade e abertura sempre zerando o fotômetro. O fotógrafo pode compensar a exposição e fazer ajustes de ISO, WB e flash
S/TV (prioridade de velocidade): O fotógrafo define uma velocidade de obturador e a câmera ajusta automaticamente a abertura do diafragma. Os demais ajustes ficam por conta do fotógrafo que pode decidir colocá-los ou não no automático
A/AV (prioridade de abertura): O fotógrafo define uma abertura de diafragma e a câmera ajusta automaticamente a velocidade do obturador. Os demais ajustes ficam por conta do fotógrafo que pode decidir colocá-los ou não no automático
M (manual): Todos os ajustes são feitos pelo fotógrafo. Com exceção do obturador e diafragma, todos os ajustes podem ser colocados no automático.
41
Fotômetro É um dispositivo no interior da câmera que mede a quantidade de luz que entra através da lente. É essa medição que orienta o fotógrafo para fazer a foto com uma boa exposição através dos ajustes de ISO, diafragma e obturador. Por meio de uma escala numérica o fotômetro nos dá os indicativos de se está entrando muita ou pouca luz para que o fotógrafo possa fazer os ajustes necessários.
42
Modos de medição do fotômetro
Matricial: Executa dezenas ou centenas de medições simultâneas, faz médias e compara com banco de dados. Recomendado para uso no dia-a-dia e fotógrafos menos experientes.
Ponderada ao centro: 70% do peso da leitura da luz é feita no centro do visor e 30% nas margens. Indicado para retratos ou cenas cujo assunto principal esteja no centro da imagem.
Pontual: Mais preciso, área de medição bem definida no centro. Ideal para situações difíceis, como fotografar uma noiva ou a lua.
Parcial: Uma área maior do que a medição pontual. Sua utilidade é para fotografar grandes grupos de pessoas, quando o assunto é maior do que a área central da foto.
43
Cinza médio (18%)
F : 7.1 - Velocidade: 1/400s - Iso: 200 - Autor: Murilo Hiratomi
O fotômetro está ajustado para medir a quantidade de luz de um tom cinza médio (que reflete 18% da luz). A maioria das cenas cotidianas possuem uma luminosidade equivalente a de um cinza médio. Objetivo da foto: Cena do cotidiano que possui iluminação equivalente a cinza médio. F : 7.1 - Velocidade: 1/400s - Iso: 200 - Autor: Murilo Hiratomi
Objetivo da foto: Foto em cinza médio. 44
Conversão de cores para escala de cinza Para uma boa fotometria temos que pensar em quantidade de luz (claro ou escuro) e não em cor. Um bom exercício é imaginar qual tom de cinza essas cores produziriam em uma foto em preto e branco. As cores primárias puras da luz (vermelho, verde e azul) produzem um cinza médio. Para cores de tom médio o fotômetro pode ser zerado. Para cores mais claras ou mais escuras é preciso fazer compensações.
Dados desconhecidos
Cenas cotidianas com tonalidade média: > Cenas urbanas > Grupos de pessoas > Vegetação (grama) > Céu azul > Calça jeans > Vermelho puro
Objetivo da foto: Vegetação em tonalidade média. 45
Fotometrando cenas claras
F : 20 - Velocidade: 0,5s - Iso: 1600 - Autor: Jessyka de Souza Lemos
Cenas claras acabam ficando mais escuras que o normal, pois o branco é escurecido até ficar cinza médio. Para fazer o branco voltar a ser branco temos que super-expor a cena, ou seja, levar o fotômetro para o positivo. Objetivo da foto: Negativar o fotômetro, para a foto não ficar tão clara, por se tratar de uma foto noturna. F : 4 - Velocidade: 1/125s - Iso: 1600 - Autor: Isabel Cristina Fontão
Fotometrando cenas escuras Cenas escuras acabam ficando mais claras que o normal, pois o preto é clareado até ficar cinza médio. Para fazer o preto voltar a ser preto temos que sub-expor a cena, ou seja, levar o fotômetro para o negativo.
Objetivo da foto: Efeito da luz em duas bolas de gude. 46
4. Iluminando ideias
47
Propriedades de luz
F : 7.1 - Velocidade: 1/160s - Iso: 200 - Autor: Murilo Hiratomi
A Luz apresenta três propriedades diferentes: Direção, dureza e cor.
Objetivo da foto: Direção Cenital.
Direção da luz
F : 5.6 - Velocidade: 1/200s *
F : 4.5 - Velocidade: 1/200s *
Direção Frontal.
Direção Lateral.
F : 5 - Velocidade: 1/200s *
F : 6.3 - Velocidade: 1/160s *
Direção Contraluz.
Direção Supino.
> Cenital: Luz de cima. Marca sombras indesejadas nos olhos. > Frontal: Iluminação homogênea, sem sombras e texturas. > Lateral: Só um lado é iluminado, traz volumes e texturas. > Contraluz: Cria um contorno que separa a figura do fundo. > Supino: Pouco natural, cria aspecto dramático e tenebroso.
* Fotos tiradas por Murilo Hiratomi, com ISO em 200
48
Dureza da luz
Dados desconhecidos
Dados desconhecidos
Objetivo da foto: Luz dura.
Objetivo da foto: Luz suave.
Luz dura: Gerada por uma fonte de luz pequena, ocasionando sombras bem contornadas e ressaltando texturas. É uma luz mais dramática. Luz suave: Gerada por uma fonte de luz grande, ocasionando sombras mais difusas. Este tipo de luz suaviza texturas, e é mais delicada.
Temperatura da cor da luz
F : 5,6 - Velocidade: 1/400s - Iso: ? - Domínio público
A cor da luz muda dependendo do horário do dia ou da fonte de luz utilizada. A cor da luz é medida em uma escala Kelvin, em que os vermelhos apresentam valores menores e os azuis, valores maiores. Isto pode ser comparado com uma barra de ferro aquecida. A medida em que o metal é aquecido, sua coloração vai mudando de vermelho até chegar num branco azulado.
Objetivo da foto: Mudança de coloração do fogo. 49
Luz natural A luz do sol é branca, contudo ela pode chegar até nós com cores diferentes dependendo do horário do dia ou das condições climáticas. Isso está relacionado com a espessura da camada de atmosfera que a luz tem que atravessar em cada horário do dia, ou se a luz nos atinge diretamente, é refletida pela atmosfera ou atravessa uma camada de nuvens. > Luz branca: Do meia da manhã ao meio da tarde. > Luz amarelada: Nascer e pôr-do-sol.
F : 22 - Velocidade: 1/60s - Iso: 200 - Autor: Carolina Schütz Rosa
Objetivo da foto: Alinhar o horizonte com uma das linhas do terço, fazendo com que 2/3 da imagem fossem o céu e 1/3 a terra. F : 4.8 - Velocidade: 1/750s - Iso: 640 - Autor: Tamyres Meyer Machado
> Luz azulada: Durante o crepúsculo, em dias nublados ou na sombra. F : 5.6 - Velocidade: 1/640s iso: 635 - Autor: Maria Alice M.
Objetivo da foto: Garota em contra picado. 50
Objetivo da foto: Foto tirada na praia, enquadrando a menina nas regras dos terços.
Luz artificial A luz artificial também varia de cor dependendo do material de que é feito. Mesmo a luz fluorescente pode apresentar diferentes cores dependendo do modelo e da marca. Alguns exemplos onde podemos encontramos luz artificial: Vela, Inscandescente, fluorescente e flash.
F : 5.6 - Velocidade: 1/30s - Iso: 400 - Autor: Murilo Hiratomi
Objetivo da foto: Iluminação causada pela luz de velas, considerada uma das luzes artificiais.
F : 10 - Velocidade: 1/100s - Iso: 640 - Autor: Rogério Jr.
F : 22 - Velocidade: 1/2s iso: 2000 - Autor: Murilo Hiratomi
Objetivo da foto: Percepção de luz incandescente.
Objetivo da foto: Nota-se níveis de luz ao longo desse corredor por conta das aberturas do ambiente dando o efeito de múltiplas “camadas”. 51
Balanço de branco (WB) Para corrigir as diferenças de cor da luz, e deixar a imagem com um tom neutro (branco puro), a câmera conta com um ajuste de balanço de branco. Existem ajustes pré-definidos para cada condição de luz, ou ainda, é possível fazer um ajuste personalizado ou deixar o WB em automático. Para os ajustes pré-definidos, basta escolher a opção condizente com a condição de luz no momento da foto. F : 9.0 - Velocidade: 1/40s - Iso: 200 - Autor: Filipe Eckschmidt Thomé
Objetivo da foto: Mostrar a diferença de cor mudando balanço de branco. Balanço de branco nublado e balanço de branco fluorescente. 52
Balanço de branco personalizado
Passo 1: Coloque o cartão. Para obter as cores mais precisas, coloque um papel branco ou cartão cinza neutro na mesma posição do assunto a ser fotografado para que ele esteja na mesma iluminação.
Passo 2: Fotografe o cartão. Preencha o quadro com o cartão e tire uma foto com o fotômetro zerado. Você pode precisar mudar para foco manual já que a câmera não consegue focar superfícies sem textura.
Passo 3: Busque no menu o balanço de branco personalizado. Na Nikon, vá até as configurações de equilíbrio de branco e selecione a predefinição manual. Na Canon, selecione balanço de branco customizado a partir da lista de opções que aparece.
Passo 4: Selecione a foto recém tirada. Selecione a imagem do cartão para defini-la como referência para o ajuste. Na Nikon, pressione OK duas vezes. Na Canon, primeiro pressione SET para selecionar a imagem, em seguida, nas configurações de equilíbrio de branco, selecione Personalizado.
53
Uso criativo do balanço de branco
F : 4.5 - Velocidade: 1/10s - Iso: 800 - Autor: Ketlin Souza Nunes
Alterar propositalmente o balanço de branco pode trazer resultados interessantes, com cores e sensações diferentes.
Objetivo da foto: Mostrar os diferentes efeitos de balanço de branco que pode ser obtido em uma foto simples como a foto de uma vela.
F : 2.7 - Velocidade: 1/400s - Iso: 80 - Autor: Erick Kallel Peixer Carraro
Objetivo da foto: Mostrar como o balanço de branco pode alterar uma foto. 54
5. Fatores tĂŠcnicos e equipamentos
55
A imagem digital
F : 6.3 - Velocidade: 1/200s - Iso: 100 - Domínio Público
As fotografias digitais são formadas de milhões de minúsculos quadrados chamados pixels. Cada pixel traz uma informação de luminosidade e cor. Podemos fazer uma analogia dos pixels com as peças de um mosaico. Objetivo da foto: A imagem e seus pixels.
Resolução da imagem Indica a quantidade de pixels que formam a imagem (nº de pixels na largura X nº de pixels na altura) Ex: 4368 x 2912 = 12.719.616 12 megapixels (milhões de pixels) Quanto maior a resolução da imagem, maior ela pode ser visualizada (monitor ou impressa) e mais pesado fica o arquivo. Alta resolução não indica imagem de boa qualidade.
56
Tamanho e qualidade Qualidade (Canon): Alta Baixa Qualidade (Nikon): Alta (fine) Média (normal) Baixa (basic) Tamanho (Nikon e Canon): Grande (L) Média (M) Pequena (S) RAW + JPG: Grava simultaneamente os dois tipos de arquivo para cada foto.
Estilo de Imagem Padrão: Reforço de contraste, saturação e nitidez. Estilo de aplicação geral, indicado para a maioria das cenas. Retrato: Acentuação dos tons vermelhos e suavização de nitidez e contraste. Gera tons de pele corados e com poros suavizados. Paisagem: Acentuação dos tons azuis e verdes e da nitidez. Neutro/Fiel: Saturação, nitidez e contraste reduzidos. É um estilo para processar imagens no computador. Monocromático: Para fotografia em preto e branco, permite o ajuste do contraste e a tonalização sépia.
57
Formatos de arquivo JPG > Tem uma aparência mais bonita assim que a foto é feita, pois a imagem é automaticamente processada pela câmera que faz ajustes de balance de branco, contraste, saturação e nitidez. > É mais leve, pois além de ter uma profundidade de cor menor (8 bits), o formato também sofre compactação durante seu processamento. > É universal, pode ser aberto em qualquer computador e também está pronto para ser impresso no papel ou postado na internet. RAW > Tem uma aparência desbotada quando visualizado pois não sofreu nenhum tipo de processamento (arquivo cru). > Mais pesado, pois além de ter profundidade de cor maior (12, 14 ou 16 bits) também não sofreu nenhum tipo de compressão. > Não pode ser impresso ou postado na internet antes de ser editado no computador. > Permite muito mais possibilidades de pós-produção, já que possui mais informação de luz e cor armazenados.
58
Formação da imagem A câmera fotográfica funciona como o olho humano. Os raios de luz, ao atravessarem a lente, se cruzam e projetam uma imagem invertida. Nos humanos, o cérebro desinverte a imagem. Na câmera fotográfica, o processamento digital faz essa função.
59
Distância focal Distância focal é a distância, em milímetros, entre o centro ótico da objetiva (onde os raios de luz se cruzam) e o sensor de imagem. Quanto maior a distância focal, menor é o ângulo de visão, portanto, mais a imagem é ampliada.
Classificação das objetivas Grande angular: 18 a 35mm
60
Normal: 35 a 50 mm
Super tele: 400 mm+
Teleobjetiva: 70 a 300 mm
Grande angular
F : 3.2 - Velocidade: 1/6400s - Iso: 250 - Autor: Murilo Hiratomi
Ótima para para paisagem e arquitetura, proporciona nitidez geral da imagem muito grande. Outras vantagens: > Distorção da imagem em barril com curvatura de verticais e horizontais (máxima em objetivas olho de peixe, menor em angulares moderadas). > Facilitam a inclusão de contexto e proporciona exagero da perspectiva.
Objetiva normal
Objetivo da foto: Efeito da grande angular.
F : 6.3 - Velocidade: 1/200 - Iso: 100 - Autor: Murilo Hiratomi
Muito utilizada para retratos de plano médio, a objetiva normal proporciona boa nitidez geral da imagem. Outras vantagens: > Perspectiva normal, similar à do olho humano (mantém a proporção entre os objetos). > Mínimo nível de distorção da imagem, e menor grau de aberração das lentes. > Geralmente permite grandes aberturas de diafragmas.
Objetivo da foto: Efeito da objetiva normal. 61
F : 5.6 - Velocidade: 1/500s - Iso: 200 - Autor: Murilo Hiratomi
Teleobjetiva Boa para retratos e esportes, a teleobjetiva proporciona profundidade de campo pequena. Outras Vantagens: > Compressão da perspectiva (objetos distantes aumentam de tamanho em relação ao primeiro plano) > Aberração de carretel.
Objetivo da foto: Pouca produnfidade de campo.
F : 5.6 - Velocidade: 1/640s - Iso: 200 - Autor: Murilo Hiratomi
Objetivo da foto: Desfoque de fundo. 62
> O fundo e o primeiro plano tendem a se comprimir.
Fator de corte A imagem da objetiva é circular. As bordas da imagem possui menor nitidez e luminosidade, porém, só a parte que incide sobre o sensor será captada. Um sensor que possui as mesmas dimensões de um fotograma de filme 35mm (24x36 cm) é chamado de full frame. Um sensor menor é um sensor com fator de corte. Sensores com fator de corte vão enquadrar uma área menor da cena fotografada. Uma câmera com um sensor menor e uma objetiva 50mm terá um ângulo de visão menor que uma full frame com a mesma objetiva. Existem diferentes tamanhos de sensores dependendo da câmera.
Círculo da imagem
Full Frame Fator de corte
Circulo de boa definição
> Canon - Fator de corte: 1.6x > Nikon - Fator de corte: 1,5x
63
Tipografias Utilizadas: Minion pro Regular Minion Pro Italic Playfair Bold Playfair Bold Italic Miolo: Papel offset 90g/m² Capa: Papel Couche 250g/m² Impresso na centrocopias junho de 2017
66