REVISTA HORTIFRÚTI

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EDITORIAL

Diretora Financeira Joana D’ark Olímpio joana@revistacampoenegocios.com.br Diretora de Jornalismo Ana Maria Vieira Diniz - MTb 5.915MG anamaria@revistacampoenegocios.com.br Coordenador Executivo Fransérgio Almeida Leão fransergio@revistacampoenegocios.com.br

Jornalistas Editora: Miriam Lins Oliveira - MTb 10.165MG miriam@revistacampoenegocios.com.br Repórter: Luize Hess Brito - MTb 13.800MG luize@revistacampoenegocios.com.br Estagiária: Gabriella Leandro jornalismo@revistacampoenegocios.com.br Núcleo de Arte Aline Costa anuncio@revistacampoenegocios.com.br Assistentes Comerciais Karen Lorrayne karen@revistacampoenegocios.com.br Juliana Nunes Cézar juliana@revistacampoenegocios.com.br Comercial Renata Oliveira Tufi renata@revistacampoenegocios.com.br Departamento Financeiro Rose Mary de Castro Nunes financeiro@revistacampoenegocios.com.br Vanessa Paniago vanessa@revistacampoenegocios.com.br Revisor Rafael Abrahão de Sousa

Ano VIII Nº 109

- JUNHO 2014

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ma epidemia se alastrou entre as lavouras brasileiras. As hortaliças, que são cultivos mais sensíveis, foram as mais atingidas pelo vira-cabeça, que se tornou um pesadelo para muitos produtores. Só para você saber, vira-cabeça é o nome dado à doença causada por um complexo de vírus composto, principalmente, por quatro diferentes espécies de vírus denominados Tomato Spotted Wilt Virus (TSWV), Tomato Chlorotic Spot Virus (TCSV), Groundnut Ringspot Virus (GRSV) e Chrysanthemum Stem Necrotic Virus (CSNV), pertencentes ao gênero Tospovirus, família Bunyaviridae. São eles os responsáveis pelas perdas na produção de tomate, alface, pimentão, jiló, berinjela, cucurbitáceas, cubiu, em plantas ornamentais, em culturas de amendoim, fumo e em hospedeiras da vegetação espontânea. Então, qualquer tempo perdido pode ser prejuízo na certa. Assim, além de monitorar sua lavoura de pertinho, é preciso que você leia a matéria de capa dessa edição, que traz todas as informações que você precisa saber, de forma detalhada.

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Luíza Arlete Bittencourt luiza@revistacampoenegocios.com.br

• ISSN 2176-1191

(34) 3231-2800 Diretora Administrativa

Enquanto isso, no Informe Técnico é possível conferir novidades sobre a vagem, uma cultura que, apesar de estar listada entre as de pequeno porte, tem muito a agregar à sua rentabilidade. E não deixe de conferir também as novidades que trouxemos da Hortitec. Nossa equipe esteve por lá e trouxe tudo em primeira mão, para você não perder nada. Fique conosco, e até julho! Miriam Lins Oliveira Editora

Assinatura Beatriz Prado Lemos beatriz@revistacampoenegocios.com.br Daniela Martins Urias daniela@revistacampoenegocios.com.br Fabiana Felix fabiana@revistacampoenegocios.com.br Marília Gomes Nogueira marilia@revistacampoenegocios.com.br assinatura@revistacampoenegocios.com.br

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nesta edição

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Surto mundial de vira-cabeça exige controle

COMPO expõe na Hortitec Gotejo enterrado em tomate Enxofre melhora sabor da cebola Plantio de inverno exige híbridos O que você precisa saber da curva de absorção Manejo de produção do jiló

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Dalneem mostra solução biológica

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Hidroponia garante melhor pós-colheita

Informe Técnico da Vagem

Bacillus subtilis contra nematoides

50 52 54 56 58 60

Novo manejo da septoriose

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Balanço Hortitec

Ácidos húmicos aumentam enraizamento Desvendando o fosfito Novidades no controle do cancro cítrico Nitrato de potássio induz quebra de dormência As novidades do Cubiu

Organominerais têm mais benefícios Ozonização contra fitopatógenos Indutores de resistência contra doenças Avocado é mais nutritivo

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evento

COMPO

Presente no dia a dia do produtor

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COMPO é uma empresa alemã, com 50 anos, e produtora de fertilizantes especiais, presente na Europa, Ásia e América, tendo o Brasil em destaque no seu mercado de atuação, Geraldo Friedrich, gerente geral da COMPO nas Américas, relata que, quando a empresa iniciou suas atividades no Brasil, estava focada em fertilizantes foliares, mas evoluiu, com produtos especiais que vieram da Europa, e agora tem um portfólio amplo com vários produtos para diferentes cultivos. “Temos em nosso portfólio uma média de 60 itens, dentre os quais produtos solúveis e granulados, foliares e de lenta liberação. Os diferenciais da nossa linha são a qualidade e a tecnologia desenvolvida na Europa e na

Fotos: Ana Maria Diniz

A COMPO participou da Hortitec, mostrando sua linha de fertilizantes especiais. Os diferenciais da linha são a qualidade e a tecnologia desenvolvida na Europa e na América Latina

América Latina”, considera o gerente da empresa.

Evolução A agricultura, horticultura e silvicultura estão em fase constante de evolução no Brasil, e por isso requerem produtos especiais. Assim, a COMPO decidiu investir em fertilizantes cada vez mais eficazes, com tecnologia aprovada em outros países, incorporando-a aqui.

Temos em nosso portfólio uma média de 60 itens, dentre os quais produtos solúveis e granulados, foliares e de lenta liberação Divulgação Para o visitante da Hortitec, as tecnologias da COMPO cada vez mais tem ganhado força pelos resultados que apresentam no campo. Mas, Geraldo Friedrich faz questão de frisar que a empresa está no evento justamente para consolidar os resultados já conhecidos no exterior. “No Brasil é onde a COMNa Hortitec, a COMPO apresentou sua linha de fertilizantes especiais

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evento

Equipe COMPO presente na Hortitec 2014

PO tem mais força, devido à sua equipe grande, forte e dinâmica. Temos, inclusive, o apoio de um centro de pesquisas especializado na Europa, com técnicos em cada país, desenvolvendo pesquisas locais”, pontua. Ele exemplifica que, nacionalmente, a empresa tem um departamento técnico com três pessoas que continuamente fazem ensaios e testam os produtos, quanto à quantidade e forma de

aplicação, buscando a melhor forma de aproveitamento para o agricultor. “De todos os produtos que temos em nosso portfólio, temos elaborado estratégias para melhor direcioná-las à horticultura. a Hortitec é um palco para apresentarmos cada um deles, e, porque não, compartilharmos ideias”, conclui Geraldo Friedrich. • Geraldo Friedrich, gerente geral da COMPO na América


tomate

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xistem inúmeras influências externas na agricultura, como mercado, volatilização de preços e variação climática, as quais têm forçado o setor a pesquisar e se adaptar às tecnologias mais avançadas. Há uma tendência e necessidade de se programar estratégias de gerenciamento mais eficientes e, ao mesmo tempo, continuar lutando para sobreviver em um ambiente altamente competitivo no mercado. O uso de sistemas de irrigação subterrânea por gotejamento traz mais oportunidades para que se irrigue de forma mais eficiente e, ainda, se automatize todo o sistema. Com isso, o fato de todo o sistema de campo estar enterrado abre novas possibilidades para a total mecanização do processo produtivo.

Entre um e outro Existem muitas diferenças entre os projetos de irrigação por gotejamento de superfície e enterrada, sendo que o sistema subterrâneo permite o uso de sistema de saneamento de água para fins de irrigação. Iron de Lima Rodrigues é produtor de tomate industrial na Fazenda Alegre, localizada no município de Itaberaí (GO). No total, ele cultiva 600 hectares, sendo 73 deles por sistema de gotejo enterrado e o restante, por pivô central. O produtor conta que resolveu investir no gotejo enterrado pelo fato de o tomate não tolerar água nas folhas, o que atrai doenças. “O melhor é jogar água na raiz. E o sistema de gotejo enterrado me permite isso e a aplicação dos defensivos, tanto fungicidas quanto inseticidas”, relata. Iron salienta ainda como vantagem do gotejo enterrado o fato de ter um 08

produto de melhor qualidade, possibilitando adubar a planta com mais frequência, por meio da fertirrigação. O reflexo são frutos com menos contaminação por agroquímicos, que são todos aplicados diretamente na raiz, sem ter nenhum contato com os frutos, diretamente. “Em função de tudo isso, melhorei o manejo e, consequentemente, a produtividade, que aumentou de 20 a 30%”, garante.

Iron de Lima

gotejo enterrado aumenta produtividade

Produção No plantio passado, Iron produziu 136 toneladas de tomate por hectare na área de gotejo enterrado, enquanto nos pivôs, geralmente, a média é de 85 a 90 toneladas. “O custo de implantação do projeto é quase o dobro do investimento para a implantação do pivô central. Entretanto, aproveitei alguns equipamentos do pivô, como adutora e casa de bomba, e por isso meu custo ficou menor”, informa o produtor. Segundo ele, no pivô o investimento necessário é de R$ 7 mil por hectare, enquanto no gotejo fica em R$ 12 mil a R$ 13 mil/ha. “Com a diferença de produtividade, em dois anos o investimento se paga”, pontua. “O investimento valeu a pena, pois aproveito a área que antes não dava para ser irrigada com o pivô. São muitas as vantagens do gotejo, inclusive o aproveitamento das áreas que são produtivas, mas que o pivô central não atinge por ser circular e exigir solo plano”, justifica.

Projetos Iron tem área disponível para instalar mais dois projetos de gotejo enterrado em sua fazenda, sendo que o próximo deve iniciar em 2015. O objetivo

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é colocar gotejo enterrado até mesmo nas áreas de pivô, usar o equipamento somente enquanto a planta estiver no estágio inicial, como no pegamento das mudas, e entrar com o gotejo quando a planta estiver maior e com frutos. Todo o sistema é automatizado, sendo que, na fertirrigação, a única etapa manual é na manipulação dos produtos a serem aplicados. “Estou muito satisfeito com o resultado. Há três anos estou com o gotejo enterrado e até agora não tive problemas. Aplico fungicidas, inseticidas e todos os produtos sistêmicos pela raiz, via gotejo, sempre que as plantas precisam”, conclui. •



nutrição

enxofre melhora o sabor da cebola Claudinei Kurtz

O

enxofre (S) é um macronutriente essencial para as plantas, constituindo aminoácidos (cisteina e metionina) presentes em todas as proteínas vegetais. Esse nutriente também apresenta funções em reações enzimáticas, como na fotossíntese e na Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) pelas plantas leguminosas. Algumas espécies possuem alta exigência de enxofre, a exemplo das famílias de plantas leguminosas (soja, feijão), brássicas (repolho, couve-flor) e liliáceas, às quais pertencem as culturas da cebola e do alho. Para a cultura da cebola, além do aspecto nutricional, o enxofre tem papel fundamental na qualidade dos bulbos, no odor e no sabor característicos dessa espécie. A quantidade de compostos à base de enxofre determina a pungência da cebola, definida como a quantidade de compostos voláteis que conferem as características dessa espécie. Visão geral da lavoura com deficiência de enxofre e linhas com perda de estande pela morte de plantas afetadas

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Falta ou excesso Normalmente, a deficiência de enxofre ocorre em solos com baixo teor de matéria orgânica, arenosos, intensivamente cultivados, sem reposição do nutriente e com o cultivo de plantas exigentes, a exemplo da cebola. As condições que afetam a mineralização da matéria orgânica, como baixas temperaturas e déficit hídrico, também podem reduzir a disponibilidade do elemento, pois mais de 90% do enxofre do solo estão ligados à matéria orgânica. Sua absorção pelas plantas ocorre na forma de sulfato (SO4-2), presente na solução do solo e que pode ser facilmente lixiviado para camadas mais profundas pela percolação da água proveniente de chuva ou irrigação.

Fotos: Claudinei Kurtz

Engenheiro agrônomo, mestre e doutorando em Ciência do Solo na Universidade Federal do Paraná (UFPR) Pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – Estação Experimental de Ituporanga kurtz@epagri.sc.gov.br

te aérea e radicular, bulbificação precoce e morte das plantas afetadas após alguns dias. Em áreas de semeadura direta, o problema tem ocorrido com maior frequência e reduz a população pela morte das plantas, mas a carência também foi observada em áreas no sistema de transplante de mudas.

Realidade brasileira

Atenção redobrada

Nas últimas safras, especialmente em 2013, diversas lavouras de cebola de Santa Catarina, principal estado produtor dessa hortaliça, apresentaram sintomas da carência de S. Os sintomas nas plantas se caracterizam por amarelecimento das folhas mais novas, que se tornam finas e tortas, redução drástica no crescimento da par-

Estudos realizados em casa de vegetação, com a supressão de nutrientes e em lavouras deficientes, diagnosticaram a deficiência do enxofre. Se a adubação corretiva com o S não for realizada de imediato, as lavouras afetadas com a deficiência desse nutriente podem ter redução drástica de produtividade (superior a 50%), mesmo com a adoção de um bom padrão tecnológico nas lavouras. A inobservância da deficiência de enxofre em lavouras, até pouco tempo atrás, se deve provavelmente à reposição do elemento por meio de formulações – nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) – de adubos, as quais normalmente continham o elemento na sua composição. Com vistas a reduzir os custos de produção dos adubos minerais, as indústrias de fertilizantes têm comercializado a maioria das formulações sem

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Detalhe de plantas normais e afetadas pela carência de enxofre

tras formulações comerciais contendo o enxofre. A reposição do nutriente também pode ser realizada por ocasião do plantio ou semeadura, usando formulações de adubos mistas que contenham NPK + S ou formulações simples, como superfosfato simples (13% de S; 18% de P2O5), enxofre elementar (95-100% de S) e gesso agrícola.

Custo-benefício

o nutriente. Outro fator que também contribui para o aparecimento da deficiência é o aumento sucessivo de produtividade das principais culturas, como cebola e grãos. Isso promove grande exportação do nutriente pelas colheitas, tornando inevitável a sua reposição.

O gesso agrícola normalmente tem custo baixo, por ser um resíduo industrial da fabricação de adubos fosfatados. A adubação foliar com o enxofre, embora possa auxiliar na recuperação das plantas deficientes, não é eficaz na correção da carência, por ser um nutriente exigido em q u a nt id a de s relativamente altas. No que concerne à adequada recomendação de S para cebola, ainda são escassos os resultados de pesquisas no Brasil. No entanto, as doses recomendadas para as diversas regiões e culturas ficam, em média, entre 30-40 kg/ha. Resultados de pesquisa indicam que a exportação de enxofre, por meio da colheita da cebola, gira em torno de 30 kg/ha. Diante disso, o produtor deve planejar a adubação com S em função da disponibilidade das fontes citadas e dos custos de aquisição dos produtos no mercado regional. Os custos da adubação com o S normalmente são menores em relação ao NPK pela menor quantidade exigida pelas plantas e por ser um nutriente acompanhante de outros elementos usados na adubação.•

O enxofre (S) é responsável pelo sabor e aroma da cebola. Ele é essencial ao crescimento e desenvolvimento dos organismos vivos, por sua participação na síntese de proteínas e aminoácidos

A correção do enxofre Para corrigir a deficiência de enxofre, quando diagnosticada na fase de lavoura, recomenda-se repor o nutriente via solo (a lanço) com fórmulas de adubos solúveis, como o sulfato de amônio (22% de S; 20% de N), facilmente encontrado no mercado e que apresenta alta concentração do elemento. Também podem ser usadas outras fontes, a exemplo do gesso agrícola (sulfato de cálcio) (~ 16% de S; ~ 20% de Ca), do sulfato de potássio (15% de S; 50% de K 2O), do sulfato de magnésio (11% de S; 10% de Mg) e de ou-

Fotos: Divulgação

evento

Dia de Campo Cooperbatata agita o setor

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m 2014, a Cooperbatata realizará a 7ª edição de seu Dia de Campo, voltado para a cultura de batata. O local escolhido foi Vargem Grande do Sul / Casa Branca (SP), a partir das 8 horas do dia 29 de junho. O plantio começou em abril e, neste ano, também terá duas fases para apresentações dos resultados, assim como no ano passado: a vegetativa e a indoor. A fase vegetativa ocorrerá no campo, onde os produtores poderão ver de perto os resultados alcançados com o manejo da cultura a partir dos produtos e serviços ofertados pelas diversas empresas participantes. Enquanto isso, a fase indoor será realizada para apresentar o processo evolutivo e o desempenho no manejo da cultura por meio de vídeos, gráficos e books de informações. Acesse o site da Cooperbatata para ficar por dentro de todas as notícias do Dia de Campo 2014. •

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melhoramento

Plantio de inverno exige beterraba híbrida

A

Shutterstock

A beterraba híbrida é uma excelente opção para o plantio de inverno, garantindo maior produtividade e qualidade final do produto

tualmente, a escolha por beterrabas híbridas é uma demanda do mercado que a cada dia está mais exigente com relação à qualidade dos alimentos. Sendo assim, fez-se necessário que, até mesmo os produtores que a princípio não abraçaram a ideia das beterrabas híbridas, migrassem para essa cultura em busca de qualidade e altas produtividades. Segundo Lucas Perdoná, consultor técnico de vendas especializado em hortaliças, o inverno é uma época favorável ao cultivo de beterrabas (salvo algumas regiões com climas específicos), por proporcionar condições climáticas que não são favoráveis ao desenvolvimento de diversas pragas e doenças que atacam essa cultura, além de boas condições para que ela se desenvolva com boa performance. Dessa forma, a possibilidade de conseguir produzir altos volumes com um custo reduzido é maior. Com a pressão de doenças sendo menor, fica mais fácil manter a quantidade e qualidade das folhas, em comparação ao cultivo de verão, proporcionando uma boa proteção da parte superior da raiz, o que confere melhor qualidade da pele que fica na parte externa do solo. “É importante salientar que a disponibilidade de água para irrigação é um fator extremamente importante, ainda mais nos anos atípicos que estamos atravessando”, avalia Lucas Perdoná.

Cultivo de inverno Entre as características exigidas para um plantio de beterraba híbrida no inverno estão: boa retenção foliar, para que seja possível a comercialização em maços; adaptabilidade a alterações climáticas; pele muito lisa; ausência de anéis internos brancos; coloração roxa 12

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Miriam Lins

melhoramento

escura, tanto interna quanto externa; formato arredondado e uniformidade.

Produtividade Em boas condições e com uma boa condução da lavoura, Lucas Perdoná garante que é possível chegar a altas produ-

ções. “Na safra de inverno, em São Paulo, temos registro de até três mil caixas por hectare”, informa. No Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, Diego Horan do Carmo, consultor técnico de vendas, e Christiano de Oliveira Veiga, consultor técnico de desenvolvimento, confirmam tais produções.

produtor com a beterraba híbrida é, seguramente, melhor, sendo a alta qualidade do produto a principal responsável por isso. De acordo com Lucas Perdoná, existem variações de preços no decorrer do ano, mas, sem dúvida alguma, o valor da beterraba híbrida sempre é maior que o de uma beterraba de polinização aberta (OP).

Investimento em híbridos

Uma lavoura de material OP dificilmente será absorvida pelo mercado, mesmo sendo comercializada por um valor menor. “Temos como exemplo o Nordeste, que era uma região onde ainda se cultivavam áreas com materiais OPs e que já está migrando para os híbridos, devido às diferenças de qualidade e produtividade. Hoje podemos dizer que o custo com a semente é uma das menores parcelas que compõem o gasto com a lavoura de beterraba híbrida, senão a menor”, conclui o especialista.•

O investimento necessário para a aquisição da beterraba híbrida é maior; entretanto, segundo Lucas Perdoná, isso não significa que a semente seja cara. “Com o volume de produção e a alta qualidade obtidos, a semente corresponde a uma pequena parcela no custo total da lavoura”, justifica.

Agregado de valor O valor de mercado conseguido pelo

Custo-benefício


nutrição

Curva de absorção de nutrientes com a genética da semente A nutrição e a genética estão caminhando juntas, rumo às altas produtividades

O

plantio de sementes geneticamente modificadas tem muito a contribuir para os produtores de hortaliças em geral, no que diz respeito à produtividade das culturas. Embora a genética tenha quebrado o seu habitat natural (genótipo), a nutrição dessas plantas tem melhorado o desempenho produtivo das sementes. No processo de produção, tem mudado bastante o estado nutricional das hortaliças, melhorando o seu desempenho, a qualidade de clorofila da planta e a obtenção de resultados favoráveis destinados à resistência ao ataque de pragas e doenças e à estiagem em determinadas regiões do Brasil.

Melhoramento x nutrição A semente geneticamente modificada vem sendo cada vez mais plantada devido às suas vantagens em relação às demais sementes convencionais, em se tratando de produtividade e custo. Segundo Elizandro Lima de Morais, técnico agrícola em Assistência Técnica e Extensão Rural, o manejo nutricional estabelecido deve ser adotado em determinado estado vegetativo da cultura. É preciso observar o seu desenvolvimento naquela fase, pois os nutrientes a serem aplicados seguem a curva de absorção e precisam ser aplicados de maneira parcelada, verificando a progressão em determinado estágio da cultura. Uma vez estabelecido o manejo ade14

quado, deve-se respeitar a quantidade ideal de macro e micronutrientes que a planta realmente necessita, lembrando sempre que o excesso de nutrientes na planta acarretará em distúrbios fisiológicos, causando perdas e consequências devastadoras na lavoura.

Dicas úteis O manejo nutricional ideal para a produção de hortaliças precisa trazer o melhor custo-benefício, com resultados satisfatórios, utilizando técnicas adequadas ao processo de aplicação de determinados nutrientes (macro e micro). “Deve-se sempre aplicar a quantidade certa, não desperdiçando nenhum produto, sendo que as aplicações podem ser feitas, de modo parcelado, em pequenas quantidades e em curto período. O mais importante é que as necessidades das plantas sejam supridas”, detalha Elizandro Lima. Quando o produtor utilizar qualquer produto de natureza sólida ou líquida, ele deve sempre fazer a amortização dos dois produtos, verificando a viabilidade na nutrição das hortaliças, pois há opções em produtos de reação mais rápida ou que se perdem mais rapidamente por lixiviação, volatilização e evapotranspiração. Para não errar, o profissional indica que, sempre que possível, o produtor procure um técnico ou agrônomo com conhecimento na área para ter informações mais detalhadas, inclusive de

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produtos que favoreçam uma boa produtividade.

Resultados O sucesso de qualquer cultivo depende de vários fatores, sendo a nutrição mineral um dos principais. O conhecimento do processo de absorção e extração de nutrientes, em diferentes fases de planta, fornece subsídio para a aplicação racional dos fertilizantes, utilizando-os nas fases e dosagem corretas. Nesse sentido, os nutrientes minerais desempenham função essencial e específica no metabolismo das plantas; um papel estrutural, constituinte de enzimas e ativadores de reações enzimáticas, afetando assim a velocidade de muitas reações do metabolismo vegetal. A curva de absorção de nutrientes estabelece precisamente a programação de uso dos adubos e fertilizantes nas culturas, de acordo com o estágio fisiológico de máxima absorção de nutrientes, objetivando uma produtividade maior no processo produtivo de hortaliças.


nutrição A adequada aplicação de fertilizante implica em menores perdas de adubos e potenciais riscos tóxicos provocados por elevadas concentrações salinas, além de minimizar os danos ambientais, levando sempre em consideração o fator qualidade do produto final.

Shutterstock

Investimento O investimento, avalia Elizandro Lima, será maior para aqueles que não utilizam as técnicas de análise de solo da área, um método indispensável para obter a direção a ser tomada com os insumos a serem empregados no local. “Só assim pode ser feita uma programação da aplicação alternada de insumos, e o resultado disso é a economia de insumos. Mas, sem a análise de solo, o custo será afetado imediatamente, pois não haverá parâmetros para aplicar os nutrientes, os quais podem ser utilizados em excesso ou escassez”, alerta o técnico agrícola. •


cultivo

Manejo de produção do jiló Com orientação técnica, cultivo de jiló pode ter qualidade e produtividade aumentadas

Manejo João Marcos Junqueira Ribeiro, engenheiro agrônomo e extensionista agro-

pecuário da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), explica que o plantio de jiló pode acontecer o ano inteiro, mas, de preferência, em épocas mais quentes. Uma planta de jiló produz por quatro meses. Depois de plantada, ela precisa de 90 dias para começar a produzir e permanece por quatro meses dando frutos. “O jiló tem que ser estaqueado, e o produtor precisa fazer adubações de plantio e de cobertura com o solo bem corrigido. Se o plantio for de verão, é importante que o produtor faça uma irrigação suplementar e, se o plantio for de inverno, é essencial a irrigação”, esclarece.

Adubação e transplantio das mudas João Marcos tem um tipo de “receita de bolo”, no que diz respeito à adubação do jiló, para quem não faz a análise de solo, técnica mais precisa e confiável. “O ideal é, no adubo orgânico, três litros de esterco de curral em cada cova, e, no adubo químico, a fórmula 4-14-8. É importante também aplicar boro e esperar

Luize Hess

O

jiloeiro é cultivado nomeadamente na região Sudeste do Brasil, em que Rio de Janeiro e Minas Gerais são os principais produtores. Os estados de São Paulo e Espírito Santo também apresentam expressiva produção no contexto nacional. As produtividades médias nessas regiões variam de 20 a 60 t/ha. O mercado dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro prefere cultivares de frutos alongados e coloração verde-clara, enquanto os consumidores de São Paulo optam por frutos redondos e de coloração verde-escura. O jiloeiro pertence à família Solanaceae e apresenta frutos de casca fina, formato oblongo, redondo ou alongado e sabor amargo bastante característico. É cultivado basicamente na primaveraverão; no entanto, o cultivo nessa época favorece a incidência de insetos e doenças que podem, muitas vezes, comprometer a produção.

pelo menos cinco dias, depois de colocar o adubo na cova, para transplantar a muda. Quanto à adubação de cobertura,

Fenacampo - A feira de negócios do Alto Paranaíba

O

Sindicato Rural de São Gotardo realiza a 3ª edição da Fenacampo nos dias 15 e 16 de julho, no Parque de Exposições de São Gotardo (MG). “A cada ano, nossa feira cresce mais e concentra o que há de melhor no mer-

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cado agrícola da região. A Fenacampo acontece, estrategicamente, numa das regiões de maior potencial agrícola do país e concentra produtores e fornecedores num ambiente favorável para a realização de bons negócios. Em 2013, a Fenacampo reuniu 48 empre-

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sas expositoras e mais de 200 produtores rurais da região. A expectativa é receber 300 produtores; 60 expositores e um volume de negócios em torno de R$ 20 milhões”, diz Sabrina Miyazaki, assessora de Comunicação do evento. •


lançamento

Joaquim Sobrinho Alves da Cruz produz um pouco de cada cultura no sítio Batizal Correia de Almeida, na região de Barbacena (MG). O jiló entrou como mais uma opção. “O bom de produzir jiló é porque o custo de produção é baixo e a produtividade, alta. Separei meio hectare para essa cultura, e neste ano cheguei a vender a caixa por R$ 35,00 e R$ 40,00. Em algumas safras, produzi 250 caixas de jiló, o que me rendeu um bom lucro”, revela o produtor. Para irrigar e adubar a lavoura, ele investiu na fertirrigação, via gotejo e aspersão, o que reduz a mão de obra e aumenta a produção. “Se não investir, não tem retorno. Por isso, também sigo à risca as recomendações dadas por agrônomos quanto à adubação, à irrigação e ao controle fitossanitário”, afirma.

Pragas e doenças

podem ser feitas cinco aplicações, cada uma com 20 gramas do adubo 12-0612 ou do 10-05-10 por planta”, indica. A primeira cobertura deve ser feita com 30 dias de plantio, e, as demais, a cada 20 dias. As mudas precisam ser levadas para o campo quando estiverem com cinco ou seis folhas bem definidas, ou, ainda, com 15 cm de altura.

Irrigação O sistema de irrigação ideal para o jiló é a aspersão ou o gotejo com fertirrigação, sendo indicada, em alguns casos, a aspersão.

Em relação às pragas e doenças, o jiló é mais rústico que o tomate. Entretanto, a cultura enfrenta problemas com a mosca-branca, exigindo pulverizações a cada 15 dias, pelo menos. Outros problemas que podem atingir a cultura são oídio, pinta preta e antracnose. Para o controle, João Marcos indica que o produtor utilize sementes e mudas de empresas idôneas, certificadas e com resistência a algumas pragas e doenças.

Custo de produção Comparado ao tomate, o custo de produção do jiló é cerca de 30% menor, devido à menor exigência nutricional. Já o preço de mercado está, em média, R$ 20,00 a caixa. “O jiló é um prato barato, que tem maior demanda como tira-gosto, sendo que, no inverno, a venda desse produto é mais aquecida”, avalia João Marcos. •

Divulgação

Alternativa de produção

Isla lança linha de tomates especiais

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nova linha especial de tomates Sêneca e Verônica, desenvolvida pela Isla Sementes, já está disponível em Porto Alegre (RS) nos supermercados Zaffari Ipiranga, Bourbon Ipiranga, Bourbon Wallig, Higienópolis, Assis Brasil e Bourbon Country. Essa linha de tomates é a primeira de um moderno projeto desenvolvido pela Isla, que irá disponibilizar produtos diferenciados, de alta qualidade e alto valor agregado, diretamente para a mesa do consumidor. Tais produtos são comercializados em modernas embalagens, com design diferenciado, e contam com tecnologia de rastreabilidade e controle de produção. Os produtos dessa linha especial de tomates são diferenciados: são fornecidos por produtores selecionados, que atendem a rigorosos requisitos, e controlados durante todo o processo de produção, desde o cultivo protegido até as boas práticas de manejo. Sêneca e Verônica têm como característica a pouca quantidade de água. Portanto, são saborosos tomates de muita massa, que podem ser consumidos em saladas e, especialmente, em molhos. A ideia do projeto é buscar parcerias com outras regiões produtoras, mantendo o mesmo padrão de qualidade, para garantir o fornecimento nas demais épocas do ano e nas outras regiões do país. •

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Ana Maria Diniz

BIOLÓGICOS

Bacillus subtilis

Biocontrolador de nematoides em hortaliças Nematoides parasitos de planta

Rodrigo Vieira da Silva

Engenheiro agrônomo e doutor em Fitopatologia pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), professor do IF Goiano – Câmpus Morrinhos rodrigo.silva@ifgoiano.edu.br

Brenda Ventura de Lima e Silva

Engenheira agrônoma e mestre em Fitopatologia pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), professora substituta do IF Goiano – Câmpus Morrinhos

A

s áreas cultivadas com hortaliças no Brasil são geralmente submetidas à prática de cultivos intensivos, onde se faz a irrigação e o uso contínuo do solo durante todo ano. Este sistema favorece a multiplicação dos nematoides, tendo como consequência grande prejuízo devido ao seu parasitismo.

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Os nematoides constituem-se num dos mais antigos microrganismos capazes de causar doenças em plantas. No entanto, estes ainda continuam desconhecidos por grande parte dos agricultores pelo fato de viver todo, ou parte de seu ciclo de vida, escondido no solo. Os nematoides parasitos de plantas são vermes filiformes, quase transparentes, minúsculos, geralmente medindo menos de um milímetro de comprimento, sendo necessária a utilização de microscópio para a sua visualização. Apesar disso, os mesmos causam grandes prejuízos à agricultura, em função de infectar praticamente todas as plantas cultivadas.

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Dentre os nematoides, os formadores de galhas radiculares, pertencentes ao gênero Meloidogyne, constituem-se no principal grupo de nematoide para a agricultura. Isto se deve a sua capacidade de infectar e causar prejuízos econômicos em praticamente todas as espécies de plantas cultivadas, com destaque para as hortaliças.

Sintomas Os nematoides infectam principalmente os órgãos subterrâneos, como raízes, bulbos, tubérculos e rizomas, onde pode ocorrer uma diminuição drástica das raízes finas, engrossamentos, rachaduras, escurecimento e degradação dos tecidos corticais.


BIOLÓGICOS Sintomas de nematoides em pimentão

Controle Para o controle de doenças causadas por nematoides, o uso de nematicidas tem sido evitado, por ser uma prática muitas vezes ineficiente, de custo elevado, que impõe riscos ao aplicador e ao ambiente, além de destruição da microflora do solo e contaminação do lençol freático. A rotação de culturas apresenta algumas limitações e a utilização de cul-

IAC

Os sintomas da parte aérea são semelhantes aos causados por deficiência nutricional, subdesenvolvimento, folhas pequenas e amareladas. Porém, pode ocorrer também: murcha, necrose foliar, queda de folhas, declínio geral, causando redução na produção e depreciação do produto comercial e, em caso de alta densidade de nematoide, pode até levar à morte da planta.

tivares resistentes, apesar de eficiente, esbarra no fato de existir poucos materiais resistentes a nematoides, principalmente ao se tratar das hortaliças. Portanto, explorar outras estratégias que permitam minimizar a ação do patógeno faz-se necessário. Nos últimos anos intensificaram-se as pesquisas por métodos alternativos eficientes e ambientalmente seguros para o ma-

nejo de fitonematoides em culturas de interesse econômico, tal como o controle biológico.

Controle biológico Este método de controle visa à redução da população de determinado patógeno por meio de outro organismo vivo. Este pode ocorrer naturalmente na área


BIOLÓGICOS Para a cebola, a técnica também tem expressivos resultados na sanidade das plantas

infestada pelos nematoides ou serem selecionados e introduzidos pelo homem. Dentre os inimigos naturais dos nematoides encontram-se os fungos, bactérias, nematoides predadores, protozoários, ácaros, colêmbolas e tardígrados. Os microrganismos da rizosfera, conhecidos como rizobactérias promotoras de crescimento de plantas, têm proporcionado defesa contra o ataque de patógenos de solo em plantas, inclusive de fitonematoides. Isolados selecionados de B. subtilis foram relatados como antagonistas de diversas espécies de nematoides, inclusive de Meloidogyne, podendo ser utilizados no manejo deste patógeno em culturas de importância econômica, tais como as hortaliças.

Controle biológico com Bacillus subtilis O gênero Bacillus está entre os agentes mais utilizados em biocontrole de doenças de plantas, devido a seu rápido crescimento em meio de cultura líquido, à ausência de patogenicidade, ou seja, não causam doenças. Vale ressaltar outros fatores, como a capacidade de formação de esporos, denominados de endósporos que, por sua vez, apresentam maior tolerância à temperatura, bem como condições extremas de pH e tempo de estocagem. Esta bactéria é amplamente encontrada no solo, pelo fato de crescer em uma vasta gama de temperaturas e apresentar alta velocidade de crescimento, além da capacidade de se mover. Diante desses fatores, é o gênero com maior destaque, sendo que em produtos à base de Bacillus, a espécie Bacillus subtilis representa cerca de 62% dos produtos comercializados no mundo.

Promoção de crescimento em plantas A espécie B. subtilis é uma bactéria gram positiva com forma de bastonete, habitante natural do solo, produz anti20

bióticos, enzimas e fitormônios que proporcionam benefícios para as plantas. A promoção de crescimento ocasionada por B. subtilis é consequência do aumento da fixação de nitrogênio, solubilização de nutrientes, síntese de fitormônios e melhoria das condições do solo, além dos benefícios indiretos pela supressão deste ambiente contra microrganismos maléficos. Adicionalmente, a associação benéfica proporciona o aumento fisiológico de metabólitos que desencadeiam a sensibilidade do sistema radicular às condições externas, proporcionando a facilitação da absorção de nutrientes. Além disso, esta bactéria também tem a capacidade de conduzir a regulação hormonal de plantas, onde controla o crescimento radicular pela síntese de auxina, giberelina e citocinina. Estes mecanismos promovem o crescimento da planta, proporcionando a rápida germinação, emergência de plântulas e incremento no desenvolvimento vegetativo e reprodução. Estes fatores favorecem uma maior tolerância ao ataque de agentes causadores de doenças e às condições adversas do ambiente. A título de exemplo, a inoculação

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de B. subtilis em plantas de tomate proporcionou um aumento da emergência e peso seco das mudas de 29 a 33% em relação às plantas cultivadas na ausência da bactéria.

Modo de ação de Bacillus subtilis nos nematoides Esta bactéria pode ocupar nichos ecológicos distintos em associação com plantas, estabelecendo-se na rizosfera, rizoplano, filoplano e nos tecidos internos, onde se multiplicam, sobrevivem e se protegem da ação antagonística do restante da microflora autóctone. No caso do B. subtilis, uma média de 4 a 5% do seu genoma é direcionado para síntese de antibióticos, sendo capaz de produzir mais de 20 compostos antimicrobianos. A bactéria produz endotoxinas que interferem no ciclo reprodutivo dos nematoides, reduzindo a produção de ovos e inibindo a eclosão de juvenis. Além disso, a bactéria interfere na produção dos exsudatos radiculares que causa a desorientação dos juvenis do nematoide, que é a fase infectiva, dificultando que este encontre e infecte a raiz. Em razão dos múltiplos mecanis-


BIOLÓGICOS deos e outras substâncias voláteis que atuam no mecanismo indireto de ativação do fenômeno de resistência sistêmica em plantas.

Manejo da bactéria no solo A correção do pH, a manutenção da umidade adequada, a rotação de culturas, a adubação equilibrada, além da incorporação no solo de substâncias orgânicas e inorgânicas também têm colaborado para o manejo de B. subtilis no solo. Além de componentes da população microbiana do solo, o rizoplano e filoplano das espécies cultivadas no local influenciam no nível populacional desta bactéria. Epagri Ituporanga

Benefícios para o solo

mos de ação atribuídos a B subtilis, a microbiolização de sementes de tomateiro com esta bactéria pode ser uma alternativa para diminuir a infecção de nematoides nas raízes das plantas. Ainda apresentam as vantagens de, associado a estas características, os produtos à base de B. subtilis não necessitarem de período de carência, podendo aplicar até a colheita, com baixa toxidez, o que permite entrar na área tratada quatro horas após a aplicação; e compatibilidade em misturas de tanque com produtos registrados, tais como cobre, enxofre e micronutrientes, inseticidas e fungicidas.

Ação sobre outros patógenos Além dos nematoides, os isolados de B. subtilis apresentam ação contra outros importantes microrganismos que causam doenças em hortaliças, tais como os fungos e as bactérias. O antagonismo direto exercido contra fitopatógenos apresenta o envolvimento dos conhecidos mecanismos de antibiose, como a síntese de substâncias antimicrobianas, o parasitismo e a competição por espaço e nutrientes e a síntese de compostos, como lipopeptí-

A atividade de B. subtilis no solo tem colaborado para a mineralização da matéria orgânica, além de contribuir no controle de microrganismos patogênicos. A elevação da disponibilidade de fósforo solúvel no solo tem sido também relacionada com o metabolismo desta bactéria no solo, o que contribui para o maior desenvolvimento das plantas pelo aumento na absorção desse elemento. A inoculação da semente com isolados de B. subtilis aumenta a taxa de solubilização do fósforo, além de aumentar a produção de algumas enzimas, tal como a nitrogenase, quitinases e glucanases.

Produtos comerciais Em função das vantagens proporcionadas pelo uso de B. subtilis em plantas, alguns bioformulados levam em sua rotulagem a característica de amplo espectro contra fitopatógenos, além do efeito adicional de promotor de crescimento. No mercado internacional existem diversos produtos com registro de utilização em plantios de hortaliças da família das cucurbitáceas, hortaliças folhosas, crucíferas, pimentão, cebola, tomate, cenoura, entre outras. No Brasil existem alguns produtos à base de B. subitilis sendo comercializados para fins de controle de doenças

de plantas, ou como condicionadores de solo, entretanto sem registro no MAPA. Isto se deve principalmente à dificuldade encontrada no registro dos agentes biocontroladores, pois a legislação é a mesma utilizada para os agrotóxicos.

Viabilidade técnica e econômica O custo de aquisição e aplicação de formulados a base de B. subtilis para o controle de nematoide é mais barato do que a utilização de agroquímicos sintéticos. No entanto, o nível de controle está na ordem de 30 a 60%. A viabilidade econômica de um sistema de produção representa um fator que interfere diretamente na opção do agricultor e quem sabe deva ser o principal fator a ser considerado para a melhor aceitação do controle biológico. Quando há viabilidade econômica no método, faz com que ocorra também o estímulo para a utilização do produto biológico por parte do produtor. Neste contexto, a utilização do produto biológico à base da bactéria promotora de crescimento B. subtilis deve ser integrada na filosofia do manejo integrado de nematoides, sendo utilizada como uma das estratégias de controle.

Tendência A utilização do controle biológico dentro da filosofia do manejo integrado de doenças de plantas é uma necessidade da agricultura atual do terceiro milênio, pois o uso constante e exagerado de grandes volumes de agroquímicos agride cada vez mais o meio ambiente e interfere no equilíbrio do ecossistema. O uso das rizobactérias promotoras de crescimento de plantas, tal como B. subtilis apresenta-se como uma excelente estratégia de manejo de fitonematoides para a agricultura atual, sendo eficiente e segura ambientalmente, reduzindo a dependência de defensivos químicos sintéticos que agridem o meio ambiente e a saúde dos aplicadores e consumidores. •

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VANTAGENS

FERTILIZANTES ORGANOMINERAIS TÊM MELHOR CUSTO-BENEFÍCIO Efeitos químicos

Diego Henriques Santos

Doutor em Agricultura e engenheiro agrônomo da Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo (CODASP) dihens@bol.com.br

O

fertilizante organomineral possui como diferencial a presença de matéria orgânica bioestabilizada como preenchimento da fórmula. Enquanto os adubos químicos são constituídos na sua totalidade por elementos minerais, o organomineral carrega consigo o benefício dos fertilizantes minerais e a potencialidade agronômica da matéria orgânica. Os efeitos positivos da matéria orgânica para os solos podem ser divididos em físicos, químicos e biológicos. Em relação aos efeitos físicos, ela melhora a estrutura dos solos, evita perdas elevadas de água e nutrientes em solos arenosos e, em solos pesados e compactos, promove o arejamento do solo e o aproveitamento da água, ocasionando maior resistência às secas.

Quanto aos efeitos químicos, a matéria orgânica auxilia na regulação do pH, neutralizando solos ácidos e alcalinos, reduz a disponibilidade de substâncias tóxicas no solo, é rica em substâncias minerais e orgânicas essenciais ao desenvolvimento das plantas, converte elementos nutritivos em formas disponíveis para a planta absorver e atua como agente quelante em íons metálicos em condições alcalinas, promovendo a sua absorção pelas raízes. Já em relação aos efeitos biológicos, estimula o crescimento e a proliferação de microrganismos benéficos no solo, sendo estes responsáveis pela produção contínua de húmus e pelo melhoramento da estrutura do solo; estimula o crescimento radicular, permitindo uma absorção melhor dos nutrientes; e aumenta a respiração e formação de raízes. Dessa maneira, o uso dos fertilizantes organominerais pode propiciar maior sustentabilidade à produção agrícola, na medida em que diminui em até 10% a utilização de fertilizantes químicos. Além disso, pode haver um ganho de produtividade de 10 a 20%, ao mesmo tempo em que a eficiência pode ser 15% maior.

Adubos granulados No caso do produto granulado, temse a vantagem de ser inodoro, além de Diego Henriques Santos, doutor em Agricultura e engenheiro agrônomo da CODASP

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poder ser aplicado junto com o adubo convencional de uma só vez, o que representa economia de trabalho e óleo diesel. Os fertilizantes organominerais granulados contribuem ainda para a reposição de carbono no solo, retirando-o da camada de ozônio. Há um efeito cumulativo no decorrer dos anos; logo, o agricultor soma esse carbono no solo, o que melhora os níveis de fertilidade – os fertilizantes tradicionais não têm essa capacidade.

Como aplicá-lo A adubação deve ser baseada na análise de solo e seguir orientação técnica de um profissional com experiência na cultura. A aplicação é realizada da mesma forma que um adubo químico convencional. No entanto, à medida que a microbiota do solo é ativada pela matéria orgânica presente no fertilizante organomineral, os minerais vão sendo liberados gradativamente para as plantas. Esse processo garante expressiva redução da perda do mineral, seja por volatilização de nitrogênio, fixação de fósforo ou lixiviação de potássio e nitratos.


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vantagens

Resultados para as hortaliças O uso de fertilizantes organominerais é uma das alternativas para propiciar maior rendimento às hortaliças em geral, além de melhor qualidade. Os trabalhos desenvolvidos por universidades e institutos de pesquisas têm relatado essa melhoria de produção e qualidade em diversas hortaliças. Em trabalho realizado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) com alface, foi avaliada a produção de mudas e a produção comercial em função da aplicação foliar de fertilizantes organominerais líquidos.

As mudas tratadas apresentaram maior altura, número de folhas e massa fresca da parte aérea. Foi verificado que as mudas tratadas proporcionaram maior massa das raízes. Para a produção comercial, constatou-se que as plantas tratadas com os fertilizantes organominerais líquidos tiveram maior diâmetro, maior massa fresca da parte aérea e da raiz, quando comparadas com a testemunha. Outros trabalhos apontam resultados positivos também para outras culturas, como rúcula, coentro, cebolinha, hortaliças-frutos (como tomate e pimentão) e hortaliças-raízes (como

beterraba, cenoura e batata), com resultados positivos em relação a número de folhas, altura das plantas, massa fresca e seca da parte aérea e raízes. Enquanto isso, a pesquisa desenvolvida pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) com a cultura do repolho, comparando um fertilizante organomineral comercial com a adubação mineral convencional da cultura, apontou um custo da mineral de R$ 770,00 por hectare, sendo a organomineral pouco superior: R$ 800,00/ha. O estudo levantou as rendas bruta e líquida de cada um dos usos, e os resultados revelaram que a adubação mineral (convencional) apresentou liquidez de R$ 32.697,00 por hectare, enquanto a adubação organomineral foi de R$ 41.592,00/ha. Dessa forma, houve uma rentabilidade de 17,2% para o mineral e de 49,1% para o organomineral, deixando clara a grande vantagem do fertilizante organomineral em relação ao custo-benefício.

Custo-benefício A relação custo-benefício é muito positiva já a partir do segundo ciclo de uso, aumentando cada vez mais em longo prazo. Isso acontece porque o adubo organomineral devolve vida ao solo, incentiva a proliferação de microrganismos e reestrutura o solo, que absorve melhor os nutrientes aplicados. Em geral, após quatro anos de uso do adubo organomineral, é possível aplicar até metade da quantidade que estava sendo utilizada inicialmente.


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Surto mundial de V vira-cabeça deixa setor em alerta

ira-cabeça é o nome dado à doença causada por um complexo de vírus composto, principalmente por quatro diferentes espécies de vírus denominados Tomato Spotted Wilt Virus (TSWV), Tomato Chlorotic Spot Virus (TCSV), Groundnut Ringspot Virus (GRSV) e Chrysanthemum Stem Necrotic Virus (CSNV), pertencentes ao gênero Tospovirus, família Bunyaviridae. Todas essas espécies causam sintomas típicos de bronzeamento das folhas mais jovens, podendo ocorrer, também, sintomas de clorose e paralisação do desenvolvimento da planta. “As folhas ficam distorcidas e pode haver lesões necróticas no limbo e no caule das plantas afetadas. Os sintomas podem variar de acordo com a idade, as condições nutricionais, a variedade e as condições ambientais, sendo sempre mais severos quando a infecção ocorre em plantas jovens”, alerta Addolorata Colariccio Trevisan, pesquisadora do Laboratório de Fitovirologia e Fisiopatologia do Instituto Biológico (IB). A doença pode ocasionar, também, necrose da parte apical da planta, o que resulta em posterior tombamento do ponteiro, sintoma que deu origem à denominação de vira-cabeça, em tomateiro, para essa doença. Os sintomas também se manifestam nos frutos, sendo que no tomateiro e no pimentão os frutos apresentam sintomas de anéis concêntricos, alternados com manchas amareladas e anelares, que podem ser cloróticas ou necróticas. Em folhosas, entre elas a alface, ocorre a paralisação do crescimento da parte interna das plantas.

Entre as culturas mais afetadas estão o tomate e a alface, que já amargam prejuízos de 100%, devido à morte rápida da planta

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Transmissão O vírus é transmitido de modo circulativo persistente não propagativo, por insetos vetores popularmente denominados tripes. Esses insetos pertencem a três gêneros diferentes: Frankliniella, Scirtothrips e Thrips. Addolorata Colariccio informa que o inseto adquire o vírus durante o período da alimentação, obrigatoriamente na fase de larva, o qual irá circular e replicar no corpo do inseto que, por sua

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Embrapa

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Sintomas de Tomato chlorotic spot virus

vez, permanecerá infectado por toda a sua vida. A eficiência da transmissão está relacionada à polifagia e à reprodução. Isso quer dizer que os insetos produzem um grande número de ovos, durando o ciclo de vida dos insetos de 10 a 25 dias, sendo mais curto em temperaturas mais altas. Isso propicia um maior número de gerações e, portanto, a maior disseminação do vírus. Existe, ainda, a predominância de um dos gêneros, conforme a região em que se localiza a cultura. Em São Paulo, por exemplo, predomina a espécie Frankliniella shultzei.

O surto dos últimos tempos Para a pesquisadora Addolorata Colariccio, o que provavelmente provocou o surto de viracabeça foram as condições climáticas, temperaturas elevadas e baixa umidade. “Outro fator pode estar as-

sociado ao material genético que vem sendo usado pelos agricultores, sem resistência genética”, relata. No Brasil, tem sido diagnosticada a ocorrência do TSWV e do TCSV. Desse modo, as variedades com resistência ao TSWV podem não apresentar resistência ao TCSV, provocando o surto dos últimos tempos. O TSWV predomina no Distrito Federal e no Paraná; o TCSV, em São Paulo e no Rio Grande do Sul; o GRSV, em Minas Gerais e na região Nordeste do Brasil; e o CSNV teve sua ocorrência relatada somente em São Paulo.

Culturas afetadas A epidemiologia do vira-cabeça está associada ao amplo círculo de hospedeiros. O TSWV pode infectar mais de mil espécies de plantas. Inicialmente foi identificada na cultura do tomateiro, mas, com o desenvolv imento dos métodos de diagnóstico, foi constatada em ou-

As temperaturas elevadas que ocorrem durante o verão favorecem a disseminação dos insetos vetores

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tras culturas de olerícolas, tais como alface, pimentão, jiló, berinjela, cucurbitáceas, cubiu, em plantas ornamentais, em culturas de amendoim, fumo e em hospedeiras da vegetação espontânea, nomeadamente as que pertencem aos gêneros Solanaceae e Asteraceae.

Prejuízos Segundo Addolorata Colariccio, esses vírus sempre causam sérios prejuízos econômicos aos agricultores, devido ao fato de os sintomas se manifestarem em todas as partes comercializáveis das plantas, tornando inviável a comercialização dos produtos obtidos. Em alguns países da Europa e nos Estados Unidos, foi chamado de peste negra. Publicação recente do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (CEPEA-ESALQ/USP), no mês de abril, sobre folhosas, destaca o enorme prejuízo ocorrido nas principais lavouras paulistas de alface devido à ocorrência de vira-cabeça. No sul de Minas, relata o engenheiro agrônomo e consultor em alface americana, Sílvio Calazans, produtores dessa cultura amargaram perdas de até 100% de suas lavouras devido ao surto epidêmico do vira-cabeça, que foi


CAPA

virtude do difícil controle dessa doença, associado ao fato de que não existem cultivares com resistência ao vira-cabeça, ao contrário da cultura do tomate, que já dispõe de híbridos com resistência a essa enfermidade”, relata Sílvio Calazans.

Condições para o ataque As temperaturas elevadas que ocorrem durante o verão favorecem a disseminação dos insetos vetores, sendo que muitas plantas suscetíveis da vegetação espontânea atuam como reservatório do vírus e colonizadoras dos insetos, facilitando a ocorrência e a disseminaAbobrinha atacada pelo Tomato chlorotic spot virus

Silvio Calazans

A alface é uma das culturas mais atacadas pelo vira-cabeça

Addolorata Colariccio

altamente favorecido pela interação de vários fatores: longo período de estiagem, quando o clima quente e seco favoreceu a multiplicação do tripes e debilitou as plantas; plantios consecutivos na mesma área (alface depois de alface); grande gama de plantas daninhas hospedeiras alternativas do tripes e/ou vírus, especialmente a corda de viola e a fruta-de-lobo; produção de mudas de alface em viveiros abertos muito próximos da lavoura dessa folhosa; proximidade dos campos de alface com as roças de tomate infectadas com o vírus; e plantio da alface no mulching, onde a incidência do tripes é maior quando comparada ao plantio sem ele. Isso acontece por não ser revolvido o solo nas três primeiras safras de alface e porque o mulching ajuda a proteger o tripes. “O resultado da interação desses fatores foi um surto de vira-cabeça que nunca havia ocorrido nos plantios de alface americana na região de Três Pontas, sul de Minas, com perdas significativas de produção em


CAPA ção do vírus dentro da cultura. “É bom lembrar que, após a entrada do vírus, não há mais como erradicá-lo”, alerta a pesquisadora do IB.

Em cultivos jovens, é importante averiguar a presença de clorose nas folhas mais jovens, além de anéis concêntricos cloróticos ou necróticos no limbo e no caule. Também é essencial verificar a presença de tripes, principalmente nas flores e no ápice das plantas. Nas plantas mais velhas, deve-se observar a presença de tripes nas flores, uma vez que estes são atraídos pela coloração creme até amarelada. A infestação nessa fase resulta no comprometimento dos frutos, sobretudo nas culturas de tomate, pimentão, jiló, pepino, abobrinha, entre outras.

Manejo integrado Primeiramente, destaca Sílvio Calazans, deve-se ter em mente que nenhuma medida isolada será eficiente no controle do vira-cabeça em alface. “É preciso adotar o manejo integrado, em que o sucesso no controle dessa enfermidade está na rapidez da adoção de práticas pró-ativas; logo, não se pode esperar o aparecimento de muitas plantas com sintomas de vírus do vira-cabeça para começar a agir”, ensina o consultor. Ele indica, como primeiro passo, levar para o campo uma muda sadia produzida em viveiros com telas antiafídeos, que impedem o contato das mudas com o inseto vetor (tripes). O viveiro de mudas também deve estar localizado distante das lavouras

Silvio Calazans

Atenção redobrada

de alface. Caso as mudas sejam produzidas em locais abertos, sem proteção de telas e próximas às lavouras de alface contaminadas com o vírus, é muito provável que a muda, quando transplantada para o local definitivo, já tenha sido inoculada com o vírus. Nesse caso, os sintomas podem surgir logo após o transplantio. Por isso, Sílvio Calazans recomenda que as mudas sejam “vacinadas” dois dias antes do plantio com produtos neonicotinoides, aplicação que deve ser repetida sete dias após o plantio no campo via drench ou por gotejamento. Além disso, a erradicação das plantas daninhas hospedeiras do tripes e/ou vírus deve ser feita ao redor

A aplicação preventiva de inseticidas que controlem esse inseto desde a fase de canteiro até a lavoura é fundamental, assim como o uso de barreiras para evitar a migração dos insetos vetores

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de toda a lavoura de alface, evitando o plantio da alface próximo de lavouras de tomate, pimentão e pimenta, que são reservas naturais do vírus e do tripes. “É preciso retirar (rouguing) do canteiro as plantas de alface com sintomas de vírus e eliminá-las por meio do enterrio, pois são fonte de inóculo para as plantas sadias. No caso específico de plantio de alface no mulching, deve-se proceder (após a colheita) ao seu arranquio e rebater o canteiro deixando exposto ao sol por sete dias para eliminação de ovos e formas jovens do tripes. Somente depois do revolvimento do solo que se deve colocar o mulching para o próximo plantio”, detalha o consultor. Ele enfatiza que o controle químico feito por pulverizações foliares para manejar o tripes tem eficácia duvidosa, além de ser oneroso, mas existem produtos registrados para a alface. Por fim, caso a infestação traga prejuízos financeiros, o melhor é plantar outra cultura (rotação) ou partir para o cultivo protegido de alface (estufas teladas com telas antiafídeos).


CAPA

São grandes os prejuízos causados por essa doença, que se manifesta em toda a planta

genético com resistência ao vírus, o plantio de barreiras vivas, como milho ou crotalária, e o uso de painéis refletores colocados antes do plantio para desorientar o tripes.

Formas de controle

Prevenção

A aplicação preventiva de inseticidas que controlem esse inseto desde a fase de canteiro até a lavoura é fundamental, assim como o uso de barreiras para evitar a migração dos insetos vetores, o plantio em épocas menos favoráveis à incidência do vetor, a escolha de áreas de plantio em maiores altitudes, a rotação de culturas não suscetíveis ao vírus, tais como milho e couve-flor, a seleção de local apropriado, situado a certa distância de lavouras suscetíveis, a retirada dos restos da cultura anterior, que favorecem a presença do vírus e do vetor no local da nova cultura, a eliminação das plantas da vegetação espontânea do entorno da cultura, o emprego de material

Não existem cultivares resistentes a essa doença; sendo assim, devem ser adotadas medidas preventivas, principalmente em áreas com histórico da doença. “Para preveni-la, é importante eliminar plantas hospedeiras do tripes nas áreas próximas de canteiros e da lavoura. Os tripes podem se manter em várias espécies de plantas da vegetação espontânea”, ressalta Addolorata Colariccio. Ainda segundo ela, o produtor tem como alternativas: ¾¾ Escolher áreas de plantio em regiões sem histórico da doença; ¾¾ Utilizar mudas isentas de vírus; ¾¾ Dar preferência a cultivares resistentes, quando houver;


CAPA ¾¾ Fazer a aplicação preventiva de inseticidas para controlar o vetor.

A realidade de um produtor

O que foi feito Para controlar o problema, a primeira coisa que Humberto fez diz respeito à limpeza do campo, retirando todas as plantas com os sintomas da doença. “Vimos que as aplicações foliares apresentaram ineficiência de controle, e, então, começamos a reencanteirar as quadras, quando sentimos uma melhora considerável na redução da infestação. Usamos tantos inseticidas que não sei falar qual deles foi eficiente. O mesmo aconteceu com meus vizinhos, que também enfrentaram esse problema”, relata.

Essa foi a primeira vez que Humberto teve problemas com vira-cabeça em sua produção, segundo ele, devido à seca. Isso porque a chuva é um importante fator de controle do vira-cabeça, que não aconteceu de janeiro a abril. “Não estamos livres dessa situação porque a seca está instalada na região. Se o clima continuar assim, teremos comprometimento da produção de hortaliças na região”, antecipa. De modo preventivo, o produtor monitora constantemente suas lavouras, para evitar que a doença entre. Se aparecer o sintoma, o hospedeiro é eliminado imediatamente, com aplicações foliares e até reencanteiramento. “Percebemos que, com o rencanteiramento, o inseto é soterrado e não procria. Essa foi a profilaxia encontrada por nós no campo – não deixar restos de culturas. Não tem muito o que fazer além disso”, conclui. •

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Humberto Luz de Araújo Brito é produtor de alface americana há 15 anos, na fazenda Xangrilá, em Três Pontas (MG), em 4,5 hectares. São duas áreas de plantio que são constantemente rotacionadas. Atualmente, a produtividade está em 24 mil quilos por hectare, a céu aberto. Antes ele plantava com túneis de proteção, mas, como surgiram variedades resistentes para o cultivo de verão, o produtor optou por simplificar o sistema. Humberto enfrentou problemas com vira-cabeça em sua lavoura. “Os insetos que normamente incidem no período de seca aproveitaram a oportunidade para atacar na estiagem que aconteceu, no início de 2014, em grande parte da região Sudeste do Brasil.

Fizemos o controle com inseticidas e tudo mais, mas não foi suficiente para o controle do mal, que atacou de forma muito descontrolada”, lembra. O prejuízo chegou a R$ 130 mil. “Fiquei mais de um mês sem produzir, em março e parte de abril de 2014”, lamenta.

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NOVIDADE

Ozonização

Tecnologia controla fitopatógenos em hortifrútis Caroline Corrêa de S. Coelho

Engenheira agrônoma e estudante de Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Otniel Freitas-Silva

Engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos

Rodrigo da Silveira Campos

Engenheiro agrônomo e analista da Embrapa Agroindústria de Alimentos rodrigo.silveira@embrapa.br

A

s doenças pós-colheita em frutas, hortaliças e grãos ocasionam perdas qualitativas, quantitativas, e, em consequência, perdas econômicas. Devido a tal fato, a sanitização adequada desses produtos tornase uma das etapas mais importantes, seja em packing houses, silos, armazéns ou indústrias de processamento de vegetais. Nesse contexto, a ozonização tem por objetivo minimizar a deterioração e a contaminação dos produtos por microrganismos.

higienização, incluem-se os compostos clorados. Entretanto, a redução da eficiência microbiológica, aliada à alteração sensorial e à eventual formação de compostos clorados cancerígenos, aponta para a necessidade de produtos alternativos ao cloro, visto que os consumidores estão cada vez mais preocupados e conscientes, buscando por produtos mais seguros que gerem menores impactos ao ambiente e à saúde humana. O ozônio destaca-se justamente nessa frente, pelo seu elevado potencial de oxidação, o que o torna um forte agen-

Opções Dentre os sanitizantes mais usados na indústria de alimentos para fins de

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te de desinfecção e esterilização, agindo como um poderoso agente microbicida. Nesse sentido, possui ação no produto em menor tempo de contato e concentração, quando comparado com os demais sanitizantes disponíveis no mercado.

Segurança A tecnologia de produção e aplicação do ozônio é considerada segura, uma vez que não deixa resíduos no ambiente e nos alimentos. Isso a torna uma vantagem tanto para o consumidor como para o produtor e as indústrias, posto que não é necessário aguardar o período de carência para a comercialização pelo fato de não ha-


NOVIDADE ver risco para a saúde do consumidor. Diante disso, a produção comercial do ozônio é realizada pelo processo de descarga elétrica. Este é também chamado de processo corona, no qual um gerador de ozônio que utiliza esse processo é constituído por dois eletrodos submetidos a uma elevada diferença de potencial. O gerador de ozônio é acoplado a um cilindro de oxigênio, e o gás O3 é gerado pela passagem de ar ou oxigênio puro entre os dois eletrodos. Essa reação dissocia, “quebra” o oxigênio (O2) que, então, reagirá instantaneamente e formará o ozônio (O3).

Aplicação e benefícios A tecnologia de ozonização vem sendo muito utilizada na agropecuária. O ozônio pode ser aplicado, na forma gasosa, em depósitos, câmaras de armazenagem de frutas e silos para proteger e preservar grãos, assim como dissolvido em água, na etapa de manipulação, processamento e lavagem de frutas e hortaliças. Além disso, tal tecnologia garante a higiene do processo e melhora a cor, odor e o aspecto visual desses produtos. Estudos demonstram que o ozônio vem sendo empregado como alternativa no controle de fungicidas sintéticos, evitando o uso de produtos quími-

cos prejudiciais à saúde do consumidor. Quando o ozônio é aplicado para lavagem utilizando-se água ozonizada, a concentração do ozônio e o tempo de aplicação são menores no comparativo com a aplicação do ozônio gasoso em câmaras de armazenagem. Porém, observa-se que o resultado da sanitização, quando se faz uso dessa tecnologia, é dependente do tipo de alimento, da dose do ozônio e do tempo de exposição do produto. De fato, são necessários estudos mais amplos em detrimento das repostas diferenciadas na inativação dos diversos patógenos que afetam a conservação pós-colheita de frutas, hortaliças e grãos, bem como seus efeitos sobre as propriedades e os parâmetros de qualidade das espécies tratadas. Sabe-se que o forte efeito oxidativo do ozônio pode afetar a qualidade nutricional e sensorial dos produtos submetidos a esse tratamento. Outra característica interessante apresentada pelo uso do O3 é o seu potencial de retardamento do processo de amadurecimento de frutas e vegetais por meio da reação química com o etileno, removendo este composto produzido naturalmente pelo processo respiratório. Assim, o ozônio também pode ser utilizado não somente como um agente sanitizante, mas como uma ferramenta para aumentar a vida útil de muitas frutas e vegetais na etapa de armazenamento, uma vez que minimiza o potencial de infecções pós-colheita, sobretudo as ocasionadas por fungos e, consequentemente, aperfeiçoa sua logística de distribuição.

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Contra pragas e doenças Fungos, bactérias, vírus e parasitas constituem os microrganismos contaminantes de vegetais. Os fungos são a principal preocupação relativa à fitossanidade, sendo que alguns fungos de armazenamento apresentam potencial de produção de micotoxinas (toxinas produzidas por fungos que, quando ingeridas em altas concentrações, podem ser cancerígenas ou teratogênicas) – esse é, portanto, um problema à saúde pública. Com isso, a ozonização tem se tor-

nado uma tecnologia promissora para o controle dos fungos que trazem riscos à comercialização e segurança de diversos produtos agrícolas. A inativação dos microrganismos pela ozonização se dá pela ruptura ou desintegração de sua membrana celular e consequente perda de conteúdo celular. Tal processo é mais eficaz do que desinfetantes convencionais, os quais necessitam atravessar a membrana celular para serem ativos. O ozônio gasoso é um forte agente sanitizante e fumigante, podendo ser usado para desinfetar alimentos em câmaras de armazenagem; durante o transporte, para prevenir o aparecimento de bactérias, mofos e leveduras na superfície dos alimentos; e para controlar o desenvolvimento de fungos e o ataque de insetos em silos graneleiros. A aplicação da água ozonizada é de suma importância para o controle da qualidade microbiológica de frutas e vegetais, objetivando a redução significativa da presença de patógenos nos produtos in natura e minimamente processados. Nesses termos, a eficácia da tecnologia tem sido confirmada por diversas pesquisas, apresentando largo espectro antimicrobiano, com eficiência no controle de fungos, bactérias, vírus e protozoários, além de esporos de fungos e de bactérias.

Investimento A implementação da tecnologia em pequenas empresas e casas de embalagens pode até trazer preocupações em relação ao custo do investimento. O maior gasto se refere à aquisição do gerador de ozônio, o qual deve estar bem dimensionado ao volume de produtos a serem tratados. Quanto aos cálculos necessários para saber o retorno do investimento, é fundamental considerar a economia em reagentes químicos necessários para a sanitização. Hoje, eles têm impactado nos custos de operação. Por esses motivos, o Brasil se tornou um dos mercados mais promissores para adotar a ozonização como ferramenta de controle de patógenos pós-colheita. •

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DOENÇAS

INDUTORES DE RESISTÊNCIA NO CONTROLE DE DOENÇAS A indução de resistência envolve a ativação de mecanismos de defesas latentes e existentes nas plantas em resposta ao tratamento com agentes bióticos e abióticos

O

s agentes indutores, capazes de ativar ou induzir qualquer resposta de resistência nas plantas, são chamados elicitores. Eles podem apresentar natureza química variada, como oligossacarídeos, glicoproteínas, olegopeptídeos ou ácidos graxos, o que demonstra a não existência de característica estrutural única na atividade elicitora. Nesse sentido, os indutores de resistência em plantas não atuam do mesmo modo que os fungicidas, matando o organismo alvo do produto em questão, mas sim ativando os mecanismos de defesa latente nas plantas. Por mais que não possuam sistema imunológico, como os animais, as plantas podem reconhecer estímulos e responder a eles, se defendendo tanto para estresses bióticos quanto para abióticos.

Segundo o consultor técnico Edson Zuquetto, a Resistência Induzida (RI) pode ser ativada em plantas por uma série de substâncias, evitando ou atrasando a entrada e/ou a subsequente atividade do patógeno em seus tecidos, por meio de mecanismos de defesa próprios.

Edson Zuquetto, consultor técnico

A resistência induzida é um fenômeno biológico complexo que envolve a ativação de vários processos, incluindo a hipersensibilidade, barreiras estruturais, aumento da síntese de fitoalexinas e acúmulo de proteínas relacionadas à patogênese, como a hidrólise B 1,3-glucanase, que degrada paredes celulares de patógenos fúngicos, além de quitinases.

Contra as doenças Entre as doenças que os indutores

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DOENÇAS controlam estão as fúngicas e bacterianas, como Ramularia, Phytophtora, Colletotrichum, Alternaria, Fusarium, oídio, Verticillium, Xanthomonas, entre outras. Entretanto, os indutores de resistência também são utilizados visando o controle de pragas, como algumas espécies de nematoides e insetos.

Culturas beneficiadas Os indutores de resistência podem ser utilizados em diversas culturas, como tomate, cebola, batata, banana, mamão, pimenta, pimentão, alface, maracujá, gérbera, morango, café, cana-de-açúcar, manga, goiaba, carambola, romã, citros, soja, milho, feijão, algodão, trigo, arroz etc. “As recomendações de uso seguem parâmetros técnicos, essencialmente de forma preventiva. Seguem intervalos de aplicações variando, em média, de 15 a 30 dias via pulverizações foliares”, indica Edson Zuquetto. Ainda segundo ele, alguns produtos são recomendados, como tratamento pós-colheita (imersão na calda), e em fertirrigação.

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Dosagens

tando a orientação do fabricante ou consultor. Quanto ao custo de aplicação, Edson Zuquetto afirma que é variável de acordo com as dosagens recomendadas e o número de aplicações durante o ciclo das culturas. “Os custos atuais variam de R$ 30,00 a R$ 70,00/ha, por aplicação”, calcula.

Vale a pena? Partindo do princípio de que grande parte desses indutores de resistência é atóxica e natural, podendo reduzir significativamente a incidência de doenças e pragas nas culturas utilizadas, consequentemente, há um incremento na produtividade, chegando, em alguns casos, a diminuir o uso de agroquímicos. Dessa forma, a relação custo-benefício é bastante satisfatória. Vale lembrar, inclusive, que alguns produtos apresentam certificações de aprovação para uso de cultivos orgânicos, como a IBD. •

Os indutores de resistência em plantas não atuam como os fungicidas, matando o organismo alvo, mas sim ativando os mecanismos de defesa latente nas plantas

As dosagens são variáveis de produto a produto, mas, em média, seguem padrões de 0,5 a 1 litro ou quilo por hectare dos produtos comerciais (1 a 2 mL ou grama por litro de água), sempre respei-


frutas

A fruta mais nutritiva da natureza

Fotos: Rodrigo Anholeto

Avocado

O avocado é uma variedade do abacate originada da Califórnia. Encontrado predominantemente no tipo Hass, ele se diferencia por ter casca dura, menos água e ser rico em óleo

C

om forte demanda no exterior, o avocado é considerado a fruta mais nutritiva da natureza: indicado na maioria das dietas, é rico em vitaminas antioxidantes como A, C e E, e contém três vezes mais vitamina B6 que uma porção de banana. Oferece 14 minerais e 11 vitaminas, além de conter 10% menos calorias que o abacate comum consumido no Brasil. Fonte de fibras, poderoso antioxidante e auxiliar na prevenção de diversas doenças, o avocado ainda é pouco conhecido entre os brasileiros. A fruta chegou ao Brasil em 1975, quando o engenheiro agrônomo Paulo Roberto Leite de Carvalho começou a cultivar diversas variedades de abacate e iniciou as atividades da Jaguacy Brasil em

Bauru, no interior de São Paulo. Hoje, a empresa é especializada na produção, no fornecimento e na exportação do avocado. A Jaguacy vende cerca de quatro mil toneladas da fruta por ano e detém, junto com seus parceiros, 85% do mercado nacional. Apenas 10% da produção da empresa são voltados para o mercado interno, que exporta o avocado para mais de 20 países e concorre com gigantes da área, como Peru e África do Sul. Os diferenciais da Jaguacy Brasil são o forte investimento em alta tecnologia e a certificação de seus produtos, e, por isso, a empresa tem posição de grande destaque no mercado. O empresário conta que seu produto é bem aceito devido às boas práticas de

produção, certificadas por Tesco e Globalgap, estando, agora, em fase de aprovação o BRC. “No mercado interno, o consumo tem evoluído ano a ano. Desde 2011, o investimento em ações mercadológicas, como divulgação do fruto e conscientização nutricional do avocado, tem ajudado a impulsionar o consumo”, confirma.

A produção A maior parte da produção está centralizada na cidade de Bauru (SP), mas também existem pomares no noroeste do estado de São Paulo, norte do Paraná e sul de Minas Gerais. Paulo Carvalho diz que a fruta exige um manejo diferenciado. “O pomar deve ser podado adequadamente para ventilar e ensolarar a parte central (miolo) da planta. Também é preciso fazer o manejo adequado de fungicidas e o combate às pragas, com o objetivo de possibilitar que o fruto não tenha defeitos na casca, e, consequentemente, não haja a depreciação do fruto”, ensina. Quanto à nutrição, as normas aplicadas são as mesmas de um pomar bem conduzido.

Agregado de valor O avocado tem um diferencial com relação ao abacate – ele possui menos água que o abacate comum, sendo que tal “concentração” nutricional é o seu grande valor agregado. Como curiosidade, o Guiness Book (livro dos recordes) elegeu o avocado como a fruta mais nutritiva da natureza. • 36

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Miriam Lins


pragas

informe técnico

Produção de feijão-vagem no Brasil panorama

Produzido principalmente por pequenos produtores, o Brasil produz 57 mil toneladas de feijão-vagem

O

feijão-vagem, feijão-de-vagem ou simplesmente vagem, como é conhecido, é um alimento consumido em diversos países. Estimase que a produção mundial esteja em torno de 6,5 milhões de t/ano (FAO, 2010), sendo a China o principal produtor, seguido por Indonésia e Turquia.

No Brasil, ocupa a sexta posição em volume produzido, com 56 mil t/ano e consumo de 0,7 kg/pessoa/ano (SIDRA, 2006; CEASA, 2010). O feijão-vagem pertence à mesma família e espécie botânica do feijão comum (Phaseolus vulgaris L.) e é uma hortaliça da qual são consumidas as vagens

ainda imaturas. A região Sudeste do Brasil produz cerca de 37 mil t/ano de feijão-vagem, sendo o estado do Rio de Janeiro responsável por 21% dessa produção. No Rio de Janeiro, a média de comercialização de feijão-vagem, somando-se todas as unidades de revenda da Central de Abastecimento (CEASA) é de, aproximadamente, 600 t/mês (CEASA, 2010). Portanto, a demanda é maior que a oferta. Isso indica que o cultivo de feijão-vagem é uma opção rentável para os pequenos produtores do norte e nordeste fluminense. De fato, o feijão-vagem é uma boa alternativa para ser usada no período de entressafra de outras olerícolas, tanto em ambientes protegidos como não protegidos, pois, além de aproveitar as estruturas de tutoramento e a adubação residual, serve para quebrar o ciclo de algumas doenças, constituindo uma boa oportunidade para diversificar a produção.

Ana Maria Diniz

Produtividade

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A maior produtividade dessa hortaliça é favorecida por temperaturas do ar na faixa de 18 a 30 °C durante o ciclo de desenvolvimento, não tolerando temperaturas elevadas, nem geadas. No período entre a diferenciação dos botões florais e o enchimento dos grãos nas vagens, as altas temperaturas reduzem o número de vagens por planta, devido à esterilização do grão de pólen com consequente queda das flores. Embora algumas pesquisas estejam sendo desenvolvidas no Brasil, refletindo em melhorias no manejo e na produtividade dessa cultura, o melhoramento de características de interesse agronômico e de qualidade do grão


informe técnico

pragas

USP

salada temperada com óleo, sal e vinagre. Mas pode ser usada também em saladas mais elaboradas, juntamente com folhas verdes ou, ainda, numa salada de maionese, bem como em tortas, sopas, refogados, cozidos e omeletes. As vagens, além de serem fontes de vitaminas A, B1, B2 e C, são ricas em fósforo, potássio e fibras. Por se adaptarem a clima seco e quente, preferindo temperaturas entre 15 e 30 °C, os preços mais elevados do produto ocorrem, normalmente, de junho a setembro.

tem sido praticado, de certo modo, empiricamente.

Características próprias O feijão-vagem é planta originária do México e da Guatemala. Para alguns, a Ásia tropical também é aceita como local de origem dessa espécie. O que diferencia o feijão-vagem dos outros feijões é o fato de o grão ser colhi-

do ainda verde e ser consumido juntamente com a vagem. É uma leguminosa da família das Fabaceae, assim como o feijão-fradinho, a ervilha, a soja, o feijão-preto e a fava italiana. A exploração comercial consiste no aproveitamento direto das vagens ainda tenras que são consumidas in natura ou industrializadas. O uso mais comum da vagem inteira ou picada, após ligeiro cozimento, é a

Escolha correta da área e análise do solo Recomendam-se áreas não cultivadas com espécies da mesma família botânica nos últimos anos. Preferencialmente, é necessário utilizar solos leves e profundos, com mais de 3,5% de matéria orgânica e com boa drenagem. A análise do solo precisa ser feita com antecedência para conhecimento da fertilidade do solo. Com base nessa análise, o técnico do município poderá fazer a recomendação adequada da acidez do solo e adubação orgânica.

panorama

A vagem é uma boa alternativa para ser usada no período de entressafra


luz

informe técnico

panorama

Época de semeadura A temperatura média ideal para o crescimento e a polinização é de 18 a 30 °C e 15 a 25 °C, respectivamente. Em temperaturas abaixo de 15 °C, as vagens ficam em forma de gancho. Temperaturas acima de 30 °C durante a floração levam ao aborto de flores, enquanto temperaturas entre 8 e 10 °C paralisam o crescimento. A planta não resiste a temperaturas abaixo de 0 °C. Os ventos durante o florescimento podem prejudicar a polinização ou causar a queda de flores por desidratação.

Semeadura e espaçamento O cultivo do feijão-vagem é realizado por semeadura direta em sulcos ou covas, feita manualmente ou com semeadora de tração mecânica ou manual. O espaçamento deve ser de 1,20 a 1,50 m entrelinhas por 40 a 50 cm entre plantas.

Irrigação

Tutoramento O tutoramento é necessário para evitar doenças, ordenar o crescimento das plantas e facilitar a colheita. Pode-se tutorar o feijão-vagem com varas, bambu, ráfia e tela agrícola. Para permitir maior ventilação entre as plantas, uma boa alternativa é o tutoramento vertical, sendo recomendado, sempre que possível, o uso do sistema de sucessão de culturas tomate/vagem para aproveitamento do tutor.

Adubação de cobertura e manejo de plantas espontâneas A adubação de cobertura, quando necessária, precisa ser feita com base na análise do solo e nos teores de nutrientes do adubo orgânico, aos 20 e 40 dias após a germinação. A fase crítica da competição das plantas espontâneas com a cultura do feijão-vagem ocorre da germinação até os 40 dias. Nesse período, se houver necessidade, deve-se capinar na linha de plantio, mantendo-se uma cobertura de plantas espontâneas ou plantas de cobertura nas entrelinhas.

Colheita

Desbaste O desbaste é uma tarefa manual que consiste em retirar o excesso de plantas na fila de plantio. Realiza-se essa operação aos 20 dias após a semeMiriam Lins

Recomenda-se, a céu aberto e no

adura, deixando duas plantas por cova.

cultivo protegido, irrigar por gotejamento, e fazer o controle da irrigação para não encharcar o solo e propiciar a entrada de doenças de solo. Deve-se realizar a irrigação somente pela manhã, principalmente no outono.

A cultura do feijão-vagem, normalmente, atinge seu ponto de colheita com 50 a 60 dias e entre 70 e 80 dias após o plantio, para as variedades de crescimento determinado (rasteiras) e indeterminado (tutoradas), respectivamente. O ponto de colheita ocorre cerca de 15 dias após o florescimento, estando as vagens com 20 cm de comprimento, tenras e quebradiças. É preciso evitar a colheita nas horas mais quentes do dia, para que não ocorra a murcha prematura. As vagens são colhidas manualmente e acondicionadas em caixas plásticas de colheita; nesse momento, devemos ter o cuidado para não danificar as plantas ou machucar as vagens.

Classificação e embalagem As caixas são levadas para um local onde são feitas a classificação e a embalagem do produto. Esse local deve ser à sombra e ventilado. O feijão-vagem é comercializado nas Ceasas do país em caixas do tipo “k”, de 15 kg, e nos sacos de ráfia, com 10 kg. Mais recentemente, embala-se o produto em bandejas de plástico ou de isopor (500 g a 1 kg). • Fontes: Novo Manual de Olericultura - Fernando Antônio Reis Figueira / Centrais de Abastecimento (CEASA) / Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF). Só a região Sudeste do Brasil produz cerca de 37 mil t/ano de vagem

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informe técnico

luz

Medidas de controle Para o controle eficiente das pragas, Daniel Ferrer, produtor em Amanhece, distrito de Araguari (MG), adota o acompanhamento diário do desenvolvimento da cultura e medidas preventivas, a exemplo do Manejo Integrado de Pragas (MIP). Em contrapartida, com a doença instalada na cultura da vagem, Rodrigo Pele-

Arquivo

E

ntre as pragas mais comuns na produção de vagem estão a mosca-branca, o ácaro e a vaquinha, que incidem com mais frequência nas épocas em que o clima se encontra com umidade baixa e temperatura alta. Assim, como medida essencial, Rodrigo Nunes Pelegrini, consultor em hortaliças da Cia da Terra Agronegócios, aponta o monitoramento diário na lavoura. As pragas citadas anteriormente podem provocar danos que variam de 50 a 70% da produção, podendo chegar a 100%, dependendo da alta infestação.

fitossanidade

Pragas e doenças que atacam a lavoura de vagem

grini recomenda, como medida curativa, o uso de defensivos químicos. “Porém, não tendo muito sucesso, é necessário adotar medidas mais bruscas, como o arranquio das plantas infectadas”, ressalta.

Inovações Hoje, o mercado tem pesquisado a eficiência de produtos biológicos não

agressivos ao meio ambiente e à humanidade, com excelentes resultados, quando a técnica é intercalada com produtos químicos. “Para ter sucesso na colheita da vagem, os produtores da região optam por plantios em períodos de umidade elevada e temperaturas mais baixas, que não favorecem o desenvolvimento de fungos”, conclui Rodrigo Pelegrini. •


informe técnico

Tadeu Miranda de Queiroz

Engenheiro agrícola, doutor em Irrigação e Drenagem e professor da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) tdmqueiroz@yahoo.com.br

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riginário da América (México ou Peru), o feijoeiro domesticado (Phaseolus vulgaris) adaptou-se bem às condições de solo e clima brasileiros e caiu no gosto popular, sendo cultivado e consumido nos quatro cantos do país. Seu consumo é caracterizado por costumes e preferências regionais, sendo a sua cor uma das variáveis consideradas pela escolha em cada região. Alimento rico em proteína (20 a 25%), forma uma dupla imbatível com o arroz no prato do brasileiro. Os grãos maduros e secos são consumidos diariamente em forma de ensopado, mas servem também como ingrediente fundamental de vários pratos típicos, como feijoada (RJ), feijão empamonado (MT), feijão tropeiro e tutu de feijão (MG), baião de dois (CE), acarajé (BA) etc. Outra opção é consumi-lo juntamente com a vagem e os grãos verdes, recebendo, nessa forma, o nome de feijão-verde, feijão-vagem ou simplesmente vagem, ideal para o consumo in natura em saladas, conservas, refogados, cozidos, sopas e outros acompanhamentos para carnes e peixes. É um alimento rico em fibras, ferro, cálcio, vitaminas do complexo B, carboidratos e proteína.

Opções Praticamente todos os cultivares de feijão podem ser consumidos verdes no estado de vagens. Para essa finalidade, existem vários cultivares adaptados que fornecem vagens maiores, mais tenras e macias, lisas e de sabor mais adocicado. Para a escolha da melhor varie42

dade, o agricultor deve recorrer à assistência técnica especializada. A vagem é tipicamente uma cultura de cinturão verde, cultivada em pequenas áreas por agricultores familiares ou microempresários rurais. Ela demanda muita mão de obra, principalmente para tutoramento durante a condução da lavoura no cultivo em espaldeira.

Plantio O plantio se dá, preferencialmente, por semeadura direta com duas a três sementes por cova em fileiras simples ou duplas. O ciclo pode variar de 80 a 120 dias, com início da colheita duas a três semanas após a floração, estendendo por um período de 30 a 50 dias. A produtividade média esperada é de 10 a 15 mg/ha, podendo atingir 30 mg/ha, quando cultivada em condições ideais. As vagens comerciais possuem comprimento de 15 a 30 cm e diâmetro de 5 a 10 mm. Alguns cultivares podem produzir vagens mais alongadas, alcançando até 100 cm de comprimento – elas são popularmente conhecidas como feijão-de-metro ou feijão macarrão. Existem vagens coloridas (roxas ou amarelas), mas a preferida é a de coloração verde típico e uniforme, sem manchas ou feridas provocadas por doenças, insetos ou tratos culturais.

Irrigação O feijão vagem é uma cultura que responde bem à irrigação, e, em regiões com disponibilidade de água, pode ser cultivada o ano todo. Prefere solos úmidos, mas não encharcados, em que os índices de umidade devem permanecer próximos à capacidade de campo. A quantidade de água requerida para um ciclo completo de cultivo

JUNHO 2014

Ana Maria Diniz

irrigação

Manejo de irrigação para vagem

pode oscilar entre 400 e 600 mm, dependendo de fatores como variedade, espaçamento, estande, clima, solo, ciclo, disponibilidade de água etc. A demanda hídrica diária fica em torno dos 6 mm nos períodos de maior consumo, caracterizados por floração, formação e crescimento das vagens. Convém salientar que a cultura se adapta a qualquer método de irrigação. Porém, por ser geralmente culti-


to variável da irrigação fica por conta do consumo de energia para o bombeamento. Por isso, o agricultor irrigante deve ficar atento aos horários de tarifa reduzida na sua região.

Métodos de irrigação

Recomendações O intervalo entre irrigações (Turno de Rega – TR) pode ser fixo ou variável. A maioria dos agricultores prefere trabalhar com TR fixo, pois assim consegue planejar e executar os tratos culturais com mais eficiência. Por se tratar de cultura de pequeno porte e de sistema radicular pouco profundo, o intervalo entre irrigações não deve ultrapassar uma semana. O momento certo de irrigar (manejo) pode ser definido por vários méto-

Miriam Lins

A irrigação por sulcos está em desacordo com os indicativos de sustentabilidade, e o seu uso em declínio, apesar de ainda ser utilizada no mundo todo. No Brasil, esse método é mais comum em perímetros públicos de irrigação, abrangendo parte do norte de Minas e a região Nordeste do país. Diante disso, a eficiência de distribuição de água também é baixa, o que pode levar a uma produção desuniforme. Apresenta como vantagens o fato de demandar pouca tecnologia, ser geralmente de baixo custo e não molhar a parte aérea da cultura. A irrigação por aspersão convencional é um dos métodos mais difundidos no país, sendo que apresenta baixo custo, facilidade de operação e boa uniformidade de distribuição. A principal desvantagem para o cultivo da vagem é o fato de molhar toda a parte aérea das plantas, contribuindo para a proliferação de doenças, especialmente aquelas provocadas por fungos.

Enquanto isso, a microaspersão possui características semelhantes à aspersão convencional, agregando como vantagem a melhor eficiência de aplicação. Porém, demanda maior investimento no sistema de distribuição de água, o qual deve ser dotado de dispositivo de filtração (filtros de areia e disco) para evitar entupimentos. A irrigação por gotejamento é a que reúne as melhores vantagens técnicas, distribuindo a água na medida certa, gota a gota, requerendo maior investimento inicial e especial atenção com a salinização do solo. Cumpre ressaltar que ela evita o molhamento da parte aérea e mantém a zona radicular em condições ideais de umidade.

irrigação

informe técnico

vada em pequenas áreas, os métodos mais empregados são a irrigação por sulcos, a aspersão convencional, a microaspersão e o gotejamento. De fato, o sistema de sulcos é o mais barato e o gotejamento, o mais caro. O principal componente do cusCom disponibilidade de água, a vagem pode ser cultivada o ano todo

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dos, sendo a estimativa da evapotranspiração da cultura e o monitoramento da umidade do solo os mais comuns. Para estimar a evapotranspiração, utiliza-se um conjunto de equações e coeficientes baseados em medidas de variáveis climáticas (estação meteorológica) ou tanque de evaporação Classe A. Esses métodos estimam a evapotranspiração de referência (ET0), a qual deve ser corrigida por uma constante (Coeficiente de Cultura – kc), com vistas a determinar a evapotranspiração da cultura (ETC) para cada estádio de desenvolvimento.

Obstáculos Há poucas informações específicas para o feijão-vagem, uma vez que as recomendações feitas para o feijão grão atendem satisfatoriamente a vagem. A principal diferença está na fase final do ciclo, quando o feijoeiro destinado à produção de grãos começa a secar, enquanto a vagem mantém seu desenvolvimento. A dificuldade de acesso aos dados de uma estação meteorológica oficial ou a aquisição de uma estação meteorológica própria muitas vezes inviabi-

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liza a utilização desse método. Mesmo o uso do Tanque Classe A, considerado um equipamento simples, é pouco difundido. Outra opção de manejo da irrigação é o monitoramento da umidade do solo por métodos indiretos, sendo a tensiometria o principal deles. Pela medida do potencial matricial, pode-se estimar a umidade do solo por meio da curva de retenção de água no solo, também chamada de curva característica. O irrigante deve encaminhar amostra representativa da área irrigada para um laboratório de solos, a fim de se determinar a curva característica. Para a faixa de utilização recomendada para o tensiômetro (0 a 80 kPa), o agricultor pode utilizar uma equação potencial simples, ao passo que, para as aplicações mais precisas, o modelo mais utilizado e recomendado é o de Van Genuchten; todavia, para o uso diário no campo, tal método pode se tornar inconveniente devido à complexidade de cálculo. Nesse contexto, o potencial matricial para o feijão-vagem deve variar na faixa de 30 a 50 kPa, para evitar excessivo estresse hídrico. Há, no mercado, diversos modelos e marcas de tensiômetros. O tensiômetro com vacuôme-

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tro de Bourdon é menos comum, sendo o tensiômetro para leitura por punção, com o auxílio de um tensímetro digital, o mais prático e recomendado.

Quanto custa? A mensuração de custos e receitas é muito variável em função da época do ano e da região. No entanto, quaisquer que sejam o equipamento de aplicação de água e o método de manejo utilizados, a irrigação da vagem é economicamente viável. Nesses termos, a novidade no cultivo de vagem irrigada, em regiões com pouca disponibilidade de água, diz respeito à irrigação com déficit. Nela, busca-se maximizar o lucro, e não a produtividade. Vale lembrar que o déficit não deve prejudicar a qualidade, tornando-o impróprio para a comercialização. Com uma produtividade de aproximadamente 10 mg/ha, o custo de produção da vagem não deve ultrapassar R$ 1,00/kg, dos quais 3 a 5% são relativos aos gastos com energia de bombeamento de água para irrigação. Atualmente, a vagem chega ao consumidor final na faixa de R$ 3,00 a R$ 6,00 por quilo. •

Miriam Lins

IRRIGAÇÃO

INFORME TÉCNICO


Miriam Lins

Luize Hess

MECANIZAÇÃO

Pulverização tratorizada no tomate é possível O uso de pulverização tratorizada na tomaticultura estaqueada é uma novidade e exige diversas adaptações, mas se mostra muito viável

E

ntre as vantagens da pulverização tratorizada estão: a diminuição do número de pessoas envolvidas na operação; evitar que muitos funcionários tenham contato com defensivos; o melhor controle da aplicação dos defensivos (pular aplicação ou fitotoxidade por excesso de concentração); favorecer as aplicações em horários em que as temperaturas sejam muito altas (ex.: final de tarde e início da noite).

Adaptações

O que muda

Várias adaptações foram feitas pelos tomaticultores no sistema tratorizado, como mostra o engenheiro agrônomo João Roberto do Amaral Junior: ÆÆ Espaçamento para a entrada do trator com pulverizador; ÆÆAdaptações de pulverizadores utilizados em café e laranja, quanto à pressão empregada; ÆÆAdaptação de barras no alto com pingentes longos para cobrir toda a área foliar em alguns tipos de equipamentos; ÆÆAdaptação de altura em pulverizadores autopropelidos, para passar por cima do estaqueamento (inviável pelo alto custo do equipamento); ÆÆMudanças nos equipamentos de irrigação localizada para o pulverizador passar por baixo, em alguns casos de equipamentos.

Segundo João Roberto, as mudanças acontecem no espaçamento da cultura, dependendo do tipo de equipamento empregado. “A área a ser utilizada poderá determinar o tipo de equipamento adequado, pois certas topografias dificultam o emprego de barras. Assim, há a necessidade de enterrar o encanamento de irrigação ou suspender acima do pulverizador”, pontua o agrônomo. O principal motivo que levou à mecanização da etapa foi a escassez de mão de obra. Depois, veio a segurança na aplicação, por haver menos pessoas envolvidas na pulverização e, por fim, favorecer a aplicação fora do horário de trabalho dos funcionários que realizam outros tratos culturais. •

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EMPRESA

Dalneem

Dalneem destaca benefícios da torta de neem zamento e quebrar a dormência de sementes e gemas, entre outros. No caso da torta de neem, após seu uso observou-se maior brotação, enraizamento e produtividade, podendo substituir o fotoperíodo em condições de dias longos, incentivando assim a fase vegetativa da planta e sua produção constante. Também influencia na partenocarpia, no desenvolvimento de frutos, na produção do etileno e definição sexual, resultados atingidos pelo teor de auxina natural. Já no caso das giberelinas, reguladores de crescimento com efeito semelhante às auxinas, temos os resultados observados na indução floral, crescimento geral da planta e germinação de sementes.

Em campo

Shutterstock

Em testes realizados a campo, observamos um aumento na produtividade de 40% em tomates, morangos e pimentões, realizando uma aplicação semanal de 3-5% da dose do adubo na adubação de base e cobertura.•

Simone Ribeiro

Técnica agrícola da Dalneem

A

torta de neem, por ser rica em giberelina e auxina, reguladores de crescimento que têm papel fundamental em várias fases do vegetal, tem mostrado grandes resultados quando usada na adubação de base na proporção de 3-5% do peso do adubo, e em toda adubação de cobertura. Os reguladores de crescimento 46

também são utilizados no campo para obtenção de diversos efeitos, tais como promover ou inibir o florescimento, aumentar a frutificação efetiva, provocar o raleio de frutos, controlar a maturação e senescência, promover o enrai-

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Em testes realizados a campo houve um aumento na produtividade de 40% em tomates que receberam neem



TÉCNICA

Hidroponia

Maior duração das hortaliças Glaucio da Cruz Genuncio

Doutor em Nutrição Mineral de Plantas glauciogenuncio@gmail.com

Everaldo Zonta

Doutor em Fertilidade dos Solos

Elisamara Caldeira do Nascimento Talita de Santana Matos Mestres em Fitotecnia

A hidroponia e a pós-colheita A hidroponia tem influência direta na maior durabilidade pós-colheita devido à manutenção do sistema radicular na póscolheita de hortaliças folhosas cultivadas sem solo. Nesses termos, a durabilidade está em função da síntese de um hormônio chamado de citocinina, que é de ocorrência natural nos vegetais. Tal substância é produzida nas raízes das plantas. O conhecimento da relação entre citocinina e auxina é importante por ser de caráter fundamental para o estabelecimento do vegetal, tanto no seu desenvolvimento inicial (crescimento e acúmulo de massa) quanto nos estádios posteriores do seu desenvolvimento, a exemplo do estabelecimento de drenos (flores e frutos, no caso de hortaliças frutíferas). Vale ressaltar que não existem plantas que tenham a síntese inibida para esses dois hormônios. 48

Waldomiro Borba

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s hortaliças cultivadas no sistema hidropônico têm uma duração pós-colheita muito maior do que as plantas cultivadas no sistema tradicional, pois na planta há a presença contínua do hormônio denominado citocinina, que ainda perdura por um período posterior à colheita. Isso favorece o prolongamento da ação dessa substância natural e reduz a degradação de clorofila e proteínas, aumentando, por consequência, o tempo de pós-colheita ou de prateleira. Com isso, a manutenção das raízes, além de servirem para a identificação das hortaliças cultivadas em sistema hidropônico, mantêm a qualidade e a maior conservação das plantas.

A citocinina é sintetizada a partir de uma base adenina que será transformada em piruvato, e, logo após, em uma zeatina, por exemplo, forma de maior ocorrência natural nos vegetais. Após a sua síntese, dar-se-á o seu transporte através do xilema, juntamente com água e nutrientes, para a parte aérea das plantas. Seus principais efeitos na planta são: induzir a multiplicação celular da parte aérea e das raízes; regular, juntamente com as auxinas, o ciclo celular da planta, com atuação na organogênese dos tecidos; e estabelecer os drenos. Também atua, de forma primordial, na dominância apical, a partir do estímulo ao crescimento de gemas laterais, assim como na manutenção de clorofilas e enzimas (proteínas) e, principalmente, na redução da senescência foliar, processo favorecido pela geração de etileno, por posterior amarelecimento e queda das folhas. Os dois últimos efeitos são os fatores determinantes para a ampliação do tempo de prateleira das hortaliças hidropônicas. O mais interessante nesse contexto é que, ao se colher uma hortaliça hidropônica (folhosas), o local de síntese da cito-

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cinina é mantido em comparação às hortaliças colhidas nos demais sistemas de cultivo (convencional e orgânico), visto que, nessas plantas, culturalmente se retiram as raízes. Com isso, a manutenção do sistema radicular garante um tempo de prateleira maior dos produtos hidropônicos em comparação àqueles cultivados nos demais sistemas.

Mais vida De modo geral, a durabilidade póscolheita fica entre sete e 10 dias para as hortaliças hidropônicas, mas há relatos de 15 dias, quando mantidas em temperaturas adequadas (5 a 6 °C). A umidade relativa próxima a 70% também é essencial; logo, ao adquirir uma alface hidropônica, por exemplo, o seu armazenamento dentro de um recipiente lacrado (vasilha plástica) ou mesmo numa embalagem fechada é importante e, até mesmo, indispensável para que as folhas não percam qualidade, uma vez que dentro da geladeira a umidade não é totalmente adequada na manutenção da turgidez foliar. •



FOLHOSAS

NOVO MANEJO DA SEPTORIOSE EM ALFACE Carlos Eduardo Tucci

carlosetucci@terra.com.br

Ricardo Simões Junior

Engenheiros agrônomos e viveiristas

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septoriose (Septoria lactucae) atinge inicialmente as folhas mais velhas da alface, formando lesões marrom-claras, de bordas irregulares, que podem se juntar (coalescer) e formar lesões maiores, secando e destruindo toda a “saia” da planta. A doença normalmente se inicia por meio de semente infectada ou com o inóculo vindo de restos de cultura ou de cultivos mais antigos. É possível observar numerosos pontos de cor preta no centro da lesão (picnídios), nos quais são formados milhares de esporos que se disseminam para outras folhas e plantas por meio do vento e de respingos d’água. Na ausência da planta hospedeira, os picnídios funcionam como estrutura de sobrevivência do fungo no solo, contribuindo para a instalação do fungo na área.

Severidade da doença A importância da doença se deve às lesões no tecido foliar que prejudicam a qualidade do produto final e, consequentemente seu valor comercial. Sob infecção severa, a alface pode murchar, secar e morrer. Os prejuízos são maiores principalmente em épocas chuvosas ou em cultivos irrigados por aspersão, aliados a um clima ameno (20-25 °C) – essas condições são ideais para o de-

senvolvimento do patógeno. As regiões Norte e Nordeste são, portanto, menos suscetíveis à septoriose, devido às altas temperaturas.

A rotação de culturas por pelo menos um ano é importante meio para prevenir a doença

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Controle

Para um controle mais efetivo recomenda-se, de maneira geral, o manejo integrado das doenças envol-

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vendo todos os princípios e medidas disponíveis e viáveis de controle, como: • Plantar sementes e mudas certificadas, devido à possibilidade de contaminá-las quando compradas sem critérios; • Plantar em solos bem drenados, sobretudo no período chuvoso, evitando o acúmulo de água no solo, o que seria uma condição ótima para o desenvolvimento do patógeno; • Plantar em espaçamento que permita boa aeração entre as plantas, principalmente no verão; • Irrigar somente o necessário, se possível por gotejamento, evitando o encharcamento do solo;


• Adubar com base em análise de solo, evitando o excesso de nitrogênio; • Fazer a rotação de cultura por pelo menos um ano (as culturas mais indicadas são milho, repolho, berinjela, couve-flor, beterraba, feijão-vagem e cenoura); • Eliminar restos culturais (enterrar, queimar ou retirar da área), nomeadamente as folhas baixeiras atacadas pela doença e as que forem retiradas durante a toalete, pois o patógeno sobrevive tanto em sementes quanto em restos culturais. Tais medidas são essenciais para evitar a disseminação do patógeno na área e/ou controlar a doença, diminuindo as perdas na produção. •

Plantar sementes e mudas certificadas faz parte de um manejo preventivo da doença

Renata Theodoro

FOLHOSAS


folhosas

ácidos húmicos beneficiam o enraizamento da alface hidropônica Nilva Teresinha Teixeira

Engenheira agrônoma, doutora em Solos e Nutrição de Plantas e professora do Curso de Engenharia Agronômica do Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal (UNIPINHAL) nilvatteixeira@yahoo.com.br

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Eduardo Miyayaciki

s substâncias húmicas, que agregam os ácidos húmicos e fúlvicos, afetam a produtividade das plantas porque, entre outros fatores, melhoram as propriedades físicas e biológicas dos solos e colaboram com a formação de compostos fisiologicamente ativos. Com isso, elas influenciam o desenvolvimento das raízes e a absorção de nutrientes, favorecendo a produtividade vegetal. Considera-se que os efeitos po-

sitivos dos ácidos orgânicos sobre as plantas são justificados pelo estímulo no transporte de íons, na absorção iônica, na taxa respiratória e nas reações enzimáticas do ciclo de Krebs. Os ácidos orgânicos apresentam grupamentos auxínicos em sua estrutura que ativam as bombas de H+-ATPase da membrana plasmática. Esse fato promove a acidificação do apoplasto e o consequente aumento da plasticidade da parede celular, resultando no incremento da área e do comprimento radicular. Vale ressaltar que tais substâncias promovem incremento no conteúdo de clorofila, ácidos nucleicos e proteínas.

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Refere-se, também, que ácidos húmicos absorvidos pela planta, em estágios avançados do seu desenvolvimento, são uma fonte de polifenóis que funcionam como catalisadores da respiração. Como resultado, há o aumento da atividade metabólica do vegetal; a aceleração dos processos enzimáticos e da divisão celular; o crescimento mais rápido da raiz; e o aumento de matéria seca.

Vantagens Na literatura, é relatado o benefício do uso das substâncias húmicas em espécies vegetais cultivadas


Ufla

folhosas

Os ácidos húmicos aumentam o enraizamento da alface

em hidroponia, estimulando a produção de raízes. Entretanto, deve-se enfatizar que o cuidado com as doses é importante. No Curso de Engenharia Agronômica do Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal (UNIPINHAL) foi estudado, em sistema hidropônico, o comportamento de alface cultivada com doses crescentes de

ácidos húmicos e fúlvicos, na forma de formulado comercial. Os tratamentos foram: 1 – Controle; 2 – 10 g/1.000 litros de ácido húmico; 3 – 20 g/1.000 litros de ácido húmico; 4 – 30 g/1.000 litros de ácido húmico. As plantas de todas as parcelas re-

ceberam a solução nutritiva padrão para a cultura. As Figuras 1, 2 e 3 mostram os resultados da avaliação de massa verde e seca das raízes e da parte aérea e, também, do comprimento de raízes. Nota-se que, conforme todos os critérios de avaliação, a inclusão dos ácidos húmicos e fúlvicos beneficiou o desenvolvimento das plantas – parte aérea e sistema radicular. Entretanto, é possível inferir que, nas condições do ensaio, 20 g/1000 litros de solução foi a melhor dose. Ainda nas instalações de hidroponia do Curso de Engenharia Agronômica do Unipinhal, em Espírito Santo do Pinhal (SP), foi conduzido um ensaio com dois formulados comerciais, contendo ácidos húmicos e fúlvicos. Nele, avaliou-se a produção da massa verde e seca de raízes e da parte aérea. A Figura 4 mostra os resultados. Constate que ambos os formulados beneficiaram o desenvolvimento das raízes e da parte aérea das plantas, não ocorrendo diferenças entre os produtos empregados. •

Figura 1. Produção de massa verde e seca da parte aérea, em g /planta. Médias de 10 repetições.

Figura 3. Comprimento de raízes, em centímetros. Médias de 10 repetições.

Figura 2. Produção de massa verde e seca de raízes, em g/planta. Médias de 10 repetições.

Figura 4. Produção de massa verde e seca da parte aérea, em g/planta. Médias de 10 repetições.

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empresa

Desvendando o fosfito Daniela Vitti

Engenheira agrônoma, doutora em Ciências e coordenadora técnica da Biosoja

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uando pensamos em nutrição mineral de plantas, lembramonos de imediato dos três macronutrientes primários: nitrogênio, fósforo e potássio. Quanto ao fósforo, nota-se uma possível confusão já na nomenclatura. Afinal, fósforo, fosfito e fosfato são termos corretamente aplicados como nutrientes de plantas? Definitivamente, não. Apesar da semelhança na escrita, fosfito não é fonte de fósforo. Então, qual é a função desse tipo de produto? Quais benefícios o produtor tem ao aplicar fosfito via folha? Funciona?

O que é o fosfito

Fosfito como indutor de resistência Existe um sério problema técnico quando nos referimos ao produto como indutor de resistência, já que o registro dele é como fertilizante foliar, e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) considera esse tipo de afirmação como desvio de uso, sujeito a penalidades. Apesar disso, existem alguns trabaAna Maria Diniz

Conforme citado, o fosfito não é fonte de fósforo. Ele é a “Ferrari” que transporta, para dentro da planta, o nutriente que estiver a ele associado. É rapidamente absorvido e translocado pela planta através do xilema e do floema (sis-

têmico), pelo mesmo mecanismo do fosfato; porém, não existem evidências que mostram que o fosfito é ativamente metabolizado. Em trabalho desenvolvido na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), comprovou-se que o fornecimento do micronutriente por meio dessa fonte é mais rapidamente absorvido que cloreto, aminoácido, sulfato e EDTA, diferindo estatisticamente e provando essa característica do produto de maneira definitiva. Sendo mais eficiente na absorção, as doses empregadas de fosfitos devem ser menores que as utilizadas com outras fontes.

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lhos na literatura que mostram o inegável efeito do ânion fosfito na indução de resistência, promovendo, por exemplo, o aumento de fitoalexinas em citros. E o que são fitoalexinas? São substâncias de defesa das plantas sintetizadas em condições de ataque de patógenos ou quando as plantas são submetidas a alguma condição de estresse; logo, são como os anticorpos produzidos pelos animais quando do ataque de alguma doença. Porém, diferentemente dos animais, as plantas não possuem um mecanismo de “memória” bioquímica, que as tornem imunes durante todo seu ciclo. A planta precisa de constantes estímulos para a produção desse “exército” de defesa química. Por isso, as recomendações são de doses parceladas e constantes de fosfitos associados aos micronutrientes.

Fosfito com efeito fungistático Muitos trabalhos foram realizados para provar a sua ação como fungicida, matando diretamente o fungo, ou como fungistático, paralisando o desenvolvimento desse organismo. Em oomicetos, principalmente Phytophthora, a ação dos fosfitos, de maneira geral, é absolutamente consolidada. Outro exemplo de defensivo que se utiliza da característica de carreador do ânion fosfito é o glifosato (fosfito de metil-glicina). Ele aproveita a carona com o fosfito para absorção, transporte e redistribuição da molécula de interesse dentro da planta. Recentemente, o Mapa finalizou as discussões, com as indústrias produtoras de fertilizantes com base em fosfitos, para decidir em qual categoria esses produtos seriam enquadrados, uma vez que englobam inúmeras e inegáveis características. Definiu-se que ele continuará sendo um fertilizante foliar. Assim sendo, é incorreto utilizá-lo para qualquer outra função que não seja o fornecimento de nutrientes. •



evento

Defensive & Agrovant Pioneiras em especialidades agrícolas e produtos Premium

Ampliação da linha de trabalho Além das grandes culturas, a Nordox tem uma linha de produtos para culturas como café, hortaliças e frutas em geral, presente em todo o mundo. A participação mais expressiva do grupo Defensive & Agrovant está na região Sudeste, com técnicos qualificados para atender a região. “Atendemos a citricultura em São Paulo, a cafeicultura em Minas Gerais, cereais e hortifrúti no Sul, Nordeste e Centro -Oeste”, informa Luis Antonio Busato, coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento da Defensive. Asbjorn Stromberg elogia o grupo Defensive & Agrovant e destaca os ótimos resultados apurados pela empresa. “Eles estão em muitos lugares, 56

Fotos: Fransérgio Leão

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urante a Expocitrus, o grupo Defensive & Agrovant promoveu uma palestra técnica com o pesquisador da Universidade da Flórida, doutor James Graham, que falou a respeito do cancro cítrico na Flórida, EUA, e de suas implicações no Brasil. A Fabricante Nordox é uma empresa norueguesa presente em mais de 50 países, que trabalha com o cobre premium, chamado no Brasil de RedShield. A empresa Agrovant distribui exclusivamente o produto para todo o país, contando com serviços de apoio técnico e de venda que representam bem a qualidade do produto. “Todos querem atuar no mercado agrícola brasileiro, um setor promissor que cresce a cada ano. Como a Agrovant trabalha com um produto altamente técnico, a empresa precisa de uma equipe que esteja alinhada com esse perfil, para distribuir e divulgar o trabalho”, afirma Asbjorn Stromberg, gerente de Exportação da Nordox.

executando um trabalho difícil e atuando em seminários voltados para a citricultura e cafeicultura, com palestrantes da África do Sul, dos EUA, da Espanha, do México e da Austrália”, diz.

Expocitrus Durante a Expocitrus, o grupo Defensive & Agrovant realizou uma palestra que atraiu muitos visitantes. Para o gerente de Exportação da Nordox, Asbjorn Stromberg, essa é a maior feira representativa do setor no Brasil e oferece um importante suporte à Agrovant. “Os tempos estão difíceis, mas entendemos que aqui é uma oportunidade para estarmos próximos ao agricultor. Trouxemos um pesquisador da Universidade da Flórida, o doutor James Graham, que ministrou uma palestra a respeito do cancro cítrico naquela região. As pessoas se mostraram interessadas no tema e acredito que colheremos bons frutos daqui”, avalia Asbjorn Stromberg. O palestrante mostrou resultados

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com diferentes produtos à base de cobre em teste nos Estados Unidos, variando também as doses, a fim de mostrar o efeito positivo de RedShield para a citricultura. Tal produto apresentou os melhores resultados com as menores doses, devido à qualidade única de RedShield. E o gerente da Nordox garante: “Trabalhando com uma empresa séria como a Agrovant, com produtos tecnificados e bom custo-benefício, o retorno para o produtor, mesmo em época de crise, será positivo. Isso porque a Agrovant não só faz a venda, como também o pós-venda, o que é muito importante para garantir a comercialização do ano seguinte. Dessa forma, mantemos o cliente fiel ao produto, tornando essa aliança muito positiva”, conclui. •



frutas

nitrato de potássio foliar induz à quebra de dormência em fruteiras Lourenço Nyssen Timo Van de Lar

Engenheiros agrônomos e doutores em Fruticultura holantec@holantec.com.br

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aplicação de nitrato de potássio foliar em fruteiras, além de ser fonte de nutrientes, tem um efeito bastante interessante: a indução da quebra de dormência, em que são estimuladas as gemas de plantas frutíferas após estas terem completado a sua diferenciação. Isso significa que a gema estaria apta a produzir flores e frutos. Após o período de diferenciação, a planta inicia a fase de repouso em que acumula reservas (carboidratos) para que, no início da brotação, tenha a capacidade de florescer e frutificar. A aplicação de doses altas de nitrato de potássio foliar provoca a quebra de dormência antecipada, gerando a brotação, a florada, a frutificação e, consequentemente, a colheita. Essa é uma ferramenta de manejo muito interessante, pois permite uma melhora nos rendimentos do produtor, antecipando a colheita, quando geralmente os preços estão melhores. Também fideliza o mercado, oferecendo produtos por um período maior.

Shutterstock

Vantagens do nitrato de potássio via foliar

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A vantagem da aplicação foliar de nitrato está na rápida resposta das plantas, tanto na indução da quebra de dormência quanto na nutrição ou correção de deficiências nutricionais. Outro benefício da aplicação de nitrato de potássio foliar na pré-colheita é o seu efeito na melhora da coloração dos frutos e o


FRUTAS Erros

Timo Van de Lar, engenheiro agrônomo e doutor em Fruticultura

Arquivo

Os maiores erros são relacionados às doses. Isso porque doses excessivas podem causar danos à produção, com fitotoxidez, o que pode até comprometê-la. Com doses baixas, não se obtêm os resultados esperados, condenando a aplicação por não ter funcionado. Geralmente, esse é o maior erro encontrado em consequência da falta de orientação e do desconhecimento profundo da técnica.

aumento do teor de Brix (açúcares ou sólidos solúveis). O nitrato de potássio pode ser utilizado para melhorar a resistência das frutíferas contra danos de frio, a exemplo do chilling (escurecimento) em bananeiras e outras frutas. Também é utilizado na véspera da ocorrência de geadas, aumentando a concentração de sais nas células, além de reduzir a sensibilidade para até -1°.

A aplicação de nitrato de potássio foliar em fruteiras estimula a gema a produzir flores e frutos

Quando aplicar

A quebra de dormência deverá ser feita pelo menos 60 dias antes da brotação normal das plantas. Para a melhora da coloração e do sabor, o produto deve ser aplicado de 20 a 30 dias antes da colheita, e, para efeito do frio na véspera da entrada da frente fria, 24 a 48 horas antes do frio ou da geada.

Custo O custo depende do valor da compra por quilo e da dose utilizada, que, nesse caso, geralmente é significativa, pois o nitrato de potássio deve ser aplicado em altas doses para se obter os resultados esperados. Em todas as recomendações e nas diferentes técnicas, o benefício é muito maior que o custo da aplicação. Uma colheita antecipada pode melhorar bastante o preço médio de venda, sendo que a melhoria de qualidade dos frutos em cor e sabor tem aumento no preço final dos frutos. Perder ou não uma safra em geada leve significa muito, em se tratando de ganhos financeiros para o produtor.•


fruta

Cubiu é novidade no mercado Marcelo de Almeida Guimarães

Professor de Olericultura do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal do Ceará (UFC) mguimara@ufc.br

Felipe Rodrigues Costa Feitosa

Engenheiro agrônomo do Departamento de Fitotecnia da UFC

Jean Paulo de Jesus Tello Manuel Filipe Nascimento Garcia

Cientistas agrário e ambiental do Departamento de Fitotecnia da UFC

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Classificação Apesar de os frutos de cubiu serem comercializados em várias regiões do Brasil, ainda não foi estabelecida uma norma técnica de classificação. Portanto, frutos de diferentes formatos e estádios de maturação podem ser encon-

trados dentro das mesmas embalagens, fato recorrente em mercados e feiras de rua que comercializam o cubiu no estado do Amazonas. Em Manaus, Tabatinga e Benjamin Constant, o quilo da fruta chega a ser vendido por até R$ 3,00.

Composição mineral e de vitaminas Em cada 100 gramas de polpa de cubiu, pode-se encontrar a seguinte composição mineral e vitamínica média: caloria (41%); água (88,5%); proteína (0,9%); fibra (9,2%); cinzas (0,7%); cálcio (16 mg); fósforo (30 mg); ferro (1,5 mg); caroteno (0,18 mg); tiamina (0,06 mg); riboflavina (0,1 mg); niacina (2,25 mg); e ácido ascórbico (4,50 mg). Arquivo

cubiu (Solanum sessiliflorum Dunal), também conhecido como tomate de índio, maná, tupiro, topiro, cocona, orinoco apple e peach tomato, apresenta ampla variabilidade genética, tanto de suas características agronômicas quanto na composição mineral e de frutos. Essa hortaliça-fruto representa um recurso genético importante para a agroindústria e para programas que vi-

sem, em curto espaço de tempo, à melhoria da alimentação das pessoas. O cubieiro apresenta potencialidades para a agricultura moderna devido à rusticidade, à boa capacidade de produção e às múltiplas possibilidades de aproveitamento dos frutos. Suas propriedades nutricionais podem se constituir em grande atrativo para a população, os produtores agrícolas e o mercado de hortaliças.

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fruta

O cubiu pode ser utilizado com diferentes finalidades. Nesse sentido, os frutos são utilizados como alimento, o suco como cosmético, e as folhas e raízes, como medicamentos. O fruto tem como parte comestível a polpa. Devido ao seu sabor e aroma agradáveis, o cubiu pode ser consumido in natura como aperitivo (tira-gosto), na forma de saladas, doces e geleias, sendo apreciado também como condimento no tempero de pratos à base de carnes vermelhas, peixe e frango ou em molhos mais apimentados. Os japoneses têm comprado frutos de cubiu para a extração de pectina, substância utilizada no processamento de outros tipos de frutas para se atingir o chamado “ponto de geleia”. O consumo de frutos de cubiu em dietas com alimentos integrais e elevada concentração de fibra solúvel tem importante

Arquivo

Formas de consumo

efeito no trânsito intestinal, já que a pectina, presente neles, pode se ligar a ácidos biliares, atuar na troca de cátions, influenciar no metabolismo de lipídeos e glicídios, e, ainda, alterar a biodisponibilidade de minerais. Como cosmético, é utiliza-

do na limpeza e para o brilho dos cabelos. Vale ressaltar que as folhas maceradas podem ser utilizadas na cicatrização de ferimentos causados por picadas de aranha e inibição de bolhas em caso de queimaduras.

Condições ideaIs para o cultivo Clima

Solo e seu preparo

Produção de mudas

Transplantio Espaçamento

Irrigação

o cubieiro é uma espécie que se desenvolve muito bem em regiões com alta umidade relativa do ar (média anual de 85%) e quentes, com médias de temperatura variando entre 18 e 30° C. Em geral, produz mais à plena luz do que em condição de sombra. Pode ser cultivado desde o nível do mar até 1.500 metros de altitude; porém, acima dos 1.000 m, é possível observar redução na produtividade. os frutos de cubiu podem ser produzidos em solos de diferentes classes e com variadas propriedades químicas e físicas. Entretanto, são mais produtivos em solos arenoargilosos ricos em nutrientes, com pH levemente ácido, próximo a 6,5 ou acima. Solos ácidos de baixa fertilidade, com textura que pode variar de arenoso a argiloso, bem como os solos de várzea (húmicos), em geral ricos em matéria orgânica, podem ser utilizados para produção. O cubieiro nunca deve ser plantado em solos encharcados, já que apresenta dificuldades para se desenvolver, além de apresentar maior risco de incidência de doenças. Para a determinação das características químicas e físicas do solo a ser utilizado para o plantio dessa espécie, aconselha-se a análise química do solo, o que também possibilitará determinar a concentração dos nutrientes essenciais ao desenvolvimento da cultura. Segundo Silva Filho et al. (2014), bons rendimentos de fruto têm sido obtidos com a aplicação, no momento do transplantio, de 2 kg de composto orgânico, 70 g de superfosfato triplo, 50 g de cloreto de potássio e 10 g de ureia por planta. De acordo com os mesmos pesquisadores, 15 dias após o transplantio, 10 g de ureia devem ser aplicados por planta, procedimento repetido mensalmente até o início da maturação dos frutos. para o cultivo comercial do cubieiro, sugere-se a produção de mudas em bandejas plásticas (162 células) ou de isopor (72 a 128 células), preenchidas com substrato terra/areia/esterco de frango (1:1:1). A semeadura deve ser feita na superfície do substrato utilizado para o preenchimento. Pode-se colocar uma fina camada de terra sobre a semente semeada, sendo que essa camada não deverá ser superior a 0,5 cm de profundidade. Após esta etapa, é preciso transferir as bandejas para local sombreado (não mais de 30% de sombreamento), tomando-se o cuidado de manter o substrato de preenchimento próximo da máxima capacidade da célula, ou seja, com o máximo de hidratação possível, para evitar qualquer processo de dessecação da semente e, consequentemente, a baixa eficiência na produção das mudas. Ao seguir todas as recomendações, as mudas deverão estar prontas para o transplantio entre 40 e 60 dias após a semeadura, podendo haver alguma variação de acordo com as condições climáticas do local de cultivo. o transplantio pode ser feito em covas (20 x 20 x 20 cm) abertas sobre leiras (solos pesados e com risco de encharcamento) ou em sulcos de cultivo (solos friáveis, ricos em matéria orgânica), sendo que as mudas deverão ser transplantas quando apresentarem de quatro a seis folhas definitivas. O espaçamento a ser adotado no cultivo dependerá da etnovariedade a ser cultivada. Para aquelas de porte mais alto (acima de 1,5 m) e folhagem mais abundante, indicam-se espaçamentos de 1,0 x 1,5 m ou maiores. Para etnovariedades de porte menor, trabalhos de pesquisa têm mostrado boa eficiência produtiva em espaçamentos de 0,5 x 1,0 m e 1,0 x 1,0 m. por se tratar de uma hortaliça-fruto, da família das solanáceas, indica-se a irrigação por gotejamento durante a condução da cultura, já que evita o molhamento das folhas e, consequentemente, a manifestação de doenças ao longo do ciclo. Contudo, experiências recentes de cultivo em regiões de clima seco (UR abaixo de 40%), como no Nordeste brasileiro, têm indicado a irrigação por aspersão como fundamental para viabilizar a produção. JUNHO 2014

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fruta

Em fase de produção de mudas, a “mela” é a doença mais recorrente, sendo causada principalmente pelos fungos Rhizoctonia solani e Pythium sp. Em geral, esse problema ocorre por meio da associação de três fatores principais: Ø O substrato ou qualquer outro material utilizado para a produção de mudas está contaminado; Ø O elevado adensamento de plantas por área; e Ø O ambiente está muito úmido. Outras doenças podem acometer plantios de cubiu, sendo provocadas por fungos (pintas e manchas foliares, anelamento do caule e oídio), vírus (mosaico e clorose das partes mais novas) e nematoides (galhas nas raízes). Os fungos podem ser combatidos com defensivos naturais como as caldas à base de enxofre. Para o controle de viroses, é preciso tomar ações preventivas contra os vetores (tripes, pulgão e mosca-branca) e remover da área restos de cultura e plantas contaminadas. Já para os nematoides, pode-se fazer a solarização do solo com plástico transparente por até 90 dias, ou, então, o revolvimento das camadas mais profundas do solo, que deverão ficar expostas ao solo por pelo menos 30 dias.

Pragas As pragas podem causar danos di-

Aline Costa

Doenças

retos e indiretos à cultura do cubieiro. Danos causados aos frutos são chamados de diretos; já os que promovem redução de produtiv idade devido à alteração na arquitetura, no comportamento ou nos órgãos da planta, à exceção do fruto, e que resultem em redução de produtividade, são considerados indiretos.

Colheita Para as etnovariedades mais precoces, em condições ideais de cultivo (Amazônia), a colheita geralmente é iniciada aos seis meses após o plantio, podendo se estender por até seis meses em lavouras sadias e bem cuidadas. Em condições de clima mais seco, a exemplo da região Nordeste do Brasil, a colheita pode ocorrer de forma ainda mais precoce, mas com produtividades menores e por um período reduzido. Os frutos devem ser colhidos semanalmente, quando suas epidermes apresentarem coloração totalmente amarela. A colheita pode ser feita por arranquio manual ou com tesoura de poda. Convém salientar que frutos marrom-avermelhados já estarão em estádio mais avançado de amadurecimento. Após a colheita, os frutos devem ser levados para local fresco, sombreado e arejado. Se conservados nessas condições, em temperatura variando entre 16 e 20° C, os frutos de cubiu poderão ser conservados por até 30 dias sem perder suas principais qualidades organolépticas. •

O cubiu pode ser utilizado com diferentes finalidades. Nesse sentido, os frutos são utilizados como alimento, o suco como cosmético, e as folhas e raízes, como medicamentos.

O cubiu pode ser utilizado com diferentes finalidades

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Luize Hess


hortitec

Apex e jisa

evento

21ª Hortitec supera expectativas Público ultrapassou as expectativas mais otimistas, e o volume de negócios atingiu os R$ 100 milhões previstos pela organização

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Seleção Com o seleto público e a grande presença de profissionais e empresas de diversas partes do mundo, a edição de 2014 consolidou a Hortitec como um evento internacional, o maior e mais importante da América Latina. Estufas, telas, ferramentas, embalagens, vasos, defensivos, fertilizantes, irrigação, sementes, mudas, bulbos, substratos, climatização, biotecnologia, assessoria técnica e em comércio exterior, literatura e produtos importados estavam entre os itens expostos aos visitantes. Como em 2014, devido à Copa do Mundo da FIFA, a Hortitec foi antecipada para maio, em 2015 a mostra hortifrutícola volta ao mês original e acontece de 17 a 19 de junho, também no Pavilhão da Expoflora, à Avenida Maurício de Nassau, 675, em Holambra (SP). • Luize Hess

7.389 pessoas de todas as regiões do Brasil e de diversas partes do mundo marcaram presença na 21ª edição da Hortitec, Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas, que aconteceu no pavilhão da Expoflora, em Holambra (SP), de 28 a 30 de maio. A maior e mais importante mostra da horticultura brasileira superou as expectativas mais otimistas, ao reunir 410 empresas expositoras. A secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi, e o deputado federal Junji Abe percorreram os estandes da mostra. O diferencial da Hortitec esteve, mais uma vez, no nível técnico do público que a visitou. Isso porque grande parte dos convites foi distribuída pelos próprios expositores aos seus clientes atuais e potenciais. Como somente visita o evento quem

tem real interesse no setor, a Hortitec tornou-se um evento indispensável para produtores rurais e profissionais de agribusiness interessados em conhecer as tendências do mercado de flores, frutas, hortaliças e florestais, trocar experiências, participar de capacitação técnica, fazer e programar negócios a curto, médio e longo prazos.

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Apex, distribuidora de insumos agrícolas, tem à frente da direção Amaury Diniz Paulo e Gercindo Zarpelon. Situada em Valinhos (SP), a empresa tanto produz quanto distribui insumos agrícolas. Com sete anos de atuação, a Apex tem abrangência nacional, com uma equipe própria de 14 vendedores. “Somos distribuidores exclusivos da Jisa no Brasil há cinco anos, uma empresa espanhola representada pelos diretores Vicent Jong e Gregorio Murillo. E a Hortitec, para nós, tem um motivo especial, pois a Jisa celebra, em 2014, 25 anos de empresa a nível mundial, tendo convidado seus clientes da América Latina, Bolívia, Chile e Equador para participarem do evento”, comenta Gercindo Zarpelon. Gregorio Murillo informa que a Jisa está em aproximadamente 20 países e exporta para o norte da África, Marrocos, Argélia, Egito, Irã, Síria, Turquia, Ásia, Europa, Grécia, Itália, Coreia, Portugal, Brasil, Chile e Equador.

Linha de produtos Os produtos são específicos para fruticultura, horticultura, cereais e flores. “São produtos especiais que contêm aminoácidos, ácidos húmicos, hormônios naturais e/ou extratos de algas da família Ascophyllum nodosum”, informa Gercindo Zarpelon.

O evento A Apex participa da Hortitec há quatro anos, antes em parceria com seu distribuidor local, a Agrototal. Quanto à Jisa, é a primeira participação no evento. Gregorio Murillo diz que a Apex preza por trabalhar com produtos de qualidade e inovação. “Nosso diferencial são produtos de qualidade e específicos para cada cultivo, para que a planta responda melhor aos nutrientes”, ressalta. É a primeira vez que Gregorio Mu-

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rillo participa da feira, tendo se mostrado absolutamente surpreso por vários motivos, primeiro pela quantidade de empresas presentes, e depois pela organização e beleza da Hortitec. “As pessoas aqui envolvidas são muito hospitaleiras e profissionais. Estou encantado e satisfeito por ter participado desse evento”, elogia. Gercindo Zarpelon já participou de outras feiras, mas, segundo ele, a Hortitec é especial devido ao público altamente qualificado presente, como produtores de hortaliças, flores, frutos etc. “O evento está muito bom; percebemos que houve um upgrade em relação ao ano passado, e tanto o nosso estande como o de outras empresas estão melhorando a cada ano. A organização está melhor também, e para nós a feira está perfeita”, opina. Amaury Diniz Paulo concorda com Gercindo. “A Hortitec é o que há de tecnologia hoje, e todas as empresas aqui presentes se consolidam no mercado. Também é um momento que permite divulgar novas tecnologias e produtos. A informação lançada aqui chega às outras regiões do Brasil de forma muito rápida”, conclui.•

Fotos: Luize Hess

parceria que deu certo


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Guarany, empresa brasileira com 90 anos de tradição no mercado, que exporta para mais de 60 países e desenvolve sua própria tecnologia, apresentou na 21ª edição da Hortitec as últimas novidades em soluções de equipamentos para uma hortifruticultura tecnificada. O mais importante evento da América latina para este setor, focado no cultivo de frutas e hortaliças, além de olericultura, reuniu nos três dias da feira agricultores familiares de todo o país. “A Hortitec é a oportunidade de estar em contato com nossos principais clientes, descobrir suas necessidades e apresentar os últimos lançamentos da Guarany desenvolvidos especialmente para este produtor, por isso a nossa participação no evento é imprescindível”, explica o Gerente Nacional de Vendas – Divisão de Equipamentos da Guarany, José Alexandre Loyola. Entre os destaques da empresa está o Aplicador Costal de Granulados, conhecido também como adubador. O equipamento, vencedor do prêmio IDEA/Brasil 2014 de design, oferece alto desempenho e conforto na aplicação de granulados, tais como: fertilizantes, adubos, inseticidas etc. Seu tanque possui um design único e inovador que possibilita a aplicação do produto até o último grânulo, sem ser motorizado. Durante todos os dias do evento o público pôde experimentar o equipamento e comprovar a sua facilidade na aplicação dos granulados. Cabe ressaltar, ainda, a mais completa linha de atomizadores costais motorizados, reconhecidos internacionalmente pelas soluções inovadoras e pela alta performance, para todos os tipos de aplicações e cultivos. São três modelos com capacidades de seis, 12 e 18 litros para aplicação de líquidos, pós e produtos granulados com design diferenciado, proporcionando melhor ergonomia, maior eficiência na operação e excepcional alcance.

Lançamento Outra grande novidade da Guarany na feira foi o lançamento de um pulverizador costal profissional, que tem a ergonomia como foco, propiciando maior conforto e durabilidade. Pensando no produtor que privilegia a qualidade para um melhor resultado, o novo Pulverizador Costal de Alavanca 12l PRO oferece uma qualidade premium, assinatura da Guarany no mercado, e traz características exclusivas, aliando alta tecnologia e design diferenciado. O pulverizador começa inovando na capacidade e qualidade com um tanque de 12 litros reforçado e feito de polietileno, o que o torna extremamente resistente, diminui a possibilidade de vazamento e trincas. Outro diferencial do produto é o sistema exclusivo de correias acolchoadas com regulagem de três alturas. Outra característica exclusiva da linha de costais Guarany é o sistema de filtragem progressivo que reduz a possibilidade de entupimento do equipamento, utilizando quatro filtros. E, para garantir maior segurança ao usuário, a tampa do pulverizador possui um copo dosador acoplado, que facilita a dosagem e diminui o risco de contato do operador com os defensivos. Mas o grande diferencial do Pulverizador Costal de Alavanca 12l PRO é a garantia. Este equipamento é o único do mercado que conta com cinco anos, comprovando a qualidade dos produtos e o comprometimento que a Guarany tem com seus clientes.

Preocupação com o agricultor O grande número de visitantes e o interesse demonstrado pelas máquinas e acessórios da Guarany não se deu apenas pelas novidades apresen-

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Guarany participa da a 21 edição da Hortitec

tadas. “O produtor é carente de informação e tecnologia, e na Hortitec temos a oportunidade de informar e oferecer soluções adequadas às necessidades deles”, explica Loyola. Com este objetivo distribuímos, durante o evento, uma cartilha do produtor responsável, elaborada para tornar mais eficiente e sustentável as atividades no campo, por meio de práticas corretas, visando reduzir custos e proteger o operador e o meio ambiente. Após os três dias de evento, Loyola faz o balanço da Hortitec com muito otimismo. “Mais uma vez encerramos um evento com muito sucesso, grandes possibilidades de negócios e a confirmação de que nossos clientes estão cada vez mais satisfeitos com nossos produtos”, conclui. •



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Agristar, líder no mercado nacional de sementes para horticultura, participou da Hortitec. A empresa apresentou ao mercado as novidades de alta tecnologia das linhas profissionais de sementes Topseed Premium e Superseed. Neste ano, as variedades Agrião H100, Cebola Lucinda, Repolho Veloce, Rúcula Roka e Tomate Candieiro, da Topseed Premium, foram os destaques da Agristar no evento. Os produtos da Linha Especialidades, como os minipimentões coloridos, a miniberinjela Milan, o Tomatoberry, minitomate em forma de coração, os tomates tipo grape nas cores “chocolate” (ricos em licopeno), amarela e laranja, e miniabobrinhas verdes e amarelas Ball Squash (redondas) também chamaram a atenção dos visitantes. Outro destaque em exposição no estande da Topseed Premium foi a miniestação de cultivo hidropônico para a linha de folhosas, com alfaces, rúculas, agrião e minialfaces. A linha profissional expôs ainda os resultados dos tomates Vento, Caribe e Predador, lançados em 2013. Já a Superseed apresentou os resultados de campo do Tomate Ágata e relançou no mercado o substrato

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Sunshine. A Cenoura Érica, a Alface Americana Laguna, a Abobrinha Irit e as variedades para maçaria também foram destaques da linha profissional na feira.

Fotos: Divulgação

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agristar lança novas variedades de sementes e portal web

Open Field Day Além de expor na Hortitec, a Agristar promoveu, nos mesmos dias do evento, o tradicional Open Field Day (Dia de Campo) na Estação Experimental de Santo Antônio de Posse (SP), localizada a 8 km de Holambra. Neste ano, o Dia de Campo trouxe como novidade a exposição de produtos voltados para o cultivo protegido, com destaque para a hidroponia. “A cada ano temos recebido um público maior e em busca de novas técnicas, tanto na Hortitec como no Open Field Day”, diz o gerente de Marketing da Agristar, Marcos Vieira.

Novo portal web Para interagir mais com clientes e parceiros e fortalecer o relacionamento com eles por meio da plataforma digital, a Agristar também lançou, durante a 21ª Hortitec, o seu novo portal digital.

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Entre os destaques do novo site estão o conteúdo dinâmico, o layout moderno, a fácil navegação, a busca de informações, a interatividade com outras mídias sociais e a adaptabilidade de acesso por dispositivos móveis, como smartphones e tablets. A nova página da Agristar na web apresentará informações de todas as linhas de sementes, seus produtos, notícias, depoimentos e eventos, além de uma área de atendimento ao usuário. Acesse www.agristar.com.br •


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Fotos: Ana Maria Diniz

Agro Wiser avalia como muito positiva sua participação na Hortitec em 2014, pois recebeu várias visitas de seus clientes em seu estande, como comenta Luiz Belem, diretor comercial da empresa. “Como sempre visitamos nossos clientes em suas casas, essa é a hora de sermos visitados. Gostamos muito de eles terem vindo à nossa casa, na Hortitec”, ressalta. Participando há mais de 15 anos consecutivos no evento, a empresa aproveitou a ocasião para fazer o lançamento oficial de novos produtos, como também para estreitar o relacionamento com os clientes vindos de norte a sul do país. Outro aspecto importante do evento é o intercâmbio com pesquisadores e parceiros comerciais, sem dei-

xar de salientar os contatos com muitos estudantes de várias instituições de ensino ligadas ao agronegócio, com destaque para a visita de membros do Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão, ligado à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (GAPE/ESALQ/USP), de Piracicaba. Durante o evento, foi lançado oficialmente o Glucona de Cobre, um cobre complexado com aminoácidos que já está no mercado há seis meses. “Entre as novidades, foram apresentados o Ceratrap, uma proteína hidrolisada para o monitoramento de mosca-das-frutas; o Optimus, um produto à base de aminoácidos associado a um fosfito, para nutrição e indução de resistência às plantas; e o Terra-Sorb Complex, um aminoácido com 20% de aminoácidos livres”, informa Luiz Belem.

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Agro Wiser - Nesta você pode confiar

Diferencial O diferencial da Agro Wiser são os aminoácidos, que não são originários de síntese, mas sim extraídos por hidrólise enzimática, o que proporciona a obtenção de todos os aminoácidos livres para a planta. A Agro Wiser fornece, por meio de uma equipe altamente treinada, produtos de alta qualidade que atendem às necessidades e aos desejos de seus clientes, contribuindo para o aprimoramento da produtividade agrícola, do agronegócio e da qualidade de vida, tudo isso com muito respeito ao meio ambiente.•


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soluções para uma agricultura sustentável

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SAS do Brasil é uma empresa que trabalha para desenvolver, fabricar e comercializar produtos associados a soluções agrossustentáveis e rentáveis para o cuidado nutricional e da saúde dos cultivos. Essa empresa foi pioneira há mais de 25 anos na aplicação do conceito de soluções sustentáveis para a agronomia. Por esse motivo, canaliza os esforços para a obtenção de conhecimentos e recursos imprescindíveis para avançar na investigação, no desenvolvimento e na comercialização de produtos para o setor da nutrição e da saúde vegetal. Atualmente, a SAS é uma empresa global com presença em mais de 40 mercados dos cinco continentes. Suas raízes encontram-se na Espanha, no centro de uma das zonas agrícolas mais tecnológicas e de alto rendimento do sul da Europa e do mundo. Ao cumprir a finalidade de dar resposta às exigências dos seus mercados, a SAS apresenta e renova constantemente a gama de soluções agrossustentáveis. “Nosso objetivo é fornecer ao produtor soluções para obter o máximo rendimento da cultura com produções de elevada qualidade”, define Maria José Lis, area manager da SAS no Brasil.

Atuação A SAS tem, entre suas linhas de produtos, Coda, Forcrop e Plandak. No Brasil, a empresa está completando mais de dez anos de atuação. “Vimos a necessidade de criar uma filial no país para atendermos melhor o mercado. Há um ano trabalhamos com a filial. Fornecemos fertilizantes especiais que são 70

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baseados em ácidos orgânicos, aminoácidos e diferentes tipos de extratos vegetais, com vistas a complexar o nutriente que está sendo fornecido para a planta”, explica Maria José.

Controle de qualidade Os produtos da SAS do Brasil são garantidamente de alta qualidade, pois suas matérias-primas são cuidadosamente selecionadas e, em seguida, passam por controle de qualidade, etapa importante para assegurar um produto final de qualidade e rendimento elevados no campo. “A Linha Coda é completa para cobrir todas as necessidades do agricultor no campo, desde o tratamento de solo, para manter as condições ótimas ao desenvolvimento da planta, até o tra-

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tamento das raízes e da área vegetativa, visando melhores frutos e todas as fases fisiológicas do vegetal”, pontua Maria José.

A feira A SAS do Brasil participa da Hortitec há seis anos. “Para nós, a importância de estarmos aqui se refere à aproximação e ao contato com novos clientes, para atingirmos estados que não estão sendo trabalhados pela SAS do Brasil, além de atender os nossos distribuidores importadores localizados no Nordeste e em São Paulo”, justifica a area manager da empresa. Segundo ela, essa edição da Hortitec se mostrou mais movimentada e profissional. “Fizemos muitos contatos e ficamos felizes com os resultados”, conclui.•



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á 15 anos a Hidrogood participa da Hortitec. “É grande a importância de estarmos nesse evento, que é o maior da horticultura. Aqui mostramos as novidades que temos desenvolvido ao longo dos anos. A Hortitec 2014 esteve bem movimentada, a feira cresce a cada ano e a organização é impecável, o que facilita bastante o nosso trabalho”, avalia Carlos Banho, administrador da Hidrogood.

Fotos: Ana Maria Diniz

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horticultura mais que moderna

Modernização Neste ano, a Hidrogood apresentou o novo desenvolvimento para o controle automatizado da solução nutritiva em hidroponia. O sistema de controle da solução nutritiva é composto por um painel com sensores que medem constantemente a CondutividadeElétrica (CE) no reservatório onde fica a solução nutritiva.Em qualquer necessidade de correção, seja de mais água ou de mais soluções concentradas, o sistema faz o acerto adequado”, explica Carlos Banho. Quando o nível atinge seu limite mínimo, o sistema enche novamente o

reservatório com a solução, sempre controlando a condutividade. Desse modo, ele oferece maior segurança e tranquilidade para o produtor, que pode realocar o funcionário para outra função.

Mais novidades Outra novidade está na forma de emenda dos perfis em bancadas mais longas. “Estamos com um novo siste-

ma para emenda de perfis, do qual, desenvolvemos uma máquina para fazer a termofusão nessas emendas, o que vai facilitar o trabalho e evitar perdas no encaixe de uma emenda com outra”, explica Thiago Orlandi, diretor comercial da Hidrogood. Com o encaixe sempre se perde de 3 a 5cm na linha; isso pode não parecer muito, mas, em grandes instalações, representa uma série de metros perdidos por encaixe. Enquanto isso, o chamado HFS é um sistema de cultivo de tomate, também automatizado, apresentado pela Hidrogood. Trata-se de uma linha com uma lâmina no fundo, na horizontal, onde a planta fica com a raiz parcialmente de fora para poder respirar. “O painel com sensor de condutividade controla dois reservatórios, um com água e outro com solução.Nesse

Equipe da Hidrogood presente no evento

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Máquina de emenda através de termofusão

painel pode-se determinar uma faixa de operação de forma que, quando chegar ao limite máximo de condutividade por evaporação ou consumo excessivo de água, será liberada água por meio de uma válvula, visando diluir a solução. Já no sistema inverso, quando a condutividade está muito baixa, é liberada a solução nutritiva para manter sempre o sistema dentro de uma faixa de operação”, esclarece Carlos Banho.

Para supermercados A Hidrogood apresentou, também, o produto chamado Horta Viva, um display para supermercado em que as plantas são colocadas em perfis por onde corre água, de forma a mantê-las vivas dentro do mercado. “Dessa forma, o consumidor final colhe a planta ainda viva, fresquinha, tirada do pé

na hora de ser consumida. O sistema já vai com a bombinha e com todo o sistema de lavagem. A receptividade tem sido muito boa”, relata o administrador da empresa.

Bancadas Por último, e não menos importante, as bancadas móveis também são novidade nas versões manual e com motor elétrico. As partes de cima se deslocam, de forma que em uma estufa é possível ter todas as bancadas, uma ao lado da outra, eliminando corredores e deixando apenas um. “Como o operador não circula em todos os corredores o tempo todo, no corredor que ele precisar trabalhar é preciso apenas movimentar a parte de cima da bancada, abrindo o corredor, e assim por diante”, explica Carlos Banho.

Sistema HFS (frutos)

Painel para automação da solução nutritiva

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A vantagem, além da qualidade no trabalho, é o maior aproveitamento do espaço dentro da estufa, que pode ser 30% superior. “Na instalação hidropônica, o item mais caro que temos é a estufa. Então, quanto mais espaço eu aproveitar dentro da estufa, melhor”, pontua o especialista.

Mesa de germinação A mesa de germinação é um modelo novo, automatizado, com timer e bomba. Ela já é vendida completa para subirrigar e manter a umidade das mudas sem encharcar. “Desenvolvemos ainda um sistema para os pés dos cavaletes das bancadas, que passarão a ser encaixados num vergalhão, o que vai agilizar e facilitar bastante a montagem do sistema”, garante Carlos Banho.•

Horta viva


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formicidas mirex-s

O evento Segundo Ana Carolina Celidonio Zoia, analista comercial & Marketing da Atta-Kill, nesta edição da Hortitec o estande da empresa teve grande visitação de usuários de seus produtos. “Em nosso estande, o público foi em busca de informações e até com posicionamentos interessantes de que o Mirex-S realmente é o melhor produto para controlar formigas nas lavouras. Isso nos deixa bastante orgulhosos, pois é resultado de um excelente trabalho em campo de nossos profissionais”, diz. A equipe Atta-Kill também teve a oportunidade de boas conversas com seus canais de vendas que por ali passaram, consolidando a forte parceria de

Fotos: Ana Maria Diniz

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Atta-Kill é uma empresa do Grupo Agroceres, voltada ao desenvolvimento de tecnologias para o controle de formigas cortadeiras. Ela une conhecimento de vanguarda, experiência e alta tecnologia, para o melhor resultado em controle, por meio de modernos conceitos em produção de produto, harmonizando eficiência em campo e respeito ambiental. Líder absoluta do mercado nacional de iscas formicidas, com as marcas MIREX-S e MIPIS, a empresa consolida a liderança em modernidade de produtos e abrangentes programas de serviços de atendimento aos clientes, na busca de melhores resultados. Atta-Kill é compromisso com a competitividade e a evolução do agronegócio brasileiro, em identidade total com os valores do Grupo Agroceres: Tecnologia e Inovação, Qualidade, Confiança, o melhor Atendimento e Resultado.

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o melhor no controle das formigas

distribuição nesse segmento. “Em síntese, tivemos um balanço muito positivo na exposição de marca e relacionamento”, considera.

Novidades A novidade ficou por conta da grande procura por informações do material lançado no ano passado para o setor agrícola – o Mipis Evolution. “Trata-se de um serviço de nosso produto Mirex -S Max que, na sua concepção e conceito, é um invólucro protetor e dosador específico das iscas Mirex-S Max, com a vantagem econômica de que o usuário não perde a aplicação, nem o produto por chuvas ou umidades no ambiente. Ainda confere maior agilidade operacional por conter doses de acordo com a recomendação por distribuição, de 10 ou cinco gramas, o que leva à otimização de doses a serem jogadas, sem desperdício”, observa Ana Carolina.

Na Hortitec, a Atta-Kill apresentou, também, os produtos posicionados para o mercado profissional agrícola: Mirex-S Max, nas embalagens de 500 g e de 4 kg, e Mirex-S, com posicionamento para o mercado amador de parques e jardins. “Os posicionamentos se diferenciam e estão devidamente autorizados pelos órgãos competentes”, garante a analista.

Diferenciais A Atta-Kill, junto com a marca Mirex-S, se alinham como duas marcas respeitadas e as mais lembradas na agricultura brasileira. Junto aos seus clientes, elas visam o melhor resultado ao usuário de seus produtos, além de priorizarem as melhores ações de atendimento em campo, levando tecnologia e inovações a todos os segmentos da agricultura nacional.•

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Rigrantec esteve, mais uma vez, presente na Hortitec. Esse evento, para Vinícius Py Camargo, gerente de produtos, aproxima a empresa de seu público consumidor e consegue fazer um elo entre empresa e produtor, facilitando a comunicação e a troca de informações, com resultados na negociação de tecnologias e produtos. “O público se mostrou muito interessado, assim como as empresas expositoras que estão entrando nesse mercado, todos reunidos em prol de um objetivo comum – a difusão de tecnologias”, registra Vinícius Camargo. As algas marinhas, os aminoácidos, os ácidos húmicos e fúlvicos estiveram entre os temas que chamaram a atenção dos visitantes.

Novas tecnologias A Rigrantec, diferentemente de outras empresas, trabalha há bastante tempo com matérias-primas para tecnologias de aplicação, nutrição e colheita, tratamento de sementes, corantes, paisagismo e especialidades. “De um tempo para cá, em cima do que já foi pesquisado, quisemos mostrar que um mais um pode ser mais que dois, por meio da potencialização de tecnologias e diferentes produtos. Assim, trouxemos as algas combinadas com ácidos húmicos e fúlvicos, por meio do produto BioGain Max Plus; e uma combinação de extrato de algas marinhas mais NPK 5-26-5, com o produto Horus, que atua como antiestressante após o transplante das mudas, tanto para hortaliças quanto para outras culturas”, relata Vinícius Camargo. A Rigrantec possui vários produtos combinando diferentes tecnologias, como os quelatos que já têm, 76

divulgação

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tecnologias para cultivos agrícolas

comprovadamente, maior eficiência do que outras fontes de micronutrientes. A novidade são os quelatos ligados a aminoácidos e algas, completando a linha que garante maior retorno em produtividade.

Diferencial Em relação aos concorrentes, a Rigrantec sai à frente com seu amplo conhecimento acerca do trabalho que realiza, tanto no que diz respeito às culturas quanto aos seus devidos manejos. Há, ainda, a questão da matéria-prima utilizada, como a alga marinha Sargassum, que se mostra mais equilibrada e, devido à sua composição, apresenta melhores resultados; e os ácidos húmicos e fúlvicos, que têm como fonte a leonardita, permitindo o uso em menores doses e com melhores resultados, pois são mais concentradas e eficientes.

Resultados No Rio Grande do Sul, a Rigrantec testou seus produtos em soja, com re-

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sultados de quatro a cinco sacas a mais em relação aos seus concorrentes. Foram utilizados enraizadores, como a alga CoMo+ e amino CoMo, para evitar a fitotoxidez causada pelos herbicidas. Vinícius Camargo também destaca o AlgaAmino, uma combinação de aminoácidos e algas que funcionam como estimulantes e antiestressantes para a planta, usada em pré, póstransplante e em eventos traumáticos para a planta, que podem ser desde a geada a uma chuva de pedras. Já Amino K é um complexo de aminoácidos mais potássio, empregado no final do ciclo como um carreador, fazendo com que as plantas produzam mais grãos e frutos melhores. Por fim, a Rigrantec disponibiliza ao produtor um pacote tecnológico com excelente custo-benefício, refletindo diretamente na produtividade. “Nossos produtos são um seguro para a lavoura, pois, além de suplementarem na hora certa, preparam a planta para eventos de risco, protegendo-a”, conclui Vinícius Camargo. •



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Taminco

Isla Sementes inova na Hortitec 2014

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ovos produtos, novos projetos e novas ações, além de uma consagrada linha de produtos profissionais. Tudo isso foi conferido no estande da Isla Sementes, durante a 21ª edição da Hortitec. A Hortitec é a maior e mais importante feira de horticultura do Brasil e uma das mais importantes da América Latina no setor. Para a Isla, a participação no evento vai além da realização de negócios e da oportunidade de expor as qualidades e os diferenciais dos produtos da empresa. “A Hortitec possibilita analisar as tendências e necessidades, contribuindo para as ações em busca da satisfação dos nossos clientes”, comenta Diana Werner, diretora-presidente da Isla. Neste ano, a empresa apresentou os principais cultivares da linha PRO, direcionados ao mer78

cado profissional. As novidades ficaram por conta do lançamento de uma grande variedade de produtos, como: as alfaces Prado, Carminia, Cacimba, Joaquina e Palmas; a abóbora Glória; as berinjelas Tetti, Niobe e Morella; uma beterraba híbrida; o manjericão Gennaro de Menta; pepinos pré-comerciais; os pimentões Talento e Bárbaro; a linha de minipimentões coloridos; tomates com novas resistências e formatos. Outro lançamento divulgado no evento é a implantação de um moderno projeto que vai disponibilizar produtos diferenciados, de alta qualidade e alto valor agregado, diretamente para os supermercados e para a mesa do consumidor. Dentro desse projeto, a linha especial de tomates Sêneca e Verônica já está sendo disponibilizada nos supermercados da rede Zaffari, de Porto Alegre.

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Taminco é uma empresa belga que atua no ramo de químicos. No Brasil, trabalha com o Bunema (antes distribuído pela Chemtra), um desinfetante e fumigante de solo.

A Hortitec A Taminco participa da Hortitec desde 2007, o que, em algumas edições, foi feito por meio da empresa Chemtra. “Os principais pontos de participação na Hortitec são o contato com os clientes, a difusão da marca, do produto, a abertura de novos mercados, os novos contatos e o diálogo com clientes que já temos. O produto está há 16 anos no mercado, mas é preciso aparecer e demonstrar a marca, com resultados no campo”, justifica Christian Bock, responsável técnico pela Taminco do Brasil. Segundo ele, os resultados são positivos para o controle de nematoides e de fungos de solo, refletindo no melhor rendimento das lavouras de cenoura, batata e tomate. “Há, ainda, a possibilidade de reaproveitamento de áreas,


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A evolução da agricultura

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Resultados garantidos

com bom potencial de produção. Após o uso do Bunema, conseguimos que áreas com problema de nematoides voltassem a produzir, devolvendo o rendimento e a rentabilidade para o produtor”, afirma.

Christian Bock garante que o produtor que utiliza o Bunema tem tido de 95 a 98% de controle dos nematoides, e outros 90% de controle de fungos de solo. “O solo tratado com Bunema fica virgem novamente, como se nunca tivesse sido plantado nele”, diz, acrescentando ainda que a produtividade se torna compatível com a qualidade do solo.

Aplicação A aplicação do Bunema é simples. Christian Bock explica que o produto

pode ser utilizado em qualquer sistema de irrigação ou incorporado via rotativa no solo, numa dose única pré-plantio. “O solo já estará pronto para plantio 15 dias depois, sem nenhum residual, pois Bunema é um produto de contato de choque. Com uma incidência de nematoides e fungos de solo que provoque perdas de produtividade em torno de 10 a 20%, o produtor já paga o investimento”, pontua. Para o responsável técnico pela Taminco, o movimento da feira foi muito bom, com grande divulgação do produto e realização de contatos promissores com os visitantes da Hortitec. •


hortitec

Tropical Estufas

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Tropical Estufas participa da Hortitec desde a primeira edição, um evento direcionado para o tipo de trabalho da empresa. “A Hortitec é uma das grandes feiras do mundo voltadas para o cultivo intensivo de hortaliças, sendo a que mais atende o nosso setor. É uma das melhores feiras que participamos, em termos de negócios”, afirma Nelson Nardy, diretor comercial da Tropical Estufas.

Fotos: Ana Maria Diniz

Cultivo protegido e intensivo

Demanda De acordo com o empresário, neste ano a procura por novas tecnologias foi maior. Na mesma medida, também aumentou a oferta em cultivo protegido, pelos fabricantes. “O setor está próspero; por isso, deixamos todos os lançamentos para serem apresentados aqui na Hortitec”, diz Nelson Nardy. A Tropical Estufas saiu à frente e demonstrou no evento suas estufas com o tutoramento de plantas. “Em outras estufas, se o produtor fizer o tutoramento, que é a amarração da planta na estufa, a estrutura perde a garantia. Mas, com as nossas estufas, o agricultor continua com a garantia, pois o tu-

toramento é feito na mesma estrutura da estufa, eliminando o uso de bambus”, explica o diretor comercial. Outra novidade é a estufa com sistema dente de serra, considerada uma abertura diferenciada. Indicado principalmente para a cultura do tomate, o sistema se mostra eficiente contra a mosca-branca, um grande obstáculo não só no Brasil como no mundo. “O que controla a mosca-branca é a tela antiafídeo, uma malha muito fechada que não deixa passar esse inse-

to. Em contrapartida, como ela segura a ventilação, a estufa aquece. Chegamos à conclusão de que, para contrabalancear a falta de ventilação, é preciso subir o pé direito da estufa. Assim, já são comuns estufas com cinco metros de pé direito até a altura da calha”, relata Nelson Nardy.

Como funciona o dente de serra O dente de serra visa facilitar a saída do ar quente de dentro da estufa. “Quanto maior for essa boca de saída, maior é a ventilação. Quando usávamos a malha aberta, não era necessária tanta abertura porque a ventilação entrava pela lateral e saía pelo topo. Por isso, acredito que o dente de serra é um sistema que veio para ficar. Essa é uma necessidade de mercado que já é muito utilizada no México”, conta o diretor comercial. A Tropical Estufas já trabalha com o sistema dente de serra há quatro anos e disponibiliza, a partir de agora, todas as garantias necessárias ao mercado.• A equipe da Tropical Estufas mostrou os benefícios do modelo Dente de Serra

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hortitec

evento

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Nutrisafra esteve, novamente, presente na Hortitec, para expor sua tecnologia aos visitantes e fazer novos contatos de distribuição, além de divulgar a marca. “Consideramos a Hortitec uma feira interessante por ser a maior do segmento, atraindo muitas pessoas interessadas em relação ao que mostramos”, justifica Heitor Takahashi, gerente do Departamento Técnico da Nutrisafra.

Luize Hess

nutrisafra qualidade sem limites

Foco Nesta edição, o foco da Nutrisafra foi a divulgação dos organominerais de plantio, com marcas já consagradas, e o lançamento de dois nitrogenados de cobertura – N Total (nitrogênio com inibidor de uréase) e Sulfamin (sulfato de amônio enriquecido com aminoácidos). Heitor Takahashi explica que o N Total é uma ureia tratada com AgRho N Protect, um inibidor de uréase que minimiza a volatilização do nitrogênio, aumentando o aproveitamento desse nutriente. As perdas de nitrogênio por volatilização da ureia convencional podem chegar a 70%. Já o Sulfamin é um sulfato de amônio, fonte de nitrogênio e en-

xofre enriquecido com aminoácidos, que tem efeito bioestimulante para a planta e atua nas propriedades físicas e biológicas do solo.

A Hortitec “Neste ano, a Hortitec estava muito movimentada, o que nos permitiu fazer vários contatos. Entretanto, nossa presença foi somente institucional, sem negocia-

ção de produtos”, conta Heitor Takahashi. O que chamou a atenção dos visitantes foi que, além de a parte nutricional dos produtos Nutrisafra ser mais eficiente que seus concorrentes, eles atuam nas propriedades física e biológica do solo. “Temos vários resultados em diversas culturas, e nossa equipe estará à disposição dos produtores, no pós-feira também, para esclarecer cada uma de suas dúvidas”, finaliza o gerente de departamento da empresa.R


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evento

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ginegar polysack Tecnologia máxima em filmes plásticos

Jacto participa a da 21 Hortitec

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equipe Jacto participou da 21ª HORTITEC – Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas - que aconteceu em Holambra (SP), entre 28 e 30 de maio. A empresa levou para o evento informações sobre bicos de pulverização e pulverizadores da linha costal.

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Koppert participou da Hortitec mostrando o que faz de melhor – o controle biológico. Na oportunidade, a empresa lançou o inseticida biológico Diplomata®, que controla a lagarta Helicoverpa, dotado de uma tecnologia que tem como substância ativa o vírus núcleo-poliédrico Helicoverpa armigera (HearNPV). 82

Recomendações Suncover Blue é indicado para qualquer cultura, com exceção de alfaces roxas e rosas bicolores, sendo que o único cuidado é mantê-lo limpo nas regiões de baixa luminosidade ou alta nebulosidade, pois esse plástico oferece uma menor transmissão de luz quando comparado aos outros filmes da própria Ginegar. Esse fator pode fazer com que no inverno os seus benefícios sejam minimizados, o que é visto e recuperado de maneira muito intensa quando voltamos nas épocas mais quentes e de mais intensidade de luz. O efeito anti estático ( proporcionado por aditivos especiais que garantem menor deposição de poeira) ajudam a diminuir essa questão. Assim, Alessandro Mangetti recomenda Suncover Blue principalmente para regiões quentes e de alta intensidade luminosa, onde as altas temperaturas são fatores limitantes de produção, e para culturas em geral que exigem melhor qualidade de luz para que a planta se desenvolva de forma ideal. “As rosas são um bom exemplo de cultivo que é beneficiado por esse plástico, Luize Hess

Koppert – o alvo certo

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esde 1998 a Ginegar Polysack participa da Hortitec, o principal evento do setor de cultivos protegidos, que é sua área de atuação. Neste ano, a empresa aproveitou a oportunidade para lançar o Suncover Blue, um filme plástico inédito no mundo voltado para a cobertura de estufas, com benefícios diferentes dos plásticos tradicionais. Alessandro Lavandeira Mangetti, gerente comercial da Ginegar Polysack, relata que o Suncover Blue é fabricado pela própria empresa em Israel e tem a capacidade de selecionar comprimentos de ondas específicos para que a planta se desenvolva melhor e faça mais fotossíntese, mediante o fornecimento de um tipo de luz ou de comprimentos de ondas que as plantas têm mais eficiência fotossintética. Esse plástico também tem ação antivírus, o que diminui a incidência de insetos vetores de virús dentro das estufas e tem capacidade de reduzir a temperatura interna dos ambientes protegidos de forma mais eficiente no verão quando comparado a outros tipos de filme, condição importante para o Brasil, que apresenta climas quentes na maior parte de seu território.

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Suncover Blue tem um valor médio de 12 - 15% superior em relação aos outros plásticos da própria Ginegar Polysack. Por outro lado, ele oferece maior garantia (três anos), maior durabilidade e, por fim, maior precocidade em algumas culturas, melhor qualidade, maior peso de plantas e tamanho de haste. Assim, Alessandro Mangetti garante que os benefícios que o produtor tem em função dessas tecnologias agregadas são muito maiores que o valor inicial de investimento maior. Além da área de floricultura, Suncover Blue mostra resultados em hidroponia, produção de mudas de eucalip-

Fotos: Luize Hess

Investimento

evento

pois seu preço se dá em função do tamanho do botão e da haste, características nas quais o Suncover Blue influencia diretamente, por comprimentos de ondas específicos enviados para a planta. Assim, o produtor terá um produto final de melhor qualidade e, por consequência, mais rentável”, destaca o gerente comercial.

to, frutos de tomate, pepinos, folhosas em geral,pimentões, entre outros, do Sul ao Norte.

A empresa A Ginegar Polysack é líder mundial no desenvolvimento de filmes plásticos e mulchs para a agricultura e tem por objetivo lançar constantemente tecnologias para o Brasil que tragam algum benefício para o cliente final, independente de sua

cultura e região em que está estabelecido. O objetivo sempre é atingir maior qualidade e produtividade, resultando em maior rentabilidade para o cliente final. “Nós estudamos a necessidade do cliente antes de apresentar uma solução, avaliando as dificuldades que ele tem e os fatores limitantes à produção. Assim, tudo o que lançamos até hoje é precedido de um estudo agronômico, para nos destacarmos frente às empresas concorrentes”, conclui Alessandro Mangetti.•


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BASF percebeu que, para alcançar altas produtividades e melhor qualidade de fruto, não basta fazer apenas o controle fitossanitário. “Sabemos que uma planta melhor nutrida consegue se proteger melhor contra pragas e doenças, além de suportar os estresses climáticos”, diz Murilo Soares de Souza, coordenador de Marketing HF da BASF. Pensando nessa direção, a BASF entra no segmento de nutrição vegetal com a linha Librel®, de micronutrientes especializados, principalmente no mercado de especialidades, como tomate, batata e uva. Os produtos são importados da Inglaterra, um mercado extremamente exigente em agricultura.

Portfólio A linha é composta pelos produtos Librel® Magnésio, Librel® Zinco, Librel® Cobre, Librel® Manganês, Librel® Mix AL, Librel® Cálcio e Librel® FeLo, voltada para o segmento hortifrúti e dirigida às culturas de tomate, batata, uva, maçã, melão, cebola, alho e folhosas como alface, escarola, rúcula, agrião, entre outras. Murilo Soares explica que todos os fertilizantes Librel® são formulados a partir de microgrânulos dispersíveis em água para aplicação foliar ou fertirrigação. Além disso, são 100% quelatizados

Fotos: Ana Maria Diniz

evento

BASF lança fertilizantes para hortifruticulturas

com EDTA. Entre os benefícios estão o aumento da produção e da qualidade do produto final; o equilíbrio nutricional da planta; a eficiência em ampla faixa de pH; a alta estabilidade em soluções nutritivas; e a maior resistência ao estresse. “Librel® é uma marca mundial de fertilizantes especiais que vem agregar uma nova categoria de produtos e, consequentemente, permitir que ofereçamos soluções mais completas ao mercado agrícola”, afirma Murilo Soares.

Mais novidades Outro destaque, durante a Hortitec, ficou por conta do Sistema AgCelence®

Equipe da Basf presente na Hortitec 2014

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HF, totalmente desenvolvido no Brasil. Ele proporciona ao agricultor qualidade e integridade aos produtos finais, além de alta produtividade, características importantes para elevar a competitividade do agricultor nesse mercado. Para as culturas de tomate e batata, o sistema integra a aplicação sequencial dos fungicidas Cantus™ e Cabrio ™Top. Já na cultura de uva, os fungicidas Collis™ e Cabrio™Top são empregados em diferentes etapas no manejo do cultivo. Esse modelo permite o maior teor de graus Brix, que torna a fruta mais doce e palatável. Para o controle de pragas, a BASF apresentou na feira os inseticidas Pirate® e Regent™Duo. O primeiro é registrado para atender aos cultivos de tomate, cebola, batata, couve, alho, crisântemo, mamão e maracujá. O produto age sob diferentes ácaros e insetos por meio de ingestão e contato, permitindo alta eficácia com amplo espectro de ação. Já o segundo é voltado para a cultura da batata. Em sua composição, há dois ingredientes ativos: o Fipronil e a Alfapermetrina, que permitem um efeito de choque e residual, com controle efetivo para a larva-alfinete, principal praga subterrânea que atinge o tubérculo. •


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Sementes Piraí Adubação verde fazendo a diferença

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Sementes Piraí participa da Hortitec há 11 anos. “A importância da feira em si é o encontro com o produtor desse segmento diferenciado de olericultura e fruticultura”, observa José Aparecido Donizete Carlos, diretor comercial. Ele faz um balanço positivo do evento, que reúne produtores realmente interessados em soluções de alta tecnologia.

Os produtores têm mostrado dificuldades quanto à nutrição do solo e ao adubo verde ideal para recuperar a área, sobretudo em relação às pragas e aos nematoides, dúvidas que foram solucionadas no estande da Piraí. Há 19 benefícios da adubação verde, comprovados tanto na pesquisa quanto na prática, ao longo do plantio até o manejo da biomassa. Entre eles, José Aparecido enumera os seguintes: - Adubação e proteção do solo contra erosão; - Controle de plantas daninhas; - Sistema radicular rústico, que recicla os nutrientes; - Descompactação do solo; - Equilíbrio biológico; - Aeração e estruturação do perfil. O diretor da Sementes Piraí compara a adubação verde a um descanso

Fotos: Divulgação

Nutrição do solo

para o solo, já que a agricultura convencional demanda muitos defensivos que debilitam a parte microbiológica da terra, desequilibrando-a.

Abaixo do solo Abaixo do solo, a adubação verde traz a fixação de nitrogênio pelas leguminosas. “A Crotalaria juncea, por exemplo, fixa até 300 kg/ha de nitrogênio. Isso indica de R$ 500,00 a R$ 700,00 por hectare que se deixa de gastar com ureia, ao passo que são gastos apenas R$ 250,00 com a adubação verde, uma economia considerável”, expõe José Aparecido.

Entretanto, segundo o diretor comercial da Piraí, esse nem é o maior dos benefícios. O que mais tem atraído os produtores para a adubação verde é o controle de nematoides, uma praga de difícil eliminação. Há também o controle eficiente de fusarioses, cercosporioses, entre outras que têm o ciclo quebrado na rotação de culturas com adubo verde. Outra finalidade interessante é a fitorremediação, que é a desintoxicação do solo de excessos de nutrientes e metais pesados ou de ingredientes ativos, como herbicidas e inseticidas. “Temos estudos que comprovam a atuação do adubo verde nesse sentido, com resultados muito promissores. Todos os benefícios ocorrem ao mesmo tempo”, garante José Aparecido, lamentando pelos produtores que ainda não aderiram a essa realidade. Segundo ele, é preciso que o agricultor pense na adubação verde como um caminho para continuar produzindo, e não como uma pausa de plantio comercial sem retorno financeiro. “O retorno virá no restabelecimento do solo, que não é uma fonte inesgotável de vida. É preciso cuidar dele, sempre”, conclui. •

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microquimica evento

Fotos: Ana Maria Diniz

tecnologia e inovação em nutrição

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Microquimica participa da Hortitec, uma feira importante para o segmento de horticultura. “Essa é uma ótima oportunidade para termos contatos com vários e novos clientes, pois aqui estão presentes pessoas de todo o Brasil. Por isso, pretendemos continuar participando dessa feira nas próximas edições”, diz Roberto Berwanger Batista, engenheiro agrônomo e diretor técnico da Microquimica.

Novidades A Microquimica atende clientes de todas as regiões e, durante a feira, demonstrou suas inovações, as novidades, os resultados e as possibilidades para a agricultura. “Em 2013 lançamos o produto Vorax, que continua sendo nosso foco neste ano. Trata-se de um fertilizante orgânico, inovador e diferente, pois contém ni-

Acadian - Alga Ascophyllum nodosum atrai olhares

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Ana Maria Diniz

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Acadian esteve presente na Hortitec demonstrando os resultados da alga marinha Ascophyllum nodosum em diversas culturas, principalmente os efeitos na produtividade e maior vigor das hortaliças. A empresa tem o compromisso de entregar extratos de algas premium, derivados de Ascophyllum nodosum, que comprovadamente estão envolvidas em manejos de sucesso. “Nossos insumos vegetais e culturas são projetados para aumentar a produtividade agrícola e hortícola, além do vigor das plantas, baseado na nutrição equilibrada”, diz Marcos Betti-

ni, engenheiro agrônomo da Acadian. A empresa vem crescendo no Bra-

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sil e hoje já conta com uma equipe de 15 colaboradores. •


Equipe da Microquimica

trogênio com 30% de aminoácido (ácido L-glutâmico), associado a um extrato de alga e à glicina betaína”, relata Roberto Batista. Os resultados de Vorax, além do efeito fertilizante, são o aumento do

teor de clorofila, pigmento fundamental para a fotossíntese, e o aumento na atividade de algumas enzimas, como a redutase de nitrato, ligada diretamente à assimilação do nitrogênio. Isso resulta em maiores índices de brotação e resistência a estresses abióticos e, por consequência, elevadas produtividades. As culturas em que os resultados já foram comprovados são batata, tomate, alface, beterraba, orégano, repolho, couve-chinesa e soja. “Esse produto tem um potencial muito grande, sendo que estamos buscando novos alvos com ensaios agronômicos em instituições oficiais para posicioná-lo melhor nessas culturas”, considera Roberto Batista.

Custo-benefício Com Vorax, o produtor terá uma

relação custo-benefício interessante, já que se exige uma dose baixa do produto para que os efeitos sejam verificados. Em soja, por exemplo, Roberto Batista recomenda de 50 a 200 mL por hectare; logo, um litro faz 20 hectares. Além disso, o produto é de fácil aplicação, sem efeito residual ou fitotóxico ao ser humano. “O produto pode ser usado em todas as culturas, com amplos benefícios”, garante o agrônomo.

A Hortitec É a quarta participação direta da Microquimica na Hortitec, e a equipe ficou satisfeita com os resultados. “O balanço é positivo e a qualidade do público, excelente. Esse é um diferencial que nos atrai: agricultores de alto nível tecnológico, que buscam novidades e têm interesse em aumentar as produtividades e a qualidade de sua produção”, finaliza Roberto Batista.•

evento

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daymsa

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Luize Hess

evento

Daymsa participou de todas as edições da Hortitec, uma feira que a empresa utiliza como meio para atender melhor e de forma mais próxima seus clientes. “Para isso, trazemos nossa equipe de forma mais estruturada para assim cobrir mais regiões, com um atendimento mais personalizado para várias culturas”, esclarece Fredy Yano, gerente geral da empresa.

Bejo Sementes destaca qualidade em hortaliças

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ssa é a 14ª edição que a Bejo Sementes participa da Hortitec. “Quisemos estar presentes para mostrar ao produtor as opções que temos em plantio de hortaliças de qualidade e alta produtividade”, diz Carlos Amano, gerente comercial da Bejo. A empresa quis, também, fazer contatos com os diversos produtores presentes, de várias regiões do Brasil.

divulgação

Linha de produtos A Bejo levou para a Hortitec sua linha de cebolas de dias curtos, com três opções – Pirate e Maragogi, para plantio no cedo, começando em fevereiro e com ciclo de 120 a 130 dias; e Alvara, mais tardia, indicada para o semeio a partir de maio, com 140 a 150 dias de ciclo.

Pirate e Maragogi têm como vantagem não coincidir com a colheita da cebola argentina, que é importada para o Brasil, culminando numa margem de preço melhor para o produtor. Também foram apresentadas as cenouras de verão, que serão lançadas em 2015, e, por isso, ainda não têm nomes definidos. Como características, todas elas são cilíndricas, possuem pele lisa, são altamente produtivas e, principalmente, resistentes aos problemas inerentes ao verão, como as chuvas. Além disso, as folhas são bastante sadias, refletindo diretamente na alta produtividade no verão. Para Carlos Amano, a Hortitec teve balanço positivo, com a visitação de um público bem diversificado de todo o país, interessado na produção de hortaliças.•

Foco Sem se esquecer do restante da linha, a Daymsa destacou, neste ano, os bioestimulantes, aminoácidos e produtos com ação hormonal, visando à qualidade dos frutos e à melhoria da produtividade. “A princípio, a Daymsa tinha como foco apenas o segmento de hortifrúti. No Brasil, a diversificação agrícola é grande, e por isso a empresa está ampliando sua atuação”, detalha Fredy Yano. Ainda segundo ele, os bioestimulantes trazem melhor produtividade para as culturas, com qualidade na colheita e pós-colheita, com otimização no desenvolvimento de frutos, pois explora o máximo potencial produtivo da cultura. “Se uma variedade de tomate tem como característica produzir frutos grandes e pesados, vários fatores contribuem para dificultar esse processo. Os produtos da Daymsa agem justamente nesse momento, possibilitando que a planta atinja o máximo potencial”, discorre o gerente geral da empresa.

Linha de produtos O destaque ficou por conta da Linha Naturfruit; de Naturamin WSP, que é um bioestimulante com formulação específica; e de Raiza, voltado para

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o enraizamento e que leva, em sua composição, um teor elevado de extratos de algas. Os produtos Daymsa são desenvolvidos para serem aplicados em momentos específicos da cultura, com objetivos já determinados, um diferencial em relação aos seus concorrentes.

Fotos: Luize Hess

presença marcante na hortitec

A Hortitec Fredy Yano elogia a participação

Equipe Daymsa na Hortitec

maciça de produtores na Hortitec 2014, assim como o interesse e o direcionamento do público que esteve atento às tecnologias apresentadas. “Para nós, é um desafio acompanhar as exigências e a modernização do setor. Temos conseguido cumprir essa tarefa com êxito, a partir dos resultados agronômicos de nossos produtos”, afirma o gerente da Daymsa.•


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consumo no refeitório da mesma instituição (tudo com renda revertida para a compra de cestas básicas) e parceria com a CEASA – Campinas, que, para evitar perdas, comercializou imediatamente a maior parte da produção e depois, ao longo de 52 semanas, re-

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passará alimentos frescos às famílias beneficiadas.

Visitação

Fotos: Luize Hess

edição 2014 da 3ª Jornada Produtiva FLV (frutas, legumes e verduras) da Syngenta chega ao fim com uma série de motivos para comemorar. Após o último dia de visitas, todos os plantios que serviram para exemplificar a qualidade superior do portfólio de produtos e soluções da empresa para esse segmento foram colhidos e destinados à organização não governamental ADRA Brasil – Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais. “A colheita foi realizada na manhã do dia 1º de junho e contou com a participação de 300 alunos voluntários da UNASP (Centro Universitário Adventista de São Paulo). Colhemos 52 toneladas de produtos como melancia, milho doce, tomate, abobrinha e pepino. São 19 culturas de alta qualidade cultivadas especialmente para a Jornada”, explica Tércio Tosta, gerente de Marketing da Syngenta. Para reverter toda essa produção a cerca de mil famílias assistidas pela ADRA, a estratégia de distribuição inclui uma feira solidária na UNASP,

Fotos: Luize Hess

evento

Didática, científica e solidária Uma jornada exemplar

A edição deste ano também foi marcada pela primeira vez em que um dia do evento foi dedicado exclusivamente ao consumidor. Foi em 26 de maio, quando aproximadamente 2,8 mil pessoas, entre estudantes e público interessado em geral, visitaram as instalações da Jornada. E, de 28 a 30 de maio, milhares de produtores de FLVs e representantes dessa cadeia prestigiaram o evento. No Brasil, o segmento de FLV é responsável pela ocupação de ao menos um milhão de agricultores de pequeno porte. O impacto social e econômico dessa atividade é, portanto, muito expressivo e está vinculado aos compromissos globais estabelecidos pela Syngenta no The Good Growth Plan, que inclui promover o aumento de produtividade do pequeno produtor.•


hortitec

oasis

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Oasis estreia na Hortitec com o produto Grower, que já existe há 40 anos nos EUA. Eduardo de Sousa Fortes, gerente geral da Oasis, explica que o Grower é um substrato agrícola à base de resina fenólica, que já vem com pH ideal em sua formulação, não sendo preciso adicionar nenhum produto químico à sua utilização para isso. “Somos a única empresa no mundo que fabrica substrato agrícola à base de resina fenólica com pH ideal”, ressalta Eduardo.

Fotos: Ana Maria Diniz

pioneirismo em substratos agrícolas

Vantagens Entre as vantagens da espuma Oasis estão a retenção de 50% de água (o mercado comumente usa com 80%), a menor densidade na espuma e a facilidade no enraizamento, principalmente na hidroponia, fazendo com que, ao semear a planta, não haja dificuldade de penetração na raiz. Como a função do substrato é apenas oferecer a base para o enraizamento, as plantas se tornam mais sadias e fortes. Assim, quando vão para a canaleta, elas conseguem se desenvolver mais rapidamente, resultando numa colheita antecipada em relação às demais.

A empresa A Oasis existe há 60 anos no mun-

Equipe Oasis na hortitec

do, tendo inventado a espuma floral e o Grower, substrato agrícola. Fundada em Ohio, a empresa já conta com 18 filiais no planeta, inclusive no Brasil, e é líder em espuma floral e substrato agrícola à base de resina fenólica.

A Hortitec

Neste ano, Eduardo de Sousa destaca que a Hortitec está muito mais voltada para o comércio e a indústria. “Nos outros anos não tivemos estande, mas viemos como visitantes e pudemos ver que o mercado está mais focado no produtor e no revendedor. Com certeza, voltaremos nos próximos anos”, conclui. •


hortitec

Fotos: Ana Maria Diniz

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Nutriplant

DalNeem

Alta eficiência no controle de doenças

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o segundo ano que a DalNeem participa da Hortitec. “Essa feira é, para nós, um excelente meio de contato, de mudanças culturais e de difusão de ideias inovadoras. Por isso, aqui apresentamos nossos trabalhos e produtos sustentáveis, 100% orgânicos, mas com alta eficácia no controle de doenças e afins”, diz Carlos Mota, sócio-proprietário da DalNeem.

A empresa A DalNeem é uma empresa voltada para produtos sustentáveis e insumos ecologicamente corretos. Eles são totalmente eficientes no propósito de controle de doenças e aumento de produtividade, destinados especificamente ao agronegócio brasileiro.

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“Nosso foco são os produtos derivados do nim indiano, que podem ser utilizados na agricultura para o controle de pragas do solo e de insetos, aumento de produtividade, produção de mudas, floricultura, e, ainda, na pecuária, para o controle de ectoparasitas”, enumera Carlos Mota. Existem estudos nos EUA, na Europa e Índia que mostram resultados dos derivados de nim para a produção de medicamentos cicatrizantes, cosméticos e outros produtos. O nim é uma cultura de mais de mil anos em todo o mundo. No Brasil, sua utilização está voltada para a agricultura; no entanto, a DalNeem está ampliando suas pesquisas para registrar outros usos no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). •

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Nutriplant participa da Hortitec há 10 anos, segundo Mario Luis Crof, gerente comercial da Nutriplant no Brasil, pelo fato de essa ser a melhor feira do Brasil. “Embora o foco seja HF, somente, aqui se encontram pessoas do país inteiro, proporcionando uma visibilidade fantástica. Seguramente, em minha opinião, é a melhor feira do Brasil e uma excelente oportunidade para mostrarmos os produtos Nutriplant voltados a todas as culturas”, diz.

Produtos focados A área de hortifrúti trouxe como meta, para a Nutriplant, o crescimento em sua área de atuação. Isso porque a empresa trabalha com produtos diferenciados, os quais são produzidos o ano inteiro, diferentemente dos cereais, que são sazonais. “Neste ano enfatizamos a nossa linha à base de aminoácidos, ácidos húmicos e fúlvicos, além


hortitec

Luize Hess

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Nutrição de primeira linha

das algas, enfim, toda a parte de nutrição”, expõe Mario Luis. Dário Pauletto, engenheiro agrônomo e consultor, relata que, na linha Nutriplant, um produto complementa o outro. “Temos uma linha completa de fertilizantes e sais solúveis que realizam a nutrição em si, e os ácidos húmicos, os aminoácidos e as algas são componentes orgânicos. A união des-

ses produtos se torna um terceiro elemento fundamental, que completa toda a nutrição da planta”, afirma. O diferencial da Nutriplant, segundo ele, está na capacidade da empresa em posicionar o produto em cada cultura. “Nossa linha atende a todas as culturas, desde hortaliças a florestas. É o mesmo produto, sendo que é a nossa equipe técnica que o direciona com a

recomendação ideal”, ressalta.

Público Na opinião de Mario Luis, neste ano o público da Hortitec foi maior do que em 2013. “Para nós foi muito bom, com bastante contatos de vários produtores do Brasil inteiro, como já acontecia nos anos anteriores”, avalia. •


hortitec

novidades em espumas para diversos cultivos

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Floral Atlanta atua em diferentes segmentos, com produtos exclusivos, sempre com a mesma qualidade, pronta entrega, preços competitivos e excelência no atendimento, focando a satisfação total dos seus clientes. Há 15 anos a Floral Atlanta participa da Hortitec, uma vitrine para expor a mais alta tecnologia. “Trouxemos nossa linha tradicional, composta pela espuma fenólica, e algumas novidades, como a proposta de uma espuma com estrutura de célula mais reforçada, e, em destaque, o pH neutralizado, uma solução para o produtor em termos de produção, produtividade e ganho de tempo”, expõe Fábio Viccino Pupp, gerente comercial da Floral Atlanta. A Floral Atlanta trabalha, também, com a linha para o segmento florestal, cuja espuma fenólica se consolida na produção de mudas florestais. “Trouxemos para o mercado as novidades e os produtos para atender no estande as pessoas que temos contato durante o ano todo”, relata o gerente.

Fotos: Ana Maria Diniz

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floral atlanta

Novidades A maior novidade para o mercado de cultivo hidropônico voltado para espuma fenólica é a neutralização do pH da espuma, com a linha Green-up. Com ela, foi eliminada a etapa de lavagem da espuma antes do uso. “Foi feita uma revisão na matéria-prima. O fabricante da matéria-prima, junto com a Atlanta, providenciou uma nova formulação e

chegou a uma resina que ajudou bastante nesse processo, resultando nessa espuma que já vem pronta para uso”, detalha Fábio Viccino. Entre as vantagens do novo material está a redução de mão de obra total, ganho de tempo e de custo, refletindo na melhora da muda. Além disso, as perdas na produção são reduzidas a níveis muito baixos, visto que, no material anterior, a acidez em determinados pontos permanecia quando a limpeza não era feita adequadamente, interferindo na germinação da semente.

O evento Para a Floral Atlanta, a Hortitec vem crescendo a cada ano em termos de visitação e prospecção de novos mercados e distribuidores. “Tudo isso faz com que o produtor fique mais próximo de nós, nos incentivando a trazer mais novidades para surpreender tanto em relação ao mercado quanto ao produto”, conclui Fábio Viccino. 94

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