Teia Urbana

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Ainda vão me matar numa rua. Quando descobrirem, principalmente, que faço parte dessa gente que pensa que a rua é a parte principal da cidade. Paulo Leminski


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URBANA

Rede integrada de desenvolvimento urbano SUSTENTÁVEL

ALINE GRACINO CAMARGO ORIENTADOR: FERNANDO CAMARGO CHAPADEIRO Trabalho elaborado na Escola de Artes e Arquitetura da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, como parte dos requisitos para obtenção de grau em Bacharel em Arquitetura e Urbanismo GOIÂNIA, 2018/02


agradecimentos

agradecimentos Aos meus pais, Silvane Gracino e Napoleão Gomes, que sempre acreditaram, me ensinaram sobre a vida e desenvolveram em mim discernimento. Aos nove melhores amigos que a arquitetura me proporcionou, por compartilharem comigo noites em claro, alegrias e sonhos; em especial Matheus André e Fabiana Valim, que sempre estiveram lá por mim. Ao meu orientador, Fernando Chapadeiro, pelo incentivo, dedicação e conhecimentos partilhados ao longo desse ano. À professora Sandra Pantaleão, por instigar em mim o interesse pela pesquisa científica, pela cidade e pelo urbanismo. À grande amiga, Raquel Mira e ao professor, Everaldo Pastore, por compartilharem comigo suas ideias, perspectivas e saberes. Aos demais amigos, professores e familiares, que de diversas maneiras contribuíram para a elaboração desse trabalho. Meus profundos agradecimentos à todos que caminharam comigo durante esses cinco anos de amadurecimento, empenho e estudo; vocês tornaram possível, e à vocês dedico essa conquista.



Primeiro a vida, depois espaços públicos, só então edifícios – o inverso nunca funciona. JAN GEHL, A Vida Entre Edifícios


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DiscussĂľes p.9

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#

Estudos p.17

Conceitos p.25

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Lugar p.45

Metodologia e Proposta p.59

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BibliograďŹ a p.99


A teia urbana tem como objetivo a organização de uma estrutura que valorize as atividade urbanas existentes; e dinamize a cidade através do estímulo a ocupação de áreas esquecidas e do incentivo a novas formas de utilização do espaço urbano. A proposta visa a criação de uma cidade sustentável: econômica, ambiental, social e culturalmente, em Goiânia-GO, nas região das bacias dos córregos Botafogo e Capim Puba.

A pre sen ta ção

Foram levantadas discussões sobre como se deu a formação de Goiânia, de que modo ela se estabeleceu social e culturalmente sobre o espaço geográfico natural. A situação dos parques, áreas verdes e fundos de vale, a desvalorização do pedestre e do transporte coletivo frente ao transporte motorizado individual e o tratamento da cultura e da memória urbana foram o ponto de partida para a elaboração do projeto.

Compreendendo que os centros urbanos são organismos mutáveis, moldados ao longo do tempo; a rede integrada de desenvolvimento urbano sustentável é baseada na integração das áreas verdes, valorização da memória urbana, acessibilidade urbana e impulsão urbana criativa (acupuntura urbana/ economia criativa). Planejar a cidade é ressignificar o tecido urbano em busca de um ambiente heterogêneo, vivo e qualificado para todos seus usuários; respeitando as individualidades do local, da cultura e do cidadão.


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URBANA Temática

Intervenção Urbana

Tema

Rede integrada de desenvolvimento urbano sustentável


As cidades têm a capacidade de fornecer algo para todos, só porque, e somente quando, são criadas por todos. JANE JACOBS, Morte e Vida de Grandes Cidades Fig. 1 | Marginal Botafogo Fonte: Jackson Rodrigues


1discussĂľes 9


VER DE Fig. 2 | Lago das Rosas Fonte: Jean Carlos Faleiro

O Plano Original de Goiânia elaborado por Attilio Corrêa Lima, valorizava aspectos paisagísticos e ecológicos, ao preservar matas ciliares e bosques próximos às nascentes d'água o urbanista estabelece um sistema articulado de áreas verdes. Inicialmente as áreas verdes marcavam os limites do núcleo urbano, situado entre os córregos Botafogo e Capim Puba. Em meio ao processo de implantação da capital, Corrêa Lima rompe os contratos com o Estado de Goiás, os trabalhos até então inacabados são assumidos pela empresa Coimbra Bueno & Cia Ltda, com consultoria de Armando de Godoy. O Setor Sul foi uma das principais mudanças realizadas no plano original, redefinindo a zona de crescimento urbano de Goiânia e sendo reformulado dentro dos princípios de cidadejardim. A maioria das áreas verdes previstas no plano original acabaram descaracterizadas e reduzidas. Ao longo dos anos os planos diretores

Os parques, bosques e áreas verdes

t rat a ra m a p a i s ag e m n at u ra l d e fo r m a descontínua, e a moldagem do espaço urbano acabou beneficiando empreendedores, que apoiados ou ignorando os planos alteraram a cidade em seu benefício. Atualmente os parques urbanos representam um espaço de alta especulação imobiliária, com seu entorno parcial ou totalmente verticalizado. Planejar uma cidade é intervir em uma paisagem e em uma sociedade; à medida que a paisagem natural se dá como fonte primordial de vida é preciso que o desenvolvimento urbano esteja equilibrado à preservação ambiental.


A paisagem, quando referenciada como lugar construído pelo homem, reflete suas relações no tempo, de cultura e memória; a relação da paisagem com o homem é mútua e indissociável. O espaço urbano sedimenta as imagens que constituem a memória, segundo experiências individuais e, em especial, a partir de seus pontos de convergência , que constituem a interpretação coletiva. Na cidade a interpretação coletiva é conectada aos locais de memória, construindo a identidade local. Essa consciência encontra-se sempre em formação, sendo evocada por representações, que na paisagem urbana são reveladas como edifícios, monumentos e até mesmo do plano urbanístico em si. Goiânia é uma cidade relativamente nova no cenário brasileiro, planejada em 1933 e implantada em 1937; foi a primeira capital brasileira planejada do século XX. Desde a concepção a nova capital de Goiás já se esboça imersa em alegorias, como a cidade capital, com o núcleo urbano projetado para ser um ideal de modernidade, alinhado à correntes urbanísticas de origem norte-americada e européia.

ME MÓ RIA

O plano urbanístico e os edifícios iniciais evidenciaram traços inéditos na região. No

A memória urbana hibridismo entre a Art Déco e as expressões ecléticas e modernistas os edifícios assumiam uma imagem que remetia ao progresso, e foram refe rê n c i as fo r m a i s pa ra vá r i as o u t ras construções no decorrer das primeiras décadas. Ainda hoje é possível perceber expressões como capital Art Déco, referenciadas à Goiânia. Neste cenário de representações físicas e visuais da memória o contexto material do conjunto arquitetônico do núcleo pioneiro de Goiânia transcende os limites de seu acervo tombado, assumindo papel coletivo, traçando correspondências entre passado e presente, e possibilitando sua (re)apropriação no presente e futuro.

Fig. 3 | Antiga Estação Ferroviária de Goiânia Fonte: Curta Mais

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Fig. 4 | Rua do Lazer, Centro de Goiânia Fonte: Marcos Aleotti

percorre a rua sem nenhuma interação profunda, ou até sem a necessidade de possuir um espaço qualificado ao redor.

O papel da rua

Ao compreender que o pedestre enquanto circula, além de deslocar-se, também passeia pela cidade, é possível planejar um espaço urbano que trate com maior cuidado este caminho, que representa o palco das relações sociais na cidade.

Nos últimos 50 anos, a dimensão humana foi seriamente negligenciada no planejamento u r b a n o, fa l t a m e st u d o s q u e t rate m d o planejamento urbano no nível da rua, do pedestre. A rua configura um elemento estruturante e fundamental da forma urbana, ela constitui um espaço livre e público no desenho da cidade, e possibilita múltiplas atividades, eventos e apropriações diversas, indispensáveis para a sociabilidade no espaço urbano. Atualmente nas cidades é evidente o domínio da rua pelo carro, que, além de excluir os demais usuários desse espaço, não estabelece nenhuma relação com seus arredores enquanto o pedestre observa o cenário durante seu percurso e é influenciado por ele, o carro

RU A

A negação da rua como lugar de socialização enfrenta o risco da alienação do morador frente ao meio físico desta cidade, e é resultado de numerosos problemas sociais e urbanos, como a insegurança causada por ruas desertas. O espaço público das vias deve, então, ser apropriado e reinterpretado pelos habitantes, todos os dias, através de usos diversos, múltiplos e simultâneos; ressignificando a construção desse espaço como a construção da própria sociedade. A rua, como planejam muitos modernos, não é um mero vazio para a mobilidade; ela é uma completa instituição social, onde se aprende a socializar e a construir uma comunidade. O espaço público representa o coração da vida nas cidades, repensar a rua, humanizar o espaço urbano, é tornar as cidades melhores.


TRANS POR TE A Constituição Federal define o transporte coletivo urbano como um serviço público essencial que, como tal, deve ser provido diretamente pelo Estado ou por particulares, sob delegação do Poder Público responsável (União, estados ou municípios).

A mobilidade urbana bem planejada, com sistemas integrados e sustentáveis, garante o acesso dos cidadãos às cidades proporcionando qualidade de vida e desenvolvimento econômico. Os usuários do transporte público possuem direitos essenciais, como receber o serviço de forma adequada e ter um ambiente seguro e acessível.

O transporte coletivo

Para uma organização adequada dos serviços de transporte coletivo urbano, devem ser observadas as seguintes diretrizes: estrutura fundamental no funcionamento das cidades o serviço de transporte coletivo deve ser regido pelo Poder Público; organizado na forma de uma única rede, com diversos modos de integração; os serviços oferecidos devem ser organizados e otimizados para atender os usuários; a rede de transporte coletivo exige investimentos em veículos, infraestrutura e estrutura de operação.

A demanda no serviço da RMTC vem caindo significativamente, contrastando com o aumento de viagens realizadas por transporte individual motorizado, que compromete a eficácia do sistema de transporte público, causando congestionamentos e o espraiamento urbano.

O transporte coletivo na cidade de Goiânia é operado basicamente por ônibus, a RMTC (Rede Metropolitana de Transporte Coletivo), atende o município de Goiânia e 17 cidades do seu entorno.

Hoje, o transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia não comporta toda a demanda da região, o que resulta em inúmeros problemas de ordem social e ambiental, como veículos e terminais superlotados.

Fig. 5 | BRT Eixo Anhanguera Fonte: Metrobus

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Os córregos e fundos de vale

A escolha do sítio para a implantação de Goiânia deu-se em função dos corpos d’água, circundado pelos rios Meia Ponte e Anicuns e o Ribeirão Cascavel, às margens do Córrego Botafogo. A alteração no plano original e os planos diretores subsequentes trataram os córregos e fundos de vale de maneiras distintas, quase sempre desfavorecendo o meio natural frente à urbanização. Luís Saia, autor do plano de 1962 identificou os córregos como principal barreira na cidade, tendo em vista que a capital era inteiramente cortada por eles, na época os cursos d’água enfrentavam problemas frente o saneamento e ao longo do Córrego Botafogo situava-se um dos maiores núcleos de invasão de Goiânia. O plano de 1969, de Jorge Wilheim, previa uma nova forma de utilização dos fundos de vale, incentivando a instalação de equipamentos culturais e propondo um novo sistema de áreas verdes; sendo apenas parcialmente implantado o plano definiu a canalização de parte do Córrego Botafogo. Posteriormente, em 1991, o

Fig. 6 | Enchente na Marginal Botafogo Fonte: Jornal Argumento

CÓR RE GOS

córrego foi suprimido pelas pistas da via expressa Marginal Botafogo, fonte de inúmeros problemas ambientais e estruturais, causados em maioria pela impermeabilização do solo e pelo déficit na drenagem urbana. Em 1992 o plano da Engevix Engenharia identificou em estudo, que, dado ao crescimento e expansão da cidade a área dos parques reduziu cerca de 70%, a Carta de Risco do Município previa medidas para recuperar e impedir maior degradação das áreas verdes. Atualmente em vigor e revisão, o plano diretor participativo, de 2007, enumera estratégias de sustentabilidade socioambiental, gerindo subprogramas relacionados ao meio ambiente, recursos hídricos e áreas verdes. Apesar de constarem nas diretrizes do plano, a análise do cenário atual não é favorável e apenas pequena p a r te d a s d i ret r i ze s a m b i e n t a i s fo ra m expressamente e integralmente cumpridas.


ES PA ÇO O esgarçamento das cidades e a mudança de escala passaram a ser objeto de investigação mais profunda a partir de meados de 1960, quando sua definição ultrapassa o local geográfico para se estabelecer social e culturalmente, tendo em vista a própria crise urbana desse período. O sistema capitalista tardio e as constantes modernizações imputadas a essas cidades afetaram sua estrutura, que passou a ter espaços mais fragmentados e polinucleados, e um crescimento mais dinâmico e complexo, envolvendo relações intra e interurbanas. A i nte n s i fi c aç ão d a g l o b a l i zaç ão fo i responsável por inúmeros problemas de ordem urbana e social que afetam as cidades. Nas metrópoles tornaram-se comuns processos de desigualdade social e degradação, agravados pela especulação imobiliária e alianças entre o ,

Os produtores do espaço

Fig. 7 | Bacião das Artes, Setor Sul, Goiânia Fonte: Curta Mais

poder público e privado que, em sua maioria visam contemplar os investimentos de ordem econômica. Ao longo do tempo Goiânia sofreu inúmeras transformações do seu espaço urbano, a expansão urbana colaborou para a formação de uma pais agem urbana de crescimento espraiado, disperso e fragmentado. O espaço urbano passou a ser representado por fenômenos como a verticalização, criação de novos bairros, apropriação e valorização dos espaços verdes, espaços em estado de obsolescência. A cidade encontra-se em constante transformação morfológica, devido a agentes políticos, sociais e econômicos, que a obrigam a adaptar-se aos novos tempos. 15


O direito à cidade é muito mais do que a liberdade individual para acessar recursos urbanos: é um direito de mudar a nós mesmos mudando a cidade. DAVID HARVEY, A Justiça Social e a Cidade Fig. 8 | Parque Madrid Rio Fonte: West 8 Urban Design & Landscape Architecture


2 estudos 17


CÓRREGO UR BA NO Fig. 9 | Parque Linear Madrid Rio Fonte: Archdaily

Madrid Rio

Localização Madrid, Espanha

Ano 2006 - 2011

Operação Projetual Área do Projeto Revitalização 80.000m² Arquitetos West 8, Burgos & Garrido, Porras La Casta, Rubio Alvarez Sala

Histórico

A intervenção

Ao longo do tempo o Rio Manzanares foi sufocado por rodovias, que aproveitaram o vale do rio para instalar pistas de alta velocidade, isolando o manancial da população e fazendo com que as pessoas não conseguissem acessar o rio.

A equipe vencedora, considerou nos espaços livres gerados junto ao curso d’água uma possibilidade de estabelecer conexões - de diversas naturezas, em diversas escalas.

O projeto Madrid RIO surgiu a partir de um concurso internacional, lançado em 2005 pela prefeitura da cidade de Madrid, as ideias deveriam dar respostas à pergunta: "o que fazer com este vazio no centro da cidade, que abraça mais de cinco quilômetros do Rio Manzanares? " Os vencedores do concurso foram: West 8, Burgos & Garrido, Porras La Casta e Rubio Alvarez Sala, com a coordenação de projeto de Ginés Garrido Colomero.

O rio recriaria o nexo entre a vida urbana e social em Madrid, fazendo com que uma antiga barreira, formada pelo fundo de vale e as rodovias que o margeavam, se abrisse para a paisagem e agisse como um conector de áreas na cidade . O projeto concentra diversas opções de lazer e soluções que facilitam o deslocamento dos habitantes. Na escala metropolitana, revelou-se a preciosa oportunidade de conectar uma extensa série de espaços públicos e verdes, que até então estavam desconexos e fragmentados.


A proposta prioriza o espaço livre para uso público, a arborização de espaços livres e a "renaturalização" do rio. Por ter 42 quilômetros de extensão, o projeto Madrid RIO conecta vários bairros. Suas ciclovias e pistas de caminhada, cercadas por árvores e pelo próprio rio, permitem que as pessoas passeiem ou se desloquem entre os bairros com segurança. O parque ainda possui dezenas de estações de metrô e trem, que o conectam aos bairros mais periféricos. O projeto conta áreas de lazer, ciclovias, livres, que podem ser usadas para práticas esportivas diversas, novas árvores e zonas verdes. Para a implantação dos espaços públicos na superfície foi criada uma rodovia subterrânea, que atende a demanda local de veículos.

Princípios norteadores #1 Conexão entre as áreas da cidade. #2 Sistema de áreas verdes. #3 Atendimento de demandas sociais. #4 Superação de uma barreira urbana. #5 Mobilidade urbana sustentável. #6 Valorização do pedestre. #7 Criação de áreas de lazer. #8 Intervenção paisagística. #9 Implantação de rodovia subterrânea. #10 Renaturalização do rio. Fig. 10 | Projeto Madrid Rio Fonte: West 8 Urban Design & Landscape Architecture

PARQUE LINEAR

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ECONOMIA CRI A TI VA

Fig. 11 | Visão Bolevar Cultural, Nova Luz Fonte: Prefeitura de São Paulo

Nova Luz

Localização Ano São Paulo, São Paulo 2011 - 2025 Operação Projetual Área do Projeto Projeto Urbanístico 50.000m² Específico Idealização Secretária Municipal de Desenvolvimento Urbano, Concremat Engenharia, Cia City, AECOM e Fundação Getúlio Vargas

Histórico A região do Projeto Nova Luz é uma área inteiramente edificada, com aproximadamente 50 hectares, localizada no coração da cidade de S ã o Pa u l o . É c o n h e c i d a p e l o s m u i t o s exe m p l a re s h i s t ó r i c o s p re s e n t e s q u e determinam suas características urbanas. Apesar do projeto não ter sido executado, se trata de uma importante análise do espaço urbano, com soluções consideráveis a serem exploradas. As dinâmicas socioeconômicas encontradas neste espaço hoje são caracterizadas pela grande circulação de pessoas associada as estações ferroviárias e a desvalorização imobiliária, expulsando população moradora e atraindo um público flutuante; surgimento de um núcleo de filmografia; mobilidade integrada; complexo cultural; comércio de aglomeração; uso residencial desvalorizado com alta incidência de estacionamentos; legislação de incentivo à produção habitacional na área central.


Âncoras e conexões

Princípios norteadores #1Proteger a malha urbana; #2Definir portais; #3Conectividade; #4Rede de áreas verdes; #5Acessibilidade às conexões da cidade; #6 Valorização do pedestre; #7Setores de uso misto; #8 Resgate do patrimônio histórico; #9 Atração de todos os públicos; #10 Desenvolvimento sustentável.

Fig. 13 | Sistema de Âncoras e Conexões, Nova Luz Fonte: Prefeitura de São Paulo

As âncoras funcionam como espaços públicos de usos variados e as conexões privilegiam a ligação entre as principais âncoras através da criação de bulevares, esplanadas e ruas; essa combinação gera um grande número de possibilidades para a recriação do espaço público. Funcionam de maneira parecida aos nós e conexões da teia urbana.

ÂN CO RAS E CONEXÕES

Fig. 12 | Planta Geral de Intervenção, Nova Luz Fonte: Prefeitura de São Paulo

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Fig. 14 | Linhas de Transporte Coletivo, Curitiba Fonte: Mobilize

Rede Integrada de Transporte Coletivo Localização Curitiba, Paraná

Ano 1974 - 2015

Operação Projetual Rede Integrada de Transporte Coletivo Idealização Jaime Lerner

Histórico Curitiba foi pioneira no modelo de gestão de transporte urbano BRT (Trânsito Rápido de Ônibus), inaugurando em 1974 o primeiro tráfego de coletivos em vias exclusivas. A partir daí a rede passou por inúmeras mudanças ao longo dos anos, como o surgimento da linha direta em 1991 e a integração entre a rede de transporte de Curitiba com a Rede Metropolitana chamada de RIT-M. em 1996. Hoje a RIT conta com 81km de corredores de ônibus, geralmente operados por carros biarticulados, que conectam os terminais integrados nas várias regiões da cidade.

INTEGRAÇÃO


REDE DE TRANS POR TE

Fig. 15 | Estação Tubo em Curitiba Fonte: The City Fix Brasil

Evolução da RIT

Princípios Norteadores #1 Integração com o uso do solo e sistema v i á r i o , c o n fi g u ra n d o u m a c i d a d e c o m crescimento linear; #2 Ampla acessibilidade com o pagamento de uma única tarifa; #3 Prioridade do transporte coletivo sobre o individual; #4 Terminais de integração fechados; #5 Canaletas, vias ou faixas exclusivas, caracterizando corredores de transporte; #6 Terminais fora dos eixos principais ampliam a integração.

Fig. 16 | Evolução das linhas de transporte coletivo Fonte: Secretaria de Transporte da Prefeitura d Curitiba

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As cidades devem pedir aos arquitetos e urbanistas que reforcem o pedestrianismo como uma política municipal integrada, para desenvolver cidades vivas, seguras, sustentáveis e saudáveis. É igualmente urgente fortalecer a função social do espaço da cidade como ponto de encontro, que contribui para os objetivos da sustentabilidade social e de uma sociedade aberta e democrática. JAN GEHL, Cidades para Pessoas Fig. 17 | Praça Cívica Fonte: Lá do Alto


3 conceitos 25


Introdução

o quê Rede integrada de desenvolvimento urbano sustentável. Intervenção com foco em uma cidade sustentável: econômica, ambiental, social e culturalmente. A partir da conexão entre os parques, com retomada da memória urbana. Neste conjunto as vias representam o palco das relações na cidade, por meio delas acontece a acessibilidade urbana, focada na mobilidade ativa e no transporte coletivo. A ativação dos pontos de interesse na malha ocorrem através da impulsão urbana criativa, baseada nos conceitos de acupuntura urbana e economia criativa.

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o quê como por quê

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por meio

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onde

Impulsão urbana criativa

"os recursos culturais urbanos incluem o patrimônio histórico, industrial e artístico, bem como paisagens e marcos urbanos. Também incluem tradições locais de vida pública, festivais, rituais ou histórias, além de hobbies, entusiasmo e a capacidade de falar línguas estrangeiras, c o m i d a e c oz i n h a , at i v i d ad e s d e l a ze r, subculturas ou tradições intelectuais. E, claro, recursos culturais são a gama e os tipos de habilidades nas artes visuais e do espetáculo e nas indústrias criativas."

A Impulsão Criativa busca promover a manutenção ou o resgate da identidade cultural da comunidade, valorizar os espaços de encontro e estimular os ambientes criativos.

Na acupuntura urbana, transforma relações humanas a partir de espaços coletivos, re c u p e ra n d o fe r i d a s q u e o h o m e m produziu na natureza.

como Os dois pilares dessa proposta são a economia criativa e a acupuntura urbana, meios que, com a promoção da vida no espaço urbano, serão a base para os nós da teia, e a manutenção de suas conexões. A economia criativa, compreende os arranjos criativos na transformação da cidade, esse "modelo econômico" avança sobre o território buscando reproduzir ali uma forma de capital inovador, inclusivo e promotor das artes e da cultura. Segundo Charles Landry (2013)¹: 1 LANDRY, Charles. Origens e Futuros da Cidade Criativa. São Paulo: SESI-SP Editora, 2013.

Uma boa acupuntura deve partir do amor a cidade e promover a leitura da cidade por seus habitantes. Segundo Jaime Lerner(2003)²: "Muitas vezes o planejamento de uma cidade toma tempo e precisa tomar tempo, mas isso não impede que algumas intervenções criem uma nova energia. A acupuntura urbana é um conjunto de ações pontuais e de revitalização que podem mudar progressivamente a vida na cidade."

2 LERNER, Jaime. Acupuntura Urbana. Rio de Janeiro: Record, 2003.


Rede integrada de desenvolvimento urbano sustentável.

por meio

A partir dos parques, bosques e áreas verdes.

Acessibilidade urbana.

Valorização da memória urbana.

As ruas acomodam o palco das relações na cidade. Esses espaços, devem ser qualificados a partir da diversidade, permeabilidade e conexão, criando ambientes seguros e interessantes.

Acessibilidade urbana.

A acessibilidade urbana compreende o grupo de questões referentes ao acesso e locomoção no espaço urbano, ela contempla, a l é m d o t ra n s p o r t e , q u e s t õ e s s o c i a i s econômicas e políticas e interfere diretamente no desenvolvimento urbano e na qualidade de vida nas cidades.

Impulsão urbana criativa

O conceito de acessibilidade urbana está pautado em quatro as linhas de ação: Incentivo à mobilidade ativa; Qualificação do transporte coletivo;

por quê Valorização da memória urbana. A memória urbana está relacionada ao ato de lembrar, traçar correspondências, relações, analogias.

Medidas de controle de automóveis; Desenvolvimento Orientado ao Transporte Integrado (DOTS).

onde A partir dos parques, bosques e áreas verdes.

A globalização e as novas formas de produção, reprodução e comercialização ocasionaram na perda da sensibilidade e das individualidades culturais. A lembrança nesse contexto necessita da vivência e da sensação de componentes visíveis que permaneçam no espaço e teçam correspondência entre o ambiente atual e o tempo pass ado, atribuindo à memória urbana significados e sentido.

Em Goiânia as áreas verdes são consideradas símbolos da cidade e fazem com que ela tenha, como sintetiza Edgar Albuquerque Graeff³, a sua "alma de cidadeparque", definida desde as intenções graficadas por seu primeiro criador, o arquiteto urbanista Attilio Corrêa Lima.

A cultura popular, análoga à memória urbana, baseia-se também na "arte do fazer", forma com que os indivíduos ou grupos apropriam-se do espaço, no ambiente organizado pelo ocupante através de práticas cotidianas, onde os usos do espaço possuem sua própria inventividade.

Atualmente a cidade de Goiânia conta com 32 parques e bosques⁴. Os parques escolhidos para a implementação inicial da rede de desenvolvimento compreendem as áreas verdes mais consolidadas, próximas ao maior número de espaços de interesse cultural e patrimonial da cidade. 3 GRAEFF, Edgar. 4 Dado fornecido pela AMMA, Agência Municipal do Meio Ambiente.

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01 Rede integrada de desenvolvimento urbano sustentável

teia urbana Na natureza a teia é uma armação de fios de seda, que interligados formam um padrão essencial na vida das aranhas; atuando como abrigo, ninho, meio de locomoção, sustentação e artifício para a captura de alimento. Jan Gehl (1971)¹, utilizou o termo teia urbana para referir-se a uma estrutura organizativa complexa que existe principalmente no espaço entre as construções. Investigações empíricas apontam que quanto mais forte for a conexão, e mais força expressar a base da teia, mais vida terá a cidade.² Segundo o Journal of Urban Design (1998)³, os processos geradores da teia urbana podem ser resumidos em três princípios, nós, conexões e hierarquia: N Ó S : re p re s e nt a m a s at i v i d a d e s humanas na cidade, os nós devem atrair pessoas por alguma razão, existem distintos tipos de nós, podendo ser representados por edifícios, monumentos, parques, praças, feiras, o local de trabalho, a frente de uma loja, uma barraquinha de rua ou um banco na sombra. A maior diversidade e número de nós possibilita uma maior quantidade de conexões, reforçando as atividades humanas e os caminhos. CONEXÕES: caminhos naturais que surgem entre os nós, uma vez que utilizados por pedestres, não devem ultrapassar um certo comprimento máximo considerável caminhável. As conexões devem apresentar diversidade e vivacidade. 1 GEHL, Jan. Life Between Buildings: Using Public Space. Londres: Island Press, 1971. 2 ALEXANDER, Christopher: A City is Not a Tree. Architectural Forum, 1965.

HIERARQUIA: configurada pelas vias, estrutura multiplamente conectada que organiza a teia urbana. A organização existe em diferentes níveis de escala, começando pela menor (caminhos para pedestres) e progredindo para escalar maiores (vias de maior capacidade). Kevin Lynch (1960)⁴, introduziu a imagem mental da cidade, delimitada por seus usuários, como um meio para julgar o seu sucesso. Enfatizando assim a importância da organização cidade e da formação dos caminhos ao olhar do pedestre. Nos subúrbios caminhos expostos e má definidos geram insegurança, tornando-os menos funcionais. Nas áreas comerciais a densidade das conexões de pedestres definem s e u s u c e s s o, a m a i o r p o s s i b i l i d ad e d e movimentação e integração das conexões reforçam umas às outras. As vias estruturais organizam a cidade em um nível muitos mais alto e é importante que estejam dispostas de forma adequada na cidade. A correta hierarquização das vias garante uma cidade dinâmica, assim como possibilita ligações que ultrapassam o nível do pedestre e podem ser realizadas de maneira efetiva através da integração das grandes redes de t r a n s p o r t e p ú b l i c o à s c o n exõ e s e caminhos destinados à mobilidade ativa.

3 University of Texas. Jornal of Urban Design. San Antonio, 1998. 4 LYNCH, Kevin. A Imagem da Cidade. São Paulo: Martin Fontes, 2006.


Fig. 18 | High Line Park, Nova York Fonte: The High Line

Jane Jacobs (2000)⁵ já dissertava sobre a importância da diversidade urbana, funções que gerem pessoas em horários diferentes, a necessidade de usos diversos, a importância da valorização de percursos, caminhos e esquinas, ressaltando medidas de qualificação urbana. A teia urbana tem como objetivo a organização de uma estrutura que valorize as atividade urbanas existentes; e dinamize a cidade através do estímulo a ocupação de áreas esquecidas e do incentivo a novas formas de ocupação do espaço urbano. Essa metodologia visa criar uma rede i nte g rad a d e d e s e nvo l v i m e nto u r b a n o sustentável baseadas nos princípios de: integração das áreas verdes, valorização da memória urbana, acessibilidade urbana e da impulsão urbana criativa.

cotidiano da cidade, como a apropriação do espaço gerada a partir da memória urbana e da economia criativa, novos nós seriam estimulados a partir da acupuntura urbana e do incentivo à economia criativa. As conexões representariam a mobilidade ativa, partindo da ligação dos parques, bosques e áreas verdes e produzindo circuitos entre estes e os nós presentes e estimulados no tecido urbano; estas conexões também acomodariam as relações existentes nas ruas, calçadas, esquinas, etc, como palco de uma cidade viva e diversificada. Em último nível a hierarquia seria baseada na estrutura viária organizada e na rede de transporte coletivo integrado.

Nesta dinâmica os nós da teia seriam sustentados por atividades já presentes no 5 JACOBS, Jane. Morte e Vida das Grandes Cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

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01 Rede integrada de desenvolvimento urbano sustentável

cidade sustentável Segundo Carlos Leite (2012)⁶: "nas últimas décadas, tem-se observado uma emergência comum às grandes metrópoles mundiais: os antigos espaços urbanos centrais estão perdendo boa parte de suas funções produtivas". O tecido urbano conforma-se de maneira espraiada, a consequente degradação urbana, a formação de vazios urbanos, a periferização e o abandono do centro, dotado de valiosa infraestrutura e memória urbana, resultam em termos de total insustentabilidade ambiental, social, econômica e urbana, ocorrendo também, invariavelmente, em áreas de proteç ão ambiental. Cidades sustentáveis necessitam da otimização das estruturas urbanas para propiciar ambientes de melhor qualidade de vida e sobreposição de usos, sendo assim, é necessário que sejam compactas, densas. A regeneração e reestruturação do território é altamente positivo para economia, sendo tão importante quanto os novos processos de inovação tecnológica. A cidade compacta parte do reinventar da cidade, voltando-a para dentro, "deixá-la mais sustentável é transformá-la numa rede estratégica de núcleos policêntricos compactos e densos, otimizando infraestruturras e liberando territórios verdes". (Leite, 2012).

6 LEITE, Carlos; AWAD, Juliana Di Cesare Marques. Cidades Sustentáveis, Cidades Inteligentes. Porto Alegre, RS: Bookman, 2012.

#12

eixos norteadores para o desenvolvimento urbano sustentável

#1 Crescimento Urbano Limitado Cidade compacta, voltada para o centro, onde seus habitantes façam trajetos mais curtos, que possam ser realizados de maneira mais sustentável: caminhada, bicicleta, transporte público; diminuindo a poluição atmosférica e o congestionamento das vias. #2 Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável (DOTS ) Dotar arredores de estações de transporte público com a ocupação de uso misto, onde a cidade possa tomar forma através de seus sistemas de transporte público. O conceito DOTS "implica em um cenário de rua mais vibrante, formas construídas que levam em consideração os pedestres, características de uso do solo que tornam mais convenientes e seguros caminhar, usar bicicleta ou transporte público." (ITDP Brasil, 2017)⁷. #3 Uso Misto Combinar a diversidade de uso do solo, com o devido acesso a equipamentos pelos habitantes. Usos comerciais e residenciais combinados permitem a caminhada e estimulam a segurança e a dinamização dos espaços.

7 ITDP Brasil. Guia de implementação de políticas e projetos de DOTS. 2017.


Fig. 19 | Bairro informal em Medellín, Colômbia: mobilidade e arte Fonte: Forbes Davidson Planning

#4 Quadras Pequenas Quadras pequenas favorecem uma rede de transporte eficaz, além de criar um maior número de conexões e pontos de interesse. #5 Espaços Públicos Verdes Possibilitar espaços de convivência à populaç ão onde laços de identidade e vizinhança possam ser construídos e contribuir com a qualidade ambiental do espaço urbano. #6 Trânsito Não Motorizado Mobilidade ativa a partir da caminhada e da bicicleta, por exemplo, geram maior saúde aos habitantes da cidade, além de produzir menos poluição acústica e atmosférica. #7 Transporte Público Consolidado Variedade, integração, segurança , oferta e qualidade no transporte público urbano. #8 Controle de Automóveis A partir da rede de transporte público eficiente, implementar medidas que regulem o

uso de automóveis, liberando espaços na superfície e diminuir a emissão de poluentes. #9 Edifícios “Verdes“ Incentivar a construção de edifícios com sistemas energéticos eficientes, vegetação vertical e medidas para a gestão de água. #10 Energias Renováveis Incentivar a produção e o consumo de energias renováveis, além de sua utilização no meio urbano e no transporte público. #11 Gestão de Resíduos Conscientizar e incentivar a população a cerca da diminuição de resíduos e da reciclagem, utilização da compostagem em jardins urbanos. #12 Gestão Eficiente da Água Conscientizar e incentivar a população a cerca da economia de água, implementar dispositivos de economia e reuso da água a edifícios e áreas públicas.

31


02 Impulsão urbana criativa

economia criativa A economia criativa, compreende os arranjos criativos na transformação da cidade, esse "modelo econômico" avança sobre o território buscando reproduzir ali uma forma de capital inovador, inclusivo e promotor das artes e da cultura. "O futuro de Europa depende da cultura", afirma o pensador polaco Zygmunt Bauman (2001)⁸, a partir dessas e outras afirmações e contemplando a atual situação vivida pelo Brasil, e c o n ô m i c a , s o c i a l e c u l t u ra l m e n te : "a diversidade cultural não deve mais ser compreendida somente como um bem a s e r va l o r i z a d o, m a s c o m o u m at i vo fundamental para uma nova compreensão do desenvolvimento. De um lado, deve ser percebida como recurso social, produtora de solidariedades entre indivíduos, comunidades, povos e países; de outro, como um ativo econômico, capaz de construir alternativas e soluções para novos empreendimentos, para um novo trabalho, finalmente, para novas formas de produção de riqueza." (Plano da Secretaria da Economia Criativa, 2014)⁹. Segundo John Newbigin, conselheiro da agência britânica Creative England: "Esta ampla e complexa herança cultural a destaca. De fato, a atividade cultural não esteve incluída como um componente da economia durante boa parte da história. Abrangia aquelas atividades às quais as pessoas se dedicavam quando deixavam de trabalhar, mas que não faziam parte da sua vida laboral. Inclusive hoje, as indústrias criativas são expressões do valor cultural e econômico." (John Newbigin, 2010).¹⁰ 8 BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar Antiga, 2001. 9 Ministério da Cultura. Plano da Secretaria da Economia Criativa: políticas, diretrizes e ações 2011 a 2014. 2012.

Seguindo as definições consideradas pelo Programa de Economia e Industrias Criativas (Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento, 2010)¹¹ a economia criativa: #1 Pode estimular a geração de renda, criação de empregos e exportação de ganhos, ao mesmo tempo que promove a inclusão social, diversidade cultural e desenvolvimento humano; #2 Engloba aspectos econômicos, culturais e sociais que interagem com objetivos de tecnologia, propriedade intelectual e turismo; #3 É um conjunto de atividades econômicas baseadas em conhecimento, desenvolvimento e interligações entre os níveis micro e macro da economia; #4 É uma opção de desenvolvimento viável que demanda respostas rápidas de políticas inovadoras e multidisciplinares, além de ação interministerial; #5 No centro da economia criativa, localizam-se os setores criativos.

10 NEWBIGIN, John. British Council 2012 - Unidade de Economia Criativa. 2012. 11 Conferência ONU sobre o Comércio e Desenvolvimento, Programa de Economia e Indústrias Criativas. 2010.


Fig. 20 | Feira de artes, artesanato e literatura (FAAL), Milagre dos Peixes Fonte: Autora

Setores Criativos Para fonte de estudo e consulta, será adotada a classificação de setores criativos segundo a Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento de 2010: #1 Patrimônio Sítios culturais (arqueológicos, museus, bibliotecas e galerias) e manifestações tradicionais (arte popular, artesanato, festivais e celebrações); #2 Artes Artes visuais (pintura, escultura e fotografia) e artes performáticas (teatro, música, circo e dança); #3 Mídias Publicações e mídias impressas (livros, jornais e revistas) e audiovisual (cinema, televisão e rádio); #4 Criações Funcionais Design (interior, gráfico, moda, jóias e brinquedos), serviços criativos (arquitetura, publicidade, P&D.

Bases do Espaço Criativo #1 Inovações A criatividade aplicada à solução de problemas ou à antecipação de oportunidades, as inovações podem ser sociais, culturais e ambientais. #2 Conexões Conexões históricas, entre o passado e o futuro da cidade; geográficas, entre bairros e zo n a s ; d e g o v e r n a n ç a , i n t e g ra n d o o s setorespúblico, privado e a sociedade civil; de diversidades, aglutinando pessoas; entre local e global, preservando as singularidades da cidade, sem por isso se isolar do mundo. #3 Cultura Os espaços criativos apresentam a cultura em quatro formas: por seu conteúdo cultural, produtos, serviços e patrimônio; pelos setores criativos, abrangendo cadeias culturais, da criação à produção, do consumo ao acesso; ao formas um ambiente criativo, pela convivência de diversidades e manifestações, fonte de inspiração para olhares e ideias diferentes 33


02 Impulsão urbana criativa

acupuntura urbana Acupuntura Urbana é um termo utilizado pelo arquiteto e urbanista Jaime Lerner para definir uma série de intervenções de pequena escala, que possuem a capacidade de criar ou iniciar um processo de regeneração de espaços ociosos ou desqualificados. Em seu livro Acupuntura Urbana, Lerner relata diversas modalidades de acupuntura urbana, seguem abaixo algumas considerações sobre o livro e referências projetuais: "É fundamental que uma boa acupuntura urbana promova o resgate da identidade cultural de um local ou de uma comunidade. Muitas cidades hoje necessitam de uma acupuntura porque deixaram de cuidar de sua identidade cultural." (Jaime Lerner, 2003).¹² A acupuntura urbana pode recuperar feridas produzidas na natureza, reparando o espaço e produzindo ao longo do tempo uma nova paisagem. Em alguns casos a acupuntura se traduz em obras ou pode ser realizada com a introdução de um novo costume, um novo hábito. "Muitas vezes uma intervenção humana, sem planejamento ou sem realização de uma obra material, acaba se tornando uma acupuntura." (Jaime Lerner, 2003). MEMÓRIA "Identidade, auto-estima, sentimento de pertencimento, tudo tem a ver com os pontos de referência que uma pessoa possui em relação à sua cidade. " (Jaime Lerner, 2003) 12 LERNER, Jaime. Acupuntura Urbana. Rio de Janeiro: Record, 2003.

COLESTEROL URBANO Um bom colesterol urbano incentiva a caminhada, coloca os meios de transporte ativo como prioridade, e incentiva os usos mistos e locais de atração ao pedestre. CONTINUIDADE É VIDA Ocupar os vazios, tanto uma área sem atividade ou sem moradia, quanto os terrenos baldios é uma forma de promover a acupuntura urbana . É impor tante prover atividades inexistentes, reavivando a área e incentivando a ocupaç ão através de uma atividade de animação. Esta ocupação rápida pode dar-se através da instalação de estruturas provisórias, para consolidar atividades até que surjam novos projetos. As estruturas portáteis podem moverse garantindo vida e gerando a função urbana que esteja faltando. OS SONS, AS CORES, OS CHEIROS DA RUA O comércio de rua é uma parte forte da identidade da cidade, ele s celebra e estabelece a ela características únicas, trazendo vida aos espaços. Esse tipo de economia, ligada aos sons, cores e cheiros, podem ser entendidos como economia criativa. ARBORIZAÇÃO A arborização da cidade, juntamente a conscientização e apoio da população pode transformar a realidade urbana, promovendo espaços mais agradáveis e ecológicos.


Fig. 21 | Acupuntura urbana no bairro La Morán em Caracas, Venezuela Fonte: Archdaily

RECICLAGEM URBANA "Cada cidade tem suas história, seus pontos de referência. Não me refiro somente àquelas construções que são classificadas como marcas importantes do patrimônio histórico da nação. Refiro-me, principalmente, aos locais que pertencem à memória da cidade e que são pontos fundamentais da identidade, do sentimento de pertencer a uma cidade. " (Jaime Lerner, 2003) A reciclagem urbana recupera marcos abandonados mas que permanecem na memória urbana da cidade. A revitalização é geralmente realizada com equipamentos culturais, se tornam importantes nós na teia urbana. PRÉDIOS COM DIGNIDADE A conservação da memória urbana e o pertencimento à cidade através da preservação e qualificação do patrimônio histórico.

GENTE NA RUA As pessoas são o maior atrativo na cidade; pessoas atraem mais pessoas. "Uma boa acupuntura é trazer gente para a rua, criar pontos de encontro e, principalmente, fazer com que cada função urbana catalise bem o encontro entre as pessoas. " (Jaime Lerner, 2003) RAMBLAS E GALERIAS Ramblas - pequenas ruas que se juntam, possuem uma espécie de calçadão para pedestres e é margeada por ruas onde passam carros. Possuem várias lojas, cafés, restaurantes, floriculturas e performances diversas, atraindo moradores e turistas. MERCADOS E FEIRAS São importantes espaços de memória, cultura e pontos de encontro em uma cidade. Espaço de ação da economia criativa, que estimula a vitalidade nesses locais. 35


03 Valorização da memória urbana

memória urbana Em Cidade Genérica, Rem Koolhaas (1998)¹³ c o n s t ró i u m a c i d a d e d e s t i t u í d a d e identidade, onde os edifícios símbolos dessa cidade seriam aeroportos, hotéis e espaços abrangentes, onde os aglomerados urbanos vivem vidas estereotipadas. Os símbolos das cidades consolidadas, ou históricas, são apropriados por cada vez mais pessoas, causando a diluição da identidade para a produção da nova cidade contemporânea. Para o autor esta cidade genérica é uma espécie de germe que representaria o futuro das cidades, reproduzida em todos os lugares do mundo. Koolhaas defende que a riqueza de uma cidade estaria em suas múltiplas definições, e em sua "inclassificabilidade". "A Cidade Genérica é liberada do cativeiro do centro, da camisa-de-força da identidade. A Cidade Genérica quebra com esse ciclo destrutivo de dependência: ela não é nada além de um reflexo da necessidade e capacidade p re s e nte s . É i g u a l m e nte e st i m u l a nte e desestimulante em qualquer lugar. É ‘superficial’ – como um estúdio hollywoodiano, pode produzir uma nova identidade a cada manhã de segundafeira." (Rem Koolhaas, 1998). Para a não construção de uma cidade genérica parte-se da memória, da memória urbana, da arte do cotidiano, de caminhos narrados a partir de práticas comuns. "O caminhar de uma análise inscreve seus passos, regulares ou ziguezagueantes, em cima de um terreno habitado há muito tempo." (Michel de Certeau, 1994)¹⁴ 13 KOOLHAS, Rem; O.M.A.; MAU, Bruce. S,M,L,XL. Nova Iorque, The Monacelli Press, 1998.

Michel de Certeau narra como práticas comuns, expõem a verdadeira essência da cidade, a partir de seus moradores. A criatividade cotidiana deriva das maneiras de fazer: "práticas pelas quais usuários se reapropriam do espaço organizado pelas técnicas da produção sócio-cultural." (Michel de Certeau, 1994). Tra n s p o n d o e s s a s p a l a v ra s p a ra o ambiente urbano é possível perceber o espaço como a prática de desenho urbano, produzido na maioria das vezes de maneira análoga à população, nessa dinâmica, a c u l t u ra p o p u l a r d á - s e n a fo r m a d e apropriação desses espaços pela população, e nos valores atribuídos a eles por ela. Meios "populares" utilizam uma cultura difundida pela "elite". As maneiras de utilizar o lugar onde se vive e se consome, instauram a pluralidade e a criatividade, podendo ser definidos como os "usos e costumes" locais. Saber planejar a cidade depende do reconhecimento dos usos atrelados a ela, trata-se da articulação entre a pluralidade existente e a efetividade desejada. Certeau ainda trata da importância da cidade à escala dos pedestres; o ato de caminhar torna a cidade legível, reconhecível, moldando percursos. "Certamente, os processos do caminhar podem reportar-se em mapas urbanos de maneira a transcrever-lhes os traços (aqui densos, ali mais leves) e as trajetórias (passando por aqui e não por lá)." (Michel de Certeau, 1994). A manifestação do caminhar praticado age em legibilidade à cidade. 14 CERTEAU, Michal de. A Invenção do Cotidiano: 1 Artes do Fazer . Petrópolis: Editora Vozes, 1994.


Fig. 22 | Mureta e trampolim do Lago das Rosas Fonte: Curta Mais

A memória urbana está relacionada ao ato de lembrar, traçar correspondências, relações, analogias, este ato não precisa estar pautado em uma base material na paisagem da cidade, já que é através da sensibilidade que a memória tornase mais legítima. Independentemente da escala, em uma intervenção, é de suma importância considerar as lembranças presentes no espaço urbano traçando conexões entre o ambiente atual e o tempo passado. Partindo da ideia de que intervir é construir sobre uma preexistência Francisco de Gracia (1992)¹⁵, equivale essa prática à definir uma forma a um lugar que já possui forma, onde esta ação pressupõe uma modificação no locus. O locus representa uma noção teórico-filosófica, que não pode ser renunciada quando trata do espaço, que tece uma relação única e universal com seu entorno e seus habitantes. 15 GARCIA, Francisco de. Construir en lo Construido. San Sebastián: Nerea, 1992.

A inter venç ão deve correr de forma consciente no processo dinâmico da cidade, respeitando a identidade local. Em menor ou maior grau todas as intervenções causam mudanças no caráter do espaço, é importante que estas indiquem alternativas de desenvolvimento viável, frente ao caráter histórico e cultural do espaço. A apropriação do espaço pelo usuário se dá a partir do reconhecimento local, que busca a partir da legibilidade estabelecer conexões entre o passado e o presente, reconhecendo e traçando mapas mentais baseados em memórias urbanas.

37


04 Acessibilidade urbana

mobilidade ativa De acordo com Polític a Nacional de Mobilidade Urbana¹⁶, foram definidas diretrizes para o planejamento da mobilidade urbana pautado na priorizaç ão de modos não motorizados sobre modos motorizados.

Prioridades no Planejamento Urbano

"Caminhar é, a forma mais democrática e sustentável de deslocamento, por meio da qual todas as pessoas conseguem se locomover sem a necessidade de pagamento de tarifa ou aquisição de um bem móvel." (Observatório Nacional de Segurança Viária, 2017)¹⁷.

A Calçada Ideal

PEDESTRES CICLISTAS TRANSPORTE PÚBLICO TRANSPORTE DE CARGA

1

CARROS E MOTOS

Fig. 23 | Prioridades no Planejamento Urbano Fonte: ITDP, 2017

A rede de transporte a pé deve ainda contar com uma diversidade de possibilidades, como calçadas, travessias, passarelas, túneis, passagens na quadra, parques, praças, galerias etc, sendo atrativa ao pedestre e promovendo permeabilidade e conexão. É necessário criar e estimular espaços seguros e interessantes, incentivar ambientes atrativos, fachadas ativas, permeáveis, que estimulem a caminhada. Quanto mais pessoas caminhando mais segurança. 16 Política Nacional de Mobilidade Urbana, PNMU, lei 12.587/2012

0,70 a 1,00m

2

3

1,50m (mínimo recomendável) Variável (a partir de 10cm) 1,20m (mínimo admissível)

Fig. 24 | A calçada ideal Fonte:Norma ABNT 9050

Faixa de Serviço: Espaço entre o passeio e a pista, onde deverão ficar os elementos de serviço e mobiliário urbano . 1

Faixa Livre: Destinada exclusivamente à circulação de pedestres. 2

Faixa de Acesso: É a faixa localizada entre a faixa livre e o limite das edificações. Apoio para a projeção de marquises e itens como floreiras, mesas, cadeiras e toldos. 3

17 AMBEV, Observatório Nacional de Segurança Viária. Retrato da Segurança Viária 2017.


Fi. 25 | Superkilen - BIG, Copenhague, Dinamarca Fonte: Archdaily

Qualificação das Calçadas

Acessibilidade Universal

#1 Pavimentação adequada

#1 Rebaixamento de Calçada

#2 Inclinação para Drenagem

#2 Rampas

#3 Iluminação Dedicada

#3 Escadarias

#4 Conforto Climático

#4 Passarelas

#5 Sistema de Informação

#5 Guarda-corpo

Infraestrutura Cicloviária A adoção de ciclovias ou ciclofaixas depende d a v e l o c i d a d e e d o fl u xo d e v e í c u l o s motorizados. #1 Dimensionamento adequado #2 Integração com o Transporte Coletivo

#6 Corrimãos

Segurança Viária Para a criação de uma rede segura de mobilidade ativa é necess ário abordar características de configurações viárias e medidas de moderação de tráfego.

#3 Pavimentação Cicloviária

#1 Faixas de Pedestres

#4 Iluminação Dedicada

#2 Ilha de Refúgio para Pedestres

#5 Sistema de Informação

#3 Medidas de Moderação de Tráfego

#6 Presença de Paraciclos e Bicicletários

#4 Ruas Compartilhadas 39


04 Acessibilidade urbana

transporte coletivo A Constituição Federal define o transporte coletivo urbano como um serviço público essencial que, como tal, deve ser provido diretamente pelo Estado ou por particulares, sob delegação do Poder Público responsável.

70%

30%

Art. 31. O Sistema de Transporte Coletivo será formado pela rede estrutural de transporte coletivo, composta por corredores viários, equipamentos complementares e pela rede de integração intermodal de transporte, que permitirão a integração entre as linhas que compõem a RMTC[...] Para transportar 50.000 PESSOAS por hora é necessário: 175m de largura para carros 35m de largura para ônibus

9m de largura para VLT

% PESSOAS

% VEÍCULOS

% PESSOAS

% VEÍCULOS

70% do espaço público está ocupado direta ou indiretamente pelo CARRO

% de tipos de VEÍCULOS que transitam pela via em relação a % de PESSOAS que transportam Fig. 26 | Ocupação do espaço público por transportes Fonte: Paisaje Transversal

Segundo a Subseção II do Programa do Sistema de Transporte Coletivo do Plano Diretor de Goiânia, revisão 2018.¹⁸ Art. 30. O Programa do Sistema de Transporte Coletivo objetiva priorizar o t ra n s p o r te c o l et i vo c o m o m o d a l i d a d e preferencial de deslocamento motorizado no Município, devendo ser organizado, planejado, implementado e gerenciado em observância do modelo institucional metropolitano em vigor [...] 18 Prefeitura de Goiânia. Plano Diretor de Goiânia, Minuta de Lei Complementar. Goiânia, 2018.

Fig. 27 | Ocupação das vias por transportes Fonte: Paisaje Transversal

O Tra n s p o r te C o l et i vo d e nt ro d a proposta de Acessibilidade Urbana visa dinamizar a rede de transporte coletivo urbano já existente dentro do município de Goiânia, expandindo a oferta de transporte público, implementando outros modais de transporte coletivo ao sistema e integrando as redes, existentes e propostas, à rede de mobilidade ativa.


04 Acessibilidade urbana

controle de automóveis " O crescimento contínuo e acelerado da frota veicular, especialmente nas grandes e médias cidades brasileiras, e a disposição da infra-estrutura de forma desequilibrada, tem gerado diversos inconveniente que refletem no aumento do tempo de viagem, nos conflitos entre motoristas, pedestres e ciclistas, na ineficiência econômica e até mesmo em problemas relacionados à saúde dos indivíduos". (Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana).¹⁹ O Controle de Automóveis visa adotar medidas para restringir e desestimular a utilização de veículos individuais em áreas sobrecarregadas, com mobilidade urbana reduzida ou onde seja necessário priorizar outros tipos de transporte. Dentre as medidas a serem adotadas pelo Controle de Automóveis estão: Zona de Tráfego Limitado Área onde só podem entrar veículos com permissões especiais, geralmente dadas aos moradores, pessoas que trabalham na área restrita, hóspedes de hotéis e serviços de carga e descarga.

Sinalização de trânsito; Exemplos: faixa de pedestres em nível ou elevadas e semáforos. Ordenamento de Fluxos São medidas que buscam organizar o fluxo de usuários das vias, solucionando os conflitos existentes e tornando os deslocamentos seguros e aprazíveis. Alterações na geometria da via; São medidas com o propósito de limitar a velocidade dos veículos, ordenar fluxos e até mesmo restringir o tráfego. Mobiliário urbano e vegetação; Constituem o tratamento paisagístico e ambiental da área e contribuem para a segurança, orientação e bem estar de todos aqueles que circulam no ambiente urbano. Dispositivos de redução de velocidade; São obstáculos físicos e/ou eletrônicos instalados sobre o pavimento que tem como finalidade reduzir a velocidade dos veículos, principalmente nos locais onde há grande movimentação de pedestres.

Alterações na pavimentação; A aplicação de cores e texturas nas vias e calçadas criam uma superfície cromática contrastante e com superfície diferenciada.

19 Disponível em: Semob; Ministério das Cidades. Moderação de Tráfego: Medidas para a humanização da cidade. 2016.

41


04 Acessibilidade urbana

desenvolvimento orientado ao transporte integrado

²⁰

Transporte Público Distância de caminhada ao transporte coletivo Distância de caminhada (metros) até a estação mais próxima de transporte coletivo de média e alta capacidade ou serviço complementar.

Caminhar Calçadas Porcentagem dos segmentos de calçada que são seguros e acessíveis a todos. Travessias Porcentagem das interseções com travessias de pedestres seguras e acessíveis a todos, em todas as direções.

Conectar Quadras pequenas Comprimento da maior quadra, considerando seu lado mais longo. Conectividade priorizada Relação entre o número de interseções de pedestres e o número de interseções de veículos motorizados. 20 Disponível em: ITDP. Guia de Implementação de Políticas e Projetos de DOTS. 2017.

Fachadas visualmente ativas Porcentagem dos segmentos de calçada com cone xão visual às atividades no interior dos edifícios. Fachadas fisicamente permeáveis Número médio de lojas, entradas de edifícios e outros acessos de pedestres. Sombra e abrigo Porcentagem dos segmentos de calçada que apre sentam elementos adequados de sombra e abrigo.


Misturar Usos complementares Usos residencial e não residencial combinados na mesma quadra ou em quadras adjacentes. Acesso a serviços locais Porcentagem de edifícios cuja distância de uma escola primária, de uma unidade de saúde ou farmácia e de um fornecedor de alimentos frescos pode ser percorrida a pé. Acesso a parques e espaços de lazer Porcentagem de edifícios cuja distância a pé de um parque ou espaço de lazer público é de no máximo 500 metros. Habitação popular Porcentagem do total de unidades residenciais voltadas à habitação popular (habitação de interesse social ou de mercado popular). Preservação de moradias Porcentagem de famílias que residiam na área antes do projeto e que foram mantidas ou realo cadas a curta distância de caminhada. Preservação de negócios e serviços Porcentagem de negócios e serviços presentes na área antes do projeto e que foram mantidos ou realocados.

Pedalar Rede cicloviária Acesso a uma rede de vias com condições seguras para o uso de bicicletas. Estacionamento para bicicletas nas estações de transporte coletivo Há instalações seguras e com múltiplas vagas de estacionamento para bicicletas. Estacionamento para bicicletas nos edifícios Porcentagem de edifícios que oferecem estacionamento amplo e seguro para bicicletas. Acesso de bicicletas aos edifícios Os edifícios permitem o acesso de bicicletas ao seu interior.

Adensar Densidade não residencial Densidade não residencial em comparação com as melhores práticas observadas em empreendimentos e Áreas de Estação similares. Densidade residencial Densidade residencial em comparação com as melhores práticas observadas em empreendi mentos e Áreas de Estação similares.

Mudar Estacionamento fora da via Área total construída dedicada a estacionamento fora da via. Densidade acessos de veículos motorizados Número médio de acessos para veículos motorizados por cada 100 metros de face de quadra. Área das pistas de rolamento Área total das vias usadas por automóveis para circular ou estacionar como porcentagem da área total do terreno ocupado pelo empreendimento.

Compactar Inserção urbana Número de lados do empreendimento adjacentes a áreas já urbanizados. Opções de transporte coletivo Número de opções de transporte coletivo acessíveis a pé.

43


Cada cidade tem suas história, seus pontos de referência. Não me refiro somente àquelas construções que são classificadas como marcas importantes do patrimônio histórico da nação. Refiro-me, principalmente, aos locais que pertencem à memória da cidade e que são pontos fundamentais da identidade, do sentimento de pertencer a uma cidade. JAIME LERNER, Acupuntura Urbana Fig. 28 | Vista aérea do local de intervenção Fonte: Google Earth, modificado pela autora, 2018


4 lugar 45


LOCALIZAÇÃO A cidade de GOIÂNIA N

N

N INHUMAS

NOVA VENEZA BRAZABRANTES

CATURAÍ

ST. ANTÔNIO

GOIANIRA

NERÓPOLIS GOIANÁPOLIS

TERESÓPOLIS BONFINÓPOLIS

GOIÂNIA

TRINDADE

SENADOR CANEDO CALDAZINHA

ABADIA

AP. DE GOIÂNIA

GUAPÓ

BELA VISTA DE GOIÁS

ARAGOIÂNIA HIDROLÂNDIA

Brasil

Histórico A capital do estado de Goiás nasceu dentro do contexto da Revolução de 30, quando o então representante do governo, Getúlio Vargas, nomeou Pedro Ludovico Teixeira como inventor do Estado de Goiás. Attilio Corrêa Lima foi responsável pela elaboração do projeto inicial da cidade que, mais tarde, sofreu alterações indicadas pelo engenheiro Armando de Godói que, em 1938, assina o plano diretor da cidade. Só em 1942 houve a inauguração oficial da nova capital. O núcleo inicial da cidade foi planejado para 50.000 habitantes, atualmente apresenta população estimada de 1.466.105 habitantes (IBGE, 2018)¹. O re l ató r i o d e e s c o l h a d o s í t i o pa ra implantação da nova capital do estado de Goiás deu-se em uma região de topografia plana; circundada pelos rios Meia Ponte e Anicuns e o Ribeirão Cascavel. A região escolhida compreendia as fazendas Criméa, Vaca Brava e Botafogo, no município de Campinas, às margens do córrego Botafogo. Goiânia sofreu inúmeras mudanças que transformaram o espaço urbano. Com a expansão urbana que vem acontecendo desde 1970 o caráter de ocupação da cidade tende a um crescimento espraiado, disperso e fragmentado.

Goiás Região Metropolitana de Goiânia Os parques em Goiânia representam uma importante característica da cidade, carregando importância desde o plano original da cidade. A proposta de Attilio Corrêa Lima contava com uma rede de parques e park-ways que resultava em uma abundante malha verde, esse sistema foi perdido ao longo dos anos e a malha verde da cidade acabou moldada pela especulação imobiliária e pela má gestão das áreas verdes. As unidades de conservação no município de Goiânia totalizam uma área de 19.533.409,80 m². Dentre essas áreas atualmente Goiânia conta com 32 parques e bosques, divididos em vários bairros da cidade. População

IDHM Densidade demográfica Área PIB per capita

1.466.105 hab 2017 - IBGE¹

0,799 - alto 2010 - IBGE

1.776,74 hab/km² 2010 - IBGE

728,841 m² 2016 - IBGE

32.594,32 R$ 2015 - IBGE

1 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE. Censo 2017. 2018.


GO-0

80

N

GO

N

REGIÃO NORTE

-46

2

REGIÃO NOROESTE BR -15 3

70 -0 GO

Goianira

Trindade

GO-060

Senador Canedo

REGIÃO CENTRAL

GO-403

0

G

BR-153

-06

BR

O

-0

20

Aparecida de Goiânia 0 04

-

GO

0 1

3

5

10km

REGIÃO OESTE

REGIÃO SUDOESTE

Goiânia

REGIÃO SUL

REGIÃO LESTE 0 1

3

5

10km

Goiânia: Regiões

Região Central

Macroárea

A partir dos dados obtidos através da Prefeitura de Goiânia e do Anuário Estatístico de Goiânia de 2013, foram levantados os parques e bosques dentro do perímetro urbano de Goiânia. Analisando sua inserção na cidade, os parques e bosques foram separados por região e categorizados por abrangência (local, regional e municipal). As regiões Central e Sul foram selecionadas para sediar a macroárea de intervenção, por apresentarem o maior número de parques com abrangência municipal.

01

02

03

04

05

N

CÓRREGO CAPIM PUBA

Parque Municipal Jerivá Setores: Vila Vera Cruz e Setor Centro Oeste Abrangência: Local Área: 21.933,18 m²

Bosque dos Buritis Setores: Setor Central e Setor Oeste Abrangência: Municipal Área: 124.800,00 m²

Parque Botafogo Setor: Setor Leste Vila Nova Abrangência: Municipal Área: 172.033,06 m²

Lago das Rosas/Parque Zoológico Setores: Setor Central e Setor Oeste Abrangência: Municipal Área: 315.000,00 m²

Parque Mun. Campininha das Flores Setor: Bairro dos Aeroviários Abrangência: Local Área: 31.152,92 m²

Região Sul 01 CÓRREGO BOTAFOGO

02

MACROÁREA

0 500

1500

3500m

Regiões Central e Sul: Macroárea

03

04

Parque Municipal Flamboyant Setor: Jardim Goiás Área: 130.000,00 m²

Abrangência: Municipal

Parque Vaca Brava Setores: Setor Bueno e Jardim América Abrangência: Municipal Área: 77.760,00 m²

Parque Areião Setores: Setores Pedro Ludovico, Marista e Sul Abrangência: Municipal Área: 240.000,00 m²

Jardim Botânico Setor: Setor Pedro Ludovico Área: 1.000.000,00 m² Abrangência: Municipal

47


CARACTERIZAÇÃO VILA

2MEGALE VILA 1 FROES

N

SETOR SETOR NORTE FERROVIÁRIO II CRIMÉIA LESTE 1

1

LOTEAMENTO NOVA VILA SETOR NORTE 1 FERROVIÁRIO

1 SETOR 1 NORTE FERROVIÁRIO

3

SETOR CENTRAL

4

2

SETOR LESTE VILA NOVA

3

1

1 2 8

8

2 9

1

5

7

7

SETOR OESTE

16

6 12 13 15 14 17

19

2

4 2 4

22

Terminal Praça da Bíblia

4

5

28 4 2 4 3 SETOR LESTE

UNIVERSITÁRIO

32

1

1

1

1

1

2

4 26 4

23

21

12

27

4

1

18

10 20 11

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1

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2

1

JARDIM SANTO ANTÔNIO

Fonte: Plano Diretor de Goiânia, 2007; Sec. Mun. da Educação de Goiânia; Sec. Mun. da Saúde de Goiânia; Prefeitura de Goiânia; Org.: Autora

Terminal Isidória

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1500

2500m

Macroárea: Pontos de Interesse


Pontos Criativos 1 Feira Hippie 2 Teatro CEFET 3 Teatro Madre Esperança Garrido 4 Mercado Bairro Popular 5 Mercado Centro Comercial Popular 6 Mercado Central de Goiânia 7 Teatro Rio Vermelho 8 Centro Cultural Gercina B. Teixeira 9 Teatro Goiânia 10 Centro Cultural Goiânia Ouro 11 Vila Cultural Cora Coralina 12 Biblioteca Pio Vargas 13 Museu Zoroastro Artiga 14 Centro Cultural Marietta Teles 15 Bibioteca Braille José Alvarez de Azevedo 16 Museu Pedro Ludovico Teixeira 17 Museu da Imagem e do Som (MIS) 18 Biblioteca Irmãos Oriente 19 Museu de Arte de Goiânia (MAG) 20 Feira da Lua 21 Centro Cultural Octo Marques 22 Feira do Sol 23 Centro Cultural Martim Cererê 24 Mercado Vila Nova 25 IPEHBC 26 Biblioteca Marieta Telles Machado 27 Feira do Universitário 28 Museu Antropológico UFG 29 Feira do Cerrado 30 Mercado Mun. Pedro Ludovico

Pontos de Memória 1 Parque Agropecuário 2 Feira Hippie 3 Praça do Trabalhador 4 Multirama 5 Praça Universitária 6 Praça Cívica 7 Bosque dos Buritís 8 Lago das Rosas (pedalinhos) 9 Jardim Zoológico 10 Feira da Lua 11 Praça Tamandaré (luzes de Natal) 12 Feira do Sol 13 Três Marcos/ Praça do Ratinho 14 Goiânia Arena 15 Estádio Serra Dourada 16 Parque Flamboyant 17 Parque Areião 18 Shopping Flamboyant 19 Mercado Mun. Pedro Ludovico

Saúde Centro de Saúde Hospital

1 2

Educação 1

Educação Infantil

2

Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Superior

3 4

Patrimônio Histórico Edifício Tombado Traçado Tombado

Pontos Criativos Os pontos criativos indicam equipamentos que se comportam como pontos de encontro, cultura e elementos do espaço criativo da cidade. Foram definidas seis categorias de pontos criativos: Mercados municipais; Museus; Bibliotecas de grande porte; Teatros; Feiras de grande porte; Centros culturais. Grande parte dos locais marcados no mapa coincidem com pontos de memória e patrimônio, caracterizando importantes marcos na cidade, que compõe, se aplicados à teoria da Teia Urbana, os atuais nós da cidade de Goiânia.

Pontos de Memória Os pontos de memória foram definidos a partir de entrevistas com moradores de Goiânia, aos quais foi questionado quais lugares da cidade despertavam memórias ou os faziam lembrar da cidade de Goiânia. A pesquisa concluiu que a maioria espaços citados pelos entrevistados localizava-se em parques e praças da cidade.

Equipamentos Os equipamentos públicos de saúde e educação representam pontos fundamentais no tecido urbano, por atraírem uma quantidade significativa de pessoas todos os dias e necessitarem de infraestrutura urbana capaz de atender esta demanda.

Patrimônio Histórico A partir do Plano Diretor de 2007, foram identificados os bens patrimoniais tombados no município. Estes elementos determinam pontos essenciais na formação da identidade de Goiânia, levantando elementos que agem em função da legibilidade da cidade. 49


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Córrego Botafogo

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Fonte: Prefeitura de Goiânia; AMMA Goiânia; Org.: Autora

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500

1500

2500m

Macroárea: Aspectos Naturais


Parques e Bosques 1 Parque Botafogo 2 Lago das Rosas 3 Bosque dos Buritis 4 Parque Flamboyant 5 Parque Areião 6 Jardim Botânico

Praças 1 Praça do Trabalhador 2 Ver. Boaventura Moreira de Andrade 3 Praça Santos Dumont 4 Praça Universitária 5 Praça Cívica 6 Praça Tamandaré 7 Praça do Sol 8 Praça do Cruzeiro

Áreas de Risco Ambiental Erosão Deslizamento Inundação

Áreas Verdes Ao longo dos anos e gestões, Goiânia passou por inúmeros fatores que caracterizam a atual situação das áreas verdes. Dentre os momentos chave que justificam a atual acomodação destes espaços destacam-se: a ocupação e uso inadequados do Setor Sul; a invasão das áreas públicas e fundos de vale, com a liberação dos loteamentos particulares; o crescimento da cidade frente a novos cursos d’água; a operacionalização da ocupação urbana; a canalização e comercialização dos fundos de vale; a criação de programas e diretrizes de gestão urbana, tal como a criação de APAS e a elaboração da Carta de Risco do Município de Goiânia. No mapa estão destacados áreas verdes públicas de abrangência municipal: parques e bosques; a partir do levantamento de sua disposição na cidade, é possível analisar a atuação destes nos domínios onde estão inseridos e assim planejar formas de agir e qualificar os espaços públicos da capital.

Praças As praças caracterizam um centro de convivência e encontro na cidade, sua participação no contexto social da cidade é de sumo valor. Historicamente as praças são lembradas como espaços de manifestação popular, religiosa, política, celebrações e c o m é rc i o ; afi r m a n d o - s e c o m o m a rc o s referenciais e de memória. Na cidade contemporânea as praças constituem áreas de descompressão da malha urbana. Dentre os principais pontos que legitimizam a importância da praça na cidade estão: a função social, como espaço público; a criação estética, à medida que as praças assumem diferentes tipologias (contemplação, circulação, encontro social, etc), diversificando a paisagem; a questão ecológica (preservação da vegetação, conforto climático, biodiversidade, etc); o bem estar psicológico (contato social e com a natureza, lazer, prática de esportes), fornecendo aspectos que atuam na formação do indivíduo. A área de estudo possui diversas praças, discriminadas pela sua atuação no espaço; no mapa são apontadas praças que exercem função social e são de grande relevância em suas imediações e no contexto da cidade.

Áreas de Risco Ambiental Historicamente o processo de urbanização em Goiânia beneficiou os grandes empreendedores, que, apoiados ou ignorando os planos, usam o espaço urbano da maneira que lhes interessa. Ao longo dos anos as áreas verdes da capital, especialmente os fundos de vale, sofreram com as consequências da ocupação desordenada no solo; dentre os fatores que causam e potencializam os problemas ambientais nas áreas de risco estão: a impermeabilização do solo, as ocupações irregulares, o lixo, o déficit nos serviços de saneamento básico, o desmatamento, etc. De acordo com a pesquisa realizada pela AMMA (Agência Municipal do Meio Ambiente) e dados disponibilizados pela prefeitura de Goiânia através do Mapa Digital Fácil, foram pontuados os principais problemas ambientais encontrados na macroárea. 51


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Via Expressa 3ª categoria Via Arterial 1ª categoria Al. do

Via Arterial 2ª categoria Zona de conflito Ponto com alto n° de acidentes Fonte: Plano Diretor de Goiânia, 2007; SMT; Org.: Autora

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Macroárea: Hierarquia Viária


Mobilidade Ativa

Transporte Coletivo N

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2500m

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Macroárea: Mobilidade Ativa Fonte: SMT; CMTC; Org.: Autora

500

1500

2500m

Macroárea: Transporte Coletivo Fonte: Prefeitura de Goiânia; SMT; CMTC; Org.: Autora

Eixo Norte-Sul Modal: BRT (em implantação)

Eixo Anhanguera Modal: VLT (à implantar)

Ônibus Corredor Goiás (à implantar)

Corredor Anhanguera (implantado)

Corredor Leste Oeste (exclusivo à implantar)

Corredor T-9 (exclusivo à implantar)

Corredor 3 (preferencial à implantar)

Corredor T-7 (exclusivo à implantar)

A mobilidade ativa é caracterizada pelo c o n j u n t o d e m e i o s d e t ra n s p o r t e n ã o motorizados.

Corredor 13 (preferencial à implantar) Corredor 7 (preferencial à implantar)

Corredor T-8 (exclusivo à implantar) Corredor Multirão (exclusivo à implantar)

Goiânia, apesar do grande número de pedestres, não possui rotas especificas e trajetos qualificados que supram a demanda do transporte à pé. As ciclovias e ciclofaixas são escassas, além de não completarem rotas totalmente cicláveis entre si.

Corredor 1 (preferencial à implantar)

Corredor 6 (preferencial à implantar)

Ciclovia (implantada)

Ciclovia (em construção)

Ciclorrota (implantada)

Ciclorrota (em implantação)

Ciclofaixa (implantada)

Ciclofaixa (em implantação)

Trecho com alto número de pedestres

A área de estudo possui dois terminais implantados, o Terminal Praça da Bíblia com 21 linhas, e o Terminal Isidória com 24 linhas. 53


Uso do Solo N

Uso Residencial Uso Comercial/ Prestação de Serviço Uso Institucional ou Público Uso Industrial Vazio Urbano Uso Misto (Geral) Áreas Verdes Uso Misto (Comercial, Prestação de Serviço, Residencial) Fonte: Org.: Autora

O uso do solo foi elaborado a partir da predominância na quadra analisada. O uso misto acontece em setores consolidados e ao longo das vias estruturantes. Grande parte das APP’s apresentam ocupações residenciais irregulares.

0

500

1500

2500m

Macroárea: Uso do Solo Predominantemente o uso residencial ocorre no interior dos bairros, aumentando à medida que se afasta de vias de grande porte, onde se instalam usos comercial, serviço e misto.


Ordenamento Territorial N

Unidade de Uso Sustentável Área de Influência das Vias Especiais Área Adensável Área de Desaceleração de Densidade Fonte: Plano Diretor de Goiânia, 2007; SMT; Org.: Autora

De acordo com o Plano Diretor de Goiânia (Lei Complementar Nº 171, de 29 de maio de 2007), segue demarcado o ordenamento territorial proposto à macro área. Unidade de Uso Sustentável, em fundos de vale; Área de Influência de Vias Especiais,

0

500

1500

2500m

Macroárea: Ordenamento Territorial ao longo da BR-153; Área Adensável, em bairros bem infraestruturados; Área de Desaceleração de Densidade, no entorno do Parque Flamboyant, profundamente adensado. 55


Densidade Construtiva N

Alto Adensamento Médio Adensamento Baixo Adensamento Fonte: Org.: Autora

O percentual de adensamento foi elaborado a partir da predominância na quadra analisada. A densidade construtiva refere-se à verticalização da paisagem, dividida em três níveis de adensamento: alto, médio e baixo.

0

500

1500

2500m

Macroárea: Percentual de Adensamento O médio adensamento se estabelece principalmente ao longo de vias de grande porte. O alto adensamento situa-se majoritariamente no entorno de parques e bosques.


Ocupação Construtiva N

Alta Ocupação Média Ocupação Baixa Ocupação Fonte: Org.: Autora

O percentual de ocupação foi elaborado a partir da predominância na quadra analisada. A ocupação construtiva contabiliza a área e d i fi c a d a n o l o t e , e xc l u i n d o e s p a ç o s descobertos e a maioria dos estacionamentos;

0

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2500m

Macroárea: Percentual de Ocupação sendo assim, está categorizada em três níveis: : alta, média e baixa ocupação. Nota-se a presença de alta ocupação em APP’s e unidades de uso sustentável. 57


O caminhar de uma análise inscreve seus passos, regulares ou ziguezagueantes, em cima de um terreno habitado há muito tempo. " MICHEL DE CERTEAU, A Invenção do Cotidiano Fig. 29 | Vista aérea dorecorte de intervenção Fonte: Google Earth, modificado pela autora, 2018


5

metodologia e proposta projetual 59


METODOLOGIA A organização da PROPOSTA

#1 #2 #1

Diretrizes e planos para a macroÁREA Partindo dos estudos realizados sobre a macroárea, elaborar diretrizes a serem aplicadas em três níveis: os edifícios, as vias e as áreas verdes. Analisar como os instrumentos legais e administrativos do Estatuto das Cidades podem atuar em prol das ações desejadas. Conceber planos gerais a serem propostos na macroárea, que, embasados nos conceitos apresentados, possam atuar como guias nas propostas urbanas.

ZONEAMENTO e intenções específicas Compreender as relações existentes na macroárea e dividi-la em quatro áreas, de acordo com suas afinidades. Analisar as áreas, delimitando seus problemas e potencialidades, propor intenções específicas nas escala dos bairros. Planejar caminhos de pedestre e rotas cicloviárias ligando os pontos de interesse.


#3 #4 #1

Proposta aplicada à QUATRO situações Por meio dos macroplanos, diretrizes e intenções específicas, simular a aplicação da proposta projetual. Selecionar quatro recortes, um para cada uma das quatro áreas, que sintetizem parte de suas características. Entender como funciona o espaço, levantando elementos que se destaquem na trama urbana, assim como suas especificidades, e planejar como agir na qualificação do local.

DESENHOS e detalhes, aplicados aos edifícios, vias e áreas verdes Selecionar um dos quatro recortes para análise mais aprofundada, ressaltando aspectos do local e como a proposta deve atuar, a nível de projeto, sobre o espaço. Desenvolver desenhos e detalhes, que apresentem, de forma sintética, a adoção das decisões elaboradas nas etapas anteriores.

61


#1 01

Diretrizes e planos para a macro ÁREA

Conexão Conectar os nós por meio de planos gerais parques e parkways, de transporte coletivo e mobilidade ativa.

edifícios

Diretrizes edificações #1 Em predominância residencial:

01

Incentivar a formação de áreas de convívio; Incentivar o uso misto; Incentivar o adensamento médio; Incentivar o uso das áreas verdes próximas. #2 Em predominância mista: Incentivar atividades noturnas nos térreos ativos; Incentivar o dinamismo das fachadas; Propor a limpeza das fechadas em edifícios de relevância arquitetônicas; Incentivar o desenvolvimento de atividades culturais; Incentivar a economia criativa; Propor rotas convidativas à pedestres; I n c e n t i va r a o c u p a ç ã o d e t e r re n o s subtilizados. #3 Em predominância comercial e prestação de serviços: Incentivar atividades noturnas nos térreos; Incentivar o dinamismo das fachadas; Incentivar a economia criativa; Propor rotas convidativas e seguras à pedestres; Melhorar a acessibilidade das quadras; #4 Em predominância institucional: Melhorar a iluminação pública;

Propor rotas convidativas e seguras à pedestres; Propor a criação de áreas verdes e espaços de convivência; Propor a fruição pública e incentivar a ocupação dos espaços. Melhorar a acessibilidade das quadras. #5 Implantar edifícios catalizadores de atividades, acupuntura urbana; #6 Propor normas e parâmetros de eficiência energética para edifícios; #7 Propor normas e parâmetros para a gestão de resíduos; #8 Incentivar o uso consciente e reutilização da água.


Plano de nós Áreas selecionadas para implantação de edifícios catalizadores de atividades; em espaços para serem estimulados economicamente e culturalmente.

Uso e Ocupação Definidas diretrizes de uso e ocupação para áreas verdes e edifícios. Utilização de instrumentos do Estatuto da Cidade para organização do solo urbano.

#3 Qualificar o transporte coletivo; Equipar vias com modais de transporte coletivo eficientes e adequados; Propor rotas de transporte coletivo que interliguem pontos de interesse. #4 Propor o controle de automóveis; Criar zonas de tráfego limitado; Propor medidas para a moderação do tráfego através do desenho urbano. #5 Qualificar a mobilidade na Marginal Botafogo junto ao parque linear proposto; #6 Propor a correta iluminação das vias; #7 Propor a arborização das vias.

03 02

03

áreas verdes

Diretrizes ambientais #1 Criar uma rede de áreas verdes com ligação urbano-paisagística dos parques e bosques; #2 Propor parques lineares nos córregos e fundos de vale;

02

vias

Diretrizes sistema viário #1 Promover a integração modal; #2 Incentivar a mobilidade ativa; Qualificar e aumentar a rede cicloviária; Propor rotas para pedestres; Promover a qualificação das calçadas; Dotar as vias de acessibilidade universal; Propor estacionamentos para bicicletas nos edifícios e nas estações de transporte público;

#3 Realocar a população instalada em f u n d o s d e va l e p a ra h a b i t a ç õ e s d e interesse social ; #4 Propor a integração das áreas verdes através de vias e caminhos arborizados; #5 Melhorar a drenagem próxima aos fundos de vale; #6 Melhorar a iluminação pública de áreas verdes; #7 Propor atividades culturais nos parques e bosques; #8 Incentivar o uso de áreas verdes subtilizadas com intervenções pontuais; #9 Conscientizar à população quanto à preservação das áreas verdes.

Criar medidas de segurança viária. 63


INTRUMENTOS legais e administrativos do Estatuto das Cidades

#1

Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios; IPTU Progressivo no Tempo; Desapropriação com Pagamento em Títulos Coletivo

Induzir a ocupação de áreas já dotadas de infraestrutura e equipamentos, mais aptas para urbanizar ou povoar, evitando pressão de expansão horizontal. Aumentar a oferta de terra e de edificação para atender à demanda existente, evitando os a especulação desmedida da terra urbana.

#2

Direito de Preempção

Dar preferência ao poder público sempre que um imóvel for estratégico para a função social da terra urbana, no momento de sua venda.

#3

Outorga Onerosa do Direito de Construir

Dá bases para a prefeitura cobrar uma taxa sobre a área construída que ultrapasse o índice básico de aproveitamento. Deve ser estabelecida a isenção para as construções que se enquadrarem como habitação de interesse social.

#4

Transferência do Direito de Construir

O proprietário pode conceder a outrem o direito de superfície do seu terreno por tempo determinado ou indeterminado, de forma gratuita ou onerosa. O objetivo da transferência do direito de construir é viabilizar a preservação de imóveis ou áreas de importante valor histórico ou ambiental.

#6

Direito de Superfície

O objetivo desse instrumento é separar a propriedade dos terrenos urbanos do direito de edificação.

A propriedade de um terreno não significa poder ilimitado sobre ele, assim como as normas urbanísticas representam um limitador, que impede que o proprietário ocupe o terreno da forma que desejar. Assim, o poder público aumenta sua capacidade de interferir sobre os mercados imobiliários

#7

Operações Urbanas Consorciadas

Se trata de um instrumento para redesenhar a cidade através de parcerias entre proprietários, poder público, investidores privados, moradores e usuários permanentes.

Devem sempre atender os objetivos e diretrizes estabelecidos em planos participativos, e atender ao interesse público e à f u n ç ão s o c i a l d a p ro p r i e d ad e u r b a n a , articulando um conjunto de intervenções coordenadas pelo poder público.

#8

Áreas Especiais de Habitação de Interesse Social

Através de critérios diferenciados para regularização fundiária de assentamentos precários, as ZEIS buscam: A inclusão de parcelas marginalizadas da cidade; A introdução de serviços e infraestrutura urbanos nos locais em que antes não chegavam; Aumentar a arrecadação do município; Aumentar a ofer ta de terras para os mercados urbanos de baixa renda.


MACRO Macro Planejamento

PLANO de edificações Adensamento e Ocupação PLANO de edificações Qualificação e Uso

PLANO de edificações Nós Aglutinadores 2

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PLANO de mobilidade Transporte Coletivo

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PLANO de mobilidade Rotas Cicláveis

PLANO de áreas verdes Parques e Parkways 65


Macro Planejamento

PLANO de edificações Adensamento e Ocupação N

Incentivar a ocupação Incentivar o adensamento Desaceleração de densidade

A proposta visa viabilizar o adensamento médio, permitindo o concentração de pessoas, moradia e trabalho em uma região (de infraestrutura compatível), reduzindo os percursos diários. Frente o adensamento alto, que sobrecarrega a infraestrutura viária, compromete a mobilidade urbana, a permeabilidade do solo e a qualidade dos espaços públicos; e o baixo adensamento que encarece o preço

0

500

1500

2500m

Macroplano: Adensamento e Ocupação dos serviços urbanos; o adensamento médio é discutido como uma forma coerente de ocupação. Em áreas altamente adensadas é posposta a desaceleração de densidade; em áreas infraestruturadas, que apresentam um grande número de vazios urbanos é proposto o incentivo à ocupação; em áreas de infraestrutura qualificada e multiplicidade de usos é proposto o adensamento.


Macro Planejamento

PLANO de edificações Qualificação e Uso N

Incentivar uso misto Incentivar economia criativa Incentivar fachadas ativas, uso noturno Incentivar atividades culturais Incentivar criação de áreas de lazer e convívio

Os pilares do plano de qualificação e uso são a valorização dos pontos de encontro e o estímulo à ambientes criativos; de maneira geral, promover a dinamização do espaço urbano, estimulando o uso misto, a economia criativa, as fachadas ativas, o uso noturno, as atividades culturais e de lazer. Estas medias almejam a criação de um espaço mais justo, seguro e interessante.

0

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2500m

Macroplano: Qualificação e Uso do Solo Uso misto: em predominâncias residenciais; Economia criativa: em espaços com potencial econômico artístico e cultural; Fachadas ativas/ uso noturno: em áreas comerciais, inseguras, sem uso noturno; Atividades culturais: em áreas com pouca oferta cultural; Áreas de lazer e convívio: em áreas com poucos espaços públicos. 67


Macro Planejamento

PLANO de edificações Nós Aglutinadores N

Praça do Trabalhador

Feira da Marreta

Local: praça Modalidade: cultura

Local: espaço público degradado Modalidade: múltiplo

Parque Botafogo

Praça da Bíblia: Term. Praça da Bíblia

Local: parque Modalidade: múltiplo

Local: praça/ terminal Modalidade: cultura

Teatro Inacabado

Praça Universitária

Local: espaço público degradado Modalidade: ateliê

Local: praça Modalidade: múltiplo

Mercado Aberto

Cepal

Local: espaço público degradado Modalidade: múltiplo

Local: espaço público degradado Modalidade: economia

Praça Tamandaré

Praça do Cruzeiro

Local: praça Modalidade: cultura

Local: praça Modalidade: múltiplo

Vazio urbano Av. 136 Local: vazio urbano Modalidade: convívio

Vazio urbano Av. A Local: vazio urbano Modalidade: ateliê

Parque Areião

Vazio Urbano Av. Jamel Cecílio

Local: parque Modalidade: múltiplo

Local: vazio urbano Modalidade: cultura

Vazio urbano Term. Isidória

Praça do Esporte Local: praça Modalidade: ateliê

Local: terminal Modalidade: cultura

Jardim Botânico Local: parque Modalidade: múltiplo

0

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2500m

Macroplano: Nós Aglutinadores A proposta de nós aglutinadores parte da teoria da teia urbana, que descreve os nós como pontos que atraem pessoas na cidade; e da acupuntura urbana, termo utilizado para intervenções de pequena escala que possuem a capacidade de criar ou iniciar a regeneração espaços ociosos. Os nós são propostos como edifícios móveis, mutáveis e agenciáveis, criados a partir de estruturas de

containers. As funções abrigadas são diversificadas, de acordo com as necessidades e vocações da área, e podem ser alteradas com o tempo; as modalidades são cultura, economia, convívio, ateliê e múltiplo. Foram propostos 17 nós aglutinadores, localizados em: praças, parques, espaços públicos degradados, vazios urbanos, próximos à terminais; em que o uso pode ser estimulado, dinamizado ou criado.


2

1

Macro Planejamento

1

3

PLANO de mobilidade Transporte Coletivo N

Integração: Term. Rodoviário Integração: Term. Pç. da Bíblia

Conexão: Praça Cívica

Integração: Term. Isidória Linha Rosa: VLT Linha Amarela: BRT Linha Azul: Ônibus Linha Roxa: Ônibus Linha Vermelha: Ônibus Ponto de Integração

O plano de transporte coletivo pretende compor a RMTC (Rede Metropolitana de Transporte Coletivo), integrando os projetos do VLT, BRT. Para a organização do sistema é utilizado o esquema de linhas e cores, facilitando a compreensão do usuário. Foram propostas três novas rotas de ônibus circulares (Linha Azul, Linha Roxa e Linha Vermelha), conectando os parques, nós aglutinadores e as atuais

0

500

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2500m

Macroplano: Transporte Coletivo principais linhas de transporte público: (Linha Rosa: Eixo Anhanguera, futuro VLT e Linha Amarela: Eixo Goiás, futuro BRT). Os pontos nas linhas representam as estações de transporte coletivo: nas três novas rotas e as já definidas nos projetos do VLT e BRT. O pontos de integração entre as linhas possibilitam a circulação do usuário por toda a rede com o pagamento de uma única passagem. 69


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PLANO de mobilidade Rotas Cicláveis

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Macro Planejamento

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Rota Ciclável Existente Rota Ciclável Proposta E

Paraciclo

O plano cicloviário foi proposto com a finalidade de compor a malha cicloviária existente em Goiânia. As rotas ligam os nós, áreas verdes, os principais parques e praças. São locados paraciclos nos nós aglutinadores e nos pontos de integração das rotas de transporte público, possibilitando a integração modal. As rotas cicláveis existentes e propostas, possuem subdivisões que devem ser adotadas em projeto,

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0

500

1500

2500m

Macroplano: Rotas Cicláveis de acordo com as características das vias. Ciclovia: rota segregada da via; unidirecional: largura mínima de 1,20m; bidirecional: largura mínima de 2,50m. Ciclofaixa: faixa pintada na via; unidirecional: largura mínima de 1,20m; bidirecional: largura mínima de 2,50m. Ciclorrota: caminho sinalizado para ciclistas, rotas de velocidade reduzida recomendada para trajetos cicloviários.


Macro Planejamento

PLANO de áreas verdes Parques e Parkways N

Proposta: Parque Linear Córrego Capim Puba Parque Botafogo

Bosque dos Butiris

Proposta: Parque Linear Córrego Botafogo

Lago das Rosas

Proposta: Parque Linear Córrego Sumidouro

Proposta: Parque Linear Córrego Areião

Parque Flamboyant

Parque Areião

Parque Existente Praça Existente Proposta Parque Linear

Jardim Botânico

Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) Parque linear estruturante Parque linear secundário Proposta Parkway

A plano de áreas verdes visa a conexão dos parques existentes, através da criação de parkways e parques lineares nos fundos de vale. A proposta parte de um parque linear estruturante, ao longo do Córrego Botafogo, atualmente isolado pelas pistas da Marginal Botafogo, e integra demais parques por meio da criação de parques lineares secundários, nos fundos de vale dos córregos adjacentes, (Capim Puba, Areião, Sumidouro).

0

500

1500

2500m

Macroplano: Parques e Parkways As parkways determinam vias de infraestrutura verde, bem arborizadas, que interligam as principais praças e parques, funcionando como corredores ecológicos. Em quadras de baixa ocupação são propostas ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social), para abrigar as famílias remanejadas de áreas de proteção ambiental, áreas de risco e habitações precárias, para habitações coletivas em áreas próximas. 71


#2

ZONEAMENTO e intenções específicas

ÁREA 1

N

BA

M

Praça do Trabalhador Local: praça Modalidade: cultura

I AP .C

PU

1

R

CO

2

Local: espaço público degradado Modalidade: múltiplo

GO COR. BOTAFO

Teatro Inacabado

Mercado Aberto

3

Local: espaço público degradado Modalidade: ateliê

4

Praça Tamandaré Local: praça Modalidade: cultura

5

Praça do Cruzeiro AVLocal: praça . G múltiplo Modalidade: OIÁ S

Rota Ciclável

Ponto Ambiental (parques e praças)

Ponto Institucional (grandes equipamentos: hospitais e faculdades)

Caminho para Pedestre

Ponto Criativo (espaços de cultura, memória urbana e economia criativa)

Patrimônio (patrimônio histórico tombado)

Nó aglutinador

A área 1 é caracterizada por agrupar uma série de bairros de infraestrutura consolidada, sua extensão é delimitada pelos córregos Capim Puba e Botafogo. A proposta visa a criação de uma rede de mobilidade ativa, formada por rotas cicloviárias e caminhos para pedestre (dotados de acessibilidade, paginação de piso, iluminação e um sistema informativo). Os pontos demarcados no mapa representam espaços que atraem um grande número de pessoas, por meio da conexão destes pontos a ideia é que a

0

250

750

1500m

Zoneamento: Área 1

rede instigue a caminhada e as formas ativas de locomoção, tecendo caminhos interessantes e qualificados. Pela quantidade significativa de pontos patrimoniais e de memória na área, os caminhos visam que o usuário explore a região e ocupe os espaços, agindo em função da memória urbana e da legibilidade da cidade. A associação entre as intenções específicas e os macroplanos delibera uma saída para os principais problemas urbanos apresentados na área.


ÁREA 1 Poluição visual; Patrimônio histórico; Abandono do centro; Risco ambiental nos córregos; Economia criativa; Uso misto; Infraestrutura consolidada.

Intenções específicas : Nós Área 1 Visa criar ou iniciar a regeneração de espaços ociosos com a implantação de catalisadores na área ou proximidades. Os nós aglutinadores são edifícios móveis, agenciáveis, de uso mutável, com função social, criados a partir de estruturas de containers. De acordo com a vocação da área 1, foram propostos: 1

Fig. 29 | Estação Ferroviária, Praça do Trabalhador, Goiânia Fonte: Fernando Stankuns

Local: Praça do Trabalhador Modalidade: Cultura Uso: Museu Art Déco, eventos e manifestações populares Proposta: Agregar uso à Praça do Trabalhador, associando a proposta aos novos usos da Estação Ferroviária, atualmente em reforma. 2

Fig. 30 | Mercado Aberto, Av. Paranaíba, Goiânia Fonte: Prefeitura de Goiânia

Mercado Aberto

Local: Mercado Aberto Modalidade: Economia Uso: Pavilhão gastronômico Proposta: Transformar o espaço do mercado em uma praça, com espaço para abrigar os comerciantes, incentivar a utilização do espaço com a criação de um nó de uso gastronômico. 3

Fig. 31 | Teatro Inacabado, Goiânia Fonte: Eulices Maria

Praça do Trabalhador

Teatro Inacabado

Local: Lote lindeiro ao Teatro Inacabado Modalidade: Ateliê Uso: Ateliê de teatro Proposta: Fornecer apoio ao prédio do teatro na transformação deste espaço em um ateliê de ensino de teatro. 4

Praça Tamandaré

Local: Praça Tamandaré Modalidade: Cultura Uso: Biblioteca Proposta: Dotar a praça de uma pequena biblioteca para utilização da população. Fig. 32 | Praça Tamandaré, Goiânia Fonte: Portal Dia Online

5

Fig. 33 | Praça do Cruzeiro, Goiânia Fonte: Prefeitura de Goiânia

Praça do Cruzeiro

Local: Praça do Cruzeiro Modalidade: Múltiplo (cultura e lazer) Uso: Pavilhão interativo e midiateca. Proposta: Criar faixas de pedestre de pedestre elevadas para aumentar a acessibilidade à praça, propor atividades culturais e interativas para incentivar o uso do espaço.

73


#2

ZONEAMENTO e intenções específicas

ÁREA 2 N

1

Feira da Marreta Local: espaço público degradado Modalidade: múltiplo

2

Parque Botafogo Local: parque Modalidade: múltiplo

Praça da Bíblia: Terminal Praça da Bíblia

3

Local: praça/ terminal Modalidade: cultura

Praça Universitária

4

Local: praça Modalidade: múltiplo

Rota Ciclável

Ponto Ambiental (parques e praças)

Ponto Institucional (grandes equipamentos: hospitais e faculdades)

Caminho para Pedestre

Ponto Criativo (espaços de cultura, memória urbana e economia criativa)

Patrimônio (patrimônio histórico tombado)

Nó aglutinador

A área 2 é caracterizada por concentrar uma quantidade considerável de equipamentos de saúde e educação de abrangência regional, são eles hospitais, faculdades e universidades, agrupados, em sua maioria, no entorno da Praça Universitária. Associados às características da área, os principais problemas são a falta de sinalização e informação dos equipamentos e a deteorização das calçadas. Além disso, também foram levantadas áreas de risco ambiental no Córrego Botafogo.

0

250

750

1500m

Zoneamento: Área 2

A proposta de intenções específicas visa criar uma rede de mobilidade ativa, devidamente sinalizada, permitindo e qualificando a circulação dos usuários dos equipamentos, estudantes e moradores da região. As rotas ligam os principais pontos institucionais, nós e pontos ambientais, representados por pequenas praças que se espalham pelo tecido urbano dos bairros. A localização dos nós aglutinadores visam novas propostas de utilização, incentivando o uso e a vivacidade dos espaços.


ÁREA 2 Alta concentração de equipamentos de saúde e educação; Uso misto; Deterioração das calçadas; Infraestrutura cosolidada.

Intenções específicas : Nós Área 2 Visa criar ou iniciar a regeneração de espaços ociosos com a implantação de catalisadores na área ou proximidades. Os nós aglutinadores são edifícios móveis, agenciáveis, de uso mutável, com função social, criados a partir de estruturas de containers. De acordo com a vocação da área 2 foram propostos: 1

Feira da Marreta

Local: Parte da ferrovia abandonada onde acontece a Feira da Marreta Modalidade: Múltiplo (economia e lazer) Uso: Pavilhão interativo, apoio à feira excêntrica Proposta: Transformar a área da ferrovia em que acontece a feira em uma praça pública, com um nó que incentive a utilização do espaço. Fig. 35 | Feira da Marreta Fonte: Jornal O Popular

2

Fig. 35 | Parque Botafogo Fonte: Terral Incorporadora

Parque Botafogo

Local: Parque Botafogo Modalidade: Múltiplo (ateliê e lazer) Uso: Pavilhão interativo e ateliê de estudo de técnicas artísticas Proposta: Um nó que incentive a visitação do parque, com a criação de um pavilhão interativo com espaço para a realização de aulas voltadas à arte.

3

Praça da Bíblia

Local: Praça da Bíblia Modalidade: Cultura Uso: Biblioteca Proposta: Pequena biblioteca na Praça da Bíblia, voltada para os usuários do terminal, associando a cultura ao transporte coletivo. Fig. 36 | Praça da Bíblia Fonte: Prefeitura de Goiânia

4

Praça Universitária

Local: Praça Universitária Modalidade: Múltiplo (cultura e lazer) Uso: Pavilhão interativo e espaço para manifestações artísticas Proposta: Incentivar a utilização da Praça U n i v e r s i t á r i a c o m o e s p a ç o d e l a ze r, incentivando a produção cultural urbana. Fig. 37 | Praça Universitária, Goiânia Fonte: Lá do Alto

75


#2

ZONEAMENTO e intenções específicas

ÁREA 3 N

1

Cepal Local: espaço público degradado Modalidade: economia

2 3

4

Vazio urbano Av. 136 Local: vazio urbano Modalidade: convívio

Vazio urbano Av. A

Vazio Urbano Av. Jamel Cecílio

Local: vazio urbano Modalidade: ateliê

Local: vazio urbano Modalidade: cultura

Rota Ciclável

Ponto Ambiental (parques e praças)

Ponto Institucional (grandes equipamentos: hospitais e faculdades)

Caminho para Pedestre

Ponto Criativo (espaços de cultura, memória urbana e economia criativa)

Patrimônio (patrimônio histórico tombado)

Nó aglutinador

A área 3 é caracterizada por possuir inúmeros pontos de atração e geração de tráfego, como centralidades e vias de comércio consolidado. Os bairros possuem possuem pouca ou nenhuma oferta de espaços com atividades culturais . Assim como os problemas no tráfego; as ocupações em áreas de risco ambiental no Córrego Botafogo e o abandono e desinteresse pelas áreas verdes no Setor Sul representam uma adversidade na ocupação do espaço urbano.

0

250

750

1500m

Zoneamento: Área 3

Dentre as potencialidades da área destacam-se espaços com vivacidade noturna, a infraestrutura consolidada e a oferta de extensas áreas com potencial ambiental e paisagístico ao longo do Córrego Botafogo. A proposta de intenções específicas visa criar uma rede de mobilidade ativa, que ligue o parque proposto à área em geral, permeando por espaços em desuso, como as vielas do Setor Sul, incentivando e atraindo a população para ocupar e transformar esses espaços públicos.


ÁREA 3 Problemas no tráfego; Áreas verdes abandonadas; Vias de comércio consolidado; Vivacidade noturna; Infraestrutura consolidada.

Intenções específicas : Nós Área 3 Visa criar ou iniciar a regeneração de espaços ociosos com a implantação de catalisadores na área ou proximidades. Os nós aglutinadores são edifícios móveis, agenciáveis, de uso mutável, com função social, criados a partir de estruturas de containers. De acordo com a vocação da área 3 foram propostos: 1

Cepal

Local: Próximo ao Cepal, no parque proposto Modalidade: Economia Uso: Feira gastronômica e suporte ao Cepal Proposta: Revitalização do Cepal, aliada ao macroplano de áreas verdes e proposta de nó que estimule o uso da área economicamente. Fig. 38 | Cepal, Goiânia Fonte: Curta Mais

2

Vazio Urbano Av. A

Local: Vazio urbano Av. A Modalidade: Ateliê Uso: Ateliê de dança Proposta: Incentivar a ocupação do vazio urbano temporariamente, com um nó que possibilite o ensino de dança. Fig. 39 | Vazio urbano Av. A, Goiânia Fonte: Autora

3

Vazio Urbano Av. 136

Local: Vazio urbano Av. 136 Modalidade: Convívio Uso: Pavilhão interativo Proposta: Criação de um espaço de convívio para ocupar e promover uso temporário no vazio urbano. Fig. 40 | Vazio urbano Av. 136, Goiânia Fonte: Autora

4

Vazio Urbano Av. Jamel Cecílio

Local: Vazio urbano Av. Jamel Cecílio Modalidade: Ateliê Uso: Ateliê de arte urbana Proposta: Ocupar temporariamente o vazio urbano, sem função social na cidade, com um ateliê que promova o ensino de arte urbana. Fig. 41 | Vazio urbano Av. Jamel Cecílio, Goiânia Fonte: Autora

77


#2

ZONEAMENTO e intenções específicas

ÁREA 4 N

Parque Areião

1 2

Praça do Esporte

Local: parque Modalidade: múltiplo

Local: praça Modalidade: ateliê

Vazio urbano Terminal Isidória

3

Local: terminal Modalidade: cultura

4

Jardim Botânico Local: parque Modalidade: múltiplo

Rota Ciclável

Ponto Ambiental (parques e praças)

Ponto Institucional (grandes equipamentos: hospitais e faculdades)

Caminho para Pedestre

Ponto Criativo (espaços de cultura, memória urbana e economia criativa)

Patrimônio (patrimônio histórico tombado)

Nó aglutinador

A área 4 é caracterizada por situar bairros mais afastados do centro urbano, de predominância residencial, partes deles permeados por um grande número de lotes vagos, como o entorno do Jardim Botânico. Os espaços públicos de convívio são poucos e, em sua maioria, pouco utilizados, a maior carência da região é pontuada na falta de domínios públicos voltados à cultura. O localização do terminal Isidória, assim como as vias bem estruturadas e os parques de vegetação

0

250

750

1500m

Zoneamento: Área 4

preservada são grandes potenciais da área. Aliada ao macroplanejamento, que propõe uma rede de áreas verdes e o adensamento de partes da malha urbana, as intenções específicas visam criar uma rede de mobilidade ativa, que incentive a ocupação dos parques, espaços públicos e facilite a integração do terminal de transporte coletivo às demais formas de deslocamento. A proposta de nós visa incentivar a ocupação dos parques e aumentar a oferta de atividades culturais.


ÁREA 4 Áreas de risco ambiental no córrego Botafogo; Carência de espaços culturais; Grandes parques; Potencial paisagístico; Vivacidade noturna na parte oeste.

Intenções específicas : Nós Área 4 Visa criar ou iniciar a regeneração de espaços ociosos com a implantação de catalisadores na área ou proximidades. Os nós aglutinadores são edifícios móveis, agenciáveis, de uso mutável, com função social, criados a partir de estruturas de containers. De acordo com a vocação da área 4, foram propostos: 1

Parque Areião

Local: Parque Areião Modalidade: Múltiplo Uso: Pavilhão interativo e ateliê de artes visuais Proposta: Incentivar a utilização do parque e criar um espaço que possibilite o estudo de artes visuais . Fig. 42 | Parque Areião, Goiânia Fonte: Trip Advisor

2

Fig. 43 | Praça do Esporte, Goiânia Fonte: Mais Goiás

Local: Praça do Esporte Modalidade: Ateliê Uso: Ateliê esportivo Proposta: Requalificar o espaço propondo um nó de apoio à praça, atualmente abandonada, propondo que esta se torne um equipamento educacional.

3

Fig. 44 | Vazio Urbano Terminal Isidória, Goiânia Fonte: Autora

Praça do Esporte

Vazio Urbano Terminal Isidória

Local: Vazio próximo ao terminal Isidória Modalidade: Cultura Uso: Biblioteca Proposta: Aliar cultura e transporte coletivo, promovendo o acesso à biblioteca pelos usuários do terminal e propondo a ocupação do vazio urbano.

4

Jardim Botânico

Local: Parque Jardim Botânico Modalidade: Múltiplo (ateliê e cultura) Uso: Ateliê de botânica e eventos culturais Proposta: Incentivar a utilização do parque e sua utilização como jardim botânico, com nó que possibilite o estudo de botânica e possua espaço para sediar eventos culturais. Fig. 45 | Jardim Botânico, Goiânia Fonte: Curta Mais

79


#3

Proposta aplicada à QUATRO situações

RECORTE 1

Localizado em um bairro consolidado (Setor Central), cortado pelas avenidas Paranaíba, Anhanguera e Goiás, possui um número considerável de pontos de memória urbana, patrimônio histórico e atividades culturais.

Eixo Azul: Ônibus circular Caminhos para Pedestre Criação de circuitos dotados de forte identidade visual; com proposta de paginação de piso, iluminação, arborização e sinalização adequadas. AV .G

Nó Mercado Aberto

OIÁ S

Estacionamentos Lotes subutilizados com estacionamentos privados devem ser ocupados por edifícios de uso misto, habitaç ão coletiva ou catalisadores de atividades culturais.

Eixo Rosa: VLT

AV . PA RA

NA

ÍBA

Proposta de implantação de nó com atividades econômicas, ocupando o atual espaço da feira do Mercado Aberto e propondo a criação de uma praça pública, neste espaço que hoje encontra-se em desuso.


Zoneamento: Área 1

Proposta: Recorte 1 N

0 50

150

300m

Praça Paranaíba Transformação do mercado aberto em uma praça pública, com proposta paisagísticas e atividades econômicas criativas.

Vielas

Eixo Amarelo: BRT

AV .A

NH AN

GU ER

A

Nas vielas atualmente utilizadas como estacionamento, é proposta a criação de p ra ç a s , á re a s v e rd e s , e s p a ç o s d e convivência e atividades culturais.

Rota ciclável

81


#3

Proposta aplicada à QUATRO situações

RECORTE 2

Localizado em um bairro consolidado (Setor Universitário), cortado pelas vias Av. Universitária, 1 a Avenida e 5 a Avenida, possui um número considerável de equipamentos de atendimento regional (hospitais e faculdades).

a

5

E AV DA

NI

Equipamentos

NI

VE 1A

a

DA

Nó Praça Universitária Proposta de implantação de um nó com atividades múltiplas, cultura e convívio, para fomentar a utilização d a P ra ç a U n i v e r s i t á r i a e d o s equipamentos lá existentes.

Eixo Roxo: Ônibus circular

A

I ITÁR

UN AV.

RS IVE


Zoneamento: Área 2

Proposta: Recorte 2 N

0 50

150

300m

Rota ciclável

Caminhos para Pedestre Criação de caminhos dotados de completa sinalização para orientar a população que chega até ess a área em bus c a dos equipamentos. Atribuir infraestrutura adequada (iluminação, totens informativos) às rotas de pedestres para qualificar a circulação de estudantes, visitantes e moradores.

83


#3

Proposta aplicada à QUATRO situações

RECORTE 3

Localizado entre os bairros Setor Sul e Jardim Goiás, cortado pelas vias Av. Fued José Sebba, Avenida D, Avenida A e Marginal Botafogo, possui vazios urbanos, ocupações em fundos de vale e áreas públicas abandonadas.

Parque Sumaúma Proposta de criação de um parque linear nas margens do Córrego Botafogo a partir d e m éto d o s d e d re n ag e m u r ba n a , remanejamneoto da população residente na APP e renaturalização do fundo de vale.

ZEIS (Zona Especial de Interesse Social): vazios urbanos destinados à reloc aç ão da população em áreas de risco ambiental e implantação de habitações de interesse social.

Eixo Roxo: Ônibus circular

Áreas Verdes Incentivo ao uso e requalificação das áreas verdes abandonadas do Setor Sul com a implantação de jardins, arborização e espaços para atividades coletivas.

BBA

SÉ SE

ED JO AV. FU


Zoneamento: Área 3

Proposta: Recorte 3 N

0 50

150

300m

Rota ciclável Nó CEPAL Proposta de implantação de nó com atividades econômicas que fomentem a utilização do CEPAL e do parque proposto.

MA

RG

INA

LB

OT AF OG

Edificações em APP O

Retirada da população residente nas APP’s e áreas de risco ambiental, com remanejamento para habitações de interesse social em ZEIS.

Eixo Vermelho: Ônibus circular IDA A AVEN

85


#3

Proposta aplicada à QUATRO situações Localizado no Setor Pedro Ludovico, abriga um terminal de transporte coletivo (Terminal Isidória), as áreas verdes são pouco utilizadas e não existem espaços para atividades culturais.

RECORTE 4

Caminhos para Pedestre Criação de circuitos dotados de forte identidade visual; com proposta de paginação de piso, iluminação, arborização e sinalização adequadas.

Rota ciclável

AV. 1 a RA D

IAL

Praças Incentivo à utilização das praças existentes no recor te com o incentivo de pequenos projetos paisagísticos e atividades culturais.

Subutilização L

a RADIA AV. 4

AV. 2 a RA

DIAL

DIAL

AV. 3 a RA

Remanejamento de edificações subutilizadas e e estacionamentos privados.


Zoneamento: Área 4

Proposta: Recorte 4 N

0 50

150

300m

Escola Pública

Nó Praça do Esporte Requalificação da área e implantação de um nó ateliê esportivo, que atue em parceria com o espaço na formação de jovens atletas e na prática de esportes pela população.

Nó Terminal Isidória Proposta de implantação de nó, em um vazio urbano próximo ao Terminal Isidória, com atividades culturais e biblioteca, para a população local e usuários do terminal.

Eixo Vermelho: Ônibus circular

87


#4

DESENHOS e detalhes, aplicados aos edifícios, vias e áreas verdes 1

2

Parque Linear Implantação de parque linear ao longo do córrego, reprimindo a via expressa e realocando as famílias em área de risco e APP. Chamado de Parque Sumaúma, em homenagem à árvore utilizada como inspiração no desenho do parque; o parque tem como programa geral: Conexões viárias; requalific aç ão ambiental; passeios; ciclovia; opções de lazer e áreas de conforto público.

N

3

4 4

4

3

0

50

150

300m

Implantação: Intervenção urbano-paisagística


Intervenção Recorte 3

RU A

24 3

Com o propósito de demonstrar formas de aplicação dos princípios urbanos, macroplanos e intenções específicas, o recorte 3 foi selecionado como exemplo de situação proposta, para análise aprofundada da implantação da Teia Urbana.

1

JO AV. F SÉ UE SE D BB A

6 A8 RU

Cepal

Vias e Cruzamentos A fim de res olver a situaç ão conflituos a atualmente encontrada na Praça Genaro Maltês, foi proposta a implantação de uma trincheira, priorizando a circulação no sentido mais requisitado, leste-oeste (Rua 243 - Rua 86). A Av. Fued José Sebba, assim como as outras que cruzam o córrego, foram elevadas, com a utilização de viadutos.

Quadra poliesportiva

2

Nó Aglutinador

Cepal - Nó Aglutinador É proposta a requalificação do Cepal como área de lazer público integrado ao parque com espaço para acomodar feiras. O nó de uso gastronômico prevê l ayo u t c o m p a r t i m e nt a d o, p a ra hospedar provisoriamente produtores locais e cozinheiros; renovados ao longo dos meses.

Horta urbana

Murais arte urbana

3

Áreas Verdes Abandonadas A requalificação das áreas verdes do Setor Sul é proposta através de uma intervenção que incentive a ocupação e apropriação do espaço, o programa estabelece: Ÿ Paisagismo marcante (caminho das flores); Ÿ Locais para práticas de esportes; Ÿ Murais de arte urbana nos muros internos das vielas; Ÿ Horta urbana; Ÿ Caminhos para pedestres; Ÿ Ciclovia.

4

ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social) A criação de uma área de interesse social próxima ao parque, para a realocação das famílias desapropriadas, visa garantir seu acesso à moradia de qualidade, serviços públicos e áreas de lazer. No Recorte 3 foram desapropriadas 168 famílias; as habitações planejadas ultrapassam essa quantidade, abrigando famílias realocadas de outras partes da macroárea. Ÿ Edifícios de 4 pavimentos; Ÿ Unidades de 60 e 80m²; Ÿ Total de 704 unidades. 89


PAISAGEM Paisagem Urbana

Passeio das Flores Proposta paisagística para as vielas do Setor Sul, com a implantação de espécies com florações diversas; criação de caminhos para pedestre, ciclovias, murais de arte urbana, espaços esportivos e hortas urbanas comunitárias; incentivando o passeio e o sentimento de comunidade para a ocupação do espaço.

1

RUA 112 RUA 115

RUA 112

1 RUA 115

2

Parque Sumaúma Parque linear proposto ao longo do Córrego Botafogo, em que nas faixas lindeiras ao manancial planeja-se a recuperação do perfil natural do córrego, com vegetação de mata de galeria e espécies do cerrado. Em áreas maiores propõe-se a criação de uma Mata de Gigantes, com árvores brasileiras de grande porte, em maioria naturais da Floresta Amazônica e Mata Atlântic a , c apazes de aumentar significativamente a umidade do ar.


3

Córrego Botafogo Com supressão da Marginal Botafogo e a divisão do fluxo de veículos entre as vias lindeiras, Rua 115 e Rua 21; planejase a recuperação do perfil natural do córrego, com a criação de um parque linear acompanhando o curso d’água. Visando sanar problemas ambientais e estruturais relacionados a drenagem urbana ao longo do recorte são planejados dois lagos que, além de

elemento paisagístico, funcionariam como bacia de detenção/ infiltração, em que parte da lâmina de água fica permanentemente alagada e é criado um declive extra, para que em caso de aumento do escoamento, a água seja temporariamente retida e infiltre lentamente no s olo, prevenindo enchentes e a sobrecarga do sistema de drenagem .

RUA 22 MARGINAL BOTAFOGO

MARGINAL BOTAFOGO

RUA 21

0

10

30

60m

Perfil atual: Marginal Botafogo

RUA 22

2

RUA 21

3

Habitação Coletiva (ZEIS) As Zonas Especiais de Interesse Social, destinadas às famílias realocadas, foram propostas como módulos pré fabricados em concreto, empilhados em um ritmo de cheios e vazios. A locação na quadra foi proposta de forma a criar áreas sociais entre os edifícios.

4

0

10

30

60m

Perfil proposto: Parque Samaúma

4

91


Cenário Ambiental

PAISAGISMO N

Área de proteção permanente (APP)

Mata de Gigantes

APP’s (Área de Proteção Permanente) PLANO DIRETOR DE GOIÂNIA DE 2007 Lei comp. n. 171, de 29 de maio de 2007, Art. 106, 1: "No Município de Goiânia consideram-se Áreas de Preservação Permanente – APP’s: a) as faixas bilaterais contíguas aos cursos d’água temporários e permanentes, com largura mínima de 50m (cinquenta metros), a partir das margens ou cota de inundação para todos os córregos..."

Implantação: Zoneamento Ambiental

Zona de Restauração Ecológica Trata-se da intervenção humana intencional em ecossistemas degradados ou alterados, para desencadear, facilitar ou acelerar o processo natural de sucessão ecológica. A restauração ecológica em ambientes savânicos degradados com dominância de espécies exóticas é feito por meio da redução ou eliminação dessas espécies, reintroduzindo nativas. No bioma cerrado, a fitofisionomia característica do entorno de córregos e pequenos cursos d’água é a mata de galeria.

Mata de Gigantes O partido paisagístico predominante ao longo da extensão do Parque Sumaúma foi apelidado de Mata de Gigantes; trata-se de uma proposta experimental de arborização, que, pela proximidade do centro e áreas altamente pavimentadas, visa o aumento da umidade do ar e a diminuição da temperatura média, além da melhoria de diversos condicionantes ambientais e climáticos. A principal característica das espécies escolhidas, provenientes majoritariamente dos biomas Amazônia e Mata Atlântica, é a eminente altura atingida pelas árvores. Dentre as funções ambientais essenciais desses ecossistemas estão: a preservação dos recursos hídricos da região onde habitam e a grande produção de umidade por parte da vegetação através da evapotranspiração, que é a perda de água da vegetação para o meio ambiente em forma de transpiração ou evaporação.

Passeio das Flores A essência do Passeio das Flores é a introdução de espécies vegetais que gerem flores expressivas e coloridas. A intenção do paisagismo é a atração de visitantes, por curiosidade ou interesse, às vielas do Setor Sul, qualificando a estética local e associado aos outros usos propostos: caminhos para pedestre, ciclovias, espaços esportivos, murais de arte urbana e hortas urbanas comunitárias; seja capaz de incentivar o uso desse espaço. Na estética adotada, todas as ocorrências vegetais aplicadas à proposta: gramíneas, arbustos e árvores, possuem flores. As espécies são originarias de diversas regiões e c o m u m e nte u t i l i zad as e m p ro j eto s d e arborização urbana e paisagismo. As florações, fracionadas ao longo dos meses do ano, somadas às intervenções artísticas, são capazes de criar um ambiente em constante renovação.

Passeio das Flores

Bacia de retenção Zona de restauração ecológica

0

50

150

300m


Fig. 46 | esquerda Sumaúna Fonte: Ricardo Oliveira

Espécies: Mata de Gigantes

Fig. 47 | direita Caroba do mato Fonte: Cultura Mix Fig. 48 | direita Mata de araucárias Fonte: Viveiro Renascer

Caroba do mato

Fig. 50 | direita Peroba rosa Fonte: Árvores Brasil

Araucária

(Jacaranda copaia) Bioma: Amazônia Porte: 30 - 35m

(Araucaria angustifolia) Bioma: Mata de Araucária Porte: 20 - 50m

Peroba rosa

Mogno

Fig. 51 | direita Mogno Fonte: Pensamento Verde Fig. 52 | direita Jequitibá rosa Fonte: Luiis Augusto Fig. 53 | direita Castanha do pará Fonte: Turismo Rural MT

(Aspidosperma polyneuron) (Swietenia macrophylla) Bioma: Mata Atlântica Bioma: Amazônia Porte: 20 - 30m Porte: 20 - 30m

Fig. 54 | direita Quaresmeira Fonte: Alternativa Rural Fig. 55 | direita Ipê amarelo Fonte: Neomundo Fig. 56 | direita Jacarandá mimoso Fonte: Flores e Folhagens Fig. 57 | direita Resedá Fonte: Viveiro Chapecó Fig. 58 | direita Jasmim manga Fonte: Jardinagem e Paisagismo

Sumaúma

(Ceiba pentandra) Bioma: Amazônia Porte: 30 - 40m

Tronco: 80 - 160cm Jequitibá rosa Floração: agosto - setembro (Cariniana brasiliensis) Germinação: alta (50-79%) Bioma: Mata Atlântica Crescimento: muito rápido Porte: 30 - 50m

Castanha do pará

(Bertholletia excelsa) Bioma: Amazônia Porte: 30 - 50m

Espécies: Passeio das Flores

Fig. 59 | direita Triális Fonte: Igomak Flickr Fig. 60 | direita Escova de garrafa Fonte: Flores e Folhagens Fig. 61 | direita Pata de vaca Fonte: Plantei

Quaresmeira

Ipê amarelo

Jasmim manga

Triális

(Tibouchina granulosa) (Handroanthus albus) Floração: dezembro - março Floração: julho - setembro Porte: 8 - 12m Porte: 20 - 30m

(Plumeria rubra) (Galphimia brasiliensis) Floração: setem. - dezembro Floração: ano todo Porte: 4 - 6m Porte: 1,2 - 2m

Jacarandá mimoso

(Jacaranda mimosifolia) Floração: março - junho Porte: 10 - 15m

Escova de garrafa

(Callistemon spp) Floração: ano todo Porte: 3 - 7m

Resedá

( Lagerstroemia indica) Floração: novemb. - janeiro Porte: 5 - 9m

Pata de vaca

(Bauhinia variegata) Floração: agost. - dezembro Porte: 6 - 12m 93


Sistema Viário

MOBILIDADE Rua compartilhada de desaceleração Pavimentação em blocos de concreto.

Caminho para pedestres Paginação de piso modular, com proposta artística identidade visual. Faixa elevada Acesso viela Setor Sul

0

3

9

18m

Perfil viário Rua 115: Corte B Ponto de ônibus Caminho para pedestres Paginação de piso modular, com proposta artística identidade visual. Ciclovia unidirecional Faixa elevada

0

3

9

18m

Perfil viário Av. Fued José Seba: Corte A


N

Ponto de ônibus

A

B

N

A

B

AV . FU

ED

JO

ED

SE

JO

BB

A

SE

BB

A

OG AF BOT

NID AD

AV E

RUA

RUA 115

NID AD

OG AF BOT

AV E

RUA

RUA 115

O

AV . FU

O

Circuito Pedestre

Linha roxa: ônibus AVE

AVE

NID AA

NID AA

Linha vermelha: ônibus

C

0

50

150

300m

Implantação: Transporte Coletivo

Ciclovia C

0

50

150

300m

Implanção: Mobilidade Ativa

Viaduto Via elevada sobre o Parque Sumaúma, permitindo que a continuidade do córrego. Ponte Ponte para pedestres sobre o Córrego Botafogo

Ciclovia unidirecional Caminho parque

0

3

9

18m

Perfil viário viaduto Avenida A: Corte C

95


Nó Aglutinador Cepal

CONTAINER Nó Aglutinador Os nós aglutinadores são pontos de atração de pessoas e atividades no tecido urbano, tratamse de pequenas intervenções pontuais que tem a capacidade de criar ou iniciar a regeneração de espaços ociosos. Sua instalação é proposta próxima à espaços que não estejam desempenhando seu total potencial na cidade, seja pelo abandono, pela falta de identificação da população, pela especulação imobiliária, ou demais motivos. Dentre os locais escolhidos para hospedar os nós estão: praças, parques, espaços públicos degradados, vazios urbanos, próximos à terminais. A função desempenhada no nó é implantada de acordo com as necessidades e vocações da área, e podem ser alteradas ao longo do tempo, de acordo com a adequação ao local e apropriação por parte da população. As modalidades e usos incluem: cultura (museu, biblioteca, exposições itinerantes, eventos e apresentações); economia (feira, galeria para indústrias criativas, espaço gastronômico); convívio (pavilhão interativo, lazer, descanso, jogos); ateliê (estudos, oficinas e cursos em áreas diversas) e múltiplo (funções em múltiplas categorias).

Forma, estrutura e materialidade Os nós são planejados como edifícios móveis, mutáveis e agenciáveis, a estrutura proposta para atender essas características é o container. A construção em container pode ser executada de forma rápida e limpa, é um módulo préfabricado em metal, os fechamentos podem ser substituídos de acordo com a intenção do projeto. A possibilidade de reutilização de containers e a diminuição de resíduos de obra tornam este material uma escolha de menor impacto ambiental. A implantação não exige grandes movimentações de terra, já que são apoiados por seis pontos estruturais, sobre bases de concreto, adaptáveis ao terreno. A estrutura permite o empilhamento de até 7 containers, e os módulos flexíveis permitem diferentes montagens e combinações, assim como sua portabilidade. Possibilidades de fechamentos

2,591m

20 pés

Medidas (padrão standart)

6,0 5

8m

Brise Solei

Placas de container

Vidro

Madeira

Jardim vertical

Drywall

8m

12,0

2,591m

40 pés

3 2,4

35

m

8m

3 2,4


Agenciamento A flexibilidade no agenciamento dos containers permite o atendimento de diferentes demandas de espaços e divisões. Suas características modulares e geométricas permitem múltiplas configurações de construção e montagem. A durabilidade do material empregado faz com que o container tenha uma longa vida útil, resistindo às intempéries, suportando grandes cargas, possibilitando a aplicação de outros tipos de fechamento e o transporte para um terreno distinto. Para o nó Cepal o agenciamento proposto utilizou 3 containers standart de 20 pés. A escolha dos módulos deu-se em função do propósito inicial previsto (uso gastronômico, para hospedar produtores locais e cozinheiros). Os containers foram dispostos no solo, de maneira que possam ser acessados facilmente pelos usuários.

Modulação Nó Cepal Containers: 3 standart 20 pés Área: 29,34m²/ container Área total: 88,02m² Modulação: 9 compartimentos de 9,78m²

97


As cidades precisam criar condições para as pessoas pensarem, planejarem e agirem com imaginação. LANDRY, Origens e Futuros da Cidade Criativa


6 bibliografia ALEXANDER, Christopher. A City is Not a Tree, Architectural Forum, 1965.

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99


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